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Protagonistas:

- Augusto: é um estudante de medicina e sua personalidade era baseada no fato


que ele não passava mais de três dias apaixonado, porém no fundo, ainda guardava
a promessa que tinha feito quando adolescente, onde ele tinha se comprometido a
casar com uma menina que ele conheceu na praia, nesse momento, eles trocam um
camafeu e esmeralda. (camafeu é praticamente um medalhão de família, o Augusto
que deu esse)
Inicialmente, ele planejava fazer todas as meninas da ilha se apaixonarem por ele,
porém ele não queria nada sério com nenhuma delas, e isso em um dado momento
acontece, porém ao longo da história ele vai se apaixonando pela moreninha.
No final, ele descobre que foi com ela que ele tinha prometido se casar quando era
adolescente.

- Carolina ou a moreninha: ela primeiramente foi descrita como uma mulher morena
e com 14 anos de idade pelo Filipe, mas depois, ela é descrita como uma
personagem travessa, que gosta de liberdade e que principalmente não liga para o
que os outros pensam dela, além de ser muito inteligente.
“Toda a dificuldade, porém, está em pintar aquela mocinha que acaba de sentar-se
pela sexta vez, depois que Augusto entrou na sala: é a irmã de Filipe. Que beija-flor!
Há cinco minutos que Augusto entrou e em tão curto espaço já ela sentou-se em
diferentes cadeiras, desfolhou um lindo pendão de rosas (uma flor), derramou no
chapéu de Leopoldo mais de duas onças d’água-de-colônia de um vidro que estava
sobre um dos aparadores (me parece ser um perfume e um aparador é basicamente
para decoração ou guardar alguma coisa, é tipo aquelas mesinhas que ficam nas
entradas de algumas lojas), fez chorar uma criança, deu um beliscão em Filipe e
Augusto a surpreendeu fazendo-lhe caretas: travessa, inconseqüente e às vezes
engraçada; viva, curiosa e em algumas ocasiões impertinente. O nosso estudante
não pode dizer com precisão nem o que ela é, nem o que não é: acha-a estouvada
(ela basicamente faz muitas brincadeiras e é muito travessa), caprichosa e mesmo
feia; e pretende tratá-la com seriedade e estudo, para nem desgostar a dona da
casa, nem se sujeitar a sofrer as impertinências e travessuras que a todo momento
a vê praticar com os outros.” - Capítulo 3
“D. Carolina, pelo contrário, havia rejeitado dez braços. Queria passear só. Um
braço era uma prisão e a engraçada Moreninha gosta, sobretudo, da liberdade. Ela
quer correr, saltar e entender com as outras; agora adiante de todos, e daqui a
pouco ser a última no passeio: viva, com seus olhos sempre brilhantes, ágil, com
seu pezinho sempre pronto para a carreira; inocente para não se envergonhar de
suas travessuras e criada com mimo demais para prestar atenção aos conselhos de
seu irmão, ela está em toda a parte, vê, observa tudo e de tudo tira partido para rir-
se: em contínua hostilidade com todas aquelas que passeavam com moços, de
cada vista d’olhos, de cada suspiro, de cada palavra, de cada ação que percebia
tirava motivo para seus epigramas; e, inimigo invencível, porque não tinha travo por
onde fosse atacado, era por isso temido e acariciado. Deixemo-la, pois, correr e
saltar, aparecer e desaparecer ao mesmo tempo; nem à nossa pena é dado o poder
acompanhá-la, que ela é tão rápida como o pensamento.” - Capítulo 6
Além disso, por ela ser tão observadora, ela acaba ouvindo todas as conversas que
o Augusto tinha com a Dona Ana, ou pelo menos é isso que o livro dá a entender,
pois em todas as cenas, o Augusto sempre escutava um barulho, como se alguém
estivesse ali ouvindo tudo, e quando ele ia procurar quem era, ele somente via a
Carolina fazendo algo por perto.

secundários:
- Filipe: irmão de Carolina e amigo de Augusto.

- Leopoldo: amigo de Augusto.

