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HEBRAICO | A LÍNGUA SAGRADA

ESCRITA | SUMÉRIOS

ARAMAICO
Não podemos falar do hebraico sem falar também do
Aramaico. O alfabeto do aramaico é praticamente o
mesmo conforme as imagens abaixo. Assim como a
escrita do hebraico, ela sofreu mudanças no formato
da escrita.

DEFINIÇÃO
Antiga língua semítica,
aparentada de perto ao
hebraico e originalmente
falada pelos Arameus.
Com o passar do tempo,
porém, veio a abranger
diversos dialetos (alguns
deles tidos como
línguas distintas) e
gozou de amplo uso, em
especial no SO da Ásia.
Usava-se o aramaico
especialmente desde o
segundo milênio AEC
até por volta de
500 EC. É uma das três
línguas em que a Bíblia foi originalmente escrita. A
palavra hebraica ʼAra·míth ocorre cinco vezes e é
traduzida por “em sírio”, “na língua aramaica” ou “ao
idioma aramaico”.

O aramaico bíblico, anteriormente chamado caldaico


ou caldeu, é encontrado em Esdras 4:8 a 6:18, e 7:12-
26; Jeremias 10:11; e Daniel 2:4b a 7:28. Expressões
aramaicas aparecem também em outras partes da
Bíblia, mas, muitas das tentativas de peritos de
identificar fontes aramaicas para palavras hebraicas
são simplesmente conjecturais.

Os usos de algumas expressões aramaicas não


surpreendem, pois os hebreus tinham por muito
tempo um contato íntimo com os arameus e com a
língua aramaica. Entre as mais primitivas versões das
Escrituras Hebraicas em outras línguas acham-se os
Targuns aramaicos, embora não fossem assentados
por escrito senão alguns séculos depois de começar a
produção da Septuaginta grega, por volta de
280 AEC.

A Língua. O aramaico e o hebraico são ambos


classificados como pertencentes à família de línguas
semíticas do noroeste. Embora o aramaico difira
consideravelmente do hebraico, é uma língua
cognata, que possui as mesmas letras em seu
alfabeto, com os mesmos nomes que no hebraico.
Assim como o hebraico, é escrito da direita para a
esquerda, e, originalmente, a escrita aramaica era
consonantal. No entanto, o aramaico empregado na
Bíblia recebeu mais tarde pontos vocálicos por parte
dos massoretas (COPISTAS), assim como eles
colocaram pontos vocálicos no hebraico. O aramaico
foi influenciado por seu contato com outras línguas.

O aramaico bíblico, além de conter vários nomes


próprios hebraicos, acadianos e persas de localidades
e de pessoas, demonstra influência hebraica nos
termos religiosos, influência acadiana especialmente
em termos políticos e financeiros, e influência persa
em termos tais como os relacionados com assuntos
políticos e jurídicos.

O aramaico, além de ter a mesma forma de escrita


que o hebraico, possui similaridade com ele em suas
flexões verbais, nominais e pronominais. Os verbos
possuem dois estados, o imperfeito (indicando ação
incompleta) e o perfeito (significando ação
completada). O aramaico emprega substantivos no
singular, no dual e no plural, e possui dois gêneros, o
masculino e o feminino. Difere das outras línguas
semíticas por demonstrar preferência pelo som
vocálico a, e, de outros modos, inclusive certas
preferências consonantais, tais como d para z, e t
para sh.

Divisões básicas. O aramaico se divide geralmente


em grupos ocidentais e orientais. No entanto, do
ponto de vista histórico, tem-se reconhecido os
seguintes quatro grupos: aramaico antigo, aramaico
oficial, aramaico levantino e aramaico oriental. Tem-
se sugerido que, provavelmente, falavam-se vários
dialetos aramaicos na região do Crescente Fértil e da
Mesopotâmia, e em torno dela, durante o segundo
milênio AEC. Uma diferença entre as formas
primitivas do aramaico e do hebraico pode ser
observada em Gênesis 31:47. Depois de Jacó e Labão
se terem reconciliado, ergueu-se um montão de
pedras como testemunha entre eles. Labão o chamou
de “Jegar-Saaduta” em aramaico (sírio), ao passo que
Jacó o chamou de “Galeede”, em hebraico, ambas as
expressões significando “Montão de Testemunho”.

