O documento discute a posição da Fração em relação à guerra na Ucrânia. A Fração defende a anexação de territórios ucranianos pela Rússia, em oposição à posição do CERQUI de uma "paz sem anexação". O CERQUI argumenta que a defesa da autodeterminação ucraniana é essencial para unir o proletariado da Ucrânia e Rússia contra o imperialismo. Já a Fração desconsidera os interesses das massas ucranianas e vê a guerra apenas como um
O documento discute a posição da Fração em relação à guerra na Ucrânia. A Fração defende a anexação de territórios ucranianos pela Rússia, em oposição à posição do CERQUI de uma "paz sem anexação". O CERQUI argumenta que a defesa da autodeterminação ucraniana é essencial para unir o proletariado da Ucrânia e Rússia contra o imperialismo. Já a Fração desconsidera os interesses das massas ucranianas e vê a guerra apenas como um
O documento discute a posição da Fração em relação à guerra na Ucrânia. A Fração defende a anexação de territórios ucranianos pela Rússia, em oposição à posição do CERQUI de uma "paz sem anexação". O CERQUI argumenta que a defesa da autodeterminação ucraniana é essencial para unir o proletariado da Ucrânia e Rússia contra o imperialismo. Já a Fração desconsidera os interesses das massas ucranianas e vê a guerra apenas como um
A Fração escreveu três BIs para condenar a bandeira do CERQUI de
paz sem anexação. E, nesse sentido, faz uma apaixonada defesa da anexação, sem, no entanto, referir-se à paz. E por que a Fração omite a bandeira da paz? Provavelmente, porque teria de se colocar por uma paz com anexação. O CERQUI, como se pode constatar nas inúmeras declarações, iniciou a sua campanha contra o início da guerra. Assim que a Rússia decidiu pela invasão militar da Ucrânia, o CERQUI levantou a bandeira de fim da guerra. Na medida em que a guerra se prolongava, as declarações do CERQUI indicaram o caminho de uma paz sem anexação. A mais recente formulação diz: “fim da guerra, sem os imperativos dos Estados Unidos, União Europeia e OTAN, por uma paz sem anexação”. É bom recordar que, na luta pelo fim da guerra, e, portanto, por uma paz sem anexação, a campanha internacionalista do CERQUI se baseou e se baseia em um conjunto integrado de bandeiras: “desmantelamento da OTAN e das bases norte-americanas na Europa e no mundo, revogação das sanções econômico-financeiras à Rússia; autodeterminação, integralidade territorial e saída das tropas russas da Ucrânia. Não se pode desconhecer que a defesa da integralidade territorial da Ucrânia expressa a luta por sua autodeterminação. E que a luta pela autodeterminação da Ucrânia oprimida implica e exige a luta pelo desmantelamento da OTAN e das bases militares dos Estados Unidos. A Fração, inicialmente, não apoiou a decisão de Putin de ocupar militarmente a Ucrânia. Mas, se opôs ao conjunto de bandeiras do CERQUI, ao bombardear a bandeira de integralidade territorial da Ucrânia. A Fração chegou ao ponto de romper o centralismo democrático, negando-se a defender a integralidade como parte do conjunto. E, de certa forma, passou a desconhecer a bandeira de autodeterminação da nação oprimida, que caracteriza a Ucrânia (e as demais ex-repúblicas soviéticas, excetuado a Rússia que as oprime), desde o momento em que a URSS se desmoronou sob a ação da contrarrevolução restauracionista. Ao combater a linha geral do CERQUI – claramente voltada à aplicação do internacionalismo marxista-leninista-trotskista -, a Fração se mostrou incapaz de formular uma outra linha, limitando-se, assim, a atacar a campanha do CERQUI, tendo como base de sua oposição a condenação da bandeira da integralidade da Ucrânia. Já nesse momento, indicava que a não defesa da ocupação militar russa não passava de formalidade, ou seja, indicava que se negara formalmente a condenar, mas que, agora, passou a defendê-la e a justificá-la, como se fosse de fato a via para derrotar o cerco imperialista. Ao rechaçar a formulação geral do CERQUI, partindo da negação da bandeira da integralidade territorial da Ucrânia, a Fração mostrou-se avessa à luta pela autodeterminação da nação oprimida. Como a Fração descobriu que “hoje” a guerra se “resume estar do lado da Rússia ou da OTAN”, não há por que defender a autodeterminação e a integralidade da Ucrânia. Se a Fração dirigisse a CERQUI ou o POR, estaria desenvolvendo