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ATUALIDADES

DO MERCADO
FINANCEIRO
Atualidades do Mercado Financeiro –
Parte II

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO
Atualidades do Mercado Financeiro – Parte II

Sumário
Douglas Xavier

Atualidades do Mercado Financeiro – Parte II. . ......................................................................... 3


Introdução......................................................................................................................................... 3
Funções da Moeda........................................................................................................................... 3
Meio de Troca. . .................................................................................................................................. 4
O Dinheiro na Era Digital................................................................................................................ 6
Bitcoin................................................................................................................................................. 7
Blockchain......................................................................................................................................... 9
Correspondentes Bancários......................................................................................................... 11
Arranjos de Pagamentos.............................................................................................................. 14
Instituições Participantes.............................................................................................................15
Supervisão........................................................................................................................................ 17
Legislação Recente. . .......................................................................................................................19

Sistema de Pagamentos Instantâneos - Pix.............................................................................21


Segmentação e Interações Digitais........................................................................................... 25
Marketplace.................................................................................................................................... 27
Transformação Digital no Sistema Financeiro........................................................................ 29
Contextualização........................................................................................................................... 29
Exercícios......................................................................................................................................... 32
Gabarito............................................................................................................................................ 56

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ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO
Atualidades do Mercado Financeiro – Parte II
Douglas Xavier

ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO – PARTE II


Introdução
Olá. Como vão as coisas? Espero que esteja tudo bem!
Continuemos nossa jornada nesse mundo novo chamado Atualidades do Mercado Finan-
ceiro. Os pontos abordados na presente aula serão:
1. Funções da moeda
2. O dinheiro na Era Digital. Criptomoedas (com foco no Bitcoin). Blockchain
3. Marketplace
4. Correspondentes bancários
5. Arranjos de pagamentos
6. PIX
7. Segmentação e interações digitais
8. Transformação digital no Sistema Financeiro.
A metodologia será a seguinte: em primeiro lugar, faremos a exposição do conteúdo da
aula, explorando conceitos importantes. Durante essa exposição, já introduziremos alguns ma-
pas mentais e sínteses para a melhor fixação.
Ao final da aula, trabalharemos questões comentadas para treinarmos bastante, uma vez
que a resolução de muitas questões é imprescindível para a sua aprovação. Devido ao caráter
novo de alguns conteúdos, questões inéditas serão criadas especialmente para essa aula.
Mais uma vez, agradeço a confiança que você está depositando em nosso curso e renovo
os meus desejos de força para que você atinja o seu objetivo, que é a aprovação nesse exce-
lente concurso.
Vamos lá! Bons estudos!

Funções da Moeda
Em primeiro lugar, vamos entender o que é Moeda. Avante!
Nos primórdios do comércio, os pagamentos eram realizados por meio de objetos, consti-
tuindo um sistema de trocas. No entanto, o sistema de trocas apresenta um problema: é preci-
so que os desejos/necessidades sejam compatíveis. Explico: imagine uma sociedade na qual
o comércio seja baseado nas trocas. Suponha que Joana seja criadora de galinhas e esteja
precisando de arroz para preparar suas refeições.
Nesse caso, ela deve achar alguém que possua arroz para trocar e que aceite receber gali-
nhas em troca. Assim, a transação será ao mesmo tempo de venda (entrega das galinhas) e de
compra (recebimento do arroz). Percebe a dificuldade disso? É preciso que as necessidades
de Joana e da outra pessoa sejam compatíveis.

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Para resolver essa dificuldade era preciso que existisse algo que seria aceito amplamen-
te no mercado como forma de pagamento e que não dependesse dessa compatibilidade de
necessidades que citamos acima. É nesse contexto que surge a moeda, que é definida como
todo e qualquer “coisa” que é aceita para liquidar transações, isto é, realizar pagamentos e
adquirir bens ou serviços.
Nesse sentido, tudo pode ser moeda desde que seja amplamente aceito no mercado. A
propósito, na história, várias coisas já foram utilizadas como moeda, tal como o sal. O sal era
uma mercadoria muito cobiçada no Império Romano, visto que era essencial na conservação
dos alimentos, bem como no tempero deles e até na cicatrização de feridas nas pessoas.
Diante da importância desse produto, os soldados romanos recebiam uma porção de sal como
pagamento pelos seus serviços – daí a origem da palavra salário. Legal, né?
Pois bem! Ao longo do tempo, a moeda foi mudando. Primeiramente se tinha a moeda-mer-
cadoria, que eram os animais, alimentos e sal, por exemplo. Houve também a moeda metáli-
ca, quando eram utilizados ouro e prata, chegando ao que temos hoje: a moeda fiduciária ou
papel-moeda.
Moeda fiduciária é aquela sem lastro físico. Isto significa que o valor dela é atribuído pelo
governo e aceito pela sociedade em geral. Quando se utiliza moedas de ouro, por exemplo, o
próprio dinheiro possuía um valor que era o valor do metal precioso. Agora: que valor tem o
papel no qual é feito a nota de 100 reais? Percebe que esse valor é atribuído “artificialmente”?
Esse é o conceito de moeda fiduciária.
É importante dizer que a aceitação de uma moeda na sociedade depende do cumprimento
de alguns requisitos: as funções da moeda. Vejamos quais são!
A moeda possui três funções básicas, quais sejam:
1. Meio de troca (ou meio de pagamento)
2. Unidade de conta (ou unidade de medida)
3. Reserva de valor
Vejamos o que cada uma delas significa!

Meio de Troca
É a função que garante que a moeda atue como meio de pagamento. Ela permite que as
transações de compra e de venda possam ser realizadas separadamente. Com a existência
da moeda, Joana, do nosso exemplo, pode vender suas galinhas, pegar o dinheiro e comprar o
sal ou outra coisa que bem entender e na hora que quiser. Ela não necessitará mais encontrar
alguém que queira trocar algo que ela precise por suas galinhas.
Vender mercadorias e/ou serviços, receber moeda e, posteriormente, comprar outras mer-
cadorias e/ou serviços é muito mais fácil do que trocar coisas diretamente. Por isso, a função
de intermediário de trocas é uma função básica da moeda. Ao permitir que vendas e compras

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sejam feitas em datas diferentes, a moeda exerce a função de meio de pagamento (CARDIM
DE CARVALHO ET AL, 2007)1.

Unidade de Conta

Quando arranjamos um emprego na iniciativa privada ou somos aprovados em um con-


curso público, certamente um de nossos maiores interesses é o salário. Não é mesmo? E não
poderia deixar de ser. Tal salário é expresso em X unidades de Reais. Por exemplo: 5 mil reais.
Da mesma forma, quando você vai a uma concessionária comprar um carro, você vai ver
(geralmente, escrito no vidro) o preço daquele carro. Por exemplo: 30 mil reais. Os contratos
firmados entre empresas também possuem obrigações expressas em unidades monetárias de
determinada moeda.
Até as coisas mais básicas que fazemos, como comer em um restaurante possui seus pre-
ços expressos em determinada moeda. Perceba que, caso não existisse a moeda, que no nos-
so caso é o Real, seria muito difícil a realização das transações entre os agentes da economia.
A função unidade de conta também é chamada de função unidade de medida, uma vez que
ela cumpre o papel de servir de base para que os preços dos bens e serviços sejam expressos.
Além disso, é ela que permite que os preços dos produtos sejam comparáveis entre si.
Todos os bens e serviços no nosso país são expressos em 1 real, 10 reais ou 1.000 reais
etc. Portanto, a nossa moeda, o Real, cumpre essa função de ser a unidade de medida do preço
das transações na nossa economia.

Reserva de Valor

Essa função garante que os agentes da economia guardem a moeda para utilizá-la num
momento futuro (conservem poder de compra). As pessoas só poupam dinheiro por um ano,
por exemplo, se souberem que ele não perderá (ou não perderá muito) o valor durante esse
período. Para que tenha sentido fazer reservas em determinada moeda, é preciso que essa
moeda seja capaz de preservar poder de compra.
Em períodos de hiperinflação (altíssimas taxas de inflação), como o que ocorreu no Brasil
na década de 1980, a moeda perde a função de reserva de valor, uma vez que o poder de com-
pra não é preservado, dado que os preços dos bens e serviços variam muito rapidamente.
Suponha que às 10h da manhã de determinado dia você possua em mãos uma quantidade
de dinheiro suficiente para comprar 1kg de feijão. Em um contexto de hiperinflação, se você
for ao supermercado no período da tarde do mesmo dia, é possível que esse dinheiro não seja
mais suficiente para comprar o mesmo 1Kg de feijão. Portanto, o seu dinheiro perdeu valor
rapidamente – no mesmo dia. Dessa forma, a moeda não está cumprindo sua função de reser-
va de valor.

1
Fernando J. Cardim de Carvalho [et al.]. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007 – 9a reimpressão.

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Em suma, a função reserva de valor da moeda dá a possibilidade de o agente reter recursos


por longos períodos sem que isso lhe cause custos. E é para preservar o valor da moeda que
os países implementam sua política monetária.

O Dinheiro na Era Digital


Nesta disciplina, estamos vendo as transformações que a Era Digital tem causado no siste-
ma financeiro e na sociedade em geral. Uma dessas mudanças refere-se ao papel do dinheiro
na atualidade, sobretudo às novas formas por meio das quais ele se apresenta.
Nesse contexto de alta inserção da Era Digital no sistema financeiro, surgiram as Criptomo-
edas, as quais trataremos nessa seção. Vamos lá!
Conceito de criptomoedas: segundo o Banco Central do Brasil (BACEN), as criptomoedas –
chamadas pelo BACEN de “moedas virtuais” ou “moedas criptográficas” - são representações
digitais de valor, o qual decorre da confiança depositada nas suas regras de funcionamento e
na cadeia de participantes.
É importante sempre que vejamos definições formais, sobretudo do BACEN, para que não
sejamos surpreendidos em provas, caso a banca utilize a literalidade dessas definições. No
entanto, as vezes elas podem embaralhar um pouco nossa mente. Por isso, vamos apertar a
“tecla SAP”.
Grosso modo, criptomoedas são uma modalidade de dinheiro virtual, isto é, moedas que
só existem em meio digital, não sendo emitida por nenhum governo, ao contrário das moedas
fiduciárias (Real, Euro etc.), que são emitidas pelos governos dos países.
As transações de compra e venda de criptomoedas são feitas unicamente na internet e não
são garantidas por nenhuma autoridade monetária. É importante enfatizar essa parte: o BA-
CEN não emite criptomoedas e nem garante ou regula a circulação delas. Nesse sentido, elas
possuem forma, denominação e valor próprios, determinados no próprio mercado. A pessoa/
empresa que adquire criptomoedas o faz depositando a confiança no próprio mercado, isto é,
por “sua conta e risco”, não havendo legislação específica no Brasil que regule a circulação de
criptomoedas.

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Bitcoin

Fonte: https://financeone.com.br/criptomoedas/bitcoin-hoje/

É provável que você, concurseiro(a) bem-informado (a), já tenha ouvido falar de Bitcoin,
uma vez que ela é a primeira e a principal criptomoeda que existe no mercado.
O Lançamento da Bitcoin ocorreu em 2009 de uma forma um tanto curiosa, visto que uma
pessoa sob o pseudônimo Satoshi Nakamoto publicou um artigo explicando do que se tratava
e como funcionava a Bitcoin. O curioso é que a identidade de Satoshi nunca foi confirmada e
essa “pessoa’” desapareceu em 2010, misteriosamente.
Por ser uma criptomoeda, a BTC não é emitida por nenhum governo. Sua emissão é feita
por meio de um software descentralizado e livre. No entanto, não pense que ela pode ser emi-
tida sem limites! Na verdade, o limite para emissão dela é 21 milhões e não pode ser alterado
por ninguém.

Como é feita a emissão de novas unidades de Bitcoin?

A emissão de novas unidades de Bitcoin é feita através de um processo chamado mi-


neração. A mineração é algo complexo, mas resumindo: várias pessoas ao redor do mundo
(mineradores) tentam solucionar determinados problemas matemáticos, utilizando megacom-
putadores. Quem conseguir, recebe como prêmio algumas unidades novas de Bitcoin. À me-
dida que a quantidade de mineradores aumenta, os problemas matemáticos tornam-se mais
complexos, o que serve para limitar a quantidade de nova moeda.

Como são feitas as transações com Bitcoin?

As transações de compra e venda de Bitcoin são relativamente simples de ser feitas. No


Brasil, existem várias formas legalizadas de se negociar Bitcoins, tais como:

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• Mercado P2P: negociação individual de compra e venda de criptomoedas, isto é, direto


entre vendedores e compradores, sem intermediário.
• Exchanges: é como são chamadas as corretoras que intermediam as transações, por
meio de suas plataformas digitais.
• Mercado OTC (Over the Counter): o foco desse mercado é a compra e venda de grandes
quantidades de Bitcoin. Por conta do alto volume, as negociações no OTC costumam ter
preços mais vantajosos do que nas plataformas tradicionais.

Falando em preços, quanto custa um Bitcoin em termos de Reais, por exemplo?


Não há um valor fixo. A cotação de Bitcoin é resultado da interação entre oferta e demanda
pela criptomoeda em cada mercado. Uma coisa interessante é que, diferentemente da Bolsa
de Valores, o mercado de criptomoedas não fecha (funciona 24h e todos os dias) e o preço
delas tende a variar intensamente (alta volatilidade).
É importante dizer também que as transações com Bitcoin possuem um nível de seguran-
ça razoável. O próprio conceito de criptomoeda já tem embutido um ideal de segurança, por se
tratar de uma moeda criptografada, ou seja, protegida por meio de um código complexo.

Não confunda segurança com algo livre de risco. Explico: a segurança refere-se à proteção
contra fraudes, por exemplo. Enquanto risco é a possibilidade de o investidor perder capital. O
investimento em criptomoedas possui um nível de segurança razoável, mas são investimentos
arriscados, devido a elevada variação em seus preços (alta volatilidade).

Além do Bitcoin, outros exemplos de Criptomoedas são:


• Ethereum (ETH): é a segunda maior criptomoeda em termos de uso no mundo.
• Dogecoin (DOGE): trata-se de uma criptomoeda que surgiu após uma brincadeira feita na
internet, em 2013 (é o clássico meme que foi longe demais rs!). Foi muito falada no ano
de 2021, uma vez que seu preço disparou, sofrendo uma valorização de 14.000%. E, antes
que eu me esqueça, a Dogecoin é muito conhecida pelo “doguinho” que a representa:

As transações com criptomoedas, sobretudo o Bitcoin, também são auditáveis, devido ao


fato de utilizar a tecnologia Blockchain, que é nosso próximo assunto.

