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Aula 02

Banco do Brasil (Escriturário-Agente


Comercial) Conhecimentos Bancários -
2022 (Pré-Edital)

Autor:
Amanda Aires, Vicente Camillo,
Equipe Legislação Específica
Estratégia Concursos

22 de Novembro de 2021

40181815826 - Flávio Ricardo Cirino


Amanda Aires, Vicente Camillo, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos
Aula 02

Sumário

Considerações iniciais ......................................................................................................................................... 2

1 - Sistema Monetário: Conceitos Iniciais ............................................................................................................ 2

1.1 - Moeda.................................................................................................................................................... 3

2 - Contas do Sistema Monetário ....................................................................................................................... 8

2.1 - Balancete dos Bancos Comerciais .......................................................................................................... 8

2.2 - Balancete da Autoridade Monetária ................................................................................................... 11

2.3 - Balancete Consolidado do Sistema Monetário .................................................................................... 14

3 - Criação e Destruição de Liquidez ............................................................................................................... 15

4 - Política Monetária ....................................................................................................................................... 17

5 - Depósito Compulsório.................................................................................................................................. 23

6 - Redesconto .................................................................................................................................................. 26

7 - Mercado Interbancário ............................................................................................................................... 28

8 – Políticas Monetárias não convencionais: o Quantitative Easing .................................................................. 30

Questões Comentadas ...................................................................................................................................... 34

Lista de Questões .............................................................................................................................................. 44

Gabarito ........................................................................................................................................................... 49

Resumo .............................................................................................................................................................. 50

Considerações Finais ......................................................................................................................................... 55

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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Olá pessoal, chegamos a nossa aula sobre moeda e política monetária. Se você está matriculado no curso de
atualidades do sistema financeiro conosco, pode ir direto para o tópico 4 de política monetária, ok?

Contem conosco,

Abraço,

1 - SISTEMA MONETÁRIO: CONCEITOS INICIAIS


Iremos iniciar esta aula com a apresentação do sistema monetário. O objetivo é apresentar os conceitos de
base monetária e suas condicionantes, recolhimentos compulsórios, redescontos e outros tipos de
operações monetárias envolvendo a autoridade monetária e as instituições financeiras.

Adiante, será apresentada a regra do compulsório e redesconto. Ao final de aula, discutiremos o mercado
interbancário.

O Sistema Monetário de um determinado país consiste nas instituições e regras cujo objetivo é conceder
eficiência nas transações econômicas, além de possibilitar ao país o controle da política monetária.

Instituições e regras cujo objetivo é


conceder eficiência nas transações
Sistema Monetário
econômicas, além de possibilitar ao país
o controle da política monetária.

Para fins de análise macroeconômica, o Sistema Monetário é composto da Autoridade Monetária (Banco
Central) e dos Bancos Comerciais, os quais estão autorizados a receber depósitos à vista do público não
financeiro. Deste modo, podem influenciar na determinação dos meios de pagamento e da oferta monetária.

Quando cada um de nós vai ao banco comercial depositar certa quantia, mantemos este saldo em conta
corrente. Esta é a chamada moeda escritural.

No entanto, os bancos utilizam estes recursos para conceder empréstimos a outros indivíduos, que também
passam a apresentar saldo em conta corrente.

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Naturalmente, o banco está disponibilizando mais capital do que dispõe. Este é o mecanismo básico para o
entender porque os bancos influenciam na determinação da oferta monetária. Quando operam no mercado,
elevam a quantia de moeda em circulação na economia.

O Banco Central, devido ao exercício do monopólio da emissão monetária, controla a base monetária da
economia. Este fato é fundamental na compreensão da política monetária. Pois, mesmo que os bancos
comerciais influenciam na determinação da moeda em circulação, a Autoridade Monetária influenciar em
todas as instancias do circuito monetário, como veremos adiante no decorrer deste módulo.

1.1 - Moeda

Naturalmente, vamos começar pela unidade básica do sistema monetário: a moeda.

A moeda é definida como toda forma de ativos financeiros utilizados como meio de troca nas transações
econômicas.

Este é o conceito básico e mínimo de moeda. Por toda história, várias formas de moeda foram adotadas e
várias características foram derivadas como consequência. No entanto, em todas por todas as formas
assumidas, a característica de meio de troca foi o denominador comum. Na atualidade, a moeda assume
outras características, como reserva de valor, como veremos adiante.

Começando pela característica básica de meio de troca, devemos compreender que, ao promover eficiência
nas trocas, esta característica é intrínseca à moeda.

Ou seja, sua utilização possibilita reduzir os custos de transação, eliminando a necessidade de desejos
mútuos para a realização de negócios. Imaginem o seguinte caso: eu oferto aulas de macroeconomia, e exijo
em troca dotações de alimento. Naturalmente, caso alguém quisesse oferecer garrafas de vinho eu não
aceitaria, resultando em uma transação a menos. Ao adotar a moeda, eu posso aceitá-la e adquirir as
dotações de alimento que preciso.

Assim, todos (interessados) podem adquirir o curso sem necessitar conhecer minhas preferências de
consumo, oferecendo moedas na transação. Obviamente, mais transações serão realizadas de modo mais
eficiente.

Outra função da moeda é servir como unidade de conta. Todos os bens e serviços dispostos na economia
podem ser cotados em relação ao valor de unidades da moeda de referência. Assim, dotações de alimento
custam 10 unidades monetárias, garrafas de vinho, 5 unidades monetárias, e assim por diante. A
possibilidade de comparar os valores entre os bens auxilia no processo decisório e, consequentemente, nas
transações.

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Naturalmente, a adoção de um padrão monetário confere ainda mais facilidade a esta característica. É como
se tornasse mais tangível o valor dos bens. Afinal, todos sabem o significado e a diferença entre R$ 5,00 e R$
1 mil.

É importante salientar que em períodos inflacionários, a moeda perde a função de unidade de conta. Nada
mais natural: a inflação resulta em desvalorização da moeda; assim, cada vez mais moeda é necessária para
exprimir o valor de determinado bem/serviço; no limite, o valor seria muito grande e os agentes escolheriam
outra unidade mais estável para esta função. No Brasil, a dissociação entre meio de troca e unidade de
conta ocorreu na adoção do Plano Real. As transações eram cotadas em URV (unidade de conta), mas
liquidadas em cruzeiro real (meio de troca).

Por fim, pode-se também utilizar a moeda como reserva de valor. Ao realizar as transações os agentes não
necessitam consumir toda a renda derivada da produção no mesmo período em que ela é produzida. O
resultado deste fato é a geração de poupança.

Assim, o excesso de produção sobre o consumo no período corrente pode ser armazenado e consumido no
futuro. Neste aspecto, a moeda assume a forma de ativos financeiros.

Podemos resumir as funções da moeda da forma que segue:

a) Meio de troca – função intrínseca da moeda, permitindo eficiência nas transações.


b) Unidade de Conta – denominador comum na cotação do valor dos bens e serviços transacionados;
permite apurar o valor relativo dos bens; pode perder a função em períodos de grande inflação.
c) Reserva de Valor – possibilidade de a moeda render juros e efetivar transações dentro do ambiente
intertemporal.

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Meio de troca

Funções da moeda
Unidade de Conta

Reserva de Valor

==275324==

No limite, caso a moeda perca toda a credibilidade e, portanto, suas funções, o país pode escolher outra
moeda para realizar as transações. É o caso de países, cuja inflação atingiu valores elevados, que escolheram
o dólar como meio de troca, unidade de conta e reserva de valor (processo chamado de dolarização).
Naturalmente, ao adotar a moeda de outra nação, o país perde a possibilidade de efetuar política monetária
e influenciar a renda por este canal.

Podendo assumir formas distintas, a moeda não se resume ao papel-moeda ou à moeda metálica, chamadas
de moedas de curso forçado1. Ativos financeiros também podem ser utilizados como meio de troca.

O que diferencia estas formas de moeda é a liquidez e seus emissores.

Devemos compreender a liquidez como a capacidade de conversão de um ativo em dinheiro sem perda de
valor. Assim, a conversão de papel moeda em ativos é imediata, o que concede a esta espécie de moeda a
maior liquidez de todas. Do mesmo modo, a conversão de títulos financeiros em ativos não é tão imediata,
evidenciando menor liquidez, além de incorrer em custos de transação maiores.

1Moedas de curso forçado são aquelas que não possuem nenhum ativo como lastro (moeda fiduciária). O valor é derivado da confia nça que a
moeda exprime, como o dólar (US$), ou o real (R$).
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Em que pese à relevância da liquidez na caracterização dos agregados monetários, atualmente o Banco
Central define os agregados monetários de acordo com o sistema emissor.

Esta é uma modificação recente promovida pelo BACEN e tem sido muito cobrada pelo CESPE. Portanto,
atenção: antes a definição era realizada pelo grau de liquidez do meio de pagamento; no momento, são
definidos de acordo com a instituição emissora.

Mais precisamente, atualmente existem os seguintes agregados monetários no Brasil:

M1 = Também conhecido como meio de pagamento restrito, M1 é gerado pelas instituições


emissoras de haveres estritamente monetários. Abrange o papel moeda em poder do
público + depósitos à vista.

M2 = Também conhecido como meio de pagamento ampliado, corresponde ao M1 e às


demais emissões de alta liquidez realizadas primariamente no mercado interno por
instituições depositárias - as que realizam multiplicação de crédito (veremos adiante este
conceito com mais detalhes). Abrange M1 + depósitos especiais remunerados + depósitos
de poupança + títulos emitidos por instituições depositárias

M3 = Também conhecido como meio de pagamento ampliado, é composto por M2 e pelas


captações internas por intermédio dos fundos de renda fixa e das carteiras de títulos
registrados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC). Contém M2 + quotas de
fundos de renda fixa + operações compromissadas registradas no SELIC.

M4 = Também conhecido como poupança financeira, engloba o M3 e os títulos públicos de


alta liquidez . Agrega, portanto, M3 + títulos públicos de alta liquidez.

É importante citar que o processo de inovação financeira realizado pelo mercado cria ativos financeiros
substitutos à moeda. Ao passo que estas inovações ocorrem de maneira consistente, a definição de
agregados monetários torna-se variável. Naturalmente, os componentes de M1, M2, M3 e M4 são mutáveis.

É preciso ter em mente que todos os agregados são considerados substitutos da moeda, isto é, podem
substituí-la em qualquer de suas funções, quando for o caso. Indo além, a variação nas quantidades em
circulação de cada um dos agregados monetários pode significar variação na oferta de moeda e,
consequentemente, mudanças na política monetária.

No momento, cabe detalhar o conceito de papel-moeda, devido a sua elevada liquidez e vital importância
no sistema econômico.

O papel-moeda instituiu um marco na história econômica. Anteriormente, as transações eram realizadas por
moeda metálica ou por outra forma de pagamento que fosse lastreada em metal precioso, ou mesmo pelo
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próprio metal (chamado moeda-mercadoria). Assim, as transações eram liquidadas em moedas de ouro, ou
através de papel moeda que estivesse lastreado em ouro, denominada moeda fiduciária. A liquidação das
operações estava garantida, pois a fonte de valor (ouro) permanecia depositada nos cofres do governo,
lastreando as operações.

No entanto, esta maneira não é mais praticável. No momento, as transações no mundo são realizadas, em
grande maioria, por papel-moeda sem qualquer lastro, já denominadas de curso de forçado.

A fonte de confiança na liquidação das transações é a credibilidade do governo central.

Ao passo que o governo central adota determinado papel-moeda para realizar suas transações econômicas,
o restante da economia assume a mesma forma.

O papel-moeda é dividido em 3 espécies:

a) papel-moeda emitido – total de moeda emitido pela Autoridade Monetária, que pode
se encontrar no caixa da Autoridade Monetária ou em circulação pelo setor privado
bancário ou não bancário.

b) papel-moeda em circulação – é o total de moeda em circulação na economia, ou seja,


quantidade moeda emitida (-) a quantidade de moeda no caixa da Autoridade Monetária

c) papel-moeda em poder do público – corresponde ao total de papel-moeda emitido que


se encontra em poder do público não financeiro, isto é, que não esteja em poder da
autoridade monetária ou dos bancos comerciais.

A quantidade de papel-moeda em circulação e de papel moeda emitido é praticamente a mesma, dada a


quantidade desprezível (em relação ao total de moeda circulação) de moeda no caixa da Autoridade
Monetária.

