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O texto a seguir é apenas um esqueleto de lembranças e junto com dados em e-

mails e agendas servirão como base para um romance espírita sobre almas
gêmeas. Além de terem sido um excelente exercício de lembranças e memórias.

As afirmações serão dadas por datas e períodos, baseados em indícios recolhidos


em visões, regressões e manifestações passadas durante esta vida.

1954 a 1959 – Hoje são Moína e Marcello, mas aparentemente a última


encarnação em que estiveram juntos passa por essas datas, período do fim da era
Vargas até o prenúncio da era Jânio, poucos anos antes de eclodir a ditadura
militar no Brasil. Supostamente estavam em São Paulo ou Rio de Janeiro e nesse
período apareceu uma terceira pessoa, Alexandre. Moína e Marcello eram então
Anna e Gustavo, ou André. Muitos nomes ainda não estão claros, mas parece que
se deu um triângulo que resultou em alguns eventos nesta encarnação. A história
que se segue fala de amor. Um amor que vem atravessando séculos e talvez seja
o reflexo da história mais bonita de suas existências. Fala também de
espiritualidade, reencarnação, mas sem a intenção de parecer científico ou
didático sobre o assunto. Espera-se apenas retratar o que foi possível captar
dessas passagens. Sobre os fatos que se desencadearam a esse triângulo, serão
tratados mais adiante. Adiantamos que hoje Alexandre está desencarnado, desde
meados de 1966 ou 1967, mas vive num limbo. Recheado de rancor e
sentimentos negativos, mas sempre consegue se aproximar com objetivo de
afastá-los ou tentando evitar que se encontrem. Uma obsessão talvez, mas que
carrega junto uma esperança de um final positivo nas próximas horas. Os detalhes
de como ele entrou em suas vidas, pelo menos do pouco que já se sabe, serão
tratados mais pro final desta história.

1966 – Marcello nasce em Ponta Grossa/PR. Aparentemente vistoso e saudável,


acaba passando por problemas de saúde com pouco mais de um ano de idade.
Convulsões, doenças de imunidade, prolapso cardíaco e febre reumática
acompanham uma infância relativamente chata. Sem poder fazer esforço físico,
acaba se tornando um bebê fofinho, depois uma criança obesa e por fim, botas
ortopédicas, óculos e aparelho dentário acabaram por interferindo na sua auto-
estima, estimulando uma reação de coleguinhas que anos mais tarde começou a
ser estudada como bullying..

1967 – A música acaba sendo seu refúgio. Surpreendentemente sempre foi muito
ligado à música, mesmo não tendo qualquer influência direta por parte de pais,
avôs ou parentes próximos. Cantou pela primeira vez em público com 1 ano e 8
meses, embora a timidez atrapalhasse um pouco, continuou insistindo na paixão,
não só pela música, mas pelas artes em geral, durante toda a vida.

1972 – Aqui se dão dois marcos. Seu pai chegou em casa um dia carregando uns
20 LP's, trocados com um dono de uma discoteca de Apucarana por um
tratamento dentário. Um monte de discos que não despertaram nenhum interesse,
com exceção de um, “Piano e Viola”, do Taiguara. O primeiro disco que mudou a
sua vida, seu primeiro disco que pegou só pra si, uma paixão tão grande que
chegou a furar o disco do Taiguara. Ele que já era apaixonado por música, dali em
diante, não só se apaixona pelo disco, mas sobretudo pela obra do Taiguara...
isso tudo com apenas 6 anos de idade. Nesta mesma época começa a ter visões.
Espíritos, imagens de um passado ou futuro desconhecido. Passa pelo medo,
depois pela impressão de serem amigos invisíveis e não alimenta nem pra mais,
nem pra menos esse dom. .As visões adormeceram por volta dos 14 ou 15 anos.

1974 – 1975 – Marcello, levado por seu pai entrou pela primeira vez em um
terreiro. Não se pode precisar se era Candomblé, Umbanda, ou outra coisa, mas
aos 8 anos tinha seu primeiro contato e teve seu corpo fechado a pedido do pai,
Já tinha nessa época mais um casal de irmãos, os quais têm nomes escolhidos
por ele mesmo, mas estava prestes a ganhar outro, que se fosse menina, teria o
nome de Mônica. Mas sua mãe abortou entre o final de 74 e início de 75. Mônica
seria a Moína, como veremos mais adiante. Neste mesmo ano de 1975, em
novembro, nasce Daline, filha da Escritora Eliane Lima Santos, que dois anos
mais tarde se casaria com o compositor Taiguara que acolheu a menina Daline
como filha e deu-lhe um novo nome, Moína. Moína, que seria Mônica tornava-se
filha do compositor por quem 5 anos antes Marcello tinha se apaixonado, com
apenas 6 anos de idade. Moína, como Marcello também era uma criança com
problemas de saúde. Tinha disritmia, convulsões e dificuldades digestivas. A partir
daqui, pensem que enquanto acontece algo com Marcello, Moína está com 9 a 10
anos mais jovem que ele. O inverso também é válido.

1978 – Depois de passar por Ponta Grossa, Ivaiporã, Apucarana e Arapongas,


Marcello chega com a família em Ibaiti, aos 12 anos de idade. Nesta cidade, torna-
se paciente do Dr. Paulo Sperka e é praticamente curado do sopro cardíaco. Até
então, a conduta para esses casos era medicamentos e evitar esforços físicos.
Sua mãe o leva ao médico porque desconfia que o filho está viciado em
masturbação, no que o doutor responde: "não tem problema ele se masturbar, o
problema é ele ficar parado, engordando e isso vai levar ele a um enfarto antes
dos 30 anos”. Aconselhou então a prática de esportes e suspendeu os
medicamentos. Disse que o ideal era fazer natação ou judô, mas não tinha judô
em Ibaiti ainda. Uns dias depois, foi com os pais a uma panificadora em que não
iam com muita freqüência e descobriram que do outro lado da rua estava abrindo
a academia de Judô. Foi matriculado de imediato e no mesmo instante começou a
participar da primeira turma da academia. Mas além disso, passou a praticar
diversos esportes. Jogou futebol, basquete, vôlei, handebol, tênis, natação,
emagreceu muito, adquiriu ótima forma física. O Dr. Paulo talvez nem saiba, mas
salvou sua vida.

1980 – Ano em que Marcello inicia a carreira de compositor, mas também foi um
ano marcado por algumas visitas. Com muita freqüência a partir desse ano, ele
começa, geralmente em períodos de sonolência a receber visitas de uma garota
morena e esguia, que se aproxima, faz alguns carinhos, cafunés e depois
desaparece. Sempre com muito carinho e inocência. No começo ele achava se
tratar de um outro espírito, mas ele nunca via ela acordado, sempre em sonho ou
aparecendo em momentos de sonolência ou de catalepsia projetiva. Não
conseguia ver seu rosto, mas ela sempre aparecia, tinha aroma, presença, mas
não tinha nome, nem rosto.
1983 – Aos 17 anos e já morando e estudando em Curitiba, Marcello chega em
casa depois das aulas e deita-se na cama. O telefone ao lado da cama toca.
Atende e uma voz muito tranqüila do outro lado disse que estava ali para orientá-
lo, ajudá-lo e sempre que tivesse algum problema poderia recorrer a ele.
Adormeceu conversando com ele, começando a achar que estava falando com um
anjo, uma entidade, Deus. Pela manhã, acordou com o telefone fora do gancho e
quando foi arrumar, percebeu que a tomada estava desconectada da parede.
Durante o dia, alguém deve ter afastado para limpar e esqueceu de ligar depois.

Também em 83 o Taiguara estava voltando do exílio, gravando um disco em


Curitiba e lançou o disco no Teatro Guaíra no começo de 84.

1984 – Por muito pouco Marcello não viaja pra Santa Catarina nessa época e
perde o show. Desistiu de viajar quando viu num ponto de ônibus um adesivo com
a divulgação do show de retorno de Taiguara, “Canções de Amor e Liberdade”.
Começava a redemocratização do Brasil, após 21 anos de ditadura militar e
Taiguara estava retornando.

No dia do show, antes de sair para ir ao teatro, ele falou ao telefone com a voz
que chamava de Deus. Na época estava começando a namorar uma menina,
Sandra Amara, e a voz incentivava a namorar com ela, mas ela estava viajando e
ele foi sozinho ao show do Taíguara. Qualquer dúvida que tivesse, desligava a
tomada do telefone e tirava o fone do gancho e a voz falava imediatamente. Tudo
que gerava um dilema o fazia apelar para a voz. Antes de ir ao show, falou com
ela que salientou pra não chegar tarde porque a Sandra Amara ía ligar. No Teatro
Guaira, sentado na primeira fila, Marcello esperava pelo início do espetáculo, iria
ver seu ídolo pela primeira vez. Duas ou três cadeiras para o lado direito tinha
uma menina moreninha linda e muito sapeca, com 8 anos de idade. Ela corria pra
beira do palco, ficava lá babando e corria pra cadeira dela, conversava com todo
mundo, chegou a sentar no colo de muitas pessoas por ali, inclusive no dele.
Outro detalhe, Sandra Regina que seria sua esposa também estava no teatro,
mas num dos balcões mas eles ainda estavam há pouco mais de um ano de se
conhecerem.
O show foi muito longo, porque o Taiguara se alongava muito em discursos,
falando de política e cultura. Quando deram 11:45 ainda não tinha acabado e ele
acaba tendo de ir embora, pois a voz recomendou que não se atrasasse pra
telefonar para a Sandra Amara. Quando estava saindo de fininho, quase trombou
na menina linda, passou a mão na cabeça dela, ela sorriu pra ele e no corredor do
Guaira pensou "que sorriso lindo que tem essa neném"... quase voltou, não sabia
porque, pois ela era uma criança, mas lembrou da alerta da voz e foi embora.

O namoro com Sandra Amara durou até o começo de 85. Apesar da contrariedade
da mãe de Marcello, a voz era a favor, e pra ele era o que bastava. A voz falava,
era lei. Descobriu a sexualidade com ela, mas não transaram, entraram e saíram
virgens do namoro. A voz até incentivava, mas isso ele não acatou por ambos
acharem que não era a hora certa.

Nessa época também a Moína com 8 anos de idade, apesar de não levar adiante
esta religião naquele momento, seria batizada no Candomblé, por iniciativa da sua
avó paterna, Mãe Olga D’Oxum que na época desenvolvia trabalhos de Mãe de
Santo na comunidade de Padre Miguel, no Rio de Janeiro.

Este ano também foi marcante por dois motivos. A morena que o visitava em
sonhos e sonolências acabou levando até maiores conseqüências uma das
visitas, numa sala onde Marcello estava estudando e acabou pegando no sono.
Tecnicamente não, mas de uma certa forma a virgindade acabou ali. Separando
assim, a virgindade em três momentos: Astral, cerebral e corporal.

O outro motivo se deu quando ele, enquanto estava assistindo um musical na


televisão, recebeu a visita de uma prima, Cynthia, que se materializou e disse:
"que música linda!”. O susto foi grande, mas manteve a calma, afinal não haveria
de ser um espírito, pois ela era muito jovem, tinha 19 anos e com certeza estava
viva. Ela concluiu: "bom te ver, mas tenho de visitar algumas pessoas, mas vim te
convidar pra um encontro. Não esqueça, 4 de abril de 2008, tá? Não se atrase!"
Disse isso e sumiu. Pensou ter se tratado de um sonho, porque tinha cochilado
assistindo a TV e acordou assustado. Depois disso, foi dormir e de madrugada
veio a notícia: ela tinha morrido num acidente de carro em Jaguariaíva, mais ou
menos uma hora e meia antes de aparecer pra ele. A partir daí ele passou a
imaginar o que seria aquela data. 4 de abril de 2008. Uma data tão distante. A
primeira impressão que ficou foi que seria o dia da sua morte. Será?

