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Lorena -SP
2015
AUTORIZO A REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO, POR QUALQUER MEIO
CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE
Aos meus pais, que sempre me apoiaram e foram capazes de me dar todo o suporte
necessário durante meu desenvolvimento no curso de Engenharia.
Ao meu irmão por sempre estar ao meu lado me ajudando e orientando em todas as
situações.
Ao meu orientador Prof. Dr. Pedro Carlos de Oliveira que se dispôs a realizar esse
trabalho junto comigo e me ajudou e orientou de forma exemplar.
EPÍGRAFE
Walt Disney
RESUMO
1. INTRODUÇÃO 11
2. OBJETIVOS 12
2.1. OBJETIVO GERAL 12
2.2. OBJETIVOS ESPECIFICOS 12
3. JUSTIFICATIVA 13
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 14
4.1. RUGOSIDADE / CAREPA 14
4.2. DECAPAGEM MECÂNICA 15
4.2.1. Jateamento abrasivo por ar comprimido 16
4.2.2. Jateamento abrasivo com máquinas com
turbinas centrifuga 17
4.3. TRATAMENTO DE SUPERFÍCIE 18
4.3.1. Fosfatização 18
4.3.2. Passivação 19
4.3.3. Banhos intermediários 20
4.3.4. Secagem 20
4.4. PINTURA POR ELETRODEPOSIÇÃO 21
4.4.1. Eletroforese anódica ou anaforética 21
4.4.2. Eletroforese catódica ou cataforética 22
4.5. CORROSÃO 22
5. MATERIAIS E MÉTODOS 23
5.1. PERFIL DE RUGOSIDADE 23
5.1.1. Medidor de rugosidade 24
5.2. MEDIDA DE ESPESSURA SECA DA TINTA 25
5.3. TESTES 26
5.3.1. Salt spray 26
5.3.2. Aderência 27
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO 28
7. CONCLUSÃO 34
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 35
1. INTRODUÇÃO
Dados oriundos do Instituto Aço Brasil - IABr (2009), mostram que a indústria
siderúrgica brasileira possui destaque mundial na produção de aço, colocando-o
como maior produtor da América Latina. O Brasil ocupa a quinta colocação como
exportador liquido de aço e a nona posição como produtor em escala mundial. Da
produção total 26,7% é destinado ao setor automobilístico.
Em uma das etapas da indústria siderúrgica, o aço é submetido a elevadas
temperaturas para poder passar pelo processo de conformação, também conhecido
como laminação. Nessa etapa a superfície que entra em contato com a atmosfera
sofre oxidação formando óxidos de ferro, denominada carepa (GINZBURG, 1989).
Esta carepa deve ser removida antes da peça ser submetida a qualquer outro
tipo de processo, principalmente se for utilizado na fabricação de peças
para a indústria automobilística.
A remoção da carepa pode ser realizada por diferentes métodos, dentre eles a
decapagem química e decapagem mecânica. Cada método utilizado gera uma
rugosidade diferente na superfície do material que interfere na pintura de acordo com
sua amplitude. Para proteção das peças, normalmente são utilizados processos de
pintura por eletrodeposição (e-coat).
A competitividade do mercado automobilístico faz com que se busque sempre
a redução de custo de operação. No processo de pintura a redução de custo pode ser
obtida com a redução do consumo de tinta. Essa redução se consegue através da
diminuição da espessura de tinta aplicada na peça. Assim, obtêm-se o que se
denomina camada baixa de tinta, que pode ser aplicada desde que atenda as normas
pré-estabelecidas.
Nesse sentido, este trabalho consiste em avaliar peças pintadas com diferentes
camadas de tinta, as quais passarão pelo método de decapagem mecânica afim de
aumentar a rugosidade do corpo de prova. As peças serão submetidas a testes de
corrosão e comparadas com normas técnicas para verificar a validade dos ensaios.
Os ensaios serão realizados em câmara de salt spray, que simula um processo de
corrosão acelerada nas peças.
11
2. OBJETIVOS
12
3. JUSTIFICATIVA
13
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
14
rugosidade do material e assim necessitar de diferentes camadas de tintas para cobrir
a superfície de forma eficiente.
Tal superfície após sofrer o processo de laminação passará por um estágio,
chamado pré-tratamento, que consiste em algumas etapas de preparação da
superfície do material. Essa preparação é essencial a fim de obter uma maior
ancoragem da tinta ao substrato.
15
retrabalho; além de alguns casos de peças oxidadas que posteriormente serão
enviadas para o processo de pintura.
16
4.2.2. JATEAMENTO ABRASIVO UTILIZANDO TURBINAS CENTRÍFUGAS
O abrasivo é arremessado em alta velocidade contra a peça por meio das pás
de um rotor centrífugo, conforme podemos verificar na Figura 4.5. As turbinas
normalmente são construídas em aço fundido de alta liga de cromo com grande
resistência a abrasão, isso é necessário, pois as turbinas ficam em contato direto com
os abrasivos utilizados para a realização da decapagem mecânica.