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Blockchain
A palavra Blockchain em tradução livre significa cadeia de blocos. E é exatamente isso que
essa tecnologia representa. Calma! Você já vai entender! Trata-se de uma tecnologia que fun-
ciona como uma espécie de livro de registros, totalmente digital, e que pode ser auditado por
vários usuários ao mesmo tempo.
Introduzido pelo Bitcoin (sendo uma de suas principais contribuições), Blockchain é a tec-
nologia utilizada nas transações com criptomoedas. Comparando a um livro de registros de
uma empresa (livro-razão) podemos traçar o seguinte paralelo: Enquanto o livro-razão registra
todas as transações realizadas por uma empresa, o Blockchain registra todas as transações
realizadas com uma criptomoeda, a exemplo do Bitcoin. Assim cada criptomoeda possui o
seu “livro”.
O registro de informações é feito em ordem linear e cronológica, em uma espécie de lista
de blocos interligados. Cada bloco registra um conjunto de informações, carregando seu pró-
prio número de identificação e o número de identificação do bloco anterior – por isso trata-se
de uma cadeia de blocos.
Principais características do Blockchain:
• Sem servidor central: é um sistema descentralizado, o qual usuários em todo o mundo
podem auditar ao mesmo tempo. Isso acontece, pois a rede é do tipo peer-to-peer (p2p)
que se trata de um sistema para compartilhamento de dados sem a necessidade de um
servidor central.
• O sistema funciona por meio de uma estrutura com dezenas de milhares de computa-
dores espalhados no mundo todo. No entanto, é importante saber que tais computado-
res não estão interligados por meio de redes ou qualquer servidor centralizado (o que
caracteriza um sistema descentralizado). Esses computadores possuem três principais
atribuições:
− Validação das transações na rede e verificação dos blocos;
− Localização dos blocos e comunicação para o restante da estrutura
− Lançamento de alertas a respeito de tentativas de fraudes.
• Peer-to-peer: significa “ponto a ponto”. Cada computador de um usuário é um “pon-
to”, os quais conectam-se entre si formando uma rede descentralizada. Essa tecnologia
confere segurança e estabilidade às transações com criptomoedas– impedindo o gas-
to duplo (double spend). Gasto duplo seria o seguinte: já que a criptomoeda só existe
digitalmente (ninguém a pega na mão), poderia existir “picaretas”, vendendo a mesma
unidade de BTC para várias pessoas ao mesmo tempo.
• Impede a reprodutibilidade infinita. Garante que novas unidades da criptomoeda só se-
jam emitidas com base nos critérios definidos e até o limite estabelecido (Bitcoin = 21
milhões).

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A seguir, alguns dados que são registrados no Blockchain quando é realizada uma transação
com criptomoeda:
• Data e hora de realização da transação.
• Quantidade transacionada.
• O usuário que enviou e o usuário que recebeu a transação. Atenção: a identificação é
feita por meio de endereço de carteiras. Não são fornecidos nome e documentos dos
usuários. Isso é algo importante, pois, ao mesmo tempo em que se dá publicidade às
transações com criptomoedas, de modo que possam ser auditadas, preserva-se a iden-
tidade dos negociantes.
• Número do bloco, no qual foi registrada a transação.
• Número que confirma a autenticidade de cada transação (chamado de hash).

Apesar de ser muito presente no mercado de criptomoedas, a tecnologia do Blockchain


está sendo utilizada em várias situações, como autenticação de documentos, uma vez que
é possível sua utilização para a criação de assinaturas digitais. Outros usos são: transações
financeiras em geral, registro de votos em eleições e até mesmo registro de imóveis.
Vejamos como o tema pode aparecer em prova!

001. (IADES/BRB/ESCRITURÁRIO/1º SIMULADO/2019/Q1459482) Uma grande preocupa-


ção dos usuários de criptomoedas é a possibilidade de double spend. A esse respeito, marque
a alternativa incorreta.
a) Não existe double spend para transações realizadas com moeda em espécie
b) Não existe double spend para transações realizadas através das redes bancárias.

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c) A lógica do peer to peer permite que seja possível realizar double spend com criptomoedas.
d) A lógica do peer to peer não permite que seja possível realizar double spend com criptomoedas.
e) A transação realizada por meio das redes bancárias impossibilita o double spend.

A questão pede a alternativa incorreta.


As transações com criptomoedas são protegidas por um sistema do tipo peer-to-peer (p2p)
que significa “ponto a ponto”. Cada computador de um usuário é um “ponto”, os quais conec-
tam-se entre si formando uma rede descentralizada. Essa tecnologia confere segurança e es-
tabilidade às transações com criptomoedas – impedindo o gasto duplo (double spend). Gasto
duplo seria o seguinte: um usuário vendendo a mesma unidade de BTC para várias pessoas ao
mesmo tempo.
Letra c.

Correspondentes Bancários
Dando continuidade aos assuntos cobrados em seu edital, vamos falar sobre os Corres-
pondentes bancários. É algo simples! Trata-se de pessoas jurídicas (não bancárias) que são
contratadas por instituições financeiras e demais instituições autorizadas pelo Banco Central
do Brasil (Bacen), a fim de oferecer alguns dos serviços dessas instituições ao público. Em ou-
tras palavras, são intermediários, que conectam instituições financeiras aos clientes. Detalhe:
uma empresa pode ser correspondente de mais de uma instituição.
Com certeza, você já foi atendido(a) por algum correspondente bancário. São exemplo:
comércios nos quais é possível pagar boletos, e contas de água e luz, por exemplo, bem como
as agências dos correios e casas lotéricas, essas últimas, frequentemente, até intermediaando
a abertura de contas em nome da Caixa Econômica Federal.

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Quais serviços podem ser prestados por correspondentes bancários?

A resolução n. 3.954 do Bacen estabelece as normas sobre a contratação de correspon-


dentes bancários no Brasil (e somente no Brasil). Nessa resolução estão listadas as atividades
que podem ser realizadas por correspondentes bancários:
I – recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de depósitos à vista,
a prazo e de poupança mantidas pela instituição contratante;
II – realização de recebimentos, pagamentos e transferências eletrônicas visando à mo-
vimentação de contas de depósitos de titularidade de clientes mantidas pela instituição
contratante;
III – recebimentos e pagamentos de qualquer natureza, e outras atividades decorrentes da
execução de contratos e convênios de prestação de serviços mantidos pela instituição contra-
tante com terceiros;
IV – execução ativa e passiva de ordens de pagamento cursadas por intermédio da institui-
ção contratante por solicitação de clientes e usuários;
V – recepção e encaminhamento de propostas referentes a operações de crédito e de ar-
rendamento mercantil de concessão da instituição contratante;
VI – recebimentos e pagamentos relacionados a letras de câmbio de aceite da instituição
contratante;
VII – recepção e encaminhamento de propostas de fornecimento de cartões de crédito de
responsabilidade da instituição contratante; e
VIII – realização de operações de câmbio de responsabilidade da instituição contratante,
observado o disposto no art. 9º (limita a atuação dos correspondentes a algumas operações
específicas de câmbio).
Perceba que a atuação dos correspondentes bancários possui caráter de intermediação.
Eles preenchem a proposta de abertura de uma conta ou de realização de um empréstimo, por
exemplo, e envia ao banco para o qual eles prestam o serviço de correspondente. Assim quem,
efetivamente, abre a conta ou concede o empréstimo é o banco.
Os serviços prestados pelos correspondentes bancários seguem os padrões da instituição
financeira contratante e esta remunera o correspondente por meio de comissões estipuladas
no contrato de prestação de serviços (por exemplo: ao “cobrar” um boleto, a casa lotérica
recebe uma remuneração para executar tal serviço). No entanto, é importante ficar claro que
os clientes não podem ser cobrados por utilizar serviços intermediados por correspondentes
bancários.
Se o banco não pode repassar os custos de intermediação para o cliente, você pode es-
tar se perguntando: qual a vantagem de contratar um correspondente? É simples! Pagar um
correspondente é, por vezes, mais interessante do que abrir novas agências de um banco, por
exemplo, para atender um público de determinada região. Por isso, é por meio dos correspon-

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dentes que alguns serviços chegam a alguns locais afastados dos grandes centros urbanos
ou em bairros mais distantes dos centros das cidades, diminuindo a demanda nas agências
bancárias e facilitando o acesso por parte dos clientes.

A responsabilidade pelos serviços prestados aos consumidores é da instituição financeira que


contratou a empresa correspondente. Tal como preceitua a Resolução n. 3.954 do Bacen:

Art. 2º O correspondente atua por conta e sob as diretrizes da instituição contratante, que assume
inteira responsabilidade pelo atendimento prestado aos clientes e usuários por meio do contratado,
à qual cabe garantir a integridade, a confiabilidade, a segurança e o sigilo das transações realizadas
por meio do contratado, bem como o cumprimento da legislação e da regulamentação relativa a
essas transações.
É por isso que, para além das exigências da legislação, as instituições financeiras estabelecem
diversos protocolos que devem ser cumpridos pelas empresas que atuam como correspon-
dente bancário. Afinal, a responsabilidade pela contratação, qualidade e integridade dos servi-
ços prestados ao cliente é, ao fim e ao cabo, da instituição contratante.
É importante dizer que a contratação independe de autorização do Banco Central. Na verdade,
ele apenas mantém o cadastro dos correspondentes, mediante informações prestadas pela
instituição financeira contratante.
As informações devem ser inseridas no sistema Unicad (Informações sobre Entidades de Inte-
resse do Banco Central), que se trata de um sistema de cadastro do Bacen, que contém infor-
mações de instituições supervisionadas por ele, bem como de pessoas físicas e jurídicas que
possuam relação com tais instituições (é o caso dos correspondentes bancários).

Como nem só de teoria vive o concurseiro(a) esperto, vamos resolver uma questão!

002. (INÉDITA/2021) A responsabilidade pelos serviços prestados aos consumidores é da


instituição financeira que contratou a empresa correspondente, contratação esta que depende
de autorização do Bacen.

A primeira parte da questão está correta, ou seja, a responsabilidade pelos serviços prestados
aos consumidores é da instituição financeira que contratou a empresa correspondente. É o
que preceitua a Resolução n. 3.954 do Bacen:

Art. 2º O correspondente atua por conta e sob as diretrizes da instituição contratante, que assume
inteira responsabilidade pelo atendimento prestado aos clientes e usuários por meio do contratado,
à qual cabe garantir a integridade, a confiabilidade, a segurança e o sigilo das transações realizadas

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por meio do contratado, bem como o cumprimento da legislação e da regulamentação relativa a
essas transações.
No entanto, a contratação independe de autorização do Banco Central. Na verdade, ele apenas
mantém o cadastro dos correspondentes, mediante informações prestadas pela instituição
financeira contratante.
Errado.

Arranjos de Pagamentos
Outro assunto do qual devemos tratar é: Arranjos de pagamento. Segundo o Bacen, um
arranjo de pagamento é o conjunto de regras e de procedimentos para fazer pagamento de
compras, viabilizar transferências de recursos, aportes e saques e tudo mais que puder ser
definido como serviço de pagamento ao público.
Serviço de pagamento, por sua vez, pode ser definido como um conjunto de atividades que
envolve, por exemplo:
• saque ou aporte (depósito) de recursos;
• emissão de instrumento de pagamento (exemplo: boleto);
• gestão de uma conta que possibilite fazer compras, pagar contas ou efetuar transferên-
cias.

Como sempre digo, é importante estudarmos definições formais para atender aos anseios
de nossos examinadores, mas, para compreender melhor o que estamos estudando, vamos
colocar em termos mais simples! Arranjo de pagamentos trata-se de uma estrutura que permi-
te que transações sejam feitas. Permite, por exemplo, que você pague um boleto ou faça uma
compra com cartão de crédito. Dessa forma, o arranjo de pagamentos conecta os usuários de
modo a efetivar as transações entre eles.
Quando você compra algo com dinheiro vivo, a transferência do recurso é simples - da sua
mão para a mão do(a) vendedor (a). Em contrapartida, o pagamento com cartão de crédito, bo-
leto ou PIX, por exemplo, depende de uma estrutura para acontecer. É o arranjo de pagamentos
que permite que você possa utilizar o seu cartão de crédito. Você é um usuário e o comerciante
é outro – ambos são conectados por um arranjo de pagamentos que permite que você transfira
seus recursos para o comerciante.
Constituem-se exemplos de arranjos de pagamento as regras e os procedimentos para a
execução dos serviços de:
• compras com cartões de crédito, cartão de débito e cartão pré-pago2, sejam em moeda
nacional ou em moeda estrangeira (em moeda estrangeira é muito utilizado para via-
gens);

2
Muito parecido com os celulares pré-pagos, o cartão pré-pago é um cartão que a pessoa adquire e o “carrega” com deter-
minado valor para ir utilizando. São exemplos: cartões de presente, cartões para viagens e cartões para usos variados.

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• transferência de recursos, (ex: TED e DOC);


• pagamentos instantâneos (Pix);
• pagamento via boletos.
• pagamento com cheques.
• pagamento com cartões do tipo vale-refeição e vale-alimentação.
• cartões do tipo private label: aqueles emitidos, geralmente por lojas de departamentos,
para que seja utilizado exclusivamente na loja ou em uma rede credenciada restrita.

Instituições Participantes
Participam do arranjo de pagamento as seguintes instituições:
Instituidoras do arranjo: é a pessoa jurídica que criou o arranjo de pagamentos, sendo res-
ponsável por manter o funcionamento dele. Sua principal função é criar regras e procedimentos
para o funcionamento do arranjo, observada, é claro, a legislação imposta pelo Bacen. É função
da instituidora do arranjo também verificar o cumprimento das regras por parte dos participan-
tes. Entre as regras que devem ser estabelecidas pelas instituidoras do arranjo, estão:
• prazos de liquidação;
• condições para uma instituição de pagamento ou financeira aderir ao arranjo;
• as regras de segurança para proteger consumidores e lojistas de riscos, fraudes, clona-
gem de cartões etc.