1985 – Bem, no comecinho de 85 o namoro com a Sandra Amara acabou por


causa de uma intriga da mãe dele. Aliás ela sempre implicou com todas as suas
namoradas. A Moína é a única que ela está incentivando. Acabava uma relação
que era muito alternada, com brigas, inclusive corporais. Ele nunca ergueu as
mãos pra ela, no máximo um empurrãozinho ou um aperto mais forte nos braços,
mas ele saiu da relação com arranhões, chutes e tapas.

Quando conheceu a Sandra Regina, em agosto de 85, não era mais virgem.
Corporalmente ele perdeu a virgindade meses antes com uma outra namorada
passageira e voltou pra casa a pé e arrependido, pois não foi como deveria ser. O
fato de serem fãs do Taiguara aproximou Marcello e Sandra Regina. Foram muito
amigos, confidentes, ambos estavam saindo de relacionamentos fortes e a voz
mais uma vez incentivou a ficar com ela. Dessa vez, após quase um ano de
namoro, já em 1986, foram aos finalmentes, porém só aconteceu corporalmente,
nunca foi nem espiritual, nem cerebral.

1987 - Aos 12 anos a Moína sarou da disritmia. Notem, Marcello sarou do sopro
em 78, Moína em 87. Números invertidos e ambos com aproximadamente 12 anos
de idade. Nessa mesma época Moína recebeu a notícia de sua Avó Olga que ela
deveria ser raspada no Candomblé, mas naquele momento isso não foi levado
adiante. Com a mesma idade de Marcello ela descobre aqui sua sexualidade e
começa a se masturbar com alguma freqüência.

1988 – No ano em que Marcello se formou em Música e Educação Artística,


Moína começou a estudar e praticar empiricamente a ciência da Magia. Nessa
época Marcello “engravida” do Guilherme, casa-se com Sandra Regina, seus pais
se separam e quando se mudou pra um apartamento que seu sogro emprestou
pra eles, desligou definitivamente o telefone do seu quarto e nunca mais falou com
a voz. Nunca mais ligou nem recebeu ligações. Nessa época, Moína também
idealiza um homem. Ainda sem rosto e nome, como aconteceu com Marcello. Mas
ela consegue identificar nele um homem alto, moreno claro e de olhos verdes.

1989 – Guilherme nasceu e até então a vida corria normalmente. Marcello formou-
se em Odontologia. Clinicava e procurava um emprego fixo. No fim do ano é
convocado pra trabalhar temporariamente como Oficial-Dentista do Exército
Brasileiro.

1990 – Inicia os trabalhos num quartel de Curitiba e no ano seguinte é transferido


para Lages/SC.

1991 – Foi quando a Moína conheceu o Billy. Ela pegou o buquê do casamento da
irmã e conheceu ele um mês depois. Ela tinha 15 anos. Ele não sabia, mas ela
não era mais virgem, e no dia em que ela perdeu a virgindade, voltando pra casa,
arrependida por não ter sido como esperava, assim como Marcello, isso meses
antes, foi perseguida na rua por um veículo que transitava de uma forma estranha,
circulando no final da madrugada indo e vindo por uma avenida por onde ela
estava transitando a pé. E sem ter pra onde virar, o carro simplesmente
desaparece, algo que ela não sabe explicar, talvez um espírito. Nesta mesma
época, ele estava no meu primeiro ano em Lages, as portas se fecharam em
Curitiba, no quartel e teve de ser transferido pra lá, talvez pra ficar mais longe
dela. As pessoas que podiam mantê-lo em Curitiba, saíram do exército, deram
baixa ou morreram bem na época que ele precisava de ajuda para permanecer.

1992 – Nasce Drielle, terceira filha de Marcello (ele já tinha um adotivo, João
Carlos, mais velho que Guilherme) e ele presta exames pra ir ao Rio de Janeiro
fazer Escola de Saúde do Exército e se tornar militar de carreira, mas quando
chegou a resposta não tinha passado. Há pouco tempo descobriu em uma
regressão que tinha passado, mas algo fez serem mudadas duas ou três
respostas do gabarito oficial, o que o deixou de fora. Permaneceu então como
temporário em Lages em vez de ir pro Rio fazer Escola. Aqui cabe um adendo. ele
muitas vezes teve vontade de ir ou morar no Rio, chegou a estar na cidade a
passeio por duas oportunidades antes disso, ainda solteiro. Nas duas vezes a
perseguição militar levou Taiguara e conseqüentemente a Moína e o resto da
família pra Pernambuco na primeira e pra São Paulo na segunda, tirando a Moína
do Rio de janeiro justamente quando poderíamos ter nos encontrado lá, entre
1980 e 1981. Numa delas bem no dia da famosa bomba que explodiu no Rio
Centro durante um show com vários ídolos de MPB. Certo, ela ainda era uma
criança, 5 ou 6 anos, nem tinham se encontrado no show do Guaíra ainda, mas
ele, como sempre gostou de bebês e crianças, com todo o respeito. Pela
singeleza. Principalmente meninas. Então, poderia ter sido algo assim, inocente,
como se ao se aproximar do seu ídolo, carregar a filha dele no colo e em algum
momento dizer: “que neném linda, vou esperar você crescer pra casar com
você”... uma fantasia, na brincadeira, mas poderia acabar acontecendo, como se
não esperassem... mas foram impedidos. Bem, que certeza haveria de que se
encontrariam? Nenhuma, mas os pais planejaram ir passear no Rio e algo fez ela
sair antes que se corresse o risco.

1993 – A Moína engravidou do Luan (O filho do Marcello chama-se Guilherme


LUAN), ela com 17 anos. 17 foi a idade que ele tinha quando quase transou com a
Sandra Amara. Na fita de casamento deles, vemos um casal sem brilho, como se
estivessem infelizes, principalmente ela, num dia que era pra ser o mais feliz da
vida deles. Um dos motivos o pai dela já doente, operado em Cuba, não pôde vir
pra levar ela pro altar (o mesmo se vê na fita de casamento de Marcello,
principalmente nele, pois seu pai, por um problema de relacionamento – recém
separado da sua mãe, quase não conseguiu estar presente também). Bem, bem,
no dia que ela casou, ele estava em Lages, de serviço de oficial de dia e
aproveitou pra ficar no gabinete redigindo dois capítulos de um livro que estava
escrevendo. Um romance. Esses dois capítulos o emocionaram tanto, que os
escreveu chorando o tempo todo. Ele chorava e ela estava se casando...

1994 – Luan nasceu no dia 7 de janeiro, mesma data em que Sandra Regina
completava 28 anos. Os dois Luans são de janeiro, 7 e 27 de janeiro. um de 89 e
outro de 94. No final desse ano, o sogro de Marcello faleceu por causa de
complicações ligadas a uma tuberculose.
1995 – O tempo de serviço militar em Lages acabou e Marcello voltou pra Curitiba
em janeiro, Luan fazendo um ano e Guilherme 5 anos. É nessa época que
Marcello e Sandra entram na crise dos 7 anos. Ele entra em uma parceria de
sociedade em uma panificadora, o investimento não dá certo e a panificadora se
afunda em dívidas que iriam demorar muitos anos para serem pagas. E eles se
separam pela primeira vez. Perdeu a grana que tinha economizado no quartel na
quebra da panificadora. Quando se separou, planejou mudar para o Rio tentar a
vida, mas reencontrou com a Sandra Amara, e aí foram aos finalmentes, mas
outro arrependimento. Pareceu retomada de uma coisa que já estava acabada,
não se davam tão bem assim como parecia que seria só nos amassos de garotos.
Ainda bem que já era vasectomizado. Pouco tempo depois reatou o casamento...
outro passo errado.

1996 – Marcello começou a lecionar e a desenvolver mais neste ano a sua


sensibilidade para ver e ouvir espíritos. Poucas semanas depois que o Taiguara
morreu, fez cursos num centro espírita que foi indicado por uma colega de escola.
Tornou-se kardecista e se reencontrou médium. E como isso se dá? Taiguara
morreu em fevereiro, Marcello mudou-se pra uma casa nova, montou lá seu
consultório e se dividiu entre trabalhar com música, educação e odontologia. Na
casa começam outras manifestações que o levaram a começar no kardecismo,
mas que também o levaram à segunda separação, em junho ou julho. Pensou
mais uma vez em se mudar para o Rio, mas começou nesse ano a estudar
faculdade de Jornalismo e acabou tendo de adiar novamente. Nesse período fez
sua primeira regressão e teve indícios de que a sua secretária na época poderia
ser sua alma gêmea. Durante a separação, se envolveu com ela, descobriu que
até a tinha conhecido em 2 ou 3 vidas, mas não era nada relevante. Rompeu com
ela e reencontrou a Sandra Amara pela última vez e algumas manifestações
começaram a acontecer freqüentemente na sua casa. Pela segunda vez um
espírito se comunicou. Sempre viu muitos, mas até então só Cynthia tinha falado
com ele. Desta vez, um menino ruivo, com roupas muito antigas aparecia com
muita freqüência. Então, uma amiga o encaminhou pra um centro espírita e lá
descobriu o caminho pra auto-hipnose regressiva... e teve suas primeiras
regressões. Nessas regressões, dois momentos foram importantes, sem identificar
muitos detalhes. Quem conduziu essa regressão foi o próprio menino ruivo,
acompanhado de seu sogro, que tinha falecido há 2 anos e os dois mostraram
algumas cenas... uma trata-se de um incêndio provocado por uma mulher em que
ele com outra mulher que não conseguiu identificar, morreram ambos queimados,
numa espécie de galpão ou celeiro (ele não suporta sentir calor e morre de medo
de lugares fechados, como ambientes pequenos, elevadores, etc... pirofobia e
claustrofobia – Moína também tem estas fobias)... na outra um rapaz, a mando de
outra mulher, o empurrou de um abismo (ele também tem acrofobia). Vale
salientar que até dois anos antes ele era cético, agnóstico, quase ateu... tinha até
recebido educação cristã, católica, participado de atividades na igreja, mas num
determinado momento afastou-se por quinze anos e só acreditava em coisas
concretas até que não conseguiu encontrar respostas no concretismo e buscou
apoio espiritual. Não pretendia voltar para o catolicismo e não se atraía pelo
evangelismo, mas até procurar o kardecismo, pois desde que saiu de Ibaiti
abandonou qualquer religião, buscou apoio no Luteranismo, Budismo,
Xamanismo, Hinduismo, Judaísmo, Testemunhas de Jeová, Candomblé, Batista,
Protestante... só não voltou pra Católica, nem se atraía pela Igreja Evangélica,
afinal já conhecia as duas relativamente bem e não sentia que poderiam ajudar.
Enfim, se tornou kardecista. Descobriu que o menino era ligado à casa e não a
ele, Nessa época também passou no vestibular pra jornalismo e estava
planejando largar a odonto pra ir ao Rio, mas a faculdade adiou mais uma vez
essa idéia e o me prendeu em Curitiba mais um tempo. Sua ligação com o Rio era
forte muitas vezes pensou em se mudar pra cidade. A Moína era pra ter sido sua
irmã e algo estimulou sua mãe a abortar e ele tinha de reencontrá-la pra
cumprirem missões. Bem, em 96 começou sua escalada mediúnica e conheceu
quatro guias espirituais mais profundamente. Desde então ele os vê e é orientado
por eles quase todos os dias.

No final desse ano ele reatou com a Sandra Regina, foram morar na casa da mãe
dela. O consultório foi reaberto no ano seguinte numa sala no centro de Curitiba,
pra economizar aluguel e poder fazer a faculdade de Jornalismo.
1998 – A avó de Moína, Olga, falece em junho. No mesmo ano em que Marcello
entra com um projeto pra gravar Taiguara na Fundação Cultural de Curitiba, Moína
iniciava sua carreira de cantora e fundava sua empresa de produção com enfoque
em música independente. Quase que o projeto dele não consegue ser entregue,
teve uma confusão na fila da Fundação, projetos atrasaram, emperrou um monte
de coisa.

