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TEMA I Erich Rodríguez.

Eng.Mat - M.Eng.2 - Dr.Eng.

CIMENTO ESCOLA POLITÉCNICA


PROGRAMA DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
IMED-PASSO FUNDO
2016/2
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO II: CONCRETO
1. INTRODUÇÃO
2. CLASSIFICAÇÃO E TIPOS DE CP
3. PRODUÇÃO
CIMENTO 4. HIDRATAÇÃO DO CIMENTO
5. PRODUTOS DE HIDRATAÇÃO
6. CARACTERIZAÇÃO DO CIMENTO
1. INTRODUÇÃO
Substância adesiva que pode unificar fragmentos ou
partículas em um elemento sólido

Bloco calcinado unido com betum-Babilonia

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1. INTRODUÇÃO
Ligante:
Gesso calcinado

Pega irregular - pouca trabalhabilidade

Ligante:
Cal calcinada
Mais abundante
Temperatura de calcinação mais alta

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1. INTRODUÇÃO
Farol de Smeaton´s Eddystone
REINO UNIDO
Patente (1795)
Cimento Romano (cal + cinza Patente Joseph Aspdin (21
vulcânica + água) outubro 1824).
Pega rápida Cimento Portland
Cor cinza Calcário calcinado + argila

proto-Portlan cement
meso-Portland cement
Normal Portland cement (siglo XX)

CIMENTO PORTLAND
Cimento calcário produzido em forno
rotativo que está baseado pela mistura de
silicatos de cálcio formados numa matriz
fundida obtida a partir da mistura de
calcário e argila.
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1. INTRODUÇÃO
Termino BS 6100 ASTM C219
Material usado com propósito de assegurar
Aglomerante (binder) partículas sólidas num sólido coerente

Aglomerante que endurece pela reação química


Aglomerante
com a água e inclusive capaz de endurecer
hidráulico
embaixo da água
Aglomerante hidráulico que reage com a
Aglomerante com
incorporação de um ativador.
hidraulicidade latente

Blended hydraulic Mistura de aglomerantes hidráulicos ativos e de


binder hidraulicidade latente

Material sólido formado à temperaturas


Clinquer
elevadas pela fusão parcial

Cimento que endurece pela reação


Aglomerante ativo formado por clinquer moído.
Cimento hidraúlico química com a água e capaz de reagir
inclusive embaixo da água
Clinquer formado pela mistura homogénea de
Clínquer de cimento Fusão parcial de clinquer constituido por
materiais (silica - cal e uma pequena parcela de
Portland silicatos cálcicos hidratados
alumina e ferro)

Aglomerante hidraúlico ativo baseado em Cimento hidraúlico produzido por clinquer


Cimento Portland
clinquer Portland e geralmente com sulfato de calcio.
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1. INTRODUÇÃO
Clínquer + Gipsita + Adições minerais
Ativas

Principais fases
(pozolanas / escorias)
C3S
Inertes
Cimento Portland = C2S
C3A
Cimento Portland (fillers)
C4AF tradicional Cimento composto
OPC Cimento adicionado
(CP - blended cement)

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N. Müller, J. Harnisch, A blueprint for a climate friendly cement industry, Rep. WWF–Lafarge Conserv. Partnership. (2008).
2. CLASIFICAÇÃO E TIPOS DE CP
Diferentes composições = diferentes propriedades = diferentes aplicações

Diferentes matérias primas disponíveis localmente —> diferentes composições

Cada pais (região) tem cimentos com especificações diferentes

Tipos de classificação
Pelo desempenho (EU: ASTM)
Pela composição (UE : UNE)
Especificações brasileiras ~ normativa europeia

Critérios de qualidade (mais importantes)


Composição (Ca/Si/Al/Fe/S —> Conteúdo de Fases)
Desempenho: Avaliado geralmente pela resistência a compressão em argamassas.
Reatividade: Avaliado geralmente pelo tempo de pega
Durabilidade: Conteúdo de contaminantes (K, Na, Cl, P2O5); CaO, outros

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2. CLASIFICAÇÃO E TIPOS DE CP

