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1) A Companhia Siderúrgica “A”, ao encerrar o exercício social de

20X1, apresentou o valor de R$ 2.750.000,00 referente ao lucro


atribuível aos titulares de suas ações ordinárias. Com o objetivo de
mensurar o resultado básico por ação no exercício social de 20X1,
a Companhia Siderúrgica “A” levantou os seguintes dados sobre
suas ações ordinárias:

Com base somente nas informações apresentadas e considerando a NBC


TG 41 (R2) – Resultado por ação, assinale a alternativa que evidencia o
valor mais próximo do resultado básico por ação atribuível aos titulares
de ações ordinárias da Sociedade Empresária “A” no encerramento do
exercício social de 20X1. Considere o exercício social de 20X1 com 365
dias e que ações em tesouraria são instrumentos patrimoniais
readquiridos e mantidos pela própria entidade.
A) R$ 152,00
B) R$ 161,00
C) R$ 200,00
D) R$ 343,00

Resolução em texto elaborada pelo Prof. Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para assinalar a alternativa que evidencia o valor mais próximo do


resultado básico por ação e que será atribuído aos titulares das ações da
Sociedade Empresária.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

De acordo com o item 10 da NBC TG 41 – Resultado por Ação:

“O resultado básico por ação deve ser calculado dividindo-se o lucro ou


prejuízo atribuível aos titulares de ações ordinárias da companhia (o
numerador) pelo número médio ponderado de ações ordinárias em poder
dos acionistas (excluídas as mantidas em tesouraria) (o denominador)
durante o período.”

A Norma justifica que o uso da média ponderada de ações considera as


alterações do número de ações em poder dos acionistas durante o
período.

O que é importante mencionar é que de acordo com o disposto na norma,


o fator ponderador de tempo é o número de dias que as ações totais,
exceto as em tesouraria, estão com os acionistas, mas que uma
aproximação razoável da média ponderada pode ser adequada em muitas
circunstâncias.

Se considerarmos o que a norma determina, teremos o seguinte:

Em 01/01/20X1 a Sociedade possuía 9.000 ações em poder dos acionistas.


Uma nova emissão foi feita em 01/04/20X1.

Calculando o número de dias entre 01/01 e 01/04 teremos um total de 90


dias.

Para fazer a ponderação do número de ações pelo tempo, multiplicaremos


o número total de ações daquele período, pelo tempo em que permaneceu
dessa forma e dividir pelo número de dias totais no ano, ficando da
seguinte forma:

9.000 ações x 90 dias / 365 dias = 2.219 ações.

Agora que encontramos a média ponderada desse primeiro período,


faremos a mesma coisa considerando os dois próximos períodos.

Entre 01/04 e 01/07 temos um total de 91 dias e durante esse período a


Sociedade possuía um total de 12.000 ações em poder dos acionistas. A
média ponderada ficará, então da seguinte forma.

12.000 ações x 91 dias / 365 dias = 2.992 ações.

Por fim, faremos a média ponderada do período que compreende a


segunda emissão de ações até o final do período que totaliza 184 dias e
do qual a empresa possuía um total de 17.000 ações em poder dos
acionistas.

17.000 ações x 184 dias / 365 dias = 8.570 ações.

Feito isso, somamos as médias ponderadas dos 3 períodos para


obtermos o número médio total de ações em poder dos acionistas ao
longo do ano:

2.219 + 2.992 + 8.570 = 13.781 ações.

Como vimos, a Norma determina que devemos dividir o lucro atribuível


aos titulares das ações pelo número médio de ações em poder dos
acionistas.

R$2.750.000,00 (Lucro Atribuível) / 13.781 Ações (Média Ponderada) = R$


199,55 por ação.

Como a norma permite aproximações, o valor mais próximo do obtido


apresentado pelas alternativas é R$ 200,00.
Gabarito: “C”
...............................................................................................................................
..........................

2) De acordo com a NBC TG 22 (R2) – Informações por segmento, um


segmento operacional é um componente de entidade:

I. Para o qual haja informação financeira individualizada disponível.


II. Que desenvolve atividades de negócio das quais pode obter receitas e
incorrer em despesas (incluindo receitas e despesas relacionadas com
transações com outros componentes da mesma entidade).
III. Cujos resultados operacionais são regularmente revistos pelo
principal gestor das operações da entidade para a tomada de decisões
sobre recursos a serem alocados ao segmento e para a avaliação do seu
desempenho.

Completam corretamente as informações do enunciado o disposto em


A) I, II e III.
B) I e II, apenas.
C) I e III, apenas.
D) II e III, apenas.

Resolução em texto elaborada pelo Prof. Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para assinalar a alternativa que apresenta corretamente os itens que


completam as informações do enunciado.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Essa é uma questão puramente conceitual e que exigia o conhecimento


da definição de Segmento Operacional de acordo com a NBC TG 22.

De acordo com o item 5 da Norma:

“Um segmento operacional é um componente da entidade:


(a) que desenvolve atividades de negócios das quais pode obter receitas
e incorrer em despesas (incluindo receitas e despesas relacionadas com
transações com outros componentes da mesma entidade);

(b) cujos resultados operacionais são regularmente revistos pelo


principal gestor das operações da entidade para a tomada de decisões
sobre recursos a serem alocados ao segmento e para a avaliação do seu
desempenho; e

(c) para o qual haja informação financeira individualizada disponível.”


É possível notar que, apesar de aparecer em ordem diferente, o texto da
Norma é exatamente igual ao texto apresentado no enunciado da questão
e, portanto, todas estão CORRETAS.

Sugerimos a leitura dos tópicos mais importantes da norma como forma


de aprofundamento do estudo desse tema e preparo caso a banca elabore
novamente uma questão que aborde esta NBC.

Gabarito: “A”
3) No que se refere à NBC TG 29 (R2) – Ativo biológico e produto agrícola,
item 43, “a entidade é encorajada a fornecer uma descrição da quantidade
de cada grupo de ativos biológicos, distinguindo entre consumíveis e de
produção ou entre maduros e imaturos, conforme apropriado”. Com base
nessa informação e considerando a NBC TG 29 (R2) – Ativo biológico e
produto agrícola, são exemplos de ativos biológicos consumíveis,
EXCETO:
A) Plantações de milho e trigo.
B) Árvores para a produção de madeira.
C) Rebanhos de animais mantidos para a produção de carne.
D) Plantas portadoras mantidas para produzirem frutos por mais de um
período.
1º) O que a questão pede?

Para assinalar a única alternativa que não é exemplo de ativo biológico


consumível.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

O enunciado da questão já apresentou o item 43 da Norma que de sugere


que os ativos biológicos podem ser classificados entre consumíveis e de
produção ou maduros e imaturos.

Como a questão quer saber qual alternativa não é exemplo de ativo


biológico consumível, vamos verificar o item 44 que define e exemplifica
alguns tipos de ativos consumíveis:

“Ativos biológicos consumíveis são aqueles passíveis de serem colhidos


como produto agrícola ou vendidos como ativos biológicos. Exemplos de
ativos biológicos consumíveis são os rebanhos de animais mantidos para
a produção de carne, rebanhos mantidos para a venda, produção de
peixe, plantações de milho e trigo, produto de planta portadora e árvores
para a produção de madeira. Ativos biológicos para produção são os
demais tipos como, por exemplo: rebanhos de animais para produção de
leite; árvores frutíferas, das quais é colhido o fruto. Ativos biológicos de
produção (plantas portadoras) não são produtos agrícolas, são, sim,
mantidos para produzir produtos.”

Com isso é possível verificar que somente as plantas portadoras


mantidas para produzirem frutos por mais de um período não são
consideradas ativo biológico consumível tendo em vista que são
cultivadas para produção de acordo com o estabelecido no item 44.

Gabarito: “D”

Em 02/10/20X1, a Sociedade Empresária “A” adquiriu, em condições


usuais e taxa de juros compostos condizentes ao mercado, um imóvel por
meio de financiamento para ser liquidado em 6 prestações trimestrais,
periódicas, iguais e postecipadas, com a primeira prestação após três
meses da aquisição do imóvel, conforme tabela demonstrada a seguir:

A Sociedade Empresária “A” manterá esse imóvel para uso no


fornecimento de suas mercadorias e espera-se que ele seja utilizado por
mais de um período para geração de benefícios futuros e econômicos à
entidade. Com base nas informações apresentadas e, que a Sociedade
Empresária “A”, no reconhecimento inicial, aplicou a Resolução CFC nº
1.151, de 23 de janeiro de 2009 – Aprova a NBC TG 12 – Ajuste a valor
presente, NBC TG 27 (R4) – Ativo imobilizado e Lei nº 6.404/76 (Lei das
SAs), assinale os lançamentos contábeis que refletem corretamente, em
02/10/20X1, o registro do imóvel, das prestações e dos juros no
patrimônio da Sociedade Empresária “A”. Admita que os juros estão
embutidos no valor das prestações e que o exercício social da Sociedade
Empresária “A” finda-se em 31 de dezembro de cada ano. A Sociedade
Empresária “A” considera que os lançamentos contábeis aludidos
anteriormente apresentam efeito relevante aos usuários das informações
contábeis.
Resolução em texto elaborada pelo Prof. Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para assinalar a alternativa que reflete corretamente o registro do imóvel,


das prestações e dos juros no momento da aquisição.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?


O enunciado da questão já informa que o registro contábil deve ser
realizado obedecendo a NBC TG 12 – Ajuste a valor presente por causa
dos juros existentes na transação e a NBC TG 27 – Ativo Imobilizado no
que se refere ao reconhecimento do imóvel. Entretanto, além dessas duas
normas, o registro contábil também deve obedecer à NBC TG 00 –
Estrutura Conceitual no que se refere ao registro obedecendo o Regime
de Competência (item OB17 da norma) à NBC TG 26 – Apresentação das
Demonstrações Contábeis no que se refere ao correto reconhecimento de
Ativo Circulante e Ativo Não Circulante (itens 66 a 68 da norma).

Não vou expor os detalhes dessas duas últimas normas pois, eu apenas
quis utilizar como referência de embasamento da resolução da questão.
Por isso, como parte do estudo, recomendo que façam a leitura desses
itens.

Feitas essas considerações iniciais, vamos analisar as informações


fornecidas pelo enunciado da questão.

Sabemos que o imóvel foi adquirido a prazo e, portanto, nenhum


desembolso de caixa será feito na data da aquisição.

Além disso, os pagamentos serão feitos em 6 parcelas trimestrais. O


pagamento é postecipado, significa que o primeiro será feito após 3
meses da data de aquisição e os outros 5 nos trimestres subsequentes,
ou seja, 02/01/X2, 02/04/X2, 02/07/X2, 02/10/X2, 02/01/X3 e 02/04/X3.

Por fim, sabemos que o valor dos Juros informado na tabela está
embutido no valor das prestações.

De posse dessas informações, é possível concluir o seguinte:

1. O imóvel deverá ser reconhecido pelo valor das prestações líquido dos
juros. Então, somamos todas as prestações e subtraímos do valor total
dos juros e obteremos:

R$ 155.061,90 – R$ 15.061,90 = R$ 140.000,00

2. As despesas com os Juros devem ser reconhecidas somente nas


respectivas competências, ou seja, nas datas em que os pagamentos
foram acordados, independentemente de serem efetuados. Como
estamos fazendo o reconhecimento inicial, podemos assumir que todos
os lançamentos serão efetuados em contas patrimoniais.

3. Como o pagamento foi feito a prazo, sabemos que o valor do


financiamento deve ser reconhecido no passivo, lembrando que de
acordo com a NBC TG 26, as 4 primeiras parcelas deverão ser
reconhecidas no Passivo Circulante e as 2 últimas no Passivo Não
Circulante.
4. Para obedecer às NBCs, o valor original do financiamento deve ser
reconhecido separadamente do valor dos Juros.

Com essas conclusões, conseguimos eliminar a alternativa B pois ela


classifica toda a operação no passivo circulante.

Eliminamos, também, a alternativa C pois ela classifica toda a operação


no passivo não circulante.

E conseguimos eliminar a alternativa D pois ela já reconhece o valor total


dos juros no resultado.

Gabarito: “A”

----------------------------------------------------------------------------------------------------
O Ativo A apresenta os seguintes fluxos de caixa futuros possíveis no
horizonte de um ano e suas respectivas probabilidades:

Sabe-se que a taxa de juros livre de risco aplicável para fluxos de caixa
futuros possíveis no horizonte de um ano é de 3% e o prêmio de risco
sistemático para ativo com o mesmo perfil de risco é de 2%. Diante dos
dados apresentados e utilizando o Método 2 da Técnica de Valor Presente
Esperado apontada na NBC TG 46 (R2) – Mensuração do valor justo, qual
das alternativas a seguir indica o valor mais próximo do Valor Justo do
Ativo A?
A) R$ 390,48
B) R$ 402,19
C) R$ 410,00
D) R$ 500,00

Resolução em texto elaborada pelo Prof. Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para assinalar a alternativa que indica o valor mais próximo do Valor


Justo do Ativo A.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

O enunciado quer que o valor justo seja calculado utilizando,


especificamente, o método 2 descrito na NBC TG 46.
Eu não vou explicar detalhadamente o que é e como são utilizados cada
um dos métodos. Por isso, caso queiram aprofundar os estudos nesse
tema, recomendo que façam a leitura da Norma. Mas o que acho
importante mencionar é que teoricamente, apesar da técnica para
obtenção do valor presente esperado utilizado no Método 1 ser diferente
do Método 2, no final tanto faz utilizar o método 1 ou o método 2, o
resultado do Valor Presente Esperado deve ser o mesmo.

O enunciado da questão apresenta uma tabela com 2 fluxos de caixa com


probabilidades diferentes.

A primeira coisa que faremos é a ponderação desses fluxos de caixa de


acordo com as respectivas probabilidades para obtermos o fluxo de caixa
esperado.

R$ 200,00 * 30% = R$ 60,00


R$ 500,00 * 70% = R$ 350,00

R$ 60,00 + R$ 350,00 = R$ 410,00

Para fazer o ajuste do Valor Presente utilizando o método 2, o risco


sistemático (ou seja, de mercado) é somado à taxa de juros livre de risco.
Então teremos:

3% (taxa de juros livre de risco) + 2% (prêmio de risco sistemático) = 5%

Assim, os fluxos de caixa esperados deverão ser descontados à taxa de


retorno esperada de 5%.

Em matemática financeira utiliza-se a operação de divisão para realizar o


desconto de taxas e a fórmula para se obter o valor do desconto é
representado pela taxa de desconto (em número decimal) + 1. Neste caso
teremos:

0,05 + 1 = 1,05.

Como queremos descontar esse valor dos R$ 410,00 que obtivemos dos
fluxos de caixa esperado, faremos:

R$ 410,00 / 1,05 = R$ 390,48.

Para os que forem utilizar a HP 12C na prova, basta fazer:

410 FV (fluxo de caixa futuro)


1 n (pois representa um ano como informado no enunciado)
5 i (taxa de desconto)
PV 390,48

Gabarito: “A”

De acordo com a NBC TG 24 (R2) – Evento subsequente, as alternativas a


seguir são exemplos de eventos subsequentes ao período contábil a que
se referem as demonstrações contábeis. Tais eventos subsequentes
exigem que a entidade ajuste os valores reconhecidos em suas
demonstrações ou reconheça itens que não tenham sido previamente
reconhecidos, EXCETO:

A) Descoberta de fraude ou erros que mostrem que as demonstrações


contábeis estavam incorretas.
B) O declínio do valor justo de investimentos ocorrido no período
compreendido entre o final do período contábil a que se referem as
demonstrações e a data de autorização de emissão dessas
demonstrações.
C) Determinação, após o período contábil a que se referem as
demonstrações contábeis, do custo de ativos comprados ou do valor de
ativos recebidos em troca de ativos vendidos antes do final daquele
período.
D) Decisão ou pagamento em processo judicial após o final do período
contábil a que se referem as demonstrações contábeis, confirmando que
a entidade já tinha a obrigação presente ao final daquele período contábil.

Resolução em texto elaborada pelo Prof. Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para assinalar a alternativa que não exige que a entidade faça ajustes nos
valores reconhecidos.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?


Antes de mais nada, precisamos saber a definição de Evento
subsequente, de acordo com a norma:

“Evento subsequente ao período a que se referem as demonstrações


contábeis é aquele evento, favorável ou desfavorável, que ocorre entre a
data final do período a que se referem as demonstrações contábeis e a
data na qual é autorizada a emissão dessas demonstrações. Dois tipos de
eventos podem ser identificados:
(a) os que evidenciam condições que já existiam na data final do período a que
se referem as demonstrações contábeis (evento subsequente ao período
contábil a que se referem as demonstrações que originam ajustes);
(b) os que são indicadores de condições que surgiram subsequentemente ao
período contábil a que se referem as demonstrações contábeis (evento
subsequente ao período contábil a que se referem as demonstrações que
não originam ajustes).”

Como vimos, existem dois tipos de eventos subsequentes, em um dos


casos é preciso fazer ajustes nas demonstrações e no outro não.

No item 9, a norma apresenta exemplos de eventos subsequentes nos


quais são exigidos ajustes nos valores reconhecidos nas demonstrações
contábeis. Sendo, dentre outros os mesmos apresentados nas
alternativas “A”, “C” e “D”.
Nos itens 10 e 11, a norma apresenta alguns exemplos dos quais não
deve ser feito nenhum ajuste, sendo igual ao que foi apresentado na
alternativa “B”.

Recomendo que faça a leitura desses itens na norma para aprofundar os


estudos nesse tema.

Gabarito: “B”

A Sociedade Empresária “A” é do setor de varejo e comercializa suas


centenas de produtos com uma garantia segundo a qual os clientes
estarão cobertos pelo custo da reparação de qualquer defeito de
fabricação que se tornar evidente dentro do primeiro ano após a compra.
A experiência passada da Sociedade Empresária “A” e as expectativas
futuras indicam que, para o próximo ano, dos seus produtos vendidos,
60% não apresentarão defeitos, 30% apresentarão defeitos menores e
10% apresentarão defeitos maiores. Outras informações: A Sociedade
Empresária “A” irá incorrer: 

 Em custos de reparação de R$ 800.000,00, caso sejam detectados


defeitos menores em todos os seus produtos vendidos.
 Em custos de reparação de R$ 1.500.000,00, caso sejam detectados
defeitos maiores em todos os produtos vendidos.

Considerando-se apenas as informações apresentadas e a NBC TG 25


(R2) – Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes, assinale o
valor esperado do custo das reparações que a Sociedade Empresária “A”
reconheceria como provisão. Admita que os valores dos custos de
reparação, caso sejam detectados defeitos, e as probabilidades
associadas aos possíveis desfechos, foram determinados pelo
julgamento da Sociedade Empresária “A”, complementado pela
experiência de transações semelhantes somado aos relatórios de peritos
independentes. Ainda, admita que os critérios para reconhecimento da
provisão foram atendidos conforme determina a NBC TG 25 (R2).

A) R$ 390.000,00
B) R$ 530.000,00
C) R$ 920.000,00
D) R$ 2.300.000,00

Resolução em texto elaborada pelo Prof. Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para assinalar a alternativa que apresenta o valor do custo estimado com


reparações dos produtos que deve ser reconhecido como Provisão.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?


Basicamente o enunciado da questão está nos informando que da
totalidade dos produtos comercializados, 60% não apresentarão defeitos,
30% apresentarão defeitos menores e os outros 10% apresentarão
defeitos maiores.

Além disso, o enunciado que caso TODOS os produtos apresentem


defeitos menores, o custo com a reparação seria de R$ 800.000,00.

Da mesma forma, caso TODOS os produtos apresentem defeitos maiores,


o custo com reparação seria de R$ 1.500.000,00.

Para sabermos o valor total da provisão, basta multiplicarmos o valor de


reparo com a respectiva chance (percentual) dos produtos apresentarem
defeito. Da seguinte forma:

R$ 800.000,00 * 30% = R$ 240.000,00


R$ 1.500.000,00 * 10% = R$ 150.000,00

O valor total estimado de gastos com reparo dos produtos seria, então:

R$ 240.000,00 + R$ 150.000,00 = R$ 390.000,00

Gabarito: “A”

Em 20X1 a Sociedade Empresária “A” adquiriu, por R$ 1.000.000,00, o


direito de explorar a marca comercial (registrada) ABC. O direito de
exploração dessa marca foi estipulado em contrato e tem vigência de 10
anos. A Sociedade Empresária “A” não pretende renovar o contrato e
julga que o método de amortização linear reflete o padrão de consumo
pela entidade dos benefícios econômicos futuros esperados com a
exploração da marca. Com base somente nessas informações e,
considerando-se a NBC TG 04 (R4) – Ativo intangível, assinale a seguir a
alternativa que evidencia o valor contábil de amortização acumulada da
marca comercial ABC que estará reconhecido no Balanço Patrimonial da
Sociedade Empresária “A” ao encerrar o exercício social de 20X1. Admita
que não há valor residual e que a marca estava disponível para uso em
01/01/20X1, momento em que a Sociedade Empresária “A” iniciou a
exploração.

A) R$ 8.300,00
B) R$ 100.000,00
C) R$ 200.000,00
D) R$ 1.000.000,00

Resolução em texto elaborada pelo Prof. Thiago:

1º) O que a questão pede?


Para assinalar a alternativa que evidencia o valor contábil de amortização
acumulada ao encerrar o exercício de 20X1.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?


A questão apresenta uma situação de um ativo intangível com vida útil
definida por um contrato de exploração da marca com vigência de 10
anos. Após esse período, a Sociedade não pretende renovar o contrato e
não haverá valor residual. A marca já estava disponível para uso em
01/01/20X1. E o método de amortização mais adequado é o linear.

Essas são as informações necessárias para responder essa questão.

Vale lembrar que os métodos de amortização de um ativo intangível são


os mesmos utilizados para a depreciação de ativos imobilizados.

Considerando todas essas informações, bastava pegar o valor da


aquisição do direito de uso da marca de R$ 1.000.000,00 e dividir por 10
anos que é o período total que a empresa poderá explorar o uso da
marca.

R$ 1.000.000,00 / 10 = R$ 100.000,00

Esse é o valor da amortização acumulada ao final do primeiro ano.

Gabarito: “B”

A Companhia Ômega adquiriu para revenda mercadorias no valor de R$


10.000,00 em maio de 2017. Os impostos recuperáveis sobre a compra
perfazem o total de R$ 1.800,00. Sobre essa compra, a Companhia Ômega
também pagou frete de R$ 200,00 com impostos recuperáveis de R$ 24,00
e seguros no valor de R$ 250,00. A empresa vendeu 70% das mercadorias
adquiridas no período. Sabe-se que a Companhia Ômega não tinha saldo
anterior de mercadorias para revenda. É correto afirmar que o valor do
Custo das Mercadorias Vendidas foi de:

A) R$ 5.740,00
B) R$ 5.863,20
C) R$ 6.038,20
D) R$ 8.626,00

Resolução em texto elaborada pelo Prof. Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para assinalar a alternativa que apresenta o valor correto do Custo das


Mercadorias Vendidas.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?


Para essa questão, bastava saber o conceito do Custo do Estoque, pois
de acordo com o enunciado, alguns elementos da compra precisam ser
adicionados ao custo enquanto outros devem ser retirados.

De tudo que foi apresentado, era preciso retirar os impostos recuperáveis


tanto da compra quanto do pagamento do frete. Além disso, era preciso
adicionar ao custo o valor do frete (líquido dos impostos recuperáveis) e
o seguro.
Teremos, então, algo assim:

Valor da Compra = 10.000,00


(-) Impostos s/ Compra = (1.800,00)
(+) Frete s/ Compra = 200,00
(-) Impostos s/ Frete = (24,00)
(+) Seguro s/ Compra = 250,00
(=) Custo Total = 8.626,00

Significa que esse é o valor pelo qual essas mercadorias foram


reconhecidas no estoque.

O enunciado informa que 70% dessa mercadoria foi vendida, portanto:

R$ 8.626,00 * 70% = R$ 6.038,20

O resultado é o montante pelo qual será registrada a saída das


mercadorias e a contrapartida é o Custo da Mercadoria Vendida, no
Resultado.

Gabarito: “C”

Considere os dados extraídos da Demonstração das Mutações do


Patrimônio Líquido da empresa Exemplar S.A., referente ao exercício
social de 2018.

Saldo do Patrimônio Líquido em 31/12/2017 80.000


Aumento de Capital em Dinheiro 15.000

Aquisição de Ações da Própria Empresa 3.000

Lucro Líquido do Exercício 8.000

Reversão da Reserva de Contingência 3.000

Proposta da Administração de Destinação do Lucro:


Reserva Legal 400
Reserva Estatutária 4.800
Dividendos a Distribuir 5.800

É correto afirmar que a variação total no Patrimônio Líquido da empresa


no exercício social foi de:
A) R$ 6.200,00
B) R$ 14.200,00
C) R$ 22.200,00
D) R$ 28.000,00

Resolução em texto elaborada pelo Prof. Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para assinalar a alternativa que apresenta a variação total do Patrimônio


Líquido da empresa.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?


Essa questão trata da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
– DMPL. E é possível resolvê-la de duas formas.

A primeira é montando a Demonstração propriamente dita. É um processo


que requer um pouco mais de tempo, mas se você souber os conceitos, é
relativamente fácil achar o resultado com poucas chances de erro.
Elaborando a demonstração a chance de erro acontece somente se algum
lançamento for feito errado, pois pelo modelo da demonstração, é
bastante difícil errar na soma, uma vez que há uma coluna de totais que é
somada ao final.

A outra forma é separar somente os fatos que possuem ou a partida ou a


contrapartida em alguma conta do PL e, dessa forma, as contas que
aumentam o PL serão somadas e as contas que diminuem o PL serão
subtraídas. Aqui precisa ter cuidado para colocar os valores (somando ou
subtraindo) de forma correta, além de prestar atenção se, de fato, os
lançamentos utilizados são somente aqueles que afetarão o PL.

O enunciado da questão nos forneceu uma série de dados ocorridos em


2018. Vamos resolver primeiro elaborando a DMPL.

O enunciado forneceu um saldo inicial de PL como R$ 80.000,00. Eu


assumi que uma parte era Capital Social e uma outra era de Reservas,
pois como o exercício não deu informação suficiente e um dos eventos
foi a reversão de uma reserva, eu acabei levando tudo isso em
consideração.
Percebam que na primeira coluna estão relacionados todos os eventos.
As outras colunas são os grupos de conta do PL e que compõem a DMPL.

A última coluna representa o total que cada evento afetou o PL, assim
como os saldos inicial e final.

Por essa demonstração, é possível verificar que o PL começou o período


com um saldo de R$ 80.000,00 e terminou com R$ 94,200,00, logo:

R$ 94.200,00 – R$ 80.000,00 = R$ 14.200,00

A outra maneira de fazer, é considerando somente os eventos que


possuem partida ou contrapartida FORA do PL e consequentemente
afetarão o saldo do PL. Teremos o seguinte:

Evento Valor
Aumento de Capital 15.000,00
Aquisição Ações em Tesouraria (3.000,00)
Lucro do Exercício 8.000,00
Distribuição de Dividendos (5.800,00)
Variação do PL 14.200,00

Veja que dessa forma, já obteremos o resultado da variação do PL, pois


como estamos analisando somente o que altera o patrimônio líquido, não
precisamos levar em consideração o saldo inicial e o saldo final. Isso
seria necessário somente se a questão estivesse pedindo o saldo final do
PL. Como o que foi pedido é a variação, então encontramos os mesmos
R$ 14.200,00 da Demonstração que elaboramos.

Gabarito: “B”

De acordo com a NBC TG 26 (R5), o conjunto completo de demonstrações


contábeis NÃO inclui:

A) Demonstração dos fluxos de caixa do período.


B) Demonstração do resultado abrangente do período.
C) Demonstração das origens e aplicações dos recursos.
D) Notas explicativas, compreendendo as políticas contábeis
significativas e outras informações elucidativas.

Resolução em texto elaborada pelo Prof. Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para assinalar a alternativa que indica a Demonstração que NÃO faz parte
do conjunto de demonstrações contábeis.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?


O item 10 da NBC TG 26 – Apresentação das Demonstrações
Contábeis apresenta o conjunto completo das demonstrações contábeis,
mas para responder essa questão não era necessário conhecer todas as
demonstrações.

A outra opção era saber que a Demonstração dos Fluxos de Caixa


substituiu a Demonstração das origens e aplicações dos recursos,
também conhecida como DOAR.

Questão relativamente simples para quem conhecesse o conjunto


completo ou soubesse dessa substituição.

Gabarito: “C”

---------------------------------------------------------------

De acordo com a NBC TG 03 (R3), a demonstração dos fluxos de caixa


deve apresentar os fluxos de caixa do período classificados por
atividades operacionais, de investimento e de financiamento. Nesse
sentido, identifique as atividades e classifique-as como Atividades
Operacionais (AO), Atividades de Investimentos (AI) e Atividades de
Financiamentos (AF).

( ) Recebimentos de caixa resultantes da venda de ativo imobilizado,


intangíveis e outros ativos de longo prazo.
( ) Pagamentos de caixa a fornecedores de mercadorias e serviços.
( ) Recebimentos e pagamentos de caixa de contratos mantidos para
negociação imediata ou disponíveis para venda futura.
( ) Pagamentos em caixa a investidores para adquirir ou resgatar ações da
entidade.
( ) Adiantamentos em caixa e empréstimos feitos a terceiros (exceto
aqueles adiantamentos e empréstimos feitos por instituição financeira).

A sequência está correta em


A) AI, AF, AI, AF, AI.
B) AI, AO, AI, AI, AF.
C) AI, AO, AO, AF, AI.
D) AF, AO, AO, AF, AI.

Resolução em texto elaborada pelo Prof. Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para classificar os itens em Atividades Operacionais, Atividades de


Investimento ou Atividades de Financiamento e depois assinalar a
questão que apresenta a sequência correta.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?


Essa questão trata dos conceitos da NBC TG 03 – Demonstração dos
Fluxos de Caixa. Para resolver, era necessário saber, de acordo com a
norma, como os itens apresentados devem ser classificados para fins de
elaboração da referida demonstração.

Para aprofundamento dos estudos, recomendo que leiam na norma como


deve ser apresentada a DFC.

Os itens 13 a 15 apresentam as atividades operacionais, o item 16


apresenta as atividades de investimento e o item 17 apresenta as
atividades de financiamento.

Para a resolução dessa questão, vou apenas classificar os itens


apresentados de acordo com a norma.

Recebimentos de caixa resultantes da venda de ativo imobilizado,


intangíveis e outros ativos de longo prazo deve ser classificado como
Atividade de INVESTIMENTO.

Pagamentos de caixa a fornecedores de mercadorias e serviços é


classificado como Atividade OPERACIONAL.

Recebimentos e pagamentos de caixa de contratos mantidos para


negociação imediata ou disponíveis para venda futura é Atividade
OPERACIONAL.

Pagamentos em caixa a investidores para adquirir ou resgatar ações da


entidade é Atividade de FINANCIAMENTO.

Adiantamentos em caixa e empréstimos feitos a terceiros (exceto aqueles


adiantamentos e empréstimos feitos por instituição financeira) é
Atividade de INVESTIMENTO.

Portanto a sequência correta é: AI, AO, AO, AF e AI.

Gabarito: “C”

De acordo com a NBC TG 01 (R4), a Companhia G & F S.A. possui em seu


ativo imobilizado uma máquina que, com o passar do tempo, verificou-se
perda do valor de mercado e também de desempenho econômico. Diante
disso, decidiu-se calcular o valor da possível redução ao valor
recuperável desse ativo, de acordo com os dados a seguir:

       Valor Contábil da Máquina – R$ 425.000,00;


       Valor em Uso da Máquina – R$ 414.800,00;
       Valor Justo da Máquina – R$ 415.000,00; e,
       Gastos para colocar a Máquina à Venda – R$ 35.000,00.

Nesse contexto, a perda por desvalorização a ser reconhecida é de:


A) R$ 10.000,00.
B) R$ 10.200,00.
C) R$ 45.000,00.
D) R$ 45.200,00.

Resolução em texto elaborada pelo Prof. Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para assinalar a questão que apresenta o valor correto da Perda por


Desvalorização a ser reconhecida.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?


Esse é um assunto que muita gente acaba errando na prova, não por ser
difícil, mas talvez, pela complexidade em se fazer a verificação dos
valores, considerando a situação apresentada.

De acordo com a norma, as entidades devem realizar, ao menos uma vez


em cada exercício, o teste de recuperabilidade nos ativos imobilizados
com o intuito de verificar se há perda ao valor recuperável que deve ser
reconhecida.

O teste consiste em duas etapas:

A primeira etapa é preciso identificar como a entidade pode obter o


melhor retorno do imobilizado, se utilizando (valor em uso) ou se
vendendo (valor justo). Dos dois valores obtidos, é preciso considerar o
MAIOR.

Essa primeira etapa é totalmente intuitiva pois, digamos que você possua
um equipamento e decide fazer a avaliação. Você estima que utilizando
esse equipamento será capaz de gerar uma receita de R$ 1.000,00,
enquanto se fizesse a venda, o máximo que conseguiria seria um valor de
R$ 700,00. O que você decide fazer?

Um ponto de atenção, ainda nessa primeira etapa é que o Valor Justo


deve ser considerado líquido das despesas de venda, ou seja, subtrair do
valor de mercado as despesas necessárias para se colocar à venda e para
vender a máquina.

Pronto, a primeira etapa está concluída e agora basta comparar o valor


obtido com o valor contábil registrado na contabilidade.

Caso o valor contábil seja menor que o valor obtido pelo teste, não é
necessário fazer nada. Mas caso o valor contábil seja maior, então será
necessário proceder com o reconhecimento de uma perda ao valor
recuperável.

A questão já nos informa que há uma perda a ser reconhecida, então só


era necessário verificar qual era o valor mais vantajoso para a empresa
em termos de uso ou venda e depois calcular a diferença do que está
registrado na contabilidade.

O valor de uso é de R$ 414.800,00


O valor Justo da máquina é de R$ 415.000,00, mas para conseguir vender
a empresa precisará gastar mais R$ 35.000,00

Então, a empresa obteria pela venda do imobilizado somente R$


380.000,00.

Como é mais vantajoso utilizar a máquina, utilizaremos o valor de R$


414.800,00 como base para comparar com o valor registrado na
contabilidade.

Então, R$ 425.000,00 – R$ 414.800,00 = R$ 10.200,00

Esse é o valor da Perda por Desvalorização do ativo imobilizado.

Gabarito: “B”

O art. 176 da Lei nº 6.404/1976 estabelece que “ao fim de cada exercício
social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da
companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão
exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as
mutações ocorridas no exercício […]” (BRASIL, 1976). Dentre essas
demonstrações, é listada a demonstração do valor adicionado, aplicável
às companhias abertas. A Demonstração do Valor Adicionado pode ser
utilizada como ferramenta gerencial que serve para informar o usuário da
informação contábil do(a)(s)

A) contas de depreciação, correspondentes à perda do valor dos direitos


que têm por objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade
por uso, ação da natureza ou obsolescência.
B) saldo inicial do período e os ajustes de exercícios anteriores; as
reversões de reservas e o lucro líquido do exercício; as transferências
para reservas, dividendos, parcela de lucros incorporada ao capital e
saldo final do exercício.
C) alterações ocorridas, durante o exercício, no saldo de caixa e
equivalentes de caixa, uma vez que apresenta a capacidade de a entidade
gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como as necessidades da
utilização desses fluxos.
D) índice de avaliação do desempenho na geração da riqueza, ao medir a
eficiência na utilização dos fatores de produção; e do desempenho social,
ao demonstrar na distribuição da riqueza gerada a participação dos
elementos que contribuíram para sua geração.

Resolução em texto elaborada pelo Prof. Thiago:

1º) O que a questão pede?


Para assinalar a alternativa que apresente a definição correta da
Demonstração do Valor Adicionado.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?


Essa questão pede para assinalar a alternativa que apresente a correta
definição de Valor Adicionado. Então vamos analisar o que as alternativas
estão apresentando para identificar a resposta correta.

A alternativa “A” afirma que um dos objetivos da DVA é informar os


usuários sobre as contas de depreciação. Essa afirmativa é FALSA pois
as contas de depreciação já são apresentadas no Balanço Patrimonial.

A alternativa “B” apresenta características da Demonstração das


Mutações do Patrimônio Líquido – DMPL e por isso, também é FALSA.

A alternativa “C” apresenta características da Demonstração dos Fluxos


de Caixa – DFC e por isso, também é FALSA.

A alternativa “D” apresenta o objetivo da Demonstração do Valor


Adicionado – DVA CORRETAMENTE.

Gabarito: “D”

A cada exercício social a empresa apura o resultado de suas operações.


De acordo com o art. 187 da Lei nº 6.404/76, deverão ser apresentadas na
demonstração do resultado do exercício as informações a seguir,
EXCETO:

A) As despesas com as vendas.


B) A receita bruta das vendas e serviços.
C) A receita líquida das vendas e serviços.
D) A segregação entre vendas no mercado doméstico e no mercado
externo.

Resolução em texto elaborada pelo Prof. Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para assinalar a alternativa que apresente a informação que NÃO precisa


ser apresentada na DRE.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?


Para resolver essa questão bastava saber a estrutura da DRE e pelas
opções apresentadas não foi muito difícil identificar a alternativa certa.

As despesas com as vendas serão demonstradas logo após a linha de


Lucro Bruto.
A receita bruta das vendas e serviços é a primeira linha da DRE.

A receita líquida é o saldo da receita bruta após descontar os tributos


sobre as vendas, descontos incondicionais, abatimentos e devoluções.

Portanto, a única informação que não é apresentada na DRE é a


segregação entre vendas no mercado doméstico e no mercado externo.

Gabarito: “D”

A Lei nº 6.404/76, apresenta a ordem de classificação das contas do ativo:


“Art. 178 [...]
§ 1º “no ativo, as contas serão classificadas em ordem decrescente de
grau de liquidez”.

Essa afirmativa acarreta no fato da(s):

A) Contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal


será classificada como Reserva de Capital.
B) Contas de Ativo Circulante serem apresentadas antes das contas que
informam o Ativo Não Circulante – Imobilizado
pertencente à companhia.
C) Participações Permanentes em outras sociedades e os Direitos de
qualquer natureza serem classificados no Ativo
Não Circulante – Ativo Intangível.
D) Ações em Tesouraria deverão ser destacadas no Balanço Patrimonial
como dedução da conta do patrimônio líquido
que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição.

Resolução em texto elaborada pelo Prof. Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para assinalar a alternativa que apresente a informação sobre o ativo e


que confirme que as contas são classificadas em ordem decrescente de
grau de liquidez.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?


Essa questão é simples de resolver, no entanto era preciso ter muita
atenção quanto ao que estava sendo pedido.

O enunciado apresentou uma afirmativa sobre a classificação das contas


do ativo em ordem decrescente de liquidez.

A afirmação da alternativa “A” está correta, no entanto a conta Reserva


de Capital pertence ao Patrimônio Líquido e por isso ela não será
marcada como resposta da questão.
Em outras palavras, a alternativa “B” está afirmando que as contas do
Ativo Circulante são apresentadas antes das contas do Imobilizado, para
que se obedeça a ordem decrescente de liquidez e isso está correto.

A alternativa “C” está incorreta pois afirma que as participações em


outras sociedades são classificadas no Intangível, quando o correto é que
sejam classificadas em Investimentos.

A alternativa “D” também está correta, mas da mesma forma que a


alternativa “A”, a conta Ações em Tesouraria pertence ao Patrimônio
Líquido e, por isso, não será a resposta do exercício.