1999 – A Moína faz seu primeiro show e entra na crise dos 7 anos em fins de 99.

2000 – Ela ainda mantinha o casamento porque estava grávida do Kauan que
nasceu em setembro de 2000.

2001 – Porém, neste ano ela acabou se separando e começou a sofrer


manifestações com uma tábua Oui-ja... no começo a tábua dizia que quem estava
se comunicando era o Taiguara, mas a mesma linguagem que ela lia na tábua era
usada pela voz do telefone do Marcello. Ela tem uns diálogos transcritos, os
mesmos termos, inteligência, astúcia, envolvente e sedutor.

2002 – Esse espírito tentou atacar os dois na mesma madrugada... a Moína ele
quase conseguiu, porque ela não era religiosa naquele momento... Marcello já
estava relativamente protegido. O objetivo do espírito era matar os dois, porque
ele quer a ela e já sabe que não consegue se não matar os dois, mas ele a
violentou, mas não matou, porque só conseguiria se matasse os dois juntos. Era
madrugada de 1º de setembro e Marcello acordou engasgado, garganta seca,
com azia, reflexo de uma doença de refluxo que o acompanhava desde a
adolescência, quando despertou, os 4 guias estavam muito perto dele e uma
sombra escura passava direto pelas paredes e pelo teto, levantou-se e foi à sala,
os quatro sempre se pondo entre ele e a sombra, como se o protegessem. Foi ao
banheiro, vomitou e os 4 com ele... e a sombra passando. Tomou banho os 4 na
frente do box e a sombra na parede oposta, eles sempre entre ele e a sombra, o
protegendo... nesta mesma madrugada a Moína estava sendo obsediada por este
espírito. Ele chegou a violentá-la. Mesmo aspecto, parecia uma serpente escura,
um dragão, um lagarto, misturado com morcego olhos vermelho-amarelados...
Então, ele não conseguiu levá-los como pretendia.
Neste ano, Marcello ficou doente, com uma paralisia nas mãos. Acabou
abandonando a Odontologia e se dedicando à educação. Também teve um
período seguido de ansiedade e depressão. Decidiu se organizar por um tempo e
se separar. Mas quando perdeu o consultório, acabou se acomodando na
situação.

Moína procurou ajuda espiritual em diversas vertentes, se equivocou em algumas,


não se satisfez em outras, mas no ano seguinte encontrou o caminho certo num
barracão de Candomblé que a acolheu e a fortaleceu espiritualmente.

2003 – O projeto sobre Taiguara é aprovado e Marcello se aprofunda na pesquisa


sobre a obra do seu ídolo... foi pesquisando e demorando pra achar o que não
tinha. Parece que todos os sebos de Curitiba tinham desistido de ter Taiguara no
estoque... demorou muito pra encontrar tudo.

2004 – Enfim, em fevereiro, na véspera de Carnaval, dia do aniversário de 38


anos de Marcello, ele e Moína, então com 28 anos acabam se comunicando e
algumas coisas começam a fazer sentido. Ele escreveu em busca da família
pedindo ajuda pra pesquisa do projeto. Ela respondeu e começaram a conversar
sobre o projeto, sobre a obra do Taiguara por e-mail e ICQ.

Ele estava quase fechando a pesquisa, mas ainda precisava chegar a algumas
obras raras. A amizade foi se fortalecendo, como se se conhecessem há muitos
anos. Foi um encantamento mútuo. No começo eles cogitaram que era carência,
afinal ela estava separada há pouco tempo e ele não vinha bem no casamento
desde que reatou. Ou até transferência, pela paixão da obra de Taiguara.

Foram trocando idéias e em março ele acabou indo ao Rio pra encontrar com ela,
estreitar a pesquisa e cantar com ela num show no Shopping Iguatemi.

Acabaram se apaixonando, se envolvendo. No seu primeiro encontro ela chegou a


ter um transe, uma saída do corpo... um encontro de almas. Eles se encontraram
mais 4 vezes neste ano. Numa delas, em São Paulo, pesquisando juntos, uma voz
soprou que ela era a Mônica. Em outro momento, no Rio ela envelheceu na frente
dele e se tornou uma anciã. Várias descobertas foram se seguindo e eles foram
intercalando a pesquisa com o encantamento que foi surgindo entre os dois. Certa
vez em Curitiba ele voltou a ver a morena que aparecia pra ele na adolescência e
desta vez ela ganhou um rosto... e um nome... Moína. Idealização, talvez. Mas
nada o convence que tem algo a mais que isso. O moreno claro de olhos verdes
também começa a ganhar rosto e nome... Marcello.

Moína teve nessa época um sonho em que subia uma rampa numa faculdade
onde policiais jogavam bombas e correu pro refeitório pra alertá-los. No trajeto
chegou a ver Billy, a atual mulher dele, Martha e Luan descendo a rampa. Foi
aplaudida por algumas pessoas quando as ajudou a saírem da faculdade. Quando
estava descendo a rampa, atendeu uma ligação num celular e despertou.

Outros fatos vão se seguindo no decorrer de 2004. Na segunda viagem ao Rio,


por exemplo, Taiguara se comunica com Marcello pela primeira vez. Ambos
caminham pelas ruas da Tijuca, conversando longamente. Taiguara dá indícios de
que eles estão apaixonados definitivamente, mas dá uma bronca por estarem
agindo de uma forma errada. Afinal ele ainda era casado. Certa vez, final de noite
e começo de madrugada, teclando com a Moína no MSN ou ICQ, Taiguara
aparece pra Marcello em Curitiba e, tal como fez seu primeiro sogro, convida
Marcello a fazer uma regressão. Ele se despede dela e se deixa levar. Nisso, ele
descobre que esteve com Moína algumas vezes. Descobre que era ela a moça
que estava com ele no incêndio. Descobre que quem colocou fogo no galpão onde
estavam foi a Sandra Amara em uma vida anterior. Descobre que já foram
meninas e grandes amigas. Descobre que quem o empurrou naquele penhasco o
fez a mando da Sandra Regina. E descobre um momento, entre 1954 e 1959 onde
eles namoram lindamente, num sofá vermelho.

Aparentemente nunca haviam ficado juntos por muito tempo. Hoje sabe-se que
estão juntos há 8 encarnações, esta é a oitava, mas não conseguiram ficar juntos
nas passadas. Isso o assusta um pouco... mortes, intrigas, impedimentos.

Seria esta a primeira vez que estariam juntos? Contra tudo e contra todos? Parece
que vai ser, aliás, já é.

Quando voltou do transe, Marcello chamou Moína de novo no computador e


contou o que tinha descoberto com o pai dela. Eles eram Almas Gêmeas.
Na tarde seguinte, quando citou a cena do incêndio, principalmente, ela começou
a descrever nitidamente antes que ele dissesse qualquer coisa. Segue abaixo
transcrição da conversa dos dois no ICQ:
[17:27] Moína: Amor, eu vi a gente ontem

[17:28] Moína: Não sei se era vida passada

[17:28] Moína: Mas vi... rs

[17:28] Marcello: Viu? Onde?

[17:28] Moína: Debaixo de uma árvore... sentadinhos

[17:28] Moína: Namorando...

[17:28] Moína: Eu tava com um chapéu clarinho e um vestido claro também

[17:29] Moína: E você não me lembro como tava vestido...

[17:29] Marcello: Onde?

[17:29] Moína: Aqui no PC enquanto teclava com você

[17:29] Moína: Ontem

[17:29] Marcello: Viu na memória ou projetado?

[17:29] Moína: Memória

[17:29] Marcello: E por que não falou?

[17:29] Moína: Porque achei que fosse imaginação

[17:30] Moína: Era um bosque...

[17:30] Marcello: Eu vi essa cena

[17:30] Marcello: Com teu pai

[17:31] Moína: Vestido...

[17:31] Moína: Sapatinho e meia branca

[17:31] Moína: rs

[17:31] Moína: Vi de novo

[17:31] Moína: E o bosque... era assim.. a árvore em que estávamos era frutífera... e era longe... dava um espaço grande
pra gente...

[17:32] Moína: Entre uma árvore e outra

[17:32] Marcello: Estampado... tinha uns 15 anos

[17:32] Moína: Era nova sim...

[17:32] Moína: E estavamos do lado esquerdo do bosque

[17:32] Marcello: Tinha um descampado perto


[17:32] Moína: Sim...

[17:33] Moína: Terra marrom clarinha

[17:34] Moína: Você viu isso?

[17:34] Moína: E to vendo mais

[17:34] Moína: Mas acho que tô imaginando... rs

[17:34] Marcello: Terra e grama

[17:34] Moína: kkkkkk

[17:34] Moína: Sim...

[17:34] Moína: Mas tinha muita terra

[17:34] Marcello: Tá vendo agora?

[17:34] Moína: Sim

[17:34] Moína: Um espaço

[17:34] Moína: Uma casinha velha...

[17:34] Moína: Com varanda

[17:34] Marcello: Que mais?

[17:34] Moína: E escadinhas... umas 3

[17:35] Moína: Só isso

[17:35] Moína: Que vi... rs

[17:35] Marcello: No fundo, longe

[17:35] Moína: A casa?

[17:35] Moína: Não... perto

[17:35] Moína: De madeirinha... bem simples

[17:35] Marcello: Sim

[17:35] Marcello: Há uns 100m

[17:35] Marcello: À esquerda

[17:35] Moína: Sim

[17:35] Moína: Mas não de frente

[17:35] Moína: Tô vendo de lado

[17:35] Marcello: Tipo choupana

[17:35] Moína: Sim


[17:35] Marcello: Sim, de lado...

[17:36] Moína: Aquelas casinhas de filme... antigo de gente humilde

[17:36] Moína: Tem um poço

[17:38] Moína: E eu me lembro da cena do celeiro

[17:39] Moína: Porque quando você me falou... eu vi na íntegra na mente

[17:39] Moína: Quer que eu te diga?

[17:39] Moína: A porta de entrada fica do lado direito... tinha muita palha dentro... eu tava com um vestido marrom...

[17:39] Moína: Ou era uma saia

[17:39] Moína: Eu acho enorme... até os pés. Mas embaixo dela tinha mais coisa...

[17:40] Moína: A blusa era bege de babados...

[17:40] Moína: Na saia tinha um avental

[17:40] Marcello: Tá falando do galpão do incêndio?

[17:40] Moína: Sim

[17:40] Moína: Avental pequeno clarinho de renda...

[17:41] Moína: Pendurado na minha cintura

[17:41] Moína: rs

[17:41] Moína: porque sumiu?

[17:41] Marcello: Tô só lendo

[17:41] Marcello: Segue

[17:42] Moína: Despertei... rs

[17:42] Moína: Kauan quis água... hehe

[17:42] Moína: Mas pode ser imaginação, né? rs

[17:42] Moína: kkk

[17:42] Moína: Ando vendo muito filme antigo... hehe

[17:43] Marcello: Você descreveu exatamente como eu vi

[17:43] Marcello: Apagou da mente?

[17:43] Moína: A palha também?

[17:43] Marcello: Também

[17:43] Moína: Tinha uns ferros do lado esquerdo da porta

[17:43] Moína: Tipo rodas de carroça antiga


[17:44] Marcello: Não brinca

[17:44] Moína: Não tô brincando...

[17:44] Moína: Porque acha que eu tô brincando?

[17:44] Marcello: Rodas, sim, eu e meu sogro, depois eu e teu pai ficamos ali, do lado das rodas

[17:44] Moína: Hum

[17:44] Marcello: Tô errepiado

[17:44] Moína: rs

[17:44] Marcello: Modo de falar

[17:44] Moína: Eu sou tua sim, amor

[17:45] Marcello: Quando viu isso?

[17:45] Moína: Agora

[17:45] Marcello: Viu o incêndio? É no dia do incêndio?

[17:45] Moína: Já tinha gasolina lá quando entramos?

