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inovativa
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Ano 4, no 20 - maio | junho de 2017
inovativa
Fotos: Arquivo do InsƟ o
Ano 4 - n(INT)
tuto Nacional de Tecnologia
Edição: Divisão de Comunicação do INT (DICOM)
19 - 2017
Agrícola e Bioeconomia (ATB), em Potsdam, na Com uma usina de produção de etanol instalada
Alemanha. PhD em bioengenharia pela Universi- em Santa Vitória (MG), em 2015, a empresa prevê
dade Técnica de Dresden, com formação em bio- uso da matéria prima para produção de polieti-
tecnologia pela Universidade Anhalt de Ciências
Aplicadas, atua com ênfase no desenvolvimento de eno de baixa densidade, usado na fabricação de
processos contínuos para a produção de produtos embalagens flexíveis, filmes industriais e artigos
químicos básicos a partir de diferentes tipos de plásticos, além de outros novos produtos.
biomassa.
Na Sociedade de Engenharia Química e Biotec-
nologia da Alemanha (Dechema), Joachim Venus Roberto Werneck
dirige o Conselho Consultivo Nacional “Biotec- Gerente de Tecnologia da Braskem
nologia de Recursos Renováveis”. Também re- – maior empresa Petroquimica do
presenta a Alemanha no Comitê de Gestão da Brasil com forte atuação no ex-
COST Action TD 1203 (Valorização de resíduos terior –, coordena o desenvolvi-
alimentares para produtos químicos sustentáveis, mento de pesquisas para novos
materiais e combustíveis). É professor nas uni- processos químicos a partir de matérias-primas
versidades Potsdam, TU Dresden, Brandenburg renováveis e é responsável pelo suporte tec-
Cottbus-Senftenberg (BTU), Leibniz Hannover nológico à planta de eteno verde e ao polietileno
(ULH), Zittau/Görlitz, Lausitz/Senftenberg e verde I’m Green (TM). Possui experiência em desen-
Hochschule Furtwangen (HFU). volvimento de tecnologias, projeto e comissiona-
mento de unidades industriais e em automação e
Ele apresentará palestra sobre “Fermentação
controle de processos.
e purificação de ácido lático usando processos
de membrana”. Engenheiro químico graduado pela Universi-
dade Federal do Paraná, é mestre em Engenharia
Química pela Coppe-UFRJ. Também atua desde
John Biggs 1993 como professor de Engenharia Química da
Diretor de Pesquisa e Desenvolvi- PUC-Rio, lecionando Controle de Processos e
Métodos Numéricos para Engenharia Química.
mento para a América Latina na
No EEBQV, apresentará a palestra “Produtos quími-
Dow Chemical, uma das maiores
cos renováveis sob a visão da Química Verde”.
companhias do ramo químico do
mundo, falará sobre a “Estratégia de inovação da
DOW em Química Verde”. Fabio Carucci Figliolino
Gerente de Pesquisa, Desenvolvi-
Nascido na Inglaterra, formado em química e ciências
mento e Inovação na Suzano Papel
dos polímeros pela London South Bank University e Celulose, falará sobre as estra-
(LSBU), Biggs atua na Dow há 32 anos, já tendo atu- tégias de inovação aberta adota-
ado nos cargos de gerente de Serviços Técnicos e das pela empresa empresa. Líder
Desenvolvimento em Plásticos da Down Europe, na no mercado de papel na América do Sul e segunda
Suíça e na Espanha; diretor de Pesquisa e Desenvolvi- produtora de celulose e eucalipto do mundo, a
Suzano iniciou em 2015 o desenvolvimento de
mento de Plásticos, na Down Argentina; e diretor de
uma planta-piloto para produção de produtos a
Serviços Técnicos e Desenvolvimento de Polietileno,
base de lignina.