Gabarito: “B”

A Companhia BETA fabrica um único tipo de produto e apresentou as


seguintes informações em determinado período:

       Quantidade Produzida: 16.000 unidades;


       Custos Variáveis: R$ 200.000,00;
       Custos Fixos: R$ 120.000,00;
       Despesas Variáveis: R$ 70.000,00;
       Despesas Fixas: R$ 30.000,00;
       Quantidade Vendida: 11.000 unidades; e,
       Preço de Venda Unitário: R$ 35,00.

De acordo com as informações anteriores e considerando o custeio por


absorção, assinale a alternativa correspondente ao Resultado Bruto e ao
Resultado Líquido do Período, respectivamente.

A) R$ 165.000,00; R$ 27.500,00.
B) R$ 165.000,00; R$ 65.000,00.
C) R$ 177.500,00; R$ 27.500,00.
D) R$ 177.500,00; R$ 65.000,00.

Resolução em texto elaborada pelo Prof. Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para assinalar a alternativa que apresente o valor do Resultado Bruto e do


Resultado Líquido, respectivamente.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?


Para resolver essa questão precisamos somente elaborar a “DRE”
utilizando as informações fornecidas pelo enunciado, mas precisamos
ficar atentos ao fato de que os valores apresentados de custos e
despesas correspondem ao total do período. Além disso, precisamos
considerar que foram produzidas 16.000 unidades, mas apenas 11.000
foram vendidas.

Para esse tipo de questão eu gosto de começar encontrando o valor da


receita bruta de vendas:

11.000 unidades a R$ 35,00 = R$ 385.000,00

Como não há tributos sobre as vendas, deduções, devoluções, descontos


ou abatimentos, vamos direto ao Custo do Produto Vendido (CPV).

Para encontrar esse valor, temos de dividir o valor total da produção pelo
número de unidades produzidas e depois multiplicar pelo número de
unidades vendidas.

Como a companhia fabrica somente um único tipo de produto, significa


que os custos fixos não precisarão ser rateados e consequentemente
podemos somar o valor dos custos fixos ao valor dos custos variáveis
para encontrarmos o valor unitário de cada produto.

R$ 200.000,00 + R$ 120.000,00 = R$ 320.000,00

Agora vamos dividir esse valor pelo total de unidades produzidas:

R$ 320.000,00 / 16.000 = R$ 20,00 por unidade.

Para apurarmos o Custo do Produto Vendido, vamos multiplicar o custo


unitário pelo número de unidades vendidas:

R$ 20,00 * 11.000 = R$ 220.000,00

Pronto, com isso, já é possível obter o valor do Lucro Bruto:

R$ 385.000,00 – R$ 220.000,00 = R$ 165.000,00.

Para encontrarmos o resultado líquido, basta subtrairmos do Lucro Bruto


os valores de Despesas Fixas e Despesas Variáveis:

R$ 165.000 – R$ 70.000 – R$ 30.000 = R$ 65.000,00

A DRE ficaria mais ou menos assim:

Receita Bruta de Vendas 385.000,00


(-) Custo dos Produtos Vendidos (220.000,00)
(=) Lucro Bruto 165.000,00
(-) Despesas Variáveis (70.000,00)
(-) Despesas Fixas (30.000,00)
(=) Resultado Líquido 65.000,00

Gabarito: “B”
Uma indústria apresentou a seguinte relação contendo seus custos e
despesas em um determinado período. Observe.

O custo de fabricação, o custo primário e o custo de transformação têm,


respectivamente, os valores de:

A) R$ 930.000,00; R$ 642.000,00; R$ 580.000,00.


B) R$ 930.000,00; R$ 642.000,00; R$ 616.000,00.
C) R$ 966.000,00; R$ 630.000,00; R$ 580.000,00.
D) R$ 966.000,00; R$ 630.000,00; R$ 616.000,00.

Resolução em texto elaborada pelo Prof. Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para assinalar a alternativa que apresente o custo de fabricação, o custo


primário e o custo de transformação, respectivamente.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?


Antes de mais nada, precisamos saber o conceito de cada um desses
custos que o enunciado apresentou.

O custo de fabricação compreende todos os gastos que foram


necessários para elaboração dos produtos.

O custo primário compreende somente os custos com Materiais diretos e


Mão de obra direta.

O custo de transformação compreende os custos de Mão de Obra Direta e


todos os Custos Indiretos de Fabricação.
Agora que já sabemos o que é cada um desses custos, vamos começar
eliminando as despesas e assim encontraremos o valor do custo de
fabricação.

Descrição R$
Materiais Diretos   350.000,00
Materiais Indiretos   70.000,00
Mão de Obra Direta 280.000,00
Mão de Obra Indireta 45.000,00
Aluguel da Fábrica  60.000,00
Manutenção das Máquinas  9.000,00
Comissão sobre Vendas  15.000,00
Seguro da Fábrica  29.000,00
Marketing    12.000,00
Depreciação das Máquinas  62.000,00
Gastos com Limpeza da Fábrica 27.000,00
Energia Elétrica Consumida na Fábrica 34.000,00

De todos os itens apresentados, somente a comissão sobre vendas e o


marketing são despesas.

Ao somar todos os valores restantes, obteremos R$ 966.000,00 como


custo total de fabricação.

O custo primário é composto apenas por Materiais e Mão de Obra Diretos,


portanto:

R$ 350.000,00 + R$ 280.000,00 = R$ 630.000,00

O custo de transformação é composto pela Mão de Obra Direta e pelos


Custos Indiretos de Fabricação.

Se o custo total de Fabricação = Matéria-Prima + Mão de Obra Direta +


Custos Indiretos de Fabricação

E se o custo de transformação = Mão de Obra Direta + Custos Indiretos de


Fabricação

Significa que o jeito mais fácil de se obter esse número é pegando o valor
do custo de fabricação e subtrair o valor da Matéria Prima, então:

R$ 966.000,00 – R$ 350.000,00 = R$ 616.000,00

Gabarito: “D”

Uma determinada fábrica de produção não deu prioridade às medidas de


segurança contra incêndio exigidas pelo Corpo de Bombeiros. Assim,
houve um incêndio e o fogo destruiu parte da fábrica. Porém, certos
registros contábeis, mantidos em outra repartição, revelaram o período de
1º de janeiro a 26 de fevereiro de 2019:
  

Para saber o custo histórico dos estoques para a estimativa de


financiamento, considerando os dados fornecidos anteriormente, é
correto afirmar que o valor do estoque de materiais diretos em 26/02/2019
é de

A) R$ 10.000,00.
B) R$ 18.000,00.
C) R$ 28.000,00.
D) R$ 33.000,00.

Resolução em texto elaborada pelo Prof. Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para assinalar a alternativa que apresente o valor do estoque de materiais


diretos em 26/02/2019.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?


Essa questão possui um nível de complexidade mais alto e isso exige um
tempo de elaboração maior até conseguir chegar na resposta. Isso deve
ser levado em consideração na hora da prova.

Para se obter o valor do estoque de materiais diretos em 26/02, é preciso


somar o estoque inicial (01/01) ao material comprado e subtrair o valor do
material que foi consumido.

As duas primeiras informações o enunciado já forneceu, restando apenas


encontrar o valor do material consumido.

Os custos primários utilizados no período correspondem à Matéria-Prima


e à Mão de Obra Direta e esses dois custos somados foi de R$ 50.000,00.

Os custos de conversão são os custos incorridos para converter


materiais diretos em produtos acabados, é o mesmo que custo de
transformação.

Vamos primeiro encontrar o valor dos 40% do custo de conversão que


equivale ao que foi incorrido com Mão de Obra.
Custo de Transformação (Conversão) = M.d.O + C.I.F
Custo de Transformação = (40% x Custo de Conversão) + 27.000
Custo de Transformação = (0,40 x Custo de Conversão) + 27.000
Custo de Transformação = 27.000 / 0,60
Custo de Transformação = 45.000,00

Considerando que a mão de Obra equivale a 40% do custo de conversão,


então:

45.000 x 40% = 18.000,00

Agora vamos utilizar os custos primários para encontrar o valor dos


Materiais Diretos utilizados no período.

Custos primários = M.d.O + Matéria-prima


50.000,00 = 18.000,00 + Matéria-prima
Matéria-prima = 50.000,00 – 18.000,00
Matéria-prima = 32.000,00

Pronto, agora que sabemos o valor dos materiais diretos que foram
consumidos é possível encontrar o estoque final de matéria-prima:

Estoque inicial + Compras – Estoque final = Material Consumido


20.000,00 + 40.000,00 – Estoque final = 32.000,00
Estoque final = 20.000,00 + 40.000,00 – 32.000,00
Estoque final = 28.000,00

Gabarito: “C”

A normatização dos procedimentos contábeis relativos a provisões,


passivos contingentes e ativos contingentes foi elaborada com base na
Norma Brasileira de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, NBC TSP
03, de 21 de outubro de 2016, aprovada pelo Conselho Federal de
Contabilidade e utilizada no Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor
Público (MCASP) 8ª edição para colaborar com o processo de elaboração
e execução do orçamento. Segundo a NBC TPS 03 e o MCASP 8ª edição,
o Passivo Contingente NÃO pode ser definido como um(a)

A) obrigação presente que decorre de eventos passados, mas não é


reconhecida porque não é possível fazer uma estimativa confiável do
valor da obrigação.
B) obrigação possível que resulta de eventos passados, e cuja existência
será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos
futuros incertos, não completamente sob o controle da entidade.
C) obrigação presente que decorre de eventos passados, mas não é
reconhecida porque é improvável que a saída de recursos que
incorporam benefícios econômicos ou potencial de serviços seja exigida
para liquidar a obrigação.
D) evento não planejado ou não esperado que não esteja totalmente sob o
controle da entidade e que acarreta a possibilidade de um ingresso de
recursos sob a forma de benefícios econômicos ou potencial prestação
de serviços à entidade.

Resolução em texto elaborada pelo Prof. Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para assinalar a alternativa INCORRETA com relação à definição de


Passivo Contingente.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?


De acordo com o item 12.1 da 8ª edição do Manual de Contabilidade
Aplicada ao Setor Público:

“Passivo contingente é:
a. Uma obrigação possível resultante de eventos passados e cuja existência
será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos
futuros incertos que não estão totalmente sob o controle da entidade; ou
b. Uma obrigação presente resultante de eventos passados, mas que não é
reconhecida porque:
i.   É improvável uma saída de recursos que incorporam benefícios
econômicos ou potencial de serviços seja exigida para a extinção da
obrigação; ou
ii. Não é possível fazer uma estimativa confiável do valor da obrigação.”

Comparando essa definição com as afirmativas das alternativas, é


possível observar que a única que não está de acordo é a alternativa “D”
pois, ela descreve a definição de Ativo Contingente.

Gabarito: “D”

“Os Princípios Orçamentários visam estabelecer diretrizes norteadoras


básicas, a fim de conferir racionalidade, eficiência e transparência para os
processos de elaboração, execução e controle do orçamento público.
Válidos para os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário de todos os
entes federativos – União, Estados, Distrito Federal e Municípios – são
estabelecidos e disciplinados por normas constitucionais,
infraconstitucionais e pela doutrina” (MCASP, 2019, p. 28). Considerando
o seguinte enunciado “[...] cabe ao Poder Público fazer ou deixar de fazer
somente aquilo que a lei expressamente autorizar, ou seja, subordina-se
aos ditames da Lei”. Para o cumprimento desse princípio, o Poder
Executivo deverá estabelecer o plano plurianual, as diretrizes
orçamentárias e os orçamentos anuais. O enunciado refere-se ao
Princípio
A) da Unidade.
B) da Legalidade.
C) da Exclusividade.
D) da Universalidade.

Resolução em texto elaborada pelo Prof. Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para assinalar a alternativa que apresente o Princípio Orçamentário


correto de acordo com o trecho exposto no enunciado.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?


Para resolver essa questão era necessário ter noções básicas dos
Princípios Orçamentários.

Para a resolução desta questão vou apenas apresentar o texto do


princípio orçamentário da Legalidade. Para aprofundamento do estudo,
recomendo que façam a leitura dos outros princípios que constam no
item 2 do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público. O link ficará
disponível ao final da resolução.

Princípio da Legalidade:
“Apresenta o mesmo fundamento do princípio da legalidade aplicado à
administração pública, segundo o qual cabe ao Poder Público fazer ou
deixar de fazer somente aquilo que a lei expressamente autorizar, ou seja
subordina-se aos ditames da lei. A Constituição Federal de 1988, no art.
37, estabelece os princípios explícitos da administração pública, dentre
os quais o da legalidade e, no seu art. 165, estabelece a necessidade de
formalização legal das leis orçamentárias:
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.”

Gabarito: “B”

A Sociedade Empresária Alfa e a Sociedade Empresária Beta


apresentaram os seguintes Balanços Patrimoniais não consolidados e
encerrados em 31/12/2017. A Sociedade Empresária Alfa é controladora
da Sociedade Empresária Beta e avalia o investimento pelo método da
equivalência patrimonial.
Outras informações:
 Durante o ano de 2017 Beta vendeu, a prazo, mercadorias de seu
estoque para Alfa por R$ 300.000,00, com margem de lucro de 50%.
Metade dessas mercadorias ainda se encontra nos estoques de Alfa.
 No Balanço Patrimonial não consolidado de Alfa, a conta
Investimentos em Beta não contém qualquer tipo de ágio.

Considerando-se apenas as informações apresentadas e a NBC TG 36


(R3) – Demonstrações consolidadas e ITG 09 (R1) – Demonstrações
contábeis individuais, demonstrações separadas, demonstrações
consolidadas e aplicação do método da equivalência patrimonial, assinale
o saldo em Ativo Circulante que deveria ser divulgado pela Sociedade
Empresária Alfa em seu Balanço Patrimonial Consolidado em 31/12/2017.

A) R$ 970.000.
B) R$ 1.195.000.
C) R$ 1.270.000.
D) R$ 1.570.000.
Resolução em texto elaborada pela Profª Yasmin:

1º) O que a questão pede?

O saldo em Ativo Circulante a ser divulgado pela Sociedade Empresária


Alfa em seu Balanço Patrimonial Consolidado em 31/12/2017.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Bom, essas questões que envolvem consolidação de balanços e


equivalência patrimonial costumam ser o grande “terror” dos candidatos
no dia do exame.

Se você não souber algumas “regrinhas” básicas, pode cair no erro de


achar que bastaria somar os “Ativos Circulantes” das empresas, achar o
valor de R$ 1.570.000 e marcar a letra “D”, conforme podemos ver isso
abaixo:

Ativo Circulante da Empresa Alfa:


620.000 + 150.000 = 770.000,00

Ativo Circulante da Empresa Beta:


350.000 + 300.000 + 150.000 = 800.000,00

Total do Ativo Circulante Consolidado (Alfa + Beta):


770.000 + 880.000 = R$ 1.570.000

Mas calma, infelizmente não é assim tão simples!

Quando vamos fazer a consolidação de balanços, existem certos ajustes


que necessitam ser feitos e, algum deles são de operações que as
empresas fizeram entre elas. Essas operações que as empresas fazem
entrem elas precisam ser “eliminadas” para que não ocorra um
“inchamento artificial” no balanço consolidado.

Nessa questão, o enunciado nos traz a seguinte informação que precisa


ser analisada, para verificar os ajustes a serem feitos:

“Durante o ano de 2017 Beta vendeu, a prazo, mercadorias de seu


estoque para Alfa por R$ 300.000,00, com margem de lucro de 50%.
Metade dessas mercadorias ainda se encontra nos estoques de Alfa.”

Isso significa que, dentro do saldo de “150.000,00” de Estoques da


empresa Alfa, existe 50% de lucro “embutido” da empresa Beta que deve
ser eliminado. Então, precisaremos eliminar: 150.000 x 50% = R$
75.000,00

Além disso, essa mercadoria foi vendida a prazo, pois ao analisarmos o


Balanço individual de cada uma, percebemos que existe um “contas a
pagar e a receber” de R$ 300.000 entre elas. Isso significa que, no Ativo
Circulante da empresa Beta, temos que eliminar os R$ 300.000,00 que ela
tem à receber de Alfa.

Sendo assim, o saldo em Ativo Circulante a ser divulgado pela Sociedade


Empresária Alfa em seu Balanço Patrimonial
Consolidado em 31/12/2017 será:

   R$ 1.570.000
   (R$ 75.000)
   (R$ 300.000)
= R$ 1.195.000

Gabarito: “B”
A partir do que dispõe a NBC TG 27 (R4), que estabelece o tratamento
contábil para ativos imobilizados, analise as afirmativas a seguir, marque
C para correto ou I para incorreto, se a Sociedade Empresária Gama agiu
em concordância a essa norma.
( ) Ao adquirir o ativo imobilizado “A” a Sociedade Empresária Gama
pagou R$ 10.000,00 para colocá-lo no local e em condições necessárias
para que fosse capaz de funcionar da forma pretendida pela
administração. A Sociedade Empresária Gama reconheceu esse valor
como parte integrante do custo inicial do ativo imobilizado “A”.
( ) A Sociedade Empresária Gama pagou R$ 25.000,00 em propaganda e
atividades promocionais para introduzir novos produtos provenientes do
ativo imobilizado “B”. A Sociedade Empresária Gama reconheceu esse
valor como parte integrante do valor contábil do ativo imobilizado “B”.
( ) A Sociedade Empresária Gama apresentou prejuízos operacionais
iniciais de R$ 10.000,00, incorridos enquanto se estabelecia a demanda
pelos produtos que seriam produzidos pelo ativo imobilizado “C”. A
Sociedade Empresária Gama reconheceu esse valor como parte
integrante do valor contábil do ativo imobilizado “C”.

A sequência está correta em

A) C, I, I.
B) C, C, I.
C) C, I, C.
D) C, C, C.

Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para julgar as alternativas apresentadas e marcar se estão corretas ou


incorretas de acordo com a NBC TG 27 – Ativo Imobilizado.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Para resolver essa questão era necessário conhecer alguns detalhes da


NBC TG 27, mais especificamente sobre os Elementos do Custo. Não vou
detalhar todos esses elementos, por isso recomendo a leitura dos itens
16 a 22A da Norma como forma de se aprofundar um pouco mais neste
tema.

Para julgar a primeira afirmativa apresentada, vamos observar o item 16b


da Norma:

“16. O custo de um item do ativo imobilizado compreende:


(b) quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local
e condição necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma
pretendida pela administração;”

A afirmativa apresenta praticamente o mesmo texto e, por isso está


CORRETA.

Para a segunda afirmativa, vamos para o item 19:


“19. Exemplos que não são custos de um item do ativo imobilizado são:
(b) custos incorridos na introdução de novo produto ou serviços
(incluindo propaganda e atividades promocionais);”

Como a empresa incluiu esses gastos no valor contábil do ativo e isso é o


contrário do que determina a NBC, a segunda afirmativa está
INCORRETA.

Para a terceira alternativa, vamos observar o que diz o item 20:

“20. O reconhecimento dos custos no valor contábil de um item do ativo


imobilizado cessa quando o item está no local e nas condições
operacionais pretendidas pela administração. Portanto, os custos
incorridos no uso ou na transferência ou reinstalação de um item não são
incluídos no seu valor contábil, como, por exemplo, os seguintes custos:
(b) prejuízos operacionais iniciais, tais como os incorridos enquanto a
demanda pelos produtos do ativo é estabelecida;”

Situação semelhante à segunda afirmativa, pois está reconhecendo um


custo que não é permitido pela NBC e, portanto, INCORRETA.

Chegamos na sequência: C, I, I.

Gabarito: “A”

Uma entidade do setor de educação está passando por um momento de


reestruturação em suas atividades operacionais. A entidade está
comprometida com o plano de vender suas atuais instalações (prédio
sede, móveis e equipamentos) para subsidiar financeiramente a aquisição
de novas instalações em outro bairro da cidade. A entidade já iniciou
ações para localizar comprador, mas continua utilizando as atuais
instalações até que as novas sejam adquiridas. Em sua última reunião, a
diretoria da entidade resolveu não transferir as atuais instalações a um
eventual comprador até que a compra das novas instalações seja
efetuada. Apesar de ignorar termos habituais e costumeiros para a venda
de ativos desse tipo, a entidade está disposta a manter um compromisso
firme de compra – com algum eventual comprador, comprometendo-se a
transferir as atuais instalações assim que as novas estiverem prontas
para uso pela entidade. Considerando-se apenas as informações
apresentadas e a NBC TG 31 (R4) – Ativo não circulante mantido para
venda e operação descontinuada, assinale a alternativa correta.

A) As atuais instalações estão disponíveis para venda imediata.


B) As atuais instalações não podem ser classificadas como Ativo Não
Circulante Mantido para Venda.
C) A entidade já iniciou ações para localizar comprador; portanto, poderá
classificar as atuais instalações como Ativo Não Circulante Mantido para
Venda.
D) As atuais instalações podem ser classificadas como Ativo Não
Circulante Mantido para Venda, pois há um compromisso firme de compra
para a transferência futura dessas instalações.

Resolução em texto elaborada pela Profª Yasmin:

1º) O que a questão pede?

Que assinalemos a alternativa que corresponda à classificação contábil


em relação da venda das instalações atuais da empresa (prédio sede,
móveis e equipamentos), em decorrência da reestruturação. Resumindo,
se analisarmos as alternativas, o que questão está exigindo é saber se
essas instalações podem ou não ser classificadas como “Ativo Não
Circulante Mantido Para Venda” de acordo com a NBC TG 31.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Para resolver, será necessário ter pelo menos um pouco de conhecimento


dos critério estabelecidos na “NBC TG 31 (R4) – Ativo não circulante
mantido para venda e operação descontinuada”.

De acordo com os itens 6, 7, e 8 da NBC TG 31:

6. A entidade deve classificar um ativo não circulante como mantido para


venda se o seu valor contábil vai ser recuperado, principalmente, por
meio de transação de venda em vez do uso contínuo.
7. Para que esse seja o caso, o ativo ou o grupo de ativos mantido para
venda deve estar disponível para venda imediata em suas condições
atuais, sujeito apenas aos termos que sejam habituais e costumeiros
para venda de tais ativos mantidos para venda. Com isso, a sua venda
deve ser altamente provável.
8. Para que a venda seja altamente provável, o nível hierárquico de gestão
apropriado deve estar comprometido com o plano de venda do ativo, e
deve ter sido iniciado um programa firme para localizar um comprador e
concluir o plano [...]

Com isso, vemos claramente que a empresa ignorou os termos habituais


e costumeiros para a venda de ativos e sua venda não está altamente
provável.

Sendo assim, as atuais instalações não podem ser classificadas como


“Ativo Não Circulante Mantido para Venda”.

Gabarito: “B”

A Sociedade Empresária Delta trabalha no segmento de material de


transporte rodoviário e é líder no segmento de venda de peças para
veículos de grande porte (caminhões, ônibus, carretas etc.). A partir de
consultas aos relatórios internos dessa sociedade, as seguintes
informações foram coletadas sobre o seu patrimônio; analise-as.

I. A Sociedade Empresária Delta é proprietária de um terreno mantido


para valorização de capital a longo prazo e não pretende vendê-lo a curto
prazo no curso ordinário dos negócios.
II. A Sociedade Empresária Delta é proprietária de um imóvel mantido
para uso na produção de peças para ambos os seus segmentos
operacionais. Uma parte insignificante desse imóvel se encontra sem uso
e outra entidade tentou adquiri-la, mas a Sociedade Empresária Delta não
poderia aliená-la separadamente.
III. A Sociedade Empresária Delta é proprietária de um imóvel que se
encontra ocupado por seus empregados. Futuramente a empresa
pretende ocupar o imóvel para alocar parte de seu setor administrativo.

Considerando-se apenas as informações apresentadas e a NBC TG 28


(R4) – Propriedade para investimento, pode(m) ser classificada(s) como
propriedade(s) para investimento(s) apenas a(s) propriedade(s)
descrita(s) em

A) I.
B) II.
C) III.
D) I e III.

Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para identificar apenas as propriedades da Sociedade que podem ser


classificadas como Propriedade para investimento.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Para resolver essa questão, bastava saber a definição de Propriedade


para investimento de acordo com a NBC TG 28:

“Propriedade para investimento é a propriedade (terreno ou edifício – ou


parte de edifício – ou ambos) mantida (pelo proprietário ou pelo
arrendatário em arrendamento financeiro) para auferir aluguel ou para
valorização do capital ou para ambas, e não para:
(a)      Uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para
finalidades administrativas; ou
(b)      Venda no curso ordinário do negócio.”

Apenas com essa definição, podemos identificar que das três


propriedades da Sociedade Empresária, apenas a propriedade referida no
item “I” pode ser classificada como Investimento.
Caso queira se aprofundar um pouco mais no tema, o item 8 da NBC TG
28 apresenta alguns exemplos de propriedades para investimento e o
item 9 apresenta alguns exemplos que não são propriedades para
investimento.

Gabarito: “A”

Em novembro de 2017 uma Sociedade Empresária comprou móveis e


utensílios para fins de utilização em suas atividades administrativas.
Esses ativos foram adquiridos de um fornecedor nacional e o montante
de caixa dado como entrada no ato da compra foi de R$ 5.000,00. O
restante do pagamento ficou acordado para ser efetuado em quatro
prestações mensais, iguais e consecutivas de R$ 3.000,00, devendo a
primeira prestação ser paga em dezembro de 2017. Na data do
reconhecimento do custo inicial dos móveis e utensílios, a Sociedade
Empresária esperava utilizá-los por mais de um período. No
reconhecimento inicial ficou constatado que o prazo de pagamento não
excedia os prazos normais de crédito e que o preço equivalente à vista
era R$ 17.000,00.

Considerando-se apenas as informações apresentadas, assinale a


alternativa que representa o correto lançamento contábil do custo inicial
de aquisição dos móveis e utensílios dessa Sociedade Empresária.

Resolução em texto elaborada pela Profª Yasmin:

1º) O que a questão pede?


Que assinalemos a alternativa que corresponda à classificação contábil
correta da aquisição dos móveis e utensílios.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Essa é uma questão muito simples, onde temos que analisar o impacto
contábil do fato ocorrido.

Bom, a questão nos traz que se trata de uma aquisição de móveis e


utensílios e que a empresa espera utilizá-los por mais de um período.
Com isso, já conseguimos constatar que se trata de um ativo imobilizado.

Essa compra foi realizada da seguinte maneira:


 R$ 5.000,00 à vista, logo, sairá do caixa (AC)
 R$ 12.000,00 a prazo, pois são 4 parcelas de R$ 3.000,00, mensais e
consecutivas, logo, teremos uma dívida com os fornecedores (PC).

Ou seja, o custo inicial de aquisição foi de R$ 17.000,00, somando o valor


à vista e o a prazo.

Tendo isso em mente, o nosso lançamento contábil será:


D – Móveis e Utensílios (Ativo Imobilizado) ...           R$ 17.000,00
C – Caixa (Ativo Circulante) ...                                  R$ 5.000,00
C – Fornecedores Nacionais (Passivo Circulante) ...   R$ 12.000,00

Gabarito: “A”

Uma Sociedade Empresária tem como atividade principal a produção e a


comercialização de milho. Essa sociedade também desenvolve, em menor
escala, atividade de comercialização de fubá, canjica, amido e flocos,
todos resultantes do processamento do milho colhido. Sabe-se que, ao
encerrar o último exercício social, faziam parte dos Ativos dessa
sociedade e estavam registrados em seu Balanço Patrimonial:

 uma lavoura de milho no ponto de colheita;


 120 toneladas de milho (em grãos) colhidas na última safra e
armazenadas em silos da Sociedade Empresária;
 produtos, resultantes do processamento do milho colhido,
armazenados no galpão da Sociedade Empresária.

Considerando-se apenas as informações apresentadas e a NBC TG 29


(R2) – Ativo biológico e produto agrícola, assinale a alternativa correta
sobre esses Ativos da Sociedade Empresária.

A) A lavoura de milho é uma Planta Portadora.


B) A lavoura de milho é um Imobilizado em Andamento.
C) Os produtos resultantes do processamento do milho colhido são
classificados como Estoques.
D) O milho em grãos e os produtos resultantes do processamento do
milho colhido são classificados como Ativos Biológicos.

Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para assinalar a alternativa correta sobre os Ativos da Sociedade


Empresária.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Desde a primeira prova a Consulplan vem explorando bastante a NBC TG


29 – Ativos Biológicos e Produtos Agrícolas. Pensando nisso e
aproveitando que essa é uma questão que envolve conceitos e
definições, vamos explorar um pouco esses aspectos.

Pela definição da Norma:

“Ativo biológico é um animal e/ou uma planta, vivos.


Produção agrícola é o produto colhido de ativo biológico da entidade.”

Analisando essas duas definições, é possível eliminar a alternativa “D”,


pois fica claro que tanto o milho em grãos quanto os produtos resultantes
do processamento do milho colhido não se caracterizam como uma
planta viva, mas como produto colhido de ativo biológico.

Continuando com as definições:

“5. Planta portadora é uma planta viva que:


(a)      é utilizada na produção ou no fornecimento de produtos agrícolas;
(b)      é cultivada para produzir frutos por mais de um período; e
(c)       tem uma probabilidade remota de ser vendida como produto agrícola,
exceto para eventual venda como sucata.”

Ainda no âmbito das definições, a Norma especifica que:

“5A. Não são plantas portadoras:


(a)      plantas cultivadas para serem colhidas como produto agrícola (por
exemplo, árvores cultivadas para o uso como madeira);
(b)      plantas cultivadas para a produção de produtos agrícolas, quando há a
possibilidade maior do que remota de que a entidade também vai colher e
vender a planta como produto agrícola, exceto as vendas de sucata como
incidentais (por exemplo, árvores que são cultivadas por seus frutos e
sua madeira); e
(c)       culturas anuais (por exemplo, milho e trigo).”
Com isso, já conseguimos eliminar a alternativa “A”.

A alternativa “B” também pode ser eliminada pois, nem a NBC TG 29 –


Ativos Biológicos e Produtos Agrícolas e nem a NBC TG 27 – Ativo
Imobilizado apresentam em suas definições o significado para
Imobilizado em Andamento.

Agora saímos das definições e vamos para o campo do Reconhecimento


e Mensuração:

“13. O produto agrícola colhido de ativos biológicos da entidade deve ser


mensurado ao valor justo, menos as despesas de venda, no momento da
colheita. O valor assim atribuído representa o custo, no momento da
aplicação da NBC TG 16 – Estoques, ou outra norma aplicável.”

Usamos esse item para reforçar o entendimento de que a classificação


correta dos produtos resultantes do processamento do milho e, neles
compreendidos o próprio grão do milho, sejam classificados como
Estoque.

Outro indicativo que o enunciado forneceu para esse entendimento é


dado ao mencionar que a Sociedade Empresária tem como atividade
principal a produção e a comercialização de milho, além de outra
atividade de comercialização de produtos resultantes do processamento
do milho colhido.

Portanto a alternativa “C” está CORRETA.

Gabarito: “C”

Analise as afirmativas com relação à NBC TG 06 que trata das Operações


de Arrendamento Mercantil.

I. Na data de início, o arrendador deve reconhecer os ativos mantidos em


arrendamento financeiro em seu balanço patrimonial e deve apresentá-los
como recebível ao valor equivalente ao investimento líquido no
arrendamento.
II. O arrendamento é classificado como arrendamento operacional se
transferir substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à
propriedade do ativo subjacente.
III. Indicadores de situações que, individualmente ou em combinação,
também poderiam levar o arredamento a ser classificado como
arrendamento financeiro são: (a) se o arrendatário puder cancelar o
arrendamento, as perdas do arrendador associadas ao cancelamento são
arcadas pelo arrendatário; (b) ganhos ou perdas provenientes da
flutuação no valor justo do residual são gerados para o arrendatário; e (c)
se o arrendatário tiver a capacidade de continuar o arrendamento por
período secundário, com aluguel que seja substancialmente menor que o
aluguel de mercado.
IV. Arrendador é a entidade que obtém o direito de usar o ativo subjacente
por um período de tempo em troca de contraprestação.

Estão corretas apenas as afirmativas


A) I e II.
B) I e III.
C) I, II e IV.
D) II, III e IV.

Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para analisar as afirmativas apresentadas e assinalar a alternativa correta.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Eu sempre comento com os alunos para que, nesse tipo de questão,


usem as alternativas de maneira a ajudar a resolver a questão. Veja só.

Se ao ler a primeira afirmativa, concluirmos que ela é falsa e olharmos


para as alternativas, já poderíamos marcar a alternativa “D”. Porém,
vamos supor que após ler a afirmativa “I”, nós ficássemos em dúvida se
ela está correta ou incorreta.

Faríamos, então, a mesma coisa com a segunda afirmativa, que apresenta


um grau de dificuldade muito menor, pois para julgá-la bastava saber a
definição de arrendamento mercantil financeiro e operacional.

De acordo com a NBC TG 06:

“Arrendamento mercantil financeiro é aquele em que há transferência


substancial dos riscos e benefícios inerentes à propriedade de um ativo.
O título de propriedade pode ou não vir a ser transferido.”

“Arrendamento mercantil operacional é um arrendamento mercantil


diferente de um arrendamento mercantil financeiro.”

Com isso, já podemos concluir que a afirmativa “II” é INCORRETA e


olhando as alternativas apresentadas, a única opção que nos resta é a
“B”.
Vamos manter o objetivo de basear as respostas nas NBCs e vou indicar
o item da norma que menciona as outras 3 afirmativas e que justificam o
fato de estarem corretas.

A afirmativa “I” está correta de acordo com o item 20 da NBC.


A afirmativa “III” está correta de acordo com o item 10 da NBC.

A afirmativa “IV” está incorreta de acordo com a definição de


Arrendamento Mercantil constante na norma:

“Arrendamento mercantil é um acordo pelo qual o arrendador transmite


ao arrendatário em troca de um pagamento ou série de pagamentos o
direito de usar um ativo por um período de tempo acordado.”

Gabarito: “B”

A NBC TG 01 trata da redução ao valor recuperável de ativos e assevera


que ao avaliar se há alguma indicação de que um ativo possa ter sofrido
desvalorização, a entidade deve considerar fontes externas e internas de
informação.

Nesse contexto, pode-se considerar uma fonte interna de avaliação:

A) Evidência disponível de obsolescência ou de dano físico de um ativo.


B) Valor contábil do patrimônio líquido da entidade maior do que o valor
de suas ações no mercado.
C) Mudanças significativas com efeito adverso sobre a entidade que
ocorreram durante o período, ou ocorrerão em futuro próximo, no
ambiente tecnológico, de mercado, econômico ou legal, no qual a
entidade opera ou no mercado para o qual o ativo é utilizado.
D) Taxas de juros de mercado ou outras taxas de mercado de retorno
sobre investimentos que aumentaram durante o período, e esses
aumentos provavelmente afetarão a taxa de desconto utilizada no cálculo
do valor em uso de um ativo e diminuirão materialmente o valor
recuperável do ativo.

Resolução em texto elaborada pela Profª Yasmin:

1º) O que a questão pede?

Que assinalemos a alternativa que seja uma “fonte interna de informação”


de acordo coma NBC TG 01, que trata da redução ao valor recuperável de
ativos.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Para resolver, será necessário ter pelo menos um pouco de conhecimento


dos critérios estabelecidos na “NBC TG 01 – Redução ao Valor
Recuperável de Ativos”.

Nessa norma, em seu item 12 nos traz quais são as fontes de informações
“externas” e “internas”. Como a questão está querendo somente a
“interna”, focaremos nisso então... ok?!
De acordo com a norma, as fontes “internas” de informação são:
 evidência disponível de obsolescência ou de dano físico de um
ativo;
 mudanças significativas, com efeito adverso sobre a entidade,
ocorreram durante o período, ou devem ocorrer em futuro próximo, na
extensão pela qual, ou na maneira na qual, um ativo é ou será utilizado.
Essas mudanças incluem o ativo que se torna inativo ou ocioso, planos
para descontinuidade ou reestruturação da operação à qual um ativo
pertence, planos para baixa de ativo antes da data anteriormente
esperada e reavaliação da vida útil de ativo como finita ao invés de
indefinida;
 evidência disponível, proveniente de relatório interno, que indique
que o desempenho econômico de um ativo é ou será pior que o esperado;

Com isso, vemos claramente que a única alternativa que nos traz “fonte
de informação interna” é a letra “A”.

Gabarito: “A”

Uma empresa comercial comprou 100 unidades da mercadoria “X” por um


valor total de R$ 8.000,00 em 01/08/X1. Em 15/08/X1 vendeu 50 unidades
dessa mercadoria pelo valor R$ 100,00 cada. Em 20/08/X1 adquiriu mais
50 unidades da mesma mercadoria pelo valor unitário de R$ 90,00.
Sabendo-se que a empresa utiliza o método PEPS para controle de seus
estoques e que os valores estão todos já livres de impostos recuperáveis,
o valor do CMV apurado no dia 31/08/X1 foi de:

A) R$ 4.000,00.
B) R$ 5.000,00.
C) R$ 8.500,00.
D) R$ 12.500,00.

Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para identificar a alternativa que apresenta o valor correto do CMV no


período indicado.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Essa questão apresenta uma situação simples de controle de estoque


pelo método PEPS – Primeiro que Entra, Primeiro que Sai.
O enunciado quer saber o valor do CMV, por esse motivo não é
necessário elaborar a ficha de controle de estoque. Isso só seria
necessário caso a questão pedisse o valor final do estoque.

Analisando os fatos acontecidos, a empresa efetuou uma única venda e


antes dela, uma única compra. Por causa disso, precisamos apenas
identificar o valor unitário de cada unidade comprada e depois multiplicar
pelo número de unidades vendidas.

Compra:
100 (unidades compradas) / R$ 8.000,00 = R$ 80,00 por unidade.

CMV:
50 (unidades vendidas) * R$ 80,00 (custo unitário) = R$ 4.000,00

Esse é o valor do custo da mercadoria vendida no período.

Gabarito: “A”

Em relação à NBC TG 29 que trata de Ativos Biológicos e Produtos


Agrícolas, analise as afirmativas.

I. _____________________________ é um animal e/ou uma planta vivos.


II. _____________________________ compreende o processo de
crescimento, degeneração, produção e procriação que causa mudanças
qualitativa e quantitativa no ativo biológico.
III. _____________________________ é o produto colhido de ativo
biológico da entidade.
IV. ___________________ é a extração do produto de ativo biológico ou a
cessação da vida desse ativo biológico.

Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente as


afirmativas anteriores.

A) Ativo biológico / Atividade agrícola / Colheita / Produção agrícola


B) Ativo biológico / Transformação biológica / Produção agrícola /
Colheita
C) Ativo biológico / Transformação biológica / Colheita / Produção
agrícola
D) Produção agrícola / Atividade agrícola / Colheita / Transformação
biológica

Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para analisar as afirmativas e identificar a alternativa que apresente a


sequência correta.
2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Outra questão abordando a NBC TG 29 – Ativo Biológico e Produto


Agrícola.

Para responder vamos apenas utilizar as definições dos termos


apresentados e, então, identificar a alternativa correta.

“Atividade agrícola é o gerenciamento da transformação biológica e da


colheita de ativos biológicos para venda ou para conversão em produtos
agrícolas ou em ativos biológicos adicionais, pela entidade.”

“Produção agrícola é o produto colhido de ativo biológico da entidade.”

“Ativo biológico é um animal e/ou uma planta, vivos.”

“Transformação biológica compreende o processo de crescimento,


degeneração, produção e procriação que causam mudanças qualitativa e
quantitativa no ativo biológico.”

“Colheita é a extração do produto de ativo biológico ou a cessação da


vida desse ativo biológico.”

Ao classificar a afirmativa “I”, podemos eliminar a alternativa “D”.