uma diretriz chamando a classe operária ucraniana e russa a desconsiderar e rejeitar a defesa da autodeterminação e integralidade territorial da nação oprimida, e a colocar acima dessas bandeiras o conflito entre a Rússia e OTAN, de maneira a se decidir se se fica do lado da Rússia ou da OTAN. A Fração diria aos operários, aos camponeses e aos demais trabalhadores da Ucrânia que pusessem de lado a defesa da autodeterminação e da integralidade territorial para se unirem às tropas russas contra a OTAN. Diria que aceitassem e ajudassem a Rússia a anexar a região de Donbass, porque assim o imperialismo seria derrotado. Para a Fração, defender uma paz sem anexação corresponderia à completa derrota militar da Rússia diante da OTAN.” Em contraposição, a Fração quer que os operários e a maioria oprimida ucranianos acreditem que com a anexação a Rússia estaria ou poderia estar a caminho da vitória. Não lhe passa pela cabeça que pode ser o contrário, uma vez que, para vencer a potente força da aliança imperialista, dirigida pelos Estados Unidos, a Rússia depende da própria revolta dos ucranianos contra o governo de Zelenski e a oligarquia restauracionista. Para o raciocínio tortuoso da Fração, não tem a mínima importância o que se passa entre as massas ucranianas. E, fundamentalmente, não tem a mínima importância a imperiosa necessidade de unir a classe operária e os demais explorados ucranianos e russos - como ponto de partida de uma união mais ampla do proletariado mundial-, para enfrentar e derrotar a ofensiva do imperialismo norte-americano e europeu em sua guerra comercial e em suas necessidades de impor novos domínios territoriais. Como a Fração desprezou e combateu a linha geral do CERQUI, teve de pôr à margem de sua defesa da anexação a luta de classes e, assim, as respostas que levam à unidade do proletariado ucraniano e russo, em cujo centro está a luta pela autodeterminação da Ucrânia, e, assim, obrigatoriamente, pela sua integralidade territorial. A tese de que é preciso colocar a decisão de se estar do lado da Rússia ou da OTAN acima da autodeterminação e da integralidade territorial da nação oprimida abstrai o conteúdo de classe da luta e do programa que levarão à derrota do imperialismo, e ao enfrentamento da opressão nacional exercida pela Rússia sobre as ex-repúblicas soviéticas. Está visível que a Fração não considera o fato de o imperialismo também se colocar pela anexação da Ucrânia, que se submeteria à guarda da OTAN. A bandeira do CERQUI contra a anexação não se volta apenas contra a Rússia, mas também contra o imperialismo. Em palavras, parece muito correta a fórmula da fração de que “a defesa da derrota militar da OTAN na guerra da Ucrânia” subordina as demais bandeiras. Mas a questão está em saber se destroçando a Ucrânia, anexando parte de seu território e exercendo a opressão nacional, a Rússia poderá vencer a aliança imperialista e a OTAN. Não seria o contrário? A divisão do proletariado e das massas oprimidas na Ucrânia e a oposição entre o povo ucraniano e russo, em função da opressão nacional, não seria o calcanhar de Aquiles da Rússia? Diz a Fração: “Hoje, a defesa da retirada das tropas russas teria um papel reacionário, de vitória do imperialismo”. Mas, o CERQUI nunca lançou essa bandeira isoladamente, como não o fez com a bandeira da integralidade territorial, ou qualquer outra que compõe um conjunto. A Fração é que as desvincula, para manejo em sua luta faccional. As bandeiras do CERQUI estão voltadas a dar um norte ao proletariado diante da guerra, que caracterizamos de dominação. A Fração não necessita caracterizar a natureza dessa guerra e nem procurar suas raízes no processo de restauração capitalista, e muito menos no significado histórico da liquidação da URSS. Se não estivéssemos familiarizados com os descaminhos da Fração, ficaríamos assombrados com a afirmação de não ocorre “uma disputa inter- imperialista por territórios, riquezas, e mercados na região” e de que “não se trata evidentemente de uma DISPUTA inter-imperialista pelo território ucraniano.” Segundo a Fração, o motivo da guerra se deve à existência dos Estados operários degenerados. Não se trata aqui de refutar a tal existência, como diz a própria Fração, o V Congresso do CERQUI, por maioria, considerou fictício. A Rússia não pôde e nem poderá alcançar