[17:45] Marcello: Não lembro

[17:46] Moína: Acho que tinha sim

[17:46] Moína: E você não sabia

[17:46] Moína: Por causa do cheiro do óleo

[17:46] Moína: Senti o cheiro

[17:46] Marcello: Nem sei se existia gasolina nesse tempo, pode ser querosene ou outro líquido inflamável

[17:46] Moína: Pode ser, sei lá

[17:46] Moína: O cheiro confundia com o do óleo... das serragens e por isso você não se tocou...

[17:47] Marcello: Que mais?

[17:47] Moína: Mas foi premeditado

[17:47] Moína: Tinha escada?

[17:47] Marcello: De madeira, pra cima, num tapume

[17:47] Moína: Sim...

[17:47] Moína: Eu vi esse segundo andar também

[17:48] Marcello: Do lado esquerdo no fundo

[17:48] Moína: Vi de outra forma... vi no lado direito

[17:48] Marcello: Não, era esquerdo depois que você entrou ficamos do lado direito
[17:49] Moína: Ah tá

[17:48] Marcello: Que tinha lá?

[17:48] Moína: Trancarias

[17:47] Marcello: Você lembra do fogo?

[17:47] Moína: Vago

[17:49] Marcello: Viu a coluna no meio

[17:49] Moína: Sim

[17:49] Moína: Tinha algo no meio

[17:49] Moína: Achei que era a escada

[17:49] Marcello: Uma coluna de madeira

[17:49] Marcello: O que tinha pendurado nela?

[17:49] Marcello: Pendurado na coluna?

[17:50] Moína: Um lampião

[17:50] Marcello: Que cor?

[17:50] Moína: Enferrujado...

[17:50] Moína: De cobre

[17:51] Moína: Sei lá

[17:51] Moína: Era enferrujado...

[17:51] Moína: Tava sujo... talvez amarelo ou laranja

[17:51] Marcello: Laranja

[17:51] Moína: Não

[17:51] Marcello: Laranja de ferrugem

[17:51] Moína: Não

[17:51] Moína: Tipo inox quando fica velho...

[17:51] Marcello: Eu vejo ele amarelo

[17:52] Marcello: Moína, você viu a gente fazendo amor?

[17:52] Moína: Tinha pano colorido no chão que fizemos amor?

[17:52] Marcello: Tinha, mas não era bem no chão

[17:52] Moína: Ainda não vi não

[17:52] Moína: Era onde?


[17:53] Marcello: Era do lado esquerdo, quase na parede, um monte de feno com panos xadrez de retalho

[17:53] Moína: Eu vi isso

[17:53] Moína: A mulher do fogo

[17:53] Moína: Putz

[17:53] Moína: A mulher que pôs fogo

[17:53] Moína: Foi ela sozinha... não foi?

[17:54] Marcello: Sim, os retalhos davam um aspecto de xadrez... com predomínio do vermelho e do azul

[17:54] Moína: Isso

[17:54] Moína: Sniff

[17:54] Marcello: Que foi, viu ela?

[17:54] Moína: Eu vi

[17:54] Marcello: Do lado da porta, por fora?

[17:55] Moína: Ela tava com vestido escuro

[17:55] Marcello: Antes ela olhou pela janela

[17:55] Moína: Não vi janela

[17:55] Marcello: Marinho

[17:55] Marcello: Marinho escuro

[17:55] Moína: Na porta

[17:55] Moína: Se não era marinho era marrom escuro... não me lembro

[17:55] Moína: Tinha chapéu também

[17:55] Moína: Era todo cocó... rs

[17:55] Marcello: Sim

[17:55] Moína: Eu era mais alta do que eu sou e tinha mais corpo

[17:56] Marcello: Era, mas era esguia

[17:56] Moína: Tinha mais seios, também

[17:56] Marcello: Tinha

[17:56] Marcello: Magra e alta

[17:56] Moína: Os seios pareciam maiores, tipo silicone..kkkk

[17:56] Marcello: Deve ser corselet

[17:56] Moína: Tinha um colar


[17:56] Moína: Eu

[17:56] Marcello: Com corselet ele sobe

[17:56] Moína: Sim

[17:57] Moína: O cabelo amarrado...

[17:57] Moína: Mas não rabo de cavalo... metade dele...

[17:57] Marcello: Pra trás

[17:57] Moína: Sim

[17:57] Moína: Eu uso assim às vezes

[17:58] Marcello: Viu a gente deitado já?

[17:58] Moína: Por que eu tô vendo isso?

[17:58] Moína: Na mente

[17:58] Moína: Mesmo com tanta zona... crianças e gente falando comigo ao mesmo tempo

[17:59] Moína: Sua calça era curta

[18:11] Moína: Onde foi... vi mais coisas

[18:12] Moína: Por que não conseguimos nos salvar se ela estava sozinha? Não tivemos coragem? Era dois contra uma

[18:13] Marcello: Ela queimou por fora

[18:13] Marcello: Quando vimos já não dava tempo

[18:13] Moína: Mas eu vi outra coisa

[18:13] Moína: Ah, já tava queimando...

[18:13] Moína: Entendo...

[18:13] Marcello: Desculpa, fiquei emocionado

[18:13] Moína: Mas vi ela dentro da casa

[18:14] Moína: Ela xingava a gente?

[18:14] Marcello: Pode ser num outro momento, tô tremendo

[18:14] Moína: De desgraçados?

[18:14] Marcello: Não vi isso

[18:14] Moína: Eu vi

[18:14] Moína: Ela foi na porta sim

[18:14] Moína: Porque eu me vi nua levantando... com vergonha

[18:14] Marcello: Como ela era fisicamente?


[18:14] Moína: Clara

[18:15] Moína: Cabelos castanhos claros... presos, tipo coque e caindo pelo chapeu dos lados....

[18:15] Moína: Essa mulher entrou antes sim

[18:15] Moína: Talvez, ela tenha entrado, nos xingado, saiu e começou

[18:17] Marcello: Vai ver ela saiu e deve ter voltado depois

[18:16] Moína: É, mas já tinha "gasolina" antes...foi premeditado...

[18:17] Moína: Quando ela me viu nua... eu me escondi nos panos...

[18:17] Moína: Tipo, agarrei o pano entre seios e o sexo...

[18:17] Marcello: Ela era parente sua

[18:17] Marcello: Mãe, madrasta, tia, irmã, alguma coisa

[18:17] Marcello: Alta ou baixa?

[18:17] Moína: Médio

[18:17] Moína: Não vejo alta, nem muito baixa...

[18:18] Moína: Mas vejo ela com uma coisa clara na mão, comprida...

[18:18] Moína: Não sei o que é...

[18:18] Moína: Ela nos viu... nos xingou

[18:19] Moína: E saiu, fechou a porta

[18:19] Moína: Talvez na mesma hora já com a gasolina lá... pôs fogo e ficamos presos...

[18:19] Moína: Antes quando eu entrei... você tava com um calça meio curta de suspensório...

[18:19] Moína: Isso eu vi também

[18:20] Moína: Mas não lembro a cor da blusa

[18:20] Moína: Vi outra cena

[18:20] Moína: Quando você saiu em outro momento nosso

[18:20] Moína: Não sei se era nessa mesma vida...

[18:20] Moína: 1 - Eu era morena sim, mais clarinha do que sou agora

[18:20] Marcello: Sim

[18:20] Moína: 2 - Você era mais baixo e mais magro...

[18:21] Moína: Eu tinha uma pinta?

[18:21] Moína: rs

[18:21] Marcello: Onde?


[18:21] Moína: No rosto

[18:21] Moína: Pequena, mas visível

[18:22] Marcello: Isso eu não lembro

[18:22] Moína: Meu cabelo era mais claro... não era preto que nem é hoje...

[18:22] Moína: Era mais castanho

[18:22] Moína: Mas não muito claro

[18:23] Moína: Você viu uma cena que você corria atrás de mim

[18:23] Moína: Eu escutei gargalhadas nossas agora há pouco

[18:23] Marcello: Não

[18:23] Moína: Era tipo plantações...

[18:23] Moína: Mas altas

[18:23] Marcello: Essa não

[18:23] Moína: Você me pegou por trás

[18:23] Moína: Eu vi

[18:23] Moína: Primeiro escutei as nossas gargalhadas

[18:23] Moína: Depois veio isso à mente

[18:24] Moína: Marcello

[18:24] Moína: Eu tô vendo, nada projetado

[18:24] Moína: Tenho uma memória muito acentuada...

[18:24] Moína: Mas não conseguia ver nada

[18:24] Moína: Eu me lembro de coisas de quando eu tinha 1 ano de idade... minha mãe até se assusta

[18:24] Moína: rs

[18:25] Moína: E eu não sei se tinha essa pinta...

[18:25] Marcello: Você descreveu a cena do incêndio quase como eu vi; incrível

[18:26] Moína: Dela também? Ela era do jeito que falei?

[18:26] Marcello: Era

[18:26] Moína: Você tá bem?

[18:26] Marcello: Tô bem, tremendo ainda, mas bem

[18:31] Marcello: Comecei a chorar quando você falou "um lampião" e to chorando até agora

[18:31] Moína: Por quê?


[18:31] Moína: Tinha mesmo?

[18:31] Marcello: Eu perguntei e falei aqui baixinho "lampião"... sussurrando

[18:32] Moína: Hum...

[18:32] Moína: Foi o q eu vi...

[18:32] Marcello: E você escreveu em seguida

[18:32] Moína: rs

[18:32] Marcello: Esse lampião me chamou a atenção

[18:32] Marcello: Foi a primeira coisa que vi quando entrei lá, nas duas vezes

[18:32] Moína: Era velhinho, né?

[18:32] Marcello: Era, mas era laranja ferrugem, ou amarelo escuro

[18:32] Moína: eu vejo de outra cor

[18:32] Moína: Ah

[18:32] Moína: A minha blusa era branca

[18:32] Moína: E não bege

[18:32] Moína: E a saia marrom

[18:33] Marcello: De botas?

[18:33] Moína: Não vi se era de botas

[18:33] Moína: Eu vi você com a calça curta

[18:33] Moína: Cabelos castanho escuros

[18:33] Moína: Não muito alto e de suspensório

[18:33] Moína: A blusa eu não me lembro

[18:34] Moína: Tinha mato do lado da casa

[18:34] Moína: Acabei de ver

[18:34] Marcello: Não lembro da calça curta

[18:34] Marcello: Eu era empregado, né?

[18:34] Marcello: Eu dormia ali no celeiro

[18:34] Moína: Sim, mas por que eu tava com o avental na cintura clarinho... era da roupa?

[18:35] Marcello: Acho que sim

[18:35] Marcello: Do modelo

[18:35] Moína: Pode ser...


[18:35] Moína: Eu não era empregada, então?

[18:35] Marcello: Não

[18:35] Marcello: Era alguma coisa da patroa

[18:35] Marcello: Filha, enteada talvez

[18:35] Moína: Mas essa moça não era minha mãe...

[18:35] Moína: Mãe biológica, não

[18:36] Marcello: Tia?

[18:36] Moína: Talvez enteada ou tia...

[18:36] Moína: Mais enteada do que tia...

[18:36] Moína: Não tinha laço sanguíneo comigo...

[18:37] Moína: A pinta

[18:37] Moína: Era do lado esquerdo

[18:37] Moína: Abaixo do olho...

[18:37] Marcello: Não sei dizer, mas você era da família e ela queria estar no seu lugar

[18:37] Marcello: Nos braços daquele empregado gostoso

[18:37] Marcello: Másculo

[18:37] Moína: kkkk

[18:37] Marcello: Bonitão

[18:37] Marcello: Potente

[18:37] Moína: rssss

[18:37] Marcello: De mãos firmes

[18:37] Marcello: Ao mesmo tempo duro e delicado

[18:37] Marcello: Ai, ai,... eu me amo, rsrsrsrsrsrs

[18:38] Moína: rssss

[18:38] Moína: Você vivia sujinho

[18:38] Moína: E estava sujo quando cheguei

[18:38] Marcello: rs

[18:39] Marcello: A Drielle vai precisar do PC daqui há pouco... trabalho de escola

[18:39] Moína: Ok...