De acordo com a Associação Brasileira de Cimento Portland


existem 8 tipos de cimentos disponíveis no Brasil, o que confere
uma grande variedade de opções para todos os tipos de obra.
Os tipos citados pela ABCP são:
Cimento Portland Comum CP I e CP I-S (NBR 5732)
Cimento Portland CP II (NBR 11578)
Cimento Portland de Alto Forno CP III (com escória – NBR 5735)
Cimento Portland CP IV (com pozolana – NBR 5736)
Cimento Portland CP V ARI – (Alta Resistência Inicial – NBR 5733)
Cimento Portland CP (RS) – (Resistente a sulfatos – NBR 5737)
Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação (BC) – (NBR 13116)
Cimento Portland Branco (CPB) – (NBR 12989)

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2. CLASIFICAÇÃO E TIPOS DE CP
Cimento Portland

Cimento Clínquer + Escoria


Tipo Pozolana Calcário
Portland gipsita siderúrgica
CP I Comum 100 - - -
CP I -S Comum 95-99 1-5 1-5 1-5
CP II - E Composto 56-94 6 - 34 - 0 - 10
CP II - Z Composto 76-94 - 6 - 14 0 - 10
CP II - F Composto 90-94 - - 6 - 10
CP III Alto forno 25-65 35 - 70 - 0-5
CP IV Pozolânico 45-85 - 15 - 50 0-5
CP V - ARI Alta resist. inicial 95-100 - - 0-5
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2. CLASIFICAÇÃO E TIPOS DE CP
Cimentos mais
finos apresentam
maiores
resistências;
reações de
hidratação
acontecem mais
rápido; custo mais
alto.

Clasificado em três
categorias

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2. CLASIFICAÇÃO E TIPOS DE CP
CP I: Cimento Portland comum

NBR 5732
CP I
Cimento Portland comum

CP I - S
Cimento Portland comum com adição

NÃO COMERCIALIZADO
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2. CLASIFICAÇÃO E TIPOS DE CP
CP II: Cimento Portland composto
NBR 11578
Cimento Portland Cimento Portland

Composto Composto
Calcário Escória

Resistência à Resistência à
compressão compressão
(28d) (28d)

CP II - F - 32 CP II - E - 32
Aplicações:
Obras gerais na engenharia Aplicações:
Construção de prédios Obras gerais na engenharia
Reformas Galerias subterrâneas
Argamassas em geral Pisos industriais
Concreto compactado com rolo
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2. CLASIFICAÇÃO E TIPOS DE CP
CP II: Cimento Portland composto

NBR 11578
CP II - E
Cimento Portland composto com escória

CP II - Z
Cimento Portland composto com pozolana

CP II - F
Cimento Portland composto com filler

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2. CLASIFICAÇÃO E TIPOS DE CP
CP III: Cimento Portland com
escória de alto forno

NBR 5735
CP III

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2. CLASIFICAÇÃO E TIPOS DE CP
CP IV: Cimento Portland
pozolanico

NBR 5736
CP IV

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2. CLASIFICAÇÃO E TIPOS DE CP
CP IV: Cimento Portland ARI

NBR 5733
CP V
Cimento Portland de alta resistência inicial

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2. CLASIFICAÇÃO E TIPOS DE CP
Os cimentos CP I, II, III, IV ou V
podem ser resistentes a sulfatos
atendendo as seguintes condições:
Teor de C3A* do clínquer e teor de
adições calcarias de no máximo 8% e
Cimento Portland 5% em massa.
resistente a sulfatos Cimentos do tipo alto-forno que
contenham entre 60% e 70% de
NBR 5737 escória granulada de alto forno (em
massa).
Cimentos de tipo pozolânico que
contenham entre 25% e 40% de
Exemplo: material pozolânico (em massa).
CP II - Z - 32RS Cimentos com antecedentes de
resultados de ensaios de longa duração
ou de obras que comprovem resistência
aos sulfato.
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* Definição, características e reações do C3A vai ser discutido logo.


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2. CLASIFICAÇÃO E TIPOS DE CP

Cimento Portland
resistente a sulfatos

NBR 5737
Exemplo:
CP II - Z - 32RS
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2. CLASIFICAÇÃO E TIPOS DE CP

Designado pelas siglas BC, geram


até 260 J/g aos 3 dias e até 300
Cimento Portland com J/g aos 7 dias (podem ser
baixo calor de hidratação qualquer um dos tipos básicos).