Aramaico antigo é o nome aplicado a certas


inscrições descobertas no norte da Síria, e que se diz
datarem do décimo ao oitavo séculos AEC.
Gradualmente, porém, um novo dialeto aramaico
tornou-se a língua franca ou língua internacional
auxiliar durante o tempo do Império Assírio,
suplantando o acadiano como língua usada na
correspondência governamental oficial com as
regiões distantes do império. Em vista de seu uso,
esta forma padrão de aramaico é chamada de
aramaico oficial. Continuou a ser empregada no
tempo em que Babilônia era a potência mundial
(625-539 AEC), e depois disso, durante o tempo do
Império Persa (538-331 AEC). Especialmente então,
gozou de amplo uso, sendo a língua oficial do
governo e do comércio numa ampla região, conforme
atestam as descobertas arqueológicas. Aparece em
registros feitos em tabuinhas cuneiformes; em
óstracos, papiros, selos, moedas; em inscrições em
pedra, e assim por diante. Esses artefatos têm sido
encontrados em terras tais como a Mesopotâmia, a
Pérsia, o Egito, a Anatólia, o norte da Arábia; em
regiões tão ao N como os montes Urais; e ao L, em
lugares tão distantes como o Afeganistão e o
Curdistão. O uso do aramaico oficial continuou
durante o período helenístico (323-30 AEC).

Parece que é este aramaico oficial que é encontrado


nos escritos de Esdras, de Jeremias e de Daniel. As
Escrituras também fornecem evidência de que o
aramaico era uma língua franca daqueles tempos
antigos. Assim, no oitavo século AEC, porta-vozes
designados pelo Rei Ezequias, de Judá, apelaram
para Rabsaqué, representante do rei assírio
Senaqueribe, dizendo: “Por favor, fala aos teus servos
em sírio [arameu, portanto, em aramaico], pois
estamos escutando; e não nos fales no idioma
judaico, aos ouvidos do povo que está sobre a
muralha.” (Is 36:11; 2Rs 18:26) Os oficiais de Judá
entendiam aramaico, ou sírio, mas, evidentemente,
naquele tempo, este não era entendido pelo povo
comum entre os hebreus em Jerusalém.

Alguns anos depois de os judeus terem voltado do


exílio babilônico, Esdras, o sacerdote, leu o livro da
Lei para os judeus reunidos em Jerusalém, e diversos
levitas o explicaram ao povo, Neemias 8:8
declarando: “Continuaram a ler alto no livro, na lei
do verdadeiro Deus, fornecendo-se esclarecimento e
dando-se o sentido dela; e continuaram a tornar a
leitura compreensível.” Esta exposição ou
interpretação talvez envolvesse a paráfrase do texto
hebraico em aramaico, os hebreus tendo
possivelmente adotado o aramaico enquanto em
Babilônia. Sem dúvida, a exposição envolveu também
um esclarecimento, para que os judeus, mesmo que
compreendessem o hebraico, discernissem o
profundo significado do que era lido.

Que Língua Falava Jesus? Nesta questão há uma


considerável diferença de opinião entre os peritos.
Entretanto, quanto às línguas usadas na Palestina na
época em que Jesus Cristo estava na terra, o
Professor G. Ernest Wright declara: “Podiam-se
ouvir, indubitavelmente, várias línguas nas ruas das
grandes cidades. O grego e o aramaico eram,
evidentemente, as línguas comuns, e a maioria das
populações urbanas podia provavelmente entender a
ambas, mesmo em cidades ‘modernas’, ou
‘ocidentais’, tais como Cesaréia e Samaria, onde o
grego era mais comum. Podiam-se ouvir soldados e
oficiais romanos conversarem em latim, ao passo que
judeus ortodoxos bem que podiam falar uma
variedade posterior de hebraico, uns com os outros,
língua que conhecemos não ser nem o hebraico
clássico, nem o aramaico, apesar de suas
similaridades com ambos.” Comentando ainda mais
a língua falada por Jesus Cristo, o Professor Wright
diz: “Tem-se debatido muito qual era a língua falada
por Jesus. Não dispomos de meio seguro de saber se
ele sabia falar grego ou latim, mas, em seu ministério
de ensino, ele usava regularmente quer o aramaico,
quer o hebraico popular, altamente aramaizado.
Quando Paulo falou a uma turba no Templo, diz-se
que ele falou hebraico (Atos 21:40). Os peritos, em
geral, consideram isto como significando o aramaico,
mas, é bem possível que um hebraico popular fosse
então a língua comum entre os judeus.” — Biblical
Archaeology (Arqueologia Bíblica), 1963, p. 243.