[18:39] Moína: E eu vou aproveitar... ajeitar a casa


[18:39] Marcello: Você gostava do meu jeito rústico e encardido?

[18:39] Moína: rssss

[18:39] Moína: Acho que sim, né? rs

[18:39] Moína: kkkkkk

[18:40] Moína: Eu sei teu nome nessa

[18:40] Moína: Sim

[18:40] Moína: José

[18:40] Marcello: Não vi nomes de ninguém

[18:41] Marcello: Sim o quê?

[18:41] Moína: Foi o nome q veio na minha mente quando eu tava sendo obsediada pela coisa.

[18:41] Moína: Joséeeeeeeeeeee

[18:41] Moína: Eu gritava esse nome

[18:41] Marcello: rs

[18:41] Moína: É sério

[18:41] Moína: Não ri

[18:41] Moína: Você se chamava José

[18:41] Moína: Pode perguntar pro meu pai

[18:42] Moína: Meu José... rs

[18:42] Moína: Agora entendi o José que eu chamava

[18:43] Moína: Na hora eu associei com o pai de Jesus... e rezei o credo... quando a coisa saiu de mim... mas eu tava era te
chamando...

[18:43] Moína: Estranho... rs

[18:43] Marcello: Verdade

[18:43] Moína: Snif

[18:43] Moína: Eu te chamei pra me salvar

[18:44] Moína: E você ouviu...

[18:44] Moína: 2 anos depois, mas ouviu

[18:44] Moína: 2 anos naum...

[18:44] Moína: 1 ano e 6 meses depois

[18:44] Moína: buáá

[18:45] Marcello: Sabe a data aproximada?


[18:45] Moína: Tô emocionada

[18:45] Moína: Sim

[18:45] Marcello: Machucou?

[18:45] Moína: Sei

[18:45] Moína: 01/09/2002

[18:45] Moína: ou

[18:46] Moína: 31/08/2002

[18:46] Marcello: Vou tentar lembrar onde eu estava

[18:57] Moína: E descobri mais uma coisa... éramos brasileiros no incêndio

[18:58] Marcello: Como descobriu isso?

[18:58] Moína: Me falaram

[18:58] Marcello: Quem falou? Pra mim era algum lugar da Europa

[18:58] Moína: Alguém

[18:58] Moína: Na minha mente

[18:58] Moína: Talvez anjo da guarda... rs...

[18:58] Moína: Oxum...

[18:58] Moína: Ou a minha cigana

[19:00] Marcello: entendo

[19:01] Moína: A palavra alma gêmea também foi dita pelo meu pai?

[19:01] Marcello: Foi

[19:02] Marcello: Pouco antes do incêndio

[19:02] Moína: Então somos, tá?

[19:02] Moína: E agora você entendeu o que teu sogro disse

[19:02] Marcello: Sim

[19:03] Moína: Somos abençoados

[19:03] Moína: Somos

[19:23] Marcello: Por que você tá tão pensativa?

[19:23] Moína: Não sei

[19:23] Marcello: Tá vendo mais coisas?

[19:23] Moína: Tô
[19:23] Marcello: Que tá vendo?

[19:23] Moína: Depois te conto

[19:24] Moína: Senti um perfume forte agora no meu nariz

[19:24] Moína: Acho que foi um anjo que passou...

[19:24] Marcello: Ah

[19:24] Marcello: Que mais tá vendo?

[19:24] Moína: Ela tinha algo na mão... achei que fosse a coisa que ela pôs fogo... mas era um guarda-chuva claro...

Neste ano, ele ainda viu ou ouviu Taiguara algumas vezes e veio ao Rio outras
tantas.

Numa outra conversa pela Internet, mais ou menos nesta mesma época, Marcello
teve uma visão. Algum espírito, provavelmente o mesmo que os obsediaram em
2002 tentava entrar pela janela do quarto das crianças que estavam dormindo. Ele
pediu a Moína que saísse do PC, fechasse todas as janelas e que se
concentrasse em orações ou meditação. Falou que iria sair do PC e se concentrar
também, pois algo estava para acontecer. Ao fechar as janelas, ela viu do lado de
fora uma moça loura, flutuando do lado de fora. Marcello deitou-se pra meditar e
inexplicavelmente saiu de si. Viajou no astral rapidamente de Curitiba ao Rio e
chegou nos arredores do edifício onde ela morava. Teve então uma visão
impressionante. O espírito obsessor contornava o andar da Moína e era impedido
por um verdadeiro exército. Orixás, anjos, guias espirituais, tribos de índios,
cavaleiros, centuriões, outros espíritos, mais de cem entidades pra proteger a
Moína. Nunca imaginou que alguém pudesse ser tão bem protegido. Participou da
luta como pôde, protegendo a janela da cozinha que era a única que
inadvertidamente não estava completamente fechada e dando passes na água do
filtro da mesma cozinha. Uma batalha que durou muito tempo, sem confronto,
apenas uma dança que o manteve distante do prédio. Alta madrugada quando o
espírito, cansado e enfraquecido acabou dominado e conduzido por alguns
centuriões para a luz.
Cessada a batalha, todos foram voltando aos poucos para seu lugar. Marcello
acordou em sua casa esgotado e espantado. Como pode alguém ter uma
proteção desse tamanho?

Na penúltima vez que foi ao Rio, Marcello estava na casa de Moína, se


preparando pra ir embora pra casa de seus parentes, onde estava hospedado e
presenciou ela incorporar uma cigana que chamou a atenção das crianças por
causa de uma má criação e lhe deu alguns conselhos de como devia se comportar
com a Moína, pois ela estava muito apaixonada e que ele não deveria ir embora
naquela hora porque na rua estaria correndo perigo, o que ele acatou. A cigana
então foi para o quarto de Moína e adormeceu. Marcello dormiu de roupas no
sofá. De fato, no dia seguinte tiveram a notícia que há poucos metros dali, uma
blitz policial estava cercando um morro vizinho e havia risco de confronto entre
policiais e traficantes e se fosse embora, poderia passar no meio desse confronto.

Na ultima vez que Marcello esteve no Rio nesse ano, eles terminaram os últimos
detalhes para a redação do projeto e em 18 de julho se despediram.
Aparentemente demorariam um pouco pra se reencontrarem de novo. Marcello
tinha a intenção de chegar em Curitiba, ajeitar algumas coisas, se mudar pra
algum lugar em Curitiba mesmo por um tempo, se separar, como havia cogitado
em 2002, resolver uns problemas pessoais e de saúde e se mudar definitivamente
pro Rio até o fim do ano.

Marcello e Moína se afastaram. Acreditavam que por poucos meses, mas Marcello
perdeu o emprego de professor, não conseguiu entrar num mestrado que estava
elaborando, caiu financeiramente e a saúde piorou. Nesse período em que ficaram
afastados, Moína acabou caindo também. Ficou desempregada, o ex-marido
também perdeu o emprego e parou de dar pensão, perdeu o apartamento em que
morava, foi morar com a mãe e deixou os filhos, então com 3 e 10 anos aos
cuidados do Billy.

Com isto posto, passaram pouco mais de 3 anos afastados, alguns meses sem se
comunicar mais, porém planejando ainda os divórcios.
Nesse período em que estiveram separados cabe citar um e-mail recebido por
Marcello vindo da Eliane, mãe da Moína que está transcrito abaixo:

Subject: Um diálogo de sogra(o) para Marcello (genro)!

From: Eliane Potiguara

Oi, Marcello

Escrevi um e-mail inteirinho, mas meu computador simplesmente travou sem motivo algum. Coisa estranha !

Eu estive conversando com o Taiguara esta madrugada e por isso tomei a atitude de incentivar a Moína a voltar a estudar.
Foi uma das coisas que ele me pediu, pois segundo Taí, vocês trabalharão muito nesta área artística e a Moína precisa se
profissionalizar mais, para que ela possa lhe ajudar com os projetos.

Ele apareceu em sonho, me chamou, me fez acordar e logo após se materializou. Este tipo de visão eu só havia tido duas
vezes. Quando Moína tinha 15 anos de idade e vi um homem de quase 2 metros de altura se transformar numa grande bola
de luz e entrar no quarto dela. A outra quando eu vi outro homem lindo, todo vestido de azul claro, com um arco e flecha
na mão esquerda e um rabo de cavalo (eruxim) na mão direita, coberto de luz azul, penas de araras, etc, na porta do quarto
dela fazendo guarda. Ela também tinha 15 anos. Taiguara me levou até o quarto onde Moína estava dormindo sozinha
com um olhar muito triste e preocupado. E Taí me pediu para que ligasse para você ou para que eu lhe mandasse um e-
mail. Preferi escrever pois, é mais barato e é muito assunto.

O que Taiguara quer saber é: Quais são suas verdadeiras intenções com a nossa filha ? Porque confiamos a nossa filha a
você. Você pediu a mão dela em casamento e Taiguara estava ao meu lado lhe concedendo a nossa filha. Foi o que ele me
disse.

Borghí, vou lhe contar algo que talvez não tenha conhecimento. Taiguara amava mais a Moína do que qualquer outro
filho, por isso ele aparece para você. A super-proteção de Taiguara com esta menina era algo fora de série e por isso Imyra
tem tantos ciúmes de Moína.

Taiguara me disse que enquanto você não tomar forças e ser sincero com todos, nada vai caminhar. E que você precisa
reagir ! ! ! Não sei o que ele quis dizer com esse assunto de sinceridade, contudo ele avisou que você sabe do que ele está
falando. Disse também que assim que tiver peito para agir, todos seu guias espirituais estarão ao seu lado para lhe apoiar e
inspirar e que não sinta medo. E que se for honesto com Moína, todas as outras portas lhe serão abertas.

Quando Moína me disse o que estava acontecendo, eu chorei, mas de pena da minha filha. E eu pensava "eu sabia !".
Estou lhe sendo sincera, mas cheguei a pensar que tu tinhas usado a minha filha e que agora estava saindo de mansinho.
Mas não quis encher mais a cabecinha dela de minhocas, então me calei. Cheguei a desconfiar de sua conduta, quando
resolveu se afastar. Sobretudo, Taiguara me mostrou que vocês realmente já estiveram juntos em outras vidas. Foi muito
esplêndido ! ! !
Creio eu, que você não é safado ao ponto de vir a minha casa, pedir a mão de minha filha, prometer fazer minha filha feliz
e depois deixá-la a ver navios. Você não é isso !

Não faça a Moína sofrer, Borghí ! Eu lhe peço em meu nome e em nome de Taiguara.

AVISOS DE TAIGUARA PARA BORGHÍ:

* Existem forças negativas ocultas (inimigos de vocês ocultos de outras existências que torcem para a destruição do que
há de mais lindo e puro em vocês que é o amor que um sente pelo o outro). No campo de Moína não conseguem atuar e
por isso, a carga vai mais em você e lhe deixa doente. Taiguara avisa que está doente por 3 motivos:

I) As energias negativas desses seres ocultos que não querem ver a felicidade de vocês rondando;

II) A sua falta de ação, principalmente de iniciativa, o que faz você regredir e falhar na sua prova e missão;

III) A saudade enorme que sente por Moína;

* Faça uma limpeza espiritual ! Se ilumine !;

* Defenda a Moína com unhas e dentes sempre, e se precisar brigar para defendê-la, brigue, inclusive no se que diz
respeito ao trabalho que ela está executando com o nome do pai, pois segundo Taí, é ela quem vai conseguir resgatar tudo,
porque embora haja interesses de outros membros familiares, Taí quer a Moína liderando, pois ela tem a luz e não visa
lucros. Ele cantou para ela: "confiante, combatente, consciente, precursora, prenunciante, presidente". Taiguara sabia
quem era Moína quando fez essa música;

* Não tenha medo de ser feliz e colocar a sua felicidade à prova. Ele repetia muito isso. Foi onde ele bateu mais nas teclas;

* Lembre-se que reencontro de almas gêmeas é uma dádiva e não é oferecido para todos. Se fugir disso, desistindo, pode
não mais encontrá-la, pois um amor verdadeiro recusado, não retorna mais. Os seus guias não lhes darão outra chance.
Vocês já estiveram juntos em pelo menos 7 vidas e em todas se encontraram. Se falharem nessa, vão se afastar para o
resto de suas vidas, pois estão passando por provações para testarem se esse amor suporta qualquer obstáculo, no meio de
trancos e barrancos. E isto foi interrompido da última vez que estiveram juntos. Esse seria o 8º encontro;

* De nada vai adiantar levantar o nome de Taiguara, criar projetos, cantarem suas músicas, executarem as músicas nas
rádios, se o que ele mais ama nesse universo está sofrendo;

* Toda a luz para qualquer empreendimento que se faça necessário para gravar, fazer tributos, está com Moína, sem ela
por perto nada sairá;

* Ele não gostou do evento com o Simonal, por isso a briga foi gerada, para que o rapaz desistisse e ele desistiu.