NBR 13116 Retarda liberação de calor em


peças de grande massa de
Exemplo: concreto, evitando fissuras de
CP III - 32BC origem térmica devido ao calor
desenvolvido durante a hidratação
CP IV - 32BC do cimento*.

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26 Erich Rodríguez
* Definição, características e reações vão ser discutidas logo.
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2. CLASIFICAÇÃO E TIPOS DE CP
CPB: Cimento Portland Branco

NBR 12.989/93

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2. CLASIFICAÇÃO E TIPOS DE CP

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2. CLASIFICAÇÃO E TIPOS DE CP

TIPO Especificação

I Usos gerais

IA Usos gerais com ar incluso Tipos de cimentos classificados


Usos gerais com resistência aos sulfatos pelo uso (desempenho)
II moderada Não fornece informações
IIA Usos gerais com resistência aos sulfatos (simples) da composição.
moderada e ar incluso
Usado amplamente em US e
II(MH) Usos gerais com moderado calor de hidratação
alguns países da América latina.
Para usos com moderado calor de hidratação e
II(MH)A ar incluso
III Com elevada resistências a idades inicias
Com elevada resistências a idades inicias e ar
IIIA incluso
IV Para usos com baixo calor de hidratação

V Para usos com elevada resistência aos sulfatos


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2. CLASIFICAÇÃO E TIPOS DE CP
EUROPA

EN
197-1:2000
COMPOSITION,
SPECIFICATIONS AND
CONFORMITY CRITERIA FOR
COMMON CEMENTS

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2. CLASIFICAÇÃO E TIPOS DE CP
EN COMPOSITION,
SPECIFICATIONS AND
CONFORMITY CRITERIA FOR

197-1:2000 COMMON CEMENTS

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2. CLASIFICAÇÃO E TIPOS DE CP
ASTM C595/595M -13
STANDARD SPECIFICATION FOR BLENDED HYDRAULIC CEMENTS

Tipo cimento
IS OPC + escória Tipo IS(20) 80% OPC + 20% escória
Tipo IL(10) 90%OPC + 10% CaO
IP OPC +
Tipo IT(L10)(S10) 70%OPC + 10% CaO + 10% escória
IL OPC + Calcário
IT Cimentos
ternarios

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2. CLASIFICAÇÃO E TIPOS DE CP

A classificação de cimentos pela


Normativa Brasileira esta baseada nos
criterios de:
A. FINURA
B.DESEMPENHO
C.COMPOSIÇÃO
D.COMPOSIÇÃO E DESEMPENHO

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3. PRODUÇÃO
ETAPA 3:
- MOAGEM
- FABRICAÇÃO DO CIMENTO

Dividido em 3 etapas principais


ETAPA 2: Extração + pré-homogenização e
CLINQUERIZAÇÃO
dosagem
Clinquerização
Moagem: produção do cimento
Dois mecanismos de produção
(na etapa 2).
Via seca
Via úmida

ETAPA 1:
COLETAGEM DAS MATÉRIAS PRIMAS
BENEFICIAMENTO DAS MATÉRIAS PRIMAS
FORMACIÓN DA FARINHA

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3. PRODUÇÃO

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3. PRODUÇÃO
3.1. EXTRAÇÃO

Composição do clínquer (principais):


Óxido de calcio - CaO
Óxido de Silicio - SiO2.
Óxido de Aluminio - Al2O3.
Oxido de Ferro - Fe2O3.

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3. PRODUÇÃO
3.1. EXTRAÇÃO
1. Quais são as principais
Composição do clínquer (principais): materias primas para a
Óxido de calcio - CaO produção do clínquer?
Óxido de Silicio - SiO2.
Óxido de Aluminio - Al2O3.
Oxido de Ferro - Fe2O3. 2. Quais são as principais
materias primas para a
produção do cimento?