Ao classificar a afirmativa “II”, eliminamos a alternativa “A”.
Ao classificar a afirmativa “III”, conseguimos identificar que a resposta
correta é a “B”.

Uma outra forma de resolver essa questão, seria fazer a relação da


palavra “extração” na afirmativa “IV” e por ela deduzir que se tratava de
Colheita e assim, já era possível identificar a alternativa correta.

Gabarito: “B”

A NBC TG 02 detalha as definições de moeda funcional. Conforme


previsto pelo NBC TG 02, a moeda funcional da entidade pode ser
determinada por vários fatores. Todos os critérios a seguir podem ser
utilizados como evidência para definir a moeda funcional, EXCETO:

A) A moeda que mais influencia os preços de venda de bens e serviços.


B) A moeda por meio da qual são originados recursos das atividades de
financiamento.
C) A moeda na qual a flutuação cambial é a menor possível quando
comparada ao dólar norte-americano.
D) A moeda por meio da qual os recursos gerados pelas atividades
operacionais são usualmente acumulados.
Resolução em texto elaborada pela Profª Yasmin:

1º) O que a questão pede?

Que assinalemos a alternativa que nos mostre a “exceção” de evidência


para definir a moeda funcional, ou seja, o que não faz parte de critérios
que sirva para a empresa determinar sua moeda funcional.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Para resolver, é necessário ter um pouco de conhecimento dos critérios


estabelecidos na “NBC TG 02 – Efeitos das Mudanças nas Taxas de
Câmbio e Conversão das Demonstrações Contábeis”.

Nessa norma, em seu item 12 nos traz quais são as fontes de informações
“externas” e “internas”. Como a questão está querendo somente a
“interna”, focaremos nisso então... ok?!

De acordo com a norma, em seus itens 09 e 10, a entidade deve


considerar os seguintes critérios para a escolha de sua moeda funcional:

“9. O ambiente econômico principal no qual a entidade opera é


normalmente aquele em que principalmente ela gera e despende caixa. A
entidade deve considerar os seguintes fatores na determinação de sua
moeda funcional:
(a) a moeda: (i) que mais influencia os preços de venda de bens e
serviços (geralmente é a moeda na qual os preços de venda para seus
bens e serviços estão expressos e são liquidados); e (ii) do país cujas
forças competitivas e regulações mais influenciam na determinação dos
preços de venda para seus bens e serviços;
(b) a moeda que mais influencia fatores como mão de obra, matéria-prima
e outros custos para o fornecimento de bens ou serviços (geralmente é a
moeda na qual tais custos estão expressos e são liquidados).
10. Os seguintes fatores também podem servir como evidências para
determinar a moeda funcional da entidade:
(a) a moeda por meio da qual são originados recursos das atividades de
financiamento (exemplo: emissão de títulos de dívida ou ações).
(b) a moeda por meio da qual os recursos gerados pelas atividades
operacionais são usualmente acumulados.”

Com isso, vemos claramente que a única alternativa que “não se


enquadra” nesses critério é a letra “C”.

Gabarito: “C”

Determinada empresa de mineração explora as jazidas de sua


propriedade e anualmente registra uma perda que corresponde ao
decréscimo de valor dessas reservas minerais. De acordo com a Lei nº
6404/1976 e suas alterações, essa perda denomina-se:

A) Exaustão.
B) Depreciação.
C) Amortização.
D) Reserva de reavaliação.

Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para identificar a alternativa que apresenta a correta denominação para a


perda reconhecida pela exploração de jazidas de minério

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Vamos aproveitar para estudar os conceitos envolvidos nessa questão.

A Lei 6.404/76 dispõe sobre as Sociedades por Ações. É também


conhecida por “Lei das S/A”. Ela possui uma parte que trata sobre os
critérios de Avaliação dos Ativos.

O §2º do Art. 183 diz o regulamenta o seguinte:

“§2º A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e


intangível será registrada periodicamente nas contas de:
a) Depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm
por objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso,
ação da natureza ou obsolescência;
b) Amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado
na aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial e
quaisquer outros com existência ou exercício de duração limitada, ou
cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente
limitado;
c)  Exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua
exploração, de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais,
ou bens aplicados nessa exploração.”

A conta de Reservas de Reavaliação eram utilizadas como contrapartida


de aumento do valor de ativo quando eram feitas novas avaliações. Essa
conta foi EXTINTA pela Lei 11.638/2007 que trouxe a conta de Ajustes de
Avaliação Patrimonial.

Gabarito: “A”
O artigo 178 da Lei nº 6404/1976 define que as contas serão dispostas no
Ativo em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas
registrados. Todas as contas contábeis a seguir podem ser classificadas
no Ativo Circulante, EXCETO:

A) Ações em tesouraria.
B) Estoque de matéria-prima.
C) Conta corrente em bancos.
D) Despesas pagas antecipadamente.

Resolução em texto elaborada pela Profª Yasmin:

1º) O que a questão pede?

Que assinalemos a alternativa que nos mostre a “exceção” ou seja, o que


“não é” uma conta do Ativo Circulante.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Essa questão é muiiito simples, e se você tiver estudado o Plano de


Contas que vem no edital do exame (lá no Anexo III) vai “tirar de letra”.

Ao analisar as contas contábeis, as que fazem parte do “Ativo Circulante”


são:
Estoque de matéria-prima (letra B)
Conta corrente em bancos (letra C)
Despesas pagas antecipadamente (letra D)

A conta de “Ações em tesouraria” é uma conta que faz parte do grupo do


Patrimônio Líquido, ou seja, ela “não faz parte” do Ativo Circulante.

Gabarito: “A”

Uma empresa industrial apresentou os seguintes dados em determinado


período, a saber:

·       Custo Fixo Total (CF) = R$ 100,00;


·       Custo Variável Unitário (CVu) = R$ 20,00.

Sabe-se que o Custo Médio (CMe) pode ser obtido somando-se o Custo
Fixo Unitário (CFu) ao Custo Variável Unitário (CVu). Com base nas
informações disponibilizadas e considerando que a entidade produz um
único tipo de produto, assinale a alternativa correspondente ao Custo
Médio (CMe) quando a quantidade produzida (Q) for igual a 2, 4 e 5
unidades, respectivamente.

A) R$ 60,00, R$ 53,33 e R$ 35,00.


B) R$ 60,00, R$ 53,33 e R$ 40,00.
C) R$ 70,00, R$ 45,00 e R$ 40,00.
D) R$ 70,00, R$ 45,00 e R$ 35,00.

Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para calcular o Custo Médio nas situações em que a empresa produzir 2,


4 e 5 unidades do produto.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

O enunciado forneceu em detalhes exatamente o que devemos fazer para


responder essa questão.
Primeiro vamos dividir o Custo Fixo Total pelo número de unidades
produzidas, obtendo o Custo Fixo Unitário. Depois vamos somar ao Custo
Variável Unitário e com isso iremos obter o Custo Médio Unitário.

Então, para cada uma das situações, temos:

2 unidades à 100,00 (CFt)/2 = 50,00 (CFu) + 20,00 (CVu) = 70,00 (CMe


unitário)
4 unidades à 100,00 (CFt)/4 = 25,00 (CFu) + 20,00 (CVu) = 45,00 (CMe
unitário)
5 unidades à 100,00 (CFt)/5 = 20,00 (CFu) + 20,00 (CVu) = 40,00 (CMe
unitário)

Portanto, temos R$ 70,00, R$ 45,00 e R$ 40,00, respectivamente.

Gabarito: “C”

O departamento Alfa de produção possui um Custo Indireto total de R$


17.000,00 e precisa distribui-lo a três produtos: X, Y e Z. Os seguintes
dados foram disponibilizados:

As horas-máquina (H/M) utilizadas para a fabricação dos produtos X, Y e Z


foram de 1.500, 2.000 e 2.500, respectivamente. Verifica-se, portanto, um
total de horas-máquina utilizadas de 6.000.
O custo total do produto X considerando o rateio com base na (MP), o
custo total do produto Y utilizando o rateio com base no (CD) e o custo
total do produto Z usando o rateio baseado em (H/M) têm,
respectivamente, os valores:

A) R$ 16.594,59, R$ 19.534,88 e R$ 24.083,33.


B) R$ 16.744,19, R$ 19.513,51 e R$ 23.083,33.
C) R$ 16.594,59, R$ 19.534,88 e R$ 23.083,33.
D) R$ 16.744,19, R$ 19.513,51 e R$ 24.083,33.

Resolução em texto elaborada pela Profª Yasmin:

1º) O que a questão pede?

Que assinalemos a alternativa com os valores dos custos totais dos


produtos X, Y e Z, respectivamente, utilizando os critérios de rateio
estabelecidos.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Bom, se você conhece pelo menos o “básico” da Contabilidade de


Custos, saberá que para se calcular o custo total de qualquer um dos
produtos, temos que somar todos os custos diretos e os custos indiretos
de maneira individual.

Na tabela do enunciado, estão apresentados os custos diretos dos


produtos X, Y e Z, que são a Matéria-prima + a Mão de Obra Direta,
entretanto, não temos o custo indireto total já separado entre os
produtos, com isso teremos que efetuar o “rateio” utilizando os critérios
estabelecidos na questão.

O custo indireto total (CIF) é de R$ 17.000,00, e os critério são:


Produto X = rateio com base na Matéria Prima (MP)
Produto Y = rateio com base no Custo Total (CD)
Produto Z = rateio baseado em Horas-Máquina (H/M)

Ou seja, a questão nos trouxe um critério diferente para cada produto, e


teremos que calcular um por um. Vamos lá então!

Rateio e Custo Total do Produto X:

a) Se o critério é a  Matéria Prima (MP), então dividiremos os 17.000,00 do


custo indireto total, pela total da MP e depois multiplicaremos pela MP do
Produto X. Assim:
Rateio = (17.000 / 37.000) x 10.000
Rateio = 4.594,59

b) Para saber o Custo Total do Produto X, basta somar seu custo direto +
custo indireto rateado, sendo:
Custo Total = 12.000,00 + 4.594,59
Custo Total = 16.594,59

Com isso, conseguimos já eliminar as alternativas da letra “B” e “D”, pois


o Custo Total do Produto X é R$ 16.594,59.

Rateio e Custo Total do Produto Y:

a) Se o critério é o Custo Total (CD), então dividiremos os 17.000,00 do


custo indireto total, pela total do CD e depois multiplicaremos pela CD do
Produto Y. Assim:
Rateio = (17.000 / 43.000) x 14.000
Rateio = 5.534,88

b) Para saber o Custo Total do Produto Y, basta somar seu custo direto +
custo indireto rateado, sendo:
Custo Total = 14.000,00 + 5.534,88
Custo Total = 19.534,88
Rateio e Custo Total do Produto Z:

a) Se o critério é em Horas-Máquina (H/M), então dividiremos os 17.000,00


do custo indireto total, pela total das H/M e depois multiplicaremos pela
H/M do Produto Y. Assim:
As H/M no enunciado são: 1.500, 2.000 e 2.500, aos produtos X, Y e Z. Ou
seja, o total das H/M é de 6.000 horas.
Rateio = (17.000 / 6.000) x 2.500
Rateio = 7.083,33

b) Para saber o Custo Total do Produto Y, basta somar seu custo direto +
custo indireto rateado, sendo:
Custo Total = 17.000,00 + 7.083,33
Custo Total = 24.083,33

Com isso, já temos os valores dos custos totais dos produtos X, Y e Z,


respectivamente: 
Produto X = 16.594,59
Produto Y = 19.534,88
Produto Z = 24.083,33

Gabarito: “A”

A companhia Gama Industrial apresentou a seguinte relação em


determinado período:
Com base nos dados disponibilizados, assinale a alternativa que
corresponde, respectivamente, aos custos primários e de transformação
no período.

A) R$ 23.200.000,00 e R$ 23.530.000,00.
B) R$ 24.030.000,00 e R$ 23.530.000,00.
C) R$ 23.200.000,00 e R$ 22.450.000,00.
D) R$ 24.030.000,00 e R$ 22.450.000,00.

Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para identificar a alternativa que apresente os valores corretos dos


Custos Primários e dos Custos de Transformação, respectivamente.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Primeiramente vamos começar definindo o que é Custo Primário e Custo


de Transformação.
O Custo Primário é composto pela matéria-prima e pela mão-de-obra
direta.

Para ajudar o aluno a memorizar isso, costumo dizer para pensar que
Primário remete a algo que seja Básico e, o básico para se conseguir ter
uma produção é a matéria-prima e a mão-de-obra direta.

Somando estes dois itens teremos:


8.200.000,00 + 15.000.000,00 = 23.200.000,00

Já o Custo de Transformação é composto pela mão-de-obra direta e por


todos os custos indiretos de fabricação. Para ajudar a memorizar, eu
costumo dizer para os alunos identificarem todos os itens que são
necessários para transformar a matéria-prima em produto.
Esse raciocínio deve fazer com que o aluno exclua a MP da conta, uma
vez que ela não pode transformar ela mesma.

Sendo assim, iremos utilizar os seguintes itens:

Energia elétrica da Fábrica                   R$ 2.490.000,00


Limpeza da Fábrica                               R$ 830.000,00
Salário dos Supervisores da Fábrica       R$ 4.700.000,00
Depreciação Máquinas                           R$ 1.900.000,00
Mão de Obra Direta                               R$ 8.200.000,00
Seguro da Fábrica                                 R$ 830.000,00
Aluguel da Fábrica                                R$ 3.500.000,00
TOTAL                                                   R$ 22.450.000,00

Outra coisa importante para saber é que todos os gastos envolvidos com
a produção são considerados Custos e que todos os gastos envolvidos
com a venda ou com outros departamentos são considerados como
Despesas.

Gabarito: “C”
A Companhia NKT apresentou uma relação dos seus custos fixos totais e
variáveis unitários em determinado período, a saber:

O preço de venda fixado para cada unidade é de R$ 1.200,00. Com base


no custeio variável e considerando as informações disponíveis, quantas
unidades devem ser produzidas e vendidas no período para que a
empresa tenha um lucro equivalente a 30% de sua receita total?

A) 2.300.
B) 2.400.
C) 2.500.
D) 2.600.

Resolução em texto elaborada pela Profª Yasmin:

1º) O que a questão pede?

A quantidade de unidades a produzir e vender para que empresa tenha


um equivalente a 30% de sua receita total.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Bom, essa questão é muito simples e para resolver é necessário ter


conhecimento sobre Ponto de Equilíbrio Econômico.

Para calcular as quantidades pelo Ponto de Equilíbrio Econômico, a


fórmula é:
PEE = Custos e Despesas Fixos + Lucro Total Desejado
                              MC unitária

Ou...

PEE =      Custos e Despesas Fixos


          (MC unitária – Lucro unitário)

Para conseguir calcular o “Ponto de Equilíbrio Econômico”,


primeiramente precisamos saber a “Margem de Contribuição Unitária”
(MC unitária), que é a calculada assim:

MC unitária = Preço de Venda – Custos e Despesas Variáveis


MC unitária = R$ 1.200,00 – R$ 700,00
MC unitária = R$ 500,00

O Lucro é de 30% sobre a Receita Total, mas como ainda não sabemos a
Receita Total, então, calcularemos sobre o Preço de Venda Unitário:
Lucro unitário = 1.200 x 30% = 360,00

Com isso, o Ponto de Equilíbrio Econômico será:


PEE =      350.000,00
          (500,00 – 360,00)
PEE = 350.000,00 / 140,00
PEE = 2.500 unidades

Gabarito: “C”

Uma entidade pública foi acionada na justiça por um antigo funcionário,


que cobrava R$ 20.000,00 referentes ao adicional de insalubridade não
pago. Os advogados da entidade consideram que o risco de perda na
justiça é possível. Assinale a alternativa que indica o tratamento contábil
correto do fato de acordo com a NBC TSP 03 – Provisões, Passivos
Contingentes e Ativos Contingentes.

A) Constituir provisão para contingências e evidenciar o fato em nota


explicativa.
B) Constituir provisão para contingências, mas não evidenciar o fato em
nota explicativa.
C) Não constituir provisão para contingências, mas evidenciar o fato em
nota explicativa.
D) Não constituir provisão para contingências e nem evidenciar o fato em
nota explicativa.

Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para identificar a alternativa que apresente o tratamento contábil correto


do fato apresentado de acordo com a NBC TSP 03.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Para resolver essa questão, bastava saber a relação entre as provisões e


os passivos contingentes.

O termo contingente é usado para passivos que não são reconhecidos


pois a sua existência ainda não está confirmada.

A norma determina que as provisões devem ser reconhecidas como


passivos quando é provável que haja saída de recursos.

Já os passivos contingentes não são reconhecidos pois, apesar de


ser possível que haja a saída de recursos, ainda existe a necessidade de
confirmação da obrigação.

O enunciado do exercício informou que o risco de perda é possível. Esse


é o indicativo de a obrigação de pagar ainda deverá ser confirmada e que
por isso o passivo contingente não deve ser reconhecido como passivo.

A norma ainda determina que o passivo contingente deve ser divulgado


em notas explicativas a menos que a saída de recursos seja remota.

Para aprofundamento dos estudos, recomendo a leitura dos itens 20 a 22,


35, 36 e 100.

Gabarito: “C”

Na transação com contraprestação, a entidade recebe ativos ou serviços,


ou tem passivos extintos, e diretamente entrega um valor
aproximadamente equivalente à outra parte em troca. De acordo com a
NBC TSP 02 – Receita de Transação com Contraprestação, a receita
decorrente da venda de bens deve ser reconhecida quando as seguintes
condições tiverem sido satisfeitas, com exceção de uma; assinale-a.

A) Os custos incorridos na transação e os custos para concluir a


transação puderem ser mensurados confiavelmente.
B) For provável que os benefícios econômicos ou potencial de serviços
associados à transação fluirão para a entidade.
C) A entidade tiver transferido ao comprador todos os riscos e benefícios
significativos inerentes à propriedade dos bens.
D) A entidade mantiver envolvimento continuado na gestão dos bens
vendidos, no que diz respeito ao controle dos bens.

Resolução em texto elaborada pela Profª Yasmin:

1º) O que a questão pede?

Que assinalemos a alternativa que nos mostre a “exceção” ou seja, o que


“não” atende às condições de reconhecimento de receita decorrente da
venda de bens, de acordo com a NBC TSP 02 – Receita de Transação com
Contraprestação.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Para resolver, será necessário ter pelo menos um pouco de conhecimento


dos critérios de reconhecimento estabelecidos na “NBC TSP 02 – Receita
de Transação com Contraprestação”.
Nessa norma, em seu item 28 nos traz quais são as condições para o
reconhecimento da receita decorrente da venda de bens. Vejamos o que
diz a norma:

A receita decorrente da venda de bens deve ser reconhecida quando as


seguintes condições tiverem sido satisfeitas:
(a) a entidade tiver transferido ao comprador todos os riscos e benefícios
significativos inerentes à propriedade dos bens; [exatamente igual à
alternativa letra “C”]
(b) a entidade não mantiver envolvimento continuado na gestão dos bens
vendidos, nem em grau normalmente associado à sua propriedade nem
relacionado ao efetivo controle de tais bens; [está em desacordo com
alternativa letra “D”]
(c) o valor da receita puder ser mensurado confiavelmente;
(d) for provável que os benefícios econômicos ou potencial de serviços
associados à transação fluirão para a entidade; e [exatamente igual à
alternativa letra “B”]
(e) os custos incorridos na transação e os custos para concluir a
transação puderem ser mensurados confiavelmente. [exatamente igual à
alternativa letra “A”]
Com isso, vemos claramente que a única alternativa que está em
desacordo com as condições para o reconhecimento da receita
decorrente da venda de bens é a letra “D”.

Gabarito: “D”

De acordo com a NBC T 16.8 – Controle Interno, o controle interno deve


ser exercido em todos os níveis da entidade do setor público, e
compreende a preservação do patrimônio público, o controle da execução
das ações que integram os programas e a observância às leis, aos
regulamentos e às diretrizes estabelecidas. Em relação à classificação do
controle interno, assinale a alternativa correta.

A) A categoria normativa relaciona-se à observância da regulamentação


pertinente.
B) A categoria contábil relaciona-se às ações que propiciam o alcance
dos objetivos da entidade.
C) A categoria da tempestividade relaciona-se ao momento oportuno das
informações contábeis.
D) A categoria de confiabilidade relaciona-se à veracidade e à
fidedignidade dos registros contábeis.

Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para identificar a alternativa que apresente a correta classificação do


controle interno.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

De acordo com o a NBC T 16.8 – Controle Interno, o controle interno é


classificado em 3 categorias:
(a)      Operacional – relacionado às ações que propiciam o alcance dos
objetivos da entidade;
(b)      Contábil – relacionado à veracidade e à fidedignidade dos registros e das
demonstrações contábeis;
(c)       Normativo – relacionado à observância da regulamentação pertinente.

Gabarito: “A”

As seguintes informações são referentes a uma indústria que produz


apenas um produto; analise-as.

 Preço de venda do produto: R$ 250,00/unidade.


 Custos e despesas variáveis: R$ 150,00/unidade.
 Custos e despesas fixos: R$ 12.000/mês.
 Amortização do principal (empréstimos): R$ 2.000/mês.
 Remuneração do capital próprio: R$ 3.000/mês.
 A indústria compra e vende somente à vista.

Com base apenas nas informações disponíveis e desconsiderando


depreciação e tributos, assinale a alternativa correta que indica,
respectivamente, as quantidades mínimas do produto (em unidades) que
deveriam ser vendidas mensalmente suficientes para: 1) a indústria
atingir o ponto de equilíbrio contábil; 2) a indústria remunerar o capital
próprio; e 3) a indústria amortizar o principal de suas dívidas e remunerar
o capital próprio.

A) 48, 52 e 60.
B) 48, 60 e 68.
C) 120, 150 e 170.
D) 120, 150 e 270.

Resolução em texto elaborada pela Profª Yasmin:

1º) O que a questão pede?

Essa questão pede vários pontos de equilíbrio... hehehe..


Pede as quantidades mínimas do produto (em unidades) que deveriam ser
vendidas mensalmente suficientes para:
1) a indústria atingir o ponto de equilíbrio contábil; [exatamente o ponto
de equilíbrio contábil]
2) a indústria remunerar o capital próprio; e [ou seja, o ponto de equilíbrio
econômico]
3) a indústria amortizar o principal de suas dívidas e remunerar o capital
próprio. [ou seja, outro ponto de equilíbrio econômico]

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Bom, da mesma forma como vimos na questão 21 da prova branca, para


calcular qualquer um dos pontos de equilíbrio, primeiramente precisamos
saber a “Margem de Contribuição Unitária” (MC unitária), que é a
calculada assim:

MC unitária = Preço de Venda – Custos e Despesas Variáveis


MC unitária = R$ 250,00 – R$ 150,00
MC unitária = R$ 100,00

Vamos agora calcular cada uma das exigências da questão:

1) a indústria atingir o ponto de equilíbrio contábil:

Para o Ponto de Equilíbrio Contábil, a fórmula é:


PEC = Custos e Despesas Fixos
                   MC unitária

PEC = 12.000,00
            100,00
PEC = 120 unidades

Com isso, conseguimos já eliminar as alternativas da letra “A” e “B”, pois


o Ponto de Equilíbrio Contábil é de 120 unidades.

2) a indústria remunerar o capital próprio:


Agora, basta acrescentarmos a remuneração do capital próprio na
fórmula do Ponto de Equilíbrio Econômico, que é:

PEE = Custos e Despesas Fixos + Lucro Total Desejado


                              MC unitária

PEE =  12.000,00 + 3.000,00


                     100,00
PEE = 15.000,00 / 100,00
PEE = 150 unidades

3) a indústria amortizar o principal de suas dívidas e remunerar o capital


próprio:

Agora, basta acrescentarmos a amortização da dívida na fórmula do


Ponto de Equilíbrio Econômico anterior, que será:

PEE = Custos e Despesas Fixos + Lucro + Amortização da Dívida


                              MC unitária

PEE =  12.000,00 + 3.000,00 + 2.000,00


                     100,00
PEE = 17.000,00 / 100,00
PEE = 170 unidades

Com isso, as quantidades a serem produzidas mensalmente são:


120, 150 e 170.

Gabarito: “C”

Uma indústria de laticínios produz dois tipos de queijo: minas padrão e


muçarela. No mês de julho de 2018 foram apuradas as seguintes
informações:

 Custo da matéria-prima (MP): R$ 1,00 por litro de leite.


 O consumo de matéria-prima se dá por quilo produzido.
 A mão de obra direta (MOD) totalizou R$ 20.000,00 sendo 60%
distribuído para o queijo minas padrão e 40% para o muçarela.
 Os custos indiretos de produção Fixos totalizaram R$ 24.000,00.
 O preço de venda do queijo minas padrão foi R$ 17,00/kg e o preço
de venda do queijo muçarela foi R$ 19,00/kg.

Considerando-se apenas as informações disponíveis, assinale a


alternativa correta que indica, respectivamente, o valor em R$ da margem
de contribuição por kg do queijo minas padrão e por kg do queijo
muçarela. Desconsidere qualquer incidência de impostos e admita que
essa indústria trabalhou com sua capacidade normal de produção.

A) R$ 7,00 e R$ 8,00.
B) R$ 10,00 e R$ 11,00.
C) R$ 12,00 e R$ 14,00.
D) R$ 14,00 e R$ 17,00.

Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para identificar a alternativa que apresente o valor em reais da margem de


contribuição do queijo minas padrão e do queijo muçarela,
respectivamente.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

A margem de contribuição é utilizada para identificar quanto cada produto


contribui para o pagamento dos custos e despesas fixos da empresa.
Partindo do preço de venda, se subtrairmos os custos e despesas
variáveis, o que sobrar poderá ser utilizado para pagar os custos e
despesas fixos. Essa é a ideia.

De acordo com as informações fornecidas pelo enunciado da questão,


tanto a Matéria-prima quanto a Mão de obra direta são considerados
custos variáveis pois ambos estão diretamente ligados ao volume de
produção, ou seja, se a produção de um ou outro produto (ou ambos)
aumentar ou diminuir, irá impactar no valor que será atribuído a cada
produto.

Basicamente, pegamos o preço de venda, “pagamos” os custos e


despesas variáveis e o que sobrar será usado para “pagar” os custos e
despesas fixos.

Antes de calcularmos a Margem de Contribuição, vamos atribuir os


custos da MP e MOD para cada um dos produtos.

Considerando que o queijo minas padrão utiliza 4 litros de leite para cada
Kg de queijo produzido e que cada litro de leite possui um custo de R$
1,00, temos:

4 litros x 1,00 = R$ 4,00/Kg de queijo minas padrão

O mesmo vale para o queijo muçarela:

6 litros x 1,00 = R$ 6,00/Kg de queijo muçarela.

Com relação à MOD, o enunciado informa o valor total gasto e o quanto


desse valor foi atribuído a cada um dos produtos, sendo 60% para o
queijo minas padrão e 40% para o muçarela. Ao encontrarmos essas
proporções, acharemos o valor total de MOD que foi utilizado para cada
um dos produtos, ainda faltará saber o quanto foi gasto por Kg de cada
produto e para isso dividiremos o resultado pelo valor total que foi
produzido de cada um. Da seguinte forma:
Queijo minas padrão:

R$ 20.000,00 * 60% = R$ 12.000,00 (valor total da MOD)


R$ 12.000,00 / 4.000 (produção total) = R$ 3,00/Kg

Queijo muçarela:

R$ 20.000,00 * 40% = R$ 8.000,00 (valor total da MOD)


R$ 8.000,00 / 4.000 = R$ 2,00.

Pronto, agora que temos os valores dos custos por quilo para cada um
dos produtos, vamos calcular a Margem de Contribuição (MC) utilizando a
seguinte fórmula:

MC = PV – MP – MOD

Queijo minas padrão:

MC = 17,00 – 4,00 – 3,00


MC = 10,00

Queijo Muçarela:

MC = 19,00 – 6,00 – 2,00


MC = 11,00

Significa que cada quilo de queijo minas padrão contribui com R$ 10,00 e
cada quilo de queijo muçarela contribui com R$ 11,00 para pagar os
custos e despesas fixos.

Gabarito: “B”
Dentre os modelos de avaliação de desempenho, tem-se o balanced
scorecard com quatro perspectivas, sendo elas: financeira, cliente,
processos internos e aprendizado e crescimento. Kaplan e Norton (2004)
citados por Schmidt, Santos e Martins (2014) apresentam a integração
destas quatro perspectivas à estratégia organizacional. Sobre este
assunto, analise as afirmativas, marque V para as verdadeiras e F para as
falsas.

( ) Desempenho financeiro: traduz-se no principal ingrediente para


alavancar o sucesso financeiro. Kaplan e Norton (2004) enfatizam que o
monitoramento dessa perspectiva passa pela estruturação de indicadores
para medir a satisfação, retenção e crescimento do sucesso com os
clientes-alvo. Além disso, define objetivamente a proposta de valor para
os segmentos de clientes-alvo. A seleção adequada da proposição de
valor para os clientes é o elemento central da estratégia.
( ) Sucesso dos clientes-alvo: é critério definitivo para mensurar o
desempenho financeiro da organização. Cabe à organização estabelecer
estratégias capazes de promover o crescimento de valor sustentável para
os acionistas.
( ) Processos internos: constituem-se no mecanismo capaz de criar e
cumprir a proposição de valor para os clientes. Ao estabelecer
indicadores para acompanhar a evolução dos processos internos, estará
monitorando-se, em última instância, a tendência de melhoria desses
processos, e o impacto junto aos clientes e nos resultados.
( ) Aprendizado e crescimento: os objetivos estabelecidos nessa
perspectiva descrevem como pessoas, tecnologia e clima organizacional
que se conjugam para sustentar a estratégia. Os ativos intangíveis são a
fonte definitiva de criação de valor sustentável, então, as melhorias
obtidas nessa perspectiva constituem-se em indicadores de tendência
para os processos internos, que impulsionam o sucesso para os clientes
e acionistas.

A sequência está correta em:

A) V, F, V, F.
B) F, V, F, V.
C) F, F, V, V.
D) V, V, F, F.

Resolução em texto elaborada pela Profª Yasmin:

1º) O que a questão pede?

Que julguemos as afirmativas em relação às 4 perspectivas do balanced


scorecard  e em seguida, que assinalemos a sequência correta.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?


Bom, de maneira bem resumida, temos que ter em mente que balanced
scorecard é um indicador de desempenho as empresas utilizam na
gestão de seus negócios.

Conforme já escrito no enunciado da questão, essa metodologia tem por


objetivo avaliar as quatro perspectivas da empresa, sendo elas:
 Financeira
 Cliente
 Processos internos
 Aprendizado e crescimento

Com isso em mente, vamos analisar cada afirmativa para “julgar” se é


verdadeira ou falsa:
(F) Desempenho financeiro: traduz-se no principal ingrediente para
alavancar o sucesso financeiro. Kaplan e Norton (2004) enfatizam que o
monitoramento dessa perspectiva passa pela estruturação de indicadores
para medir a satisfação, retenção e crescimento do sucesso com os
clientes-alvo. Além disso, define objetivamente a proposta de valor para
os segmentos de clientes-alvo. A seleção adequada da proposição de
valor para os clientes é o elemento central da estratégia.
Análise: é falso, pois mistura o conceito de “clientes”, não tem nada
relacionado com o desempenho financeiro

(F) Sucesso dos clientes-alvo: é critério definitivo para mensurar


o desempenho financeiro da organização. Cabe à organização
estabelecer estratégias capazes de promover o crescimento de valor
sustentável para os acionistas.
Análise: é falso, pois mistura o conceito de “desempenho financeiro”, não
tem nada relacionado com o clientes.

Reparem que até agora apenas inverteram os conceitos de “desempenho


financeiro” e de “sucesso dos clientes-alvos”.

Com isso, já conseguimos perceber que a alternativa correta é a letra “C”,


pois é a única que começa com “F” e “F”, ou seja, com as duas primeiras
“falsas”.

Mas, vamos seguir com a análise:

(V) Processos internos: constituem-se no mecanismo capaz de criar e


cumprir a proposição de valor para os clientes. Ao estabelecer
indicadores para acompanhar a evolução dos processos internos, estará
monitorando-se, em última instância, a tendência de melhoria desses
processos, e o impacto junto aos clientes e nos resultados.
Análise: é verdadeira, pois condiz com os conceitos de “processos
internos”
(V) Aprendizado e crescimento: os objetivos estabelecidos nessa
perspectiva descrevem como pessoas, tecnologia e clima organizacional
que se conjugam para sustentar a estratégia. Os ativos intangíveis são a
fonte definitiva de criação de valor sustentável, então,
as melhorias obtidas nessa perspectiva constituem-se em indicadores de
tendência para os processos internos, que impulsionam o sucesso para
os clientes e acionistas.
Análise: é verdadeira, pois condiz com os conceitos de “aprendizado e
crescimento” gerando valor para a empresa.

Sendo assim, a sequência correta é: F, F, V, V.

Gabarito: “C”

De acordo com a Lei nº 5172/1966 (Código Tributário Nacional), em seu


art. 113, as obrigações tributárias se dividem entre principais e
acessórias. Dentre as listadas a seguir, todas são obrigações acessórias,
EXCETO:

A) Pagamento do tributo devido.


B) Preparação e envio das declarações exigidas pelo Fisco.
C) Escrituração das operações de circulação de mercadoria.
D) Emissão da nota fiscal de venda de mercadoria ou serviço.

Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para identificar a alternativa que apresente uma afirmativa que NÃO seja
considerada obrigação acessória.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

A melhor forma de resolvermos essa questão é olharmos diretamente o


que a legislação tributária determina:

“Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.


§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem
por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se
juntamente com o crédito dela decorrente.
§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por
objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse
da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância,
converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade
pecuniária.”
Verificando o artigo e seus parágrafos, podemos concluir que a única
alternativa que não se configura em obrigação acessória é a “A” pois ela
é uma obrigação principal.

Gabarito: “A”

O crédito tributário representa o direito de crédito da Fazenda Pública


perante o contribuinte ou o responsável a pagar o tributo. O Código
Tributário Nacional define as hipóteses de extinção, suspensão e
exclusão do crédito tributário. Qual dos meios a seguir NÃO acarreta em
extinção da exigibilidade do crédito tributário?

A) Pagamento.
B) Parcelamento.
C) Compensação.
D) Decisão judicial passada em julgado.

Resolução em texto elaborada pela Profª Yasmin:

1º) O que a questão pede?

Que assinalemos a alternativa que NÃO acarreta em extinção da


exigibilidade do crédito tributário. Ou seja, 3 alternativas acarretam em
extinção e apenas 1 NÃO acarreta em extinção da exigibilidade do crédito
tributário e precisamos identificar qual é.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Bom, temos que saber o que diz o Código Tributário Nacional em relação
à isso, e diz o seguinte em seu artigo 156:

“Art. 156. Extinguem o crédito tributário:


I - o pagamento;
II - a compensação;
III - a transação;
IV - remissão;
V - a prescrição e a decadência;
VI - a conversão de depósito em renda;
VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos
termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º;
VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do
artigo 164;
IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na
órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória;
X - a decisão judicial passada em julgado.
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições
estabelecidas em lei.”
Sendo assim, NÃO acarreta em extinção da exigibilidade do crédito
tributário é o “parcelamento”.

Gabarito: “B”

A legislação civil consolida diversas normas reguladoras das relações


jurídicas de ordem privada. Um dos conceitos por ela trazidos é a respeito
daquele “que exerce profissionalmente atividade econômica organizada
para a produção ou a circulação de bens e serviços”. Este conceito
corresponde ao:

A) Empresário.
B) Perito judicial.
C) Despachante aduaneiro.
D) Sujeito ativo da obrigação tributária.

Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para identificar a alternativa que apresente a alternativa correta


correspondente ao conceito apresentado.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Mais uma questão que vamos buscar suporte da legislação vigente para
apoiar nossa resposta.

De acordo com o Código Civil, o conceito de Empresário está definido no


Art. 966, conforme abaixo:
“Considera-se empresário, quem exerce profissionalmente atividade
econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de
serviços.”

O Novo Código de Processo Civil apresenta no Art. 149 o mais próximo


que pude encontrar do conceito de Perito Judicial:
“Art. 149. São auxiliares da Justiça, além de outros cujas atribuições
sejam determinadas pelas normas de organização judiciária, o escrivão, o
chefe de secretaria, o oficial de justiça, o perito, o depositário, o
administrador, o intérprete, o tradutor, o mediador, o conciliador judicial,
o partidor, o distribuidor, o contabilista e o regulador de avarias.”

Sobre o Despachante Aduaneiro, busquei no Decreto 6.759/2009 que


regulamenta a administração das atividades aduaneiras entre outras
coisas.

No Art. 808 e 809 são apresentadas as atividades do despachante


aduaneiro, e no Art. 810, regulamenta o seguinte:
“Art. 810. O exercício da profissão de despachante aduaneiro somente
será permitido à pessoa física inscrita no Registro de Despachantes
Aduaneiros, mantido pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.”

O Código Tributário Nacional é o que define o conceito de sujeito ativo de


obrigação tributária, conforme disposto no Art. 119:

“Art. 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público,


titular da competência para exigir o seu cumprimento.”

Portanto, de todos os conceitos expostos aqui, o que foi apresentado


pelo enunciado da questão refere-se ao conceito de Empresário.

Gabarito: “A”

Durante todo o mês de julho de 2018, a Sociedade Empresária Alfa


realizou pesquisa diária visando medir a força relativa da relação linear
entre o número de acessos ao seu site na Internet e o volume de vendas
(em R$) de seu Produto “A”. Sabe-se que os dados amostrais obtidos
para os quatro primeiros dias de pesquisa foram:

Considerando-se apenas as informações apresentadas, qual das


alternativas a seguir apresenta o valor que mais se aproxima do
coeficiente de correlação (r de Pearson) existente entre o número de
acessos ao site e o volume de vendas do Produto “A” nos quatro
primeiros dias da pesquisa?

A) 1.
B) 4.
C) 9.
D) 18.
Resolução em texto elaborada pela Profª Yasmin e Profº Thiago:

1º) O que a questão pede?

O “valor” que mais se aproxima do coeficiente de correlação (r de


Pearson) existente entre o número de acessos ao site e o volume de
vendas do Produto “A” nos quatro primeiros dias da pesquisa.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Bom, vemos claramente que se trata de uma questão puramente de


estatística, por se tratar de coeficiente de correlação.

O coeficiente de correlação serve para medir as relações entre variáveis,


que nessa questão trata da variável do número de acessos ao site e o
volume de vendas do Produto “A”.

No caso do coeficiente de correlação de Person (r), trata-se de um índice


estatístico cujo resultado sempre dará entre -1,0 e 1,0, nem menos e nem
mais que isso.

Então, apenas com essa informação, já conseguimos concluir que o


resultado só pode ser a letra “A”, que é igual a “1”, pois esse índice não
pode ser maior que um.

Com isso, por dedução, chegamos na letra “A”.

Mas, e se fosse para calcular??

Bom, aí poderíamos dizer que seria meio “impossível” isso no dia do


exame, pois a correlação de Person é representada por essa fórmula aqui:
Fonte da fórmula: clique aqui.

Então, não daria para resolver isso no dia do exame, seria inviável, só
acertaríamos por dedução mesmo, tendo em vista que sempre dará entre
-1,0 e 1,0.

Mas, o Profº Thiago Chaim gentilmente resolveu essa questão na planilha


em Excel, e caso queiram, cliquem abaixo para acessá-la:
Excel_Planilha_Questão-31.