* Moína também está sendo provada, pois há perseguições com o trabalho que ela executa com o nome do Taiguara. Está
sendo provada, para saberem se o amor que tem ao pai supera as barreiras e as ameaças que anda sofrendo. Se superar, ela
volta a ser filha sanguínea de Taí na outra reencarnação. Então, a apóie e não a deixe desistir;

* Taiguara me disse que lhe ama e já esteve com você outras vezes, em outras vidas, mas que infelizmente não teve tempo
de te reencontrar, por isso também ele aparece demais para você. Ele pede para você fazer a nossa filha feliz e não
decepcioná-lo;
* Ele diz que depois que você se limpar das energias negativas dos seres que não querem ver a felicidade de vocês, ele
aparecerá novamente para você, pois as cargas negativas não estão deixando ele entrar em contato;

* Diz que a tendência, caso fiquem muito separados (Moína e Borghí) é enfraquecerem e ficarem muito enfermos. Com
alto nível de debilitação, pois vocês não devem estar longe, uma vez que se encontraram.

Taiguara me mostrou algumas cenas e fiquei impressionada. Por um bom tempo achei que essa história de almas gêmeas,
era fantasia da cabeça de vocês, sobretudo eu vi com os meus próprios olhos espirituais. Foi uma sensação muito forte,
voltei enfraquecida, mas eu tinha que ir. Eu nunca havia sido transportada, tinha avisos em sonhos, transes, mas ser
transportada nunca. E viajar com o homem que eu amo, foi muito gratificante. Inesquecível! É uma sensação muito
estranha e forte. Não sei como explicar. Vi muitas coisas. Assisti 4 filmes, filmes de vidas de minha filha com você. Não
consegui voltar a dormir, pois fiquei estafada, porém impressionada.

Concordo com que o Taiguara me disse de vir para a nossa filha de corpo e alma limpos, mas se pensa em abandoná-la (o
que não acredito) no meio de campo aberto, depois de enchê-la de esperanças, não concordo. Não concordo também em
ter dado a notícia do seu afastamento por e-mail. E-mail é uma coisa muito fria. Deveria ter conversado por telefone.
Moína anda muito calada pro meu gosto e isto está me preocupando. Fazer esta menina voltar a se comunicar, por meio de
voz, está difícil. Taiguara me disse que quando se amam, seus guias e os deuses dela dançam de felicidade.

Moína é iluminada, mas tem tendência à depressão aguda, o que faz ela ficar doente. E a voz pode ser algum reflexo que
esteja sofrendo com a depressão.

O sofrimento que teve no casamento com o Billy, serviu como amadurecimento para quando ela te reencontrasse.

Taiguara dará todo o apoio que precisar para levar o projeto em frente, porque você foi o escolhido para fazer lembrar o
nome dele junto com nossa filha.

Ele pede para se concentrar muito ao dormir, para que ouça as mensagens que vêm do cosmo para o seu Eu Superior e
evitar transes dentro de sua casa. Os transes devem ser feitos, caso necessite, no seu Centro e com orientação de um
mestre. Clarividências você pode ter, mas incorporações, somente com um sacerdote. Preste muita atenção nos sonhos,
pois eles também lhe mostrarão os caminhos e ore bastante por vocês dois. Vocês precisam de muita luz.

Avisa que suas crianças estão sendo preparadas e que você sabe do que ele está falando. Seus filhos vão lhe entender se
usar a sabedoria infinita e dizer sempre a verdade. Deixar as coisas claras, como o pai de Luan e Kauan foi capaz de dizer
e com isso não criar problemas entre pais e filhos.

Você e ela caíram juntos, por dois motivos:

I) Vocês são almas gêmeas, um cai, outro vai junto. Um sente dor, outro sente dor junto. Um fica enfermo, outro fica
também;

II) Porque vocês se encontraram e não puderam naquele momento ficarem juntos.

Quando obtiver a energia e força para começar a assumir o seu relacionamento com ela, arregaçando as mangas e agindo,
basta apenas isso, vocês se levantarão, porque é o início do reencontro de vocês. Enquanto estiverem estagnados, a
tendência é cair mais ainda, por isso não alcançou os seus objetivos. Era para você estar livre em 2004 quando estava
marcado para você reeencontrar a Moína, pois 2004 é o ano pessoal de Moína. E o começo dela virá quando você
arregaçar suas mangas e lutar pelo seu amor. As bênçãos divinas estão esperando para serem jorradas em cima de suas
cabeças.
Não tenha medo de colocar sua felicidade à Prova (dizeres de Taiguara). Taiguara diz que não aparecerá mais para mim
para lhe dar essas observações, pois cumpriu sua missão, vai aparecer mais uma vez para você e vai resolver outros
problemas, pois está em processo de reencarnação, mas que estará por perto abençoando os projetos e o amor de vocês
sempre, até reencarnar.

Os avisos também estão vindo em forma de doença.

AFASTAMENTO = ENFERMIDADE + SAÍDA DO PLANO MATERIAL

JUNTOS = SAÚDE + PERMANÊNCIA NO PLANO MATERIAL PARA A CONCLUSÃO DE SUAS MISSÕES.

Taí disse que você sabe porque fica doente. Pois não vive sem a Moína, pois a ama loucamente.

Disse mais, seu relacionamento com a mãe dos seus filhos, já foi cumprido há muitos anos, o que quer dizer que se levar
adiante algo que já está finalizado (cumprido), as conseqüências serão mais dolorosas, pois fugirá de suas tarefas.

Que a partir de 2005 sua missão na Terra, será executada junto com Moína, pois vocês dois têm missões em dupla. São
algumas:

* Ajudar as pessoas com a mediunidade que lhes deram;

* Cantar, compor músicas que elevem o espírito do coletivo;

* Deram a vocês 5 filhos (5 espíritos) para que vocês os evoluam;

* Unir 5 irmãos que estão em pé de guerra (Ninguém fala mais com ninguém, está uma loucura isso tudo).

* As outras , segundo ele você sabe.

Como são almas gêmeas, essas missões não poderão ser executadas individualmente, o que retiraria os dois da existência
terrena. Voltariam ao plano espiritual, se separariam para sempre, pois morreriam de dor e voltariam sem nunca mais se
encontrarem, pois não seriam merecedores dessa união.

Isso é muito sério, Borghí! Estou estarrecida e muito assustada com isso tudo, mas creio que ficarem separados, seja
impossível, pois o que eu vi nos filmes, foi muito amor, foi muito real e muito lindo. Eu sou xamanista, minhas faculdades
medíunicas me permitem ter acesso aos meus ancestrais.

Moína se afastou de você como solicitou e sei que o fará, por lhe respeitar muito, mas Taiguara quer que você continue
trabalhando a lista dele.

Não gosto e não costumo me meter em assuntos sentimentais de filhos meus, pois eles já estão crescidos e têm que
aprender a se virarem sozinhos para fazerem as suas escolhas. Contudo, não pude deixar de fazer o que o meu ex-marido
solicitou. Se não fosse sério, não perderia quase 2 horas (perdi o e-mail que estava lhe enviando e por isso tive que
começar tudo de novo, foi cansativo) do meu tempo, pois tenho muito o que fazer.

Responda para esse meu e-mail da minha ONG que eu lhe escrevi:

Não quero que Moína tenha acesso a sua resposta e nem que ela leia o que eu lhe passei. Mas quero e preciso saber o que
o Taiguara perguntou. Vou reformular novamente a pergunta dele?

O que pretende com a nossa filha?

O que quer de nossa filha?


O que vai fazer para ela ser feliz?

Os meus e-mails do terra e yahoo não têm senha no Outlook e sempre que Moína conecta no meu computador, peço para
ela fazer downloads de meus e-mails. Por esse e-mail é mais seguro.

Quero agradecer pelo amor que dedica a minha filha e por tudo que fez por ela em outras vidas.

Que sejam felizes!

Eliane

Enfim, Marcello e Moína se reencontram com 38 e 28 anos de idade e tiveram


alguns indícios, depois provas que são almas gêmeas e que têm missões que só
acontecerão se estiverem juntos.

2005 - Nos 3 anos e 3 meses em que ficaram afastados, entre julho de 2004 e
outubro de 2007 (na verdade tiveram um encontro de 31/12/2006 a 05/01/2007)
alguns fatos se deram. Marcello adoeceu, mas procurou tratamento enquanto
tentou se reerguer abrindo uma empresa. Iniciativa parecida com a da Moína, que
chegou a ter também problemas de saúde menos sérios, mas reergueu a empresa
que fundou em 1998 com um novo enfoque. Ambos tiveram alguns progressos,
mas com os problemas de saúde Marcello não conseguiu tocar sua empresa a
contento. Já Moína teve algum progresso significativo, conseguiu ser conceituada
no mercado.

Quando comprou um computador pra empresa, Marcello instalou o sistema na


máquina e coincidentemente o número de série foi: BORGHI-18111902 (dia e mês
de aniversário de Moína e Marcello respectivamente). No ano anterior, quando ele
foi fazer um login em um provedor para moderar um grupo de discussão sobre
Taiguara, o login escolhido não estava disponível e o servidor sugeriu
automaticamente o login borghi1811. Dá pra imaginar? Coincidência?

Espiritualmente, ele começou a ter manifestações menores, mas sua prima


Cynthia voltou a aparecer algumas vezes, muitas salientando que como ele estava
agindo iria interferir na data que marcaram pra se encontrar. Fez diversos
tratamentos e cirurgias até estar relativamente curado em meados de 2006.
Final de 2006 ele volta a ter algum problema de saúde que, em vez de atrapalhar,
fortalece, e decide que não vai mais esperar e pretende estar no Rio no máximo
em abril de 2007, quando Moína se recolheria espiritualmente pra cumprir o aviso
que sua avó Olga lhe deu. Raspou e fez a iniciação para o Candomblé. Hoje ela
recebe a incorporação de sua mãe Oxum Okê. Ele então procurou ajuda
parapsicológica, fez uma regressão e presenciou alguns momentos diferentes,
outros mais aprofundados dos que já tinha visto. Um homem, seu pai quebrando
suas mãos com um objeto de madeira porque ele, com uns 11 ou 12 anos de
idade, havia mexido nas suas coisas, ele tendo de ir cantar quadrinhas nas ruas
pra sobreviver, porque fugiu de casa com as mãos machucadas (alguma relação
com a paralisia das mãos em 2002?), o incêndio de novo, com mais nitidez, a
queda do abismo de um ângulo mais abaixo, onde presenciou que antes de
chegar ao solo teve o abdome perfurado várias vezes por galhos e raízes, o sofá
vermelho de novo, cenas de uma manifestação política estudantil e duas meninas
brincando foram as imagens mais significativas.