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3. PRODUÇÃO
3.1. EXTRAÇÃO

Composição do clínquer (principais): MINERAIS


Óxido de calcio - CaO Calcário Podem ser usados
Óxido de Silicio - SiO2. outras matérias primas
Óxido de Aluminio - Al2O3. (derivados de resíduos
Oxido de Ferro - Fe2O3. Argilas industriais, só para ajuste)

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3. PRODUÇÃO
3.1. BENEFICIAMENTO DAS MATÉRIAS PRIMAS
Material após extração apresenta em blocos (ø~cm) sendo necessário
reduzir o tamanho a uma granulometria adequada

O Material é transportado para a fabrica e armazenado em silos


verticais ou armazens horizontais

Essa armazenagem pode ser combinada com uma função de pré-


homogenização

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3. PRODUÇÃO
3.2. HOMOGENIZAÇÃO E DOSAGEM

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3. PRODUÇÃO
3.2. HOMOGENIZAÇÃO E DOSAGEM
Matérias primas selecionadas são depois
dosadas, tendo em consideração a qualidade
que se quer obter (clínquer).
Dosagem é realizada baseado em parâmetros
químicos

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3. PRODUÇÃO
3.2. HOMOGENIZAÇÃO E DOSAGEM
Definida a proporção das matérias primas,
elas são recoletadas e transportadas a
moinhos onde se produz o chamado “cru”
(mistura finamente moída)

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3. PRODUÇÃO
3.2. HOMOGENIZAÇÃO E DOSAGEM
A mistura de “cru”, devidamente dosada e com a finura
adequada, deve ser homogênea para permitir uma perfeita
combinação dos elementos formadores do clínquer.

A homogeneização é executada em silos verticais de grande


porte, através de mecanismos pneumáticos e por gravidade.

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3. PRODUÇÃO
3.3. CLINQUERIZAÇÃO
Etapa principal na produção do clínquer.
Baseado num processo de calcinação
(temperaturas controladas ~1450 ºC).
Etapa onde acontecem as
transformações (fusões parciais) e max. 5 kt/day
formação de novos compostos
Uso de um forno rotativo.
Elevado consumo de combustíveis
Final da etapa gera o clínquer (bolas
escuras cm).
Uso de pré-calcinadores torna o processo
mais eficiente. max. 2 kt/day

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3. PRODUÇÃO
3.3. CLINQUERIZAÇÃO

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3. PRODUÇÃO
3.3. CLINQUERIZAÇÃO

CALCÁRIO
900 ºC
CaCO3 CaO + CO2

ARGILA
900 ºC
Al4(Si4O10)(OH)8 4H2O + 2Al2O3 4SiO2
caolinita metacaolín

2Al2O3 4SiO2 2Al2O3 + 4SiO2


metacaolín

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3. PRODUÇÃO
3.3. CLINQUERIZAÇÃO
Transformações térmicas

> 1000 ºC
Fe2O3 + Al2O3 + 4CaO Fe2O3·Al2O3·4CaO
Ferroaluminato tetracálcico

C4AF

> 1000 ºC
Al2O3 / Fe2O3 Al2O3 + 3CaO Al2O3·3CaO
> 1 Aluminato tricálcico

C3A
Al2O3 / Fe2O3 > 1000 ºC
> 1
Fe2O3 + 2CaO Fe2O3·2CaO
Aluminato dicálcico

C2F
Una vez saturados los óxidos de Fe...

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3. PRODUÇÃO
3.3. CLINQUERIZAÇÃO
Transformações térmicas

SiO2 + 2CaO SiO2·2CaO


Silicato bicálcico

C2S
Luego de completarse la reacción anterior y con el exceso de Cal en el entorno se produce...

SiO2·2CaO + CaO SiO2·3CaO


Silicato tricálcico

C3S
Finalmente si ha sobrado cal, ésta queda como Cali libre

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3. PRODUÇÃO
3.3. CLINQUERIZAÇÃO
Transformações térmicas

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3. PRODUÇÃO
3.3. CLINQUERIZAÇÃO
Transformações térmicas

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3. PRODUÇÃO
3.3. CLINQUERIZAÇÃO
Transformações térmicas

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3. PRODUÇÃO
3.3. CLINQUERIZAÇÃO
Transformações térmicas

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3. PRODUÇÃO
3.3. CLINQUERIZAÇÃO
Composição do clínquer

NOME FÓRMULA SIGLA Mineral


Silicato
tricálcico
SiO2·3CaO C3S Alita
Silicato
bicálcico
SiO2·2CaO C2S Belita
Ferroaluminato
tetracálcico
Fe2O3·Al2O3·4CaO C4AF
Aluminato
tricálcico
Al2O3·3CaO C3A
Ferrito dicálcico Fe2O3·2CaO C2F