Gabarito: “A”

Em 17/08/2018 um cliente tomou um empréstimo para pagamento em 4


prestações mensais, iguais e sucessivas, no valor de R$ 500,00 cada,
devendo a primeira prestação ser paga em 17/09/2018. A taxa de juros
contratada para essa dívida foi de 2% ao mês de juros compostos.
Considerando somente as informações apresentadas e desconsiderando-
se a incidência de impostos, assinale, entre as alternativas a seguir, o
valor aproximado que o cliente tomou como empréstimo em 17/08/2018.
Admita que o plano para pagamento da dívida adota o mês comercial de
30 dias e que os juros mensais estão embutidos no valor das prestações.

A) R$ 1.851,85.
B) R$ 1.903,86.
C) R$ 1.980,00.
D) R$ 2.000,00.

Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para identificar a alternativa que apresente o valor aproximado que o


cliente tomou como empréstimo em 17/08/2018.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?


Essa questão envolve o cálculo de juros compostos, mas que estão
embutidos em cada uma das parcelas. Basicamente, é preciso trazer cada
uma das parcelas a valor presente para que seja possível encontrar o
valor que foi tomado como empréstimo.

Para quem usa a HP na prova, essa tarefa se torna extremamente simples,


pois basta inserir todas as variáveis fornecidas pelo enunciado nas
funções da calculadora e ela apresentará o resultado do empréstimo.

Sabemos que o pagamento será feito em 4 parcelas de R$ 500,00 a uma


taxa de 2% de juros ao mês.

Na calculadora HP, faremos da seguinte forma:

500 CHS PMT (valor de cada parcela)


4 n (número de parcelas)
2 i (taxa de juros)
PV

Ao pressionar o PV sem inserir nenhuma informação antes, a calculadora


automaticamente nos retorna o valor tomado como empréstimo a valor
presente, ou seja, R$ 1.903,86.

Para os que não utilizaram a HP na prova, precisavam saber a fórmula de


juros compostos e calcular cada parcela individualmente para trazer a
valor presente e então encontrar o resultado.

A fórmula dos juros compostos é a seguinte:

PV = FV / (1 + i)n

Onde:

PV é o valor que queremos encontrar.


FV será o valor das parcelas
i é a taxa de juros em decimal
n é a parcela que iremos calcular.

Será preciso calcular cada uma individualmente, da seguinte forma:

1ª parcela
PV = 500 / (1,02)1 = 500 / 1,02 = 490,20

Esse valor significa que dos R$ 500,00 que foi pago na primeira parcela,
490,20 refere-se ao empréstimo e o restante é juros.

2ª parcela
PV = 500 / (1,02)2 = 500 / 1,04 = 480,58
3ª parcela
PV = 500 / (1,02)3 = 500 / 1,06 = 471,16

4ª parcela
PV = 500 / (1,02)4 = 500 / 1,08 = 461,92

Agora que encontramos o valor presente de cada parcela, vamos somar


todas elas e encontrar o valor total do empréstimo a valor presente.

490,20 + 480,58 + 471,16 + 461,92 = 1.903,86

Gabarito: “B”

Com base na referida NBC TG Estrutura Conceitual, reconhecimento


envolve a descrição do item, a mensuração do seu montante monetário e
a sua inclusão no balanço patrimonial ou na demonstração do resultado.
Segundo a norma, os itens que satisfazem os critérios de reconhecimento
devem ser reconhecidos no balanço patrimonial ou na demonstração do
resultado. A falta de reconhecimento de tais itens não é corrigida pela
divulgação das práticas contábeis adotadas nem tampouco pelas notas
explicativas ou material elucidativo. Referente ao assunto intitulado
reconhecimento à luz da referida norma, assinale a alternativa
INCORRETA.

A) As despesas devem ser reconhecidas na demonstração do resultado


quando ocasionarem em decréscimo nos benefícios econômicos futuros,
relacionado com o aumento de um ativo ou a diminuição de um passivo, e
puder ser mensurado com confiabilidade. Isso significa, na prática, que o
reconhecimento da despesa ocorre simultaneamente com o
reconhecimento de aumento nos passivos ou de diminuição nos ativos
(por exemplo, a alocação por competência de obrigações trabalhistas ou
da depreciação de equipamento).
B) A receita deve ser reconhecida na demonstração do resultado quando
resultar em aumento nos benefícios econômicos futuros relacionado com
o aumento de ativo ou com a diminuição de passivo, e puder ser
mensurado com confiabilidade. Isso significa, na prática, que o
reconhecimento da receita ocorre simultaneamente com o
reconhecimento do aumento nos ativos ou da diminuição nos passivos
(por exemplo, o aumento líquido nos ativos originado da venda de bens e
serviços ou o decréscimo do passivo originado do perdão de dívida a ser
paga).
C) Um ativo não deve ser reconhecido no balanço patrimonial quando os
gastos incorridos não proporcionarem a expectativa provável de geração
de benefícios econômicos para a entidade além do período contábil
corrente. Ao invés disso, tal transação deve ser reconhecida como
despesa na demonstração do resultado. Esse tratamento não implica
dizer que a intenção da administração ao incorrer nos gastos não tenha
sido a de gerar benefícios econômicos futuros para a entidade ou que a
administração tenha sido mal conduzida. A única implicação é que o grau
de certeza quanto à geração de benefícios econômicos para a entidade,
além do período contábil corrente, é insuficiente para garantir o
reconhecimento do ativo.
D) Um passivo deve ser reconhecido no balanço patrimonial quando for
provável que uma saída de recursos detentores de benefícios
econômicos seja exigida em liquidação de obrigação presente e o valor
pelo qual essa liquidação se dará puder ser mensurado com
confiabilidade. Na prática, as obrigações originadas de contratos ainda
não integralmente cumpridos de modo proporcional – proportionately
unperformed (por exemplo, passivos decorrentes de pedidos de compra
de produtos e mercadorias ainda não recebidos) – não são geralmente
reconhecidas como passivos nas demonstrações contábeis. Contudo,
tais obrigações podem enquadrar-se na definição de passivos caso sejam
atendidos os critérios de reconhecimento nas circunstâncias específicas,
e podem qualificar-se para reconhecimento. Nesses casos, o
reconhecimento dos passivos exige o reconhecimento dos
correspondentes ativos ou despesas.

Resolução em texto elaborada pela Profª Yasmin:

1º) O que a questão pede?

Que assinalemos a alternativa INCORRETA, ou seja, a que NÃO está de


acordo com os critérios de reconhecimento estabelecidos na NBC TG
Estrutura Conceitual.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Vamos analisar alternativa por alternativa e comparar com a NBC TG


Estrutura Conceitual, para identificarmos a alternativa INCORRETA.
Vamos lá!  \o/

Alternativa letra “A”: As despesas devem ser reconhecidas na


demonstração do resultado quando ocasionarem em decréscimo nos
benefícios econômicos futuros, relacionado com o aumento de um
ativo ou a diminuição de um passivo, e puder ser mensurado com
confiabilidade. Isso significa, na prática, que o reconhecimento da
despesa ocorre simultaneamente com o reconhecimento de aumento nos
passivos ou de diminuição nos ativos (por exemplo, a alocação por
competência de obrigações trabalhistas ou da depreciação de
equipamento).
Análise: Esta é a alternativa que está INCORRETA, pois aqui, a banca
inverteu os critérios, de acordo com a norma (item 4.49), o correto é “...
relacionado com o decréscimo de um ativo ou o aumento de um
passivo...” e não o contrário.
Bom, nesse momento, no dia do exame, você já poderia marcar essa
alternativa e ir para a próxima questão, para não perder tempo... mas,
vejamos as outras alternativas:

Alternativa letra “B”: A receita deve ser reconhecida na demonstração do


resultado quando resultar em aumento nos benefícios econômicos
futuros relacionado com o aumento de ativo ou com a diminuição de
passivo, e puder ser mensurado com confiabilidade. Isso significa, na
prática, que o reconhecimento da receita ocorre simultaneamente com o
reconhecimento do aumento nos ativos ou da diminuição nos passivos
(por exemplo, o aumento líquido nos ativos originado da venda de bens e
serviços ou o decréscimo do passivo originado do perdão de dívida a ser
paga).
Análise: Esta é a alternativa que está CORRETA, está de acordo com a
norma (item 4.47).

Alternativa letra “C”: Um ativo não deve ser reconhecido   no balanço


patrimonial quando os gastos incorridos não proporcionarem a
expectativa provável de geração de benefícios econômicos para a
entidade além do período contábil corrente. Ao invés disso, tal transação
deve ser reconhecida como despesa na demonstração do resultado. Esse
tratamento não implica dizer que a intenção da administração ao incorrer
nos gastos não tenha sido a de gerar benefícios econômicos futuros para
a entidade ou que a administração tenha sido mal conduzida. A única
implicação é que o grau de certeza quanto à geração de benefícios
econômicos para a entidade, além do período contábil corrente, é
insuficiente para garantir o reconhecimento do ativo.
Análise: Esta é a alternativa que está CORRETA, está de acordo com a
norma (item 4.45).

Alternativa letra “D”: Um passivo deve ser reconhecido no balanço


patrimonial quando for provável que uma saída de recursos detentores de
benefícios econômicos seja exigida em liquidação de obrigação presente
e o valor pelo qual essa liquidação se dará puder ser mensurado com
confiabilidade. Na prática, as obrigações originadas de contratos ainda
não integralmente cumpridos de modo proporcional – proportionately
unperformed (por exemplo, passivos decorrentes de pedidos de compra
de produtos e mercadorias ainda não recebidos) – não são geralmente
reconhecidas como passivos nas demonstrações contábeis. Contudo,
tais obrigações podem enquadrar-se na definição de passivos caso sejam
atendidos os critérios de reconhecimento nas circunstâncias específicas,
e podem qualificar-se para reconhecimento. Nesses casos, o
reconhecimento dos passivos exige o reconhecimento dos
correspondentes ativos ou despesas.
Análise: Esta é a alternativa que está CORRETA, está de acordo com a
norma (item 4.46).
Sendo assim, a alternativa que está INCORRETA, ou seja, a que NÃO está
de acordo com os critérios de reconhecimento estabelecidos na NBC TG
Estrutura Conceitual é a letra “A”.

Gabarito: “A”

À luz da NBC TG Estrutura Conceitual, mensuração é o processo que


consiste em determinar os montantes monetários por meio dos quais os
elementos das demonstrações contábeis devem ser reconhecidos e
apresentados no balanço patrimonial e na demonstração do resultado.
Esse processo envolve a seleção da base específica de mensuração.
Ainda, segundo a norma, um número variado de bases de mensuração é
empregado em diferentes graus e em variadas combinações nas
demonstrações contábeis. Sobre este assunto, analise as afirmativas a
seguir, marque V para as verdadeiras e F para as falsas.

( ) Custo histórico. Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou


equivalentes de caixa que teriam de ser pagos se esses mesmos ativos
ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data do balanço. Os
passivos são reconhecidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de
caixa, não descontados, que se espera seriam necessários para liquidar a
obrigação na data do balanço.
( ) Custo corrente. Os ativos são registrados pelos montantes pagos em
caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos entregues
para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados pelos
montantes dos recursos recebidos em troca da obrigação ou, em algumas
circunstâncias (como, por exemplo, imposto de renda), pelos montantes
em caixa ou equivalentes de caixa se espera serão necessários para
liquidar o passivo no curso normal das operações.
( ) Valor realizável (valor de realização ou de liquidação). Os ativos são
mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa que
poderiam ser obtidos pela sua venda em forma ordenada. Os passivos
são mantidos pelos seus montantes de liquidação, isto é, pelos
montantes em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que se
espera serão pagos para liquidar as correspondentes obrigações no
curso normal das operações.
( ) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente,
descontado, dos fluxos futuros de entradas líquidas de caixa que se
espera seja gerado pelo item no curso normal das operações. Os
passivos são mantidos pelo valor presente, descontado, dos fluxos
futuros de saídas líquidas de caixa que se espera serão necessários para
liquidar o passivo no curso normal das operações.

A sequência está correta em


A) F, F, F, F.
B) F, F, V, V.
C) F, V, V, V.
D) V, V, V, V.
Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para analisar as afirmativas apresentadas, julgar se são verdadeiras ou


falsas e depois marcar a alternativa que apresente a sequência correta.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Os conceitos apresentados no enunciado estão definidos no capítulo 4 da


NBC TG – Estrutura Conceitual.

Para responder à questão era necessário conhecer esses conceitos para


identificar se foram descritos corretamente ou não.

Vou expor abaixo o texto da norma e com base neles, julgaremos as


afirmativas da questão.
“4.55. Um número variado de bases de mensuração é empregado em
diferentes graus e em variadas combinações nas demonstrações
contábeis.
(a)      Custo histórico. Os ativos são registrados pelos montantes pagos em
caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos
entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são
registrados pelos montantes dos recursos recebidos em troca da
obrigação ou, em algumas circunstâncias (como, por exemplo, imposto
de renda), pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa se espera
serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das
operações.
(b)      Custo corrente. Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou
equivalentes de caixa que teriam de ser pagos se esses mesmos ativos
ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data do balanço. Os
passivos são reconhecidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de
caixa, não descontados, que se espera seriam necessários para liquidar a
obrigação na data do balanço.
(c)       Valor realizável (valor de realização ou de liquidação). Os ativos são
mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa que
poderiam ser obtidos pela sua venda em forma ordenada. Os passivos
são mantidos pelos seus montantes de liquidação, isto é, pelos
montantes em caixa ou equivalentes de caixa não descontados, que se
espera serão pagos para liquidar as correspondentes obrigações no
curso normal das operações.
(d)      Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado,
dos fluxos futuros de entradas líquidas de caixa que se espera seja
gerado pelo item no curso normal das operações. Os passivos são
mantidos pelo valor presente, descontado, dos fluxos futuros de saídas
líquidas de caixa que se espera serão necessários para liquidar o passivo
no curso normal das operações.”
Comparando as definições da NBC com as afirmativas apresentadas,
veremos que a sequência correta será F, F, V e V.

Gabarito: “B”

A NBC TG Estrutura Conceitual citada apresenta as características


qualitativas fundamentais e características qualitativas de melhoria. De
acordo com o exposto, NÃO representa uma característica qualitativa de
melhoria:

A) Materialidade.
B) Verificabilidade.
C) Tempestividade.
D) Comparabilidade.

Resolução em texto elaborada pela Profª Yasmin:

1º) O que a questão pede?

Que assinalemos a alternativa que NÃO representa uma característica


qualitativa de melhoria.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Se trata de uma questão puramente de base teórica, onde é necessário ter


o conhecimento da NBC TG Estrutura Conceitual.

As características qualitativas é um assunto bastante explorado pelas


questões do exame, então, vale a pena investir um pouco mais do tempo
de estudo teórico para aprender ou revisar esses tópicos.

Aqui nesta resolução farei um brevíssimo resumo, mas o link para a


norma completa encontra-se logo ao final... Vamos lá! \o/

Bem, essa norma nos informa que as informações contábeis-financeiras


precisam possuir “características qualitativas”. E essas “características
qualitativas” são divididas em “fundamentais” e de “melhoria”.

As características qualitativas fundamentais são:


- Relevância (e materialidade)
- Representação fidedigna

E as características qualitativas de melhoria que são:


- Comparabilidade
- Verificabilidade
- Tempestividade
- Compreensibilidade

Tendo isso em mente, podemos perceber que a “materialidade” NÃO é


uma característica qualitativa de melhoria, e sim, uma característica
qualitativa fundamental, pois está atrelada à relevância.

Sendo assim, a alternativa que NÃO representa uma característica


qualitativa de melhoria é a letra “A”.

Gabarito: “A”

De acordo com Iudícibus, Marion e Faria (2009), no começo do século XX


presenciou-se a queda da chamada Escola Europeia (mais
especificamente a Italiana) e a ascensão da chamada Escola Norte-
Americana no mundo contábil. Em relação às razões que resultaram na
ascensão da Escola Norte-Americana, marque V para as afirmativas
verdadeiras e F para as falsas.

( ) Ênfase ao Usuário da Informação Contábil: a Contabilidade é


apresentada como algo útil para a tomada de decisões, evitando-se
endeusar demasiadamente a contabilidade; atender os usuários é o
grande objetivo.
( ) Ênfase à Contabilidade Aplicada: como herança dos ingleses e
transparência para os investidores das sociedades anônimas (e outros
usuários) nos relatórios contábeis, a auditoria é muito enfatizada.
( ) Ênfase a uma Contabilidade Teórica: principalmente à Contabilidade
Gerencial. Ao contrário dos europeus, não havia uma preocupação com a
teoria das contas, ou querer provar que a Contabilidade é uma ciência.
( ) Universidades em busca de qualidade: grandes quantias para as
pesquisas no campo contábil, o professor em dedicação exclusiva e o
aluno em período integral valorizavam o ensino nos Estados Unidos.

A sequência está correta em


A) V, F, F, V.
B) V, V, V, V.
C) F, V, V, F.
D) F, F, F, F.

Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para analisar as afirmativas apresentadas, julgar se são verdadeiras ou


falsas e depois marcar a alternativa que apresente a sequência correta.
2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

De acordo com Iudícibus, Marion e Faria (2009, pg. 15):

“Algumas razões da queda da Escola Europeia (especificamente italiana):


- Excessivo culto à personalidade: grandes mestres e pensadores da
contabilidade ganharam tanta notoriedade que passaram a ser vistos
como “oráculos” da verdade contábil.
- Ênfase a uma contabilidade teórica: as mentes privilegiadas produziam
trabalhos excessivamente teóricos, apenas pelo gosto de serem teóricos,
difundindo-se ideias com pouca aplicação prática.
- Pouca importância à auditoria: principalmente na legislação italiana, o
grau de confiabilidade e a importância da auditagem não eram
enfatizados.
- Queda do nível das principais faculdades: principalmente as faculdades
italianas, superpovoadas de alunos.”

Algumas razões da ascensão da Escola Norte-americana:


- Ênfase ao usuário da informação contábil: a contabilidade é
apresentada como algo últil para a tomada de decisões, evitando-se
endeusar demasiadamente a Contabilidade; atender os usuários é o
grande objetivo.
- Ênfase à contabilidade aplicada: principalmente à contabilidade
gerencial. Ao contário dos europeus, não havia uma preocupação com a
teoria das contas, ou querer provar que a contabilidade é uma ciência.
- Bastante importância à auditoria: como herança dos ingleses e
transparência para os investidores das sociedades anônimas (e outros
usuários) nos relatórios contábeis, a auditoria é muito enfatizada.
- Universidades em busca de qualidade: grandes quantias para as
pesquisas no campo contábil, o professor em dedicação exclusiva, o
aluno em período integral valorizaram o ensino nos Estados Unidos.”

Baseado na literatura disponível e comparando com as afirmativas


apresentadas no enunciado, concluímos que a sequência correta é V, F, F
e V.

Gabarito: “A”

Analise as afirmativas a seguir.

I. A simples existência da moral já significa uma presença da ética, já que


os dois termos são sinônimos e representam a ciência que estuda e
problematiza os valores e costumes da sociedade.
II. No caso da ética, todos os meios são justificáveis, não só aqueles que
estão de acordo com os fins da própria ação. Em outras palavras, fins
éticos não exigem meios éticos.
III. A ética profissional representa um conjunto de normas e valores
morais que direcionam a conduta dos integrantes de determinada
profissão e distingue-se do conceito de ética pessoal.

No que tange aos conceitos de ética geral pessoal e profissional, ética e


moral, sociedade e ética, contabilidade na sociedade, está correto o que
se afirma apenas em:

A) I.
B) III.
C) I e II.
D) II e III.

Resolução em texto elaborada pela Profª Yasmin:

1º) O que a questão pede?

Que julguemos os itens, de acordo com o conceito de ética e mora, e


depois assinalemos a alternativa correta.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Bom, essa questão nem precisa ter tanta noção teórica para acertá-la,
pois com um pouco de “bom senso” conseguimos analisar e julgar.

Mas, primeiramente, vamos ver apenas a distinção entre “ética” e “moral”


de acordo com o dicionário Michaelis:

Ética: [...] Conjunto de princípios, valores e normas morais e de conduta


de um indivíduo ou de grupo social ou de uma sociedade [...]

Moral: [...] Relativo às regras de conduta e aos costumes estabelecidos e


admitidos em determinada sociedade; Que é conforme e procede
conforme os princípios da ética e da moralidade aceitos socialmente; Que
procede de maneira honesta ou correta; moralidade. [...]

Com isso em mente, vamos julgar os itens:

Item “I” : A simples existência da moral já significa uma presença da


ética, já que os dois termos são sinônimos e representam a ciência que
estuda e problematiza os valores e costumes da sociedade.
Análise: Está errada, pois ética e moral não são sinônimos, como bem
vimos na definição acima.

Item “II”: No caso da ética, todos os meios são justificáveis, não só


aqueles que estão de acordo com os fins da própria ação. Em outras
palavras, fins éticos não exigem meios éticos.
Análise: Está errada, pois “o fim não justificam os meios” como já bem
diz o velho ditado popular.
Item “III”: A ética profissional representa um conjunto de normas e
valores morais que direcionam a conduta dos integrantes de determinada
profissão e distingue-se do conceito de ética pessoal.
Análise: Está CORRETA, pois a “ética profissional” é direcionada à
conduta do “profissional”, e profissões regulamentadas, assim como a
nossa de contadores, possuem o famoso “código de ética profissional”.

Sendo assim, apenas o item III está correto.

Gabarito: “B”

Para que desenvolva com eficácia suas atividades, muitas são as virtudes
que um profissional precisa ter; algumas dessas virtudes são inerentes
ao seu caráter, outras podem ser conquistadas. São virtudes necessárias
ao profissional contabilista:

A) Competência, desídia, confiabilidade.


B) Imparcialidade, probidade, prudência.
C) Hombridade, improbidade, humildade.
D) Honestidade, pessoalidade, competência.

Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para identificar a alternativa que apresente virtudes necessárias ao


profissional contabilista.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Vamos analisar as alternativas apresentadas uma a uma.

Na alternativa “A”, sabemos que competência e confiabilidade são


virtudes, mas o que significa desídia?

De acordo com o dicionário Houaiss:


“substantivo feminino
1     disposição para evitar qualquer esforço físico ou moral; indolência,
ociosidade, preguiça
2     falta de atenção, de zelo; desleixo, incúria, negligência”

Assim, eliminamos a primeira alternativa.

A alternativa “B” deixa claro quanto à imparcialidade e a prudência, mas o


que seria probidade?
Novamente, de acordo com o Houaiss:
“substantivo feminino
qualidade do que é probo; integridade, honestidade, retidão”

Portanto, podemos concluir que os três itens apresentados são virtudes.

A alternativa “C” pode ser descartada pois apresenta como virtude a


improbidade, mas como acabamos de verificar que a virtude é a
probidade, logo a improbidade é o inverso, tornando a alternativa falsa.

A alternativa “D” também pode ser descartada pois apresenta a


pessoalidade como virtude e esta seria o oposto da imparcialidade.

Portanto, a única alternativa que apresenta virtudes é a “B”

Gabarito: “B”

Determinado escritório de contabilidade publicou anúncio em jornal de


grande circulação local com os dizeres “seja nosso cliente e não pague
imposto de renda”. Com base no código de conduta do profissional
contabilista, a oferta de serviços de forma promocional caracteriza, em
regra:

A) Retenção abusiva.
B) Concorrência desleal.
C) Apropriação indébita.
D) Aviltamento de honorários.

Resolução em texto elaborada pela Profª Yasmin:

1º) O que a questão pede?

Que julguemos o anúncio do escritório de contabilidade e depois


assinalemos a alternativa que corresponda de acordo com o código de
conduta do profissional contabilista.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Bom, de acordo com o Código de Ética do Profissional do Contabilista é


proibido:

[...] concorrer para a realização de ato contrário à legislação ou destinado


a fraudá-la ou praticar, no exercício da profissão, ato definido como crime
ou contravenção.

... e também...
[...] É vedado ao Profissional da Contabilidade oferecer ou disputar
serviços profissionais mediante aviltamento de honorários ou em
concorrência desleal.

Pelo que percebemos no teor no anúncio, o escritório de contabilidade


quer captar novos clientes alegando que não pagará “imposto de renda”,
com isso ele poderá estar “realizando ato contrário à legislação ou
destinado a fraudá-la”, e com isso, gera-se um “concorrência desleal”
pois nenhum outro escritório de contabilidade (em sã consciência)
ofereceria isso aos seus clientes.

Sendo assim, trata-se de uma concorrência desleal.

Gabarito: “B”

Nos termos da Resolução CFC nº 1370/2011, assinale a afirmativa correta.

A) Os Conselhos de Contabilidade gozam de imunidade tributária total em


relação à renda e imunidade tributária parcial quanto aos seus bens e
serviços.
B) O exercício da profissão contábil, tanto na área privada quanto na
pública, constitui prerrogativa exclusiva dos contadores e dos técnicos
em contabilidade.
C) Os empregados dos Conselhos de Contabilidade serão contratados em
regime estatutário, por meio de concurso público, de acordo com
resolução editada pelo CFC.
D) Técnico em Contabilidade é o diplomado em curso de nível superior de
dois anos de duração, em conformidade com as novas regras da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação.

Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para identificar a alternativa correta.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Vamos analisar as alternativas apresentadas comparando com o que está


disposto na Resolução CFC nº 1.370/2011.

De acordo com o Art. 5º da Resolução:


“Os Conselhos de Contabilidade gozam de imunidade tributária total em
relação aos seus bens, rendas e serviços.”

Logo, podemos concluir que a alternativa “A” é falsa.


De acordo com o §3º do Art. 1º:
“O exercício da profissão contábil, tanto na área privada quanto na
pública, constitui prerrogativa exclusiva dos contadores e dos técnicos
em contabilidade.”

Esse texto é exatamente igual ao apresentado na alternativa “B” e por


isso ela é verdadeira.

De acordo com o Art. 4º:


“Os empregados dos Conselhos de Contabilidade são regidos pela
legislação trabalhista, nos termos do Art. 8º do Decreto-Lei nº 1.040/69 e
do §3º do Art. 58 da Lei nº 9.649/98, sendo vedada qualquer forma de
transposição, transferência ou deslocamento para o quadro da
administração pública direta ou indireta.”

A alternativa “C” afirma que os empregados dos Conselhos são


contratados pelo regime estatutário, quando a resolução dispõe que
contratação é regida pela legislação trabalhista. Portanto, alternativa “C”
é falsa.

De acordo com o §5º do Art. 1º:


“Técnico em Contabilidade é diplomado em curso de nível médio na área
contábil, em conformidade com o estabelecido na Lei de Diretrizes e
Bases da Educação, e com registro em CRC nessa categoria, nos termos
do Art. 12, §2º do Decreto-Lei nº 9.295/46.”

Isso torna a alternativa “D” falsa.

Com isso, a única correta é a alternativa “B”.

Gabarito: “B”

Certa empresa, que produz e vende mochilas, possui duas fábricas no Rio
de Janeiro. Para cortar custos, colocou uma das fábricas à venda,
empenhando-se para encontrar um comprador. Além disso, o preço
pedido pela venda da fábrica é razoável em relação ao seu valor justo
corrente. A empresa possui algumas encomendas e pretende transferir a
fábrica a um comprador assim que sejam cumpridos todos os pedidos de
clientes não concluídos. De acordo com o exposto, assinale, a seguir, a
correta classificação contábil desta fábrica no balanço patrimonial da
empresa de acordo com as normas contábeis brasileiras.

A) Ativo circulante.
B) Ativo imobilizado.
C) Ativo realizável a longo prazo.
D) Ativo não circulante mantido para a venda.
Resolução em texto elaborada pela Profª Yasmin:

1º) O que a questão pede?

Que assinalemos a correta classificação contábil desta fábrica no balanço


patrimonial da empresa de acordo com as normas contábeis brasileiras.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Bom, é sempre importante começarmos analisando as que não são


alternativas viáveis e as possíveis “corretas”.

Analisando as alternativas, podemos já eliminar as letras “A” e “C”, pois


a não faria sentido a fábrica ser classificada contabilmente como “ativo
circulante” ou como “ativo realizável a longo prazo”.

Com isso, só nos sobram a dúvida entra as letras “B” (ativo imobilizado)
e “D” (ativo não circulante mantido para a venda).

Claro que, neste momento, você ficaria muito tentado a marcar como letra
“D”, já que o ativo foi colocado à venda. Mas, calma lá, vejamos se
realmente poderíamos classificar assim.

De acordo com os itens 6 e 7 da “NBC TG 31 - Ativo Não Circulante


Mantido para Venda e Operação Descontinuada”:

6. A entidade deve classificar um ativo não circulante como mantido para


venda se o seu valor contábil vai ser recuperado, principalmente, por
meio de transação de venda em vez do uso contínuo.
7. Para que esse seja o caso, o ativo ou o grupo de ativos mantido para
venda deve estar disponível para venda imediata em suas condições
atuais, sujeito apenas aos termos que sejam habituais e costumeiros para
venda de tais ativos mantidos para venda. Com isso, a sua venda deve
ser altamente provável.

Grifei essa parte aí de cima, pois conseguimos concluir que a fábrica não
está “disponível para venda imediata”, tendo em vista que a empresa
possui algumas encomendas e pretende transferir a fábrica a um
comprador assim que sejam cumpridos todos os pedidos de clientes não
concluídos.

Portanto, a fábrica continua lá como “ativo imobilizado” até cumprir todos


os requisitos necessários para ser classificada como um ativo não
circulante mantido para a venda.

Gabarito: “B”

Uma empresa apresentava o seguinte balanço patrimonial em 31/12/2015:


Caixa 200.000 Capital Social 200.000

No ano de 2016 aconteceram os seguintes eventos: 


 Compra de um veículo por R$ 30.000,00 à vista. A empresa espera
utilizá-lo por dez anos, enquanto a vida útil fiscal é de cinco anos;
 Apuração de receita de serviços no valor de R$ 70.000,00 à vista.
Os custos eram de R$ 100.000,00 e foram pagos à vista.

No ano de 2017 aconteceram os seguintes eventos: 


 Apuração de receita de serviços à vista no valor de R$ 120.000,00.
Os custos eram de R$ 100.000,00 e foram pagos à vista.

Assinale o saldo do imposto de renda e contribuição social diferidos,


apresentado no balanço patrimonial da empresa em 31/12/2017,
considerando a alíquota de imposto de renda e contribuição social de
34% e que a empresa apresenta perspectiva de lucros futuros em todos
os exercícios.

A) R$ 8.772,00.
B) R$ 9.034,00.
C) R$ 10.812,00.
D) R$ 12.852,00.

Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para identificar a alternativa que apresenta o saldo do IR e CS diferidos,


apresentado no balanço de 31/12/2017.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Essa questão é um pouco mais complexa e precisa ser resolvida em duas


partes. Primeiro determinando a diferença temporária tributável entre o
valor contábil do veículo e a base fiscal. Isso acontece pois há diferença
entre a depreciação contábil e a depreciação fiscal.

Depois disso, é preciso apurar o prejuízo fiscal e sua respectiva


compensação.

O veículo foi adquirido em 2016 por R$ 30.000,00, a vida útil contábil é de


10 anos (depreciação de R$ 3.000,00 por ano) e a vida útil fiscal é de 5
anos (depreciação de R$ 6.000,00 por ano).

Considerando esses dados, teremos o seguinte:


Apuração Contábil Apuração Fiscal
Custo Veículo 30.000,00 Custo Veículo 30.000,00
Depr. Contábil 3.000,00 X Depr. Fiscal 6.000,00
Valor Contábil 27.000,00 Base Fiscal 24.000,00
Diferença 27.000,00 – 24.000,00 = 3.000,00

A diferença entre o valor contábil e a base fiscal é chamada de diferença


temporária tributável. Portanto, deve ser reconhecido um passivo fiscal
diferido aplicando a alíquota do IR e CS sobre essa diferença.

R$ 3.000 * 34% (alíquota fornecida no enunciado) = R$ 1.020,00

Esse valor representa o tributo sobre o lucro que a entidade pagará ao


recuperar o valor contábil do ativo.

No caso desse exercício, vamos acumular esse valor tanto para o ano de
2016 quanto para o ano de 2017, obtendo:

1.020 + 1.020 = 2.040,00

Esse é o passivo fiscal diferido referente à diferença temporária tributável


do ativo.

Agora vamos apurar o prejuízo fiscal referente a 2016:

Receita tributável 70.000,00


Custos dos Serviços Prestados (100.000,00)
Depreciação para fins fiscais (6.000,00)
Prejuízo Fiscal (36.000,00)

O prejuízo fiscal pode ser compensado contra lucros tributáveis e por


isso deve ser reconhecido como um ativo. O valor que será reconhecido é
determinado aplicando a alíquota do IR e CS (34% de acordo com o
enunciado) sobre o valor do prejuízo.

R$ 36.000,00 * 34% = R$ 12.240,00

Esse é o ativo fiscal diferido referente ao benefício referente ao prejuízo


fiscal apurado em 2016.

Agora vamos apurar o resultado de 2017.

Receita tributável 120.000,00


Custos dos Serviços Prestados (100.000,00)
Depreciação para fins fiscais (6.000,00)
Lucro Tributável 14.000,00

Sobre esse valor a entidade pode compensar o equivalente a 30% do


prejuízo do ano anterior, dessa forma:
14.000 x 30% = 4.200,00

Sobre esse valor temos de aplicar a alíquota dos tributos para identificar
o valor do IR diferido, então:

4.200 x 34% = 1.428,00

Como esse valor, seria um valor “a pagar”, então ele vai reduzir o ativo
fiscal diferido que foi registrado no ano anterior e assim teremos:

12.240,00 – 1.428,00 = 10.812,00

A questão está pedindo para calcularmos o valor do IR e CS diferido e


não podemos esquecer que temos um passivo diferido da depreciação.
Então vamos trazer para o ativo e reduzir o valor dele, da seguinte forma:

10.812,00 – 2.040,00 = 8.772,00

Esse é o valor do ativo diferido que a empresa possui.

Gabarito: “A”

Uma empresa apresentava o seguinte Balanço Patrimonial em 31/12/2016:

Na data, o terreno era avaliado ao custo, sendo que seu valor justo era de
R$ 80.000,00. Além disso, a máquina tinha sido comprada em 02/01/2016 e
era depreciada pelo método dos benefícios gerados. A empresa tinha a
intenção de utilizar a máquina por quatro anos e depois doá-la. Na
elaboração do balanço patrimonial da empresa em 31/12/2017, verificou-
se que a previsão para as Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação
Duvidosa (PECLD) era de 4%. Além disso, os contadores da empresa
julgaram que a informação contábil se aproximaria mais da realidade,
caso os terrenos fossem avaliados ao valor justo e a máquina depreciada
pelo método da linha reta. O valor justo do terreno na data era de R$
85.000,00.

Assinale, a seguir, os valores do ativo total em 31/12/2017 em comparação


ao de 31/12/2016, de acordo com o NBC TG 23 (R2) – Políticas Contábeis,
Mudança de Estimativa e Retificação de Erro.

A) R$ 159.200,00 e R$ 137.600,00.
B) R$ 159.200,00 e R$ 157.100,00.
C) R$ 159.700,00 e R$ 137.600,00.
D) R$ 159.700,00 e R$ 157.600,00.

Resolução em texto elaborada pela Profª Yasmin:

1º) O que a questão pede?

Os valores do ativo total em 31/12/2017 em comparação ao de 31/12/2016,


de acordo com o NBC TG 23 (R2) – Políticas Contábeis, Mudança de
Estimativa e Retificação de Erro.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

É uma questão bem trabalhosa, em que se faz necessária uma boa noção
da “NBC TG 23” para resolvê-la. Aqui iremos “resumir” alguns conceitos
para a resolução da questão, mas, ao final, sugiro que deem uma
estudada na norma... ok?!
Vejamos agora os conceitos de mudanças de “políticas contábeis” e de
mudanças de “estimativa contábeis”

“Políticas contábeis são os princípios, as bases, as convenções, as


regras e as práticas específicas aplicados pela entidade na elaboração e
na apresentação de demonstrações contábeis.
Mudança na estimativa contábil é um ajuste nos saldos contábeis de ativo
ou de passivo, ou nos montantes relativos ao consumo periódico de
ativo, que decorre da avaliação da situação atual e das obrigações e dos
benefícios futuros esperados associados aos ativos e passivos.”

E, então, dependendo da mudança que houve, se de “política contábil” ou


de “estimativa contábil”, será necessário efetuar “ajustes” na
contabilidade. Sendo assim, novamente sugiro que, após o término dessa
questão, você baixe e estude a “NBC TG 23”.

Bom, vamos começar resolvendo, analisando as informações adicionais


que a questão nos traz:

a) Sobre o Terreno:
Na data, o terreno era avaliado ao custo, sendo que seu valor justo era de
R$ 80.000,00.
Além disso, os contadores da empresa julgaram que a informação
contábil se aproximaria mais da realidade, caso os terrenos fossem
avaliados ao valor justo e a máquina depreciada pelo método da linha
reta. O valor justo do terreno na data era de R$ 85.000,00.

O terreno era avaliado ao custo, ou seja, ao seu valor que já estava no


Balanço de 2016, que é R$ 60.000,00, porém, naquela data, o valor “justo”
era de R$ 80.000,00. Como mudou a “política contábil”, ou seja, mudou o
“critério de avaliação”, logo será necessário fazer um “ajuste”
retrospectivo no valor de R$ 20.000,00.

E em 2017, temos que considerar o valor justo de R$ 85.000,00.

b) Sobre a Máquina:
Além disso, a máquina tinha sido comprada em 02/01/2016 e era
depreciada pelo  método dos benefícios gerados. A empresa tinha a
intenção de utilizar a máquina por quatro anos e depois doá-la.
Além disso, os contadores da empresa julgaram que a informação
contábil se aproximaria mais da realidade, caso os terrenos fossem
avaliados ao valor justo e a máquina depreciada pelo   método da linha
reta.

No caso da máquina, ela era depreciada pelo método dos benefícios


gerados e passou a ser depreciada pelo método da linha reta, ou seja,
houve uma mudança de “política contábil”.
Com essa mudança, vejamos o novo valor depreciado pelo novo método:
Valor: R$ 10.000,00
Vida útil: 4 anos
Método: linha reta (linear)
Depreciação anual = 10.000,00 / 4 anos = 2.500,00 ao ano

Repare que em 2016 foi depreciado apenas R$ 2.000,00, logo, será


necessário efetuar um ajuste negativo de R$ 500,00 retrospectivamente.

Em 2017, adicionaremos mais R$ 2.500,00 do ano, e a depreciação


acumulada será de R$ 5.000,00.

c) Sobre o PECLD:
Na elaboração do balanço patrimonial da empresa em 31/12/2017,
verificou-se que a previsão para as Perdas Estimadas em Créditos de
Liquidação Duvidosa (PECLD) era de 4%.

A PECLD é constituída por meio de “estimativa contábil”, então, em


31/12/2017 o saldo de PECLD será:
4% x 20.000,00 (clientes) = R$ 800,00

Por ser apenas mudança de “estimativa”, ela não afetará


retrospectivamente, apenas em 2017.
Agora, vamos apurar o Ativo Total de 2016 e 2017 com os ajustes
analisados anteriormente:

                                  31/12/2016               31/12/2017


Caixa                         50.000                       50.000
Clientes                     20.000                       20.000
(-)PECLD                    (400)                          (800)
Terreno (Prop. Inv)    80.000                       85.000
Máquina (Imob.)         10.000                       10.000
(-) Depr. Acum.          (2.500)                      (5.000)
TOTAL ATIVO            157.100                    159.200

Sendo assim, o  Ativo Total de 2017 e 2016 é de:


2017 = R$ 159.200,00
2016 = R$ 157.100,00

Gabarito: “B”

Uma loja vendia um único modelo de bola. Em 01 de janeiro de 2018, o


estoque da loja era formado por 100 unidades de bolas, sendo que o
custo unitário era de R$ 50,00. Além disso, o preço de venda da bola era
de R$ 80,00.