É possível que Jesus e seus primeiros discípulos, tais


como o apóstolo Pedro, pelo menos às vezes falassem
o aramaico galileu, dizendo-se a Pedro, na noite em
que Cristo foi preso: “Tu certamente és também um
deles, pois, de fato, o teu dialeto te trai.” (Mt 26:73)
Talvez se dissesse isto porque o apóstolo usava na
ocasião o aramaico galileu, embora não haja certeza
disso, ou talvez falasse em hebraico galileu, num
dialeto diferente do usado em Jerusalém ou em
outras partes da Judéia. Anteriormente, quando
Jesus veio a Nazaré, na Galiléia, e entrou na sinagoga
ali, ele leu da profecia de Isaías, evidentemente
conforme escrita em hebraico, e então disse: “Hoje se
cumpriu esta escritura que acabais de ouvir.” Não se
diz nada sobre Jesus traduzir este trecho para o
aramaico. De modo que é provável que, nesta
ocasião, os presentes podiam prontamente entender
o hebraico bíblico. (Lu 4:16-21) Pode-se também
notar que Atos 6:1, referindo-se a uma ocasião pouco
depois de Pentecostes de 33 EC, menciona judeus de
língua grega e judeus de língua hebraica em
Jerusalém.

O Professor Harris Birkeland (The Language of


Jesus [A Língua de Jesus], Oslo, 1954, pp. 10, 11)
salienta que ser o aramaico a língua escrita da
Palestina quando Jesus estava na terra não significa,
necessariamente, que fosse falado pelas massas.
Também, o fato de os Papiros Elefânticos
pertencentes a uma colônia judaica no Egito ter sido
escritos em aramaico tampouco prova que esta era a
língua principal ou comum na sua pátria, porque o
aramaico era então uma língua literária
internacional. Naturalmente, as Escrituras Gregas
Cristãs contêm vários aramaísmos; por exemplo,
Jesus usou algumas palavras aramaicas. Todavia,
conforme Birkeland argumenta talvez comumente
Jesus falasse o hebraico popular, ocasionalmente
usando expressões aramaicas.

Embora talvez não seja possível provar, conforme


Birkeland contende que o povo comum era iletrado
no que se referia ao aramaico, deveras parece que,
quando Lucas, médico instruído, registra que Paulo
falou aos judeus ‘em hebraico’, e que, quando o
apóstolo disse que a voz do céu falou-lhe ‘em
hebraico’, realmente se referisse a uma forma do
hebraico (embora talvez não ao hebraico antigo) e
não ao aramaico.

Dando apoio adicional a que se usava uma forma do


hebraico na Palestina quando Jesus Cristo estava na
terra, há antigos indícios de que o apóstolo Mateus
escreveu seu relato evangélico primeiro em hebraico.
Por exemplo, Eusébio (do terceiro e quarto
séculos EC) disse que “o evangelista Mateus
transmitiu seu Evangelho na língua hebraica”.
(Patrologia Graeca [Patrologia Grega], Vol. XXII col.
941) E Jerônimo (do quarto e quinto séculos EC)
declara na sua obra De viris inlustribus (A Respeito
de Homens Ilustres), capítulo III: “Mateus, também
chamado Levi, e que de republicano se tornou
apóstolo, primeiro de tudo produziu um Evangelho
de Cristo na Judéia, na língua e nos caracteres
hebraicos, para o benefício dos da circuncisão que
haviam crido. Ademais, o próprio em hebraico está
preservado até hoje na biblioteca de Cesárea, que o
mártir Pânfilo ajuntou tão diligentemente.”
(Tradução do texto latino editado por E. C.
Richardson e publicado na série “Texte und
Untersuchungen zur Geschichte der altchristlichen
Literatur”, Leipzig, 1896, Vol. 14, pp. 8, 9.) Portanto,
Jesus Cristo, como homem na terra, podia muito
bem ter usado uma forma de hebraico e um dialeto
de aramaico.