O papel-moeda em poder público consiste na quantidade de numerário que não está em poder da
Autoridade Monetária e dos Bancos Comerciais. Quando somado à quantidade de moeda escritural, origina
o conceito de meios de pagamento restrito (M1).

Agora que já sabemos o que é e de que forma está dividida a Moeda, podemos tratar a maneira como ela
troca de mãos. Mais especificamente, como ocorrem as relações monetárias entre a Autoridade Monetária,
Bancos Comerciais e o público não financeiro.

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2 - CONTAS DO SISTEMA MONETÁRIO


A análise das contas do sistema monetária, além de denotar a “troca de mãos” da moeda, possibilita a
compreensão do processo de criação e destruição de liquidez (meios de pagamento) na economia.

A Autoridade Monetária transaciona diretamente com os Bancos Comerciais, assim como estes
transacionam com o público não financeiro. Da primeira relação, obtemos a quantidade de base monetária
da economia. Da segunda, resultam os meios de pagamentos e quantidade de liquidez.

Portanto, que fique registrado:

1) As transações do Banco Central com os Bancos Comerciais e o público em geral


determina a base monetária da economia.

2) As transações dos Bancos Comerciais com o público em geral determina a quantidade


de meios de pagamento da economia.

Podemos começar analisando as Contas dos Bancos Comerciais.

2.1 - Balancete dos Bancos Comerciais

Assim como qualquer companhia que desenvolve atividades comerciais, os bancos comerciais possuem
direitos e obrigações, expressos em seu balancete nas contas do ativo e do passivo. A diferença é a atividade
social desenvolvida pelos bancos comerciais: ao invés de produzir bens/serviços (entre outros ativos reais),
os bancos ofertam ativos financeiros.

Assim, os recursos captados pelos bancos comerciais, que representa o passivo da instituição (também
chamado de funding), são formados por:

i) recursos próprios (patrimônio líquido e reservas);

ii) depósitos à vista e a prazo, recebidos do público não financeiro (correntistas, por
exemplo);
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iii) depósitos de poupança;

iv) empréstimos tomados com outras instituições financeiras e afins;

v) empréstimos tomados com a Autoridade Monetária, a título de redescontos; e

vi) recursos diversos.

Através de suas atividades típicas, os bancos comerciais aplicam estes ativos em:

i) concessão de empréstimos,

ii) reservas bancárias (encaixes bancários),

iii) aplicação em títulos financeiros público e privados,

iv) imobilizado bancário, e

v) outras aplicações.

Estes ativos e passivos podem ser representados da forma contábil, como segue abaixo:

Balancete dos Bancos Comerciais

Ativo Passivo
A) Reservas Bancárias F) Recursos Próprios
G) Depósitos à Vista
A.1. Em moeda corrente
H) Depósitos a Prazo
A.2. No Banco Central I)Redescontos

A.2.1. Voluntárias J) Empréstimos Externos


K) Depósitos Poupança
A.2.2. Compulsórias
L) Demais Recursos
B) Empréstimos concedidos
C) Títulos/ativos público e privado
D) Imobilizado
E) Outras aplicações

Detalhando as contas:

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 Reservas Bancárias:

Correspondem às reservas voluntárias e compulsórias. Aquelas são mantidas no caixa do banco comercial
e voluntariamente no Banco Central. Sua principal função é compensar eventuais excessos de pagamentos
em relação aos recebimentos dos bancos em determinado dia. Já as reservas compulsórias correspondem
a um percentual dos depósitos à vista e a prazo captados pelos bancos comerciais e mantidos no Banco
Central. A principal função é conter excessos de liquidez na economia, servindo de instrumento de política
monetária. Comumente, estas reservas são representadas pela taxa de compulsório, que nada mais é que o
percentual dos depósitos recebidos pelos bancos que deve ser mantido nos cofres do Banco Central.

 Empréstimos Concedidos e Tomados:

Correspondem à natureza das operações bancárias. Os bancos tomam recursos (funding) no mercado
interno e externo, remunerando ou não os proprietários destes valores, e emprestam estes recursos a uma
taxa de juros aos agentes da economia. Naturalmente, a diferença entre as taxas de juros corresponde ao
resultado das operações bancárias e é comumente denominada de spread bancário.

 Redesconto:

Corresponde a função da Autoridade Monetária de emprestador de última instância. As operações de


redesconto correspondem aos empréstimos da Autoridade Monetária aos Bancos Comerciais, para fins de
liquidez. Este procedimento ocorre nos casos de (i) encaixes bancários atingirem limite mínimo em relação
aos depósitos à vista, e (ii) em outros determinados por lei, geralmente quando os bancos comerciais se
tornam agentes financeiros da Autoridade Monetária, intermediando empréstimos com finalidade específica
a determinado setor da economia (por exemplo, empréstimos ao setor exportador ao agrícola).

O Redesconto mais comum é o de liquidez. Como as instituições bancárias apresentam encaixes inferiores
aos depósitos à vista (pois concedem o depósito à vista de determinado indivíduo a outro), em determinado
momento os saques dos agentes não financeiros podem superar os encaixes bancários. Para garantir a
solvência do sistema, o Banco Central concede empréstimos (Redescontos) para cobrir a diferença.

É importante fazer menção a uma ‘pegadinha’ recorrente em concursos. Redesconto pode ser entendido
como a operação de empréstimo, ou como a taxa de juros cobrada nesta operação. É importante se atentar
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a este detalhe, pois elevação na taxa de redesconto resulta em redução da operação de empréstimo; no
entanto, aumento do redesconto pode ser entendido como aumento do montante emprestado aos bancos
comerciais a título de redesconto.

 Aplicação em títulos públicos/privados:

A aplicação em títulos pode ser considerada como substituta dos encaixes. Como alguns títulos são
altamente líquidos e rentáveis, os bancos comerciais preferem manter títulos como encaixe ao invés de
liquidez (moeda corrente), que não rende juros.

Por fim, é importante mencionar que o balancete dos bancos comerciais evidencia operações com a
Autoridade Monetária e com o público não financeiro, interno e externo. Deste modo, pode-se entender os
bancos comerciais como intermediários no sistema monetário. Isto será importante na compreensão de
criação e destruição de liquidez, além do conceito do multiplicador monetário.

2.2 - Balancete da Autoridade Monetária

O balancete do banco central evidencia suas quatro características básicas:

i) emissor de papel-moeda (base monetária);

ii) banqueiro do Tesouro Nacional;

iii) banqueiro dos bancos comerciais (redesconto); e

iv) depositário das reservas internacionais.

Balancete da Autoridade Monetária

Ativo Passivo
A) Reservas Internacionais I) Papel-Moeda Emitido
B) Empréstimos ao Tesouro Nacional J) Depósitos do Tesouro Nacional
e demais Entes Federativos
A.2. Reservas dos Bancos Comerciais no
C) Redescontos
Banco Central
D) Títulos Públicos
E) Moeda Corrente A.2.1. Voluntárias

F) Empréstimos ao Setor Privado A.2.2. Compulsórias


G) Imobilizado
K) Recursos Próprios
H) Demais Aplicações
L) Demais Exigibilidades

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Detalhando as contas:

 Emissão de Papel-Moeda (papel-moeda emitido)

A mais comum das funções do Banco Central: a emissão de papel-moeda. Como o papel moeda emitido
consta no ativo de todo o resto da economia, porquanto é utilizado como ativo das transações econômicas,
ele é apresentado como passivo no Banco Central, afim de respeitar o princípio contábil das partidas
dobradas. Ou seja, a cada crédito há também um lançamento a débito.

Há diversos motivos para variar a quantidade de papel-moeda na economia. Dentre as mais comuns estão
influenciar positivamente a demanda agregada e, por consequência, a renda, estimular as transações da
economia, financiar o déficit do governo, entre outros.

 Banqueiro do Tesouro Nacional (títulos, empréstimos e depósitos ao tesouro nacional)

A Autoridade Monetária desempenha o papel de banqueiro do Tesouro Nacional, além de poder conceder
empréstimos aos demais Entes da Federação. Assim, pode conceder empréstimos ao poder central, adquirir
títulos públicos federais para fins de política monetária (modificar a oferta de moeda e a taxa de juros da
economia), ou fiscal (cobrir déficits orçamentários).

 Banqueiro dos Bancos Comerciais (redescontos e reservas dos bancos comerciais).

Já vimos no balancete dos bancos comerciais os detalhes da operação de redescontos e das reservas
voluntárias e compulsórias exigidas pelo Banco Central. Aqui se aplicam as mesmas disposições.

 Depositário das Reservas Internacionais

As transações com o resto do mundo resultam no acúmulo ou perda de reservas internacionais. Quando o
país aufere saldos positivos no balanço de pagamentos, as reservas se elevam e o Banco Central as deposita
em conta correspondente; do mesmo modo, caso o balanço de pagamentos apresente saldo deficitário, as
reservas diminuem, fato evidenciado no Balanço da Autoridade Monetária.

Seguindo, é útil realizar alguns ajustes nos balancetes, para adequar a contabilidade às nossas finalidades de
analisar as variações da base monetária e dos meios de pagamento:

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i) Ao invés de contabilizar o Papel-Moeda Emitido no passivo e o Caixa do Banco Central no ativo, podemos
contabilizar o papel moeda em circulação, que é a mesma coisa. Pois:

Papel-Moeda em Circulação = Papel-Moeda em Poder do Público + Reservas Bancárias.

Este conceito é muito relevante. Ele representa o valor da Base Monetária. Desta forma, a base monetária,
como derivada da moeda emitida pelo Banco Central, é igual à moeda em poder do público mais a moeda
em poder dos bancos comerciais.

ii) Simplificaremos todas as contas não relacionadas ao sistema monetário, tais como imobilizado,
demais aplicações e outras, denominando-as de Saldo Líquido das Demais Contas.
iii) O passivo será decomposto entre passivo monetário e passivo não monetário.

O passivo monetário corresponde à base monetária e pode ser expresso como os meios de pagamento
criados pelo Banco Central, ou seja, pelo papel-moeda em poder do público e pelas reservas dos bancos
comerciais. Devemos aqui comparar as características da base monetária criada pelo Banco Central e do
agregado monetário M1.

Este, é composto pelo papel-moeda em poder do público e pelos depósitos bancários, que são definidos na
interação entre os bancos comerciais e o setor não financeiro, e representado no balancete dos bancos
comerciais.

A base monetária, como é formada pelo papel-moeda em poder do público mais as reservas bancárias,
corresponde a uma parcela do total de meios de pagamento restrito (M1), pois as reservas bancárias são
inferiores ao total de depósitos bancários. Afinal, estes representam por excelência a ideia do multiplicador
monetário, que veremos logo mais.

No entanto, recordem da diferença: a base monetária é inferior aos meios de pagamento devido à
diferença entre reservas bancárias e depósitos bancários.

iv) O passivo não monetário é composto por contas não importantes em nossa análise no momento,
como imobilizado, recursos especiais, depósitos do Tesouro Nacional, entre outros.

Feitas as observações, podemos apresentar o Balancete Consolidado da Autoridade Monetária:

Balancete Consolidado da Autoridade Monetária

Ativo Passivo
Base Monetária
A) Reservas Internacionais
F) Papel-moeda em poder do público

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B) Empréstimos ao Tesouro Nacional G) Reservas dos Bancos Comerciais


e demais Entes Federativos em caixa e no Banco Central
C) Redescontos
Passivo Não monetário
D) Títulos Públicos
E) Empréstimos ao Setor Privado H) Depósito do Tesouro Nacional
I)Empréstimos Externos
J) Recursos Especiais
K) Saldo Líquido das Demais Contas

Desta contabilidade, guardem o conceito abaixo:

o A determinação da base monetária pode ser entendida como a determinação do


passivo monetário do balancete.
o Para a base monetária variar, é necessário que varie o ativo, ou o passivo não
monetário (ou mesmo os dois juntos, desde que em valores distintos).
o Assim, o aumento das reservas internacionais, das operações de redesconto,
empréstimos ao Tesouro e ao setor privado, bem como o aumento de títulos
públicos na carteira do Banco Central (mantendo o passivo não monetário
constante) elevam a base monetária.

2.3 - Balancete Consolidado do Sistema Monetário

A consolidação contábil do sistema monetário corresponde à soma dos balancetes dos bancos comerciais e
da autoridade monetária.

Aqui se obtém uma importante regra: a interação entre os dois balancetes fornece o resultado das operações
do sistema monetário com os agentes não financeiros da economia, ou seja, evidencia o volume das
transações do banco central e dos bancos comerciais com o restante da economia.