 No mês de janeiro 10 unidades de bolas foram vendidas a R$ 80,00.


 Em fevereiro, o preço diminuiu para R$ 60,00 e 15 unidades de
bolas foram vendidas.
 Em março, o preço diminuiu para R$ 40,00 e 30 unidades de bolas
foram vendidas.
 Em abril, o preço passou para R$ 60,00 e 20 unidades de bolas
foram vendidas.
 Já em maio e em junho, o preço era de R$ 65,00 e 18 unidades de
bolas foram vendidas no total.
Com base nas informações anteriores e na NBC TG 16 (R2) – Estoques,
assinale o valor do Lucro Antes do Imposto de Renda e Contribuição
Social (LAIRCS) da loja no primeiro semestre de 2018, considerando que
não houve outras transações.

A) R$ 620,00.
B) R$ 920,00.
C) R$ 1.550,00.
D) R$ 5.270,00.

Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para identificar a alternativa que apresenta o valor do Lucro Antes do


Imposto de Renda e da Contribuição Social.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Para resolver essa questão, basta somar o valor obtido com a venda das
bolas em cada um dos meses e depois fazer a apuração do custo da
mercadoria vendida para obter o resultado.

A questão deixou ainda mais simples de se chegar no resultado pois não


há devoluções, impostos sobre a venda e nenhuma despesa para ser
apurado no resultado.

O estoque de bolas é composto unicamente pelo estoque inicial


informado no enunciado, também não houveram compras no período.
Sendo assim, vamos apurar as saídas primeiro:

Ao longo do primeiro semestre, foram vendidas 93 das 100 bolas que a


empresa possuía em estoque. Para apurar o custo da mercadoria vendida,
vamos multiplicar as 93 bolas pelo custo inicial de aquisição que foi de
R$ 50,00.
93 * 50,00 = R$ 4.650,00

Agora que temos o valor do custo, basta subtrair o valor da receita com
as vendas do CMV e obteremos o Lucro Bruto.

5.270,00 – 4.650,00 = 620,00

Como não há nenhuma outra despesa e nenhuma outra receita, este valor
também será o resultado antes dos tributos sobre o lucro.

Gabarito: “A”

A NBC TA 200 (R1) – Objetivos Gerais do Auditor Independente e a


Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria
apresenta vários termos e com seus respectivos significados. Diante do
exposto, analise as afirmativas, marque V para as verdadeiras e F para as
falsas.

( ) Informação contábil histórica: informação expressa em termos


financeiros em relação a uma entidade específica, derivada
principalmente do sistema contábil da entidade, a respeito de eventos
econômicos ocorridos em períodos passados ou de condições ou
circunstâncias econômicas em determinada data no passado.
( ) Ceticismo profissional: aplicação do treinamento, conhecimento e
experiência relevantes, dentro do contexto fornecido pelas normas de
auditoria, contábeis e éticas, na tomada de decisões informadas a
respeito dos cursos de ação apropriados nas circunstâncias do trabalho
de auditoria.
( ) Administração: pessoa ou organização com a responsabilidade de
supervisionar de forma geral a direção estratégica da entidade e
obrigações relacionadas com a responsabilidade da entidade. Isso inclui
a supervisão geral do processo de relatório financeiro. Para algumas
entidades, os responsáveis pela governança podem incluir empregados
da administração, por exemplo, membros executivos de conselho de
governança de uma entidade do setor privado ou público, ou sócio-
diretor.
( ) Distorção: diferença entre o valor, a classificação, a apresentação ou a
divulgação de uma demonstração contábil
relatada e o valor, a classificação, a apresentação ou a divulgação que é
exigida para que o item esteja de acordo
com a estrutura de relatório financeiro aplicável. As distorções podem
originar-se de erro ou fraude. Quando o auditor expressa uma opinião
sobre se as demonstrações contábeis foram apresentadas
adequadamente, em todos os aspectos relevantes, as distorções também
incluem os ajustes de valor, classificação, apresentação ou divulgação
que, no julgamento do auditor, são necessários para que as
demonstrações contábeis estejam apresentadas, adequadamente, em
todos os aspectos relevantes.

A sequência está correta em


A) F, V, F, F.
B) V, F, F, V.
C) F, V, V, F.
D) F, V, F, V.

Resolução em texto elaborada pela Profª Yasmin:

1º) O que a questão pede?

Que analisemos e julguemos os termos de auditoria e seus respectivos


significados, de acordo com a “NBC TA 200”, e depois assinalemos a
sequência correta entre “V” de verdadeiro e “F” de falso.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Trata-se de uma questão puramente teórica, onde se faz necessário ter


conhecimento desses termos da “auditoria”.

Vamos analisar termo a termo, para julgarmos se “V” ou “F”:


(V) Informação contábil histórica: informação expressa em termos
financeiros em relação a uma entidade específica, derivada
principalmente do sistema contábil da entidade, a respeito de eventos
econômicos ocorridos em períodos passados ou de condições ou
circunstâncias econômicas em determinada data no passado.
Análise: Verdadeiro! Está de acordo com  o item “13. (g)” da NBC TA 200.

Bom, nesse exato momento só temos a alternativa da letra “B” que


começa com “V” de verdadeiro. Com isso, poderíamos já marcar a letra
“B” no dia do exame e ir para a próxima questão, para ganhar tempo.
Mas, aqui, iremos ver os outros item também... hehehe

(F) Ceticismo profissional: aplicação do treinamento, conhecimento e


experiência relevantes, dentro do contexto fornecido pelas normas de
auditoria, contábeis e éticas, na tomada de decisões informadas a
respeito dos cursos de ação apropriados nas circunstâncias do trabalho
de auditoria.
Análise: Falso! Pois o item “13. (l)” da NBC TA 200, diz o seguinte:
“Ceticismo profissional é a postura que inclui uma mente questionadora e
alerta para condições que possam indicar possível distorção devido a
erro ou fraude e uma avaliação crítica das evidências de auditoria.”

(F) Administração: pessoa ou organização com a responsabilidade de


supervisionar de forma geral a direção estratégica da entidade e
obrigações relacionadas com a responsabilidade da entidade. Isso inclui
a supervisão geral do processo de relatório financeiro. Para algumas
entidades, os responsáveis pela governança podem incluir empregados
da administração, por exemplo, membros executivos de conselho de
governança de uma entidade do setor privado ou público, ou sócio-
diretor.
Análise: Falso! Pois o item “13. (h)” da NBC TA 200, diz o seguinte:
“Administração é a pessoa com responsabilidade executiva pela
condução das operações da entidade. Para algumas entidades, como no
Brasil, a administração inclui alguns ou todos os responsáveis pela
governança, por exemplo, membros executivos de um conselho de
governança, ou sócio-diretor.”

(V) Distorção: diferença entre o valor, a classificação, a apresentação ou a


divulgação de uma demonstração contábil relatada e o valor, a
classificação, a apresentação ou a divulgação que é exigida para que o
item esteja de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. As
distorções podem originar-se de erro ou fraude. Quando o auditor
expressa uma opinião sobre se as demonstrações contábeis foram
apresentadas adequadamente, em todos os aspectos relevantes, as
distorções também incluem os ajustes de valor, classificação,
apresentação ou divulgação que, no julgamento do auditor, são
necessários para que as demonstrações contábeis estejam apresentadas,
adequadamente, em todos os aspectos relevantes.
Análise: Verdadeiro! Está de acordo com o item “13. (i)” da NBC TA 200.

Sendo assim, a sequência correta é V, F, F, V.

Gabarito: “B”

A NBC TA 580 (R1) – Representações Formais apresenta os objetivos do


auditor. NÃO representa um objetivo elucidado pela referida norma:

A) Responder adequadamente aos fatos que chegaram ao conhecimento


do auditor independente após a data de seu relatório, que, se fossem do
seu conhecimento naquela data (do relatório), poderiam ter levado o
auditor a alterar seu relatório.
B) Obter representações formais da administração e, quando apropriado,
dos responsáveis pela governança, de que eles cumpriram com suas
responsabilidades pela elaboração das demonstrações contábeis e pela
integridade das informações fornecidas ao auditor.
C) Reagir apropriadamente às representações formais fornecidas pela
administração (quando apropriado dos responsáveis pela governança) ou
se a administração (e quando apropriado, os responsáveis pela
governança) não fornecer as representações solicitadas pelo auditor.
D) Dar suporte a outras evidências de auditoria relevantes para as
demonstrações contábeis ou para afirmações específicas nas
demonstrações contábeis por meio de representações formais, se o
auditor determinar que estas são necessárias ou se forem exigidas por
outras normas de auditoria.
Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para identificar a alternativa que apresenta uma afirmativa FALSA quanto


aos objetivos do auditor.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Para resolver essa questão, vamos comparar o que está disposto na NBC
com as alternativas apresentadas.

De acordo com a NBC TA 580 – Representações Formais:

 “6. Os objetivos do auditor são:


(a)      Obter representações formais da administração, e quando apropriado,
dos responsáveis pela governança, de que eles cumpriram com suas
responsabilidades pela elaboração das demonstrações contábeis e pela
integridade das informações fornecidas ao auditor;
(b)      Dar suporte a outras evidências de auditoria relevantes para as
demonstrações contábeis ou para afirmações específicas nas
demonstrações contábeis por meio de representações formais, se o
auditor determinar que estas são necessárias ou se forem exigidas por
outras normas de auditoria; e
(c)       Reagir apropriadamente às representações formais fornecidas pela
administração e (quando apropriado dos responsáveis pela governança)
ou se a administração (e quando apropriado, os responsáveis pela
governança) não fornecer as representações solicitadas pelo auditor.”

Ao comparar com as alternativas apresentadas no enunciado, verificamos


que a única que não consta na NBC é a alternativa “A”

Gabarito: “A”

Sobre apresentação do laudo pericial contábil e oferta do parecer técnico-


contábil à luz da NBC TP 01 – Perícia Contábil, analise as afirmativas,
marque V para as verdadeiras e F para as falsas.

( ) O perito deve elaborar o laudo e o parecer, utilizando-se do vernáculo,


sendo admitidas palavras ou expressões idiomáticas de outras línguas e
de uso não comum nos tribunais judiciais ou extrajudiciais.
( ) Tratando-se de termos técnicos atinentes à profissão contábil devem,
quando necessário, ser acrescidos de esclarecimentos adicionais e
recomendada a utilização daqueles consagrados pela doutrina contábil.
( ) O laudo e o parecer são, respectivamente, orientados e conduzidos
pelo perito do juízo, que adotará padrão próprio, respeitada a estrutura
prevista na norma (NBC TP 01), devendo ser redigidos de forma
circunstanciada, clara, objetiva, sequencial e lógica.
( ) A linguagem adotada pelo perito deve ser clara, concisa, evitando o
prolixo e a tergiversação, possibilitando aos julgadores e às partes o
devido conhecimento da prova técnica e interpretação dos resultados
obtidos. As respostas não devem ser objetivas e nem lacônicas. Os
termos técnicos devem ser inseridos no laudo e no parecer, de modo a se
obter uma redação que qualifique o trabalho pericial, respeitadas as
Normas Brasileiras de Contabilidade.

A sequência está correta em:

A) V, F, V, F.
B) F, V, F, V.
C) V, F, V, V.
D) F, V, F, F.

Resolução em texto elaborada pela Profª Yasmin:

1º) O que a questão pede?

Que analisemos e julguemos sobre a apresentação do laudo pericial e o


parecer técnico, de acordo com a “NBC TP 01”, e depois assinalemos a
sequência correta entre “V” de verdadeiro e “F” de falso.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Trata-se de uma questão puramente teórica, onde se faz necessário ter


conhecimento desses termos da “perícia contábil”.

Vamos analisar termo a termo, para julgarmos se “V” ou “F”:

(F) O perito deve elaborar o laudo e o parecer, utilizando-se do


vernáculo, sendo admitidas palavras ou expressões idiomáticas de outras
línguas e de uso não comum nos tribunais judiciais ou extrajudiciais.
Análise: Falso! Pois o item “53” da NBC TP 01, diz o seguinte:
“O perito deve elaborar o laudo e o parecer, utilizando-se do vernáculo,
sendo admitidas apenas palavras ou expressões idiomáticas de outras
línguas de uso comum nos tribunais judiciais ou extrajudiciais.”

(V) Tratando-se de termos técnicos atinentes à profissão contábil devem,


quando necessário, ser acrescidos de esclarecimentos adicionais e
recomendada a utilização daqueles consagrados pela doutrina contábil.
Análise: Verdadeiro! Está de acordo com  o item “52” da NBC TP 01.

(F) O laudo e o parecer são, respectivamente, orientados e conduzidos


pelo perito do juízo, que adotará padrão próprio, respeitada a estrutura
prevista na norma (NBC TP 01), devendo ser redigidos de forma
circunstanciada, clara, objetiva, sequencial e lógica.
Análise: Falso! Pois o item “50” da NBC TP 01, diz o seguinte:
“O laudo e o parecer são, respectivamente, orientados e conduzidos pelo
perito do juízo e pelo perito-assistente, que adotarão padrão próprio,
respeitada a estrutura prevista nesta Norma, devendo ser redigidos de
forma circunstanciada, clara, objetiva, sequencial e lógica.”

(F) A linguagem adotada pelo perito deve ser clara, concisa, evitando o
prolixo e a tergiversação, possibilitando aos julgadores e às partes o
devido conhecimento da prova técnica e interpretação dos resultados
obtidos. As respostas não devem ser objetivas e nem lacônicas. Os
termos técnicos devem ser inseridos no laudo e no parecer, de modo a se
obter uma redação que qualifique o trabalho pericial, respeitadas as
Normas Brasileiras de Contabilidade.
Análise: Falso! Pois o item “50” da NBC TP 01, diz o seguinte:
“A linguagem adotada pelo perito deve ser clara, concisa, evitando o
prolixo e a tergiversação, possibilitando aos julgadores e às partes o
devido conhecimento da prova técnica e interpretação dos resultados
obtidos. As respostas devem ser objetivas, completas e não lacônicas.
Os termos técnicos devem ser inseridos no laudo e no parecer, de modo
a se obter uma redação que qualifique o trabalho pericial, respeitadas as
Normas Brasileiras de Contabilidade.”

Sendo assim, a sequência correta é F, V, F, F.

Gabarito: “D”

De acordo com a NBC PP 01 – Perito Contábil, o perito deve elaborar a


proposta de honorários estimando, quando possível, o número de horas
para a realização do trabalho, por etapa e por qualificação dos
profissionais, considerando alguns dos seguintes trabalhos
especificados, EXCETO:

A) Retirada e entrega do processo ou procedimento arbitral.


B) Pesquisa documental e exame de livros contábeis, fiscais e
societários.
C) Elaboração de planilhas de cálculo, quadros, gráficos, simulações e
análises de resultados.
D) Elaboração de termos de diligências para arrecadação de provas e
comunicações exclusivas aos advogados.

Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para identificar a alternativa que apresenta uma afirmativa FALSA quanto


aos trabalhos que devem ser considerados na elaboração de proposta de
honorários pelo perito contábil.
2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Para resolver essa questão, vamos comparar o que está disposto na NBC
com as alternativas apresentadas.

De acordo com a NBC PP 01 – Perito Contábil:

 “34. O perito deve elaborar a proposta de honorários estimando, quando


possível, o número de horas para a realização do trabalho, por etapa e
por qualificação dos profissionais, considerando os trabalhos a seguir
especificados:
(a)      Retirada e entrega do processo ou procedimento arbitral;
(b)      Leitura e interpretação do processo;
(c)       Elaboração de termos de diligências para arrecadação de provas e
comunicações às partes, terceiros e peritos-assistentes;
(d)      Realização de diligências;
(e)      Pesquisa documental e exame de livros contábeis, fiscais e societários;
(f)       Elaboração de planilhas de cálculo, gráficos, simulações e análises de
resultados;
(g)      Elaboração do laudo;
(h)      Reuniões com peritos-assistentes, quando for o caso;
(i)        Revisão final;
(j)        Despesas com viagens, hospedagens, transporte, alimentação, etc.;
(k)      Outros trabalhos com despesas supervenientes.

Ao comparar com as alternativas apresentadas no enunciado, verificamos


que a única que a alternativa “D” é falsa por afirmar que as comunicações
são “exclusivas aos advogados”.

Gabarito: “D”

CRC 02/2018 – Questão nº49 da Prova Branca (nº50 da Prova Verde, nº49
da Prova Amarela e nº50 da Prova Azul) – Língua Portuguesa
Texto I

Um dos estudantes levantou a mão. Embora compreendesse


perfeitamente que não se podia permitir que pessoas de casta inferior
desperdiçassem o tempo da Comunidade com livros e que havia sempre
o perigo de lerem coisas que provocassem o indesejável
descondicionamento de algum dos seus reflexos... enfim, ele não
conseguia entender o referente às flores. Por que se dar ao trabalho de
tornar psicologicamente impossível aos Deltas o amor às flores?
[...]
– As flores do campo e as paisagens, advertiu, têm um grave-
defeito: são gratuitas. O amor à natureza não estimula a atividade de
nenhuma fábrica. Decidiu-se que era preciso aboli-lo, pelo menos nas
classes baixas; abolir o amor à natureza [...]
(HUXLEY, Aldous. Admirável Mundo Novo, p. 22, 1946.)

Texto II

A partir de uma comparação entre os textos I e II, e considerando-se uma


possível reflexão advinda do texto I acerca de um comportamento social,
depreende-se que o texto II constitui:

A) uma referência a um fato atual de forma acrítica.


B) uma demonstração da necessidade de que o perfil profissional
prevaleça.
C) crítica a todo tipo de atitude preconceituosa existente na sociedade
atual.
D) crítica ao desmerecimento de determinados valores, em situações
específicas.

Resolução em texto elaborada pela Profª Yasmin:

1º) O que a questão pede?


Que comparemos o Texto I com o Texto II, com foco no comportamento
social.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Podemos observar algumas semelhanças entre o texto I e II. Em ambos


os textos, o foco é a necessidade da classe daquele contexto.

No texto I, chegaram em uma conclusão que o amor à natureza não


estimula a atividade fabril, então, esse amor deveria ser abolido nas
classes inferiores. O que, podemos inferir, que a preocupação está na
produtividade, ou seja, uma pessoa que fica “contemplando” a natureza
não deve ser uma pessoa que produz muito em uma fábrica operária.

No texto II, a formiga que é a próxima da fila tem uma cabeça bem grande
e um corpinho pequeno, que dá a impressão de ser intelectual. Como ela
está em uma fila de vagas para “operárias”, ou seja, para trabalhadoras
braçais, então, infere-se que ela não será muito produtiva para o serviço.

Com isso, chegamos à conclusão que trata-se de uma crítica ao


desmerecimento de determinados valores, em situações específicas.

Gabarito: “D”

Por que ética?


Por que ética? E o que é a ética? Não poderemos nos contentar com uma
representação qualquer ou indeterminada. Da mesma forma,
pressupondo uma pré-compreensão completamente indeterminada,
desde o início podemos nos perguntar: por que afinal devemos nos
ocupar com a ética? […] Entre os jovens intelectuais, antigamente havia
interesse mais pelas assim chamadas teorias críticas da sociedade. Ao
contrário disto, na ética supõe-se uma reflexão sobre valores reduzida ao
individual e ao inter-humano. E teme-se que aqui, contudo não seria
possível encontrar nada de obrigatório, a não ser remontando-se a
tradições cristãs ou de outras religiões. É o ético, ou então, ao contrário,
as relações de poder, que são determinantes na vida social? E estas não
determinam, por sua vez, as representações éticas de um tempo? E se
isto é assim, ao se pretender lidar diretamente com a ética e não a partir
de uma perspectiva de crítica da ideologia, não representaria isto um
retorno a uma ingenuidade hoje insustentável?
(TUGENDHAT, Ernest. Lições sobre ética. Petrópolis: Vozes. 1996, p. 11-
13. Adaptado.)

No texto anterior, o autor utiliza como estratégia para a construção de seu


texto uma sequência de interrogações.
Pode-se afirmar que tal estratégia

A) indica pausas de elocução com o propósito de obter uma informação


desconhecida até então.
B) preconiza a importância do debate acerca da ética, tendo em vista seu
papel na sociedade, exposto e exemplificado pelo autor de forma sucinta,
mas suficientemente esclarecedora.
C) demonstra a exposição de um ponto de vista sob forma de perguntas,
trocando-se a afirmação por uma questão, acelerando-se o andamento
discursivo e intensificando-se o sentido.
D) desmistifica o caráter persuasivo da argumentação, a ponto de
elucidar de forma objetiva e clara o verdadeiro e único propósito de tal
tipo textual: apresentar uma tese e demonstrar sua veracidade.

Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para identificar a alternativa correta quanto à estratégia da construção


textual.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Essa questão envolve interpretação. Por esse motivo, é possível que os


julgamentos que vou apresentar abaixo sejam diferentes dos julgamentos
feitos por vocês ao analisar cada uma das alternativas.

Nesses casos não se trata de certo ou errado, apenas ter consciência de


que é possível ter julgamentos diferentes sobre as afirmações e mesmo
assim chegarmos a uma mesma conclusão.

A alternativa “A” afirma que o autor se utiliza de perguntas com o


propósito de obter informações desconhecidas. Julguei essa alternativa
como falsa pois entendi que o autor, se utiliza das perguntas com o
objetivo de fazer os leitores refletirem acerca do assunto.

A alternativa “B” afirma que o uso de interrogações preconiza a


importância do debate acerca da ética e que a forma como o texto foi
exposto foi suficientemente esclarecedor, apesar de sucinto. Julguei esse
item como falso, pois entendo que o uso de interrogações não fez com
que a abordagem do tema fosse esclarecedora.

A alternativa “C” afirma que ao se trocar a afirmação por uma


interrogação, o andamento discursivo é acelerado e o seu sentido é
intensificado. Julguei essa alternativa como correta pois o fato de as
perguntas causarem reflexão, fazem com que os leitores se coloquem em
posição ativa, de forma que ao mesmo tempo em que verificam os
próprios conceitos, possam acompanhar de forma mais eficaz a linha de
raciocínio exposta pelo autor.

A alternativa “D” afirma que o uso dessa estratégia possui um verdadeiro


e único propósito: o de apresentar uma tese e demonstrar sua
veracidade. Concordo com o fato de que essa estratégia pode ser usada
para apresentar uma tese, mas julguei essa alternativa falsa pois ela
afirma que esse é o único propósito dela. Além disso, também acho
incorreto quando o enunciado afirma que o propósito dessa estratégia é o
de demonstrar a veracidade do assunto, no meu entendimento, o autor
não utiliza as perguntas para demonstrar a veracidade, mas como forma
de expor o seu ponto de vista e sugestionar o leitor a refletir sobre o
assunto.

Gabarito: “C”

Em 31/03/2018, uma Sociedade Empresária contratou um seguro para


veículos utilizados em atividades administrativas pelo valor total de R$
12.000,00 para vigência de 12 meses a partir da mesma data. O contrato
determinava que 25% do prêmio deveria ser pago à vista e o restante em
três parcelas iguais, mensais e consecutivas. Conforme o contrato, a
Sociedade Empresária pagou os 25% do prêmio na mesma data de
contração.

Considerando-se apenas as informações apresentadas, assinale, entre as


opções a seguir, o lançamento contábil a ser feito pela Sociedade
Empresária que reflete o registro dos fatos ocorridos em 31/03/2018.
Resolução em texto elaborada pela  Profª Yasmin:

1º) O que a questão pede?

Que selecionemos o lançamento contábil dos fatos ocorridos em


31/03/2018, que se trata da contratação de um seguro para os veículos da
empresa.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Essa é uma questão bem fácil, mas que a grande “chave”, que a banca
quer saber, é se você respeita o “regime de competência”.

Quando contratamos um seguro, com vigência para 12 meses, não


podemos lançar todo o valor no “resultado” da empresa como
“despesa”... isso feriria gravemente o “regime de competência”.

Então, como contabilizaremos?

Bom, temos que lançar numa conta do ativo circulante, por se tratar de
um “direito” que a empresa tem de utilizar o seguro por um período de 12
meses, e conforme for passando os meses, a empresa deverá “apropriar”
o valor correspondente ao mês no resultado. Ou seja, aí sim é que se
transformará em “despesa”, conforme for passando os meses e a
empresa for “apropriando”.

Com isso, no momento da aquisição, o lançamento do “débito” contábil


será:
D – Prêmio de Seguros a Apropriar – AC ... R$ 12.000,00 

Já de cara, conseguimos eliminar as alternativas das letras "a" e "d". 


Pelo fato do seguro ter sido pago 25% à vista e o restante a prazo, o
“crédito” contábil será: 
C – Caixa – Ativo Circulante ... R$ 3.000,00
C – Seguros a Pagar – Passivo Circulante ... R$ 9.000,00

Sendo assim, alternativa da letra “C”.

Dica: estude o Plano de Contas que vem no Anexo III do edital.

Gabarito: “C”

Observe a seguir as representações gráficas da situação patrimonial das


empresas Alfa e Beta em dois momentos subsequentes.

Considerando as modificações nos elementos básicos dos balanços


patrimoniais representados anteriormente, marque V para as afirmativas
verdadeiras e F para as falsas.

( ) No momento 2 a empresa Alfa reverteu um passivo contingente que


estava anteriormente reconhecido no momento 1.
( ) No momento 2 a empresa Beta realizou uma operação de
financiamento para aquisição de novos ativos.
( ) Ao contrário da empresa Alfa, a empresa Beta reduziu
significativamente seu endividamento em relação ao Patrimônio Líquido.

A sequência está correta em


A) V, V, F.
B) V, F, V.
C) F, V, F.
D) F, F, V.

Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago:

1º) O que a questão pede?


Para identificar as afirmativas apresentadas como Verdadeiras ou Falsas
e então identificar a alternativa que apresente a sequência correta.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?


Essa é uma questão aborda alguns conceitos básicos de contabilidade e
devemos utilizar o raciocínio lógico para interpretar as variações
patrimoniais.

Sabemos que toda origem de capital que entra na empresa é registrada


no lado do passivo, sendo que o Passivo Circulante e Não Circulante
representa o Capital de Terceiros dentro da empresa e o Patrimônio
Líquido representa o Capital Próprio.

A destinação desse capital é registrada no lado do Ativo da empresa.

A primeira afirmativa, diz que no momento 1, a empresa Alfa tinha um


passivo contingente reconhecido e que esse passivo foi revertido, ou
seja, essa obrigação deixou de existir. Porém, o gráfico mostra que o
Passivo no momento 2, ficou maior que no momento 1 e por isso essa
afirmação é FALSA.

A segunda alternativa, diz que no momento 2 a empresa Beta realizou


uma operação de financiamento para aquisição de novos ativos. Nesse
caso, o passivo da empresa deveria aumentar, mas o gráfico mostra o
contrário e por isso, essa afirmação também é FALSA.
A terceira afirmativa, compara o momento 2 com relação ao momento 1
de cada uma das empresas separadamente e conclui que a empresa Beta
reduziu seu endividamento, podemos verificar que o passivo da empresa
Beta no momento 2 está bem menor, e o passivo da empresa Alfa no
momento 2 aumentou. Com isso, podemos concluir que essa afirmativa é
VERDADEIRA.

Com isso, chegamos na sequência F, F, V, que nos leva para a alternativa


“D”

Gabarito: “D”

Em 06/11/2017, uma Sociedade Empresária vendeu mercadorias para


revenda com as seguintes condições de pagamento:
 60% do valor da venda foi recebido à vista, em dinheiro.
 o restante do valor da venda foi a prazo, com parcelamento em três
prestações mensais, iguais e consecutivas de R$ 300,00 com a primeira
prestação devendo ser quitada um mês após a venda.

Informações adicionais:
 a Sociedade Empresária exigiu o pagamento de 1,2% ao mês de
taxa de juros compostos na fatia que representa a venda parcelada.
 o Custo das Mercadorias Vendidas na transação de venda foi R$
878,82.

Com base nas informações apresentadas e desconsiderando-se a


incidência de impostos, assinale os lançamentos contábeis que refletem
corretamente o registro da venda realizada pela Sociedade Empresária em
06/11/2017. Admita que os lançamentos contábeis foram efetuados com
valores aproximados e que a Sociedade Empresária adota o mês
comercial de 30 dias em suas vendas parceladas.
Resolução em texto elaborada pela  Profª Yasmin:

1º) O que a questão pede?

Que selecionemos os lançamentos contábeis que refletem corretamente o


registro da venda realizada em 06/11/2017.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Essa é outra questão em que novamente será necessário respeitar o


“regime de competência”.
Quando a empresa realizou a venda de mercadorias, temos 2
acontecimentos:
1) A venda (receita) e a forma de recebimento dessa venda (à vista e a
prazo); e
2) A saída da mercadoria dos estoques (que é o reconhecimento do
custo).

Então, como contabilizaremos? Vamos ver por etapas:

1) A venda (receita) e a forma de recebimento dessa venda (à vista e a


prazo)

Bom, no enunciado diz que:


 60% do valor da venda foi recebido à vista, em dinheiro.
 o restante do valor da venda foi a prazo, com parcelamento em três
prestações mensais, iguais e consecutivas de R$ 300,00 com a primeira
prestação devendo ser quitada um mês após a venda.
 a Sociedade Empresária exigiu o pagamento de 1,2% ao mês de
taxa de juros compostos na fatia que representa a venda parcelada.

Ou seja, não nos deu o valor total da receita, precisando ser calculado e
achados os 100% do total da receita.

Teoricamente, seria fácil encontrar os 40% somando as três parcelas de


R$ 300,00 (que daria 900,00 ao todo parcelado) e depois calcular e
acrescentar os 60% pago à vista, entretanto, a empresa está cobrando
1,2% ao mês de taxa de juros compostos na fatia que representa a venda
parcelada, ou seja, dentro dos R$ 900,00. Logo, temos juros embutidos
nessa parte da receita e que teremos que calcular e separar para o
lançamento contábil.

Os juros são compostos, e na HP12C, temos que trazer os 900,00 (que


são 3 parcelas de R$ 300,00) ao valor presente, assim:
   300,00 | CHS | PMT
   3 | n
   1,2 | i
   PV = 878,82

Portanto, se o valor presente da receita “sem” os juros é R$ 878,82, os


juros embutidos são:
Juros = R$ 900,00 – 878,82 = R$ 21,18

Ok, agora vamos calcular os 60% que foram pagos à vista:


Se 878,82 é 40%, logo, 60% é R$ 1.318,23 (calculado assim: R$ 878,82 x
60, depois dividido por 40 = 1.318,23, ou seja, regra de três básica)

Agora sim, nesse momento, temos a informação de que a Receita total é


de:
Receita = R$ 878,82 + 1.318,23 = R$ 2.197,05

Com isso, nesta primeira etapa, o lançamento contábil será:


D - Caixa – Ativo Circulante                                   R$ 1.318,23
D – Duplicatas a Receber – Ativo Circulante           R$ 900,00
C – Juros a Apropriar – Ativo Circulante                 R$ 21,18
C – Receitas de Vendas  - Resultado                       R$ 2.197,05

Lembrando que a conta de "Juros a Apropriar" é uma conta “redutora”


dentro do grupo Contas a Receber no Ativo Circulante, e esses juros
seráo devidamente apropriados no resultado conforme o regime de
competência.

Vamos agora para a segunda etapa:

2) A saída da mercadoria dos estoques (que é o reconhecimento do


custo)

Temos a seguinte informação no enunciado:


 o Custo das Mercadorias Vendidas na transação de venda foi R$
878,82.

O lançamento contábil desta etapa será:


D – Custo das Mercadorias Vendidas – Resultado    R$ 878,82
C – Mercadorias para Recenda – Ativo Circulante   R$ 878,82

Ufaaa, finalmente terminamos, hehehe...  \o/

Juntando todos os lançamentos que fizemos, no momento da venda,


temos:

D - Caixa – Ativo Circulante                                   R$ 1.318,23


D – Duplicatas a Receber – Ativo Circulante           R$ 900,00
C – Juros a Apropriar – Ativo Circulante                 R$ 21,18
C – Receitas de Vendas  - Resultado                       R$ 2.197,05
D – Custo das Mercadorias Vendidas – Resultado    R$ 878,82
C – Mercadorias para Recenda – Ativo Circulante   R$ 878,82

Identificamos que alternativa da letra “A” é a que corresponde com os


registros contábeis corretos.

Gabarito: “A”

 A Companhia B, em 29/12/2017, vendeu mercadorias para a


Companhia A ao valor de R$ 200.000,00. Essa transação gerou um lucro
de R$ 80.000,00 para a Companhia B.
 A Companhia A, na apuração do Balanço Patrimonial do exercício
social de 2017, constatou que permaneciam em seus Estoques todas
aquelas mercadorias que foram adquiridas da Companhia B no dia
29/12/2017.
 A única mutação no Patrimônio Líquido da Companhia B, no
exercício social de 2017, foi o valor do Lucro Líquido de R$ 120.000,00.
 A Companhia A tem influência significativa sobre a Companhia B,
mesmo sem controlá-la. O percentual de participação da Companhia A na
Companhia B é de 40%.

Com base nas informações apresentadas e desconsiderando-se os


aspectos tributários, assinale o Resultado da Equivalência Patrimonial
relativo à participação da Companhia A na Companhia B.

A) R$ 16.000,00.
B) R$ 32.000,00.
C) R$ 40.000,00.
D) R$ 80.000,00.

Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para identificar o Resultado da Equivalência Patrimonial relativo à


participação da Companhia A na Companhia B.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Essa questão aborda aspectos contidos na NBC TG 18 – Investimento em


Coligada, em Controlada e em Empreendimento Controlado em Conjunto.

Vamos começar estudando alguns conceitos apresentados na NBC TG


18:

“Influência significativa é o poder de participar das decisões sobre


políticas financeiras e operacionais de uma investida, mas sem que haja
o controle individual ou conjunto dessas políticas.”

“Método da Equivalência Patrimonial é o método de contabilização por


meio do qual o investimento é inicialmente reconhecido pelo custo e, a
partir daí, é ajustado para refletir a alteração pós-aquisição na
participação do investidor sobre os ativos líquidos da investida. As
receitas ou as despesas do investidor incluem sua participação nos
lucros ou prejuízos da investida, e os outros resultados abrangentes
incluem a sua participação em outros resultados abrangentes da
investida.”

Essa norma também utiliza termos como transações ascendentes


(upstream) e transações descendentes (downstream).
As transações ascendentes são, por exemplo, vendas de ativos da
coligada para o investidor. As transações descendentes são, por
exemplo, vendas de ativos do investidor para a coligada.

A questão apresenta uma situação de transação ascendente, onde a


Companhia B faz uma venda para a Companhia A.

Para esta situação, o item 28B da NBC TG 18 define o seguinte:

“Os resultados decorrentes de transações ascendentes (upstream) entre


a controlada e a controladora e de transações entre as controladas do
mesmo grupo econômico devem ser reconhecidos nas demonstrações
contábeis da vendedora, mas não devem ser reconhecidos nas
demonstrações contábeis individuais da controladora enquanto os ativos
transacionados estiverem no balanço de adquirente pertencente ao grupo
econômico.”

Significa que enquanto os ativos adquiridos pela Companhia A ainda


estiverem em seu ativo, o valor do Lucro obtido pela Companhia B
relativo à transação entre as duas companhias, não deve ser reconhecido.
O Lucro será reconhecido à medida que o ativo for vendido para
terceiros, for depreciado, sofrer Impairment ou baixa por qualquer outro
motivo.

Agora podemos apurar o Resultado da Equivalência Patrimonial:

Vamos começar, então, subtraindo o lucro da transação entre as


Companhias A e B do valor do Lucro Líquido da Companhia B:

120.000,00 – 80.000,00 = R$ 40.000,00

Esse é o valor do Lucro Líquido Ajustado da Companhia B. Essa será a


base para reconhecermos, na proporção do investimento o valor que será
reconhecido na Companhia A.

O enunciado informou que a participação da Companhia A  na Companhia


B é de 40%, logo:

40.000,00 x 40% = R$ 16.000,00

Esse é o valor que será reconhecido como Resultado da Equivalência


Patrimonial.

Gabarito: “A”

O departamento contábil da Companhia Alfa apresentou as seguintes


transações com mercadorias ao longo do mês de abril de 2018:

Dia 10: Compra de mercadorias para revenda à vista ao valor de R$


10.000,00. Além desse valor, foi pago R$ 500,00, em dinheiro, referente ao
frete cobrado para que a transportadora entregasse as mercadorias na
Companhia Alfa.
Dia 16: Venda de mercadorias para revenda à vista ao valor de R$
7.000,00.
Dia 23: Devolução de 30% da venda realizada em 16/04. O cliente foi
reembolsado em dinheiro no momento da devolução.
Dia 30: Devolução de 50% da compra realizada em 10/04. A Companhia
Alfa foi reembolsada em dinheiro no momento da devolução.

Nesse mesmo mês:


 o saldo inicial em caixa: R$ 11.000,00;
 as despesas administrativas: R$ 160,00;
 o estoque inicial de mercadorias para revenda: R$ 12.000,00;
 o estoque final de mercadorias para revenda: R$ 14.560,00;

Com base somente nas informações apresentadas e desconsiderando-se


qualquer incidência de tributos, assinale o
lucro líquido registrado em abril 2018.

A) R$ 460,00.
B) R$ 1.800,00.
C) R$ 2.560,00.
D) R$ 2.940,00.

Resolução em texto elaborada pela  Profª Yasmin:

1º) O que a questão pede?

O valor do lucro líquido de abril de 2018, mediante as transações de


compra e venda de mercadorias da empresa.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Para encontrar o lucro líquido, teremos que identificar as transações que


causaram impacto no resultado, ou seja, somar as receitas e deduzir os
custos e despesas. Entretanto, já aviso que não será necessário elaborar
toda a estrutura da DRE (Demonstração do Resultado do Exercício) e sim
resolver essa questão da maneira mais rápida possível. Vamos então por
etapas, ok?!

a) Cálculo da receita:

Dados do enunciado:
 Dia 16: Venda de mercadorias para revenda à vista ao valor de R$
7.000,00.
 Dia 23: Devolução de 30% da venda realizada em 16/04. O cliente foi
reembolsado em dinheiro no momento da devolução.
Se houve a devolução, então a receita será:
Devolução = R$ 7.000,00 x 30% = R$ 2.100,00
Receita = R$ 7.000 – R$ 2.100,00 = R$ 4.900,00

b) Apuração do custo:

Dados do enunciado:
 Dia 10: Compra de mercadorias para revenda à vista ao valor de R$
10.000,00. Além desse valor, foi pago R$ 500,00, em dinheiro, referente ao
frete cobrado para que a transportadora entregasse as mercadorias na
Companhia Alfa.
 Dia 30: Devolução de 50% da compra realizada em 10/04. A
Companhia Alfa foi reembolsada em dinheiro no momento da devolução.
 o estoque inicial de mercadorias para revenda: R$ 12.000,00;
 o estoque final de mercadorias para revenda: R$ 14.560,00;

Com essas informações, vamos calcular o custo “por diferença” por meio
da tradicional fórmula do CMV, sendo CMV = EI + C – EF.