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3. PRODUÇÃO
3.4. MOAGEM E PRODUÇÃO DO CIMENTO
Resfriamento
Localizado depois da zona de queima (ainda
dentro do forno). Temperatura desce de 1450 ºC
até 1250 ºC
Depois do forno desce a temperatura de ~1200
ºC até 200 ºC.
Usa-se equipamentos especiais para aumentar a
velocidade de esfriamento

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3. PRODUÇÃO
3.4. MOAGEM E PRODUÇÃO DO CIMENTO
Moagem
Etapa onde o cimento é produzido (clínquer —>
cimento).
Incorporação da gipsita (5 - 10%)*.
Incorporação de outras adições (ativas ou inertes).
Etapa de elevado consumo energético (dureza do
clínquer).
Uso de moinhos de bolas (etapas e circuito fechado)
Uso de agentes químicos para facilitar moagem

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3. PRODUÇÃO
3.4. MOAGEM E PRODUÇÃO DO CIMENTO
Expedição:
O cimento produzido é armazenado em silos
Silos de multicâmera (capacidade de armazenar
diferentes cimentos).
Pode ser:
Ensacadas: Sistemas de empacotamento
automático
Granel: Caminhões graneleiros (capacidade ~27t).

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3. PRODUÇÃO

Produção es+mada 2013


70 milhões toneladas

§  17 grupos industriais

§  87 unidades produtoras

§  Capacidade nominal: 86 Mt/ano

§  4º maior consumidor mundial


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4. HIDRATAÇÃO DO CIMENTO

Composição do clínquer

NOME FÓRMULA SIGLA Mineral


Silicato
tricálcico
SiO2·3CaO C3S Alita
Silicato
bicálcico
SiO2·2CaO C2S Belita
Ferroaluminato
tetracálcico
Fe2O3·Al2O3·4CaO C4AF
Aluminato
tricálcico
Al2O3·3CaO C3A
Ferrito dicálcico Fe2O3·2CaO C2F

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4. HIDRATAÇÃO DO CIMENTO
NOME C3S C2S C4AF C3A C2F
Velocidade de
Grande Pequeña Grande Instantánea Grande
hidratação
Calor de
Grande Pequeña Pequena Grande Pequena
hidratação
Resistências
Grande Grande Escasa Escasa Escasa
mecánicas
Resistencias
Acetavel Boa Boa Muito baixa Boa
químicas

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4. HIDRATAÇÃO DO CIMENTO
Todas as fases do cimento são solúveis em água.
Variáveis que dependem das condições de
clinquerização:
dimensão do cristal
morfologia
textura
teor de substituintes , polimorfismo
densidade de defeitos (taxa de resfriamento)
Variáveis que dependem das condições de produção
finura
teor de sulfato
As fases do clínquer tem reatividade diferente?

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61
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4. HIDRATAÇÃO DO CIMENTO

É UM SISTEMA COMPLEXO
Todas as fases do cimento são solúveis em água.
Variáveis que dependem das condições de
clinquerização:
dimensão do cristal
morfologia
textura
teor de substituintes , polimorfismo
densidade de defeitos (taxa de resfriamento)
Variáveis que dependem das condições de produção
finura
teor de sulfato
As fases do clínquer tem reatividade diferente?
Há interação das fases em hidratação
Cada uma tem uma cinética e um mecanismo de reação
próprio.
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4. HIDRATAÇÃO DO CIMENTO
Cimentos tradicionais contêm geralmente:
> 60% de alita (C3S)
< 20% de belita (C2S)
< 13% de aluminatos (C3A) Um total geralmente >12%
< 13% de ferrita (C4AF)
0.5-2% de cal livre (CaO)
0-2% de sulfatos alcalinos (K,N)$

A hidratação é dominada pela reação da alita. Para


controlar a hidratação um baixo % de sulfatos é
adicionado. A quantidade e forma do sulfato tem um
elevado efeito no desempenho.
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4. HIDRATAÇÃO DO CIMENTO
4.1 Hidratação da Alita (C3S)
C3S + (3-x-n)H CxSHn + (3-x)CH
Reação altamente exotérmica
Permite avaliar cinética (liberação Regularmente conhecido como Portlandita
de calor)
C-S-H Ca(OH)2
(calcium silicate hydrate) Cal

4.2.Hidratação da Belita (C2S)


Importante contribuição nas resistências a idades mais avançadas.
Apresenta menor reatividade que o C3S.