- Fabrício: amigo de Augusto e estava em um relacionamento com Joana. Ele


mandou uma carta para o Augusto pedindo ajuda para se separar da Joana, mas
quando o Augusto não quis ajudar ele, ele começou a falar mal dele para todo
mundo que estava na ilha, tentando comprometer os planos de Augusto.

- Joana: é uma das primas de Filipe, tem 17 anos, cabelos negros, olhos da mesma
cor e pálida e era ela que estava em um relacionamento com o Fabrício. Fabrício a
descreve como uma pessoa que tinha muitas exigências em sua carta para Augusto
“Para compreenderes bem o quanto sofro, aqui te escrevo alguma das principais
exigências da minha amada romântica.
“1. Devo passar por defronte de sua casa duas vezes de manhã e duas de tarde.
Aqui vês bem, principia a minha vergonha, pois não há pela vizinhança gordurento
caixeirinho que se não ria nas minhas barbas quatro vezes por dia.
“2. Devo escrever-lhe, pelo menos, quatro cartas por semana, em papel bordado, de
custo de 400rs. a folha. Ora, isto é detestável, porque eu não sei onde vá buscar
mais cruzados para comprar papel, nem mais asneiras para lhe escrever.
“3. Devo tratá-la por “minha linda prima” e ela a mim por “querido primo”. Daqui
concluo que a Sra. D. Joana leu o Faublas. Boa recomendação!...
“4. Devo ir ao teatro sempre que ela for, o que sucede quatro vezes no mês, o
mesmo a respeito de bailes. Esta despesa arrasa-me a mesada terrivelmente.
“5. Ao teatro e bailes devo levar no pescoço um lenço ou manta da cor da fita que
ela porá em seu vestido ou no cabelo, o que, com antecedência, me é participado.
Isto é um despotismo (pelo o que eu vi, é um mando absoluto e arbitrário - que não
tem leis ou lógica) detestável!...
“Finalmente, ela quer governar os meus cabelos, as minhas barbas, e cor dos meus
lenços, a minha casaca, a minha bengala, os botins que calço, e, por último,
ordenou-me que não fumasse charutos de Havana nem de Manilha, porque era isto
falta de patriotismo. - Capítulo 2
- Joaquina: também é prima de Filipe, ela tem 16 anos e é loira, além de ser irmã de
Joana

- Dona Ana: avó de Filipe e Carolina, tinha sessenta anos. Ela foi muito gentil com o
Augusto e sempre tentou entender como o Augusto era, foi com ela com quem ele
se abriu e os dois tiveram conversas profundas. Ela praticamente foi uma mãe para
a Carolina quando os pais delas morreram quando ela tinha oito anos, e ela apoiou
o Augusto sobre os sentimentos que ele sentia sobre a Carolina.
“A Sra. D. Ana, este o nome da avó de Filipe, é uma senhora de espírito e alguma
instrução. Em consideração a seus sessenta anos, ela dispensa tudo quanto se
poderia dizer sobre seu físico. Em suma, cheia de bondade e de agrado, ela recebe
a todos com o sorriso nos lábios; - Capítulo 3

Terciários:
- Rafael: é o servo de Augusto.

- Tobias: é o servo da Dona Luísa, Joana e Joaquina, ele tem 16 anos e é negro.

- Dona Violante: é uma das amigas da Dona Ana e tem sessenta anos. O Augusto
não gostava muito dela por ela ser uma velha, além que ele preferia passar o tempo
dele com as outras mulheres da ilha do que a Dona Violante.

- Dona Clementina: moça de 15 anos da ilha.

- Dona Paula: era a ama da Carolina, ela acabou bebendo muito e passou mal,
quem ficou cuidando dela foi a Carolina com a ajuda de Augusto, que usou isso
como uma forma de se aproximar mais da Carolina.

- Keblerc: foi um homem que ficou bebendo no jantar, o Augusto achou que ele
perdeu muito tempo bebendo e menos com as mulheres que tinham na festa, então
pode-se dizer que ele não gostou muito do Keblerc.

- Pai de Augusto: era da Corte, ele praticamente sempre apareceu apoiando o


Augusto, porém não se é falado muito dele no livro.