Exemplos de instituidoras: bandeiras de cartão de crédito e o próprio Bacen (que é o insti-


tuidor dos arranjos para funcionamento do DOC, da TED e, mais recentemente, do PIX).
Instituições de pagamento: são as pessoas jurídicas que executam as transações no ar-
ranjo de pagamentos. Possuem um portfólio de serviços financeiros reduzido, quando compa-
radas a instituições financeiras (como bancos), realizando transações com movimentação de
recursos voltados para pagamento.
Essas instituições viabilizam serviços de compra e venda e de movimentação de recursos,
no âmbito de um arranjo de pagamento, sem a possibilidade de oferecerem empréstimos e
financiamentos.
São características das instituições de pagamento:
• Viabilizam a efetivação de pagamentos, independente do fato de o cliente possuir ou
não contas em banco, uma vez que recursos podem ser movimentados por meio de
cartão pré-pago, por exemplo.
• As instituições de pagamento são regulamentadas e supervisionadas pelo Bacen.
• os usuários podem transferir recursos de uma instituição de pagamento para outra, gra-
ças à chamada interoperabilidade dos arranjos de pagamento.

 Obs.: além das instituições de pagamento, as instituições financeiras (bancos, cooperativas


e financeiras, por exemplo) também prestam serviços de pagamento.
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Segundo o Bacen, as instituições de pagamento podem ser classificadas em 4 tipos:


1. Emissor de moeda eletrônica: Gerencia conta de pagamento do tipo pré-paga, na qual
os recursos devem ser depositados previamente. Apenas para não ficar dúvida: a conta de pa-
gamento é um instrumento que registra as transações, no âmbito dos arranjos de pagamento
(transferências, pagamento de contas e de compras, saques e aportes).
Exemplos de emissoras de moeda eletrônica são: os emissores de cartão de vale-refeição/
vale-alimentação e cartões pré-pagos em moeda nacional.
2. Emissor de instrumento de pagamento pós-pago: Gerencia conta de pagamento do tipo
pós-paga, na qual os recursos são depositados para pagamento de débitos já assumidos.
Exemplo: administradoras de cartão de crédito. Perceba que o cartão de crédito é um instru-
mento de pagamento e os débitos já ocorreram (estão vindo na fatura).
3. Credenciador: Não gerencia conta de pagamento, mas habilita estabelecimentos comer-
ciais para a aceitação de instrumento de pagamento, como cartões de crédito e débito. São,
por exemplo, as empresas que “colocam maquininhas de cartão” nos comércios.
4. Iniciador de transação de pagamento: Inicia transação de pagamento ordenada pelo
usuário final (cliente), porém não gerencia conta de pagamento, nem detém em momento al-
gum os fundos das transações iniciadas. Exemplo: instituição que possibilita que o cliente
efetue pagamentos ou transferências presenciais ou na internet, sem a utilização de cartão e
sem ter que acessar diretamente o ambiente da instituição onde o cliente tem conta.

BACEN3

3
https://www.bcb.gov.br/pre/composicao/instpagamento.asp?frame=1

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É bem importante ressaltar (pois aparece em prova) que as instituições de pagamento NÃO po-
dem conceder empréstimos e financiamentos, nem oferecer contas correntes ou de poupança
aos clientes. Isso se deve ao fato de que tais instituições não podem executar serviços que
sejam privativos de instituições financeiras.

A seguir, uma imagem que resume algumas informações sobre os arranjos de pagamentos.

BACEN4

Supervisão
O Bacen supervisiona alguns arranjos de pagamentos, mas não todos! Por isso, vamos ver,
em primeiro lugar, quais NÃO estão sob a supervisão do Bacen, ou seja, não precisam solicitar
autorização para operarem – chamados de “não integrantes do Sistema de Pagamentos Brasi-
leiro (SPB). Estão livres da supervisão do Bacen por possuírem volumes reduzidos de transa-
ções ou por apresentarem um propósito limitado de uso e, consequentemente, não oferecerem
risco ao normal funcionamento das transações de varejo no país. Vamos a eles:

4
https://www.bcb.gov.br/pre/composicao/instpagamento.asp?frame=1

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1. que apresentem volume de transações até:


• R$500 milhões de valor total das transações, acumulado nos últimos doze meses; e
• 25 milhões de transações, acumuladas nos últimos doze meses.
• Obs: caso supere esses valores, o arranjo deve solicitar autorização ao Bacen no prazo
de 30 dias, contados a partir da data de superação dos limites.

 Obs.: Observe que o primeiro limite se trata do valor (R$) acumulado das transações e o
segundo limite refere-se ao número de transações.

2. cujos cartões sejam emitidos para uso exclusivo em uma rede de estabelecimento de
um grande comerciante, como lojas de departamento (cartões private label), ou em estabele-
cimentos pertencentes a uma rede de franquia ou de licenciados;
3. exclusivos para pagamento de serviços públicos, como água, luz e transporte (por exem-
plo: cartões de ônibus);
4. baseados em moedas virtuais, como programas de benefícios, como de milhagem aérea
e outros programas que tenham como objetivo incentivar uso e a fidelidade do cliente por meio
de prêmios;
5. decorrentes de programas governamentais de benefícios, a exemplo de vale-alimenta-
ção, vale-refeição e vale-cultura;
6. de saque e aporte, nos quais as condições de prestação desses serviços são estabe-
lecidas por meio de contratos comerciais entre as operadoras de caixas eletrônicos e as ins-
tituições financeiras e de pagamento, e que, atualmente, não são submetidos à aprovação
do Bacen; e
7. destinados ao recebimento de doações eleitorais.
Vistas as exceções, podemos dizer que os demais arranjos de pagamentos, ou seja, os que
não se enquadram nas hipóteses listadas acima, são supervisionados pelo Bacen e integram
o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB).

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Outros Conceitos Importantes

Arranjo de pagamento fechado


Segundo o Bacen, um arranjo de pagamento fechado é aquele no qual as atividades ine-
rentes à prestação dos serviços de pagamento (a exemplo da emissão e do credenciamento),
são executadas:
• por apenas uma instituição de pagamento ou instituição financeira, cuja pessoa jurídica
é a mesma do instituidor do arranjo;
• pelo próprio instituidor, por instituição de pagamento ou instituição financeira controla-
dora do instituidor do arranjo ou por este controlada; ou
• por instituição de pagamento ou por instituição financeira que possuir o mesmo contro-
lador do instituidor do arranjo.

Geralmente, essa configuração ocorre nos arranjos novos, uma vez que que é complexo
atrair outros participantes no momento da criação do arranjo de pagamento, pois há incerte-
zas quando a efetividade dele. Dessa forma, é comum que seja instituído e operado pela mes-
ma empresa ou grupo de empresas (arranjo fechado).
Arranjo de pagamento aberto
O arranjo de pagamento aberto é por exclusão, aquele que não pode ser classificado como
fechado. Dessa forma, devem ser aceitos como participantes qualquer instituição que cumpra
as normas legais e os requisitos estabelecidos nos regulamentos de cada arranjo.

Alguns arranjos, apesar de supervisionados pelo Bacen estão dispensados de autorização


para operarem, independentemente do volume das transações. São:
• arranjo instituído por ente governamental;
• arranjo fechado instituído por banco comercial, banco múltiplo com carteira comercial,
caixa econômica, cooperativa singular de crédito e sociedade de crédito, financiamento
e investimento (financeiras)
• arranjo fechado instituído por instituição de pagamento autorizada a funcionar pelo Ba-
cen em que a liquidação das transações de pagamento no âmbito do arranjo seja reali-
zada exclusivamente nos livros do emissor do instrumento, transações também chama-
das de “book transfers” (a exemplo de uma transferência de valores entre dois clientes
de um mesmo banco).

Legislação Recente
Essa parte está pesada, não é mesmo? É que o tema arranjos de pagamentos possui al-
guns detalhes que precisamos ver. Não tem jeito! Calma, pois está acabando essa parte! O
último ponto que vamos tratar sobre esse assunto refere-se à legislação recente, mais precisa-
mente a Circular n. 3.989 e a Circular n. 4.014 do Bacen, publicadas em 16 de março de 2020.
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Essa legislação estabelece medidas para ampliar a transparência das informações presta-
das aos participantes e usuários dos arranjos de pagamentos. Entre as medidas, está a criação
do BR Code, que se trata de um padrão único para QR Codes a serem utilizados em transações
via arranjos de pagamentos integrantes do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB).
O BR Code permite que os usuários possam utilizar o mesmo QR Code para efetuar transa-
ções em arranjos diferentes, dando mais flexibilidade, uma vez que o usuário pode escolher em
qual aplicativo fará o pagamento, por exemplo. O BR Code já está em funcionamento.

Como nem só de teoria vive o(a) concurseiro esperto(a), vamos ver uma questão de prova!

003. (CFC/AUDITOR INDEPENDENTE/BCB/2017) A condição regulamentar para uma pessoa


jurídica ser instituição financeira de pagamento (IP), é viabilizar serviços de compra e venda e
de movimentação de recursos, no âmbito de um arranjo de pagamento, SEM a possibilidade de:
a) emitir moeda eletrônica.
b) emitir instrumento de pagamento pós-pago.
c) conceder empréstimos e financiamentos a seus clientes.
d) credenciar/habilitar estabelecimentos comerciais para a aceitação de instrumento
de pagamento

A questão traz a definição de instituição de pagamento proposta pelo Bacen. As instituições


de pagamento são pessoas jurídicas que viabilizam serviços de compra e venda e de movi-
mentação de recursos, no âmbito de arranjos de pagamento sem a possibilidade de conceder
empréstimos e financiamentos a seus clientes.
Letra c.

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Sistema de Pagamentos Instantâneos - Pix

Fonte: BACEN

O Pagamento instantâneo brasileiro, PIX é, sem dúvida, uma das maiores inovações tecno-
lógicas do Sistema de Pagamentos Brasileiro. Segundo o BACEN (2021)5 é o:

meio de pagamento criado pelo Banco Central em que os recursos são transferidos entre contas em
poucos segundos, a qualquer hora ou dia. É prático, rápido e seguro. O Pix pode ser realizado a partir
de uma conta corrente, conta poupança ou conta de pagamento pré-paga.

Funcionando 24h por dia nos 7 dias da semana, com o PIX é possível fazer diversas tran-
sações, tais como:

5
https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/papeldobcpix

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• pagamentos de serviços/compras
• transferências entre pessoas e empresas
• pagamento de faturas e serviços públicos
• Recolhimento de alguns impostos e taxas de órgãos públicos (ex: emissão de passa-
porte)
• Até mesmo recolhimento de FGTS e Contribuição Social

 Obs.: Apenas uma curiosidade: PIX não é uma sigla. O meio de pagamento instantâneo foi
nomeado assim pelo BACEN para lembrar a palavra pixel, que são os pontos lumino-
sos de uma tela, representando, assim, o conceito moderno e tecnológico do novo
meio de pagamentos.

Os objetivos do PIX são, segundo o BACEN:


• aumentar a velocidade da efetivação de pagamentos e transferências
• alavancar a competitividade e a eficiência do mercado;
• baixar o custo, aumentar a segurança e aprimorar a experiência dos clientes;
• incentivar a “eletronização” do mercado de pagamentos de varejo;
• promover a inclusão financeira; e
• preencher uma série de lacunas existentes na cesta de instrumentos de pagamentos
disponíveis atualmente à população

Não há limite mínimo de valor para transações via PIX. No entanto, as instituições financeiras
que ofertam o serviço podem estabelecer limites máximos baseados em critérios de redução/
prevenção de riscos de fraude, lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo.

Participantes:
Podem participar do PIX (isto é, ofertar a seus clientes): Todas as instituições financeiras
e de pagamento que ofertem contas transacionais. Para não ficar nenhuma dúvida: contas
transacionais são as seguintes:
1. Conta Corrente
2. Conta Poupança
3. Conta de pagamento pré-paga
Importante: dessas instituições citadas, as que tenham mais de 500 mil contas de clientes
ativas são obrigadas a participar do PIX, ofertando a seus clientes todas as funcionalidades de
iniciação e de recebimento de pagamentos do sistema de pagamento instantâneo.
PIX versus outros meios de pagamento e transferência:
O PIX possui várias diferenças quando comparado a outros meios de pagamento e trans-
ferência de recursos. Vejamos algumas!

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1. Não é necessário saber o banco de destino ou dados bancários da pessoa a quem se


está transferindo recursos, por exemplo. Isso ocorre, pois para transferir recursos basta que o
favorecido informe sua chave PIX, que pode ser um dos seguintes dados:
• CPF/CNPJ
• Número de telefone celular
• Endereço de e-mail
• Chave aleatória gerada pelo sistema

A pessoa que vai realizar o pagamento deve informar a chave PIX do favorecido, sendo o
único dado necessário. Obs: quem realiza o PIX não precisa, necessariamente, possuir chave,
bastando que o favorecido possua.
2. Não possui limite de horário, funcionando nos 7 dias da semana e 24 horas por dia,
3. A liquidação é em tempo real e a transação é efetivada em poucos segundos.
4. Ao contrário de boletos, que utilizam código de barras, o PIX lê QR Code, que é essa “coi-
sinha”, tão utilizada atualmente:

Moderno o PIX, não é mesmo? Certamente, é uma tecnologia que veio para ficar!

Você que utiliza o PIX já deve saber disso, mas não custa lembrar: não é possível vincular a
mesma Chave PIX para mais de uma conta bancária. Se você possui conta em 3 bancos, cada
uma deverá ter uma chave PIX diferente. Pode, por exemplo, utilizar o CPF no 1º banco, o tele-
fone celular no 2º e o e-mail no 3º banco.

Outra coisa: cada conta de pessoa física pode ter até 5 chaves PIX cadastradas em cada
uma. Ao passo que a conta de pessoa jurídica pode ter até 20 chaves.
Tarifas: A permissão para a cobrança ou não de tarifas varia de acordo com a personalida-
de jurídica do usuário, ou seja, se ele é pessoa física ou jurídica (empresa).
Pessoa física
Como regra geral, a realização ou o recebimento de pagamentos/transferências via PIX
deve ser gratuito para pessoas físicas, para MEI (Microempreendedor individual) e para empre-
sário individual, podendo ser cobrado em casos específicos:
• Se houver canais eletrônicos disponíveis e mesmo assim a pessoa física optar por utilizar
canal diferente para a realização do PIX (exemplos: atendimento presencial ou telefone).
• Em caso de utilização do PIX para recebimento de vendas comerciais.
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 Obs.: Os valores das tarifas devem ser informados aos clientes, é claro.