A elevação do ativo do balancete consolidado resulta em criação de meios de pagamento (política monetária
expansionista).

O aumento do passivo em destruição de meios de pagamento (política monetária contracionista).

Balancete Consolidado do Sistema Monetário

Ativo Passivo
Aplicações dos Bancos Comerciais Meios de Pagamento

A) Empréstimos ao Setor Privado H) Papel-moeda em poder do público


B) Títulos Públicos e Privados I)Depósitos nos Bancos Comerciais

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Aplicações do Banco Central Recursos Não Monetários dos Bancos


Comerciais
C) Reservas Internacionais
Empréstimos ao Tesouro Nacional J) Depósito a prazo
D)
e demais Entes Federativos K) Depósitos de poupança
E) Títulos Públicos L) Saldo líquido das demais contas
F) Empréstimos ao Setor Privado
Recursos Não Monetários do Banco
G) Aplicações Especiais Central

M) Depósitos do Tesouro Nacional


N) Empréstimos Externos
O) Recursos Especiais
P) Saldo líquido das demais contas

Portanto, recorde o Balancete acima!

3 - CRIAÇÃO E DESTRUIÇÃO DE LIQUIDEZ


A determinação da base monetária e dos meios de pagamento, através dos balancetes da Autoridade
Monetária e do Sistema Monetário Consolidado, é fato consumado.

Ainda melhor, é saber que podemos traduzir os balancetes em simples expressões algébricas, que
determinam os valores da base monetária e dos meios de pagamento na forma de resíduos.

𝚫𝐁𝐚𝐬𝐞 𝐌𝐨𝐧𝐞𝐭á𝐫𝐢𝐚 = 𝚫𝐀𝐭𝐢𝐯𝐨𝐁.𝐂𝐞𝐧𝐭𝐫𝐚𝐥 − 𝚫𝐏𝐚𝐬𝐬𝐢𝐯𝐨 𝐧ã𝐨 𝐌𝐨𝐧𝐞𝐭á𝐫𝐢𝐨𝐁.𝐂𝐞𝐧𝐭𝐫𝐚𝐥

𝚫𝐌𝐞𝐢𝐨𝐬 𝐏𝐠𝐭𝐨 = 𝚫𝐀𝐭𝐢𝐯𝐨𝐒.𝐌𝐨𝐧𝐞𝐭á𝐫𝐢𝐨 − 𝚫𝐏𝐚𝐬𝐬𝐢𝐯𝐨 𝐧ã𝐨 𝐌𝐨𝐧𝐞𝐭á𝐫𝐢𝐨𝐒.𝐌𝐨𝐧𝐞𝐭á𝐫𝐢𝐨

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A variação na base monetária é resultado de variações no ativo do balancete do Banco Central ou em seu
passivo não monetário. A elevação do ativo e a redução do passivo não monetário aumentam a base
monetária

O aumento nos meios de pagamento é resultado ou do aumento do ativo do balancete do sistema


monetário consolidado, ou da redução do passivo não monetário do mesmo.

Outras duas conclusões são essenciais à análise:

 Haverá variação na base monetária apenas quando um dos lados da operação for a autoridade
monetária.

Por exemplo, quando o Banco Central adquire títulos públicos, ele aumenta a base monetária. Nesta
operação, obrigatoriamente deve estar de um lado o Banco Central e do outro lado o setor bancário ou não
bancário.

Outro exemplo ocorre quando o Banco Central eleva as reservas internacionais, aumentando o ativo do
balancete e, consequentemente, a base monetária. Ao elevar a quantidade de reservas internacionais, o
banco central adquire moeda internacional em troca de moeda doméstica, acarretando no aumento da base
monetária. Inversamente, quando o banco central toma empréstimos externos, ele remete moeda ao
exterior, reduzindo a base monetária.

 Haverá variação nos meios de pagamento sempre que o setor bancário trocar ativos monetários
com ativos não monetários, ou vice-versa, com o setor não bancário. Assim, quando o banco comercial
adquire ativos não monetários (títulos privados, por exemplo) do setor não bancário, ele provoca elevação
no ativo do setor bancário e, consequentemente, elevação dos meios de pagamento; esta operação chama-
se monetização.

Analogamente, quando o setor bancário adquire haveres monetários do setor privado em troca de haveres
não monetários, ele destrói meios de pagamento.

Com já dissemos, variações na base monetária e nos meios de pagamento permitem compreender o tipo de
política monetária praticada na economia. Se expansionista, a base monetária se eleva, assim como a oferta
de moeda. Se contracionista, ocorre o contrário.

No Quadro abaixo seguem exemplos de operações entre o setor bancário e o não bancário, implicando em
modificações nos meios de pagamento.

EXEMPLOS DE Δ Meios de Pagamento

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Em resumo, as variações ativas nos meios de pagamento prescindem da elevação das


operações ativas do setor monetário ou pela queda do passivo não monetário do setor
bancário.

Do mesmo modo, variações passivas dos meios de pagamento demandam ou a redução


das operações ativas do setor monetário, ou o aumento do passivo não monetário do setor
bancário.

Seguem abaixo alguns exemplos ilustrativos:

1) um indivíduo deposita a prazo no banco comercial $10 >> há destruição de meios de


pagamento; a operação aumenta o passivo não monetário.

2) o banco compra títulos do público >> há criação de meios de pagamento, tendo em vista
a elevação do ativo do sistema bancário.

3) o indivíduo faz um depósito à vista no banco >> nada ocorre, pois há uma transferência
dentro das contas de meios de pagamento.

4) o governo paga servidores, sacando seus depósitos no banco central >> há criação de
meios de pagamento, pois o passivo não monetário varia negativamente.

5) o governo deposita o superávit orçamentário obtido no BACEN >> há destruição de


meios de pagamento; o saldo da conta depósitos do Tesouro Nacional aumenta (aumento
do passivo não monetário).

4 - POLÍTICA MONETÁRIA
Finalmente cá estamos no tema Política Monetária. Apenas para que você possa compreender bem, a
política monetária diz respeito a uma movimentação da oferta de moeda que é executada pelo Banco Central
de acordo com as determinações estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional - CMN (lembro que a
função de determinar as diretrizes da Política Monetária não foi retirada do CMN com a LC 179/2021)

Para que possamos entender com clareza, a política monetária é o conjunto de esforços (instrumentos)
empreendidos pelo governo no sentido de modificar a quantidade de moeda na economia e também a taxa
de juros.

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• conjunto de esforços (instrumentos) empreendidos pelo governo no


sentido de modificar a quantidade de moeda na economia e também
a taxa de juros.
Política Monetária

Há outro motivo relevante em se realizar política monetária: variar a renda da economia.

Não se preocupe, tudo será explicado.

Inicialmente, já sabemos como a quantidade de moeda na economia será impactada através do exercício da
política monetária. Mas, cabe resumir:

 Variações das Reservas Internacionais: considerando as transações com o resto do mundo, a


obtenção de saldo positivo entre a entrada e saída de moeda estrangeira provoca aumento da quantidade
de moeda doméstica em circulação. De maneira análoga, caso o resultado for deficitário, a quantidade de
base monetária é reduzida. Em resumo, a variação positiva das reservas internacionais eleva a quantidade
de moeda em circulação.
 Redescontos: os redescontos são as operações de crédito com os bancos comerciais, quase sempre
para fins de liquidez. Assim, mais operações de redescontos significam maior base monetária. De maneira
análoga, a redução da taxa de redesconto torna esta operação mais atrativa, também elevando a base
monetária.
 Operações de Mercado Aberto (Open Market): de longe, esta é a maneira mais usual do Banco
Central exercer a política monetária. Consiste na compra de títulos na posse do setor privado.

Assim, o Banco Central troca com o setor privado ativos monetários de alta liquidez em troca de outros não
tão líquidos.

Sabemos que o preço dos títulos está inversamente relacionado à taxa de juros. A elevação na demanda por
títulos possibilita a elevação no preço dos mesmos e, portanto, queda na taxa de juros, além de disponibilizar
mais moeda em circulação para as transações de ativos.

Quando elevada a quantidade de moeda em circulação na economia, a politica monetária é chamada de


expansionista. Quando reduzida, de contracionista (reducionista).

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Assim, vamos pensar na compra de títulos pelo Bacen, as chamadas operações de mercado aberto. Ao
comprar títulos públicos federais no SELIC, o Bacen coloca estes títulos em seu balancete e confere em troca
moeda ao setor privado. Esta moeda a mais na economia é a própria variação positiva na quantidade de
moeda em circulação, ou seja: é o efeito da política monetária expansionista.

Do mesmo modo, ao elevar a quantidade de redescontos realizados, o Bacen disponibiliza mais empréstimos
aos Bancos e, assim, aumenta a quantidade de moeda na economia. E assim por diante.

O outro efeito da política monetária é modificar a taxa de juros da economia. Existem diversas taxas
praticadas, mas a intenção do Bacen é variar a Taxa Selic.

Já sabemos que ela é a taxa média obtida diariamente nas negociações do SELIC.

Mas, como isto ocorre mesmo? Antes, qual o conceito de taxa de juros na teoria econômica?

Vejamos os dois termos.

A taxa de juros é o preço que equilibra a oferta e demanda por liquidez.

Do economês ao português:

Na economia existem indivíduos deficitários em termos de poupança, que podemos denominar de


investidores, ou devedores. Os fundos por eles poupados não são suficientes para a utilização que
pretendem. Deste modo, demandam poupança.

Do outro lado, há aqueles que poupam recursos, ou seja, possuem remuneração superior aos gastos e,
consequentemente, dispõem de recursos líquidos para investir ou mesmo gastar mais.

A taxa de juros é exatamente a variável que ajusta a quantidade de poupança ofertada à quantidade de
poupança demandada.

Os poupadores obtém, a título de remuneração, uma taxa de retorno sobre os recursos em excesso que
possuem. É como se fosse um prêmio pela prudência (gastar menos do que ganham). Como o consumo traz
utilidade (satisfação) aos indivíduos, consumir menos que a renda deve trazer consigo um prêmio, expresso
pela taxa de juros.

Desta forma, quanto maior a taxa de juros, maior o incentivo a poupar, pois há elevação do prêmio pela
prudência.

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Nada mais natural, a curva de oferta de recursos (poupança) é positivamente relacionada à taxa de juros, ou
seja, é ascendente. Abaixo:

i O gráfico ao lado demonstra a relação entre a quantidade


S
poupada (s) e a taxa de juros (i). Como a taxa de juros
remunera a prudência em poupar, compensando o consumo
menor que a renda, a curva de poupança é ascendente e
positivamente relacionada à taxa de juros.

E o investimento?

A taxa de juros representa um custo à realização de investimentos. Tomar recursos de terceiros no mercado
para investir só é feito caso o retorno do investimento supere o custo da taxa de juros. Desta forma, as firmas
demandam mais poupança para investimento quanto menor a taxa de juros.

Não é de se surpreender, a curva que denota a demanda por investimentos é negativamente relacionada à
taxa de juros, ou seja, é descendente:

i
Como as firmas demandam recursos pra investir tão
somente quando o retorno do investimento superar a
taxa de juros, maiores taxas de juros resultam em
quantidades menores de projetos de investimentos que
atendem esta restrição. Ou seja, quanto maior a taxa de
juros (i), menor a quantidade de investimentos (I).

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Relacionando as curvas, temos:

A interseção entre as curvas de poupança e


S investimento determina a taxa de juros de equilíbrio (i*)
i e a quantidade ótima de oferta e demanda de liquidez
(S*, I*).
i2*
No gráfico ao lado demonstra-se um aumento na
i1 procura por investimentos, provavelmente devido a um
aumento na rentabilidade dos mesmos.

I2* À nova quantidade de demanda por investimentos (I2),


há escassez de poupança. A taxa de juros, cumprindo o
I1*
papel de variável de ajuste, proporciona o retorno do
S, I equiíbrio, pois, ao subir, eleva a atratividade da
(S1*, I1*) (S2*, I2*)
poupança e, consequentemente, seu valor, equilibrando
novamente oferta e demanda por liquidez.

E, esta lógica é diariamente praticada no mercado monetário, só que tendo Banco Central e agentes privados
como agentes.

Vamos explicar.

O Banco Central, devido ao seu grande poder de liquidez (afinal, ele emite moedas), pode ocasionar excesso
ou escassez de demanda por poupança. Por exemplo, quando compra muitos títulos públicos, ele joga
recursos na economia em excesso, ou seja, disponibiliza muita poupança a quem quer utilizar.