a categoria de país imperialista, segundo a caracterização marxista, mas nem por isso deixou de ser uma potência regional com capacidade de oprimir as ex-repúblicas soviéticas. E o faz com métodos e meios próprios da violência econômica e militar do imperialismo. Os Estados Unidos conseguiram estabelecer uma ampla aliança contra a intervenção da Rússia na Ucrânia justamente porque há interesses comuns de penetrar seus capitais na região antes controlada pela URSS. As riquezas naturais em abundância e as fontes de sua exploração não podem permanecer sob a ascendência da Rússia. E a Rússia, assentada na restauração capitalista, não pode ceder lugar à penetração do imperialismo sem oprimir as ex-repúblicas soviéticas e sem resguardar seus interesses regionais. Essa contradição que tem em suas bases as relações capitalistas de produção e os obstáculos das fronteiras nacionais se expressam de forma concentrada na guerra da Ucrânia. Sem essa compreensão, não é possível responder do ponto de vista do proletariado à ofensiva dos Estados Unidos e aliados e à reação da Rússia, que se vale de seu poderio regional e capacidade de oprimir as nacionalidades à sua volta. Encontramos nas posições da Fração, expressas no BI “Resposta ao Manifesto do CERQUI de 27/10/22”, destempero verbal, confusão e a ausência de uma análise baseada não somente nas condições de desintegração do capitalismo, como também no processo de restauração capitalista. Por sua vez, no BI “Por que defendemos as anexações”, o redator repede os mesmos erros e desvios ao atacar as formulações do CERQUI. Faz uma longa exposição de fragmentos de documentos de Lênin e Trotsky, esperando convencer o leitor de que a defesa da anexação está de acordo como pressupostos do marxismo- leninismo-trotskismo. Vamos nos ater a duas falácias verbais. A primeira afirma, para atacar a bandeira da paz sem anexação, que “um Acordo de Paz com os objetivos imperialistas exigiria da Rússia retirar as suas tropas, e que renunciasse à soberania sobre os territórios anexados, que passariam ao controle do imperialismo”. Esse tipo de acordo, na realidade, nada tem a ver com um acordo de paz sem anexação, levantado pelo CERQUI. A Fração preencheu de conteúdo imperialista uma bandeira que é proletária, tanto em seu conteúdo programático quanto prático. Repitamos a bandeira correta: pelo fim da guerra sem os imperativos dos Estados Unidos, União Europeia e OTAN, por uma paz sem anexação”. A Ucrânia e a Rússia, sem os ditames das potências e de seu braço armado, farão um armistício e discutirão os termos de uma paz, cuja anexação fará parte. A segunda falácia verbal afirma que “é certo que a maioria disse ser contrária à integridade proposta pelo imperialismo, e propõe e defende integridade que virá da revolução proletária, que terá todas as virtudes que se lhe queiram dar, mas que tem um ‘pequeno defeito’: não existe como real possibilidade na situação concreta.” Devemos agradecer o redator por ter colocado uma formulação do CERQUI e do POR de forma correta e precisa. Uma paz sem anexação depende do proletariado organizado, unido e em luta, tanto em relação ao cerco imperialista à Rússia, quanto à opressão da Rússia sobre a Ucrânia. A Fração, porém, deveria antes de tudo dizer se está correta a formulação do ponto de vista do programa bolchevique e da experiência da Revolução Russa, afinal de contas o redator antecedeu a essa sua afirmação com fragmentos de Lênin e de Trotsky sobre a questão da guerra, autodeterminação e da anexação. Mas, a Fração não questiona a formulação do CERQUI quanto à correção de fundamento e de princípio. Questiona quanto à impossibilidade de ser aplicável nas condições da guerra na Ucrânia. O redator tinha o dever também de expor as considerações do CERQUI sobre a guerra na Ucrânia, a decomposição do capitalismo, a restauração capitalista, a destruição da URSS e a crise de direção. Em nenhum momento, criamos a ilusão de que a bandeira de paz sem anexação está prestes a ser encarnada pelo proletariado. Mas, o fato de as massas oprimidas estarem desorganizadas e longe de assumirem a luta contra a guerra não livra a vanguarda revolucionária de formular a política e as respostas, tendo por base as posições programáticas e principistas da classe operária. A tarefa do partido marxista é a de trabalhar