Pessoa jurídica
A instituição na qual a cliente pessoa jurídica possua conta pode optar por cobrar tarifa
para envio ou recebimento de PIX.
Exceção: Microempresário individual (MEI) e Empresário Individual (EI), que, como vimos,
se equiparam a pessoa física para efeitos de cobrança de tarifas do PIX.

Fonte: BACEN

Vejamos como o tema PIX pode aparecer em prova!

004. (CESGRANRIO/BB/ESCRITURÁRIO/25º SIMULADO/2021) O Pix é o pagamento instan-


tâneo brasileiro. O meio de pagamento criado pelo Banco Central (BC) em que os recursos
são transferidos entre contas em poucos segundos, a qualquer hora ou dia. É prático, rápido e
seguro. O Pix pode ser realizado a partir de uma conta corrente, conta poupança ou conta de
pagamento pré-paga.
https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/pix
No que se refere ao Pix, meio de pagamento criado pelo Banco Central (BC), assinale a alter-
nativa INCORRETA.
a) O Pix foi criado para ser um meio de pagamento bastante amplo. Qualquer pagamento ou
transferência que hoje é feito usando diferentes meios (TED, cartão, boleto etc.), poderá ser
feito com o Pix, simplesmente com o uso do aparelho celular.

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b) As transferências tradicionais no Brasil são entre contas da mesma instituição (transferên-


cia simples) ou entre contas de instituições diferentes (TED e DOC). O Pix é mais uma opção
disponível à população que convive com os tipos tradicionais. A diferença é que, com o Pix,
não é necessário saber onde a outra pessoa tem conta.
c) As transações de pagamento por meio de boleto exigem a leitura de código de barras, en-
quanto o Pix pode fazer a leitura de um QR Code.
d) No Pix a liquidação é em tempo real, o pagador e o recebedor são notificados a respeito da
conclusão da transação, porém o pagamento não pode ser feito em qualquer dia ou horário.
e) As transações de pagamento utilizando cartão de débito exigem uso de maquininhas ou
instrumento similar. Com Pix, as transações podem ser iniciadas por meio do telefone celular,
sem a necessidade de qualquer outro instrumento.

A questão pede a alternativa incorreta.


A única que apresenta informações erradas é a letra D, uma vez que o PIX funciona 24 horas
por dia e em todos os dias do ano.
Letra d.

Muita informação? Eu sei que é complicado, mas força! A seguir, vamos ver um tema mais
light. Trata-se de: segmentação e interações digitais.

Segmentação e Interações Digitais


Imagine que você já esteja trabalhando no Banco do Brasil. Imagine também a quantidade
de clientes que uma agência bancária possui, cada um com um nível de renda, com um perfil
de investimento, com preferências diferentes em relação a bandeiras de cartões, a programas
de pontos, dentre outros assuntos. Concorda que a abordagem não pode ser idêntica para to-
dos os perfis de clientes? Pois bem! Para solucionar essa questão é que existe a segmentação
de clientes.
A segmentação de clientes é uma estratégia muito utilizada atualmente. Trata-se simples-
mente de separar os clientes em diferentes grupos, com características e preferências em
comum, de modo que seja possível implementar ações direcionadas a cada grupo.
A segmentação pode ser de vários tipos, de acordo com os critérios que utiliza. Alguns dos
tipos são:
1. Demográfica: é um dos tipos mais utilizados de segmentação. Busca segmentar os
clientes utilizando dados estatísticos como idade, etnia, gênero, renda, grau de instrução, den-
tre outros. Isso para empresas do tipo B2C (que são as que vendem produtos ou prestam
serviços diretamente para o consumidor final). No entanto, as empresas do tipo B2B (vendem
ou prestam serviços para outras empresas) também podem utilizar esse tipo de segmentação,

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mas os critérios serão um pouco diferentes, como porte da empresa, área de atuação, den-
tre outros.
2. Comportamental: como o nome já diz, busca estudar o comportamento dos clientes,
como hábitos de compra e produtos que certos clientes buscam com frequência, por exemplo.
É muito útil para a elaboração de estratégias de marketing direcionadas para grupos de clien-
tes, uma vez que a observação de comportamentos passados contribui para antecipação de
ações futuras dos clientes. Além disso, duas pessoas, mesmo comprando o mesmo produto,
podem ter motivações diferentes. Nesse sentido, segmentação comportamental pode ser uti-
lizada para investigar as motivações de cada cliente para comprar determinado produto, bem
como os benefícios que eles esperam do produto.
3. Psicográfica: leva em consideração os valores, estilo de vida e traços de personalidade
dos clientes. Geralmente, o público-alvo de uma empresa apresenta algumas coisas em co-
mum. Os clientes de uma empresa que vende produtos veganos possui em comum a defesa
dos animais, por exemplo. Dentro de uma mesma empresa pode haver, também, clientes com
estilos de vida diferentes uns dos outros – nesse caso, pode-se segmentar por grupos dentro
da mesma empresa e oferecer produtos ou serviços diferentes.
4. Geográfica: esse tipo de segmentação separa os clientes em regiões geográficas. Por
exemplo, uma empresa B2B pode dividir as empresas potenciais clientes de acordo com a lo-
calização delas, para focar na prospecção nessa área, realizando visitas, entrando em contato
e oferecendo seus serviços. Ao passo que uma empresa B2C, que trabalha com o cliente final,
pode comercializar produtos específicos para clientes de determinada região (por exemplo:
sorvetes em um lugar muito quente, joias em bairros de mais alta renda etc.).

Qual a relevância da segmentação?

• Estreitar os laços com clientes: a partir de um atendimento mais personalizado é possí-


vel estar mais próximo dos clientes.
• identificar reais necessidades/desejos dos clientes: a segmentação também auxilia na
investigação a respeito das necessidades e desejos dos clientes, o que possibilita um
atendimento mais focado, com a apresentação de produtos que, realmente, interessam
a cada grupo. Isso evita que os clientes se aborreçam por receber conteúdos pelos quais
não se interessam.
• auxilia na verificação de quais os perfis de cliente mais interessantes para a empresa,
em termos de vendas e lucros.
• também contribui para a identificação do melhor canal/forma de comunicação com
cada perfil de cliente.

Como a segmentação e as interações digitais se relacionam?

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Para segmentar clientes é preciso fazer uso de algumas ferramentas. Nesse contexto, as
ferramentas digitais têm surgido como importantes aliadas, ao automatizarem o processo de
segmentação, sobretudo, por meio da comunicação eficiente com os clientes da empresa e os
clientes em potencial (geralmente aqueles que já demonstraram algum interesse pelo produto
ou serviço e são chamados de “lead”).
Um dos exemplos são as ferramentas de lead tracking (rastreamento de lead) São ferra-
mentas instaladas nos sites das empresas, a fim de monitorar o comportamento do lead (pos-
sível cliente), que visita o site da empresa. Dessa forma, é possível saber qual foi o interesse
dele, quais produtos ele olhou ou em qual estágio da compra ele, porventura, parou. por exem-
plo. São essas ferramentas que permitem que a empresa entre em contato com clientes que
iniciaram a compra de um produto e por algum motivo desistiu. Tal estratégia tem sido muito
utilizada para tentar finalizar as vendas.
Os bancos também têm utilizado dessas ferramentas – após simular um financiamento,
por exemplo, o cliente passa a receber mensagens no aplicativo ou e-mails para que concretize
a operação financeira.
Com certeza você já pesquisou por um produto na internet e, depois disso, esse produto
passou a aparecer como publicidade em todos os demais sites que você visitou, quase como
uma perseguição (rs!). Pois bem! Esse é um exemplo de segmentação digital, muito utilizada
para dar suporte as ações de marketing no meio digital.
A segmentação digital é uma grande tendência na atualidade. Trata-se da utilização de
ferramentas em redes sociais e sites em geral, de modo a captar a interação dos usuários com
marcas e produtos, a fim de direcionar o marketing de forma adequada aos interesses dos
consumidores. Como é possível perceber esse tipo de segmentação utiliza bastante o critério
comportamental, ao buscar o comportamento do cliente (ou possível cliente) em sua navega-
ção na internet e ou/redes sociais.
Por exemplo, imagine que você, além de concurseiro(a), seja uma pessoa muito ligada a es-
portes, que sempre está lendo notícias sobre o assunto e visitando sites especializados. Cer-
tamente, várias publicidades relacionadas a esportes aparecem para você, até mesmo quando
você está navegando nas redes sociais. Trata-se da segmentação comportamental por meio
de interações sociais. É para isso que servem os cookies dos sites (não os biscoitos rs!), que
são arquivos que registram nossos comportamentos e preferências e repassam às empresas
para que nos ofereçam produtos que correspondam a nossos interesses.

Marketplace
Pode parecer um pouco desconexo falar desse assunto agora, mas tem tudo a ver com
essa aula, visto que o marketplace é um grande expoente das transformações digitais pelas
quais a sociedade vem passando. Além disso, estamos seguindo todos os pontos do seu edi-

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tal. Nesse sentido, embora já tenhamos falado brevemente desse modelo de negócios na aula
1, vamos ver mais alguns aspectos importantes.
Apenas recapitulando: também chamados de plataforma, os marketplaces são sites que
anunciam e comercializam produtos de diversas ourtras empresas. Dessa forma, algumas
marcas que teriam dificuldade de anunciar e vender seus produtos “alugam um espaço” nesse
site, que acaba funcionando como uma espécie de shopping virtual. Exemplo de Marketplaces
são: Americanas, Netshoes, Amazon, iFood e Mercado Livre.
Além de produtos, os marketplaces também podem anunciar serviços, conectando, assim,
clientes e prestadores de serviços por meio das plataformas online. Em troca, os proprietários
do marketplace recebem uma remuneração, na forma de comissão sobre as vendas das em-
presas ou uma mensalidade fixa, geralmente.
Os marketplaces apresentam vantagens tanto para os consumidores, quanto para os ven-
dedores e prestadores de serviços. Para os clientes é vantajoso por permitir a comparação
de preços entre produtos e serviços de diferentes empresas, por exemplo, além de permitir a
compra de vários produtos em um mesmo lugar, tal como se faz em um shopping. Ao passo
que para as empresas e prestadores de serviços a principal vantagem é a maior visilidade dada
aos seus produtos e serviços.
Alguns tipos de marketplaces são:
1. B2C – Business to Consumer: os comerciantes e prestadores de serviço anunciam com
foco no consumidor final (pessoa física).
2. B2B – Business to Business: nos marketplaces desse tipo, as empresas comercializam
produtos e serviços para outras empresas.
3. C2C – Consumer to Consumer: nesse modelo os consumidores podem negociar entre si.
Por exemplo: OLX, Mercado Livre e Enjoei.

Não confunda marketplace com e-commerce! Vamos ver a principal diferença entre esses mo-
delos de negócios.
E-commerce é uma loja virtual, ou seja, é o espaço onde uma empresa vende seus próprios
produtos ou serviços. Algumas empresas que possuem lojas físicas abrem um e-commerce
para expandir suas vendas, por exemplo. Outras empresas já nascem comercializando apenas
online. Trata-se, portanto, de vendas sem intermediários – da empresa para os clientes.
Ao passo que o marketplace é um espaço no qual são comercializados produtos ou serviços
de VÁRIAS empresas (como um shopping virtual), funcionando, portanto, como uma platafor-
ma de intermediação.

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ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO
Atualidades do Mercado Financeiro – Parte II
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Transformação Digital no Sistema Financeiro


Contextualização
Olha! Se estamos sendo repetitivos, é culpa do seu edital rs! Esse tópico, a meu ver, é um
resumo da maioria dos pontos que já vimos na disciplina. Que bom! Dessa forma, teremos
oportunidade de fazer um “resumão”. Vamos lá!
A sociedade em geral, vem passando por diversas transformações na direção da digitaliza-
ção. Tais mudanças têm atingido o Sistema Financeiro fortemente, o que é inevitável, dado o
contexto de grande participação da tecnologia na vida das pessoas, atualmente.
A transformação digital pela qual o Sistema Financeiro passa possui estreita relação com a
popularização e o intenso uso dos smartphones. É por meio desses aparelhos que uma imen-
sa quantidade de transações financeiras é realizada atualmente.
Diante dessa realidade as instituições financeiras estão investindo fortemente em tecnolo-
gias que visam digitalizar as relações entre os clientes e as instituições, a exemplo do mobile
banking e das tecnologias de inteligência artificial (tecnologias que visam solução de proble-
mas de maneira inteligente – imitando capacidades humanas). Além disso, ferramentas de
segurança da informação estão sendo aprimoradas e amplamente utilizadas no Sistema Fi-
nanceiro, tal como: Blockchain, reconhecimento facial, dentre outras.
A proliferação das fintechs impõe desafios adicionais ao mercado financeiro tradicional.
Nesse contexto, grandes bancos estão se tornando cada vez mais digitais, a fim de competir
com essas empresas ou, em alguns casos, fazer parcerias com elas.
A transformação digital do Sistema Financeiro no mundo também é algo estrutural, visto
que os bancos centrais estão reestruturando o sistema financeiro, a fim de ampliar a digitaliza-
ção do sistema. No Brasil, essa realidade é bastante latente, sobretudo devido a duas grandes
mudanças recentes: a criação do PIX e a implementação do Open Banking.
O PIX alavancou a busca por transações digitais. Muitas empresas no mercado financeiro
passaram a alterar seus processos para oferecer serviços digitais. No outro lado do relaciona-
mento, o consumidor passou a enxergar mais as vantagens dos serviços virtuais (CEDROTE-
CH, 2021)6.
Outro ponto importante é que a profunda transformação digital pela qual a economia mun-
dial está passando tem “aquecido” a discussão sobre a emissão de moedas digitais pelos
bancos centrais (em inglês, Central Bank Digital Currencies – CBDCs).
Na esteira dessa realidade a nível mundial e diante do contexto de maior digitalização no
Sistema Financeiro Brasileiro, há um projeto do Bacen de lançar o Real digital. A ideia é dar a
possibilidade às pessoas de manter o dinheiro no formato convencional ou de forma digital.
A moeda digital, se implementada, seguirá o mesmo curso do dinheiro na forma convencional

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http://blog.cedrotech.com/transformacao-digital-no-mercado-financeiro

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Atualidades do Mercado Financeiro – Parte II
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que conhecemos (papel-moeda), ou seja, será emitida pelo Bacen e transferida aos usuários
por meio do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB).
Com a emissão da moeda digital, o Bacen objetiva7:
• acompanhar o dinamismo da evolução tecnológica da economia nacional;
• aumentar a eficiência do sistema de pagamentos do varejo;
• contribuir para o surgimento de novos modelos de negócio e de outras inovações base-
adas nos avanços tecnológicos; e
• favorecer a participação do Brasil nos cenários econômicos regional e global, aumen-
tando a eficiência nas transações transfronteiriças.

