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PSICOCLASS #59:

CRIANDO LAÇOS - A
FAMÍLIA NO PROCESSO DE
AVALIAÇÃO E
INTERVENÇÃO
PSICOPEDAGÓGICA

TRANSCRIÇÃO

PSICOCLASS #59:
[12:27 min]

Por que falar sobre a família, sendo que não vamos avaliar a família

toda e sim só a criança e o/a adolescente?

ANOTE AÍ: "Para mim, é importante porque não temos como conhecer

toda a história da criança e do adolescente partindo somente da

perspectiva deles, a família é o primeiro lugar social que a criança se

encontra. O nosso primeiro contato é com os nossos pais, com nossos

cuidadores. E são eles que vão nos falar dos marcos de

desenvolvimento da criança e do adolescente, são eles que

provavelmente vão levar até a clínica para a avaliação e são eles que

estão também preocupados em saber, o que mesmo o meu filho tem?".

Sabe-se que a família exerce um papel crucial no desenvolvimento

da criança e adolescente, pois é na família que se realizam as

aprendizagens básicas como a linguagem, sistema de valores e o

controle da impulsividade, aspectos esses que fazem parte da

avaliação e também na intervenção (COSTA et al., 2018).

É necessário relembrar que ao falar sobre família, é preciso

abarcar as pessoas que estão exercendo o papel de

cuidador/provedor da criança ou adolescente (pai, mãe, avós, tias,

tios, entre outros).


PSICOCLASS #59:
[16:46 min]

É essencial criar o vínculo com a família, justamente para acolher e

demonstrar empatia no processo em que eles estão passando com

suas crianças ou adolescentes.

ANOTE AÍ: "Ao escutarmos a queixa e nos colocarmos no lugar da

família estamos sendo empáticos e essa família confiará em nós para

realizarmos a avaliação psicopedagógica do seu filho e filha".

A participação da família no processo de aprendizagem é de suma

importância e a necessidade de se esclarecer e instrumentalizar os

pais quanto as suas possibilidades em ajudar seus filhos com

dificuldades de aprendizagem é evidenciada ao manifestarem falta

de conhecimento, ou insegurança em como fazê-lo (COSTA et al.,

2018).

ANOTE AÍ: "Por esse motivo é importante deixar a família a par de todo

o processo de avaliação e intervenção psicopedagógica e explicar de

forma clara e objetiva todas as etapas da avaliação".

Orientações e Estratégia para as famílias:

Peça a família para orientar a criança ou adolescente sobre o

processo de avaliação e intervenção psicopedagógica, principalmente

se forem pequenas e se tiverem suspeita de TEA; Quando a família

também explica para quem será avaliado, as crianças costumam

aceitar melhor o contato com quem vai avaliar. Afinal de contas serão

praticamente 3 meses de convivência na avaliação e mais alguns

meses na intervenção.
PSICOCLASS #59:
[29:18 min]

Orientações e Estratégia para as Famílias:

Peça a família para orientar a criança ou adolescente sobre o

processo de avaliação e intervenção psicopedagógica,

principalmente se forem pequenas e se tiverem suspeita de TEA;

Quando a família também explica para quê será avaliado, as

crianças costumam aceitar melhor o contato com quem vai avaliar.

Afinal de contas serão praticamente 3 meses de convivência na

avaliação e mais alguns meses na intervenção.

Oriente a família quanto a importância de uma rotina familiar

adequada, é muito importante, pois por vezes na entrevista de

anamnese percebemos que a família não tem rotina nenhuma, mas

temos que ter cuidado em orientar, em dizer que ter a rotina vai ser

bom para a criança e para todos, no entanto nem todos aceitam,

mas nós fizemos nossa parte.