Marcello esperava estar no Rio no máximo no final do recolhimento da Moína, pra


ajudar nos trabalhos da empresa e na recuperação dela, mas apareceram também
problemas junto à Fundação Cultural de Curitiba que acarretaram em um processo
e o prenderam em Curitiba, esperava que por poucas semanas, mas 6 meses
depois chutou o balde e se mudou definitivamente para o Rio em 3 de outubro.
Coincidentemente ou não, mesma data em que Taiguara assumiu o
relacionamento com Eliane nos anos 70.

Um mês depois que chegou ao Rio, os filhos de Marcello descobriram que ele
estava com a Moína e planejavam se casar. Aos poucos pararam de falar com ele
e quando falam se dá de forma fria e passageira. Em contraposição, depois que
Marcello chegou, os filhos dela, depois de quase 3 anos voltam a morar com ela.
As coisas estão começando a voltar ao normal.

Desde que chegou ao Rio Marcello tem visto Alexandre freqüentemente rondando
o edifício, do lado de fora, nos telhados dos prédios vizinhos, no playground, que
fica um andar pra baixo do primeiro andar onde eles moram, tem se comunicado
aos poucos com ele. Em contraposição a isso, as portas foram se abrindo,
perspectivas de trabalho e prosperidade se anunciaram e estão aos poucos se
tornando realidade. Espiritualmente, entre outubro de 2007 e o presente momento,
tiveram diversas outras manifestações. As mais importantes relatadas abaixo:

- Numa regressão espontânea, Marcello teve um transe, aprofundou detalhes


antigos das vidas passadas e identificou novos, conheceu alguns nomes, sempre
falando com a Moína que estava com presente e passando a ela alguns detalhes:
Clara e Joseph Michael (ou Mike ou José, como preferirem) é o casal no incêndio,
pouco antes de morrerem ela conta a ele que está grávida. O teto começa a cair,
eles se abraçam e se deitam, ele por cima dela, tira uma corrente do pescoço,
acaricia seu ventre e juntam as mãos com a corrente antes de morrerem, um guia
revela que ela está grávida sim, e de gêmeos e que essas crianças são Luan e
Kauan; em outra vida, o pai que quebrou suas mãos era o Taiguara, quando ele
fugiu, foi viver nas ruas e algum tempo depois foi recolhido por uma senhora muito
boazinha, que cuidou dele como mãe. Essa senhora chamava-se Ethel e era a
senhora em quem ele viu a Moína se transformar em 2004. Na região onde
moravam houve uma peste, ou uma praga. A epidemia matou muitas pessoas,
inclusive Ethel. Alguns homens retiraram ela da casa enrolada em lençóis e o
menino, então já com uns 17 anos ficou ali, sentado na cama por uns 4 dias, até
morrer também; outra vida, Moína e Marcello são agora cavaleiros de uma
cruzada, lutam em um exército e Marcello é ferido por um dos inimigos. O
comandante do exército inimigo distrai a sua tropa e ajuda os dois a se
esconderem, contrariando suas ordens. Esse comandante é o Taiguara; as duas
meninas, com mais ou menos 9 ou 10 anos, que eram amigas estão brincando em
uma praça até que uma delas beija a outra na boca. Assustada a menina que é
beijada sai correndo e é atropelada (Moína tem traumas até hoje com o ato de
atravessar a rua). A que é atropelada é uma encarnação passada do Marcello, a
outra é a Moína; no abismo, a mulher que manda empurrar o Marcello é a Sandra
Regina, o rapaz que o empurra é o Guilherme, seu filho. Moína não aparece nesta
encarnação porque teve de ir pra outro caminho pra ajudar uma filha deles, a
Drielle (filha caçula de Marcello); na encarnação do sofá vermelho, André Gustavo
(Marcello) chega em casa, passa pelo sofá e procura por Anna (Moína). Por uma
fresta da porta ele vê ela na cama com outro homem (Alexandre). Não esboça
nenhuma reação, sai de casa cabisbaixo. Algum tempo depois, André sofre um
acidente de carro fatal. Seu espírito viaja imediatamente até onde está Anna e a
encontra falando ao telefone, recebendo a notícia do próprio Alexandre e caindo
instantaneamente morta no chão, o fone fica fora do gancho e o Alexandre
gritando o nome de Anna do outro lado, repetidas vezes.

- Taiguara volta a aparecer com mais intensidades, Cynthia também, inclusive na


primeira vez que Marcello vai ao barracão da Moína, numa festa a Cynthia
aparece e entrega ao Marcello duas moedas, que ele junta às suas Moedas da
Gratidão. Essas 4 moedas estão guardadas, as duas anteriores, Marcello
encontrou em alguns momentos importantes e resolveu guardá-las pra sempre
que tocar nelas, lembrar-se de fazer pedidos e agradecimentos. Aos quatro guias
conhecidos do Marcello, juntam-se mais dois guias. Esses seis vão acompanhar
Marcello e Moína, se revezando a partir daí.

- O espírito de 2002 começa a aparecer com mais freqüência. Geralmente de fora


do edifício onde moram. Chega a tentar incorporar nele, impedido pelos guias e
orixás. Neste dia, Marcello vê um espírito que pode ser Oxossi de guarda na porta
do quarto deles.

- Outros encontros nesses meses se deram, com Taiguara, Alexandre, Cynthia e


outros guias e entidades. Uma noite, se preparando pra dormirem, Moína foi fumar
na varanda e Marcello foi à cozinha. Pela janela da cozinha ele viu Alexandre se
dirigindo na direção dela. Correu, tirou-a da varanda e contou o que tinha visto.
Ela pegou seus fios de conta, incorporou a Oxum, voltou-se para a janela de olhos
fechados e deu “passes” acertando exatamente a direção onde Alexandre estava.
Marcello, sentado num cadeira, logo atrás da Oxum vibrava pensando em luz e
paz. A Oxum puxou Marcello para perto dela, deu passes em sua cabeça e
mandou ele entrar. Ele entrou, virou mais uma vez pra janela no exato instante em
que o espírito, num vôo rasante se afastou dali. Imediatamente o céu que estava
muito escuro ganhou cores mais suaves, a noite que estava nublada ficou
estrelada e mais calma. E com o deslocamento dele, Marcello acabou caindo
desmaiado. Foi socorrido pela Moína, pois a Oxum saiu dela subitamente. Ela
então revelou que a Oxum tratou o espírito com muito carinho e amor e pediu
muito delicadamente que “ele seguisse o seu caminho e deixasse os “filhos” dela
em paz”. A força emanada foi tão grande que o espírito levou mais de um mês
para voltar. Quando voltou, não mais forte, altivo e desafiador, pelo contrário,
estava fraco, rastejando no pátio do playground, dizendo que logo estaria forte de
novo. Marcello e Moína então vibraram por ele, deitados e adormeceram. Ela
acordou assustada, dizendo ter tido uma projeção e descido até o play, onde viu
muitas crianças brincando, uma gritaria e perto do bebedouro, deu de cara com
Alexandre e sentiu alguém a puxando pela mão e a trazendo de volta.

- Noutro encontro, enquanto Moína dormia, Alexandre diz a Marcello que ela é
dele, que já esteve com ele antes, inclusive nesta vida, pois foi ele que fez ela
pegar o buquê, condicionou-a a estar com o Billy pra afastar uma possibilidade de
estarem juntos, muitas vezes quando ela esteve com o Billy, ele esteve presente,
inclusive na primeira vez e que chegou antes de Marcello quando a obsediou em
2002. Marcello tentou manter a calma o tempo todo, desejando paz e luz pra
Alexandre, mas se alterou quando do último comentário e esbravejou: “errado! Ela
está comigo séculos antes de você aparecer” Pensou na Clara, Ethel, Anna e
todas as outras e abriu a guarda. Alexandre então o arremessou fazendo-o
atravessar toda a sala e cair de costas num móvel da parede oposta. Os guias o
levantaram, e Taiguara pede que ele se concentre e o acompanhe. Ainda sentado
no chão, Marcello recebendo passes dos guias concentra-se, sai do corpo e
acompanha Taiguara até o suposto ano de 1959. Chegam na casa de André e
Anna no mesmo instante em que ela está desfalecendo, após o acidente que
vitimou André. Olham para o telefone e ouvem os gritos dele. Depois estão num
lugar escuro, onde Alexandre com o telefone nas mãos grita por Anna. Daí por
diante, acompanham toda a trajetória dele. Como escapou das investigações, que
ele teria sabotado o carro de André, sua falsidade no enterro do casal, simulando
ter perdido grandes amigos, seus hábitos de jogador, boêmio e sedutor, quando
houve risco de se tornar suspeito pela causa do acidente, fugiu. Vai para Itajaí,
SC, muda de nome e se envolve com uma moradora local, mas não abandona os
hábitos boêmios. Acaba adoecendo anos mais tarde e se muda com a mulher
para Curitiba, onde nasce sua filha. Quando a menina tem cerca de um ano de
idade, entre 1966 e 1967, ele acaba falecendo, vitimado por doenças decorrentes
de bebida e maus hábitos boêmios, deixando mulher e uma filha menor de nome
Sandra Amara Pereira. Marcello acorda do transe com o dia amanhecendo,
estarrecido e cansado.

- Outro dia, fazendo um exercício de relaxamento na Moína, acabou


involuntariamente provocando algo parecido com uma regressão onde ela viu
alguns detalhes de 3 ou 4 encarnações. Viu-se na Índia, em uma tenda cor de
abóbora, panos e almofadas e uma moça chamada Ramina com uma menina de 5
ou 6 anos e um menino de uns 16 ou 17 anos. Tinha também um velhinho de uns
70 anos. O velhinho parecia ser Taiguara e Ramina, Eliane. Viu também detalhes
da casa na fazenda onde teve o incêndio. Uma escadaria com varanda e um
senhor muito idoso, mas muito bom, que era seu pai. Ele a apresentou a um
senhor de meia idade com quem deveria se casar. Ela se recusou e ele a mandou
estudar num lugar muito distante, onde ela ficou por mais de 3 anos. Tudo sob o
olhar desdenhoso de uma moça que parecia ser sua irmã, possivelmente a que
incendiou o galpão anos mais tarde. E viu ainda no final dos anos 50 ou começo
dos anos 60 manifestações de estudantes, onde percebeu ser a Anna e sentiu as
presenças de Billy, Luan, Alexandre e André. Aliás, ficou enciumada pela forma
com que viu André conversando com uma outra menina. Achava ele meio galinha
e o Alexandre acaba se beneficiando disso.

2008 - No primeiro dia do ano, Taiguara chama Marcello quando estão passando
o dia na praia onde foram jogar a aliança do primeiro casamento dele no mar. Ele
deixa Moína no Arpoador com Eliane e Kauan e vai a pé até o Leblon, encontrar
com Taiguara. Foram cerca de 3 Km pra ir, mais 3 pra voltar. Ao encontrar
Taiguara, conversaram por algum tempo e Taiguara fez algumas revelações. Não
era ele na tábua, nem no telefone. Era o Alexandre. Aliás o karma com ele se deu
apenas na encarnação passada, ele não esteve em nenhuma outra encarnação
presente na vida de Marcello e Moína. Também era o Alexandre o responsável por
todos os desencontros, doenças, obsessões, coisas que deram errado,
influências, tudo com intuito de ter a Moína de volta pra ele e planejando um dia
um ataque em que mataria os dois. Que haverá uma batalha que pode ser
definitiva na madrugada do dia 04 de abril de 2008, todas as entidades que
estiveram na batalha de 2004 estão se preparando pra esse embate e que a
missão do Marcello dessa vez é estar com a Moína, vibrando positivamente, dizer
a ele que o perdoam, que querem que ele evolua e encontre a luz, pois está num
lugar muito frio e feio e que se ele se arrepender e se deixar ajudar tudo pode ser
melhor a partir daí.

- Em meados de fevereiro, eles voltam ao barracão pra uma festa de Obará,


pedindo prosperidade, na véspera do carnaval, mas também com intenção de
consultar a Mãe Tuia sobre toda essa história e consultar os búzios. O que era pra
ser uma conversa de alguns minutos durou mais de duas horas e um jogo que
revelou que Marcello precisava fazer um Bori (uma obrigação para energizar o eu
superior). A obrigação foi prevista pra depois do carnaval e não significava que ele
deveria deixar de ser kardecista.