Analisando através da interação entre poupança e investimento, um excesso de poupança resulta em


redução na taxa de juros. Como sobra liquidez no mercado, mais interessados aparecem para demandá-la
(mais interessados em investimento), o que acontece pela redução na taxa de juros.

Assim, a compra de títulos públicos pelo Bacen aumenta a disponibilidade de poupança na economia e reduz
a taxa de juros. Lembrando que este fato também aumenta o preço dos títulos no mercado.

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Bingo! Está explicado, em detalhes, o porquê taxa de juros e preço de títulos possuem relação inversa, como
salientamos no início deste curso de conhecimentos bancários.

Por fim, dissemos que o último, mas não menos importante, objetivo da política monetária é influenciar a
renda da economia.

A ideia é simples e não exige muito desenvolvimento.

Se mais moeda na economia, em tese, promove mais transações pelos indivíduos e também reduz a taxa de
juros, é esperado que os indivíduos consumam e invistam mais, assim como se espera que o governo também
faça o mesmo.

Lembrando nossa expressão do PIB:

PIB = C + I + G + (X – M)

Assim, caso as pessoas consumam mais (aumentando C), as empresas invistam mais (elevando I) e o governo
também faça o mesmo (subindo G), é bem provável que o PIB aumente, ou seja, que a renda da economia
se eleve.

E tudo isto ocorre por um simples motivo: há mais moeda na economia, ou seja, foi praticada política
monetária expansionista.

De forma contrária, caso o Bacen entenda que precisa reduzir a quantidade de moeda na economia (para
controlar a inflação, por exemplo), ele promove política monetária contracionista o que, em tese, provoca
redução de C, I e/ou G, reduzindo o PIB e a renda da economia.

Bom, e assim terminamos o conteúdo de política monetária que atende nossos fins.

Antes de finalizar a aula, vamos resumir os assuntos vistos neste tópico.

✓ A política monetária tem 3 objetivos diretos: controle da quantidade de moeda em circulação,


determinação da taxa de juros e variação da renda da economia (PIB). Indiretamente, a política monetária
pode atingir outras questões, como, por exemplo, a distribuição de renda. É o caso de política monetária
utilizada para o controle da inflação. Como a inflação retira o poder de compra da renda e os trabalhadores
possuem maior dificuldade em ajustar seus salários à inflação do que os empresários, o controle da inflação
atinge mais positivamente os salários do que os lucros e, assim, ajusta a distribuição de renda.
✓ A política monetária é expansionista se elevar a quantidade de moeda em circulação e
contracionista, se reduzir.
✓ O aumento/redução da quantidade de moeda pode ser feito através da variação de reservas
internacionais, redescontos, compulsórios e operações de mercado aberto.
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✓ O aumento da quantidade de moeda reduz a taxa de juros. A redução da quantidade de moeda


aumenta a taxa de juros.
✓ As operações de mercado aberto possuem de um lado o Bacen, e do outro, os agentes privados
autorizados a operar no SELIC, como, por exemplo, bancos comerciais e de investimentos.
✓ As operações de mercado aberto são realizadas no SELIC. As operações de redesconto e compulsório
são realizadas diretamente entre o Bacen e os bancos (comerciais ou não).
✓ Por fim, mais moeda, em tese, aumenta o consumo, os investimentos e os gastos do governo,
aumentando o PIB. A redução da quantidade de moeda em circulação na economia possui efeito contrário.

5 - DEPÓSITO COMPULSÓRIO
Como já vimos, os depósitos compulsórios são recolhimentos que as instituições financeiras fazem ao
Banco Central sobre os recursos que captam em suas atividades.

A finalidade econômica do compulsório é fornecer à autoridade monetária uma forma de controlar, mesmo
que indiretamente, a oferta de moeda na economia. Evidente que o compulsório, por si só, não dá ao Bacen
a possibilidade de controlar toda a oferta de moeda, mas o auxilia no controle da variação da oferta de
moeda: caso o Bacen deseje aumentar a quantidade de moeda na economia, pode reduzir as taxas aplicáveis
às espécies de depósito compulsório; caso deseje reduzir a quantidade de moeda, pode elevar as taxas
aplicáveis.

O art. 10 da Lei 4.595/64 estabelece que compete ao Bacen determinar o recolhimento de até cem por
cento do total dos depósitos à vista e de até sessenta por cento de outros títulos contábeis das instituições
financeiras, seja na forma de subscrição de Letras ou Obrigações do Tesouro Nacional ou compra de títulos
da Dívida Pública Federal, seja através de recolhimento em espécie, em ambos os casos entregues ao Banco
Central do Brasil, a forma e condições por ele determinadas, podendo:

 Adotar percentagens diferentes em função:

o das regiões geoeconômicas;


o das prioridades que atribuir às aplicações;
o da natureza das instituições financeiras;

 Determinar percentuais que não serão recolhidos, desde que tenham sido
reaplicados em financiamentos à agricultura, sob juros favorecidos e outras
condições por ele fixadas; e
 Receber os recolhimentos compulsórios.

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Das normas citadas acima, nota-se que existem diferentes tipos de depósito compulsório, aplicáveis aos
depósitos à vista (cuja alíquota pode ser de até 100%) e aos depósitos a prazo (alíquota de até 60%). O
recolhimento pode ser realizado em espécie ou em títulos públicos federais.

A tabela abaixo esquematiza as espécies principais de compulsório, as taxas aplicáveis, as instituições


financeiras que devem recolhê-lo, a remuneração aplicável e a forma de recolhimento2:

2 Feito com base em tabela divulgada pelo Bacen. Disponível em


https://www.bcb.gov.br/htms/novaPaginaSPB/Resumo_das_normas_dos_compulsórios.pdf
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6 - REDESCONTO
As operações de redesconto já foram definidas anteriormente: são os empréstimos concedidos pelo Bacen
às instituições financeiras com propósito de liquidez.

O Bacen funciona como banco dos bancos, socorrendo estes com liquidez nos momentos necessários. O
objetivo é direito: dirimir os riscos de crédito e liquidez do sistema financeiro e, em última instância,
preservar os depósitos da sociedade.

Adicionalmente, o redesconto serve de instrumento de política monetária ao Bacen. Quando a autoridade


monetária está interessada em elevar a quantidade de moeda na economia, pode realizar mais operações
de redesconto (ou reduzir a taxa de juros que onera este tipo de operação – a taxa de redesconto); quando
deseja reduzir a quantidade de moeda na economia, pode reduzir o volume de operações de redesconto (ou
elevar a taxa de redesconto).

Não obstante, estas definições são teóricas e explicam a razão econômica de ser do redesconto.

Mas, o que nos interessa são os aspectos formais deste tipo de operação. É o que veremos adiante.

Em nosso regime legal, cabe ao Conselho Monetário Nacional regulamentar, fixando limites, prazos e
outras condições, as operações de redesconto e de empréstimo, efetuadas com quaisquer instituições
financeiras públicas e privadas de natureza bancária.

E, ao Banco Central cabe realizar as próprias operações de redesconto e empréstimos a instituições


financeiras bancárias.

A operação de redesconto se estabelece através da compra com compromisso de revenda, de títulos e


valores mobiliários, de créditos e de direitos creditórios integrantes do ativo dos bancos comerciais, das
caixas econômicas e dos bancos de investimento e múltiplos titulares de conta Reservas Bancárias.

Ou seja, o Banco Central empresta os recursos às instituições financeiras citadas mediante a compra de
títulos de sua posse com o compromisso de revendê-los às mesmas instituições no encerramento da
operação. No momento que o Bacen adquire os títulos há o repasse dos recursos às instituições; no
encerramento, a instituição recompra este título, pagando o Bacen com os recursos devidos.

Em geral, este tipo de operação é muito presente no Sistema de Transferência de Reservas – STR -, no qual
são realizadas as transferências de valores do sistema financeiro nacional diariamente.

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Em resumo, consiste na operação de uma conta (Conta de Reservas) em que todos os participantes
depositam recursos no início do dia e, com eles, procede ao pagamento de todas as operações realizadas
no decorrer do dia. Caso os recursos esgotem, as instituições podem fazer operações de redescontos para
devolução no mesmo dia (redesconto intradia), deixando em garantia títulos públicos federais, que podem
ser resgatados ao final do dia.

Esta Conta é administrada pelo Bacen e por um indivíduo (ou equipe de indivíduos) chamado de Piloto.
Estes (Bacen + Piloto) são responsáveis por administrar os recursos depositados pelas instituições financeiras
para liquidar seus pagamentos durante o dia.

Assim, a ordem de transferência chega à Conta de Reservas, que verifica se o banco pagador possui estes
recursos. Caso sim, a ordem é processada e liquidada. A partir deste momento, ela se torna irrevogável e
incondicional, não podendo mais ser cancelada.

Caso contrário, não havendo fundos, a instituição financeira pode optar por realizar uma Operação de
Redesconto Intradia.

O Redesconto Intradia é caracterizado como empréstimos para fins de liquidação do Bacen à instituição
financeira, só que com um detalhe: é realizado e pago no mesmo dia, sem incidência de juros!

Para que a instituição financeira possa acessar o Redesconto Intradia deve colocar como garantia títulos
públicos federais, que devem ser recomprados ao final do dia, com a devolução dos recursos pela instituição
financeira. Este conceito é muito importante, e mostra, na prática, uma função exercida diariamente pelo
redesconto: cobrir escassez de liquidez diária de instituições financeiras que participam da liquidação bruta
em tempo real no STR.

Importante mencionar que as operações de redesconto podem ter prazo de mais de um dia, ou seja, não
se caracterizar como intradia.

Em ambos os casos, quando a instituição financeira não exerce a opção de recompra do


título no prazo pactuado (data de vencimento do compromisso), a operação será
considerada inadimplida e o título colocado como garantia da operação fará parte da
carteia do Banco Central e vendido em leilão. O eventual resultado negativo para o Banco
Central do Brasil na venda desses ativos, apurado em leilão, deverá ser ressarcido pela
instituição contraparte da operação inadimplida.

Isto é, o Banco Central não ficará de maneira alguma com o risco da operação de redesconto.

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7 - MERCADO INTERBANCÁRIO
As instituições financeiras necessitam de recursos de curtíssimo prazo para efetuar pagamentos próprios
e de seus clientes. A lógica é simples. Se a instituição registra, ao final do dia, mais débitos do que créditos,
seus recursos de curtíssimo prazo são insuficientes.

O que ela faz? Empresta recursos de outras instituições financeiras que apresentaram, no mesmo período,
caixa superavitário.

Estes empréstimos são feitos mediante a emissão de Cédulas de Depósitos Interbancários (CDIs).

Estes títulos atendem à função de lastro destas operações de crédito. Assim, a instituição deficitária emite o
CDI e capta com ele os recursos que precisa, ficando com uma posição devedora. A instituição superavitária
adquire estes títulos, com a promessa de receber os recursos mais uma remuneração antecipadamente
fixada. A remuneração é chamada de Taxa DI.

Como a posição de caixa das instituições varia dia após dia, os CDIs geralmente são remunerados
diariamente, à taxa DI diária (também conhecida como taxa over), o que possibilita o resgate destes títulos
também diariamente.

Importante mencionar que a taxa DI em um dia é definida como a média ponderada das taxas às quais foram
efetuadas operações interbancárias nesse mercado, sendo sua divulgação feita como uma taxa composta
calculada a partir de uma base de 252 dias úteis por ano.

Os CDIs são títulos escriturais custodiados e liquidados na B3.

A B3 S.A. – Mercados Organizados é uma empresa de serviços financeiros na qual a função de entidade
administradora de mercado de balcão organizado é a principal atividade. Está dividida em duas unidades
de negócios: Títulos e Valores Mobiliários e Financiamentos.

Utilizam os serviços da B3: fundos de investimento; bancos comerciais, múltiplos e de investimento;


corretoras e distribuidoras; financeiras; consórcios; empresas de leasing e crédito imobiliário; cooperativas
de crédito e investidores estrangeiros; além de empresas não financeiras, tais como fundações e
seguradoras.