A possível criação de uma moeda digital pelo Bacen (a moeda digital brasileira) tem sido
discutida em eventos junto à sociedade em geral. Além disso, o Bacen criou, por meio da Por-
taria n. 108.092, de 20 de agosto de 2020, um grupo de estudos (Grupo de Trabalho Interdepar-
tamental - GTI).
A portaria n. 108.092, além de criar o GTI, estabelece em seu artigo 2º as seguintes diretri-
zes para o potencial desenvolvimento de uma moeda digital brasileira:
I – iniciativas de emissão de moedas digitais por bancos centrais;
II – desafios de emissão de moeda digital pelo Banco Central do Brasil;
III – benefícios para a sociedade;
IV – avaliação de modelos de emissão de moeda digital no contexto de pagamentos digi-
tais do país, especialmente após o pleno funcionamento do arranjo de pagamentos instantâ-
neos instituído pelo Banco Central do Brasil (Pix);
V – proposição de modelo de emissão de moeda digital, com identificação de riscos, in-
cluindo a segurança cibernética, a proteção de dados e a aderência normativa e regulatória; e
VI – análise de impactos do modelo proposto sobre a inclusão financeira, a estabilidade
financeira e a condução das políticas monetária e econômica.

Para que você não caia em possíveis pegadinhas da banca, preciso deixar claro que as moedas
digitais emitidas pelos bancos centrais não são criptomoedas. Lembre-se que criptomoeda é
um ativo que não é emitido por nenhuma autoridade monetária. As criptomoedas, apesar do
nome, não podem ser consideradas moedas no sentido clássico da palavra, uma vez que não
cumprem as três clássicas funções da moeda. Vamos relembrá-las:
• Meio de pagamento: com exceção de alguns serviços específicos na internet, as cripto-
moedas não são aceitas como meio de pagamento de bens e serviços.
• Unidade de conta: as criptomoedas não servem de base para que os preços dos bens e
serviços sejam expressos na economia.

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https://www.bcb.gov.br/detalhenoticia/17398/nota

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• Reserva de Valor: por ser um ativo altamente volátil (a cotação varia amplamente), as
criptomoedas não podem ser utilizadas como reserva de valor.
Pois bem! Ao contrário das criptomoedas, as moedas digitais emitidas pelos bancos centrais,
cumprem as clássicas funções da moeda, podendo ser utilizadas como meio de pagamento,
unidade de conta e reserva de valor, tendo como diferença em relação às moedas em papel o
fato de ser emitidas digitalmente.

Segundo o Banco Central, o real digital não é uma criptomoeda. Segundo Fábio Araújo, da Secretaria
Executiva do Banco Central, “é uma nova forma de representação da moeda já emitida pela autorida-
de monetária nacional, ou seja, faz parte da política monetária do país e conta com a garantia dada
por essa política”. A moeda digital será, portanto, uma extensão da nossa moeda física (GAZETA DO
POVO, 2021)8.

Ufa! Chegamos ao fim da parte teórica de nossa aula! Obrigado por acompanhar-me até
aqui! Tome um fôlego e mantenha-se firme para a resolução das questões, que é de extrema
importância ao nosso estudo!

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https://www.gazetadopovo.com.br/economia/brasil-tera-sua-propria-moeda-digital-talvez-em-2022-o-que-se-sabe/

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Atualidades do Mercado Financeiro – Parte II
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EXERCÍCIOS
005. (IADES/BRB/BANCO DE BRASÍLIA/ESCRITURÁRIO/2019) Com base nas característi-
cas e nas possíveis aplicações para a blockchain, assinale a alternativa correta.
a) A blockchain é uma lista de tamanho fixo de registros interligados a partir de criptografia, em
que cada bloco contém dados relativos à transação, um timestamp e um hash criptográfico do
próximo bloco.
b) A blockchain é uma espécie de base de dados pública e centralizada, que é usada para re-
gistrar transações na nuvem, de forma que qualquer registro envolvido não possa ser alterado
retroativamente sem a alteração de todos os blocos subsequentes.
c) Mesmo que fosse possível atacar e controlar mais de 50% de uma rede verificadora de
transações blockchain, não seria possível reverter transações já realizadas ou realizar gas-
tos duplos.
d) A invenção da blockchain para uso no bitcoin tornou-o a primeira moeda digital a resolver o
problema do gasto duplo sem a necessidade de envolver uma autoridade confiável ou servidor
central como mediador. A blockchain remove a característica de reprodutibilidade infinita de
um ativo digital.
e) A blockchain demonstrou potencial apenas como base tecnológica para as criptomoedas,
sendo, portanto, improvável que outras indústrias encontrem novas aplicações em razão das
diversas limitações que apresentam.

A alternativa que define corretamente a tecnologia blockchain é a letra D. Revisemos as carac-


terísticas:
• Sem servidor central: é um sistema descentralizado, o qual usuários em todo o mundo
podem auditar.
• confere segurança e estabilidade às transações – impedindo o gasto duplo (double
spend).
• Impede a reprodutibilidade infinita. Garante que novas unidades da criptomoeda só se-
jam emitidas com base nos critérios definidos e até o limite estabelecido (Bitcoin = 21
milhões).
Letra d.

006. (CESGRANRIO (QUESTÕES INÉDITAS)/BB/ESCRITURÁRIO/14º SIMULADO/2020)


Presidente do Banco do Brasil entrega pedido de renúncia. O presidente-executivo do Banco
do Brasil, Rubem Novaes, entregou pedido de demissão ao presidente Jair Bolsonaro (sem par-
tido) e ao ministro da Economia, Paulo Guedes, válida a partir de agosto, informou a instituição
financeira nesta sexta-feira (24). Segundo o BB, ele pediu demissão por entender que o banco
“precisa de renovação para enfrentar os momentos futuros de muitas inovações no sistema

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bancário”. Novaes foi indicado ao cargo por Guedes em novembro de 2018 e ficou pouco mais
de 18 meses no cargo. O executivo, que tem 74 anos de idade, é um dos defensores da priva-
tização do BB, ao lado de Paulo Guedes. O anúncio acontece em meio aos preparativos para
o PIX, sistema instantâneo de pagamentos, e do open banking, ambos projetos liderados pelo
Banco Central para ampliar a competição no setor bancário e que devem entrar em vigor no
final do ano.
https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2020/07/24/presidente-banco-do-brasil-
-renuncia.htm
A propósito do assunto tratado na notícia acima reproduzida, o PIX e o Open Banking podem
ser entendidos, respectivamente, de forma correta, como aparece em qual alternativa a seguir:
a) Pagamentos Programados e Banco Aberto.
b) Pagamentos Periódicos Sistema Bancário Aberto.
c) Pagamentos Transitórios e Sistema de Abertura dos Bancos.
d) Pagamentos Instantâneos e Sistema Financeiro Aberto.
e) Pagamentos Eficazes e Sistema Aberto de Bancos.

O PIX e o Open Banking podem ser entendidos, respectivamente, como Pagamentos instantâ-
neos e Sistema Financeiro Aberto.
Letra d.

007. (INÉDITA/2021) A utilização dos canais digitais, só não tem avançado mais devido ao
aumento da utilização do PIX, que tem como característica a necessidade de ser feito em ter-
minais de autoatendimento dos bancos, os famosos caixas eletrônicos.

Nada disso! O PIX é o sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central do Brasil. Lan-
çado no ano de 2020, o sistema PIX permite que sejam realizadas transferências de recursos
entre contas em poucos segundos. A utilização do PIX, aumentou o volume de transações via
Mobile Banking – até mesmo clientes que não utilizavam o Mobile passaram a utilizar para
aproveitar a praticidade do PIX, uma vez que ele só é realizado em canais digitais (nada de
caixas eletrônicos).
Errado.

008. (CESGRANRIO/LIQUIGÁS/PROFISSIONAL DE VENDAS – JÚNIOR/2013) Quando uma


empresa divide um mercado em grupos menores de compradores para, dessa forma, oferecer
produtos e serviços mais adequados a seus clientes, está sendo realizada a atividade de
a) posicionamento de mercado
b) pesquisa de marketing

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c) segmentação de mercado
d) comunicação integrada de marketing
e) determinação de preços baseada no valor

A divisão dos clientes em grupos menores para personalizar o atendimento, isto é, oferecer
produtos mais adequados para o perfil de cada cliente é denominada segmentação de merca-
do (ou segmentação de clientes).
Letra c.

009. (CESGRANRIO/PETROBRAS/ADMINISTRADOR/2010) Uma empresa distribuidora de


combustíveis realizou uma pesquisa de mercado e constatou que os consumidores individu-
ais de combustíveis poderiam ser divididos em dois grupos: os consumidores que buscam
qualidade dos serviços e aqueles que buscam economia (preços baixos). Como consequência
dessa pesquisa, a rede de postos de abastecimento foi dividida em duas: Postos VIP, com
atendimento diferenciado, combustíveis especiais e lojas de conveniências; e Rede Popular,
com autoatendimento nas bombas de combustíveis e sem nenhum outro produto à venda.
Classifica-se a decisão de segmentação da distribuidora como
a) geográfica, com base na região.
b) demográfica, com base na classe social.
c) psicográfica, com base no estilo de vida.
d) comportamental, com base nos benefícios.
e) operacional, com base nos recursos dos clientes.

Trata-se da segmentação comportamental, que pode ser utilizada para investigar as motiva-
ções de cada cliente para comprar determinado produto, bem como os benefícios que eles
esperam dele. No caso da questão, alguns clientes buscam o preço baixo e outros buscam
qualidade – ambos benefícios que são valorados de forma diferente para cada um.
Letra d.

010. (BRB/ESCRITURÁRIO/QUESTÕES INÉDITAS/2019/Q1371407) No que diz respeito às


criptomoedas, marque a alternativa falsa.
a) O bitcoin é a criptomoeda mais famosa.
b) As transações realizadas através da rede de bitcoins não exigem a presença dos bancos.
c) As transações em bitcoins são protegidas pela criptografia, pelo hash e pela assinatu-
ra digital.
d) O bitcoin não tem escassez programada na sua produção.
e) Já existem estabelecimentos que aceitam o bitcoin como meio de pagamento.

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A questão trata do Bitcoin e pede a alternativa falsa.


A única falsa é a letra d, uma vez que o Bitcoin possui, sim, escassez programada. Só podem
ser emitidas, no máximo, 21 milhões de unidades.
Letra d.

011. (IADES/BRB/ESCRITURÁRIO/1º SIMULADO/2019/Q1459482) Uma grande preocupa-


ção dos usuários de criptomoedas é a possibilidade de double spend. A esse respeito, marque
a alternativa incorreta.
a) Não existe double spend para transações realizadas com moeda em espécie
b) Não existe double spend para transações realizadas através das redes bancárias.
c) A lógica do peer to peer permite que seja possível realizar double spend com criptomoedas.
d) A lógica do peer to peer não permite que seja possível realizar double spend com criptomoedas.
e) A transação realizada por meio das redes bancárias impossibilita o double spend.

A questão pede a alternativa incorreta.


As transações com criptomoedas são protegidas por um sistema do tipo peer-to-peer (p2p)
que significa “ponto a ponto”. Cada computador de um usuário é um “ponto”, os quais conec-
tam-se entre si formando uma rede descentralizada. Essa tecnologia confere segurança e es-
tabilidade às transações com criptomoedas – impedindo o gasto duplo (double spend). Gasto
duplo seria o seguinte: um usuário vendendo a mesma unidade de BTC para várias pessoas ao
mesmo tempo.
Letra c.

012. (CESGRANRIO/BB/ESCRITURÁRIO/25º SIMULADO/2021) O Pix é o pagamento instan-


tâneo brasileiro. O meio de pagamento criado pelo Banco Central (BC) em que os recursos
são transferidos entre contas em poucos segundos, a qualquer hora ou dia. É prático, rápido e
seguro. O Pix pode ser realizado a partir de uma conta corrente, conta poupança ou conta de
pagamento pré-paga.
https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/pix
No que se refere ao Pix, meio de pagamento criado pelo Banco Central (BC), assinale a alter-
nativa INCORRETA.
a) O Pix foi criado para ser um meio de pagamento bastante amplo. Qualquer pagamento ou
transferência que hoje é feito usando diferentes meios (TED, cartão, boleto etc.), poderá ser
feito com o Pix, simplesmente com o uso do aparelho celular.
b) As transferências tradicionais no Brasil são entre contas da mesma instituição (transferên-
cia simples) ou entre contas de instituições diferentes (TED e DOC). O Pix é mais uma opção

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disponível à população que convive com os tipos tradicionais. A diferença é que, com o Pix,
não é necessário saber onde a outra pessoa tem conta.
c) As transações de pagamento por meio de boleto exigem a leitura de código de barras, en-
quanto o Pix pode fazer a leitura de um QR Code.
d) No Pix a liquidação é em tempo real, o pagador e o recebedor são notificados a respeito da
conclusão da transação, porém o pagamento não pode ser feito em qualquer dia ou horário.
e) As transações de pagamento utilizando cartão de débito exigem uso de maquininhas ou
instrumento similar. Com Pix, as transações podem ser iniciadas por meio do telefone celular,
sem a necessidade de qualquer outro instrumento.

A questão pede a alternativa incorreta.


A única que apresenta informações erradas é a letra D, uma vez que o PIX funciona 24 horas
por dia e em todos os dias do ano.
Letra d.

013. (IDIB/CREMEPE/ASSISTENTE TÉCNICO/TÉCNICO EM ARQUIVOS/2021) “Armazena infor-


mações de forma cronológica em uma lista de blocos interligados que possuem um número
de identificação próprio e outro de seu antecessor, visando identificar sua origem. Cada bloco
armazena um conjunto de informações que também recebem um identificador único e imutá-
vel” (LUCENA; HENRIQUES, 2016). A definição acima se refere a uma tecnologia que, na visão
de Swan (2015), tem a capacidade de modificar todos os setores da sociedade. Trata- se do
a) Blockchain.
b) SIGAD.
c) Altcoins.
d) Criptos.