no seio dos explorados com o programa, princípios e bandeiras da revolução proletária, independentemente de a classe operária estar em uma posição avançada de luta contra a burguesia. A observação da Fração de que não existe real possibilidade de a classe operária se levantar por uma paz sem anexação, logo defendê-la, como faz o CERQUI, seria colocar-se no campo do imperialismo, conduz à omissão paralisante quanto à luta pelo fim da guerra e à esperança em uma vitória da Rússia utilizando-se das anexações. Eis por que a Fração não aceita a posição do CERQUI de luta pelo fim da guerra. As declarações do CERQUI têm insistido no fundamento de classe de que somente o proletariado unido e organizado sobre a base do programa da revolução proletária pode impor um fim progressivo à guerra, e esse fim progressivo corresponde a uma paz sem anexação. É nesse campo que se realizarão as experiências da guerra de dominação, que para a Fração passou a ser de libertação, e a vanguarda sairá melhor preparada programaticamente e fortalecida organizativamente. O CERQUI afirma que não haverá uma paz contrária à dominação capitalista sobre as nações oprimidas, mesmo que vença a Rússia e se consolide a anexação. Somente o proletariado pode definir uma paz que sirva ao desenvolvimento da luta de classes contra o imperialismo e toda a forma de opressão capitalista. A bandeira de paz sem anexação jamais poderá ser concretizada pela burguesia. Nos marcos da experiência da luta de classes e da teoria marxista, a paz sem anexação traz consigo os fundamentos da autodeterminação da nação oprimida e do direito à separação. Pela primeira vez na história do capitalismo, foi integralmente aplicada nas condições da revolução proletária na Rússia e pelo Estado soviético que acabava de nascer. A defesa da anexação pela Fração viola a história da luta de classes do proletariado e dos seus fundamentos programáticos. A suposição de que a anexação é uma condição para a vitória da Rússia e para a libertação da Ucrânia do domínio do imperialismo é completamente subjetiva e retórica. Não temos dúvidas de que as formulações do CERQUI correspondem às condições objetivas da última fase do capitalismo, que é de guerras, revoluções e contrarrevoluções. O acerto da linha diante da guerra da Ucrânia é um importante passo na luta da vanguarda com consciência de classe para avançar na tarefa de superar a crise de direção. O CERQUI tem tudo para se potenciar e ocupar um lugar de destaque na reconstrução do Partido Mundial da Revolução Socialista, a IV internacional.
Sobre la defensa de la anexión
La Fracción redactó tres IB para condenar la bandera CERQUI de paz sin anexión. Y, en este sentido, hace una apasionada defensa de la anexión, sin aludir, sin embargo, a la paz. ¿Y por qué la Fracción omite la bandera de la paz? Probablemente porque tendría que defender una paz con anexión. CERQUI, como se desprende de las numerosas declaraciones, inició su campaña contra el inicio de la guerra. Tan pronto como Rusia decidió la invasión militar de Ucrania, CERQUI levantó la bandera del fin de la guerra. A medida que avanzaba la guerra, las declaraciones de CERQUI indicaban el camino hacia una paz sin anexiones. La formulación más reciente dice: “fin de la guerra, sin los imperativos de Estados Unidos, la Unión Europea y la OTAN, por una paz sin anexiones”. Es bueno recordar que, en la lucha por el fin de la guerra, y por tanto por una paz sin anexiones, la campaña internacionalista de CERQUI se basó y se basa en un conjunto integrado de banderas: “el desmantelamiento de la OTAN y la bases norteamericanas en Europa y el mundo, derogación de las sanciones económicas y financieras contra Rusia; autodeterminación, integralidad territorial y retirada de las tropas rusas de Ucrania. No se puede ignorar que la defensa de la integralidad territorial de Ucrania expresa la lucha por su autodeterminación. Y que la lucha por la autodeterminación de la Ucrania oprimida implica y exige la lucha por el desmantelamiento de las bases militares de la OTAN y de EE.UU. La Facción inicialmente no apoyó la decisión de Putin de ocupar militarmente Ucrania. Pero, se opuso al conjunto de banderas de CERQUI, al bombardear la bandera de integralidad territorial de Ucrania. La Fracción llegó al punto de romper el centralismo