Desenvolva junto a família e as crianças um quadro de combinados

(regras e rotinas) e até mesmo recompensas semanais, caso

necessário; Como pode ser esse quadro? Os combinados serão

realizados com os membros da família, por exemplo, horário de

tomar café, guardar os brinquedos, fazer a tarefa de casa e entre

outros e no final da semana pode haver a recompensa, fazer algo

que a criança goste, ou comida. Isso ajuda para que a criança tenha

motivação para fazer as atividades do dia a dia. Até a rotina ser

criada de fato.
PSICOCLASS #59:
[35:00 min]

Orientações e Estratégia para as Famílias:

Lembre a família que cada pessoa é singular, para que esta evite

comparações do seu filho ou filha com um irmão ou irmã, ou com

outras crianças.

Importante a família entender que não é bom falar ofensas para

com a criança ou adolescente e até mesmo brigas e discussões

sobre de quem a culpa da criança “ser” ou “estar” assim. Essa

orientação é importantíssima, vemos muitos casos principalmente

quando os pais são separados.

Oriente a família a ficar mais próximo do filho ou filha, dos gostos

dele e de procurar estabelecer vínculos sadios; Você sabe o que

seu filho gosta de comer? Sabe a música preferida deles?

A família precisa fortalecer o vínculo com a escola da criança ou

adolescente; Oriente firmemente sobre essa relação família e

escola, porque vamos escutar muito, a escola também só reclama,

não ajuda. Muitas vezes sabemos que a criança reproduz o

comportamento de casa na escola.


PSICOCLASS #59:
[43:15 min]

Orientações e Estratégia para as Famílias:

Ofereça aos pais dicas de brincadeiras e jogos que podem realizar

junto com os filhos para aproximá-los e também como processo de

intervenção fora do consultório ou ambiente escolar; Alguns jogos ou

brincadeiras que a família pode utilizar: os jogos de tabuleiros,

dominó, jogo da memória, jogo de esconde-esconde, batata quente.

Vamos relembrar quando éramos crianças, e sair um pouco das telas

da tv e celulares. Não precisa ser todos os dias, mas criar o dia da

brincadeira em família, um pique nique a noite, uma barraca na sala.

O que levamos com a criança são memórias!

Destaque aos pais as potencialidades dos filhos e filhas, muitas

vezes, eles ficam tão preocupado com o “problema” que percebe

outros aspectos positivos; Depois de cada sessão de avaliação ou

mesmo de intervenção, elogie a criança para os pais, diga o que ele

conseguiu fazer e que está no caminho certo. Elogiar as crianças para

os pais com eles presentes, surte uma ótima motivação para todos!

Oriente a família que a criança e adolescente estão em

desenvolvimento constante e que é necessário para que eles

aprendam dar certa autonomia, não fazer tudo pelos filhos. Nossa

como encontramos crianças e até mesmo adolescentes super

dependentes em tudo. Precisamos mostrar aos pais que quanto mais

independente os filhos forem, melhor será para eles no futuro.


PSICOCLASS #59:
[51:30 min]

ANOTE AÍ: "Essas foram algumas orientações que podem ser realizadas
com a família de uma maneira em geral, assim como as crianças e

adolescentes não são iguais, as famílias também não são e como

profissionais precisamos ter isso bem claro. Como disse no primeiro

contato já vamos observar o que precisamos orientar ou não".

Para isso o trabalho interventivo do profissional deve estar pleno do

seu saber, da sua criatividade, da sua perspicácia, para que tenha

condições de adaptar o trabalho em conjunto com a família frente às

ocorrências provenientes das dificuldades no processo do aprender

(COSTA et al., 2018).

ANOTE AÍ: "Portanto é importante enquanto profissional auxiliar nesse


elo de pais/responsáveis e filhos, durante todo o processo irá ouvir muito e

também poderá auxiliar da melhor maneira cada um. Pois lembre-se que

tanto o processo de avaliação quanto de intervenção psicopedagógica gera

expectativa em todos e precisamos ser cautelosos e também ter um olhar

diferenciado para cada um que passar por nós".

Referência: COSTA, Tereza Cristina de Oliveira. Et al. A psicopedagogia e a família no processo ensino aprendizagem. Revista

Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 03, Ed. 09, Vol. 1, pp. 35-50, setembro de 2018. ISSN:2448-095.
BONS
ESTUDOS!

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