A questão define o Blockchain, que registra informações em ordem cronológica, em uma es-
pécie de lista de blocos interligados. Cada bloco registra um conjunto de informações, carre-
gando seu próprio número de identificação e o número de identificação do bloco anterior – por
isso trata-se de uma cadeia de blocos.
Letra a.

014. (CESGRANRIO/BB/ESCRITURÁRIO/10º SIMULADO/Q1316077) Cerca de mil institui-


ções se preparam para ofertar o PIX a seus clientes ainda este ano. Já é possível consultar a
lista de instituições que estão em processo de adesão para ofertar o PIX a partir de novembro.
Para fazer um PIX, o consumidor ainda precisa esperar até novembro. Mas a lista de institui-
ções que solicitaram adesão junto ao Banco Central (BC) e estão preparando e testando seus

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sistemas para oferecer esse serviço já está disponível. Confira se a instituição em que você
tem conta pretende ofertar o PIX desde o lançamento. Ao todo, 980 instituições financeiras
e de pagamento estão participando da etapa de homologação. Há uma grande variedade de
tipos de entidades que desejam ofertar o PIX. Bancos, cooperativas e fintechs, por exemplo,
estão nesse grupo. Esse resultado evidencia o grande interesse do mercado em oferecer este
novo meio de pagamento, criado pelo BC.
https://www.bcb.gov.br/detalhenoticia/461/noticia
De forma resumida, clara e objetiva pode-se dizer que o PIX possibilitará a realização de
pagamentos
a) programados.
b) periódicos.
c) instantâneos.
d) transitórios.
e) eletromotrizes.

Simples essa! O PIX é um sistema de pagamentos instantâneos.


Letra c.

015. (CESGRANRIO/BB/ESCRITURÁRIO/17ºSIMULADO/2020/Q1333172) Pix já tem data


oficial de lançamento: 16 de novembro de 2020. Regulamento aprovado nesta quarta (12.08)
prevê a oferta do “Pix Agendado” e disciplina o uso da marca Pix. O início do registro das Cha-
ves Pix (como número de telefone celular, e-mail, CPF, CNPJ) está marcado para 5 de outubro.
“A divulgação do Regulamento Pix é mais um grande passo para concretizar a entrega do
Pix à população, disponibilizando um meio de pagamento seguro, inclusivo e inovador a cida-
dãos e empresas. Certamente o Pix trará mais competitividade e eficiência para o mercado
de pagamentos e com ele surgirão muitas oportunidades”, ressaltou o diretor João Manoel
Pinho de Mello.
https://www.bcb.gov.br/detalhenoticia/475/noticia
A propósito do assunto apresentado, pode-se afirmar que o Pix é um(a)
a) tipo de transferência bancária que permite aos clientes enviarem dinheiro de um banco para
o outro, sob o limite máximo de R$ 4.999,99.
b) tipo de transferência em que o dinheiro sai da sua conta assim que você fizer a operação
e já cai no mesmo dia na conta de quem vai receber e que funciona somente no horário do
expediente bancário.
c) arranjo de pagamentos instituído pelo Banco Central do Brasil que disciplina a prestação de
serviços de pagamento relacionados a transações de pagamentos.

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d) estrutura integrada de operações e procedimentos, que, de forma eletrônica, permitem que


os agentes econômicos presentes no Brasil façam movimentações financeiras entre si, sem a
necessidade de registro da Chave Pix.
e) meio de pagamento que envia e recebe dinheiro em questão de horas, 24 horas por dia, em
todos os dias do ano.

a) Errada. Refere-se à transferência do tipo DOC (Documento de Crédito).


b) Errada. Refere-se à transferência do tipo TED.
c) Certa. Define corretamente o PIX.
d) Errada. Para receber um pagamento ou transferência via PIX a pessoa ou empresa precisa
ter a chave PIX registrada.
e) Errada. O PIX é um meio de pagamento que envia e recebe dinheiro em questão de horas
segundos, 24 horas por dia, em todos os dias do ano.
Letra c.

016. (FCC/BANRISUL/ESCRITURÁRIO/2019) Instituição de pagamento é a pessoa jurídica


que viabiliza serviços de compra e venda e de movimentação de recursos, no âmbito de um
arranjo de pagamento, que
a) tem a possibilidade de conceder empréstimos, mediante garantias.
b) gerencia conta de pagamento do tipo pré-paga
c) financia seus clientes por meio de cartão de crédito.
d) está dispensada da aplicação da regulamentação sobre prevenção à lavagem de dinheiro
e) não está sujeita à supervisão do Banco Central do Brasil.

Instituições de pagamento são pessoas jurídicas que executam as transações no arranjo de


pagamentos. Possuem um portfólio de serviços financeiros reduzido, quando comparadas a
instituições financeiras, realizando transações com movimentação de recursos voltados para
pagamento.
As instituições de pagamento são regulamentadas e supervisionadas pelo Bacen (elimina
a alternativa E) e não podem oferecer empréstimos e financiamentos (elimina as alternati-
vas A e C).
A alternativa D não tem cabimento! Imagine só uma empresa que não precise obedecer a legis-
lação contra lavagem de dinheiro. Não existe, né?
Resta a alternativa B, que é o gabarito. Algumas instituições de pagamento gerenciam contas
de pagamento do tipo pré-paga – a exemplo das instituições que emitem cartões de vale-refei-
ção, por exemplo (chamadas emissoras de moeda eletrônica).
Letra b.

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017. (CFC/AUDITOR INDEPENDENTE/BCB/2017) A condição regulamentar para uma pessoa


jurídica ser instituição financeira de pagamento (IP), é viabilizar serviços de compra e venda e
de movimentação de recursos, no âmbito de um arranjo de pagamento, SEM a possibilidade de:
a) emitir moeda eletrônica.
b) emitir instrumento de pagamento pós-pago.
c) conceder empréstimos e financiamentos a seus clientes.
d) credenciar/habilitar estabelecimentos comerciais para a aceitação de instrumento
de pagamento

A questão traz a definição de instituição de pagamento proposta pelo Bacen. As instituições


de pagamento são pessoas jurídicas que viabilizam serviços de compra e venda e de movi-
mentação de recursos, no âmbito de arranjos de pagamento sem a possibilidade de conceder
empréstimos e financiamentos a seus clientes.
Letra c.

018. (CESPE/POLÍCIA FEDERAL/PERITO CRIMINAL FEDERAL/ÁREA 1/2018) Com a Lei n.


12.865/2013, novas competências foram conferidas ao Banco Central do Brasil: disciplinar
os arranjos de pagamento e estabelecer medidas que promovam a competição e a inclusão
financeira no processo de prestação de serviços de pagamento, bem como zelar pela eficiên-
cia, pela solidez e pelo regular funcionamento desses arranjos de pagamento, assim como das
instituições de pagamento. Considerando essas novas competências do Banco Central, julgue
o seguinte item.
A permissão para que usuários finais de determinado arranjo usem uma única conta de de-
pósitos à vista ou de pagamento para efetuarem pagamentos a usuários de outros arranjos
constitui uma das formas de aplicação do princípio da interoperabilidade, princípio legal que
rege os arranjos de pagamento.

Os usuários podem transferir recursos de uma instituição de pagamento para outra, graças à
chamada interoperabilidade dos arranjos de pagamento.
Certo.

019. (OBJETIVA/PREFEITURA DE MARIPÁ-PR/ENGENHEIRO CIVIL/2021) Algumas das


maiores exchanges de bitcoins brasileiras tiveram aumento no número de clientes no mês de
março, o ápice – até aqui – da queda generalizada causada pela progressão global e no Brasil
da pandemia do novo coronavírus.
(Site: Globo - adaptado.)
Em relação às criptomoedas, analisar os itens abaixo:

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ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO
Atualidades do Mercado Financeiro – Parte II
Douglas Xavier

I – São moedas digitais centralizadas, ou seja, existe um único órgão responsável por con-
trolar, intermediar e autorizar emissões de moedas, transferências e outras operações.
II – São criadas em uma rede blockchain, um sistema que permite o envio e o recebimento
de alguns tipos de informação pela internet.

a) Os itens I e II estão corretos.


b) Somente o item I está correto.
c) Somente o item II está correto.
d) Os itens I e II estão incorretos.

I – Errada. As criptomoedas são ativos descentralizados, ou seja, NÃO existe um único ór-
gão responsável por controlar, intermediar e autorizar suas emissões, transferências e outras
operações.
II – Certa. As criptomoedas utilizam a tecnologia Blockchain, um sistema que permite o envio
e o recebimento de alguns tipos de informação pela internet.
Letra c.

020. (IPEFAE/PREFEITURA DE ÁGUAS DA PRATA- SP/ADVOGADO/2020) As inovações digi-


tais atuais continuam a surpreender pela criatividade e impacto que determinam em diversos
estratos sociais, como as presentes nas denominadas redes sociais e na Inteligência artificial,
com o emprego de diversificados algoritmos. Uma funcionalidade recente bem impactante
que exibe enorme potencial é a de blockchain, que consiste em uma tecnologia de registro
distribuído, que visa a descentralização como medida de segurança. São bases de registros e
dados distribuídos e compartilhados que tem a função de criar um índice global para todas as
transações que ocorrem em um determinado mercado. Sobre esta inovação, assinale abaixo a
alternativa que contém informação incorreta sobre a mesma:
a) A blockchain funciona como um livro-razão só que de forma pública, compartilhada e uni-
versal, que cria consenso e confiança na comunicação direta entre duas partes (ou seja, sem
o intermédio de terceiros).
b) A blockchain cresce constantemente na medida em que novos blocos completos são adi-
cionados a ela por um novo conjunto de registros. Os blocos não são adicionados de modo
linear e cronológico, mas aleatórios e salteados num determinado espaço de tempo, o que
confere flexibilidade e massividade ao sistema.
c) A blockchain é vista como a principal inovação tecnológica do bitcoin, visto que é a prova de
todas as transações na rede.
d) O projeto original do blockchain tem servido de inspiração para o surgimento de novas crip-
tomoedas e de bancos de dados distribuídos.

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Atualidades do Mercado Financeiro – Parte II
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A alternativa incorreta é a letra B. Como vimos, os blocos são adicionados em ordem linear e
cronológica.
Letra b.

021. (CONSULPLAN/PREFEITURA DE VENDA NOVA DO IMIGRANTE - ES - ENGENHEIRO CI-


VIL/2016) “Um grupo de sete bancos que inclui o Santander, o CIBC e o UniCredit anunciou um
grande avanço tecnológico. Eles estão entre as primeiras instituições financeiras do planeta
a movimentar dinheiro real internacionalmente usando tecnologia baseada no sistema block-
chain, uma base de dados com cópias idênticas distribuídas por diferentes computadores e
controlada por diferentes entidades, as partes envolvidas naquelas transações, sem um órgão
que sirva de autoridade central.”
(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/07/1792668-grupo-de-bancos-adere-a-nova-tecno-
logia-em-transacoes.shtml. Adaptado.)

Para essas transações é necessária uma tecnologia digital que permite reproduzir em paga-
mentos eletrônicos a eficiência dos pagamentos com cédulas. Pagamentos assim são rápidos,
baratos e sem intermediários. Utilizam uma espécie de Criptomoeda. Além disso, eles podem
ser feitos para qualquer pessoa, que esteja em qualquer lugar do planeta, sem limite mínimo ou
máximo de valor. Uma das moedas virtuais utilizadas nessas transações comerciais é:
a) EURO.
b) SCRYPT.
c) BITCOIN.
d) DAGGER.

Simples essa! Um dos exemplos de moeda virtual é o Bitcoin.


Letra c.

022. (CESGRANRIO/BRDISTRIBUIDORA/PROFISSIONALJÚNIOR/ADMINISTRAÇÃO/2010)
Considerando-se as bases que compõem a segmentação do mercado consumidor, relacione,
quanto a agrupamento de consumidores em segmentos, as características apresentadas na
1a coluna com o respectivo tipo de segmentação da 2a coluna.
Características
I – Nações, estados, regiões, cidades, bairros
II – Renda, classe social, escolaridade, raça, geração
III – Estilo de vida, personalidade, valores
Segmentação
P - Geográfica

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Atualidades do Mercado Financeiro – Parte II
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Q - Demográfica
R - Comportamental
S – Psicográfica
a) I – Q, II – P, III – S
b) I – S, II – Q, III – R
c) I – P, II – Q, III – S
d) I – R, II – S, III – P
e) I – P, II – R, III – Q

I – Nações, estados, regiões, cidades, bairros. Refere-se à segmentação geográfica (P).


II – Renda, classe social, escolaridade, raça, geração. Refere-se à segmentação demográfica (Q).
III – Estilo de vida, personalidade, valores. Refere-se à segmentação psicográfica (S).
Letra c.

023. (CESPE/SEFAZ CE/AUDITOR FISCAL CONTÁBIL FINANCEIRO DA RECEITA ESTADU-


AL - 1º SIMULADO/2021/Q1781747) Das três funções da moeda, aquela que torna as merca-
dorias comparáveis é a unidade de conta.

Perfeito! A função unidade de conta cumpre o papel de servir de base para que os preços dos
bens e serviços sejam expressos. Além disso, é ela que permite que os preços dos produtos
sejam comparáveis entre si.
Certo.

024. (FCC/TCE-AM/AUDITOR/2015) São funções da moeda:


a) meio de pagamento e reservas internacionais.
b) meio de pagamento, unidade de conta e reserva de valor.
c) reserva de valor e seguro contra a inflação.
d) meio de pagamento e preço da moeda estrangeira.
e) meio de pagamento e custo do dinheiro.

As três clássicas funções da moeda são: meio de pagamento, unidade de conta e reser-
va de valor.
Letra b.

025. (FGV/BANESTES/TÉCNICO BANCÁRIO/2018) Acerca dos riscos ligados às chamadas


criptomoedas ou moedas virtuais, o Banco Central do Brasil, em comunicado de novembro de
2017, alertou para questões relacionadas à conversibilidade e ao lastro de tais ativos, desta-
cando que não é responsável por regular, autorizar ou supervisionar o seu uso.
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Atualidades do Mercado Financeiro – Parte II
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Assim, é correto afirmar que seu valor:


a) decorre da garantia de conversão em moedas soberanas;
b) decorre da emissão e garantia por conta de autoridades monetárias;
c) decorre de um lastro em ativos reais;
d)é associado ao tamanho da base monetária;
e) decorre exclusivamente da confiança conferida pelos indivíduos ao seu emissor.