democrático, negándose a defender la integralidad como parte del todo. Y, en cierto modo, pasó a ignorar la bandera de la autodeterminación de la nación oprimida, que caracteriza a Ucrania (y a las demás ex repúblicas soviéticas, excepto a Rusia, que las oprime), desde el momento en que la URSS se derrumbó bajo la acción de de la contrarrevolución restauracionista. Al combatir la línea general de CERQUI -claramente encaminada a la aplicación del internacionalismo marxista-leninista-trotskista-, la Fracción se mostró incapaz de formular otra línea, limitándose así a atacar la campaña de CERQUI, basada en su condena opositora a la bandera de plenitud de Ucrania. Ya en ese momento indicó que la no defensa de la ocupación militar rusa no era más que una formalidad, es decir, indicó que se había negado formalmente a condenarla, pero que, ahora, empezó a defenderla y justificarla. , como si fuera en realidad la forma de derrotar el cerco imperialista. Al rechazar la formulación general del CERQUI, basada en la negación de la bandera de la integralidad territorial de Ucrania, la Fracción se mostró contraria a la lucha por la autodeterminación de la nación oprimida. Como la Fracción descubrió que "hoy" la guerra "se resume en estar del lado de Rusia o la OTAN", no hay razón para defender la autodeterminación y la integralidad de Ucrania. Si la Fracción encabezara el CERQUI o el POR, estaría elaborando una directriz llamando a la clase obrera ucraniana y rusa a desconocer y rechazar la defensa de la autodeterminación y la integralidad territorial de la nación oprimida, y a poner por encima de estas banderas el conflicto entre Rusia y la OTAN, para decidir si ponerse del lado de Rusia o de la OTAN. La Facción les diría a los trabajadores, campesinos y otros trabajadores de Ucrania que dejen de lado la defensa de la autodeterminación y la integralidad territorial para unirse a las tropas rusas contra la OTAN. Yo diría que aceptan y ayudan a Rusia a anexar la región de Donbass, porque entonces el imperialismo sería derrotado. Para la Fracción, defender una paz sin anexión equivaldría a la completa derrota militar de Rusia ante la OTAN”. Por el contrario, la Fracción quiere que los trabajadores y la mayoría ucraniana oprimida crean que con la anexión Rusia estaría o podría estar en camino a la victoria. No se le pasa por la cabeza que pueda ser al contrario, ya que, para derrotar a la potente fuerza de la alianza imperialista, encabezada por Estados Unidos, Rusia depende de la propia revuelta de los ucranianos contra el gobierno de Zelensky y la oligarquía restauracionista. Para el tortuoso razonamiento de la Fracción, no importa lo que pase entre las masas ucranianas. Y, fundamentalmente, no importa la imperiosa necesidad de unir a la clase obrera y a los demás explotados ucranianos y rusos -como punto de partida para una unión más amplia del proletariado mundial- para enfrentar y derrotar la ofensiva del imperialismo yanqui. europea en su guerra comercial y su necesidad de imponer nuevos dominios territoriales. Como la Fracción despreció y combatió la línea general del CERQUI, tuvo que dejar la lucha de clases al margen de su defensa de la anexión y, por ende, de las respuestas que conduzcan a la unidad del proletariado ucraniano y ruso, en cuyo centro está la lucha por la autodeterminación de Ucrania, y así obligatoriamente, por su integralidad territorial. La tesis de que es necesario anteponer la decisión de estar del lado de Rusia o la OTAN a la autodeterminación e integralidad territorial de la nación oprimida abstrae el contenido de clase de la lucha y el programa que llevará a la derrota del imperialismo, y al enfrentamiento de la opresión nacional ejercida por Rusia sobre las ex repúblicas soviéticas. Se ve que la Fracción no considera el hecho de que el imperialismo también defiende la anexión de Ucrania, que la sometería a la custodia de la OTAN. La bandera de CERQUI contra la anexión no se vuelve sólo contra Rusia, sino también contra el imperialismo. En palabras, la fórmula de la fracción que “la defensa de la derrota militar de la OTAN en la guerra de Ucrania” parece muy correcta, subordinada a las demás banderas. Pero la pregunta es si desgarrando a Ucrania, anexando parte de su territorio y ejerciendo la opresión nacional, Rusia podrá derrotar a la