.
Figura 4.6 – Equipamento de jateamento por turbinas centrífugas
Fonte: Charles Munger
17
4.3. PRÉ-TRATAMENTO DE SUPERFÍCIES
Após a peça passar pelo processo de decapagem teremos ainda outras etapas
até chegarmos à etapa de pintura. Tais etapas são denominadas pré-tratamento de
superfícies e esse nome é dado, pois prepararemos a superfície para receber a
camada de tinta. Tais etapas podem ser consideradas uma das mais importantes de
todo esse processo, pois é o momento no qual a superfície do material ganhará o
formato necessário para ter a capacidade de ancorar, de forma eficiente, a tinta a ser
utilizada. Quando temos um pré-tratamento realizado de forma eficiente a ancoragem
da tinta ocorrerá de forma objetiva e teremos excelentes ganhos na proteção
anticorrosiva do material.
O pré-tratamento tem como objetivo obter a limpeza e a rugosidade adequada
das peças que estão passando pelo processo. A qualidade da pintura aplicada está
diretamente relacionada com o tratamento que a superfície recebeu antes de ser
pintada.
As tintas aderem ao aço por ligações físicas, químicas e mecânicas, sendo as
duas primeiras interações entre os grupos presentes nas resinas e no metal, já a
mecânica se associa as duas e necessita de uma rugosidade superficial correta
(ASTM, 1999).
Para uma adequação no perfil de rugosidade do material e auxiliar na proteção,
é aplicado à peça uma camada de fosfato denominada fosfatização.
18
Figura 4.7 – Ação da camada de fosfato
Fonte: REIS, 2005
19
Figura 4.8 – Processo de fosfatização e passivação
Fonte: GNECCO, 2003
4.3.4. SECAGEM
21
Figura 4.9 – Sistema de pintura por eletroforese anódica (Anaforese)
Fonte: ARAUJO, 2003
4.5. Corrosão
Corrosão pode ser definida como sendo a deterioração que ocorre quando
um material (normalmente um metal) reage com seu ambiente, levando à perda de
suas propriedades, sendo elas características físicas e químicas, consequentemente
22
sua estrutura, durabilidade e desempenho. A corrosão é o processo inverso ao da
siderurgia, ou seja, o metal retorna de forma espontânea aos óxidos que lhe deram
origem (GENTIL,2007). No processo siderúrgico, muita energia é gasta para
transformar óxido de ferro em um produto final.
5. MATERIAIS E MÉTODOS
24
5.2. MEDIDA DE ESPESSURA SECA DA TINTA
Figura 5.3 – Aparelho eletrônico para medidas de espessura seca de tinta aplicada sobre o aço
25
5.3. TESTES
26
Figura 5.4 – Câmara de salt spray
Fonte: www.oshma.com.ar
5.3.2. ADERÊNCIA
27
Figura 5.5 – Cortes em grade para teste de aderência
28
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO
29
Figura 6.2 – Corpo de prova pintado com corte em X antes de entrar em teste.
Por fim foram colocados todos os corpos de prova dentro da máquina de salt
spray para que pudéssemos dar início ao teste.
Após iniciado o teste os corpos de prova foram analisados diariamente para
verificar sucintamente qualquer mudança que pudesse ocorrer nos painéis, dando
maior ênfase para a averiguação no surgimento de corrosão superficial.
Após passadas às 504 horas de testes os corpos de prova foram retirados da
máquina de salt spray e analisados para constatar a presença ou não de corrosão
superficial. Realizando a análise pudemos perceber que foi evidenciada a presença
de corrosão superficial no corpo de prova 3 onde a espessura da camada de tinta era
baixa e a rugosidade era alta. Podemos observar claramente nas figuras a seguir a
presença de corrosão superficial em toda a superfície do nosso corpo de prova.
30
Figura 6.3 – Corpo de prova após o teste de salt spray apresentando um grau elevado de corrosão
superficial.
31
Figura 6.5 – Corpo de prova sem a presença de corrosão superficial
32
Figura 6.6 – Corpo de prova limpo
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Tabela 6.1 – DOE com resultado final de aparecimento de corrosão superficial
CORROSÃO SUPERFICIAL
CORPO DE
CAMADA DE TINTA RUGOSIDADE
PROVA
SIM NÃO
1 15 mµ 4 a 5,6 Ra x
2 30 mµ 5,6 a 7,5 Ra x
3 15 mµ 5,6 a 7,5 Ra x
4 30 mµ 4 a 5,6 Ra x
7. CONCLUSÃO
34
35
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
36
OLIVEIRA , BRETT, A. M. & BRETT, C.M;A. “Electroquímica, princípios, métodos
e aplicações”, Coimbra, Portugal,: Editora Almedina, 1996.
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