MAIS INFORMAÇÕES SOBRE O ARAMAICO

Aramaico é uma língua semítica pertencente


à família linguística afro-asiática. O nome da língua é
baseado no nome de Aram, uma antiga região do
centro da Síria. Dentro dessa família, o aramaico
pertence ao subgrupo semítico, e mais
especificadamente, faz parte das línguas semíticas do
noroeste, que também inclui as línguas
cananitas assim como o hebraico e o fenício. A escrita
aramaica foi amplamente adotada por outras línguas,
sendo assim, ancestral do alfabeto árabe e hebraico
moderno.

Foi à língua administrativa e religiosa de


diversos impérios da Antiguidade, além de ser o
idioma original de muitas partes dos
livros bíblicos de Esdras e Daniel, assim como
do Talmude.
O aramaico foi à língua falada por Jesus e ainda hoje
é a língua materna de algumas pequenas
comunidades no Oriente Médio, especialmente no
interior da Síria; e sua longevidade se deve ao fato de
ser escrito e falado pelos aldeões cristãos que durante
milênios habitavam as cidades ao norte de Damasco,
capital da Síria, entre elas reconhecidamente os
vilarejos de Maalula e Yabrud, esse último "onde
Jesus Cristo hospedou-se por três dias" além dessas
outras aldeias da Mesopotâmia, como Tur'Abdin ao
sul da Turquia, fizeram com que o aramaico
continuasse a ser falado até os dias de hoje.

ORIGEM DO HEBRAICO
A história secular não
revela a origem do idioma
hebraico — quanto a isso,
nem a da maioria dos
antigos idiomas
conhecidos, tais como o
sumeriano, o acadiano
(assírio-babilônico), o
aramaico e o egípcio. Isto
se dá porque esses
idiomas aparecem já plenamente desenvolvidos nos
mais antigos registros escritos encontrados pelos
homens. Os diversos conceitos apresentados pelos
peritos sobre a origem e o desenvolvimento do
hebraico — tais como os que afirmam que o hebraico
derivou do aramaico ou de algum dialeto cananeu —
portanto, são conjecturas.

O hebraico é notável pela sua brevidade, sendo que a


sua estrutura permite tal concisão. Em comparação,
o aramaico, a mais próxima ao hebraico dentre as
línguas semíticas, é mais ponderoso, perifrástico e
verboso. Na tradução, frequentemente é necessário
usar palavras auxiliares para expressar a forma
vívida, a qualidade pitoresca e a ação dramática do
verbo hebraico. Embora isso diminua um pouco a
brevidade, transmite mais plenamente a beleza e a
exatidão do texto hebraico.

A única fonte exata que fala sobre idiomas é a Bíblia.


Alguns costumam dizer que a Bíblia é antiga e
ultrapassada é porque nunca leram ou não sabem
avaliar o seu conteúdo. Ela sobreviveu a todo tipo de
ataque e conseguiu chegar até nós. Hoje ela pode ser
lida em mais 2.800 idiomas. Toda a humanidade tem
condições de conhecê-la caso queira. Ela descreve a
formação da terra, a criação dos animais e a criação
do homem.

O ato de escrever numa superfície letras ou


caracteres que transmitem palavras ou ideias não
teve seu inicio com o primeiro homem. O primeiro
homem, Adão, foi dotado da capacidade de falar
numa língua. Inicialmente, porém, haveria pouca ou
nenhuma necessidade de ele escrever. Adão podia
então fazer todas as comunicações oralmente, e,
como homem perfeito, não precisava depender de
um registro escrito para compensar uma memória
imperfeita. Não obstante, Adão deve ter tido a
capacidade de inventar algum meio de fazer um
registro escrito. Mas a Bíblia não fornece nenhuma
prova direta de que ele tivesse escrito, quer antes,
quer depois da sua transgressão.

Apresentou-se a ideia de que as palavras, “este é o


livro da história de Adão”, talvez indicassem que
Adão foi o escritor deste “livro”. (Gên. 5:1)
Comentando a frase “esta é a história” (“estas são as
origens”), que ocorre frequentemente em Gênesis,
P. J. Wiseman observa: “É a sentença concludente de
cada seção, e, portanto, aponta para trás, para a
narrativa já registrada.... Normalmente se refere ao
escritor da história ou ao proprietário da tabuinha
que a continha.” — New Discoveries in Babylonia
About Genesis (Novas Descobertas em Babilônia
Sobre Gênesis), 1949, p. 53.