Mas, vamos primeiramente apurar o valor das compras, que na fórmula é


o “C”, onde adicionaremos o frete pago pela empresa (de R$ 500,00) e
efetuaremos o desconto da devolução efetuada no dia 30 de 50%. Ficará
assim:
Compras no dia 10 = 10.000,00
Frete pago = 500,00
Devolução da compra = 10.000,00 x 50% = 5.000,00
Compras líquidas = 10.000,00 + 500,00 - 5.000,00 = 5.500,00

Agora, apuremos o Custo:


CMV = EI + C – EF
CMV = 12.000,00 + 5.500,00 – 14.560,00
CMV = R$ 2.940,00

c) Apuração do Lucro Líquido:

Agora, vamos apurar o resultado somando as receitas, menos os custos e


despesas:
Receita:              R$ 4.900,00
Custo:                 (R$ 2.940,00)
Despesa:             (R$ 160,00)
Lucro Líquido :   R$ 1.800,00

Gabarito: “B”    
Uma academia de ginástica incorreu em gastos internos para o
funcionamento de seu website, criado, somente e basicamente, para
promoção e publicidade dos serviços que ela tem a oferecer. Estes
gastos englobaram:

 Pagamento de profissionais para fazerem toda a atualização de


gráficos e revisão do conteúdo do website à R$ 10.000,00 que saíram do
caixa.

Considerando-se apenas as informações apresentadas e a NBC TG 04


(R4) – ATIVO INTANGÍVEL, assinale o lançamento contábil a ser feito pela
academia de ginástica para registrar o fato ocorrido.

Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago:

1º) O que a questão pede?


Para identificar a alternativa que apresenta o lançamento contábil correto
de acordo com a NBC TG 04 – Ativo Intangível.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?


Essa questão exige o conhecimento de alguns aspectos importantes da
NBC TG 04 – Ativo Intangível. Abaixo vou colocar os pontos mais
essenciais para a resolução dessa questão, mas como sempre
recomendamos aqui, aprofunde o conhecimento neste assunto, pois a
banca pode explorar outros aspectos das normas no futuro.
Feitas as devidas considerações, vamos aos conceitos:

“Ativo intangível é um ativo não monetário identificável sem substância


física.”

A definição de ativo intangível requer que ele seja identificável.

“12. Um ativo satisfaz o critério de identificação, em termos de definição


de um ativo intangível quando:
(a) for separável, ou seja, puder ser separado da entidade e vendido,
transferido, licenciado, alugado ou trocado, individualmente ou junto com
um contrato, ativo ou passivo relacionado, independente da intenção de
uso pela entidade; ou

(b) resultar de direitos contratuais ou outros direitos legais,


independentemente de tais direitos serem transferíveis ou separáveis da
entidade ou de outros direitos e obrigações.”

A norma apresenta vários itens relacionados a definições de ativos


intangíveis e critérios de reconhecimento.

“18. O reconhecimento de um item como ativo intangível exige que a


entidade demonstre que ele atende:
(a) a definição de ativo intangível (ver itens 8 a 17); e
(b) os critérios de reconhecimento (ver itens 21 a 23).
Este requerimento é aplicável a custos incorridos inicialmente para
adquirir ou gerar internamente um ativo intangível e aos custos
incorridos posteriormente para acrescentar algo, substituir parte ou
recoloca-lo em condições de uso.”

21. Um ativo intangível deve ser reconhecido apenas se:


(a) for provável que os benefícios econômicos futuros esperados
atribuíveis ao ativo serão gerados em favor da entidade; e
(b) o custo do ativo possa ser mensurado com confiabilidade.
Um website resultante de desenvolvimento deve ser reconhecido como
ativo intangível se, e apenas se, além de atender os requerimentos gerais
descritos no item 21 para reconhecimento e mensuração inicial, a
entidade satisfizer os requerimentos de classificação do ativo de acordo
com os itens  52 a 67 da norma.

A entidade pode ter capacidade para satisfazer o requisito de demonstrar


de que forma o seu website irá gerar prováveis benefícios econômicos
futuros quando, por exemplo, o website tem capacidade para gerar
receitas, mas a entidade não pode demonstrar de que forma um website,
desenvolvido somente e basicamente para promoção e publicidade dos
seus serviços, irá gerar prováveis benefícios econômicos futuros e,
assim, todos os gastos com o desenvolvimento de tal website devem ser
reconhecidos como despesa no momento em que forem incorridos.

Gabarito: “D”

Uma companhia tem como objeto social a produção e comercialização de


cana-de-açúcar. Para tanto, consta em seu balanço patrimonial algumas
lavouras de cana-de-açúcar registradas no grupo Ativos Biológicos. Em
seu último exercício social, a companhia divulgou que aplicou, de
maneira consistente, as seguintes políticas contábeis:

I. A cana colhida foi mensurada ao valor justo menos as despesas de


venda no ponto da colheita e reconhecida nos Estoques de Produtos
Agrícolas (Ativo Circulante).
II. Os estoques de adubos, fertilizantes e defensivos agrícolas foram
avaliados pelo custo de aquisição, haja vista que o valor de custo é
menor que o valor realizável líquido.
III. As lavouras de cana-de-açúcar foram mensuradas pelo valor justo,
utilizando a abordagem de preços de mercado dessa commodity,
deduzido das despesas com vendas e custos a incorrer, a partir da pré-
colheita.

Considerando-se apenas as informações apresentadas, é correto afirmar


que essa companhia atendeu ao que dispõe as normas NBC TG 29 (R2) –
ATIVO BIOLÓGICO E PRODUTO AGRÍCOLA e NBC TG 16 (R2) –
ESTOQUES no que consta em:

A) I, II e III.
B) I, apenas.
C) II, apenas.
D) I e III, apenas.

Resolução em texto elaborada pela  Profª Yasmin:

1º) O que a questão pede?

Que assinalemos a alternativa correta mediante julgamento dos itens, que


trazem informações constantes nas normas: NBC TG 29 de Ativo
Biológico e NBC TG 16 de Estoques.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Trata-se de uma questão puramente conceitual, teórica, onde se faz


necessário conhecimento do reconhecimento de ativos biológicos e de
estoques.

Vamos analisar, então, os itens do enunciado, tendo em mente que se


trata de uma empresa que produz e comercializa cana-de-açúcar, ou seja,
tem cana-de-açúcar registrada nos Estoques, e que também tem cana-de-
açúcar registradas no grupo Ativos Biológicos.

Item I: A cana colhida foi mensurada ao valor justo menos as despesas


de venda no ponto da colheita e reconhecida nos Estoques de Produtos
Agrícolas (Ativo Circulante).
Análise: está CORRETO, pois de acordo com item 13 da NBC TG 29, diz o
seguinte:
“O produto agrícola colhido de ativos biológicos da entidade deve ser
mensurado ao valor justo, menos a despesa de venda, no momento da
colheita. O valor assim atribuído representa o custo, no momento da
aplicação da NBC TG 16 – Estoques, ou outra norma aplicável.”

Item II: Os estoques de adubos, fertilizantes e defensivos agrícolas foram


avaliados pelo custo de aquisição, haja vista que o valor de custo é
menor que o valor realizável líquido.
Análise: está CORRETO, pois de acordo com item 09 da NBC TG 16, diz o
seguinte:
“Os estoques objeto desta Norma devem ser mensurados pelo valor de
custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor.”

III. As lavouras de cana-de-açúcar foram mensuradas pelo valor justo,


utilizando a abordagem de preços de mercado dessa commodity,
deduzido das despesas com vendas e custos a incorrer, a partir da pré-
colheita.
Análise: está CORRETO, pois de acordo com item 13 da NBC TG 29, diz o
seguinte:
“O produto agrícola colhido de ativos biológicos da entidade deve ser
mensurado ao valor justo, menos a despesa de venda, no momento da
colheita. O valor assim atribuído representa o custo, no momento da
aplicação da NBC TG 16 – Estoques, ou outra norma aplicável.”

Sendo assim, os itens I, II e III estão corretos.

Gabarito: “A”     

As informações a seguir foram disponibilizadas pelo Departamento


Contábil de uma Sociedade Anônima que atua no setor de comércio.

 Em 2017 foram pagos dividendos no valor de R$ 700.000,00. 


Considerando-se as informações apresentadas e a NBC TG 03 (R3) –
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA, assinale o valor que
representa o Caixa Líquido Gerado pelas Atividades Operacionais dessa
companhia.

A) (R$ 2.400.000,00).
B) (R$ 1.200.000,00).
C) R$ 800.000,00.
D) R$ 2.400.000,00.

Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago:

1º) O que a questão pede?


Para identificar a alternativa que apresenta o Caixa Líquido Gerado pelas
Atividades Operacionais da companhia.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?


Essa questão envolve a Demonstração dos Fluxos de Caixa e vamos
aproveitar para, brevemente, rever alguns conceitos básicos, descritos na
NBC TG 03.

A DFC apresenta os fluxos de caixa classificados em atividades


operacionais, de investimento e de financiamento.

A definição de cada uma dessas atividades, de acordo com a norma é:

“Atividades operacionais são as principais atividades geradoras de


receita da entidade e outras atividades que não são de investimento e
tampouco de financiamento.”

“Atividades de investimento são as referentes à aquisição e à venda de


ativos de longo prazo e de outros investimentos não incluídos nos
equivalentes de caixa.”
“Atividades de financiamento são aquelas que resultam em mudanças no
tamanho e na composição do capital próprio e no capital de terceiros da
entidade.”

Por ser um assunto recorrente nos exames, recomendo a leitura e


aprofundamento do estudo desta norma. Aproveite para verificar o
detalhamento dos tipos de atividade apresentados na norma.

Além disso, a apresentação da DFC pode ser feita utilizando o Método


Direto ou Método Indireto.

Para a resolução dessa questão, não vamos entrar no detalhamento e


explicação de cada um dos métodos, por isso, é importante que busque
informações sobre eles. Muita coisa é explicada na própria NBC.

Essa questão, é resolvida aplicando o método indireto, no qual o lucro


líquido apresentado é ajustado aos efeitos das variações ocorridas no
período nas contas operacionais a receber, a pagar, estoques, itens que
não afetam o caixa, como depreciação por exemplo.

Para elaborar a DFC, utilizaremos a variação destas contas entre os


períodos apresentados e faremos os devidos ajustes.

Os ajustes são feitos da seguinte forma:


 Quando a empresa paga ou deixa de receber o ajuste reduz o caixa.
 Quando a empresa recebe ou deixa de pagar o ajuste aumenta o
caixa.

Sendo assim, teremos o seguinte:


Gabarito: “C”

Os seguintes saldos em Duplicatas a Receber e Perdas Estimadas com


Créditos de Liquidação Duvidosa (PECLD) constavam no Ativo Circulante
do Balanço Patrimonial de uma Sociedade Anônima.

Sabe-se que, após esgotadas diversas tentativas de cobrança sem


sucesso, inclusive utilizando-se de meios judiciais, o departamento
jurídico informou ao departamento contábil que havia evidências
significativas e objetivas de que o Cliente B não pagaria a dívida de R$
30.000,00. Considerando-se somente as informações apresentadas, e que
os relatórios contábil-financeiros devem representar fidedignamente a
realidade econômica da entidade, assinale o valor da perda incorrida com
o Cliente B que a Sociedade Anônima deveria reconhecer no resultado do
exercício.
A) R$ 1.500,00.
B) R$ 1.700,00.
C) R$ 28.500,00.
D) R$ 30.000,00.

Resolução em texto elaborada pela  Profª Yasmin:

1º) O que a questão pede?

O valor da perda com o “Cliente B” que a empresa deve reconhecer no


resultado do exercício.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Essa é uma questão muiiiiito simples de PECLD (nossa antiga PDD), onde
o nosso foco tem que estar apenas sobre o “Cliente B”.

Do “Cliente B”, o valor a receber era de R$ 30.000,00 e já existia uma


perda estimada registrada no valor de R$ 1.500,00, mas agora, o
departamento jurídico informou ao departamento contábil que esse
cliente não vai pagar nadinha de nada. Então, basta baixar o restante
como perda, ou seja:

Valor a Receber = R$ 30.000,00


PECLD = R$ 1.500,00
Perda restante = R$ 30.000,00 – R$ 1.500,00 = R$ 28.500,00

Simplificando, são esses R$ 28.500,00 que empresa deverá reconhecer de


perda incorrida neste momento.

Gabarito: “C”     
A empresa Exemplo S.A. apresentou, em 31 de dezembro de 2016, o total
do Patrimônio Líquido no valor de R$ 150.000,00. Durante o ano de 2017, a
empresa apresentou as seguintes movimentações no seu Patrimônio
Líquido:

 Integralização de Capital em dinheiro R$ 10.000,00


 Incorporação de Reservas ao Capital R$ 10.000,00
 Lucro Líquido do Período R$ 100.000,00
 Destinação do lucro para reserva legal R$ 5.000,00
 Destinação do lucro para reserva para contingência R$ 15.000,00
 Destinação do lucro para dividendos obrigatórios R$ 20.000,00
 Aquisição de ações da própria companhia R$ 5.000,00

O total do Patrimônio Líquido da empresa Exemplo S.A. em 31 de


dezembro de 2017 foi de:

A) R$ 235.000,00.
B) R$ 245.000,00.
C) R$ 240.000,00.
D) R$ 250.000,00.

Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para identificar a alternativa que apresente o valor total do Patrimônio


Líquido da empresa em 31/12/2017.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Para resolver essa questão era possível elaborar uma DMPL (método
mais lento) ou simplesmente verificar quais das movimentações
apresentadas possuem lançamentos de partida ou contrapartida fora do
Patrimônio Líquido.

O raciocínio utilizado é de que caso os lançamentos tanto a débito quanto


a crédito forem ambos em contas do PL, o saldo final não será afetado,
pois será uma simples transferência.

Das movimentações apresentadas, as que irão afetar o PL são:


Integralização de Capital em dinheiro, pois envolve lançamentos no Ativo
e no PL;
Lucro Líquido do Período, pois envolve lançamentos no Resultado e no
PL;
Destinação do Lucro para dividendos obrigatórios, pois envolve
lançamentos no Passivo e no PL; e
Aquisição de ações da própria companhia, pois envolve lançamentos no
Ativo e no PL.

Sabemos que os lançamentos a Crédito aumentam o PL enquanto que os


lançamentos a Débito diminuem o PL e sabemos, também, que o saldo
anterior do PL era de R$ 150.000,00.

Com isso, basta aumentar ou diminuir esse saldo, de acordo com os


lançamentos das contas que identificamos anteriormente.

Gabarito: “A”

Em determinado período, a empresa Dom Casmurro Comercial


apresentou a seguinte estrutura patrimonial:

Com base nos dados anteriores, os valores de Ativo Circulante, Passivo


Não Circulante e Patrimônio Líquido são, respectivamente:
A) R$ 686.000,00; R$ 100.000,00; e, R$ 262.000,00.
B) R$ 304.000,00; R$ 100.000,00; e, R$ 424.000,00.
C) R$ 304.000,00; R$ 100.000,00; e, R$ 262.000,00.
D) R$ 686.000,00; R$ 124.000,00; e, R$ 262.000,00.

Resolução em texto elaborada pela  Profª Yasmin:

1º) O que a questão pede?

O valor do AC, PNC e PL mediante os saldos contábeis apresentados.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Essa é uma questão muiiiiito fácil, onde basta ter os conhecimentos


básicos de classificação das contas contábeis.

Para resolver, basta classificar os saldos das contas contábeis quanto ao


grupo pertencente e apurar os valores de cada grupo conforme abaixo.

Contas do Ativo Circulante (AC):


   Caixa – R$ 50.000,00
   Banco – R$ 99.500,00
   Duplicatas a receber – R$ 84.500,00
   Estoques – R$ 70.000,00
   Total AC = R$ 304.000,00

Contas do Ativo Não Circulante (ANC):


   Terrenos – R$ 230.000,00
   Móveis e utensílios – R$ 19.000,00
   Veículo – R$ 45.000,00
   Edificações – R$ 88.000,00
   Total ANC = R$ 382.000,00

Contas do Passivo Circulante (PC):


   Fornecedores – R$ 300.000,00
   Salários a pagar – R$ 24.000,00
   Total PC = R$ 324.000,00

Contas do Passivo Não Circulante (PNC):


   Empréstimos a pagar (Longo Prazo) – R$ 100.000,00
   Total PNC = R$ 100.000,00

Contas do Patrimônio Líquido (PL):


   Capital Social – R$ 262.000,00
   Total PL = R$ 262.000,00

Tendo em vista que a questão pede apenas valor do AC, PNC e PL, será:

AC = R$ 304.000,00
PNC = R$ 100.000,00
PL = R$ 262.000,00

Sendo assim, alternativa da letra “C”.

Dica: estude o Plano de Contas que vem no Anexo III do edital.

Gabarito: “C”

Os atos praticados pelos administradores ou donos da empresa, que


afetam o Patrimônio empresarial, são denominados Fatos Administrativos
ou Contábeis. Tais fatos geram transações que necessitam ser
registradas por meio de lançamentos contábeis. Em determinado período,
a empresa Madame Bovary apresentou alguns fatos contábeis:

Com base nos dados anteriores, os valores de Ativo, Passivo e


Patrimônio Líquido são, respectivamente:

A) R$ 3.200,00; R$ 400,00; e, R$ 2.800,00.


B) R$ 3.200,00; R$ 2.800,00; e, R$ 400,00.
C) R$ 3.200,00; R$ 400,00; e, R$ 1.000,00.
D) R$ 2.800,00; R$ 3.200,00; e, R$ 1.000,00.

Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para identificar a alternativa que apresente os valores do Ativo, Passivo e


Patrimônio Líquido da empresa.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Para resolver essa questão, basta realizar os lançamentos contábeis de


cada um dos fatos para montar o Balanço Patrimonial.

--> Entrada de Capital Inicial em dinheiro – R$ 1.800,00


D – Caixa (Ativo)
C – Capital Social (PL)
--> Depósito bancário – R$ 800,00
D – Banco c/ Movimento (Ativo)
C – Caixa (Ativo)

--> Compra de estoques para revenda, a prazo – R$ 600,00


D – Estoques (Ativo)
C – Fornecedores (Passivo)

--> Pagamento de fornecedores com transferência bancária – R$ 200,00


D – Fornecedores (Passivo)
C – Banco c/ Movimento (Ativo)

--> Aumento de capital com terreno – R$ 1.000,00


D – Imobilizado (Ativo)
C – Capital Social (PL)

Para facilitar a visualização de todos esses lançamentos, montei os


razonetes com toda a movimentação e dispus no formato do balanço
patrimonial com todos os saldos:
Portanto, temos que o saldo do Ativo é R$ 3.200,00, Passivo R$ 400,00 e
PL R$ 2.800,00.

Gabarito: “A”

CRC 01/2018 – Questão nº13 da Prova Branca (nº14 da Prova Verde, nº18
da Prova Amarela e nº11 da Prova Azul) – Teoria da Contabilidade
De acordo com a Estrutura Conceitual Básica da contabilidade brasileira,
um ativo pode ser considerado como circulante em determinadas
ocasiões. Das situações a seguir, qual NÃO condiz com a classificação de
ativo circulante?

A) Quando o ativo está mantido essencialmente com o propósito de ser


negociado.
B) Quando espera-se que o ativo seja realizado, ou pretende-se que seja
vendido ou consumido no decurso normal do ciclo operacional da
entidade.
C) Quando o ativo é caixa ou equivalente de caixa, a menos que sua troca
ou uso para liquidação de passivo se encontre vedada durante pelo
menos doze meses após a data do balanço.
D) Quando o ativo representar direitos que tenham por objeto bens
corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da
empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de
operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle
desses bens.

Resolução em texto elaborada pela  Profª Yasmin:

1º) O que a questão pede?

Que assinalemos a alternativa do que NÃO condiz com a classificação de


ativo circulante, de acordo com a Estrutura Conceitual Básica da
contabilidade brasileira.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Trata-se de uma questão de teoria básica da contabilidade, onde temos


que identificar o que não é ativo circulante.

A NBC TG 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis, em seu item


66, nos traz os conceitos de como deve ser classificado um Ativo
Circulante. Vejamos:
“O ativo deve ser classificado como circulante quando satisfizer qualquer
dos seguintes critérios:
(a) espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou
consumido no decurso normal do ciclo operacional da entidade;
(b) está mantido essencialmente com o propósito de ser negociado;
(c) espera-se que seja realizado até doze meses após a data do balanço;
ou
(d) é caixa ou equivalente de caixa (conforme definido na NBC TG 03), a
menos que sua troca ou uso para liquidação de passivo se encontre
vedada durante pelo menos doze meses após a data do balanço.
Todos os demais ativos devem ser classificados como não circulante.”

Então, comparando com as alternativas, vemos que o que não condiz


com o ativo circulante é o que diz na letra “D”:
D) Quando o ativo representar direitos que tenham por objeto bens
corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da
empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de
operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle
desses bens.

Se analisarmos bem, vemos claramente que a letra “D” nos traz o


conceito de bens do “ativo imobilizado”, que são classificados dentro do
ativo não circulante.

Gabarito: “D”

Uma prestadora de serviços de consultoria obteve no exercício de 2016


um prejuízo fiscal acumulado no seu LALUR no valor de R$ 250.000. No
exercício de 2017, a empresa apresentou na Demonstração de Resultado
um lucro de R$ 450.000, assim distribuídos:
Considerando as informações anteriores, qual seria o valor do imposto de
renda anual a pagar?

A) R$ 90.000,00.
B) R$ 126.000,00.
C) R$ 127.500,00.
D) R$ 169.750,00.

Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para identificar a alternativa que apresente o valor do IRPJ anual a pagar.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Essa questão envolve muitos detalhes que precisam ser observados. O


primeiro deles é saber que a apuração do imposto de renda possui
tratativas diferentes para empresas que fazem apuração mensal,
trimestral e anual.

O enunciado do exercício menciona que a apuração do imposto é anual, e


por isso, vamos fazer toda a fundamentação buscando detalhar apenas
esta forma de tributação.

Recomendo que aprofundem os estudos buscando informações sobre as


regras de tributação para empresas que fazem apuração mensal e
trimestral.

Vamos começar entendendo como funciona a apuração Imposto de


Renda.
A Instrução Normativa SRF Nº 11 de 1996 dispõe sobre a apuração do
imposto de renda sobre o lucro das pessoas jurídicas.

A seção V é que trata da Tributação com base no Lucro Real.

“Art. 18. O imposto será calculado mediante a aplicação da alíquota de


15% (quinze por cento) sobre o lucro real, sem prejuízo da incidência do
adicional previsto no art. 37.
§ 1º A determinação do lucro real será precedida da apuração do lucro
líquido com observância das leis comerciais.
§ 2º Considera-se lucro real o lucro líquido do período-base, ajustado
pelas adições prescitas e pelas exclusões ou compensações autorizadas
pela legislação do imposto de renda.”

“Art. 37. A parcela do lucro real, presumido ou arbitrado, apurado


anualmente, que exceder a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais),
sujeita-se à incidência de adicional de imposto de renda à alíquota de dez
por cento.
§ 1º O limite previsto neste artigo será igual a R$ 20.000,00 (vinte mil
reais) multiplicado pelo número de meses do período de apuração,
quando este for inferior a doze meses.”

Então já sabemos que sobre o Lucro Líquido, devemos calcular o IRPJ à


alíquota de 15% e observar que se o lucro ultrapassar R$ 240.000,00,
sobre o valor excedente deve incidir mais 10%.

Outros detalhes importantes que devemos ficar atentos é no que diz


respeito à compensação de Prejuízos Fiscais e nas Adições e Exclusões
ao Lucro Líquido.

“Art. 35. Para fins de determinação do lucro real, o lucro líquido, depois
de ajustado pelas adições e exclusões previstas ou autorizadas pela
legislação do imposto de renda, poderá ser reduzido pela compensação
de prejuízos fiscais em até, no máximo, trinta por cento.
§ 1º Os prejuízos fiscais são compensáveis na forma deste artigo,
independentemente do prazo previsto na legislação vigente à época de
sua apuração.”
A Instrução Normativa RFB Nº 1700 de 2017 dispõe sobre a determinação
e o pagamento do imposto sobre a renda e disciplina o tratamento
tributário de dos itens que podem ser adicionados ou excluídos no Lucro
Líquido.

Tudo começa na DRE, onde será apurado o Lucro Líquido do Exercício.

A partir desse ponto, deverão ser feitos os ajustes de adições e exclusões


ao lucro líquido. Isso irá gerar o valor do Lucro Líquido Ajustado.

Depois disso, caso haja prejuízos fiscais de períodos anteriores, estes


poderão ser compensados no montante equivalente a 30% do Lucro
Líquido Ajustado. E isso irá gerar a base de cálculo para o imposto de
renda.

Somente após feitos todos esses passos, é que iremos aplicar as


alíquotas de 15% e verificar se também haverá a incidência dos 10% de IR
adicionais.

Agora vamos aplicar tudo isso no exercício. \o/

Começamos com um Lucro Líquido do Exercício de R$ 450.000,00 que o


enunciado já nos forneceu.

Observamos a tabela apresentada para verificar se há itens que devemos


fazer as adições ou exclusões ao Lucro Líquido e de acordo com a
legislação o ajuste contábil por aumento ou redução no valor de
patrimônio líquido do investimento, não será computado na determinação
do lucro real, ou seja, se o resultado da equivalência for negativo
(Despesa), não será aceito como dedutível do Imposto de Renda, devendo
ser adicionado na Parte A do LALUR, e se, ao contrário, o resultado da
equivalência for positivo (Receita), não será considerado como receita
tributável, devendo em relação a este valor excluir na Parte A do LALUR
para efeito de base de cálculo do Imposto de Renda.
A legislação também determina que as perdas no recebimento de créditos
decorrentes das atividades da pessoa jurídica poderão ser deduzidas
como despesas, para determinação do lucro real e do resultado ajustado.

Seguindo essas normativas, o lucro líquido apresentado pelo enunciado


ficará da seguinte forma:

Lucro Líquido R$ 450.000,00


(+) PECLD R$ 900.000,00
(-) Result. Equivalência Patr. (R$ 500.000,00)
(=) Lucro Líquido Ajustado R$ 850.000,00

Agora que temos o valor do Lucro Real, vamos aplicar os 30% sobre este
valor para saber quanto podemos compensar do Prejuízo Fiscal
Acumulado

R$ 850.000,00 * 30% = R$ 255.000,00

Esse é o valor máximo que pode ser compensado de prejuízos fiscais.


Como o enunciado nos informa que o valor dos prejuízos somam R$
250.000,00, significa que poderemos compensar todo o valor, e então
teremos o seguinte:

R$ 850.000,00 – R$ 250.000,00 = R$ 600.000,00

Esse será o valor que utilizaremos como base de cálculo para o IRPJ.
Como o valor total ultrapassa os R$ 240.000,00 anuais, sabemos que além
dos 15%, deveremos aplicar o adicional de 10% sobre o valor excedente.
Então teremos:

Cálculo dos 15%:


R$ 600.000,00 * 15% = R$ 90.000,00

Cálculo do Adicional de 10%:


R$ 600.000,00 – R$ 240.000,00 = R$ 360.000,00
R$ 360.000,00 * 10% = R$ 36.000,00

IRPJ a pagar:
R$ 90.000,00 + R$ 36.000,00 = R$ 126.000,00

Esse é o valor do IRPJ anual a pagar pela empresa.

Gabarito: “B”

A Companhia Alfa realizou a venda de produtos para sua controladora por


R$ 600.000,00, gerando um custo de venda de R$ 530.000,00. No final do
exercício, remanescia no estoque da controladora 50% das mercadorias
adquiridas da controlada. O valor do ajuste referente ao lucro não
realizado, para fins de cálculo da equivalência patrimonial, é de:

A) R$ 17.500,00.
B) R$ 32.500,00.
C) R$ 35.000,00.
D) R$ 265.000,00.

Resolução em texto elaborada pela  Profª Yasmin:

1º) O que a questão pede?

O valor do ajuste referente ao lucro não realizado, para fins de cálculo da


equivalência patrimonial.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Bom, temos que ter em mente que, para fins de cálculo da equivalência
patrimonial, é necessário eliminar o "lucro não realizado" entre as
companhias que ficou embutido nos estoques de produtos.

Se a empresa vendeu para a sua controladora produtos por R$ 600.000,00


que lhe custaram R$ 530.000,00, logo, o lucro que ela teve foi de R$
70.000,00, ou seja:

Receita         R$ 600.000,00


Custo            (R$ 530.000,00)
Lucro =         R$ 70.000,00
Isso significa que, quando a controladora comprou os produtos e deu
entrada em seus estoques por R$ 600.000,00, teve um inchaço de “R$
70.000,00” de lucro aí nessa operação.

Se, posteriormente, 50% desses produtos foram vendidos, significa que


50% desse lucro “entre as empresas” foi repassado para terceiros.

Mas, se ainda resta 50% desses produtos presos nos estoques, significa
que ainda há um “lucro não realizado” embutido lá e que será necessário
ajustar para fins de cálculo da equivalência patrimonial.

Com isso, o “lucro não realizado” que está embutido nos estoques da
controladora será:
R$ 70.000,00 x 50% = R$ 35.000,00

Gabarito: “C”

A empresa Exemplo Ltda. obtém um empréstimo bancário em uma


instituição financeira, no valor de R$ 120.000,00, a ser pago em 120
parcelas de R$ 1.000,00. O primeiro pagamento será efetuado no prazo de
30 dias, e os demais seguirão nos meses seguintes. A empresa efetua o
registro contábil da operação de empréstimo na data da operação.

Qual o efeito do registro contábil na data da operação?

A) Diminui o Ativo.
B) Mantém inalterado o Ativo.
C) Altera o resultado do Exercício.
D) Mantém inalterado o Patrimônio Líquido da empresa.

Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para identificar a alternativa que apresente o efeito da operação de


empréstimo no Balanço Patrimonial da empresa.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Na data do empréstimo, o lançamento contábil é o seguinte:


D – Banco c/ Movimento (Ativo)
C – Empréstimo Bancário (Passivo)

O valor a débito no Ativo, aumenta o saldo e, da mesma forma, o


lançamento a crédito no passivo gera um aumento das obrigações.

A alternativa “A” diz que o Ativo diminui. Como acabamos de analisar, o


lançamento a débito no ativo, faz com que ele aumente e, portanto, é
FALSA.
A alternativa “B” diz que o Ativo fica inalterado e já sabemos que é
FALSA, pois o ativo aumenta.

A alternativa “C” diz que altera o resultado do exercício. Como vimos, na


data da operação, os lançamentos são feitos apenas em contas
patrimoniais e, por isso, não há como alterar o Resultado do Exercício.
Portanto essa alternativa, também, é FALSA.

A alternativa “D” diz que o Patrimônio Líquido da empresa se mantém


inalterado. Essa afirmação é VERDADEIRA, pois os lançamentos
envolvem apenas contas de Ativo e Passivo.

Gabarito: “D”

A empresa Exemplo Ltda. adquiriu para revenda mercadorias no valor de


R$ 10.000,00 em maio de 2017. Os impostos recuperáveis sobre a compra
perfazem o total de R$ 1.200,00. Todas as mercadorias foram vendidas no
mesmo período, ou seja, em maio de 2017, pelo valor de R$ 22.000,00. Os
impostos sobre as vendas de maio foram de R$ 2.600,00. As comissões e
fretes sobre as vendas de maio de 2017 foram no valor de R$ 1.000,00. Ao
elaborar a Demonstração do Resultado do Período, o Lucro Bruto
apresentado é de:

A) R$ 8.400,00.
B) R$ 9.600,00.
C) R$ 10.600,00.
D) R$ 12.000,00.

Resolução em texto elaborada pela  Profª Yasmin:

1º) O que a questão pede?

O valor do Lucro Bruto, de acordo com a Demonstração do Resultado do


Período.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Para apuramos o valor do Lucro Bruto, temos que ter em mente a


estrutura da Demonstração do Resultado (DRE), o que é umas das
necessidades básicas da Contabilidade Geral.

De acordo com a estrutura da DRE (conforme a NBC TG 26), para


chegarmos no Lucro Bruto precisamos:
a) da Receita Bruta de Vendas
b) das Deduções da Receita: tributos sobre a venda, abatimentos e
devoluções.
c) do custo da mercadoria
Tendo isso em mente, vamos apurar o lucro bruto, com as informações
da questão:

a) Receita Bruta de Vendas = R$ 22.000,00


b) Impostos sobre a venda = R$ 2.600,00
c) Custo da Mercadoria = R$ 8.800,00 (valor da compra de 10.000,00
“menos” os impostos recuperáveis de 1.200,00)

Assim, nosso Lucro Bruto será:


Receita Bruta de Vendas   R$ 22.000,00
Impostos sobre a venda     (R$ 2.600,00)
Custo da Mercadoria         (R$ 8.800,00)
Lucro Bruto                     10.600,00

Gabarito: “C”

Uma empresa agroindustrial que tem o real como moeda funcional


importou uma colheitadeira no valor de US$ 10.000,00 (dez mil dólares).
Por ocasião do desembaraço aduaneiro, efetuado no dia 30 de abril,
foram pagos tributos não recuperáveis no montante de R$ 2.000,00 (dois
mil reais). A colheitadeira foi usada ao longo do mês de maio. O
pagamento foi acordado para ser efetuado em 30 de junho, ao final da
colheita da safra.

As cotações hipotéticas do dólar no período são:

Tendo em vista as informações apresentadas anteriormente bem como o


disposto nas Normas Brasileiras de Contabilidade sobre conversão de
demonstrações contábeis e ativo imobilizado, é correto afirmar que
deverá ser registrado o valor desta colheitadeira em 30 de abril:

A) R$ 33.000,00 (trinta e três mil reais).


B) R$ 35.000,00 (trinta e cinco mil reais).
C) R$ 36.000,00 (trinta e seis mil reais).
D) R$ 40.000,00 (quarenta mil reais).
Resolução em texto elaborada pela  Profª Yasmin:

1º) O que a questão pede?

O valor do registro do ativo imobilizado em 30 de abril, tendo em vista a


conversão da moeda.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Para apuramos o valor da colheitadeira, teremos que converter a moeda,


de dólar para real, no dia 30/04.

Em 30/04, o dólar estava valendo R$ 3,30, então:


US$ 10.000,00 x 3,30 = R$ 33.000,00

Entretanto, a empresa ainda teve que pagar mais R$ 2.000,00 de tributos


não recuperáveis e que farão parte do custo de aquisição desse ativo
imobilizado.

Sendo assim, o valor dessa colheitadeira em 30 de abril será:


R$ 33.000,00 + R$ 2.000,00 = R$ 35.000,00

Gabarito: “B”

A definição de moeda funcional é detalhada no Pronunciamento Técnico


CPC (02). A entidade deve considerar os seguintes fatores na
determinação de sua moeda funcional, EXCETO:

A) O ambiente econômico principal no qual a entidade opera.


B) Se é a que mais influencia os custos para o fornecimento de produtos
ou serviços.
C) Que esta determinação pode ser livremente alterada pela
Administração da Sociedade.
D) Se é aquela por meio da qual são originados recursos das atividades
de financiamento da Sociedade.

Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para identificar a alternativa que apresente a afirmativa INCORRETA


sobre a definição de moeda funcional, de acordo com o CPC.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Utilizaremos o CPC 02 – Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e


Conversão de Demonstrações Contábeis para a fundamentação dessa
resolução apenas pelo fato do enunciado da questão ter mencionado este
dispositivo. Além disso, vou colocar apenas os trechos que são
essenciais para a resolução desta questão e, como sempre, recomendo
que leiam esses tópicos na íntegra e aprofundem os estudos sobre este
tema.

O CPC apresenta a definição de moeda funcional como sendo “a moeda


do ambiente econômico principal do qual a entidade opera”.

Depois disso, o Pronunciamento faz o detalhamento da definição de


moeda funcional:

“9. O ambiente econômico principal no qual a entidade opera é


normalmente aquele em que principalmente ela gera e despende caixa. A
entidade deve considerar os seguintes fatores na determinação de sua
moeda funcional:
(a) a moeda:
(i) ...
(ii) ...
(b) a moeda que mais influencia fatores como mão de obra, matéria-prima
e outros custos para o fornecimento de bens ou serviços (geralmente é a
moeda na qual tais custos estão expressos e são liquidados).”

“10. Os seguintes fatores também podem servir como evidências para


determinar a moeda funcional da entidade:
(a) a moeda por meio da qual são originados recursos das atividades de
financiamento (exemplo: emissão de títulos de dívida ou ações)
(b) ...”

Além desses dois itens, o CPC apresenta outros fatores que podem ser
considerados na determinação da moeda funcional da entidade, mas
nenhum deles dispõe que essa determinação pode ser alterada livremente
pela Administração da Sociedade.
Portanto, analisando as alternativas apresentadas e relacionado com as
disposições do CPC 02, concluímos que todas as alternativas, exceto a
“C”, devem ser considerados na determinação da moeda funcional.

Gabarito: “C”

De acordo com as normas vigentes no Brasil, a relevância é uma das


características qualitativas obrigatoriamente presentes nas
Demonstrações Contábeis. Dentre os seus requisitos, tem-se que a
relevância auxilia o usuário da informação contábil em todos os itens a
seguir, EXCETO:

A) Auxiliar na previsão de eventos futuros.


B) Fazer a diferença na tomada de decisões.
C) Ajudar na avaliação de eventos passados.
D) Demonstrar que tanto itens materiais quanto imateriais devem ser
considerados.

Resolução em texto elaborada pela  Profª Yasmin:

1º) O que a questão pede?

Que assinalemos a alternativa do que NÃO condiz com os requisitos da


relevância, de acordo com características qualitativas obrigatoriamente
presentes nas Demonstrações Contábeis.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Trata-se de uma questão de teoria básica da contabilidade, onde temos


que identificar as características qualitativas, que estão presentes na
Estrutura Conceitual Básica da contabilidade brasileira.

A Estrutura Conceitual, em capítulo 03, nos traz os conceitos das


características qualitativas. De maneira bem resumida, temos
caraterísticas qualitativas “fundamentais” (que são apenas duas) e as de
“melhoria” (que são quatro). Vejamos:

Características qualitativas fundamentais


- Relevância
- Representação fidedigna

Características qualitativas de melhoria


- Comparabilidade
- Verificabilidade
- Tempestividade
- Compreensibilidade
Com isso, vemos que a “relevância” é uma característica fundamental da
informação contábil-financeira, e na Estrutura Conceitual, extraindo
partes da normas que mais nos interessa, temos a informação que:

 Informação contábil-financeira relevante é aquela capaz de fazer


diferença nas decisões que possam ser tomadas pelos usuários.
 A informação contábil-financeira é capaz de fazer diferença nas
decisões se tiver valor preditivo, valor confirmatório ou ambos.
 A informação contábil-financeira tem valor preditivo se puder ser
utilizada como dado de entrada em processos empregados pelos
usuários para predizer futuros resultados.
 A informação contábil-financeira tem valor confirmatório se retro-
alimentar – servir de feedback – avaliações prévias (confirmá-las ou
alterá-las).
 A informação é material se a sua omissão ou sua divulgação
distorcida (misstating) puder influenciar decisões que os usuários tomam
com base na informação contábil-financeira acerca de entidade específica
que reporta a informação. Em outras palavras, a materialidade é um
aspecto de relevância específico da entidade baseado na natureza ou na
magnitude, ou em ambos, dos itens para os quais a informação está
relacionada no contexto do relatório contábil-financeiro de uma entidade
em particular. Consequentemente, não se pode especificar um limite
quantitativo uniforme para materialidade ou predeterminar o que seria
julgado material para uma situação particular.

Então, comparando com as alternativas, vemos que o que não condiz


com os requisitos da relevância é o que diz na letra “D”:
D) Demonstrar que tanto itens materiais quanto imateriais devem ser
considerados.

Gabarito: “D”

No mês de fevereiro de 2018, foi iniciada a produção de 5.000 unidades de


um determinado produto, na empresa “Bem Aventurança S/A”. Ao final do
mês, 4.000 unidades estavam totalmente concluídas e restaram 1.000
unidades em processo. O percentual de conclusão das unidades em
processo é de 50%. O custo total de produção do período foi de R$
900.000,00.