C2S + 4,3H C1,7SH4 + 0,3CH


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4. HIDRATAÇÃO DO CIMENTO
4.2.Hidratação da Belita (C2S)
Período de indução muito extenso
——> velocidade de hidratação muito
mais lenta

Incremento da velocidade de
hidratação depois de dias ou
semanas

Contribuição ao aumento das


resistências a idades maiores de 7
dias

Produz-se menos portlandita (CH)

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4. HIDRATAÇÃO DO CIMENTO
4.4. Hidratação do C3A com presença de gipsita
Etapa A:
Quando tem disponibilidade de sulfato de Cálcio em solução, o principal produto do
C3A (ou C4AF) é etringita (AFt):
Entringita
C3A + 3C$H2 + 26H C6A$H32 AFt

Etapa B:
Depois do consumo de todos os sulfatos disponíveis, o C3A (ou C4AF) continua se
hidratando para formar fases hidratadas de monosulfoaluminatos (AFm) mediante:

2C3A + C6A$H32 + 4H 3C4A$H12 Monosulfato AFm

Elevada liberação de calor (maior, ~1260 J/g)


Sem a presença de gipsita reagem com a água quase imediatamente
Contribui com as resistências às primeiras idades (inclusive horas)
Cimentos com baixo conteúdo de C3A têm maior resistência aos sulfatos
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4. HIDRATAÇÃO DO CIMENTO

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4. HIDRATAÇÃO DO CIMENTO
V/F: Um maior conteúdo de gipsita
no cimento acelera as reações de
hidratação e maior calor de
hidratação e liberado

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4. HIDRATAÇÃO DO CIMENTO
V/F: Um maior conteúdo de gipsita no
cimento acelera as reações de hidratação
e maior calor de hidratação e liberado

Qual cimento apresenta o maior


calor de hidratação (a/c equivalente)
A. CP II E - 50
B. CP V ARI
C. CP Branco
D. CP IV
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4. HIDRATAÇÃO DO CIMENTO
V/F: Um maior conteúdo de gipsita no
cimento acelera as reações de hidratação
e maior calor de hidratação e liberado

Qual cimento apresenta o maior


calor de hidratação (a/c equivalente)
A. CP II E - 50
B. CP V ARI PORQUE?
C. CP Branco
D. CP IV
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4. PRODUTOS DE HIDRATAÇÃO
Diferentes composições = diferentes
velocidade de hidratação
Maior liberação de calor = Cimento
mais reativo
Muita liberação de calor —> Gera
fissuras (perda de água).
Aumentam a liberação de calor:
Maior conteúdo de C3A.
Maior conteúdo de C3S.
Maior conteúdo de C4AF
Cimento mais fino (menor tamanho de
partícula).
Maior conteúdo de clínquer
Presença de aditivos aceleradores*
Aumento da temperatura

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4. HIDRATAÇÃO DO CIMENTO
O processo vai depender de:
Velocidade de dissolução das fases
A velocidade de nucleação e crescimento dos cristais de hidratos
Difusão da água e íons dissolvidos através do material hidratado

A microestrutura dos hidratos formados dependerá de:


Composição do ligante
Relação a/c inicial
Temperatura de hidratação
Ausência ou presença de adições minerais ou aditivos
Tempo de hidratação

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4. HIDRATAÇÃO DO CIMENTO

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5. PRODUTOS DE HIDRATAÇÃO
5.1 C-S-H
Silicato de cálcio hidratado (C-S-H)
Esta fase compõe de 50% à 65% o volume de sólidos em uma
pasta de cimento completamente hidratada e é, portanto, a fase
mais importante e determinante de suas propriedades. Em nível
atômico o C-S-H é formado por camadas com cadeias de SiO4,
com possíveis substituições do Si por Al.

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5. PRODUTOS DE HIDRATAÇÃO
5.2 CH - Portlandita
Composição: Ca(OH)2.
Cristalino
Cristais de CH constituem 20% a 25% do
volume de sólidos na pasta de cimento.
Encontrado na forma de grandes cristais
prismáticos hexagonais.
Esses cristais contribuem pouco na resistência
do concreto, principalmente por sua área
superficial ser consideravelmente baixa (< C-S-H).
Aumenta o pH da solução do poro (12.4 -
13.5).
Fase que e parcialmente soluble.