- Menino da praia: aparece chorando na praia, dizendo que seu pai estava morrendo

- Irmãos do menino: são três meninos que se encontram na casa

- Pai do menino: é descrito como um ancião, tem por volta de cinquenta anos e
estava morrendo por fome.

- Mâe do menino: é descrita como uma velha.


- Três mulheres que Augusto conta sobre para Dona Ana: foram os três primeiros
relacionamentos dele e por conta delas, e foi por causa delas que ele prometeu não
se apaixonar por uma mulher por mais de três dias. Não é falado o nome delas,
somente foram descritas como: uma morena, a outra corada e a última pálida.
- Jorge: é primo e foi namorado da última amante de Augusto, no caso a pálida.

- Aí: era uma jovem indígena de 14 anos e fez parte do conto que a Dona Ana
conta.
“Uma jovem tamoia, cujo rosto moreno parecia tostado pelo fogo em que ardia-lhe
o coração, uma jovem tamoia linda e sensível, tinha por habitação esta rude gruta,
onde ainda então não se via a fonte que hoje vemos.” - Capítulo 9

- Aoitin: era o par romântico de Aí.

- Gabriela: uma das moças que estava na ilha.

HISTÓRIA DE AÍ E AOITIN:
Viviam em uma ilha antes da colonização dos portugueses. A Dona Ana conta uma
história de amor entre a jovem (Aí) que vivia na gruta onde Augusto e Dona Ana
estavam conversando e o Aoitin, um mancebo da ilha (que ou aquele que está na
juventude; moço). A Aí se apaixonou por ele, e passava horas o seguindo, pegando
as aves que ele matava e as flechas que ele desparava, e até mesmo refrescava o
ar como se estivesse refrescando o local, mas ele não reconhecia nenhum dos
esforços dela. E então, não sendo reconhecida, ela chorou e depois ela cantou.
Nesse momento da história, a Dona Ana conta que a neta dela também sabe cantar
essa música, visto que um português tinha a traduzido. E ela fazia isso no teto da
gruta sempre que ela via o Aoitin, mas ele nunca a atendia.
Porém um dia, quando ele estava cansado e foi deitar-se na gruta, duas lágrimas
de amor atravessaram o rochedo e cairam sobre os olhos dele e ele despertou. Ele
pegou as flechas dele, e indo para o mar, ele notou a Aí, e falou: Linda moça!. No
outro dia, a mesma coisa se repete, porém a lagrima cai no ouvido dele e ele nota a
voz dela, e diz: Linda cantiga! No terceiro dia, acontece a mesma coisa, mas a
lágrima cai no coração dele, e ele saindo da gruta, diz: Sinto amar-te!. Mas Aí não
responde, ela só vai sorri para ele.
Aoitin estava encatando por ela ao ponto em que ele não conseguia se ver longe
dela, então ele ficava na gruta, mas não conseguia dormir. Nisso, ele sente sede, e
vai beber da fonte que ficava ali e nessa fonte tinha as lágrimas de amor de Aí. Ele
praticamente foi revigorado pelas lágrimas dela.
“A cada trago que bebia, um raio de esperança lhe brilhava; e quando a sede foi
saciada, já estava feliz; a fonte era milagrosa.” - Capítulo 6
Então, ele foi procurar Aí e no final eles vivem felizes para sempre. Foi dessa
história que surgiu a lenda que a Dona Ana estava contando para o Augusto:
“Dizem, pois, que quem bebe desta água não sai da nossa ilha sem amar alguém
dela e volta, por força, em demanda do objeto amado. E em segundo lugar, querem
também alguns que algumas gotas bastam para fazer a quem as bebe adivinhar os
segredos de amor.” - Capítulo 6
Tem no livro a música que a Aí cantava, pois a Carolina aparece cantando essa
musíca logo depois da Dona Ana contar a história da gruta para Augusto.
E alias, o Augusto bebe dessa fonte, e quando as moças da ilha foram tirar
satisfação com ele por ele estar paquerando todas elas, ele começa a falar os
segredos delas, mas a Carolina aparece nessa cena, e ela conta o segredo do
Augusto e desaparece e ninguém sabe como ela saiu da gruta.

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