Considerando que as criptomoedas não são emitidas e nem reguladas por nenhuma autorida-
de monetária, o seu valor decorre exclusivamente da confiança conferida pelos indivíduos ao
seu emissor.
Letra e.

026. (IDCAP/PREFEITURA DE PEDRÃO – BA/AUXILIAR DE CLASSE/2021) As criptomoedas


enfrentam dias de fortes solavancos no mercado financeiro. As moedas digitais perderam qua-
se US$ 1 trilhão em pouco mais de uma semana, sendo 23% de queda no dia 19/05/2021. No
dia 20/05/2021, porém, elas iniciam uma recuperação e já apresentam alta de 14%.
https://economia.uol.com.br/mais/ultimas-noticias/2021/05/20/
Qual a criptomoeda mais famosa?
a) Dólar.
b) Real.
c) Bitcoin.
d) PicPay.

A criptomoeda mais famosa em todo o mundo é o Bitcoin.


Letra c.

027. (QUADRIX/CRQ 20ª REGIÃO-MS - AGENTE ADMINISTRATIVO/2021) Entre tapas e bei-


jos. Essa é — ou pelo menos era — a melhor forma de se explicar a relação entre Elon Musk e o
bitcoin. Ao mesmo tempo que um mero tuíte do dono da Tesla e da SpaceX é capaz de alavan-
car o preço da criptomoeda, suas últimas ações, na verdade, têm feito justamente o contrário.
Mas ao que parece, a “relação amorosa” acabou de vez. Na noite do dia 3 de junho de 2021, as
postagens enigmáticas de Elon Musk no Twitter deram lugar a uma publicação extremamente
direta: a hashtag “#Bitcoin” com um coração partido.
Internet: <https://olhardigital.com.br> (com adaptações).

Como se vê, o bilionário Elon Musk tem provocado fortes variações no valor das criptomoedas.
Uma dessas moedas digitais tem relação com um “meme” viralizado na época de sua criação.
Trata-se do

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a) Binance.
b) Dogecoin.
c) Ripple.
d) Ethereum.
e) Cardano.

A criptomoeda que surgiu após uma brincadeira feita na internet (meme) é o Dogecoin.
Letra b.

028. (FAPEC/UFMS/ANALISTA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/2018) Acerca desta


inovação existem cerca de 21 milhões de unidades no planeta. Ninguém jamais vai “imprimir”,
criar, uma nova unidade, como acontece com dinheiro de papel. É dessa forma que a cripto-
moeda pretende simular o ouro. E se tornar algo imune a inflação – logo, mais atraente que o
dinheiro de papel.
O jogo de imitação vai mais longe. Desses 21 milhões de unidades, só 17 milhões estão circu-
lando. Os outros 4 milhões seguem ocultos, como se fossem um metal precioso a ser minera-
do. Super Interessante, edição 384 – janeiro de 2018, página 33, adaptado.
O texto apresentado refere-se à um assunto bastante atual e que vem sendo discutido em todo
o mundo, inclusive no Brasil. O assunto tratado neste texto está associado à(o)(s):
a) bitcoins.
b) dólar americano.
c) créditos de carbono.
d) grama de titânio.
e) euro.

A questão faz referência ao Bitcoin, que, como vimos, possui limite máximo de 21 milhões de
unidades. Grave esse limite, pois é bastante importante.
Letra a.

029. (IDIB/CÂMARA DE CONDADO-PE/AUXILIAR LEGISLATIVO/2020) Está programada


para o dia 16 de novembro de 2020 a entrada em vigor do Pix, o novo sistema de pagamentos
e transferências desenvolvido pelo Banco Central. A respeito das características e vantagens
dessa modalidade de pagamento, assinale a alternativa correta.
a) Para enviar recursos para uma pessoa, o emissor do Pix deverá ter acesso à chave pública
e à chave privada do destinatário do crédito, o que garantirá mais segurança às transações
financeiras e evitará fraudes.

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b) A principal vantagem do Pix é a possibilidade de transferir recursos entre contas de ban-


cos diferentes de modo instantâneo, em qualquer dia e horário, incluindo finais de semana
e feriados.
c)O Pix eliminará, já na sua fase inicial, o uso dos cartões de débito e crédito e a necessidade
dos lojistas de manter contratos com as administradoras de cartões, diminuindo sensivelmen-
te as despesas de vendas.
d) Uma das formas de receber recursos via Pix será por meio do envio do código de barras
pessoal para a pessoa que deverá efetuar o pagamento, o que irá reduzir os erros de digitação
e as devoluções que tanto acontecem com as Teds e os Docs.

A alternativa que traz uma característica correta do PIX é a letra B, uma vez que um dos princi-
pais benefícios do PIX é o fato de poder ser realizado 24 horas por dia e em todos os dias do ano.
a) Errada. A alternativa A está errada, pois os conceitos de chave pública e chave privada refe-
rem-se à criptografia, nada tendo a ver com a chave PIX, que são os dados que permitem que
os usuários recebam um PIX (CPF/CNPJ, e-mail, número de telefone ou chave aleatória).
c) Errada. A alternativa C está errada ao afirmar que de início o PIX eliminará o uso de cartões
de crédito e débito. Alguns comerciantes já estão aceitando pagamentos via PIX, mas esse
processo de substituição não é algo tão imediato assim. Além disso, a substituição total dos
cartões é algo improvável de ser feita tão rapidamente – as transações parceladas, por exem-
plo, continuam sendo realizadas com cartões de crédito.
d) Errada. A alternativa D está errada, pois as transações são realizadas por meio da chave PIX.
Letra b.

030. (EDUCA/PREFEITURA DE SÃO FRANCISCO – PB/PROCURADOR JURÍDICO/2020) A


partir de 16/11/2020, o Pix estará amplamente disponível para pagamentos e transferências.
Mas, desde 05/10/2020, os consumidores já podem acessar sua conta pelo aplicativo celular
e fazer o registro das chaves Pix para receber de forma mais fácil, ou seja, associar às suas
contas um método de identificação (número de celular, e-mail, CPF, CNPJ).
(https://www.bcb.gov.br)
No que se refere ao Pix, meio de pagamento criado pelo Banco Central (BC), assinale a alter-
nativa INCORRETA:
a) O Pix foi criado para ser um meio de pagamento bastante amplo. Qualquer pagamento ou
transferência que hoje é feito usando diferentes meios (TED, cartão, boleto etc.), poderá ser
feito com o Pix, simplesmente com o uso do aparelho celular.
b) As transferências tradicionais no Brasil são entre contas da mesma instituição (transferên-
cia simples) ou entre contas de instituições diferentes (TED e DOC). O Pix é mais uma opção
disponível à população que convive com os tipos tradicionais. A diferença é que, com o Pix,
não é necessário saber onde a outra pessoa tem conta.

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c) As transações de pagamento por meio de boleto exigem a leitura de código de barras, en-
quanto o Pix pode fazer a leitura de um QR Code.
d) No Pix a liquidação é em tempo real, o pagador e o recebedor são notificados a respeito da
conclusão da transação, porém o pagamento não pode ser feito em qualquer dia ou horário.
e) As transações de pagamento utilizando cartão de débito exigem uso de maquininhas ou
instrumento similar. Com Pix, as transações podem ser iniciadas por meio do telefone celular,
sem a necessidade de qualquer outro instrumento.

É bem simples de achar o erro dessa questão. Lembre-se sempre que o PIX pode ser feito em
qualquer dia e horário.
Letra d.

031. (OMNI/PREFEITURA DE IRACEMINHA - SC - AGENTE DE COMBATE A ENDEMIAS –


ESF/2021) Leia a informação abaixo e assinale a alternativa CORRETA: O presidente do Banco
Central, Roberto Campos Neto, declarou no dia 24 de março de 2021 que o sistema de paga-
mentos instantâneos da instituição pode evoluir para um tipo de “identidade digital” no futuro,
ou seja, uma forma de comprovar as informações dos cidadãos de forma virtual. O sistema
ganhou funcionalidade de leitura das informações da agenda de telefone, mediante autoriza-
ção do usuário.
Redação adaptada< Disponível: G1 — Brasília 24/03/2021> O presidente do Banco Central re-
feria-se ao seguinte sistema de pagamentos:
a) TED.
b) DOC.
c) PIX.
d) Internet Banking.

Falou em “sistema de pagamentos instantâneos”, está se falando de PIX.


Letra c.

032. (AMAUC/PREFEITURA DE ALTO BELA VISTA – SC/MÉDICO CLÍNICO GERAL/2020)


O Banco Central lançou no dia 19 de fevereiro de 2020 um serviço que promete tornar mais
rápida a realização de pagamentos e transferências online entre pessoas, empresas e entes
governamentais. O novo serviço deve ser disponibilizado a partir de novembro deste ano. Com
o serviço, a população terá uma nova alternativa para efetuar transações, além dos modelos
tradicionais já existentes, como TED, DOC, boleto, cheque e cartões, afirma o BC. A ferramenta
estará disponível a qualquer dia do ano, sem limite de horário, e com o dinheiro imediatamente
disponível ao recebedor. Estamos falando do:

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a) PIX
b) NECTON
c) BITCOIN
d) ETHEREUM
e) TED 20

Não há dúvidas de que o enunciado da questão se refere ao PIX.


Letra a.

033. (INÉDITA/2021) Segundo o SEBRAE, um modelo de negócio é “a forma como uma empre-
sa cria, entrega e captura valor”. Dadas as mudanças tecnológicas em curso e a inserção delas
no mundo empresarial, surgiram novos modelos de negócios. Um exemplo dessa mudança é a
proliferação dos marketplaces. Sobre esse modelo de negócios, assinale a alternativa correta.
a) são negócios que não cobram de seus usuários, mas que ganham com utilização de seus
dados para oferecer publicidade.
b) nesse modelo de negócios há uma mistura entre gratuidade e cobrança.
c) a empresa oferece um produto a um preço relativamente baixo (com baixa margem de lu-
cro), mas cobra preços mais altos para outros produtos que são necessários para que o pri-
meiro funcione.
d) também pode ser chaamdo de economia compartilhada ou em rede.
e) também chamado de plataforma, esse modelo de negócios nada mais é do que os sites que
anunciam e comercializam produtos de diversas empresas.

A alternativa que define corretamente o modelo Marketplace é a letra E. Vamos ver as demais,
como forma de revisar conceitos que já estudamos em outra aula!
a) Errada. Refere-se ao modelo Free. Como vimos na aula 1, o modelo Free são negócios que
não cobram de seus usuários, mas que ganham com utilização de seus dados para oferecer
publicidade de empresas parceiras. Exemplo: redes sociais.
b) Errada. Refere-se ao Freemium. Nesse modelo de negócios há uma mistura entre gratuidade
e cobrança geralmente, são jogos ou aplicativos que você baixa pode utilizar algumas funções
gratuitamente. No entanto, para usufruir de alguns recursos você deve pagar – geralmente,
assinar uma versão VIP ou Premium do serviço. Exemplo: o app de música Spotify.
c) Errada. Trata-se do modelo Isca e Anzol. Nesse modelo, a empresa oferece um produto a um
preço relativamente baixo, com baixa margem de lucro (joga a isca), mas cobra preços mais
altos para outros produtos que são necessários para que o primeiro funcione (o anzol).
d) Errada. Cita o modelo Economia Colaborativa, o qual também é chamado de Economia So-
lidária ou em Rede. Trata-se da união de esforços e do compartilhamento de bens e serviços
de modo a se conseguir uma economia de recursos e práticas de consumo mais sustentáveis
Letra e.

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Atualidades do Mercado Financeiro – Parte II
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034. (INÉDITA/2021) Os arranjos de pagamentos são pessoas jurídicas (não bancárias) que
são contratadas por instituições financeiras e demais instituições autorizadas pelo Banco Cen-
tral do Brasil (Bacen), a fim de oferecer alguns dos serviços dessas instituições ao público. Em
outras palavras, são intermediários, que conectam instituições financeiras aos clientes.

A questão, na verdade, define correspondentes bancários.


Errado.

035. (INÉDITA/2021) Muito populares no Brasil, os correspondentes bancários são, por exem-
plo, comércios nos quais é possível pagar boletos, e contas de água e luz, por exemplo, bem
como as agências dos correios e casas lotéricas, essas últimas atuando, frequentemente, na
intermediação da abertura de contas em nome da Caixa Econômica Federal.

A questão está correta. Se atenha ao fato de que os correspondentes bancários podem atuar
na intermediação de abertura de contas, de pedidos de empréstimos e de cartões de crédito,
por exemplo. Nesse sentido, o trabalho desse tipo de instituição é receber e encaminhar as
propostas para a instituição da qual ela é correspondente (não são os correspondentes que,
de fato, abrem a conta, mas apenas intermediam a abertura).
Certo.

036. (INÉDITA/2021) Os serviços prestados pelos correspondentes bancários seguem os pa-


drões da instituição financeira contratante, a qual remunera o correspondente por meio de
comissões que são estipuladas no contrato de prestação de serviços, valores estes que são
repassados para os clientes que utilizam os serviços.

O erro da questão está em dizer que os valores são repassados para os clientes. Na verdade,
a legislação proíbe que os clientes sejam cobrados por utilizar serviços intermediados por
correspondentes bancários.
Errado.

037. (INÉDITA/2021) A responsabilidade pelos serviços prestados aos consumidores é da


instituição financeira que contratou a empresa correspondente, contratação esta que depende
de autorização do Bacen.

A primeira parte da questão está correta, ou seja, a responsabilidade pelos serviços prestados
aos consumidores é da instituição financeira que contratou a empresa correspondente. É o
que preceitua a Resolução n. 3.954 do Bacen:
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Atualidades do Mercado Financeiro – Parte II
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Art. 2º O correspondente atua por conta e sob as diretrizes da instituição contratante, que assume
inteira responsabilidade pelo atendimento prestado aos clientes e usuários por meio do contratado,
à qual cabe garantir a integridade, a confiabilidade, a segurança e o sigilo das transações realizadas
por meio do contratado, bem como o cumprimento da legislação e da regulamentação relativa a
essas transações.
No entanto, a contratação independe de autorização do Banco Central. Na verdade, ele apenas
mantém o cadastro dos correspondentes, mediante informações prestadas pela instituição
financeira contratante.
Errado.