O Custo de Produção dos Produtos Acabados e o Custo de Produção dos


Produtos em Processo são, respectivamente:

A) R$ 800.000,00 e R$ 100.000,00.
B) R$ 720.000,00 e R$ 180.000,00.
C) R$ 900.000,00 e R$ 0,00.
D) R$ 900.000,00 e R$ 100.000,00.
Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago:

1º) O que a questão pede?


Para identificar a alternativa que apresente o Custo de Produção dos
Produtos Acabados e o Custo de Produtos em Processo.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?


Essa questão envolve o conceito de Equivalência de Produção, ou seja,
transformamos as unidades que estão em produção, por meio do
percentual de conclusão dessas unidades, em equivalentes de unidades
que estão acabadas.

Essa transformação representa quanto uma unidade em produção


recebeu da carga de custos (mão de obra, insumos e custos indiretos)
que seria necessária para iniciá-la e terminá-la completamente e nos
permite saber quanto essa unidade em produção equivale em relação a
uma unidade totalmente acabada.

Na prática, o exercício nos informa que das 5.000 unidades que foram
iniciadas no período, 4.000 estão prontas e 1.000 ainda estão em
processo e estão 50% concluídas.

Isso significa que de todos os custos incorridos para deixar uma unidade
completamente acabada, a empresa já incorreu em 50% desses custos
nessas 1.000 unidades.

Utilizando o conceito de equivalência de produção, podemos afirmar que,


em termos de custos, 1.000 unidades 50% acabadas equivale ao mesmo
que 500 unidades totalmente acabadas e chegamos nessa conclusão pois
aplicamos o percentual de conclusão no número de unidades que estão
em processo, desta forma:

1.000 x 50% = 500 unidades.

O enunciado nos informa que o custo total da produção foi de R$


900.000,00.

Para calcularmos o custo por unidade, consideraremos as 4.000 unidades


que já estão acabadas, mais as 500 unidades de equivalência. Totalizando
4.500 unidades.

R$ 900.000,00 / 4.500 = R$ 200,00 por unidade.

Chegamos, então, no custo equivalente a R$ 200,00 por unidade.

Para achar o valor do custo da produção acabada, multiplicaremos esse


valor pelo número de unidades acabadas

R$ 200,00 x 4.000 = R$ 800.000,00


Para achar o valor do custo da produção em processo, multiplicaremos o
custo unitário pelo número de unidades equivalentes acabadas

R$ 200,00 x 500 = R$ 100.000,00

Esse é o custo que a empresa incorreu para deixar suas 1.000 unidades
num estágio de conclusão de 50%.

Gabarito: “A”

Considere os seguintes dados da empresa Liberati S/A:

 Quantidade vendida = 258 u.


 Custos e despesas variáveis = R$ 350,00/u.
 Custos e despesas fixos = R$ 56.000,00/mês.
 Preço de venda = R$ 600,00/u.

A margem de segurança operacional, em unidades, é de:

A) 34 unidades.
B) 38 unidades.
C) 224 unidades.
D) 258 unidades.

Resolução em texto elaborada pela  Profª Yasmin:

1º) O que a questão pede?

A quantidade de unidades de margem de segurança operacional da


empresa.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Para saber a quantidade de unidades de margem de segurança


operacional, precisamos primeiramente saber quantas unidades são
necessárias para a empresa ter o “Ponto de Equilíbrio”, ou seja, quantas
unidades devem ser produzidas e vendidas para que não se tenha nem
lucro e nem prejuízo. E daí, basicamente, tudo o que a empresa produzir e
vender “acima” do “Ponto de Equilíbrio” é considerado “Margem de
Segurança”.

Para calcular o “Ponto de Equilíbrio” vamos utilizar a fórmula a seguir:

PE = Custos e Despesas Fixos


               MC unitária
Vimos então que para conseguir calcular o “Ponto de Equilíbrio”,
primeiramente precisamos saber a “Margem de Contribuição Unitária”
(MC unitária), que é a calculada assim:

MC unitária = Preço de Venda – Custos e Despesas Variáveis


MC unitária = R$ 600,00 – R$ 350,00
MC unitária = R$ 250,00

Com isso, o “Ponto de Equilíbrio” será:


PE =       R$ 56.000,00
                 R$ 250,00

PE = 224 unidades

Ou seja, para que a empresa não tenha nem lucro e nem prejuízo, consiga
cobrir todos os seus custos e despesas, é necessário que se venda
exatamente 224 unidades. Tudo o que ela vender a mais será considerado
“Margem de Segurança”.

Tendo em vista que ela vendeu 258 unidade, nossa “Margem de


Segurança” será:

Margem de Segurança = Quantidades Vendidas – Quantidades do Ponto


de Equilíbrio
Margem de Segurança = 258 unidades – 224 unidades
Margem de Segurança = 34 unidades

Gabarito: “A”

Uma empresa está fabricando e vendendo 5 mil unidades mensais de seu


produto X. Seus custos e despesas mensais são:

 Fixos: R$ 80.000,00.
 Variáveis: R$ 300.000,00.

Determine o preço de venda unitário que a empresa deveria praticar,


mantendo a mesma quantidade fabricada e vendida, bem como os custos
atuais, para obter o lucro operacional de 20% do preço de venda.

A) R$ 91,50.
B) R$ 92,50.
C) R$ 95,00.
D) R$ 93,00.

Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago:

1º) O que a questão pede?


Para identificar a alternativa que apresente o preço de venda unitário que
a empresa deve praticar para cobrir os custos e obter o lucro desejado.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

O preço de venda deve ser suficiente para cobrir todos os gastos da


empresa, seja custos, despesas, tributos e incluir o lucro desejado.

Para calcular o preço, utiliza-se o Markup, que é um índice aplicado sobre


o valor do custo dos produtos e que resulta no preço de venda.

Vamos começar calculando o custo unitário dos produtos, sabendo que


são 5.000 unidades, dividiremos os custos e despesas fixas e variáveis
entre todos os produtos.

R$ 80.000,00 / 5.000 = R$ 16,00 por unidade


R$ 300.000,00 / 5.000 = R$ 60,00 por unidade.
Total de R$ 76,00 por unidade.

Agora vamos encontrar o índice do markup para aplicar sobre este valor.

Sabemos que a empresa espera obter 20% de lucro, então, faremos:

Markup = 100% - 20% = 80%

O resultado do markup deve ser transformado de percentual para


decimal:

80 / 100 = 0,80

Existem duas formas de se aplicar o índice markup. O Markup divisor e o


markup multiplicador.

Pelo markup divisor, basta dividir o índice encontrado pelo valor dos
custos e despesas unitários dos produtos e teremos:

R$ 76,00 / 0,80 = R$ 95,00.

Pelo markup multiplicador, devemos utilizar o índice encontrado para


dividir a grandeza de 1 e teremos:

1 / 0,80 = 1,25

Agora, multiplicamos esse índice pelo valor dos custos e despesas


unitárias
R$ 76,00 x 1,25 = R$ 95,00.

Percebam que ambas as formas nos levam ao mesmo valor do preço de


venda.
Gabarito: “C”

De acordo com a NBC TSP Estrutura Conceitual – Estrutura Conceitual


para Elaboração e Divulgação de Informação Contábil de Propósito Geral
pelas Entidades do Setor Público, as características qualitativas da
informação incluída nos relatórios contábeis de propósito geral são
atributos que tornam a informação útil para os usuários e dão suporte ao
cumprimento dos objetivos da informação contábil. Assinale a alternativa
correta em relação a uma das características qualitativas da informação.

A) A comparabilidade se refere à utilização dos mesmos princípios ou


políticas contábeis e da mesma base de elaboração em diferentes
períodos na entidade.
B) A tempestividade significa ter informação disponível para os usuários
antes que ela perca a sua capacidade de ser útil para fins de prestação de
contas e responsabilização e tomada de decisão.
C) A compreensibilidade implica que uma informação complexa e de
difícil entendimento para usuários com conhecimento técnico e que
conhecem as atividades da entidade deve ser excluída dos relatórios
contábeis de propósito geral.
D) A informação é material se a sua omissão ou distorção puder
influenciar o cumprimento do dever de prestação de contas e
responsabilização, ou as decisões que os usuários tomam com base nos
relatórios contábeis de propósito geral elaborados para aquele exercício.

Resolução em texto elaborada pela  Profª Yasmin:

1º) O que a questão pede?

Que assinalemos a alternativa correta em relação a uma das


características qualitativas, de acordo com a “NBC TSP Estrutura
Conceitual – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de
Informação Contábil de Propósito Geral pelas Entidades do Setor
Público”.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Trata-se de uma questão teórica, onde temos que conhecer e identificar


as características qualitativas da informação, que estão presentes na NBC
TSP Estrutura Conceitual.

A NBC TSP Estrutura Conceitual, em capítulo 03, nos traz os conceitos


das características qualitativas. Vamos analisar cada alternativa,
comparando com o que diz a norma para identificar a alternativa correta.

Letra “A”: A comparabilidade se refere à utilização dos mesmos


princípios ou políticas contábeis e da mesma base de elaboração em
diferentes períodos na entidade.
Análise: Está incorreta, pois a norma diz que:
“Comparabilidade é a qualidade da informação que possibilita aos
usuários identificar semelhanças e diferenças entre dois conjuntos de
fenômenos. A comparabilidade não é uma qualidade de item individual de
informação, mas, antes, a qualidade da relação entre dois ou mais itens
de informação.”

Letra “B”: A tempestividade significa ter informação disponível para os


usuários antes que ela perca a sua capacidade de ser útil para fins de
prestação de contas e responsabilização e tomada de decisão.
Análise: Está CORRETA, pois a norma diz que:
“Tempestividade significa ter informação disponível para os usuários
antes que ela perca a sua capacidade de ser útil para fins de prestação de
contas e responsabilização (accountability) e tomada de decisão.”

Letra “C”: A compreensibilidade implica que uma informação complexa e


de difícil entendimento para usuários com conhecimento técnico e que
conhecem as atividades da entidade deve ser excluída dos relatórios
contábeis de propósito geral.
Análise: Está incorreta, pois a norma diz que:
“A compreensibilidade é a qualidade da informação que permite que os
usuários compreendam o seu significado.”

Letra “D”: A informação é material se a sua omissão ou distorção puder


influenciar o cumprimento do dever de prestação de contas e
responsabilização, ou as decisões que os usuários tomam com base nos
relatórios contábeis de propósito geral elaborados para aquele exercício.
Análise: Está incorreta por não se tratar propriamente de uma
característica qualitativa. Apesar da informação estar de acordo com a
norma, a “materialidade” é um conceito que faz parte da característica da
“representação fidedigna”.

Gabarito: “B”

Um estoque é mantido em uma entidade pública com o objetivo de


distribuição gratuita para a população carente.

De acordo com a NBC TSP 04 – Estoque, este estoque deve ser


mensurado pelo menor valor entre o custo e o:

A) valor justo.
B) valor realizável líquido.
C) custo histórico corrigido.
D) custo corrente de reposição.

Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago:

1º) O que a questão pede?


Para identificar a alternativa que apresente a alternativa correta sobre a
mensuração do estoque de acordo com a NBC TSP 04.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?


Essa é uma questão puramente teórica e para responde-la corretamente é
preciso saber o que está disposto na Norma.

“17. Estoques devem ser mensurados pelo menor valor entre o custo e o
custo corrente de reposição quando são mantidos para:
(a) distribuição gratuita ou por valor irrisório;
(b) consumo no processo de produção de bens a serem distribuídos
gratuitamente ou por valor irrisório.”

Gabarito: “D”

As despesas do setor público podem ser classificadas como despesas de


capital e despesas correntes. De acordo com a Lei nº 4.320/1964, as
dotações destinadas à aquisição de imóveis ou de bens de capital que
estão em utilização devem ser classificadas como:

A) Despesas de capital – investimentos.


B) Despesas correntes – despesas de custeio.
C) Despesas de capital – inversões financeiras.
D) Despesas correntes – transferências correntes.

Resolução em texto elaborada pela  Profª Yasmin:

1º) O que a questão pede?

Que assinalemos a alternativa correta em relação a classificação  da


despesa com “aquisição de imóveis ou de bens de capital que estão em
utilização” no setor público.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Trata-se de uma questão teórica, onde temos que ter noção da Lei nº
4.320/1964 aplicada ao setor público.

De acordo com o Capítulo III da Lei nº 4.320/1964, art. 12, a despesa é


classificada nas seguintes categorias:
- Despesas Correntes: despesas de custeio e transferências correntes.
- Despesas de Capital: investimentos, inversões financeiras,
transferências de capital.

E em seu 5º parágrafo, diz que:


 § 5º Classificam-se como Inversões Financeiras as dotações destinadas
a:
I - aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização;
II - aquisição de títulos representativos do capital de emprêsas ou
entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não
importe aumento do capital;
III - constituição ou aumento do capital de entidades ou emprêsas que
visem a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operações
bancárias ou de seguros.

Sendo assim, trata-se de uma despesa de capital, em “inversões


financeiras”.

Gabarito: “C”

Uma entidade produz, utilizando a mesma matéria-prima, os produtos


“Tipo A”, “Tipo B” e “Tipo C”. Essa entidade apresentou, em maio de
2018, os seguintes dados relacionados à produção:

 Os custos da matéria-prima processada no período foram de R$


1.200,00.
 Os custos indiretos de produção no período foram de R$ 960,00.
 O rejeito gerado na produção é considerado um subproduto, sendo
comercializado ao valor líquido de R$ 1,00 por kg.
 A entidade rateia os custos indiretos com base na quantidade
líquida produzida.

Considerando-se apenas as informações apresentadas, o custo unitário


por kg de cada produto dessa entidade no período foi:

A) Tipo A R$ 26; Tipo B R$ 23; Tipo C R$ 21.


B) Tipo A R$ 20; Tipo B R$ 40; Tipo C R$ 60.
C) Tipo A R$ 12; Tipo B R$ 30; Tipo C R$ 54.
D) Tipo A R$ 21; Tipo B R$ 23; Tipo C R$ 26.
Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago:

1º) O que a questão pede?


Para identificar a alternativa que apresente o custo unitário por Kg de
cada produto.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?


Vamos começar identificando o custo da matéria-prima processada.

O primeiro passo é descobrir a quantidade total de matéria-prima


processada no período e para isso, basta somar as quantidades
apresentadas para cada produto:

20 Kg + 40 Kg + 60 Kg = 120 Kg.

O enunciado nos informou que o custo total da matéria-prima processada


foi de R$ 1.200,00. Então basta dividir esse custo pela quantidade total de
matéria-prima processada e encontraremos o custo por quilo:

R$ 1.200 / 120 Kg = R$ 10,00/Kg

Para descobrirmos o custo de cada produto, basta multiplicar esse custo


pelo total utilizado por cada produto:

Produto Tipo A à 20 Kg * R$ 10,00 = R$ 200,00


Produto Tipo B à 40 Kg * R$ 10,00 = R$ 400,00
Produto Tipo C à 60 Kg * R$ 10,00 = R$ 600,00

O enunciado também nos informa que os custos indiretos no período


foram de R$ 960,00 e que eles são rateados com base na quantidade
líquida produzida. Sendo assim, vamos começar identificando qual a
quantidade líquida total produzida somando as quantidades líquidas por
produto:
12 Kg + 30 Kg + 54 Kg = 96 Kg

Da mesma forma, vamos dividir os custos indiretos pela quantidade


líquida total para encontrarmos o custo indireto por quilo:

R$ 960,00 / 96 Kg = R$ 10,00/Kg

E agora, iremos multiplicar esse valor pela quantidade líquida produzida


de cada um dos produtos:

Produto Tipo A à 12 Kg * R$ 10,00 = R$ 120,00


Produto Tipo B à 30 Kg * R$ 10,00 = R$ 300,00
Produto Tipo C à 54 Kg * R$ 10,00 = R$ 540,00

Até agora temos o seguinte:

Custo MP Processada Custo MP Líquida Custo Total (A +


Produto
(A) Produzida (B) B)
Tipo A R$ 200,00 R$ 120,00 R$ 320,00
Tipo B R$ 400,00 R$ 300,00 R$ 700,00
Tipo C R$ 600,00 R$ 540,00 R$ 1.140,00

Agora que temos o valor do custo total para cada um dos produtos,
vamos dividir cada um deles pelo valor da quantidade líquida produzida e
teremos:

Produto Tipo A à R$ 320,00 / 12 Kg = R$ 26,67


Produto Tipo B à R$ 700,00 / 30 Kg = R$ 23,33
Produto Tipo C à R$ 1.140,00 / 54 Kg = R$ 21,11

O exercício desconsiderou os valores decimais, então teremos R$ 26 para


o Produto A, R$ 23 para o Produto B e R$ 21 para o Produto C.
Gabarito: “A”

Uma indústria produz apenas um produto e utiliza apenas uma matéria-


prima em sua fabricação. A equipe de Contabilidade Gerencial efetua
mensalmente uma confrontação entre o custo real e o custo padrão. A
análise da variação (desvio) ocorrida entre o custo padrão e o custo real
da matéria-prima é parte relevante do controle de custos. A análise da
variação é feita seguindo os parâmetros ilustrados na figura a seguir.

O custo-padrão da matéria-prima para uma unidade do produto é dado


por: CP (Matéria-Prima) =1.100 kg x R$ 150,00/kg = R$ 165.000,00. Para o
mês de maio de 2018, a indústria apurou que o custo da matéria-prima
para uma unidade do produto foi igual a R$ 198.000,00. Sabe-se que em
maio de 2018 o preço da matéria sofreu um aumento de 10% em relação
ao padrão e que a quantidade real por unidade de produto foi igual a 1.200
kg.

Considerando-se apenas as informações apresentadas, a variação


(desvio) desfavorável no custo matéria-prima no mês de maio de 2018
devido ao aumento no preço foi de:

A) R$ 1.500,00.
B) R$ 15.000,00.
C) R$ 16.500,00.
D) R$ 33.000,00.

Resolução em texto elaborada pela  Profª Yasmin:

1º) O que a questão pede?

O valor da variação, ou seja, do “desvio” no custo da matéria-prima no


mês de maio de 2018, devido ao aumento de preço.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Vamos confrontar o “custo padrão” com o “custo real” para acharmos


essa variação.

Primeiro, vamos verificar a variação dos preços, sendo:

Preço padrão = R$ 150,00


Preço real (com o aumento de 10%) = R$ 165,00
Ou seja, até aqui já tivemos uma variação de preço desfavorável de R$
15,00 por unidade.

Agora para sabermos essa variação total, basta multiplicarmos pelo


custo-padrão das quantidades produzidas, que é de 1.100 kg. Sendo
assim:

Variação = 1.100 kg x R$ 15,00


Variação = R$ 16.500,00

Gabarito: “C”

Considerando que Informação é o dado que foi processado e armazenado


de forma compreensível para seu receptor e que apresenta valor real ou
percebido para suas decisões correntes ou prospectivas. Dado é o
registro puro, ainda não interpretado, analisado e
processado. Comunicação é o processo de transmissão de informação e
de compreensão que somente se efetiva mediante uso de símbolos
comuns.

Nesse contexto, analise as afirmativas a seguir.

I. A informação deve provocar um retorno satisfatório para os propósitos


dos agentes tomadores de decisões, concernentes ao que foi delineado
pelo modelo de gestão adotado na organização.
II. A gestão da informação é a principal ferramenta para o controle de
todos os recursos que entram que são transformados e saem de uma
organização, considerando-a, também, como elemento fundamental para
a tomada de decisão.
III. É de caráter secundário que os sistemas de informações sejam
integrados aos sistemas gestão empresarial.

Estão corretas as afirmativas

A) I, II e III.
B) I e II, apenas.
C) I e III, apenas.
D) II e III, apenas.

Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago:

1º) O que a questão pede?


Para analisar as afirmativas e identificar a alternativa correta.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?


Por ser uma questão teórica e totalmente interpretativa, é possível que a
minha interpretação tenha considerações diferentes das que vocês
fizeram na hora de responder, mas isso não significa que esteja errado.
São apenas perspectivas diferentes e isso é completamente normal.

Sobre a Informação, o enunciado nos diz que ela apresenta valor real para
as decisões e o item I diz que ela precisa provocar um retorno satisfatório
para os tomadores de decisão.

Essas duas afirmativas apresentem uma linha de raciocínio convergente


no que se refere à Informação. Portando, consideramos que o item I é
VERDADEIRO.

O item II apresenta a importância da gestão da Informação como


processo fundamental para a tomada de decisão. Além disso, o item
apresenta que a gestão da Informação é a principal ferramenta para o
controle de recursos que entram, são transformados e saem da
organização. Isso está indo ao encontro do que foi afirmado no item I, por
isso consideramos que o item II também é VERDADEIRO.

O item III apresenta como secundária a necessidade dos sistemas de


informação integrarem os sistemas de gestão empresarial. Se até agora,
consideramos que é importante e essencial ter controle e fazer gestão da
informação por influenciar a tomada de decisão, não faz sentido dizer que
é secundário que isso faça parte dos sistemas de gestão empresarial. Por
isso, consideramos que o item III é FALSO.

Gabarito: “B”

De acordo com o a Lei nº 5.172/1.966 (Código Tributário Nacional), um dos


elementos da obrigação tributária é a sujeição ativa. De acordo com a
definição prevista pelo Código Tributário Nacional podem ser sujeitos
ativos da obrigação tributária os entes denominados a seguir, EXCETO:

A) União.
B) Estados.
C) Municípios.
D) Contribuintes.

Resolução em texto elaborada pela  Profª Yasmin:

1º) O que a questão pede?

Que assinalemos a opção de quem “NÃO” é um sujeito “ativo” da


obrigação tributária.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Essa é uma questão teórica muuuuiiiito simples, se você tiver tido pelo
menos o “básico” de direito tributário na faculdade... hehehe...

Bom, simplificando com as minhas palavras, sujeito “ativo” da obrigação


tributária é aquele quem “cobra” o tributo, que no caso será sempre a
“União”, os “Estados” e os “Municípios”.

Já o “Contribuinte” é aquele quem “paga” o tributo, ou seja, ele é o


sujeito “passivo” da obrigação tributária. Sendo assim, não tem como o
contribuinte ser o sujeito ativo... simples assim! \o/

Gabarito: “D”

A reorganização societária é uma realidade presente no mundo


empresarial por diversos motivos, dentre os quais podem ser citados: a
otimização de recursos, a redução legal de carga tributária e a busca de
sinergias. A operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas
por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações é
denominada:

A) Cisão.
B) Fusão.
C) Reconvenção.
D) Incorporação.

Resolução em texto elaborada pela  Profº Thiago:

1º) O que a questão pede?


Para identificar a alternativa que denomina a operação pela qual uma ou
mais sociedades são absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os
direitos e obrigações.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?


Para resolver essa questão, utilizaremos como base a Lei 6.404/76.

“Art. 229 A cisão é a operação pela qual a companhia transfere parcelas


do seu patrimônio para uma ou mais sociedades, constituídas para esse
fim ou já existentes, extinguindo-se a companhia cindida, se houver
versão de todo o seu patrimônio, ou dividindo-se o seu capital, se parcial
a versão.”

Portanto, a alternativa “A” é INCORRETA.

“Art. 228. A fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais


sociedades para formar sociedade nova, que lhes sucederá em todos os
direitos e obrigações.”

Alternativa “B”, também, é INCORRETA.

A Reconvenção é um instituto de direito processual, disciplinada pelo


Código de Processo Civil, pelo qual o réu formula uma pretensão contra o
autor da ação.

Logo, a alternativa “C” é INCORRETA.

“Art. 227. A incorporação é a operação pela qual uma ou mais sociedades


são absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os direitos e
obrigações.”

A alternativa “D” é a CORRETA.

Gabarito: “D”

As espécies tributárias são definidas pelo Código Tributário Nacional (Lei


nº 5.172/1966). Na hipótese em que a Secretaria de Obras do Município
pavimente uma determinada rua e desse fato seja gerada valorização
imobiliária aos moradores daquela rua, a cobrança de qual dos tributos a
seguir poderia ser ensejada pelo Município?

A) Taxa.
B) Imposto.
C) Empréstimo compulsório.
D) Contribuição de melhoria.

Resolução em texto elaborada pela  Profª Yasmin:

1º) O que a questão pede?

Que assinalemos a opção de qual tributo poderia ser aplicado pelo


município, em relação à pavimentação de rua e, como consequência, a
valorização mobiliária.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Essa é outra questão teórica que basta ter o conhecimento “básico” de


direito tributário para se dar bem... hehehe...

De acordo com o artigo 5º do Código Tributário Nacional (CTN), os


tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria. Apenas esses
três, e com isso, a gente já consegue eliminar a letrar “C”, pois
“empréstimo compulsório” não é tributo.

O CTN ainda nos traz a definição do que é imposto, taxa e contribuição de


melhoria. Vejamos:

“Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma
situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa
ao contribuinte.”

“Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito


Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições,
têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a
utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.”

“Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados,


pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas
atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que
decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa
realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra
resultar para cada imóvel beneficiado.”

Com isso, vemos claramente que se trata de um tributo de “contribuição


de melhoria”.
Gabarito: “D”

Uma indústria produz um único produto e adota a análise de regressão


linear para estimar os custos indiretos de manutenção fixos e variáveis.
Ela fundamenta-se em dados históricos da sua capacidade normal de
produção e utiliza a seguinte Função de Regressão Amostral (FRA):

Onde:
𝒀 = total dos custos indiretos de manutenção.
𝜷𝟏 = intercepto.
𝜷𝟐 = coeficiente angular.
𝒙 = volume de produção em unidades do produto.
𝒖̂ = termo de erro aleatório.

É sabido que o setor da indústria passa por um momento de retração e a


mesma vem produzindo, há vários meses, menos de 50% da capacidade
normal, sem, no entanto, reduzir sua estrutura de custos fixos. No mês de
maio de 2018, a indústria produziu 2.000 unidades de seu produto,
equivalente a 40% da capacidade normal de produção. O total dos custos
indiretos de manutenção incorridos no mesmo mês foi de R$
1.700.000,00. Em sua última estimação baseada em uma série histórica
com dados mensais de produção em nível de capacidade normal, a
indústria encontrou 𝜷𝟏 = 𝟏.𝟎𝟎𝟎.𝟎𝟎𝟎 e 𝜷𝟐 = 𝟑𝟓𝟎, sendo estes dados
utilizados para alocação de custos no mês de maio de 2018.
Considerando-se apenas as informações apresentadas e de acordo com a
NBC TG 16 (R2) – Estoques, assinale, entre as opções a seguir, o valor
dos custos indiretos de manutenção fixos não alocados aos produtos que
deve ser reconhecido diretamente como despesa no mês de maio de
2018.

A) R$ 0,00.
B) R$ 350.000,00.
C) R$ 600.000,00.
D) R$ 1.000.000,00.

Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago:


1º) O que a questão pede?
Para identificar a alternativa que apresente o valor dos custos indiretos
de manutenção fixos não alocados aos produtos e que deve ser
reconhecido diretamente como despesa.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?


O modelo Estatístico de Regressão Linear Simples pode ser usado neste
caso pois, é possível supor que a relação existente entre o total dos
custos indiretos, representado por Y e o volume de produção em
unidades do produto, representado por x, é linear.

Nesse modelo temos que 𝜷𝟏 e 𝜷𝟐 definem a reta de regressão e o x será a


variável regressora.

O conceito de Intercepto na Matemática Estatística é o momento em que a


reta cruza o eixo y e nesse momento x = 0, ou seja, se considerarmos o
momento em que não há produção nenhuma, o valor total dos custos
indiretos será de R$ 1.000.000,00, representado por 𝜷𝟏, como não há
produção, podemos afirmar que esse valor é o dos custos indiretos fixos
e é nesse parâmetro que devemos observar a disposição da NBC TG 16 -
Estoques.

De acordo com a norma, o valor do custo fixo alocado a cada unidade


produzida não pode ser aumentado por causa de um baixo volume de
produção ou ociosidade. Os custos fixos não alocados aos produtos
devem ser reconhecidos diretamente como despesa no período em que
são incorridos.

Se nos níveis normais da capacidade de produção o valor dos custos


indiretos fixos é de R$ 1.000,000,00, quando a empresa produz o
equivalente a 40% da sua capacidade normal, teremos:

R$ 1.000.000,00 * 40% = R$ 400.000,00

Esse é o valor que teremos de usar na fórmula em substituição ao valor


de 𝜷𝟏.
O enunciado nos forneceu todas as outras variáveis, com exceção do
termo de erro aleatório.

Conceitualmente, o erro aleatório é a diferença entre o resultado da


medição e a média que resultaria de um número infinito de medições da
mesma grandeza que queremos medir. Os erros aleatórios são causados
por flutuações desconhecidas ou imprevisíveis e é essa variável que
queremos achar, pois no caso dessa questão, esse erro será o mesmo
valor de custo fixo que deverá ser reconhecido como despesa por conta
da retração da produção.

Sendo assim, vamos substituir as variáveis da fórmula com os valores


que temos:

1.700.000 = 400.000 + (350 * 2000) + 𝒖̂


1.700.000 = 400.000 + 700.000 + 𝒖̂
1.700.000 – 400.000 – 700.000 = 𝒖̂
𝒖̂ = 600.000

Portanto, o valor que deverá ser reconhecido como despesa será de R$


600.000,00

Gabarito: “C”

Em 04/04/2018, os clientes A e B compareceram à empresa Alfa e


efetuaram compras de mercadorias. Essas compras foram realizadas da
seguinte forma:

Cliente A: o valor à vista de suas compras ficaria em R$ 3.000,00, mas ele


optou em pagar uma entrada de R$ 289,25 e financiar o restante do valor
da compra com acréscimo de juros compostos de 5,2% ao mês, ficando
obrigado a pagar o valor nominal da dívida por meio de uma única
duplicata com vencimento em 04/06/2018.
Cliente B: o valor à vista de suas compras ficaria em R$ 6.000,00, mas ele
também escolheu por pagar parcelado, no entanto, ficou obrigado a
liquidar uma única duplicata com vencimento para 04/07/2018. A empresa
Alfa cobrou 6,5% ao mês de juros compostos para o pagamento
parcelado.

Em 04/05/2018, a empresa Alfa foi ao Banco Beta e descontou as duas


duplicatas informadas nas vendas acima. O Banco Beta utilizou a taxa de
desconto racional composto (desconto financeiro) de 2,81% ao mês sobre
o valor nominal de cada um desses dois títulos e, então, liberou à
Empresa Alfa o valor deduzido os descontos. Com base somente nas
informações apresentadas e desconsiderando-se a incidência de tributos,
assinale, entre as opções a seguir, o valor líquido aproximado liberado
pelo Banco Beta em 04/05/2018. Admita o mês comercial de 30 dias em
todas as situações apresentadas.

A) R$ 9.695,18.
B) R$ 9.774,92.
C) R$ 9.967,60.
D) R$ 10.086,29.

Resolução em texto elaborada pela Profª Yasmin:

1º) O que a questão pede?

O valor recebido do banco pelas duplicatas descontadas, depois de ter o


desconto racional composto (desconto financeiro).

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Bom, o desconto racional composto é o desconto obtido pela diferença


entre o valor que seria pago no futuro  e o valor atual (ou seja, valor
presente). Então, se o enunciado quer saber o valor líquido recebido
pelas duplicatas descontadas, logo, está querendo o “valor presente
líquido” dessas duplicatas.

Entretanto, como a empresa também vendeu a prazo aos seus clientes e


também cobrou juros, temos que primeiramente calcular o “valor futuro”
dessas duplicatas, para depois trazer ao “valor presente” pelo banco.

Vamos então ao nosso passo-a-passo:

Cliente A

Valor futuro da dívida:


Ele pagou R$ 289,25 à vista e o restante a prazo, com isso, o saldo
devedor é: R$ 3.000 – 289,25 = 2.710,75.
Esse saldo será pago depois de 2 meses, com uma taxa de juros
compostos de 5,2% ao mês. Então será:

Pela fórmula matemática:


FV= VP*(1 + i)^n
FV= 2.710,75*(1 + 0,052)^2
FV= 3.000,00
Ou...

Pela HP12C:
2.710,75 CHS PV
       2 n
5,2 i
FV  = 3.000,00

Valor líquido descontado no Banco:


Agora, pegamos esses R$ 3.000,00 e trazemos ao “valor presente”,
considerando a antecipação de 1 mês e a taxa de 2,81%:

Pela fórmula matemática:


PV= VF/(1 + i)^n
PV= 3.000/(1 + 0,0281)^1
PV= 2.918,00
Ou...

Pela HP12C:
3.000,00 CHS FV
       1 n
2,81 i
PV  = 2.918,00

Agora, vamos para o Cliente B...

Cliente B

Valor futuro da dívida:


O saldo devedor é R$ 6.000,00 e será pago depois de 3 meses, com uma
taxa de juros compostos de 6,5% ao mês. Então será:

Pela fórmula matemática:


FV= VP*(1 + i)^n
FV= 6.000,00*(1 + 0,065)^3
FV= 7.247,70
Ou...

Pela HP12C:
6.000,00 CHS PV
       3 n
6,5 i
FV  = 7.247,70

Valor líquido descontado no Banco:


Agora, pegamos esses R$ 7.247,70 e trazemos ao “valor presente”,
considerando a antecipação de 2 meses e a taxa de 2,81%:
Pela fórmula matemática:
PV= VF/(1 + i)^n
PV= 7.247,70/(1 + 0,0281)^2
PV= 6.856,92
Ou...

Pela HP12C:
7.247,70 CHS FV
       2 n
2,81 i
PV  = 6.856,92

Com isso, o valor líquido das duplicadas descontadas no banco será:

Duplicatas Descontadas = Cliente A + Cliente B


Duplicatas Descontadas = 2.918,00 + 6.856,92
Duplicatas Descontadas = R$ 9.774,92

Gabarito: “B”

As características qualitativas da informação contábil-financeira útil


traduzem os tipos de informação requeridas e consideradas mais úteis
pelos usuários (investidores, credores por empréstimos, governo,
funcionários, entre outros), existentes ou em potencial, para tomada de
decisões acerca da entidade analisada. Nesse contexto, para ser útil a
informação contábil-financeira necessita ser relevante e representar
fidedignamente o que se propõe a representar e a utilidade da informação
contábil-financeira é melhorada se ela for comparável, verificável,
tempestiva e compreensível. De acordo com essa breve contextualização,
analise as afirmativas, referentes às características qualitativas da
informação contábil útil, marque V para as verdadeiras e F para as falsas.

( ) Para ser representação perfeitamente fidedigna, a realidade contábil-


financeira retratada precisa ter três atributos. Ela tem que ser completa,
neutra e livre de erro.
( ) Tempestividade é a característica qualitativa que permite que os
usuários identifiquem e compreendam similaridades dos itens e
diferenças entre eles.
( ) A verificabilidade significa que diferentes observadores, cônscios e
independentes, podem chegar a um consenso, embora não cheguem
necessariamente a um completo acordo.
( ) Os custos decorrentes da informação devem exceder os benefícios de
produzi-la.

A sequência está correta em

A) V, V, V, F.
B) V, V, V, V.
C) V, F, V, F.
D) V, F, V, V.

Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para analisar as afirmativas apresentadas em verdadeiras ou falsas e


depois identificar a alternativa que apresente a sequência correta.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Vamos utilizar como base a NBC TG – Estrutura Conceitual para analisar


e julgar as afirmativas apresentadas.

“QC12. Os relatórios contábil-financeiros representam um fenômeno


econômico em palavras e números. Para ser útil, a informação contábil-
financeira não tem só que representar um fenômeno relevante, mas tem
também que representar com fidedignidade o fenômeno que se propõe
apresentar. Para ser representação perfeitamente fidedigna, a realidade
retratada precisa ter três atributos. Ela tem que ser completa, neutra e
livre de erro. É claro, a perfeição é rara, se de fato alcançável. O objetivo é
maximizar referidos atributos na extensão que seja possível.”

Como podem ver, a primeira afirmativa é um trecho extraído do


item QC12 da norma e, portanto, VERDADEIRA.

“QC29. Tempestividade significa ter informação disponível para


tomadores de decisão a tempo de poder influenciá-los em suas decisões.
Em geral, a informação mais antiga é a que tem menos utilidade.
Contudo, certa informação pode ter o seu atributo tempestividade
prolongado após o encerramento do período contábil, em decorrência de
alguns usuários, por exemplo, necessitarem identificar e avaliar
tendências.”

O trecho acima é o item da norma que define o conceito de


tempestividade. A segunda afirmativa do exercício apresenta, na verdade,
o conceito da Comparabilidade e por isso é FALSA.

“QC26. A verificabilidade ajuda a assegurar aos usuários que a


informação representa fidedignamente o fenômeno econômico que se
propõe representar. A verificabilidade significa que diferentes
observadores, cônscios e independentes, podem chegar a um consenso,
embora não cheguem necessariamente a um completo acordo, quanto ao
retrato de uma realidade econômica em particular ser uma representação
fidedigna. Informação quantificável não necessita ser um único ponto
estimado para ser verificável. Uma faixa de possíveis montantes com
suas probabilidades respectivas pode também ser verificável.”
A terceira afirmativa é, também, um trecho extraído do item QC26 da
norma e, portanto, VERDADEIRA.

“QC35. O custo de gerar a informação é uma restrição sempre presente


na entidade no processo de elaboração e divulgação de relatório contábil-
financeiro. O processo de elaboração e divulgação de relatório contábil-
financeiro impõe custos, sendo importante que ditos custos sejam
justificados pelos benefícios gerados pela divulgação da informação.
Existem variados tipos de custos e benefícios a considerar.”

A norma trata sobre esse assunto dos itens QC35 até o QC39 e o objetivo


não é quantificar os benefícios obtidos e nem os custos incorridos para
gerar e divulgar os relatórios. O tema é bastante subjetivo e os
entendimentos sobre quantificar um ou outro podem variar, por isso a
norma orienta apenas que os benefícios proporcionados pelos relatórios
devem ser avaliados a ponto de justificar os custos para fornecer a
informação.

Dessa forma, podemos concluir que a quarta alternativa é FALSA.

Assim, chegamos na sequência: V, F, V, F.

Gabarito: “C”

Analise as asserções a seguir.

I. “Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de


eventos passados e do qual se espera que fluam futuros benefícios
econômicos para a entidade.”

                                      PORQUE

II. “Ao avaliar se um item se enquadra na definição de ativo, deve-se


atentar para a sua essência subjacente e realidade econômica e não
apenas para sua forma legal.”

Assinale a alternativa correta.

A) As assertivas I e II são falsas.


B) As assertivas I e II são proposições excludentes.
C) A assertiva II contraria a ideia expressa na assertiva I.
D) As duas assertivas são verdadeiras e a segunda afirmativa justifica e
complementa a primeira.

Resolução em texto elaborada pela  Profª Yasmin:

1º) O que a questão pede?


Que analisemos os dois itens apresentados sobre a definição de “ativo” e
em seguida, que assinalemos a alternativa correta.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Trata-se de uma questão de teoria básica da contabilidade, onde temos


que ter claro as definições (e reconhecimento) de um “ativo”.

A NBC TG Estrutura Conceitual nos traz essas definições, por isso, essa é
uma norma muito importante e que sempre cai em questões do Exame de
Suficiência.

Na NBC TG Estrutura Conceitual nos diz o seguinte:

“Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos


passados e do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos
para a entidade.” (item 4.4)

“Ao avaliar se um item se enquadra na definição de ativo, deve-se atentar


para a sua essência subjacente e realidade econômica e não apenas para
sua forma legal.” (item 4.6)

Então, vemos claramente que ambos os itens do enunciado estão


corretos, e o item II complementa o item I.