A B3 é depositária principalmente de títulos de renda fixa privados¹, títulos públicos estaduais e municipais
e títulos representativos de dívidas de responsabilidade do Tesouro Nacional, de que são exemplos os
relacionados com empresas estatais extintas, com o Fundo de Compensação de Variação Salarial - FCVS, com
o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária - Proagro e com a dívida agrária (TDA). Na qualidade de
depositária, a entidade processa a emissão, o resgate e a custódia dos títulos, bem como, quando é o caso,
o pagamento dos juros e demais eventos a eles relacionados. Existem títulos transacionados na B3 que são
emitidos em papel, por comando legal. Esses títulos são transferidos para a B3 no momento do registro e
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são fisicamente custodiados pelo registrador. As operações de compra e venda são realizadas no mercado
de balcão, incluindo aquelas processadas por intermédio do B3Net (sistema eletrônico de negociação).

Conforme o tipo de operação e o horário em que realizada, a liquidação é em D ou D+1. As operações no


mercado primário, envolvendo títulos registrados na B3, são geralmente liquidadas com compensação
multilateral de obrigações (a B3 não atua como contraparte central). Compensação bilateral é utilizada na
liquidação das operações com derivativos e liquidação bruta em tempo real, nas operações com títulos
negociados no mercado secundário.

Se algum banco liquidante não confirmar o pagamento de participante a ele vinculado, ou se houver
inadimplência de banco liquidante, a compensação multilateral é reprocessada, com possível extensão da
janela de liquidação, na forma do regulamento da B3. No primeiro caso (não confirmação de pagamento), o
novo resultado multilateral é calculado com a simples exclusão das operações do participante cuja posição
deixou de ser confirmada pelo banco liquidante, sendo as operações remetidas para liquidação na
modalidade LBTR. No segundo caso, inadimplência de banco liquidante, além de remeter essas operações
para a modalidade LBTR, abre-se a possibilidade de os participantes indicarem novo banco liquidante.

A liquidação financeira final é realizada via STR em contas de liquidação mantidas no Banco Central do Brasil
(excluem-se da liquidação via STR as posições bilaterais de participantes que têm conta no mesmo banco
liquidante).

Podem participar da B3 bancos comerciais, bancos múltiplos, caixas econômicas, bancos de investimento,
bancos de desenvolvimento, sociedades corretoras de valores, sociedades distribuidoras de valores,
sociedades corretoras de mercadorias e de contratos futuros, empresas de leasing, companhias de seguro,
bolsas de valores, bolsas de mercadorias e futuros, investidores institucionais, pessoas jurídicas não
financeiras, incluindo fundos de investimento e sociedades de previdência privada, investidores
estrangeiros, além de outras instituições também autorizadas a operar nos mercados financeiros e de
capitais. Os participantes não titulares de conta de reservas bancárias liquidam suas obrigações por
intermédio de instituições que são titulares de contas dessa espécie.

E, é neste mercado (mercado interbancário) que se negociam as CDIs.

Nesse contexto aqui podemos finalizar a nossa análise falando sobre o debate a respeito dos depósitos
remunerados dos bancos comerciais junto ao Banco Central. O debate é longo porque temos dois lados
dentro do contexto. Primeiramente, precisamos lembrar que ao fazer a política monetária, o Banco Central
faz basicamente via operação em mercado aberto, por meio da compra e da venda de títulos públicos no
mercado secundário através das operações compromissadas (compras com compromisso de venda e venda
com compromisso de compra).

A opção dos depósitos remunerados dos bancos comerciais no banco central é uma opção para que não se
permita que as taxas de juros cobradas nos empréstimos interbancários sejam menores do que a taxa básica
de referência da economia, uma vez que se isso acontecer, a SELIC perde a sua referência como a taxa básica
de juros e, assim, perde o seu poder de fazer política monetária e afetar a economia real. Nesse caso, a
discussão está em que medida o banco central deverá reter esses depósitos remunerados dos bancos
comerciais para que tenhamos um maior controle monetário. Deve-se notar que caso o governo não faça
essa operação, ele corre o risco de perder todo o controle da política monetária do país.

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8 – POLÍTICAS MONETÁRIAS NÃO CONVENCIONAIS: O


QUANTITATIVE EASING
Acredito que com a leitura do tópico anterior você tenha compreendido a essência da Política Monetária:
ela é usada quando o governo deseja ampliar a renda da economia - e isso acontece quando a política
adotada é expansionista - ou quando o governo deseja retrair a inflação - nesse caso, o governo determina
que a política monetária seja retracionista.

Até aqui, tudo certo.

Mas, e quando a política monetária passa a não ser mais eficiente?

Para entender isso, temos que dar um passo para trás e entender um conceito essencial: A curva de juros.

Basicamente, a curva de juros traz as expectativas da taxa de juros para os próximos anos.

Para ficar mais simples, pensa o seguinte. Pensa que você tem duas opções de títulos públicos para comprar:
um título com prazo de 12 meses e um título com prazo de 60 meses. Diante das expectativas e do nível de
risco da economia, é esperado que você peça uma taxa de juros maior para o título de 60 meses, afinal de
contas, ao ficar em uma aplicação financeira por mais tempo, você está se expondo a um risco maior e, como
isso, vai pedir, também, um retorno maior. Peguei o gráfico atualizado no dia 02/07/2021 para que você
entenda o seu funcionamento. Por hora, você só precisa se preocupar com a curva azul.

Como você pode entender a Curva de Juros? Ela mostra justamente qual a expectativa para a taxa de juros
ao longo do tempo. Através desse gráfico, é possível notar que a taxa de juros esperada para daqui a 12
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meses é de algo em torno de 7% a.a.. Para o prazo de 30 meses, é esperada uma taxa de 8%a.a. Assim, a
curva de juros é uma união das diversas expectativas de taxas de juros para os mais variados prazos ao longo
do tempo.

É importante ainda lembrar que essa curva é definida pelas expectativas da taxa de juros e essas expectativas
podem mudar. Isso pode ser devido a uma mudança na expectativa da inflação, uma piora do cenário político
ou, ainda, uma perda de credibilidade do presidente do Banco Central. Assim, essa curva é atualizada
basicamente todos os dias. Vale a pena ainda apontar que essa curva não terá uma inclinação positiva de
forma indefinida. Para prazos mais longos, essa curva tende a estabilizar e a depender do horizonte temporal,
ele pode estar tão longe que não importa se ele é de 120 ou 140 meses, por exemplo, as expectativas vão
apontar para uma mesma taxa. A gente diz que os indivíduos têm uma miopia para o risco de longuíssimo
prazo.

Até o dia da prova, você pode consultar a curva de juros e ela deverá ter sofrido uma alteração. Daqui até lá
tem muito tempo e isso pode alterar a nossa curva.

Então, quando nós falamos sobre a taxa Selic, nós estamos falando sobre a taxa nominal de curto prazo. Taxa
nominal porque ela leva em consideração a inflação e de curto prazo, já que são as expectativas da taxa de
juros de definem a curva de longo prazo.

Finalmente, é importante entender que a taxa de juros real menos a inflação. Assim, é possível dizer que em
2021 o Brasil passa por um período de taxa de juros reais negativas uma vez que a inflação acumulada até
maio de 2021 foi de 8,06% enquanto a taxa de juros nominal foi de 4,25%. Ou seja, no Brasil, em 2021, a taxa
real de juros é de - 3,81%, o que nos faz concluir que o indivíduo que só recebe a taxa selic hoje está,
realmente, perdendo dinheiro já que o rendimento recebido é incapaz de recuperar a perda do poder de
compra que foi corroído pela inflação.

Por que eu preciso saber disso? Porque eu preciso entender que nem sempre a política monetária se mostra
eficiente, como eu apontei no início do capítulo.

Voltando para a curva de juros, é importante que você entenda que o intercepto da curva da juros é
justamente a nossa taxa básica de juros, a SELIC, definida pelo COPOM e alcançada pelo Banco Central por
meio da execução da política monetária. Assim, toda vez que o COPOM define uma redução da taxa básica
de juros e o BACEN executar a política monetária, isso vai levar a uma redução do intercepto da curva de
juros, conforme mostrado abaixo. Veja que nesse caso, a redução da SELIC entre os meses de dezembro de
2018 e agosto de 2019 fez com que a curva saísse da linha vermelha para a linha azul.

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Acontece de ser sempre um deslocamento paralelo, como mostrado na imagem? Não, não necessariamente
será um deslocamento tão ajustado assim. Mas vale reforçar que uma vez que a SELIC cai, ela tende a puxar
para baixo todos os pontos da curva de juros, conforme podemos observar acima.

Assim, é importante reforçar aqui para vocês que o Banco Central só consegue mexer na taxa de curto prazo,
que é representada pelo intercepto da curva. Assim, ele não controla o risco do tempo - chamado de risco a
termo - ou os demais riscos que aparecem no meio do caminho, como, por exemplo, o risco cambial, que é
relevante dentro do mercado brasileiro.

Isso explica, por exemplo, porque uma redução na taxa SELIC pode não explicar uma redução das taxas
longas. Se elas estiverem contaminadas por outros tipos de risco, por mais que o governo puxe a SELIC para
baixo, mudando, assim, o intercepto, isso pode significar que não haverá uma mudança na percepção de
risco futuro fazendo com que haja um aumento da inclinação da curva de juros.

E por que é importante entender o comportamento da curva de juros e o impacto da Selic? Porque o que o
governo faz é mudar somente a taxa de curto prazo, mas o que realmente importa para a economia são as
taxas de juros de longo prazo. É em cima delas que os agentes fazem os seus planos: seja de investimentos,
seja de tomada de crédito.

Essas taxas de longo prazo, conforme apontei para vocês, são influenciadas de alguma forma pela Selic que
terá os seus mecanismos de transmissão para passar a informação para as taxas de juros de longo prazo. O
quanto de informação a SELIC passa do curto para o longo prazo depende muito da estrutura da economia.
No Brasil, por conta de questões mais institucionais, o efeito do curto prazo no longo prazo não é tão
profundo quando gostaríamos.

Então, pensar em uma política monetária potente é pensar que as decisões de curto prazo do COPOM serão
capazes de afetar a curva de juros - a estrutura a termo da economia - de tal forma a afetar, assim, as decisões
de investimento e consumo dos indivíduos, o que fará com que exista, de fato, um efeito dos juros sobre a
economia.

O problema é que diante de um cenário de complicações econômicas, talvez o governo não seja capaz de
afetar as taxas de longo prazo, isso normalmente acontece em um cenário em que a taxa básica de juros fica
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perto de zero. É dentro desse contexto que surge o Quantitative Easing, também chamada de QE (que você
vai ler kiwi). O QE acontece quando o Banco Central entra no mercado secundário e começa a comprar papéis
de longo prazo do governo. Quando isso acontece, o efeito é que esses títulos tenham um aumento de preços
e, com isso, haverá uma redução nos seus rendimentos, levando a uma redução dos rendimentos, reduzindo,
assim, as taxas de juros de longo prazo. Graficamente, isso é mostrado pela linha lilás na figura abaixo.

Assim, tecnicamente, o QE é a compra de títulos de longo prazo pelo Banco Central com o objetivo de atuar
diretamente sobre a taxa de juros de longo prazo. Isso acontece quando o Banco Central perde a capacidade
de atuar sobre as taxas de curto prazo a fim de afetar as de longo prazo com o objetivo de, assim, gerar
algum estímulo na economia.

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QUESTÕES COMENTADAS
(CESGRANRIO - Profissional Básico (BNDES)/Economia/2011) Em relação ao tema de agregados
monetários, considere as seguintes siglas:

PMC = Papel-moeda em circulação

CBCOM = Encaixe em moeda mantido pelo sistema bancário (Caixa dos Bancos Comerciais)

CBACEN = Caixa do Banco Central

DVBCOM = Depósitos à vista nos bancos comerciais

PMPP = Papel-moeda em poder do público

PME = Papel-moeda emitido

TPPSP = Títulos públicos em poder do setor privado

TEID = Títulos emitidos por instituições depositárias.

A definição de meios de pagamento (M1) é dada por

a) M1 = PMC – CBCOM – CBACEN + DVBCOM

b) M1 = PME – CBACEN – CBCOM + DVBCOM

c) M1 = PMPP + TPPSP

d) M1 = PMPP + DVBCOM + TEID

e) M1 = PMPP + PMC – PME + DVBCOM

Comentários

Sabemos que M1 = papel moeda em poder do público + depósitos à vista (moeda escritural). Ou seja:
M1=PMPP+DVBCOM

Também vimos que o PMPP é obtido residualmente, ou seja, é resultado da dedução entre papel moeda
emitido e o caixa do banco central e dos bancos comerciais. Assim: PMPP = PME – CBACEN – CBCOM

Substituindo a última expressão na primeira:

M1 = PME – CBACEN – CBCOM + DVBCOM

GABARITO: LETRA B
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(CESPE - Economista (MTE)/2008)

A teoria macroeconômica analisa o comportamento dos grandes agregados econômicos. Utilizando os


conceitos básicos dessa teoria, julgue item que se segue.