038. (INÉDITA/2021) Trata-se de um conjunto de regras e de procedimentos para fazer pa-


gamento de compras, viabilizar transferências de recursos, aportes e saques e tudo mais que
puder ser definido como serviço de pagamento ao público. A questão define:
a) Correspondente bancário
b) Legislação aplicada ao sistema financeiro
c) Arranjo de pagamento
d) Blockchain
e) Instituição de pagamento

O enunciado da questão define corretamente o Arranjo de Pagamento.


Letra c.

039. (INÉDITA/2021) É a pessoa jurídica que criou o arranjo de pagamento, sendo responsável
por manter o funcionamento dele. Sua principal função é criar regras e procedimentos para o
funcionamento do arranjo, observada, é claro, a legislação imposta pelo Bacen. Trata-se da(o):
a) Instituidora do arranjo
b) instituição de pagamento
c) emissor de moeda de pagamento
d) credenciador
e) emissor de instrumento de pagamento pós-pago

a) Certa. A questão define a chamada instituidora do arranjo.


b) Errada. Instituições de pagamento são pessoas jurídicas que executam as transações no
arranjo de pagamentos.
c) Errada. Emissor de moeda de pagamento é um tipo de instituição de pagamento. Exemplo:
emissoras de vale-alimentação/refeição.

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Atualidades do Mercado Financeiro – Parte II
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d) Errada. O Credenciador é um tipo de instituição de pagamento, a qual habilita estabeleci-


mentos comerciais para a aceitação de instrumento de pagamento, como cartões de crédito e
débito (empresas de “maquininha”).
e) Errada. Emissor de instrumento de pagamento pós-pago também é um tipo de instituição de
pagamento, que gerencia conta de pagamento pós-paga. Exemplo: administradora de cartão
de crédito.
Letra a.

040. (INÉDITA/2021) Um exemplo de arranjo de pagamentos fechado é aquele no qual as


atividades inerentes à prestação dos serviços de pagamento são executadas por apenas uma
instituição de pagamento ou instituição financeira, cuja pessoa jurídica é a mesma do institui-
dor do arranjo.

A questão apresenta corretamente um exemplo de arranjo de pagamentos fechado.


Também são arranjos de pagamentos fechados, os arranjos nos quais as atividades inerentes
à prestação dos serviços de pagamento são executadas:
• pelo próprio instituidor, por instituição de pagamento ou instituição financeira controla-
dora do instituidor do arranjo ou por este controlada; ou
• por instituição de pagamento ou por instituição financeira que possuir o mesmo contro-
lador do instituidor do arranjo.
Certo.

041. (INÉDITA/2021) Alguns arranjos de pagamentos, apesar de supervisionados pelo Bacen,


estão dispensados de autorização para operarem, independentemente do volume das transa-
ções. Exemplos são: os arranjos de pagamentos fechados instituídos por banco comercial,
banco múltiplo sem carteira comercial, caixa econômica, cooperativa singular de crédito ou
sociedade de crédito, financiamento e investimento (financeiras).

A questão está quase correta, não fosse por um detalhe! Alguns arranjos de pagamentos, ape-
sar de supervisionados pelo Bacen, estão dispensados de autorização para operarem, indepen-
dentemente do volume das transações. Exemplos são: os arranjos de pagamentos fechados
instituídos por banco comercial, banco múltiplo sem com carteira comercial, caixa econômi-
ca, cooperativa singular de crédito ou sociedade de crédito, financiamento e investimento (fi-
nanceiras).
Errado.

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042. (INÉDITA/2021) As instituições de pagamento não podem conceder empréstimos e fi-


nanciamentos, nem oferecer contas correntes ou de poupança aos clientes. Isso se deve ao
fato de que tais instituições não podem executar serviços que sejam privativos de instituições
financeiras.

Exatamente! O Bacen define instituição de pagamento da seguinte forma: “Instituição de paga-


mento (IP) é a pessoa jurídica que viabiliza serviços de compra e venda e de movimentação de
recursos, no âmbito de um arranjo de pagamento​, sem a possibilidade de conceder emprésti-
mos e financiamentos a seus clientes”9.
Certo.

043. (INÉDITA/2021) A segmentação de clientes é uma estratégia muito utilizada atualmente.


Trata-se de separar os clientes em diferentes grupos, com características e preferências em
comum, de modo que seja possível implementar ações direcionadas a cada grupo. A segmen-
tação comportamental busca segmentar os clientes utilizando dados estatísticos como idade,
etnia, gênero, renda, grau de instrução, dentre outros.

Nada disso! A questão definiu, na verdade, a segmentação demográfica.


Errado.

044. (INÉDITA/2021) A segmentação comportamental busca estudar o comportamento dos


clientes, como hábitos de compra e produtos que certos clientes buscam com frequência,
por exemplo.

Define corretamente a segmentação comportamental.


Certo.

045. (INÉDITA/2021) A segmentação de clientes pode levar em conta vários critérios. Por
exemplo, a segmentação __________ leva em consideração os valores, estilo de vida e traços
de personalidade dos clientes. Geralmente, o público-alvo de uma empresa apresenta algumas
coisas em comum.
A palavra que preenche corretamente a lacuna é:
a) psicográfica
b) comportamental
c) geográfica
d) psiquiátrica
e) demográfica

9
https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/instituicaopagamento

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Trata-se da segmentação psicográfica, que leva em consideração os valores, estilo de vida e


traços de personalidade dos clientes.
Letra a.

046. (INÉDITA/2021) Para segmentar clientes é preciso fazer uso de algumas ferramentas. As
ferramentas digitais têm surgido como importantes aliadas, ao automatizarem o processo de
segmentação, sobretudo, por meio da comunicação eficiente com os clientes da empresa e os
clientes em potencial.

Exatamente! As ferramentas digitais são muito utilizadas na segmentação de clientes. Um dos


exemplos são as ferramentas de lead tracking (rastreamento de lead). São ferramentas insta-
ladas nos sites das empresas, a fim de monitorar o comportamento do lead (possível cliente),
que visita o site da empresa. Dessa forma, é possível saber qual foi o interesse dele, quais pro-
dutos olhou ou em qual estágio da compra ele, porventura, parou. por exemplo.
Certo.

047. (INÉDITA/2021) São sites que anunciam e comercializam produtos de diversas ourtras
empresas. Dessa forma, algumas marcas que teriam dificuldade de anunciar e vender seus
produtos alugam um espaço nesse site, que acaba funcionando como uma espécie de sho-
pping virtual. Trata-se do(a):
a) Arranjo de pagamentos
b) E-commerce
c) Plataforma
d) Isca e Anzol
e) Streaming

Procurando por marketplace? Lembre-se que dissemos no decorrer da aula que esse modelo
de negócios também pode ser chamado de plataforma. Portanto, a resposta correta é a letra C.
Não se esqueça, também, que marketplace e e-commerce são coisas diferentes. E-commerce
é uma loja virtual, ou seja, é o espaço onde uma empresa vende seus próprios produtos ou
serviços. Ao passo que o marketplace é um espaço no qual são comercializados produtos ou
serviços de VÁRIAS empresas (como um shopping virtual), funcionando, portanto, como uma
plataforma de intermediação.
Letra c.

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048. (INÉDITA/2021) Diante do contexto de maior digitalização no Sistema Financeiro Brasilei-


ro, há um projeto do Bacen de lançar sua própria criptomoeda, trata-se da moeda virtual brasi-
leira (ou Real digital). A ideia é dar a possibilidade às pessoas de manter o dinheiro no formato
convencional ou de forma digital. A moeda digital brasileira, se implementada, seguirá o mesmo
curso do dinheiro na forma convencional que conhecemos (papel-moeda), ou seja, será emitida
pelo Bacen e transferida aos usuários por meio do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB).

A questão estaria correta, não fosse pelo fato de a moeda virtual brasileira não ser uma cripto-
moeda. Lembre-se que criptomoeda é algo sem qualquer lastro, pois não é emitida por nenhu-
ma autoridade monetária. Enquanto as moedas virtuais emitidas pelos bancos centrais dos
países são simplesmente um formato digital das moedas oficiais.
Errado.

049. (INÉDITA/2021) Os marketplaces do tipo B2B são modelos nos quais os consumidores
podem negociar entre si. Por exemplo: OLX, Mercado Livre e Enjoei.

A sigla B2B vêm de Business to Business (ou seja, de empresa para empresa). Nos marketpla-
ces desse tipo, as empresas comercializam produtos e serviços para outras empresas.
A questão, na verdade, define o marketplace do tipo C2C – Consumer to Consumer (de consu-
midor para consumidor): nesse modelo os consumidores podem negociar entre si. Por exem-
plo: OLX, Mercado Livre e Enjoei.
Errado.

050. (INÉDITA/2021) Nos marketplaces do tipo B2C, os comerciantes e prestadores de servi-


ços anunciam com foco no consumidor final.

Exatamente. B2C vem de Business to Consumer. Nesse tipo de marketplace, os comerciantes


e prestadores de serviço anunciam com foco no consumidor final (pessoa física).
Certo.

051. (CESPE/BANESE/TÉCNICO BANCÁRIO I/1º SIMULADO/2021/Q1678009) O Pix é o


nome da criptomoeda criada e lançada oficialmente pelo Banco Central, proporcionando tran-
quilidade e segurança aos investidores nesse tipo de ativo.

Não se trata de criptomoeda. O Pagamento instantâneo brasileiro, PIX é, segundo o BACEN


(2021)10 o:
10
htps://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/papeldobcpix

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meio de pagamento criado pelo Banco Central em que os recursos são transferidos entre contas em
poucos segundos, a qualquer hora ou dia. É prático, rápido e seguro. O Pix pode ser realizado a partir
de uma conta corrente, conta poupança ou conta de pagamento pré-paga.
Errado.

052. (INÉDITA/2021) O Pagamento instantâneo brasileiro, PIX é, sem dúvida, uma das maio-
res inovações tecnológicas do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB). Segundo o BACEN,
está entre os objetivos do PIX a promoção da cidadania financeira.

Isso mesmo. A promoção da cidadania financeira é um dos objetivos do PIX. Aproveitando


para revisar, segundo o Bacen, são objetivos do PIX:
• aumentar a velocidade da efetivação de pagamentos e transferências
• alavancar a competitividade e a eficiência do mercado;
• baixar o custo, aumentar a segurança e aprimorar a experiência dos clientes;
• incentivar a “eletronização” do mercado de pagamentos de varejo;
• promover a inclusão financeira; e
• preencher uma série de lacunas existentes na cesta de instrumentos de pagamentos
disponíveis atualmente à população.
Certo.

053. (INÉDITA/2021) As circulares n. 3.989 e n. 4.014 do Bacen, publicadas em 16 de março


de 2020, estabelecem medidas para ampliar a transparência das informações prestadas aos
participantes e usuários dos arranjos de pagamentos. Entre as medidas, está a criação do BR
Code, que se trata de um padrão único para QR Codes utilizados no Sistema de Pagamentos
Brasileiro.

Isso mesmo! A legislação citada institui, dentre outros medidas, o BR Code, que é um padrão
único para QR Codes a serem utilizados em transações via arranjos de pagamentos integran-
tes do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB).
O BR Code permite que os usuários possam utilizar o mesmo QR Code para efetuar transações
em arranjos diferentes, dando mais flexibilidade, uma vez que o usuário pode escolher em qual
aplicativo fará o pagamento, por exemplo.
Certo.

054. (INÉDITA/2021) Sobre o PIX, julgue os itens a seguir:


I – Não há limite mínimo de valor para transações via PIX. No entanto, o Bacen permite que
as instituições financeiras que ofertam o serviço estabeleçam limites máximos, sob
algumas hipóteses.

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II – A oferta de transações via PIX é sempre facultativa, ficando à critério das instituições
aderir ou não ao sistema.
III – É possível vincular a mesma Chave PIX para mais de uma conta bancária.
IV – As instituições não podem cobrar, em nenhuma hipótese, tarifas pela utilização do PIX.

Está correto o que se afirma em:


a) I, apenas
b) II e III
c) I e III
d) IV, apenas
e) II, apenas

I – Certa. Não há limite mínimo de valor para transações via PIX. No entanto, as instituições
financeiras que ofertam o serviço podem estabelecer limites máximos baseados em critérios
de redução/prevenção de riscos de fraude, lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo.
II – Errada. Podem participar do PIX (isto é, ofertar a seus clientes): Todas as instituições fi-
nanceiras e de pagamento que ofertem contas transacionais (corrente, poupança ou conta de
pagamento pré-paga).
Das instituições citadas, as que tenham mais de 500 mil contas de clientes ativas são obriga-
das a participarem do PIX.
III – Errada. Não é possível vincular a mesma Chave PIX para mais de uma conta bancária.
IV – Errada. A permissão para cobrança ou não de tarifas para o PIX varia de acordo com a
personalidade jurídica do cliente. Vejamos! Pessoa física: como regra geral, a realização ou
o recebimento de pagamentos/transferências via PIX deve ser gratuito para pessoas físicas,
para MEI (Microempreendedor individual) e para empresário individual, podendo ser cobrado
em casos específicos:
• Se houver canais eletrônicos disponíveis e mesmo assim a pessoa física optar por utili-
zar canal diferente para a realização do PIX (exemplos: atendimento presencial ou tele-
fone).
• Em caso de utilização do PIX para recebimento de vendas comerciais.
Pessoa jurídica: A instituição na qual a cliente pessoa jurídica possua conta pode optar por
cobrar tarifa para envio ou recebimento de PIX.
Exceção: Microempresário individual (MEI) e Empresário Individual (EI), os quais se equiparam
a pessoa física para efeitos de cobrança de tarifas do PIX.
Letra a.

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GABARITO
1. d 18. c 35. a
2. d 19. C 36. C
3. E 20. b 37. E
4. c 21. e 38. C
5. d 22. c 39. E
6. d 23. b 40. C
7. c 24. a 41. a
8. d 25. b 42. C
9. a 26. d 43. c
10. c 27. c 44. E
11. c 28. a 45. E
12. b 29. e 46. C
13. c 30. E 47. E
14. C 31. C 48. C
15. c 32. E 49. C
16. b 33. E 50. a
17. c 34. c

Douglas Xavier
Mestre em Economia pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e graduado em Ciências Econômicas
pela mesma instituição. Aprovado e convocado nos concursos de escriturário do Banco do Brasil (2013)
e escrevente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (2017), cargo que ocupa atualmente. Ministra
aulas na disciplina de Conhecimentos Bancários e na área de Economia.

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