Gabarito: “D”

As características qualitativas de melhoria são atributos que melhoram a


utilidade da informação que é relevante e que é representada com
fidedignidade. As características qualitativas de melhoria podem também
auxiliar a determinar qual de duas alternativas que sejam consideradas
equivalentes em termos de relevância e fidedignidade de representação
deve ser usada para retratar um fenômeno. Nesse sentido, pode-se
afirmar que fora desse contexto conceitual encontra-se:

A) Verificabilidade.
B) Comparabilidade.
C) Conservadorismo.
D) Compreensibilidade.

Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para identificar a alternativa que esteja fora do contexto conceitual das


características qualitativas de melhoria.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?


A NBC TG – Estrutura Conceitual está dividida em capítulos, e no capítulo
3 estão definidas as características qualitativas da informação contábil-
financeira útil.

As características qualitativas de melhorias estão definidas entre os


itens QC19 e QC32. E são elas:

- Comparabilidade;
- Verificabilidade;
- Tempestividade; e
- Compreensibilidade.

Portanto, a única característica que está fora desse contexto é o


Conservadorismo.

Gabarito: “C”

Considere a hipótese em que um profissional contábil, com inscrição


principal no Conselho Regional de Contabilidade do Rio de Janeiro, tenha
praticado ato destinado a fraudar rendas pública no Município de São
Paulo. Considerando as normas da Resolução CFC nº 1.370/2011, a base
territorial para instauração do processo administrativo de apuração da
infração será:

A) São Paulo.
B) Rio de Janeiro.
C) Distrito Federal.
D) De livre escolha do CRC.

Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para identificar a alternativa que apresente a base territorial para


instauração de processo administrativo de apuração da infração
apresentada.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

A Resolução CFC Nº 1.370/2011 dispõe sobre o Regulamento Geral dos


Conselhos de Contabilidade.

No capítulo IV, a resolução disciplina as hipóteses das Infrações e


Penalidades.

O Artigo 25 regulamenta sobre as penas e o parágrafo 2º dispõe o


seguinte:
“§2º Para conhecer e instaurar processo destinado à apreciação e à
punição, é competente o CRC da base territorial onde tenha ocorrido a
infração, feita a imediata e obrigatória comunicação, quando for o caso,
ao CRC do registro principal.”

O exercício narra a hipótese de um profissional com CRC inscrito no Rio


de Janeiro e que tenha cometido fraude em São Paulo.

De acordo com a Resolução, cabe ao CRC-SP instaurar o processo


administrativo e comunicar o CRC-RJ.

Gabarito: “A”

Nos termos do Código de ética profissional vigente, no desempenho de suas


funções, é VEDADO ao contabilista:

A) Publicar ou distribuir trabalho científico ou técnico do qual tenha participado


como coautor.
B) Reter, em qualquer circunstância, livros, papéis ou documentos,
comprovadamente confiados a sua guarda.
C) Guardar sigilo sobre o que souber em razão do exercício profissional lícito,
inclusive no âmbito do serviço público.
D) Assinar documentos ou peças contábeis elaboradas por outrem, alheio a
sua orientação, supervisão e fiscalização.

Resolução em texto elaborada pela Profª Yasmin:

1º) O que a questão pede?

Que analisemos a alternativa que nos mostre o que é “vedado”, ou seja,


proibido ao contabilista no desempenho de suas funções, de acordo com
o código de ética.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Trata-se de uma questão muito simples sobre o código de ética que, pelo
“bom senso” daria para acertar.

No artigo 3º, item IV do Código de Ética, diz o seguinte:

“Art. 3º No desempenho de suas funções, é vedado ao Profissional da


Contabilidade:...
IV – assinar documentos ou peças contábeis elaborados por outrem,
alheio à sua orientação, supervisão e fiscalização;...”

Com isso, vemos que se trata da alternativa da letra “D”.


Vale super a pena estudar o Código de Ética, pois além de ser bem
“curtinho”, sempre caem questões sobre esse assunto.

Gabarito: “D”

Em 02/04/2014, uma empresa adquiriu um computador para ser utilizado


por sua secretária por R$ 8.000. Na data, a empresa pagou R$ 100,00 de
frete, R$ 300,00 para instalação dos programas necessários ao
funcionamento do computador e R$ 200,00 para contratar um antivírus
anual. Além disso, o computador veio com garantia de um ano e a
empresa adquiriu garantia estendida por mais um ano, por R$ 100,00. A
vida útil econômica do computador no momento da compra era de oito
anos. No entanto, a empresa esperava utilizá-lo por cinco anos e depois
doá-lo. Em 31/12/2016, a administração da empresa realizou o teste de
recuperabilidade de seu computador. Nesta avaliação, ela constatou que
o valor presente dos fluxos de caixa futuros esperados pelo uso do
computador era de R$ 2.970. Já o valor líquido de venda na data era de R$
3.240,00. Assinale a alternativa que indica o valor contábil do computador
em 31/12/2017 com base nas informações anteriores e de acordo com a
NBC TG 27 (R4) – Ativo Imobilizado e a NBC TG 01 (R4) – Redução ao
Valor Recuperável de Ativos.

A) R$ 1.620,00.
B) R$ 1.800,00.
C) R$ 2.100,00.
D) R$ 3.240,00.

Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago:

1º) O que a questão pede?


Para identificar a alternativa que apresente o valor contábil do
computador em 31/12/2017.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?


Primeiramente, vamos começar com o reconhecimento do ativo
imobilizado de acordo com a NBC TG 27.

“16. O custo de um item do ativo imobilizado compreende:


(a)      Seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e impostos
não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos
comerciais e abatimentos;
(b)      Quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e
condição necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma
pretendida pela administração;
(c)       ...”

De acordo com este item da norma, consideraremos como elementos do


custo, o valor da compra do computador, o valor do frete e o valor para a
instalação dos programas necessários ao funcionamento.
Os valores pagos pelo antivírus e pela garantia estendida não irão
compor o valor do ativo, pois não são necessários para o seu
funcionamento, e assim, serão classificados como despesa.

Portanto, o valor registrado no ativo imobilizado será:

R$ 8.000 + R$ 100 + R$ 300 = R$ 8.400

Definido o valor reconhecido, temos agora que definir a vida útil desse
ativo.

“57. A vida útil de um ativo é definida em termos da utilidade esperada do


ativo para a entidade. A política de gestão de ativos da entidade pode
considerar a alienação de ativos após um período determinado ou após o
consumo de uma proporção específica de benefícios econômicos futuros
incorporados no ativo. Por isso, a vida útil de um ativo pode ser menor do
que a sua vida econômica. A estimativa da vida útil do ativo é uma
questão de julgamento baseado na experiência da entidade com ativos
semelhantes.”

Muito embora a vida útil econômica do computador seja 8 anos, a


empresa pretende utilizar por 5 anos e depois doá-la. Por isso, nossa
base de depreciação serão os 5 anos (60 meses).

Com base nisso, vamos calcular a depreciação do computador até


31/12/2016. Calcularemos até essa data pois é o mesmo período em que a
administração da empresa realizou o teste de recuperabilidade no ativo e
precisaremos identificar se o ativo sofrerá alguma perda por redução ao
valor recuperável. Trataremos os detalhes do teste mais adiante.

R$ 8.400 / 60 = R$ 140/mês

De abril a dezembro de 2014, consideraremos como 9 meses de uso e,


consequentemente, de depreciação, isso porque a empresa comprou e
colocou o computador em uso no dia 02/04 e sendo assim,
consideraremos a depreciação do mês de abril como um mês completo.

Portanto, teremos 9 meses do ano de 2014, 12 meses de 2015 e 12 meses


de 2016.

9 + 12 + 12 = 33 meses.

Então, da data da compra até 31/12/2016, o valor da depreciação


acumulada do computador será:

R$ 140 * 33 = R$ 4.620

Para saber o valor contábil nessa data, teremos de subtrair o valor


contábil inicial da depreciação acumulada:
R$ 8.400 – R$ 4.620 = R$ 3.780

Pronto, agora que já temos todas as informações referentes à


depreciação, vamos trabalhar com o teste de recuperabilidade e verificar
se haverá redução ao valor recuperável desse ativo.

A NBC TG 01 conceitua o valor recuperável do ativo da como sendo o


maior montante entre seu valor justo líquido de despesa de venda e o seu
valor em uso.

Além dessa definição, ela aborda novamente o tema no item 18:

“18. Esta Norma define valor recuperável como o maior valor entre o valor
justo líquido de despesas de venda de um ativo ou de unidade geradora
de caixa e o seu valor em uso.”

O enunciado da questão nos informa que o valor presente dos fluxos de


caixa futuros esperados pelo uso do computador era de R$ 2.970 e que o
valor líquido de venda era de R$ 3.240.

Dos dois valores apresentados, iremos utilizar o valor justo líquido das
despesas de venda de R$ 3.240, por ser o maior valor entre eles.

Com essa informação, vamos observar outro item da NBC TG 01:

“59. Se, e somente se, o valor recuperável de um ativo for inferior ao seu
valor contábil, o valor contábil do ativo deve ser reduzido ao seu valor
recuperável. Essa redução representa uma perda por desvalorização do
ativo.”

Comparando o valor contábil que apuramos pela depreciação do ativo no


valor de R$ 3.780 e o valor líquido das despesas de venda de R$ 3.240 e
seguindo a NBC, verificaremos que será necessário realizar o
reconhecimento de uma perda por desvalorização do ativo de forma que o
novo valor contábil desse ativo passe a ser de R$ 3.240.

Nesse momento, o balanço patrimonial da empresa apresentaria a


informação da seguinte forma:

Imobilizado
Computadores e Periféricos 3.240
Computador 8.400
(-) Depreciação Acumulada (4.620)
(-) Perda estimada ao valor recuperável (540)

A questão quer saber o valor contábil em 31/12/2017, ou seja, um ano


após o reconhecimento dessa perda. Para identificarmos esse valor,
teremos de calcular a depreciação referente a 2017, mas para isso,
precisamos nos atentar a outro item da NBC TG 01:
“63. Depois do reconhecimento da perda por desvalorização, a despesa
de depreciação, amortização ou exaustão do ativo deve ser ajustada em
períodos futuros para alocar o valor contábil revisado do ativo, menos
seu valor residual (se houver), em base sistemática ao longo de sua vida
útil remanescente.”

Sabemos que a vida útil desse computador foi definida para 60 meses e
que já foi depreciado por 33 meses. Agora teremos de calcular o valor da
depreciação para os meses remanescentes da seguinte forma:

60 – 33 = 27 meses

Usaremos o novo valor contábil para dividir pelo número de meses


remanescentes de vida útil para encontrar a depreciação mensal.

R$ 3.240 / 27 = R$ 120

Como precisamos calcular a depreciação por mais um ano, basta


multiplicar esse valor por 12 para encontrarmos a depreciação acumulada
referente a 2017:

R$ 120 * 12 = R$ 1.440

Agora, basta subtrair o valor contábil de 31/12/2016 da depreciação


acumulada de 2017 e teremos o valor contábil de 31/12/2017:

R$ 3.240 – R$ 1.440 = R$ 1.800

Gabarito: “B”

Uma entidade apresentava em 31/12/2016 o seguinte Balanço Patrimonial:

Caixa 100.000            Capital Social 100.000

Durante o ano de 2017, aconteceram os seguintes fatos na entidade: 


 Compra à vista de estoque por R$ 20.000.
 Compra de moto para entregas por R$ 30.000. Metade do valor foi
pago à vista e o restante será pago em 2018.
 Pagamento do seguro da moto com vigência de dois anos, a partir
de janeiro de 2017, no valor de R$ 4.800.
 Os sócios integralizaram capital social em dinheiro, no valor de R$
18.000.
 Contração de empréstimo bancário no valor de R$ 5.000.
 Pagamento de juros sobre o empréstimo bancário no valor de R$
250.
 Empréstimo feito à empresa controlada no valor de R$ 35.000.
 Venda de metade do estoque por R$ 40.000 para recebimento em
2018.
 Reconhecimento de despesas diversas no valor de R$ 30.000 para
pagamento em 2018.

Com base na NBC TG 03 (R3) – Demonstração dos Fluxos de Caixa,


assinale a alternativa correta em relação à Demonstração dos Fluxos de
Caixa da entidade em 31/12/2017, admitindo que ela siga os
encorajamentos estabelecidos pela norma.

A) A atividade operacional consumiu R$ 20.000.


B) A atividade operacional consumiu R$ 24.800.
C) A atividade de investimento consumiu R$ 50.000.
D) A atividade de investimento consumiu R$ 54.800.

Resolução em texto elaborada pela  Profª Yasmin:

1º) O que a questão pede?

Que analisemos a alternativa que nos mostre o resultado da


Demonstração dos Fluxos de Caixa da entidade em 31/12/2017, mediante
os fatos contábeis apresentados no enunciado.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Bom, se trata de outra questão envolve a Demonstração dos Fluxos de


Caixa e vamos, novamente rever alguns conceitos básicos, descritos na
NBC TG 03.

A DFC apresenta os fluxos de caixa classificados em atividades


operacionais, de investimento e de financiamento.

A definição de cada uma dessas atividades, de acordo com a norma é:

“Atividades operacionais são as principais atividades geradoras de


receita da entidade e outras atividades que não são de investimento e
tampouco de financiamento.”

“Atividades de investimento são as referentes à aquisição e à venda de


ativos de longo prazo e de outros investimentos não incluídos nos
equivalentes de caixa.”

“Atividades de financiamento são aquelas que resultam em mudanças no


tamanho e na composição do capital próprio e no capital de terceiros da
entidade.”

Para resolver esta questão, vamos elaborar a DFC pelo método direto,
classificando os fatos contábeis, analisando o impacto no caixa da
empresa. Vejamos: 
 Compra à vista de estoque por R$ 20.000 = trata-se de atividade
operacional e tem impacto negativo no caixa.
 Compra de moto para entregas por R$ 30.000. Metade do valor foi
pago à vista e o restante será pago em 2018. = trata-se de atividade de
investimento e tem impacto negativo no caixa de metade do valor em
2017.
 Pagamento do seguro da moto com vigência de dois anos, a partir
de janeiro de 2017, no valor de R$ 4.800 = trata-se de atividade
operacional e tem impacto negativo no caixa de metade do valor em 2017.
 Os sócios integralizaram capital social em dinheiro, no valor de R$
18.000. = trata-se de atividade de financiamento e tem impacto positivo no
caixa.
 Contração de empréstimo bancário no valor de R$ 5.000. = trata-se
de atividade de financiamento e tem impacto positivo no caixa.
 Pagamento de juros sobre o empréstimo bancário no valor de R$
250. = apesar de poder ser classificado como atividade de financiamento,
a NBC TG 03 encoraja que seja classificado como "atividade operacional"
e tem impacto negativo no caixa.
 Empréstimo feito à empresa controlada no valor de R$ 35.000. =
trata-se de atividade de investimento e tem impacto negativo no caixa.
 Venda de metade do estoque por R$ 40.000 para recebimento em
2018. = trata-se de atividade operacional, mas não tem impacto no caixa
em 2017.
 Reconhecimento de despesas diversas no valor de R$ 30.000 para
pagamento em 2018. = trata-se de atividade operacional, mas não tem
impacto no caixa em 2017.

Separando agora os valores conforme as atividades e os impactos,


teremos:

Atividade Operacional = -20.000,00 – 4.800,00 -250,00 =  (25.050,00)


Ou seja, caixa consumido de 25.050,00.

Atividade de Investimento = -15.000,00 – 35.000,00 =  (50.000,00)


Ou seja, caixa consumido de 50.000,00.

Atividade de Financiamento =  18.000,00 + 5.000,00 =  23.000,00


Ou seja, caixa gerado de 23.000,00.

Com isso, vemos que a alternativa “C” é a correta, pois a atividade de


investimento consumiu caixa de R$ 50.000,00.

Gabarito: “C”

Uma entidade efetuou as seguintes operações em 2017: 


 Receita de vendas: R$600.000.
 Custo das mercadorias vendidas: R$250.000.
 Receita com a venda de ativo imobilizado: R$80.000.
 Custo do ativo imobilizado vendido: R$70.000.
 Receita de equivalência patrimonial: R$150.000.
 Despesa de salários de funcionários próprios: R$100.000.
 Despesa de salários de funcionários terceirizados: R$40.000.
 Despesa de aluguel: R$36.000.

Com base nas informações acima e na NBC TG 09 – Demonstração do


Valor Adicionado, assinale a alternativa que indica o valor adicionado
total a distribuir, apresentado na Demonstração do Valor Adicionado da
entidade em 31/12/2017.

A) R$ 320.000.
B) R$ 410.000.
C) R$ 434.000.
D) R$ 470.000.

Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago:

1º) O que a questão pede?


Para identificar a alternativa que apresente o valor adicionado total a
distribuir em 31/12/2017.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?


Em primeiro lugar é preciso saber a estrutura da DVA, de acordo com a
NBC TG 09.
Sabendo a estrutura da DVA, vamos começar por identificar em qual item
lançaremos cada uma das operações da empresa:

Receita de vendas será lançado no item 1


Custo das mercadorias vendidas será lançado no item 2
Receita com a venda de ativo imobilizado será lançado no item 1
Custo do ativo imobilizado vendido será lançado no item 2
Receita de equivalência patrimonial será lançado no item 6
Despesa de funcionários próprios será lançado no item 8
Despesa de funcionários terceirizados será lançado no item 2 (entende-se
como serviço tomado de outra empresa)
Despesa de aluguel será lançado no item 8.

Agora que já sabemos onde lançar cada item, vamos fazer os


lançamentos e apurar o valor do item 7 que é o valor adicionado a
distribuir
Portanto, o valor adicionado total a distribuir é de R$ 470.000,00

Gabarito: “D”

A NBC TA 705 – Modificações na Opinião do Auditor Independente


apresenta a determinação do tipo de modificação na opinião do auditor.
Sobre este assunto, analise as afirmativas, marque V para as verdadeiras
e F para as falsas.

( ) O auditor deve expressar uma opinião com ressalva quando, tendo


obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente, concluir que as
distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes e
generalizadas para as demonstrações contábeis.
( ) O auditor deve se abster de expressar uma opinião quando, em
circunstâncias extremamente raras envolvendo diversas incertezas,
concluir que, independentemente de ter obtido evidência de auditoria
apropriada e suficiente sobre cada uma das incertezas, não é possível
expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis devido à
possível interação das incertezas e seu possível efeito cumulativo sobre
essas demonstrações contábeis.
( ) O auditor deve expressar uma opinião adversa quando, tendo obtido
evidência de auditoria apropriada e suficiente, concluir que as distorções,
individualmente ou em conjunto, são relevantes e generalizadas nas
demonstrações contábeis; ou não é possível para ele obter evidência
apropriada e suficiente de auditoria para fundamentar sua opinião, mas
ele conclui que os possíveis efeitos de distorções não detectadas sobre
as demonstrações contábeis, se houver, poderiam ser relevantes, mas
não generalizados.

A sequência está correta em

A) F, V, F.
B) V, F, V.
C) F, F, V.
D) V, V, F.

Resolução em texto elaborada pela  Profª Yasmin:

1º) O que a questão pede?

Que julguemos os 3 itens do enunciado e analisemos a sequência correta,


mediante conhecimento da NBC TA 705 – Modificações na Opinião do
Auditor Independente.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Se trata de uma questão teórica de auditoria, onde analisaremos e


julgaremos cada item de acordo com a NBC TA 705.

Item I: O auditor deve expressar uma opinião com ressalva quando,


tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente, concluir que
as distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes e
generalizadas para as demonstrações contábeis.
Análise: é Falso, pois na NBC TA 705 diz o seguinte:
“7. O auditor deve expressar uma “Opinião com ressalva” quando:
(a) ele, tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente,
conclui que as distorções, individualmente ou em conjunto, são
relevantes, mas não generalizadas nas demonstrações contábeis; ou
(b) não é possível para ele obter evidência apropriada e suficiente de
auditoria para fundamentar sua opinião, mas ele conclui que os possíveis
efeitos de distorções não detectadas sobre as demonstrações contábeis,
se houver, poderiam ser relevantes, mas não generalizados.”
Item II: O auditor deve se abster de expressar uma opinião quando, em
circunstâncias extremamente raras envolvendo diversas incertezas,
concluir que, independentemente de ter obtido evidência de auditoria
apropriada e suficiente sobre cada uma das incertezas, não é possível
expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis devido à
possível interação das incertezas e seu possível efeito cumulativo sobre
essas demonstrações contábeis.
Análise: é Verdadeiro, pois está de acordo com o que a NBC TA 705 diz:
“10. O auditor deve se abster de expressar uma opinião quando, em
circunstâncias extremamente raras envolvendo diversas incertezas,
concluir que, independentemente de ter obtido evidência de auditoria
apropriada e suficiente sobre cada uma das incertezas, não é possível
expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis devido à
possível interação das incertezas e seu possível efeito cumulativo sobre
essas demonstrações contábeis. ”

Item III: O auditor deve expressar uma opinião adversa quando, tendo
obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente, concluir que as
distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes e
generalizadas nas demonstrações contábeis; ou não é possível para ele
obter evidência apropriada e suficiente de auditoria para fundamentar sua
opinião, mas ele conclui que os possíveis efeitos de distorções não
detectadas sobre as demonstrações contábeis, se houver, poderiam ser
relevantes, mas não generalizados.
Análise: é Falso, pois na NBC TA 705 diz o seguinte:
“8. O auditor deve expressar uma “Opinião adversa” quando, tendo
obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as
distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes e
generalizadas para as demonstrações contábeis.” (somente isto! Essa
segunda parte do item riscado acima, misturou com opinião com
ressalva)

Portanto, a sequência será F, V, e F.

Gabarito: “A”

De acordo com a NBC TP 01 – Perícia Contábil, o planejamento da perícia


é a etapa do trabalho pericial que antecede diligências, pesquisas,
cálculos e respostas aos quesitos, na qual o perito do juízo estabelece a
metodologia dos procedimentos periciais a serem aplicados, elaborando-
o a partir do conhecimento do objeto da perícia. Em relação aos objetivos
do planejamento da perícia, assinale uma alternativa INCORRETA.

A) Definir a natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos a


serem aplicados, em consonância com o objeto da perícia.
B) Estabelecer como ocorrerá a divisão das tarefas entre os membros da
equipe de trabalho, sempre que o perito necessitar de auxiliares.
C) Conhecer o objeto e a finalidade da perícia, a fim de permitir a adoção
de procedimentos que conduzam à revelação da verdade, a qual
subsidiará o juízo, o árbitro ou o interessado a tomar a decisão a respeito
da lide.
D) Identificar e avaliar riscos de distorções relevantes que possam
comprometer o andamento normal dos trabalhos de forma a não
comprometer a emissão de opinião sobre as demonstrações contábeis
e/ou laudo pericial.

Resolução em texto elaborada pela  Profª Yasmin:

1º) O que a questão pede?

Que assinalemos a alternativa INCORRETA, em relação aos “objetivos do


planejamento” da perícia contábil, conforme a NBC TP 01 – Perícia
Contábil.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Trata-se de uma questão teórica de perícia, onde se faz necessário o


conhecimento da NBC TP 01 – Perícia Contábil.

De acordo com a NBC TP 01, em seu item 31 sobre os objetivos do


planejamento:
“Os objetivos do planejamento da perícia são:
(a) conhecer o objeto e a finalidade da perícia, a fim de permitir a adoção
de procedimentos que conduzam à revelação da verdade, a qual
subsidiará o juízo, o árbitro ou o interessado a tomar a decisão a respeito
da lide;
(b) definir a natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos a
serem aplicados, em consonância com o objeto da perícia;
(c) estabelecer condições para que o trabalho seja cumprido no prazo
estabelecido;
(d) identificar potenciais problemas e riscos que possam vir a ocorrer no
andamento da perícia;
(e) identificar fatos importantes para a solução da demanda, de forma que
não passem despercebidos ou não recebam a atenção necessária;
(f) identificar a legislação aplicável ao objeto da perícia;
(g) estabelecer como ocorrerá a divisão das tarefas entre os membros da
equipe de trabalho, sempre que o perito necessitar de auxiliares;
(h) facilitar a execução e a revisão dos trabalhos.”

Então, podemos perceber que a alternativa que está INCORRETA é a letra


“D”.

Gabarito: “D”

Segundo a NBC TP 01 – Perícia Contábil, ao ser intimado para dar início


aos trabalhos periciais, o perito do juízo deve comunicar às partes e aos
assistentes técnicos: a data e o local de início da produção da prova
pericial contábil, exceto se designados pelo juízo. Sobre este assunto,
analise as afirmativas marque V para as verdadeiras e F para as falsas.

( ) Caso não haja, nos autos, dados suficientes para a localização dos
assistentes técnicos, a comunicação deve ser feita diretamente às partes
e/ou ao Juízo.
( ) O perito-assistente pode, tão logo tenha conhecimento da perícia,
manter contato com o perito do juízo, colocando-se à disposição para a
execução da perícia em conjunto.
( ) Na impossibilidade da execução da perícia em conjunto, o perito do
juízo deve permitir aos peritos-assistentes o acesso aos autos e aos
elementos de prova arrecadados durante a perícia, indicando local e hora
para exame pelo perito-assistente.
( ) O perito-assistente pode entregar ao perito do juízo cópia do seu
parecer técnico-contábil, previamente elaborado, planilhas ou memórias
de cálculo, informações e demonstrações que possam esclarecer ou
auxiliar o trabalho a ser desenvolvido pelo perito do juízo.

A sequência está correta em

A) F, F, F, V.
B) F, F, V, V.
C) F, V, V, V.
D) V, V, V, F.

Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para julgar as afirmativas apresentadas em verdadeiras ou falsas e depois


identificar a alternativa que apresente a sequência correta.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

As afirmativas apresentadas na questão, tratam da execução dos


trabalhos de perícia.

De acordo com a NBC TP 01:

“6. Ao ser intimado para dar início aos trabalhos periciais, o perito do
juízo deve comunicar às partes e aos assistentes técnicos: a data e o
local de início da produção da prova pericial contábil, exceto se
designados pelo juízo.
(a)      Caso não haja, nos autos, dados suficientes para a localização dos
assistentes técnicos, a comunicação deve ser feita aos advogados das
partes e, caso estes também não tenham informado endereço nas suas
petições, a comunicação deve ser feita diretamente às partes e/ou ao
Juízo.
(b)      O perito-assistente pode, tão logo tenha conhecimento da perícia, manter
contato com o perito do juízo, colocando-se à disposição para a
execução da perícia em conjunto.
(c)       Na impossibilidade da execução da perícia em conjunto, o perito do juízo
deve permitir aos peritos-assistentes o acesso aos autos e aos elementos
de prova arrecadados durante a perícia, indicando local e hora para
exame pelo perito-assistente.
(d)      O perito-assistente pode entregar ao perito do juízo cópia do seu parecer
técnico-contábil, previamente elaborado, planilhas ou memórias de
cálculo, informações e demonstrações que possam esclarecer ou auxiliar
o trabalho a ser desenvolvido pelo perito do juízo.”

Percebam que de todos os itens que constam na norma, o único que se


apresenta diferente é o item (a). E por isso, de todas as afirmativas
apresentadas é a única que é Falsa.

Portanto, teremos a sequência F, V, V, V.

Gabarito: “C”

A uberização do trabalho no século XXI


Tarefas sob demanda ganham espaço em um mercado transformado pela
automação e pela inteligência artificial

Na primeira metade do século XXI, o mundo do trabalho está em


ebulição. Os impactos das transformações provocadas pela automação
acentuada e pela inteligência artificial ainda são difíceis de mensurar – as
previsões vão de cortes de 10% a 40% dos empregos atuais. Uma
situação, porém, já faz parte do presente: as tarefas sob demanda,
tendência já batizada de uberização do trabalho. A carreira dentro de uma
única empresa ficou para trás, e as funções de média gerência estão
desaparecendo num processo considerado sem volta. O designer Wallace
Vianna, de 50 anos, viveu 13 anos sob o regime da carteira de trabalho,
nascido com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), com horário
fixo, férias e 13º salário. Atualmente, é empregado de si mesmo,
administra quatro contratos simultaneamente, convivendo com oscilação
de renda de um salário mínimo (R$ 954) a cinco salários (R$ 4.770).
“Sou técnico, publicitário, contato, cuido da parte financeira e
administrativa. Costumo oferecer um leque de opções para o cliente,
como web designer, professor de design, cubro férias de profissionais da
área. O trabalho pode ser com carteira assinada ou não. Depende do que
aparecer”, afirmou o profissional, formado em design pela Universidade
do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
Nesse novo mundo do trabalho, os empregos típicos da classe
média vão diminuir, dizem analistas. Até mesmo profissões com status de
doutor, como a de advogado ou médico, vão sofrer baques na
empregabilidade. Leitura de peças processuais e análise de exames
clínicos se darão com base em gigantescos bancos de dados, o big data,
eliminando uma etapa da preparação do processo na Justiça e no
diagnóstico do paciente.
“Está se criando um fosso entre os altamente qualificados e os de
baixa qualificação. Cada vez se necessita menos dos médios
qualificados. Onde havia gerentes que nos atendiam em agências de
turismo e companhias aéreas, há sistemas. O trabalho das 9 horas às 18
horas tende a desaparecer. Vai ser controlado à distância, numa
contratação mais precária, em prazos menores e com menos segurança”,
disse o procurador do Trabalho Rodrigo Carelli, professor de Direito do
Trabalho e de Direito e Sociedade da Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ).
Atualmente, no Brasil, de um total de 8,2 milhões de empresas, 4,2
milhões não têm empregados. No setor de serviços, onde o trabalho de
autônomos é mais intenso, esses negócios individuais chegam a
representar 59,2%. Nesses casos, as relações de trabalho viraram
relações empresariais.
(Cássia Almeida, com reportagem de Madson Gama. 28/05/2018.
Disponível em:
https://epoca.globo.com/tecnologia/noticia/2018/05/uberizacao-do-
trabalho-no-seculo-xxi.html.)

Questão 49:

O texto apresentado é construído a partir de elementos que se articulam


de forma a obter um resultado comunicacional satisfatório considerando-
se a situação de comunicação em que está inserido. Tendo em vista os
aspectos linguísticos empregados e a produção de sentido que emerge a
partir dos mesmos, analise as afirmativas a seguir.

I. Recorre-se à utilização de estratégias que conferem credibilidade ao


texto de modo recorrente.
II. A criação de neologismo pelo autor demonstra uma crítica à nova
demanda de que trata o texto que afeta o mercado de trabalho
convencional.
III. A utilização de verbos empregados predominantemente no presente
do indicativo tem sua função relacionada à estrutura textual apresentada
e seu objetivo comunicacional.
IV. Pode-se afirmar que a sequência textual dominante se desenvolve a
partir de argumentos que somados expressam um ponto de vista claro e
definido em relação ao assunto apresentado.

São consideradas corretas de acordo com o texto apenas

A) I e III.
B) II e III.
C) I, II e IV.
D) II, III e IV.
Resolução em texto elaborada pela  Profª Yasmin:

1º) O que a questão pede?

Que analisemos os 4 itens (afirmativas) para verificar se está de acordo


com o sentido do texto.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Vamos analisar cada item e confrontar o sentido de acordo com o texto:

Item I: Recorre-se à utilização de estratégias que conferem credibilidade


ao texto de modo recorrente.
Análise: Está correta! Uma das estratégias é ter utilizado entrevista com
pessoas que estão envolvidas com o assunto, e isto traz credibilidade.

Item II: A criação de neologismo pelo autor demonstra uma crítica à nova
demanda de que trata o texto que afeta o mercado de trabalho
convencional.
Análise: Está incorreta! O neologismo empregado no texto, no caso é a
palavra “uberização”, não diz que foi uma palavra criada pelo autor. Sem
falar que o autor não critica essa nova demanda, apenas relata fatos que
estão acontecendo.

Item III: A utilização de verbos empregados predominantemente no


presente do indicativo tem sua função relacionada à estrutura textual
apresentada e seu objetivo comunicacional.
Análise: Está correta! O presente do indicativo é um tempo verbal
utilizado para falar de uma ação que ocorre no momento da fala, e, como
o autor relata fatos que estão acontecendo, os verbos empregados estão
com esse objetivo comunicacional.

IV. Pode-se afirmar que a sequência textual dominante se desenvolve a


partir de argumentos que somados expressam um ponto de vista claro e
definido em relação ao assunto apresentado.
Análise: Está incorreta! Não mostra de maneira clara e definida qual o
ponto de vista do autor, apesar dos argumentos utilizados.

Sendo assim, estão corretos os itens I e III.

Gabarito: “A”

A uberização do trabalho no século XXI


Tarefas sob demanda ganham espaço em um mercado transformado pela
automação e pela inteligência artificial

Na primeira metade do século XXI, o mundo do trabalho está em


ebulição. Os impactos das transformações provocadas pela automação
acentuada e pela inteligência artificial ainda são difíceis de mensurar – as
previsões vão de cortes de 10% a 40% dos empregos atuais. Uma
situação, porém, já faz parte do presente: as tarefas sob demanda,
tendência já batizada de uberização do trabalho. A carreira dentro de uma
única empresa ficou para trás, e as funções de média gerência estão
desaparecendo num processo considerado sem volta. O designer Wallace
Vianna, de 50 anos, viveu 13 anos sob o regime da carteira de trabalho,
nascido com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), com horário
fixo, férias e 13º salário. Atualmente, é empregado de si mesmo,
administra quatro contratos simultaneamente, convivendo com oscilação
de renda de um salário mínimo (R$ 954) a cinco salários (R$ 4.770).
“Sou técnico, publicitário, contato, cuido da parte financeira e
administrativa. Costumo oferecer um leque de opções para o cliente,
como web designer, professor de design, cubro férias de profissionais da
área. O trabalho pode ser com carteira assinada ou não. Depende do que
aparecer”, afirmou o profissional, formado em design pela Universidade
do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
Nesse novo mundo do trabalho, os empregos típicos da classe
média vão diminuir, dizem analistas. Até mesmo profissões com status de
doutor, como a de advogado ou médico, vão sofrer baques na
empregabilidade. Leitura de peças processuais e análise de exames
clínicos se darão com base em gigantescos bancos de dados, o big data,
eliminando uma etapa da preparação do processo na Justiça e no
diagnóstico do paciente.
“Está se criando um fosso entre os altamente qualificados e os de
baixa qualificação. Cada vez se necessita menos dos médios
qualificados. Onde havia gerentes que nos atendiam em agências de
turismo e companhias aéreas, há sistemas. O trabalho das 9 horas às 18
horas tende a desaparecer. Vai ser controlado à distância, numa
contratação mais precária, em prazos menores e com menos segurança”,
disse o procurador do Trabalho Rodrigo Carelli, professor de Direito do
Trabalho e de Direito e Sociedade da Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ).
Atualmente, no Brasil, de um total de 8,2 milhões de empresas, 4,2
milhões não têm empregados. No setor de serviços, onde o trabalho de
autônomos é mais intenso, esses negócios individuais chegam a
representar 59,2%. Nesses casos, as relações de trabalho viraram
relações empresariais.
(Cássia Almeida, com reportagem de Madson Gama. 28/05/2018.
Disponível em:
https://epoca.globo.com/tecnologia/noticia/2018/05/uberizacao-do-
trabalho-no-seculo-xxi.html.)

O novo perfil de uma das profissões mais estáveis do Brasil

São Paulo – Faça chuva ou faça sol na economia do país, quem


trabalha com contabilidade parece estar sempre a salvo de turbulências.
Mas toda essa lendária estabilidade da carreira não se traduz em ausência
de novidades – ou de mudanças.
A chegada de novas tecnologias está alterando a antiga profissão,
e quem não acompanhar esse ritmo acabará ficando para trás, diz o
professor Bruno Salotti, coordenador da graduação em ciências
contábeis da FEA-USP (Faculdade de Economia, Administração e
Contabilidade da Universidade de São Paulo).
Foi-se o tempo em que o contador era o mero encarregado de
registrar manualmente em livros cada ocorrência contábil do negócio. As
atividades burocráticas da área passaram a ser cada vez menos feitas por
humanos com a chegada da informática e, mais tarde, dos softwares
especializados.
“O profissional deixou de produzir os dados e passou a analisá-los,
com o objetivo de prever o impacto contábil de cada decisão de
negócios”, diz Salotti. Nesse sentido, deixou de olhar para o passado da
empresa – o dinheiro que entrou e que saiu no mês anterior, por exemplo
–, e passou a fazer projeções para seu futuro.
A automatização de processos em contabilidade transformou um
trabalho burocrático em analítico, o que também abriu espaço para que
ele pudesse se tornar gerencial: há anos, grandes empresas já contam
com a figura do CAO (Chief Accounting Officer), uma posição de diretoria
alternativa à do tradicional CFO (Chief Financial Officer).
“O contador tem sido trazido para o âmbito da gestão”, afirma o
professor da USP. “Ele agora ajuda a desenhar operações para gerar
economia fiscal, identificar as melhores áreas geográficas para expandir
o negócio e delinear as estratégias da companhia de forma geral”.
(GASPARINI, Claudia. 18/12/2017. Disponível em:
https://exame.abril.com.br/carreira/o-novo-perfil-de-uma-das-profissoes-
mais-estaveis-do-brasil/.)

Questão 50:

Confrontando os textos apresentados “A uberização do trabalho no


século XXI”, denominado o primeiro texto, e “O novo perfil de uma das
profissões mais estáveis do Brasil”, denominado o segundo texto, é
correto afirmar que:

A) A citação de discurso alheio apresenta-se sob forma diversa e com


propósitos distintos em ambos os textos, que em nada podem ser
equiparados.
B) Os sentidos dos textos apresentados, expressos a partir de
informações consistentes, permitem que haja equivalência sobre
determinado ponto de vista acerca dos assuntos tratados.
C) Tendo em vista os meios de circulação explicitados nos dois textos,
pode-se afirmar que tanto a situação de comunicação quanto a linguagem
utilizada distinguem-se em virtude do nível de formalidade exigido para
cada um deles.
D) A compreensão dos conteúdos apresentados conduz ao entendimento
de que há uma relação explícita entre um e outro, revelando que os
procedimentos argumentativos utilizados no segundo texto expressam
uma refutação em relação aos apresentados no primeiro texto.
Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago:

1º) O que a questão pede?

Para analisar as afirmativas apresentadas e identificar a alternativa


correta

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Essa questão envolve interpretação. Por esse motivo, é possível que os


julgamentos que vou apresentar abaixo sejam diferentes dos julgamentos
feitos por vocês ao analisar cada uma das alternativas.

Nesses casos não se trata de certo ou errado, apenas ter consciência de


que é possível ter julgamentos diferentes sobre as afirmações e mesmo
assim chegarmos a uma mesma conclusão.

A alternativa “A” afirma que os textos não podem ser equiparados em


nada. Essa informação é falsa, uma vez que ambos os textos tratam sobre
mudanças no mercado de trabalho por causa da tecnologia.

Considerei a alternativa “B” correta, pois entendo que de certo modo, há


uma equivalência nos assuntos tratados.

A alternativa “C” considera os meios de comunicação de cada texto para


afirmar que a linguagem e a formalidade de cada um deles é diferente.
Ambos os textos foram publicados em revistas de grande circulação, uma
sendo a Época e a outra a Exame. Não consegui identificar níveis
diferentes de formalidade e tampouco diferenças na linguagem, por isso
considerei falsa.

A alternativa “D” é falsa ao afirmar que o segundo texto apresenta ideia


contrária ao primeiro. Considero mais que evidente que ambos os textos
possuem linhas de raciocínio muito parecidas e por isso expressam
ideias que se alinham. Por isso essa alternativa é falsa.

Gabarito: “B”
 

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