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5. PRODUTOS DE HIDRATAÇÃO
5.3 AFt - C6A$3H32 - Ettringita
Cristalino
Morfologia de agulhas
Agulhas entrelaçadas
Contribuem com um pouco de resistência nas idades
iniciais

a: Com base em BAUR et al. (2004). b: 15 horas de hidratação. Barra de


escalas=1µm (MERLINI, 2008).

MATERIAISDesenho esquemáMco (a) e cristais de etringita (b).
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6. CARACTERIZAÇÃO DO CIMENTO

6.1. Física
6.2. Química
6.3. Microestrutural

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77 Erich Rodríguez
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6. CARACTERIZAÇÃO DO CIMENTO
6.1.1. Densidade
Requerido para dosagem
Valores entre 2900 - 3100 kg/m3.

Baseado no principio de
Arquimedes. (mudanza de
volumen de um líquido)

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78 Recipente de Le-Chatelier
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6. CARACTERIZAÇÃO DO CIMENTO
6.1.1. Densidade
Requerido para dosagem
Valores entre 2900 - 3100 kg/m3.

ASTM C188-09: Standard Test Method


for Density of Hydraulic cement
Principio de Arquimedes
- 64 g de cimento
- Querosene

Leitura: Volume do líquido deslocado ao


incorporar 64 g de cimento

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79 Recipente de Le-Chatelier
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6. CARACTERIZAÇÃO DO CIMENTO
6.1.2. Finura Blaine
Material mais fino —> partículas mais
pequenas.
Principio da medição: Passagem de
ar através de uma quantidade de
cimento (sem compactar).
Ensaio muito usado
Fácil de fazer
Econômico
Equipamento simples
Baixa variabilidade
Aplica-se para cimentos tradicionais
Atualmente esta sendo
substituído por outras
técnicas mas exatas (para
pesquisa)
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6. CARACTERIZAÇÃO DO CIMENTO
6.1.2. Finura Blaine
ASTM C204-11: Standard
Test Method for Density for
Fineness of Hydraulic
Cement by Air permeability
apparatus

Papel filtro

Equipamento de permeabilidade Blaine

Cronômetro

Cimento

S = Ss(T) 1/2 / (Ts)1/2

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6. CARACTERIZAÇÃO DO CIMENTO
6.1.3. Preparação de pasta
ASTM C305 - 13: Standard
Practice for Mechanical Mixing of
Hydraulic Cement Pastes and
Mortars
Homogeneidade nas misturas

Incorporação dos componentes


Tempo de mistura
Cisalhamento

Conteúdo de ar
Grau de umidade das partículas
Tempo das reações

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6. CARACTERIZAÇÃO DO CIMENTO
6.1.4. Consistência Normal

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6. CARACTERIZAÇÃO DO CIMENTO
6.1.4. Consistência Normal
Determina qual é a relação a/c ótima para
caraterizar o cimento.
Diferente trabalhabilidade com diferentes
relações a/c
Mais água = pasta mais fluida
Determina a quantidade de cimento para aprox. 10
atingir uma consistência em estado plástico
(standard)

ASTM C187-11e1 Standard Test Method


for Amount of Water Required for Normal
Consistency of Hydraulic cement Paste

650 g de Cimento
agua: ?
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6. CARACTERIZAÇÃO DO CIMENTO
6.1.5. Tempo de pega
Usa uma pasta com uma relação a/c de consistência normal.
Avalia reatividade do cimento mediante o endurecimento
Equipamento: Agulha de Vicat
Peso padrão
área de contato: 1 mm2.
Ensaio muito usado pela indústria.
atingir uma consistência em estado plástico (padrão)
Ensaio muito sensível as condições ambientais (T, HR).

ASTM C191-08 Standard Test Methods for


Time of Setting of Hydraulic Cement by Vicat
Needle

Determina:
- Tempo de inicio de pega Leitura periódica da penetração da
- Tempo do fim de pega agulha na pasta de cimento.
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6. CARACTERIZAÇÃO DO CIMENTO
6.1.6. Fluidez
Conhecido como mesa de consistência
Permite avaliar a trabalhabilidade da argamassa em estado fresco
Dado importante para processo de colocação do cimento
Mede quanto o cimento é espalhado pela ação dos abatimentos (25
golpes) - altura padronizada.