alianza imperialista ya la OTAN. ¿No sería al revés? ¿No es la división del proletariado y las masas oprimidas en Ucrania y la oposición entre los pueblos ucraniano y ruso sobre la base de la opresión nacional el talón de Aquiles de Rusia? Dice la Fracción: “Hoy, la defensa del retiro de las tropas rusas tendría un papel reaccionario, de victoria del imperialismo”. Pero, CERQUI nunca lanzó esta bandera de manera aislada, como tampoco lo hizo con la bandera de la integralidad territorial, o cualquier otra que conforme un conjunto. La Fracción es lo que los desvincula, por manejarse en su lucha fraccional. Las banderas del CERQUI están destinadas a darle un norte al proletariado frente a la guerra, que caracterizamos como dominación. La Fracción no necesita caracterizar la naturaleza de esta guerra ni buscar sus raíces en el proceso de restauración capitalista, mucho menos en el significado histórico de la liquidación de la URSS. Si no estuviéramos familiarizados con las fechorías de la Fracción, nos asombraría la afirmación de que no existe "disputa interimperialista por territorios, riquezas y mercados en la región" y que "evidentemente no es una DISPUTA interimperialista por territorio ucraniano". Según la Fracción, el motivo de la guerra se debe a la existencia de estados obreros degenerados. No se trata de negar tal existencia, como dice la propia Fracción, el V Congreso del CERQUI, por mayoría, consideró ficticio. Rusia no pudo ni alcanzará la categoría de país imperialista, según la caracterización marxista, pero eso no le impidió ser una potencia regional capaz de oprimir a las ex repúblicas soviéticas. Y lo hace con métodos y medios propios de la violencia económica y militar del imperialismo. Estados Unidos logró establecer una amplia alianza contra la intervención de Rusia en Ucrania precisamente porque hay intereses comunes en penetrar su capital en la región antes controlada por la URSS. Las riquezas naturales en abundancia y las fuentes de su explotación no pueden permanecer bajo el dominio de Rusia. Y Rusia, basada en la restauración capitalista, no puede dar paso a la penetración del imperialismo sin oprimir a las ex repúblicas soviéticas y sin salvaguardar sus intereses regionales. Esta contradicción, que se basa en las relaciones capitalistas de producción y los obstáculos de las fronteras nacionales, se expresa de manera concentrada en la guerra de Ucrania. Sin este entendimiento, no es posible responder desde el punto de vista del proletariado a la ofensiva de Estados Unidos y aliados ya la reacción de Rusia, que utiliza su poder y capacidad regional para oprimir a las nacionalidades a su alrededor. En las posiciones de la Fracción, expresadas en el BI “Respuesta al Manifiesto CERQUI del 27/10/22”, el desfase verbal, la confusión y la ausencia de un análisis basado no sólo en las condiciones de desintegración del capitalismo, sino también en el proceso de restauración capitalista. A su vez, en el IB “Por qué defendemos las anexiones”, el escritor repite los mismos errores y desviaciones al atacar las formulaciones de CERQUI. Hace una larga exposición de fragmentos de documentos de Lenin y Trotsky, esperando convencer al lector de que la defensa de la anexión está en línea con los presupuestos del marxismo-leninismo-trotskismo. Centrémonos en dos falacias verbales. El primero afirma, para atacar la bandera de la paz sin anexión, que “un Acuerdo de Paz con objetivos imperialistas requeriría que Rusia retirara sus tropas, y renunciara a la soberanía sobre los territorios anexionados, que pasarían a estar bajo el control del imperialismo”. Este tipo de acuerdo, en realidad, no tiene nada que ver con un acuerdo de paz sin anexión, planteado por CERQUI. La Fracción llenó una bandera que es proletaria con contenido imperialista, tanto en su contenido programático como práctico. Repitamos la bandera correcta: por el fin de la guerra sin los imperativos de Estados Unidos, la Unión Europea y la OTAN, por una paz sin anexiones”. Ucrania y Rusia, sin los dictados de las potencias y su brazo armado, harán un armisticio y discutirán los términos de una paz, cuya anexión será parte. La segunda falacia verbal afirma que “es cierto que la mayoría dijo que era contraria a la integridad que propone el imperialismo, y propone y defiende la integridad