Se, em razão da recessão mundial, as famílias decidirem elevar seus depósitos de poupança para se
precaverem das incertezas geradas pela crise, ocorrerá um aumento dos agregados monetários M2 e M3.

Comentários

Correto! M1 é a forma mais líquida dos meios de pagamento, representando liquidez à vista. O aumento da
poupança ocorrido em épocas de incerteza elevam M2 e M3, meios de pagamento a prazo.

GABARITO: CERTO

CESPE - Auditor de Controle Externo (TC-DF)/2014

Julgue o item seguinte, com relação ao balanço de pagamentos.

A variação negativa das reservas internacionais implica retração da base monetária.

Comentários

A maneira mais simples de verificar a ocorrência de variações na base monetária é através da análise do
balancete da autoridade monetária, que segue abaixo:

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Guarde as seguintes regras:

Variações positivas no ativo do balancete (mantendo constante o passivo não monetário) resultam em
aumento da base monetária. Variações negativas, em redução da base monetária

Variações positivas do passivo não monetário (mantendo constante o ativo) geram redução na base
monetária. A redução no passivo não monetário provoca aumento da base monetária.

A questão informa sobre uma redução nas reservas internacionais, conta do ativo do balancete. Sendo assim,
há redução da base monetária.

GABARITO: CERTO

(CESGRANRIO - Analista do Banco Central do Brasil/Área 1/2009)

Entre as várias ações do Banco Central que resultam numa política monetária expansionista, NÃO se
encontra a

a) compra de moeda estrangeira no mercado cambial.

b) compra de títulos federais no mercado aberto.

c) venda de títulos federais no mercado aberto.

d) redução do percentual de recolhimento compulsório dos bancos ao Banco Central.

e) redução da taxa de juros dos empréstimos de liquidez do Banco Central aos bancos.

Comentários

A venda de títulos no mercado aberto provoca redução do ativo do Banco Central e, consequentemente, em
política monetária reducionista. E, claro, a política monetária contracionista se dá pela redução da base
monetária.

GABARITO: LETRA C

FGV - Consultor de Orçamentos (SEN) / Consultoria e Assessoramento em Orçamentos /


Assessoramento em Orçamentos/2008

A respeito da política monetária, avalie as afirmativas a seguir:

I. Reduções da taxa de redesconto do Banco Central são um dos instrumentos da política monetária para
expandir a oferta de moeda.

II. Quando o Banco Central vende títulos ao público, a quantidade de moeda corrente em circulação
diminui, e, portanto, a base monetária também se reduz.

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III. Estabelecida a relação entre a taxa de juros desejada e a taxa de juros prevalecente no mercado na
ausência de intervenções, se o Banco Central liquida operações de compra de moeda estrangeira, tudo o
mais constante, surge a necessidade de compensar o aumento da oferta monetária por meio, por exemplo,
da compra de títulos.

Assinale:

a) se todas as afirmativas estiverem corretas.

b) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.

c) se apenas a afirmativa I estiver correta.

d) se apenas a afirmativa II estiver correta.

e) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.

Comentários

Vejamos os itens:

I – Correto. Sem segredos. Reduções na taxa de redescontos tornam os bancos comerciais mais propícios a
tomar empréstimos com o Bacen. Sendo assim, podem ser usadas como política monetária expansiva.

II – Correto. A venda de títulos ao público retira moeda de circulação. Logo, pratica-se política monetária
contracionista através da redução da base monetária.

III – Incorreto. Não há esta necessidade, quando se considera a não intervenção do Bacen no mercado. A
liquidação de operações de compra de moeda estrangeira não exige outra medida compensatória neste
contexto.

GABARITO: LETRA B

FGV - Técnico Superior Especializado (DPE RJ)/Economia/2014/

Em relação ao balancete do Banco Central e dos bancos comerciais, analise as afirmativas a seguir:

I. A base monetária se expande com um aumento do ativo do Banco Central não compensado por um
aumento do seu passivo monetário.

II. A ampliação apenas das reservas internacionais eleva a base monetária.

III. O aumento dos depósitos de poupança aumenta o passivo monetário dos bancos comerciais.

Assinale se:

a) somente a afirmativa I estiver correta.

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b) somente a afirmativa II estiver correta.

c) somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

d) somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

e) todas as afirmativas estiverem incorretas.

Comentários

Vejamos os itens:

I - Item incorreto. A variação da base monetária é obtida como resultado da variação do ativo do Banco
Central não compensada pela variação do seu passivo NÃO monetário. Ou seja, para que ocorra um aumento
da base monetária, o ativo deve variar positivamente em valor superior à variação do passivo não monetário.

II - Item correto. As reservas internacionais são contabilizadas no ativo do banco central. Seguindo a ideia
acima apresentada, caso apenas esta conta varie de forma positiva, haverá variação positiva na base
monetária. A explicação é simples: elevação nas reservas internacionais significam entrada positiva líquida
de dólares no país, que, quando convertidos em moeda doméstica, elevam a quantidade desta em circulação
na economia (aumento da base monetária).

III - Item incorreto. Nas contas do sistema monetária, os depósitos de poupança são classificados como
passivo não monetário dos bancos comerciais, pois são uma forma de captação destas instituições no
mercado a prazo.

GABARITO: LETRA B

CESPE - Técnico Bancário Novo (CEF)/Administrativa/2010/RJ e SP

Assinale a opção correta a respeito da realização de operações com títulos públicos federais no Brasil.

a) O BACEN atua no mercado primário de títulos públicos mediante a emissão de títulos de sua
responsabilidade.

b) O registro das operações no mercado secundário de títulos públicos federais ocorre, exclusivamente, na
CETIP S.A. – Balcão Organizado de Ativos e Derivativos.

c) Por questão de isonomia, o BACEN pode comprar ou vender títulos públicos no mercado secundário
apenas mediante a realização de leilões aos quais, independentemente de credenciamento, tenham igual
acesso todas as instituições financeiras.

d) Por meio das operações conhecidas como overnight, as instituições financeiras efetuam gerenciamento
de sua liquidez em médio e longo prazos.

e) É vedado ao BACEN comprar títulos da dívida pública na data de sua colocação em mercado, salvo para
refinanciar a dívida mobiliária federal que estiver vencendo em sua carteira.

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Comentários

O Banco Central compra e vende títulos públicos federais ativamente. As operações são sempre realizadas
no mercado secundário - mercado monetário -, pois é vedado ao Bacen conceder empréstimos ao Tesouro
Nacional, comprando e vendendo títulos públicos federais em transações realizadas com o setor privado.

O objetivo único destas transações é realizar política monetária. Como a taxa de juros básica da economia
está negativamente relacionada ao preço dos títulos, a elevação na demanda por títulos possibilita a
elevação no preço dos mesmos e, portanto, queda na taxa de juros, além de disponibilizar mais moeda em
circulação para as transações de ativos.

Vejamos as alternativas:

a) O Bacen atua no mercado secundário e não emite mais títulos de sua responsabilidade desde 2002.

b) O registro ocorre no Sistema Especial de Liquidação e Custódia - SELIC

c) As negociações no SELIC ocorrem apenas entre instituições autorizadas

d) Por meio das operações conhecidas como overnight, as instituições financeiras efetuam gerenciamento
de sua liquidez no curto prazo.

e) Item correto, como já explicado acima. Em resumo, o Bacen não pode conceder empréstimos ao Tesouro
- operação equivalente a comprar títulos do Tesouro. No entanto, pode refinanciar a dívida mobiliária federal
que estiver vencendo em sua carteira, como previsto pela CF/88.

GABARITO: LETRA E

CESPE - Economista (SUFRAMA)/2014/

Acerca dos agregados monetários, bem como dos instrumentos e efeitos econômicos das políticas
monetária e fiscal, julgue o item subsequente.

As operações de mercado aberto são os instrumentos mais eficazes de política monetária, nas quais o
Banco Central vende títulos para aumentar a liquidez da economia e produzir uma elevação da renda.

Comentários

As operações de mercado aberto são atividades de política monetária que possuem o objetivo imediato de
influenciar a taxa de juros e quantidade de moeda na economia. A elevação da renda é variável medita
(indireta) nas considerações de política monetária. Dito de outro modo, as variações na renda podem
acontecer, mas indiretamente, pois são funções das variações na quantidade de moeda em circulação na
economia e da taxa de juros, estas sim, funções diretas da política monetária.

As operações de mercado aberto consistem na compra de títulos na posse do setor privado. Assim, o Banco
Central troca com o setor privado ativos monetários de alta liquidez em troca de outros não tão líquidos.

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Utilizando o exemplo da venda de títulos, podemos compreender que se trata de uma política para reduzir
a quantidade de moeda em circulação na economia. Ao vender títulos para o setor privado, o Banco Central
retira moeda em circulação da economia, pois o setor privado adquire os títulos em troca de moeda, que
fica retida nos cofres do Banco Central. Assim, há redução de liquidez na economia.

GABARITO: ERRADO

CESPE - Economista (SUFRAMA)/2014/

Com relação às políticas fiscal e monetária do setor público, julgue o item a seguir.

A variação positiva das reservas internacionais faz que o BACEN tenha de vender títulos públicos no
mercado para manter a taxa de juros, SELIC, constante, o que resulta diretamente da fixação da taxa de
juros pelo BACEN.

Comentários

A variação da quantidade de reservas internacionais é vista como uma das formas de política monetária.

A ocorrência de superávits no balanço de pagamentos resulta em aumento das reservas internacionais do


país. Muito simples, há mais dólares entrando no país do que saindo, evidenciando acúmulo de dólares: dito
de outro modo, variação positiva de reservas internacionais.

Ocorre que a moeda brasileira é o Real. Sendo assim, os dólares em excesso, quando entram no Brasil, são
convertidos em Reais, elevando a quantidade de moeda em circulação na economia.

No entanto, uma das funções do Banco Central é controlar a quantidade de moeda em circulação na
economia. Para tanto, ele costuma esterilizar este excesso de moeda em circulação, resultado do acúmulo
de reservas internacionais. Ele faz isso através da venda de títulos públicos ao setor privado, que reduz a
quantidade de moeda em circulação. Fazendo isto, ele influencia a taxa de juros da economia, pois, enquanto
o aumento da quantidade de moeda em circulação tende a reduzir a taxa de juros, a venda de títulos públicos
ao setor privado tende a elevar a taxa de juros da economia: o resultado líquido destas duas operações é a
manutenção da taxa de juros no nível anterior.

GABARITO: CERTO

CESPE - Economista (SUFRAMA)/2014/

Com relação às políticas fiscal e monetária do setor público, julgue o item a seguir.

A emissão de letras financeiras do tesouro (LFT) para financiar a dívida pública brasileira reduz o poder da
política monetária.

Comentários

A política monetária pode ser realizada através das políticas de mercado aberto (open market). Esta prática
consiste na compra e venda de títulos pelo Banco Central. Ao comprar títulos, a autoridade monetária eleva

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a demanda pelos mesmos, aumenta seu preço, eleva a quantidade de moeda em circulação na economia
(pois troca títulos por moeda com o setor privado) e reduz a taxa de juros. Este exemplo é considerado como
uma política monetária expansionista, pois possui como resultado o aumento da quantidade de moeda em
circulação e a redução na taxa de juros. Para realizar uma política reducionista, o Banco Central pode fazer
o contrário, ou seja, vender títulos: o resultado será a redução da quantidade de moeda em circulação e
elevação da taxa de juros.

Ocorre que a emissão de LFT é feita através de um preço nominal fixado, que não varia mesmo com as
operações de mercado aberto. Assim sendo, a taxa de juros também não varia. Ou seja, a eficácia da política
monetária é reduzida, pois a emissão de LFTs não confere a possibilidade de variação na taxa de juros da
economia.

GABARITO: CERTO

FCC - Auditor Conselheiro Substituto (TCM-GO)/2015/

O Banco Central − Bacen, para aumentar a oferta de moeda, deve implementar a política de

a) redução da reserva compulsória dos bancos comerciais.

b) aumento da reserva compulsória dos bancos comerciais.

c) aumento da taxa de redesconto dos bancos comerciais.

d) venda de títulos públicos.

e) aumento da taxa Selic.