Mais ou menos por esses dias, Marcello teve dois sonhos em dias diferentes,
narrados por seus guias. Num deles, exatamente 40 semanas antes do Kauan
nascer (18 de dezembro de 1999), Marcello se projetava até a casa de Billy e
Moína, encontrava ela deitada na cama e fazia amor com ela, num final de tarde.
Salientando que os dois ainda não se conheciam e nessa época o casamento dela
estava em crise, não transavam sem preservativo, pois a Moína não podia tomar
pílulas contraceptivas e não há indícios do preservativo ter furado nem deles
terem tido relações sem proteção. No outro sonho, ele se vê entrando em casa
(dia 18 de abril de 1991), quando trabalhava no quartel em Lages. Não percebe
que Moína está por perto e alguns minutos depois transa com a esposa sem
perceber que Moína, provavelmente projetada deitou-se onde Sandra estava,
participando indiretamente daquele ato. Exatamente 40 semanas depois a Drielle
nasceu. Lembrar da morena e do rapaz de olhos verdes que eles idealizavam e
que aparentemente se projetavam algumas vezes para se encontrarem, pois não
se conheciam nessa vida, mas se procuravam muito e devem ter se encontrado
muito no astral. Ambos, Drielle e Kauan trazem muitas características,
principalmente no comportamento, respectivamente de Moína e Marcello, que
certamente não são seus pais biológicos. Como se trouxessem marcas no
perespírito, não só por causa desse sonho, que pode ser idealista mais do que
comprobatório, mas mais provavelmente por terem trazido marcas no perespírito
de outras encarnações onde foram verdadeiramente seus filhos como citadas nas
regressões. Provas de perespírito, inclusive, Moína tem de sobra, afinal, ressalto
que era pra ela ter sido Mônica, irmã de Marcello e trouxe no perespírito diversos
indícios disso. Além das linhas das palmas das mãos que são muito semelhantes
às do Marcello, traz 3 características muito marcantes que são consideradas
marcas da família dele:

1. Os dedos mínimos das mãos tortos (é fato, todos que nascem na família
dele, pais, tios, avós e demais parentes correm pra se certificar se aquele
bebê pertence mesmo à família por causa dos dedos tortos)

2. Uma mancha grande de nevo que ambos têm nas costas e são muito
parecidas, pelo menos no tamanho e textura. Aliás, essa marca só
Marcello, seus irmãos e seu pai sabe-se que têm. Moína ainda tem uma
mancha semelhante e bem menor na coxa direita que é uma miniatura
quase exata da que Marcello tem nas costas.

3. Os lábios grossos. A família de beiçudos, como é conhecida toda a família


do Marcello.

Características essas que foi constatado, pelo menos nos parentes próximos de
Moína, pais e irmãos, nenhum deles carregam essas 3 marcas registradas.

Uma semana antes de fazer o Bori, Marcello teve uma regressão induzida por
auto-hipnose. Nesta manifestação Marcello descobriu que Taiguara era seu
padrasto quando quebrou suas mãos e que havia morrido num briga, tendo o
abdome perfurado a faca diversas vezes. Contou a Ethel que ele não era seu pai
de verdade e ela disse que um dia ele seria padrasto novamente e tentaria corrigir
algumas coisas, mas que ainda assim cometeria alguns erros. Descobriu também
que o Guilherme, quando o empurrou do penhasco era seu irmão e apaixonado
pela Sandra, fazia tudo o que ela mandava. Ela veio duas vezes para corrigir esse
erro. Foi mãe dele na Índia, mas cometeu alguns erros pelo excesso,
superproteção, deixando sua irmã um pouco de lado, sem a atenção que deveria.
Há indícios que essa irmã seria a secretária com quem Marcello se envolveu em
96. O Karma foi desfeito completamente nesta encarnação atual, onde ela veio pra
ajudar e principalmente ser mãe dos filhos dele, principalmente promovendo a
reaproximação entre ele e Guilherme. Alguns dias antes do incêndio, a irmã de
Clara tentou assediá-lo perto de uma floresta, quando ele cortava lenha. Ele
chegou a bater em seu rosto e ela ameaçou contar a família que ele e Clara
estavam se encontrando. Ameaçou-o com um machado ou um facão dizendo que
ainda o mataria, pois se não fosse dela, também não seria de Clara. Poucos
minutos antes do incêndio estavam conversando, combinando uma possível fuga,
pois ela não os deixaria nunca em paz, mas o incêndio chegou primeiro. Viu-se
também na época das cruzadas, sendo carregado pelo amigo (Moína) e pelo
comandante inimigo (Taiguara) para uma ruína onde estariam seguros. Também
viu a casa do sofá vermelho, Anna e André Gustavo namorando. Logo após ela
confessou o que tinha acontecido com Alexandre. Ele perguntou o porquê, mas
ela não soube explicar, mas disse estar arrependida e prometeu que isso não
aconteceria em nenhuma outra encarnação, mas que compreenderia se André
quisesse terminar com ela. Ele disse que já sabia de tudo, a beijou e voltaram a se
amar. Também viu as meninas antes do atropelamento, brincando e cantando
uma canção num idioma que não conseguiu entender.

Quando acordou, resolveu escrever as visões e enquanto o fazia, Taiguara


apareceu e disse que acompanhou a hipnose e ressaltou que durante todas as
encarnações, poucas vezes nos envolvemos com outras pessoas. Marcello foi
“casada” quando eram ambas mulheres, muitos anos depois do atropelamento e o
Alexandre na encarnação anterior. Fora isso, quando se encontraram, sempre
foram só os dois, com muitas exceções na encarnação atual. Taiguara sabe da
Cynthia, mas nunca esteve com ela, mas muito provavelmente estarão juntos
conosco no dia 4 de abril. Billy não tem nenhuma ligação espiritual com Moína, em
outras vidas. Nunca se conheceram, apenas se cruzaram poucas vezes na
encarnação anterior. Nem com ele, nem com qualquer outro com quem tenha se
relacionado. Que foi prometido a Moína que ela permaneceria no apartamento
onde morava em 2004, mas alguém mudou os planos por ela ter tido outros
relacionamentos naquela casa e que não deveriam ter acontecido, pelo menos
não ali, pois eles precisavam de um lugar só deles, de amor espiritual e sem a
mancha carnal que ficou em todo aquele apartamento. Salientou que Billy e Moína
não podem mais ficar juntos sozinhos, apesar de não terem ligação espiritual,
cedo ou tarde ele pode ficar motivado a tentar de novo, e isto pode dar margem a
uma grande tragédia. Antes de ir embora Taiguara falou que tem olhado pelos
filhos de Marcello, que eles estão bem e têm bons guias cuidando deles e que
logo vão estar mais acessíveis.

No dia 28 de abril, exatamente uma semana antes da batalha, Marcello vai com
Moína ao barracão para fazerem o Bori. Enquanto estavam num intervalo,
Marcello achou outra moeda no chão. Agora são 5 Moedas da Gratidão. Após os
trabalhos, Marcello adormece e tem um transe. Pede papel e caneta e escreve
alguns detalhes sobre Clara e Mike. E salienta que há algo enterrado embaixo de
uma pedra, perto da fazenda onde moravam e morreram. Foi até o enterro deles e
num dia muito frio com chuva ou neve, e uma dor muito grande nos rostos dos
presentes, como se chocados com a morte de pessoas que eram muito queridos
naquela comunidade. Depois que acordou do transe, não conseguiu relaxar como
na maioria das obrigações que a Moína viu. Ele ficou ansioso, alerta, cheio de
canais abertos. Viu espíritos, entre eles seus guias, Cynthia e Taiguara que o
orientaram sobre detalhes que deveria fazer durante a semana que antecedia a
ação.

Estamos agora nos preparativos finais para descobrir o que vai acontecer no dia 4
de abril. O principal é que devem vibrar muito pelo arrependimento do Alexandre,
pra ele encontrar paz, luz, amor e saber profundamente que o perdoamos. Há
alguns dias Moína percebeu cavalos circulando pelo playground e Marcello sentiu
a presença de 4 sentinelas vigiando o prédio no mesmo play. Há duas
madrugadas, Marcello resolveu brincar com um gato que andava no muro do
prédio vizinho, perto da piscina, quando uma sombra estranha passou por perto,
assustou o gato que quase caiu e atraiu duas sombras enormes que parecem ser
dos sentinelas para perto da piscina. O incrível é que as sombras estavam
projetadas contra o ponto de luz, quando deveria ser ao contrário.

Há algumas semanas o Marcello encontra na Internet antigos amigos de infância


de quando morava em Ibaiti e uma delas é dentista e mora na cidade natal da
Cynthia e é muito amiga da Vânia, irmã da Cynthia. Essa amiga ficou de conseguir
e conseguiu fotos de quando Cynthia tinha entre 12 e 16 anos e mandou para o
Marcello.

Enfim, restam poucas horas para a ação e aparentemente as coisas estão sob
controle e bem preparadas e arquitetadas. Daqui dois dias volto pra concluir este
esqueleto e dizer algo relativo ao que deve acontecer a partir daí. Mas já adianto
que o principal fato que se dará, será viver esta vida de verdade, com um amor
verdadeiro ao lado e olhar principalmente daqui pra frente.

P.S.: Pode-se perceber que tem muito 8 nessa história. 8, 18, 28, 38 ... em datas,
idades, somas de números próximos... e 8 é o símbolo do infinito deitado e
também o número que o relacionou ao Odu (destino). Antes do Bori, Mãe Tuia
descobriu que Marcello é filho de Olorum com Iemanjá. Olorum, ou Orunmilá, é o
Deus supremo do candomblé, não é cultuado mais nem no Brasil, nem na África
por ser considerado intocável. Comparativo num sincretismo a Deus. Por esse
motivo, foi-lhe dado de presente Oxaguiã (Oxalá na sua fase jovem), por poder ser
cultuado. Marcello ainda recebe fundamentos de Ogum e Oxossi, por serem
carregados por Oxaguiã.

Moína é filha de Oxum Okê com Ogum Onirê. Fundamento em Oxossi que
carrega Ossaim, além de ter também Iansã, Omulu, Oxalá e Iemanjá.

Quando amanhece no dia 4 de abril de 2008, Marcello recebe a visita de Taiguara.


Ele orienta ele e Moína que, junto com as crianças limpassem toda a casa e
saíssem, fossem pra casa da mãe dela. O que fizeram. Marcello permaneceu a
noite toda acordado, vigiando as horas. Pressentiu de noite o momento em que a
“batalha” começou. Mas ela não findou naquela noite. Voltaram pra casa e
freqüentemente Marcello era avisado por Cynthia ou Taiguara do que estava se
passando. Foram 11 dias de confronto direto. Durante o dia os espíritos peleavam
num plano muito acima do nosso. Mais de noite desciam para um plano próximo
do prédio.

Até que em 15 de abril, desceram Taiguara, Cynthia, Alexandre e os guias de


Marcello e Moína. O então mau espírito estava desolado, esgotado e pedia
desculpas.

A conversa foi longa entre todos. Após demonstrar esse arrependimento,


Alexandre seguiu com os demais. Cynthia e Taiguara ficaram um pouco mais e se
despediram, pois não mais voltariam a se comunicar.

De lá pra cá, Marcello nunca mais viu espíritos. Nenhum, a não ser Alexandre uma
única vez. Meses depois, bonito, limpo, elegante e vestido todo de branco, passou
pra se despedir. Iria reencarnar e mais uma vez pediu perdão e se despediu
definitivamente.

Cabe agora não mais se encontrarem para o mal, vigiar e orar. Para não abrirem
mais karmas, caso se encontrem nesta ou outra vida. O que certamente voltará a
acontecer em algum momento.

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