que vendrá de la revolución proletaria, que tendrá todas las virtudes que se le quiera dar, pero que tiene un 'pequeño defecto': no existe como posibilidad real en la situación concreta.” Debemos agradecer al editor por poner una formulación correcta y precisa de CERQUI y POR. Una paz sin anexión depende del proletariado organizado, unido y en lucha, tanto en relación con el cerco imperialista de Rusia como con la opresión de Rusia sobre Ucrania. La Fracción, sin embargo, primero debe decir si la formulación del punto de vista del programa bolchevique y la experiencia de la Revolución Rusa es correcta, después de todo, el editor precedió esta declaración con fragmentos de Lenin y Trotsky sobre la cuestión de la guerra, autodeterminación y anexión. Pero, la Fracción no cuestiona la formulación de CERQUI en cuanto a la corrección de fundamento y principio. Cuestiona la imposibilidad de ser aplicable en las condiciones de guerra en Ucrania. El editor también tenía el deber de exponer las consideraciones de CERQUI sobre la guerra de Ucrania, la descomposición del capitalismo, la restauración capitalista, la destrucción de la URSS y la crisis de dirección. En ningún momento creamos la ilusión de que la bandera de la paz sin anexiones está a punto de ser encarnada por el proletariado. Pero el hecho de que las masas oprimidas estén desorganizadas y lejos de asumir la lucha contra la guerra no exime a la vanguardia revolucionaria de formular políticas y respuestas, basadas en las posiciones programáticas y de principios de la clase obrera. La tarea del partido marxista es trabajar entre los explotados con el programa, los principios y las banderas de la revolución proletaria, independientemente de que la clase obrera se encuentre en una posición avanzada de lucha contra la burguesía. La observación de la Fracción de que no existe una posibilidad real de que la clase obrera se levante por una paz sin anexión, por lo que defenderla, como lo hace CERQUI, sería colocarse en el campo del imperialismo, conduce a una omisión paralizante en cuanto a la lucha. por el fin de la guerra y la esperanza de una victoria para Rusia usando anexiones. Por eso la Fracción no acepta la posición de CERQUI de luchar por el fin de la guerra. Las declaraciones de CERQUI han insistido en el fundamento de clase de que sólo el proletariado unido y organizado sobre la base del programa de la revolución proletaria puede imponer el fin progresivo de la guerra, y este fin progresivo corresponde a una paz sin anexión. Es en este campo donde se desarrollarán las experiencias de la guerra de dominación, que para la Fracción se convirtió en una de liberación, y la vanguardia saldrá mejor preparada programáticamente y fortalecida organizacionalmente. CERQUI afirma que no habrá paz contraria al dominio capitalista sobre las naciones oprimidas, aunque gane Rusia y se consolide la anexión. Sólo el proletariado puede definir una paz que sirva al desarrollo de la lucha de clases contra el imperialismo y todas las formas de opresión capitalista. La bandera de la paz sin anexión jamás podrá ser implementada por la burguesía. En el marco de la experiencia de la lucha de clases y de la teoría marxista, la paz sin anexión trae consigo las bases de la autodeterminación de la nación oprimida y el derecho a la secesión. Por primera vez en la historia del capitalismo, se aplicó plenamente en las condiciones de la revolución proletaria en Rusia y por el estado soviético recién nacido. La defensa de la anexión por la Fracción viola la historia de la lucha de clases del proletariado y sus fundamentos programáticos. La suposición de que la anexión es una condición para la victoria de Rusia y la liberación de Ucrania del dominio del imperialismo es completamente subjetiva y retórica. No nos cabe duda de que las formulaciones de CERQUI corresponden a las condiciones objetivas de la última fase del capitalismo, que es la de las guerras, las revoluciones y las contrarrevoluciones. Marcar la línea frente a la guerra en Ucrania es un paso importante en la lucha de la vanguardia con conciencia de clase para avanzar en la tarea de superar la crisis de dirección. CERQUI tiene todo para impulsarse y ocupar un lugar destacado en la reconstrucción del Partido Mundial de la Revolución Socialista, la IV Internacional.