em Los Angeles. No Brasil, passou a coordenar as
Engenheiro químico graduado pela Universidade
atividades de P&D na América Latina, com foco em
de Mogi das Cruzes, ele atua desde 1984 na Suza-
biomassas como a de cana-de-açúcar. no Papel e Celulose, onde iniciou a carreira como
A caracterização das nanoparơculas é feita no Centro de Processo de produção de nanoparơculas de gelaƟna com
Caracterização em Nanotecnologia do INT corante proteico natural lilás
Uma das teses, resultantes no doutoramento da As nanocápsulas, por sua vez, se evidenciaram
bolsista Carla Bogéa em Ciência de Alimentos como um veículo ideal para levar fármacos
pela Universidade Federal do Rio de Janeiro por via de aerosol para o combate a doenças
(UFF), coorientada por Fabio Dantas no INT ainda pulmonares, como asma, pneumonia, tuberculose
em 2009, resultou na patente da nanocápsula de e inclusive o câncer. Ao conduzir o medicamento
alginato com zinco, produzida a partir de algas para liberação somente no tempo e local
e capaz de isolar suplementos alimentares. Em desejados, esse recurso pode minimizar grande
2010, foi desenvolvida pelo projeto a solução parte dos efeitos colaterais dos princípios ativos.
de nanogéis de sais de alginato para aplicações O “Sistema de liberação de moléculas ativas a
alimentícias, médicas e farmacêuticas. partir de nanopartículas de alginato de zinco”, que
corresponde a essa tecnologia, culminou com o
Outra tese de doutorado em Ciência de Alimentos mais recente pedido de patente depositado pelo
pela UFF, dessa vez da nutricionista Thaís Souza INT, no dia 2 de agosto de 2017, em parceria
Passos, levou, em 2014, ao desenvolvimento de com a Universidade Simón Bolívar.
uma patente para produção de nanocápsulas de
gelatina contendo corantes e nutrientes naturais. CONTATO
Além de manter as propriedades originais de cor
Empresas interessadas nessa tecnologia
e sabor das frutas, a tecnologia criou a qualidade
podem contatar o Núcleo de Inovação
inédita de solidificar a gelatina em temperatura
Tecnológica do INT, no e-mail : nit@int.gov.br
ambiente, sem precisar dissolvê-la em água quente
ou pelo telefone (21) 2123-1196.
e levar à gladeira.
Nos últimos 20 anos, o mundo vem sofrendo uma A análise de patentes envolvendo produtos
revolução tecnológica silenciosa, porém, muito tecnológicos, gira atualmente em torno de 14
poderosa. E não é a revolução da inteligência mil aplicações por ano. E, neste grande volume
artificial ou da internet das coisas, embora isso de pedidos de patentes, observa-se também
seja uma consequência. Falo da nanotecnologia. uma diversificação muito grande de produto e
aplicações. Com grande destaque a produtos
A natureza sempre produziu nanoestruturas, ligados à tecnologia de meio ambiente, que houve
entre elas, as nanopartículas. Por exemplo, os um crescimento exponencial nos últimos anos. Esse
furelenos foram encontrados no espaço e os grande volume de patentes levou a Organização
nanotubos de carbono são produzidos em Mundial de Propriedade Mundial a designar uma
queimadas. nova classificação para produtos tecnológicos, que
atualmente é a numeração B82Y.
No início da nanotecnologia, os cientistas se
Na esteira dessa revolução tecnológica, também,
limitavam a exatamente reproduzir ou extrair
vem se observando o aumento de explosivo de
da natureza esses compostos. Entretanto, ao
empresas do setor nos países desenvolvidos.
longo dos últimos anos, tem sido observado a
Baseado em dados da EOCD (The Organisation
manipulação de nanoestruturas sob diversos
for Economic Co-operation and Development)
aspectos. Neste aspecto, o prêmio Nobel
em 2014, Estados Unidos, Alemanha e França
de química de 2016 foi exatamente sobre a
encabeçam a lista de países com mais empresas
construção de nanomáquinas.
nanotecnológicas. O Brasil aparece em 9º lugar