Comentários

O recolhimento compulsório corresponde à parcela dos depósitos realizados no sistema financeiro que fica
retido compulsoriamente no Banco Central. Sendo assim, quanto menor esta alíquota, maior a
disponibilidade de moeda em circulação na economia.

O mesmo ocorre com a compra de títulos no mercado aberto. Estas operações consistem na compra/venda
de títulos com o setor privado. A compra de títulos pelo Banco Central retira estes títulos da posse do setor
privado que, em compensação, aceita moeda como pagamento destes estes títulos vendidos ao Bacen. Ou
seja, a compra de títulos pelo Bacen eleva a quantidade de moeda na economia.

A mesma ideia também se aplica à redução da taxa de redesconto dos bancos comerciais. As operações de
redesconto consistem no empréstimo de liquidez do Banco Central às instituições financeiras. Evidente que,
quanto menor esta taxa, maior o volume de operações de redesconto.

Todas estas políticas são monetárias expansionistas. Ou seja, aumentam a quantidade de moeda na
economia.

GABARITO: LETRA A

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CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e Monetária/2013/

No que diz respeito ao mercado monetário, julgue o item.

Os recolhimentos obrigatórios de recursos denominados depósitos compulsórios, que as instituições


financeiras devem fazer junto ao BACEN, incluem o recolhimento compulsório sobre as operações de
crédito direto ao consumidor.

Comentários

Os recolhimentos compulsórios (obrigatórios) constituem-se em um instrumento à disposição do Banco


Central para influenciar a quantidade de moeda na economia. Representam uma parcela dos depósitos
captados pelos bancos que devem ser mantidos compulsoriamente no Banco Central.

Quanto mais elevada a alíquota, menor a quantidade de moeda em circulação. Do contrário, eleva-se a
quantidade de moeda e se pratica política monetária expansionista.

No Brasil, existem as seguintes modalidades de recolhimentos compulsórios e de encaixe obrigatório:

Recolhimento compulsório sobre recursos à vista;

Recolhimento compulsório sobre recursos de depósitos e de garantias realizadas;

Encaixe obrigatório sobre recursos de depósitos de poupança;

Recolhimento compulsório sobre recursos a prazo; e

Exigibilidade adicional sobre depósitos.

Como visto, não há recolhimento compulsório sobre as operações de crédito direto ao consumidor, pois
estas operações são operações ativas e os compulsórios recaem sobre as operações passivas das instituições
financeiras.

GABARITO: ERRADO

CESPE - Economista (SUFRAMA)/2014/

Com relação às políticas fiscal e monetária do setor público, julgue o item a seguir.

A redução do compulsório por parte do Banco Central do Brasil (BACEN), independentemente do


comportamento dos bancos comerciais, amplia a liquidez da economia.

Comentários

É interessante resolver esta questão em dois momentos.

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Primeiro, compreender que o Banco Central é o responsável pela política monetária, influenciando a base
monetária da economia. Os depósitos compulsórios são instrumentos desta política, pois representa uma
parcela dos depósitos captados pelos bancos que diariamente é obrigatoriamente depositada no Banco
Central, retirando liquidez da economia. Ou seja, a elevação (redução) do depósito compulsório reduz
(aumenta) a base monetária da economia ao retirar liquidez da economia, deixando os bancos com uma
quantidade menor de moeda para praticar suas operações financeiras.

Segundo, a quantidade de moeda em circulação na economia (a variável solicitada pela questão) é


influenciada pela base monetária através do conceito de multiplicador monetário. O multiplicador
representa o índice pela qual multiplica-se a base monetária para encontrar a quantidade de moeda em
circulação. Ou seja, a quantidade de moeda é maior que a base monetária na proporção do multiplicador
monetário.Ocorre que, em tese, a redução do compulsório eleva a base monetária e, consequentemente, a
quantidade de moeda em circulação, desde que o multiplicador não varie, ou aumente de valor. Mas, caso
o multiplicado reduza, até mesmo a redução do compulsório pode provocar redução na quantidade de
moeda. Afinal, a base monetária, mesmo que maior, será multiplicada por um índice menor, obtendo uma
quantidade menor de moeda em circulação. Este pode ser o caso da questão.

Concluindo, a liquidez da economia depende da atuação dos bancos comerciais, pois eles influenciam o
multiplicador monetário e, consequentemente, a quantidade de moeda na economia.

GABARITO: ERRADO

CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e Monetária/2013/

No que diz respeito ao mercado monetário, julgue o item.

O BACEN não pode realizar operações compromissadas prefixadas, uma vez que, para atuar efetivamente
sobre o excesso de liquidez do mercado interbancário, os títulos que fundamentam esse tipo de operação
são propriedade dos bancos, não possibilitando o efeito esperado de evitar a concentração de liquidez.

Comentários

Primeiramente, o que são as operações compromissadas realizadas pelo Bacen?

A operação compromissada é aquela em que o comprador de determinado título assume o compromisso de


revendê-los a quem alienou em data futura pré-definida.

Ou seja, as operações compromissadas são realizadas com um compromisso duplo: a compra com
compromisso de revenda e a venda com compromisso de recompra.

As operações compromissadas devem ser realizadas com rentabilidade definida (taxa prefixada) ou com
parâmetro de remuneração estabelecido (taxa pós-fixada).

Em geral, as operações compromissadas realizadas pelo Bacen são utilizadas para fins de política monetária,
como vimos anteriormente com o caso das operações de redesconto, que utilizam como garantia operações
compromissadas com títulos.

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Desta forma, a questão está incorreta, pois é possível a realização de operação compromissada prefixada
pelo Bacen.

GABARITO: ERRADO

CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e Monetária/2013/

No que diz respeito ao mercado monetário, julgue o item.

Para evitar oscilações bruscas na taxa de juros, o BACEN deve equilibrar a demanda e a oferta no mercado
de reservas; caso esse equilíbrio não seja atingido, o excesso de reserva fará a taxa interbancária de juros
tender para zero, por exemplo.

Comentários

As operações de política monetária exercidas pelo Bacen no Sistema Especial de Liquidação e Custódia
(SELIC) ajustam a taxa de juros à média estabelecida pelo COPOM.

O exercício de política monetária expansionista (compra de títulos públicos e aumento da oferta de moeda
no mercado) provoca aumento no preço destes títulos e redução na taxa de juros básica. A política monetária
contracionista exerce efeito contrário, ou seja, acarreta redução no preço dos títulos e aumento na taxa de
juros básica na economia.

Como visto, as operações do Bacen interferem na determinação do valor da taxa de juros, o que evita
oscilações bruscas.

Desta forma, o excesso de liquidez (excesso de reservas), correspondente a uma política monetária
expansionista, faria a taxa de juros tender a zero, no limite, como colocado pela questão.

GABARITO: CERTO

LISTA DE QUESTÕES
(CESGRANRIO - Profissional Básico (BNDES)/Economia/2011) Em relação ao tema de agregados
monetários, considere as seguintes siglas:

PMC = Papel-moeda em circulação

CBCOM = Encaixe em moeda mantido pelo sistema bancário (Caixa dos Bancos Comerciais)

CBACEN = Caixa do Banco Central

DVBCOM = Depósitos à vista nos bancos comerciais

PMPP = Papel-moeda em poder do público

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PME = Papel-moeda emitido

TPPSP = Títulos públicos em poder do setor privado

TEID = Títulos emitidos por instituições depositárias.

A definição de meios de pagamento (M1) é dada por

a) M1 = PMC – CBCOM – CBACEN + DVBCOM

b) M1 = PME – CBACEN – CBCOM + DVBCOM

c) M1 = PMPP + TPPSP

d) M1 = PMPP + DVBCOM + TEID

e) M1 = PMPP + PMC – PME + DVBCOM

(CESPE - Economista (MTE)/2008)

A teoria macroeconômica analisa o comportamento dos grandes agregados econômicos. Utilizando os


conceitos básicos dessa teoria, julgue item que se segue.

Se, em razão da recessão mundial, as famílias decidirem elevar seus depósitos de poupança para se
precaverem das incertezas geradas pela crise, ocorrerá um aumento dos agregados monetários M2 e M3.

CESPE - Auditor de Controle Externo (TC-DF)/2014

Julgue o item seguinte, com relação ao balanço de pagamentos.

A variação negativa das reservas internacionais implica retração da base monetária.

(CESGRANRIO - Analista do Banco Central do Brasil/Área 1/2009)

Entre as várias ações do Banco Central que resultam numa política monetária expansionista, NÃO se
encontra a

a) compra de moeda estrangeira no mercado cambial.

b) compra de títulos federais no mercado aberto.

c) venda de títulos federais no mercado aberto.

d) redução do percentual de recolhimento compulsório dos bancos ao Banco Central.

e) redução da taxa de juros dos empréstimos de liquidez do Banco Central aos bancos.

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FGV - Consultor de Orçamentos (SEN)/Consultoria e Assessoramento em Orçamentos/Assessoramento


em Orçamentos/2008

A respeito da política monetária, avalie as afirmativas a seguir:

I. Reduções da taxa de redesconto do Banco Central são um dos instrumentos da política monetária para
expandir a oferta de moeda.

II. Quando o Banco Central vende títulos ao público, a quantidade de moeda corrente em circulação
diminui, e, portanto, a base monetária também se reduz.

III. Estabelecida a relação entre a taxa de juros desejada e a taxa de juros prevalecente no mercado na
ausência de intervenções, se o Banco Central liquida operações de compra de moeda estrangeira, tudo o
mais constante, surge a necessidade de compensar o aumento da oferta monetária por meio, por exemplo,
da compra de títulos.

Assinale:

a) se todas as afirmativas estiverem corretas.

b) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.

c) se apenas a afirmativa I estiver correta.

d) se apenas a afirmativa II estiver correta.

e) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.

FGV - Técnico Superior Especializado (DPE RJ)/Economia/2014/

Em relação ao balancete do Banco Central e dos bancos comerciais, analise as afirmativas a seguir:

I. A base monetária se expande com um aumento do ativo do Banco Central não compensado por um
aumento do seu passivo monetário.

II. A ampliação apenas das reservas internacionais eleva a base monetária.

III. O aumento dos depósitos de poupança aumenta o passivo monetário dos bancos comerciais.

Assinale se:

a) somente a afirmativa I estiver correta.

b) somente a afirmativa II estiver correta.

c) somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

d) somente as afirmativas II e III estiverem corretas.


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e) todas as afirmativas estiverem incorretas.

CESPE - Técnico Bancário Novo (CEF)/Administrativa/2010/RJ e SP

Assinale a opção correta a respeito da realização de operações com títulos públicos federais no Brasil.

a) O BACEN atua no mercado primário de títulos públicos mediante a emissão de títulos de sua
responsabilidade.

b) O registro das operações no mercado secundário de títulos públicos federais ocorre, exclusivamente, na
CETIP S.A. – Balcão Organizado de Ativos e Derivativos.

c) Por questão de isonomia, o BACEN pode comprar ou vender títulos públicos no mercado secundário
apenas mediante a realização de leilões aos quais, independentemente de credenciamento, tenham igual
acesso todas as instituições financeiras.

d) Por meio das operações conhecidas como overnight, as instituições financeiras efetuam gerenciamento
de sua liquidez em médio e longo prazos.

e) É vedado ao BACEN comprar títulos da dívida pública na data de sua colocação em mercado, salvo para
refinanciar a dívida mobiliária federal que estiver vencendo em sua carteira.

CESPE - Economista (SUFRAMA)/2014/

Acerca dos agregados monetários, bem como dos instrumentos e efeitos econômicos das políticas
monetária e fiscal, julgue o item subsequente.

As operações de mercado aberto são os instrumentos mais eficazes de política monetária, nas quais o
Banco Central vende títulos para aumentar a liquidez da economia e produzir uma elevação da renda.

CESPE - Economista (SUFRAMA)/2014/

Com relação às políticas fiscal e monetária do setor público, julgue o item a seguir.

A variação positiva das reservas internacionais faz que o BACEN tenha de vender títulos públicos no
mercado para manter a taxa de juros, SELIC, constante, o que resulta diretamente da fixação da taxa de
juros pelo BACEN.

CESPE - Economista (SUFRAMA)/2014/

Com relação às políticas fiscal e monetária do setor público, julgue o item a seguir.

A emissão de letras financeiras do tesouro (LFT) para financiar a dívida pública brasileira reduz o poder da
política monetária.