ASTM C230/230M-13 Standard


Specification for Flow Table for Use in
Tests of Hydraulic Cement

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6. CARACTERIZAÇÃO DO CIMENTO
6.1.7. Resistência
ASTM C109/C109M - 12: Standard Test Method for
Comppressive Strength of Hydraulic Cement Mortars
(Using 2-inch or [50mm] Cube Specimens

Argamassas com fluidez de 110 (+/-5)

Velocidade da carga aplicada:

900 - 1800 N/s


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6. CARACTERIZAÇÃO DO CIMENTO
6.1.7. Resistência
Determinado em argamassas.
Não se avalia em pastas diretamente
Requere-se preparar uma argamassa
padrão
Areia padrão
Relação a/c fixa
Relação areia:cimento fixa (3:1)
Procedimentos padrões para produzir
Condições do ensaio padronizadas
Velocidade de aplicação da carga
Tipo e geometria dos corpos de prova
Relação areia:cimento
Dado mais importante: 28 días
Condições de cura padronizadas

ASTM C305 - 13: Standard Practice


for Mechanical
MATERIAISMixing of
DE CONSTRUÇÃO II: Hydraulic
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6. CARACTERIZAÇÃO DO CIMENTO
6.1.7. Resistência

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6. CARACTERIZAÇÃO DO CIMENTO
6.2. Química
ASTM C114 - TEST METHODS FOR CHEMICAL ANALYSIS OF
HYDRAULIC CEMENT

A análise química está baseada nas seguintes


determinações químicas:

Perda ao fogo: Amostra é aquecida a 950 ºC (1 g - 1h). Determina a


quantidade de CO2 liberado pela queda dos carbonatos e água
(hidratação).
Ataque com HCl: O ácido dissolve cations e o resíduo obtido é SiO2. Na
dissolução se determina Fe, Al, Ca e Mg.
Calculo de SO3: Procede da adição da gipsita.
Tratamento do resíduo insolúvel
Cálculo do conteúdo de cal livre.
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6. CARACTERIZAÇÃO DO CIMENTO
6.3. Microestrutural
Avalia na escala micro as características físico-químicas e como afeta a
reatividade do cimento
Usado para pesquisa e desenvolvimento.

Si - EDX mapping

Ca - EDX mapping

500 µm
100 µm

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7. REFERENCIAS
K. Metha, P.J.M. Monteiro, Concrete. Microstructure, Properties and Materials,
3rd ed., McGraw-Hill, Madrid, 2005. doi:10.1017/CBO9781107415324.004.

A. Neville, Concrete: Neville ’ s Insights and Issues, Thomas Telford, London, U.K.,
2006.

A. Aitcin, Pierre-Claude | Neville, Modern Concrete Technology 5: High-


performance concrete., E&FN SON, Québec, 1993.

E. Gartner, J.F. Young, D. Damidot, I. Jawed, Hydration of Portland Cement, in:


Struct. Perform. Cem., CRC Press, 2001: pp. 57–213. doi:10.1038/207713a0.

H.F.W. Taylor, Cement Chemistry, Thomas Telford Publishing, London, 1997


P. Hewlett, Lea ’ s Chemistry of Cement and Concrete, 4 edicion., Elsevier Science
& Technology Books, 2004.

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MUCHAS GRACIAS
APRESENTAÇÕES
Ferrocement
Roller-compacted concrete
Ultrahigh performance concrete (UHPC) - fibers
Low-density concrete (celular concrete)
Shotcrete
Polymer-based concrete (polymeric concrete)
White and colored concrete
Self-compacting concrete
Alkali-activated concrete
Pervious concrete (porous concrete - permeable concrete)
Any other else.?

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APRESENTAÇÕES
Definition
History
How is made?
Raw materials?
Advantages - disadvantages
Standards
Main properties (fresh and hardened state)
Main applications

Slides
Content
Presentation
dont read,
don't dance
Speak clearly and loud
be calm and be mainly: be yourself
Critical point of view

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