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FCC - Auditor Conselheiro Substituto (TCM-GO)/2015/

O Banco Central − Bacen, para aumentar a oferta de moeda, deve implementar a política de

a) redução da reserva compulsória dos bancos comerciais.

b) aumento da reserva compulsória dos bancos comerciais.

c) aumento da taxa de redesconto dos bancos comerciais.

d) venda de títulos públicos.

e) aumento da taxa Selic.

CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e Monetária/2013/

No que diz respeito ao mercado monetário, julgue o item.

Os recolhimentos obrigatórios de recursos denominados depósitos compulsórios, que as instituições


financeiras devem fazer junto ao BACEN, incluem o recolhimento compulsório sobre as operações de
crédito direto ao consumidor.

CESPE - Economista (SUFRAMA)/2014/

Com relação às políticas fiscal e monetária do setor público, julgue o item a seguir.

A redução do compulsório por parte do Banco Central do Brasil (BACEN), independentemente do


comportamento dos bancos comerciais, amplia a liquidez da economia.

CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e Monetária/2013/

No que diz respeito ao mercado monetário, julgue o item.

O BACEN não pode realizar operações compromissadas prefixadas, uma vez que, para atuar efetivamente
sobre o excesso de liquidez do mercado interbancário, os títulos que fundamentam esse tipo de operação
são propriedade dos bancos, não possibilitando o efeito esperado de evitar a concentração de liquidez.

CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e Monetária/2013/

No que diz respeito ao mercado monetário, julgue o item.

Para evitar oscilações bruscas na taxa de juros, o BACEN deve equilibrar a demanda e a oferta no mercado
de reservas; caso esse equilíbrio não seja atingido, o excesso de reserva fará a taxa interbancária de juros
tender para zero, por exemplo.

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GABARITO

1. B
2. Certo
3. Certo
4. C
5. B
6. B
7. E
8. Errado
9. Certo
10. Certo
11. A
12. Errado
13. Errado
14. Errado
15. Certo

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RESUMO
 SISTEMA MONETÁRIO: Instituições e regras cujo objetivo é conceder eficiência nas transações
econômicas, além de possibilitar ao país o controle da política monetária.

o Análise macroeconômica: composto da Autoridade Monetária (Banco Central) e dos Bancos


Comerciais, os quais estão autorizados a receber depósitos à vista do público não financeiro.

o Banco Central: devido ao exercício do monopólio da emissão monetária, controla a base


monetária da economia. Este fato é fundamental na compreensão da política monetária.

▪ Moeda

o Toda forma de ativos financeiros utilizados como meio de troca nas transações
econômicas.

o Funções da moeda: 1) meio de troca; 2) unidade de conta; 3) reserva de valor.

o Processo de dolarização: caso a moeda perca toda a credibilidade e, portanto, suas


funções, o país pode escolher outra moeda para realizar as transações. É o caso de
países, cuja inflação atingiu valores elevados, que escolheram o dólar como meio
de troca.

o A moeda não se resume ao papel-moeda ou à moeda metálica.

o Ativos financeiros também podem ser utilizados como meio de troca.

o Agregados monetários existentes no Brasil:

1) M1 = Também conhecido como meio de pagamento restrito, M1 é gerado pelas


instituições emissoras de haveres estritamente monetários. Abrange o papel
moeda em poder do público + depósitos à vista.

2) M2 = Também conhecido como meio de pagamento ampliado. Abrange M1 +


depósitos especiais remunerados + depósitos de poupança + títulos emitidos por
instituições depositárias

3) M3 = Também conhecido como meio de pagamento ampliado. Contém M2 +


quotas de fundos de renda fixa + operações compromissadas registradas no SELIC.
4) M4 = Também conhecido como poupança financeira, engloba o M3 e os títulos
públicos de alta liquidez . Agrega, portanto, M3 + títulos públicos de alta liquidez.

o Todos os agregados são considerados substitutos da moeda.

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o Divisão do papel-moeda: 1) papel-moeda emitido; 2) papel-moeda em circulação;


3) papel-moeda em poder do público.

 Contas do Sistema Monetário: importante lembrar que:

1) As transações do Banco Central com os Bancos Comerciais e o público em geral determina a base
monetária da economia.

2) As transações dos Bancos Comerciais com o público em geral determina a quantidade de meios de
pagamento da economia.

▪ Balancetes dos Bancos Comerciais

o Os bancos comerciais possuem direitos e obrigações, expressos em seu balancete


nas contas do ativo e do passivo.

Ativo Passivo
M) Reservas Bancárias R) Recursos Próprios
S) Depósitos à Vista
A.1. Em moeda corrente
T) Depósitos a Prazo
A.2. No Banco Central U) Redescontos

A.2.1. Voluntárias (mantidas no caixa do V) Empréstimos Externos


banco comercial e voluntariamente no W) Depósitos Poupança
Banco Central)
X) Demais Recursos
A.2.2. Compulsórias (percentual dos
depósitos à vista e a prazo captados
pelos bancos comerciais e mantidos no
Banco Central)

N) Empréstimos concedidos
O) Títulos/ativos público e privado
P) Imobilizado
Q) Outras aplicações

▪ Balancete da Autoridade Monetária

o Principais características do Banco Central:

1) emissor de papel-moeda (base monetária);

2) banqueiro do Tesouro Nacional;


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3) banqueiro dos bancos comerciais (redesconto); e

4) depositário das reservas internacionais.

o Balancete da Autoridade Monetária:

Ativo Passivo
K) Reservas Internacionais S) Papel-Moeda Emitido (mais
L) Empréstimos ao Tesouro Nacional comum das funções do Banco Central)
e demais Entes Federativos T) Depósitos do Tesouro Nacional
M) Redescontos
A.2. Reservas dos Bancos Comerciais no
N) Títulos Públicos Banco Central
O) Moeda Corrente
A.2.1. Voluntárias
P) Empréstimos ao Setor Privado
Q) Imobilizado A.2.2. Compulsórias
R) Demais Aplicações K) Recursos Próprios

L) Demais Exigibilidades

o Balancete Consolidado da Autoridade Monetária:

Ativo Passivo
Base Monetária
L) Reservas Internacionais
M) Empréstimos ao Tesouro Nacional Q) Papel-moeda em poder do público
e demais Entes Federativos
R) Reservas dos Bancos Comerciais
N) Redescontos em caixa e no Banco Central
O) Títulos Públicos
Passivo Não monetário
P) Empréstimos ao Setor Privado
S) Depósito do Tesouro Nacional
T) Empréstimos Externos
U) Recursos Especiais
V) Saldo Líquido das Demais Contas

o A determinação da base monetária pode ser entendida como a determinação do


passivo monetário do balancete.

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o Para a base monetária variar, é necessário que varie o ativo, ou o passivo não
monetário (ou mesmo os dois juntos, desde que em valores distintos).
o Assim, o aumento das reservas internacionais, das operações de redesconto,
empréstimos ao Tesouro e ao setor privado, bem como o aumento de títulos públicos
na carteira do Banco Central (mantendo o passivo não monetário constante) elevam a
base monetária.

▪ Balancete Consolidado do Sistema Monetário

o A consolidação contábil do sistema monetário corresponde à soma dos balancetes


dos bancos comerciais e da autoridade monetária.

Ativo Passivo
Aplicações dos Bancos Comerciais Meios de Pagamento

Q) Empréstimos ao Setor Privado X) Papel-moeda em poder do público


R) Títulos Públicos e Privados Y) Depósitos nos Bancos Comerciais

Aplicações do Banco Central Recursos Não Monetários dos Bancos


Comerciais
S) Reservas Internacionais
Empréstimos ao Tesouro Nacional Z) Depósito a prazo
T)
e demais Entes Federativos AA) Depósitos de poupança
U) Títulos Públicos BB) Saldo líquido das demais contas
V) Empréstimos ao Setor Privado
Recursos Não Monetários do Banco
W) Aplicações Especiais Central

CC) Depósitos do Tesouro Nacional


DD) Empréstimos Externos
EE) Recursos Especiais
FF) Saldo líquido das demais contas

 Criação e Destruição de Liquidez: podemos traduzir os balancetes em simples expressões algébricas,


que determinam os valores da base monetária e dos meios de pagamento na forma de resíduos.

𝚫𝐁𝐚𝐬𝐞 𝐌𝐨𝐧𝐞𝐭á𝐫𝐢𝐚 = 𝚫𝐀𝐭𝐢𝐯𝐨𝐁.𝐂𝐞𝐧𝐭𝐫𝐚𝐥 − 𝚫𝐏𝐚𝐬𝐬𝐢𝐯𝐨 𝐧ã𝐨 𝐌𝐨𝐧𝐞𝐭á𝐫𝐢𝐨𝐁.𝐂𝐞𝐧𝐭𝐫𝐚𝐥

𝚫𝐌𝐞𝐢𝐨𝐬 𝐏𝐠𝐭𝐨 = 𝚫𝐀𝐭𝐢𝐯𝐨𝐒.𝐌𝐨𝐧𝐞𝐭á𝐫𝐢𝐨 − 𝚫𝐏𝐚𝐬𝐬𝐢𝐯𝐨 𝐧ã𝐨 𝐌𝐨𝐧𝐞𝐭á𝐫𝐢𝐨𝐒.𝐌𝐨𝐧𝐞𝐭á𝐫𝐢𝐨

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o A variação na base monetária é resultado de variações no ativo do balancete do


Banco Central ou em seu passivo não monetário.

o A elevação do ativo e a redução do passivo não monetário aumentam a base


monetária.

o O aumento nos meios de pagamento é resultado ou do aumento do ativo do


balancete do sistema monetário consolidado, ou da redução do passivo não
monetário do mesmo.

o Haverá variação na base monetária apenas quando um dos lados da operação for
a autoridade monetária.

o Haverá variação nos meios de pagamento sempre que o setor bancário trocar
ativos monetários com ativos não monetários, ou vice-versa, com o setor não
bancário.

 Política Monetária: é o conjunto de esforços (instrumentos) empreendidos pelo governo no sentido


de modificar a quantidade de moeda na economia e também a taxa de juros. Outro motivo relevante
em se realizar política monetária: Variar a renda da economia.

o Quando elevada a quantidade de moeda em circulação na economia, a politica


monetária é chamada de expansionista. Quando reduzida, de contracionista
(reducionista).

o O outro efeito da política monetária é modificar a taxa de juros da economia. A


taxa de juros é o preço que equilibra a oferta e demanda por liquidez.

o A política monetária tem 3 objetivos diretos: controle da quantidade de moeda em


circulação, determinação da taxa de juros e variação da renda da economia (PIB).

 Depósito Compulsório: são recolhimentos que as instituições financeiras fazem ao Banco Central
sobre os recursos que captam em suas atividades.

o Fornecer à autoridade monetária uma forma de controlar, mesmo que


indiretamente, a oferta de moeda na economia.

 Redesconto: são os empréstimos concedidos pelo Bacen às instituições financeiras com propósito de
liquidez.
o Fornecer à autoridade monetária uma forma de controlar, mesmo que
indiretamente, a oferta de moeda na economia.

o São as operações de crédito com os bancos comerciais, quase sempre para fins de
liquidez.

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Mercado Interbancário: Se a instituição registra, ao final do dia, mais débitos do que créditos, seus recursos
de curtíssimo prazo são insuficientes. Assim, empresta recursos de outras instituições financeiras que
apresentaram, no mesmo período, caixa superavitário. Tais empréstimos são feitos mediante a emissão de
Cédulas de Depósitos Interbancários (CDIs).

o A instituição deficitária emite o CDI e capta com ele os recursos que precisa, ficando
com uma posição devedora.

o A instituição superavitária adquire estes títulos, com a promessa de receber os


recursos mais uma remuneração antecipadamente fixada.

o A remuneração é chamada de Taxa DI.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Finalizamos aqui mais uma aula. Espero que tenham gostado e compreendido nossa proposta de curso.

Saiba que ao optar pelo Estratégia Concursos estará fazendo a escolha certa. Isso será perceptível no
decorrer do curso, a medida em que formos desenvolvendo os assuntos.

Quaisquer dúvidas, sugestões ou críticas entrem em contato conosco. Estou disponível no fórum no Curso,
no Facebook e no Instagram.

https://www.facebook.com/profvicentecamillo/

https://www.instagram.com/profvicentecamillo/

Obrigado pela companhia.

Aguardo vocês na próxima aula.

Bons estudos e até lá!

Prof. Vicente Camillo.

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