Um exame do conteúdo destas histórias lança


bastante dúvida sobre a exatidão do conceito
apresentado por Wiseman. Por exemplo, segundo
este conceito, a seção que começa em Gênesis,
capítulo 36, versículo 10, concluiria com as palavras
de Gênesis 37:2: “Esta é a história de Jacó.” No
entanto, quase todo o registro refere-se à
descendência de Esaú e faz apenas referência
incidental a Jacó. Por outro lado, a informação que se
segue apresenta dados extensos sobre Jacó e sua
família. Além disso, se a teoria fosse correta, isto
significaria que Ismael e Esaú eram os escritores ou
donos dos documentos mais extensos sobre os tratos
de Deus com Abraão, Isaque e Jacó. Isto não parece
razoável, porque faria com que aqueles que não
tinham parte no pacto abraâmico fossem os que
tinham o maior interesse neste pacto. Seria difícil de
conceber que Ismael se preocupasse tanto com
eventos associados com os da casa de Abraão, que
fizesse empenho para conseguir um registro
pormenorizado sobre eles, registro que abrangia
muitos anos depois de ele ter sido despedido junto
com a sua mãe Agar.

De modo similar, não haveria motivo algum para


Esaú, que não apreciava coisas sagradas (He 12:16),
ter escrito ou ter sido dono dum relato que tratava
extensamente de eventos da vida de Jacó, eventos
dos quais Esaú não fora testemunha ocular. (Gên.
25:19-36:1) Também, não parece lógico concluir que
Isaque e Jacó na maior parte desconsiderassem os
tratos de Deus com eles, contentando-se em possuir
apenas um breve registro das genealogias de outra
pessoa.

A Escrita Antes do Dilúvio. Não há maneira de se


saber definitivamente se algumas das histórias
mencionadas no livro de Gênesis foram escritas antes
do Dilúvio, e a Bíblia não contém nenhuma
referência a escritos antediluvianos. No entanto,
deve-se notar que a construção de cidades, o
desenvolvimento de instrumentos musicais e o
forjamento de instrumentos de ferro e de cobre
tiveram início muito antes do Dilúvio. (Gên. 4:17,
21, 22) Portanto, é razoável que os homens teriam
poucas dificuldades em também desenvolver um
método de escrita. Visto que havia originalmente
apenas uma só língua (que mais tarde passou a ser
conhecida como o hebraico; veja HEBRAICO) e visto
que se sabe que os que continuavam a falar esta
língua, os israelitas, usavam um alfabeto, isto
sugere que a escrita alfabética podia ter existido
antes do Dilúvio.

O rei assírio Assurbanipal falou sobre ler “inscrições


em pedra da época anterior ao dilúvio”. (Light From
the Ancient Past [Luz do Passado Remoto], de
J. Finegan, 1959, pp. 216, 217) Mas estas inscrições
talvez simplesmente precedessem a uma inundação
local de proporções consideráveis, ou talvez fossem
relatos que supostamente contavam eventos de antes
do Dilúvio. Por exemplo, aquilo que se chama de “A
Lista dos Reis da Suméria”, depois de mencionar que
oito reis governaram por 241.000 anos, declara:
“(Daí) o Dilúvio varreu (a terra).” (Ancient Near
Eastern Texts [Textos Antigos do Oriente Próximo],
editado por J. Pritchard, 1974, p. 265) É bem
evidente que este registro não é autêntico.

Segundo a cronologia bíblica, o Dilúvio global dos


dias de Noé ocorreu em 2370 AEC. Arqueólogos têm
atribuído datas anteriores a esta a numerosas
tabuinhas de argila que desenterraram. Mas, estas
tabuinhas de argila não são documentos datados.
Portanto, as datas que se atribuem a elas são apenas
conjecturas e não fornecem nenhuma base sólida
para se determinar uma relação na corrente do
tempo com o Dilúvio bíblico. Não se sabe
definitivamente de nenhum artefato desenterrado
que date de tempos antediluvianos. Os arqueólogos
que têm atribuído objetos ao período antediluviano
têm feito isso à base de achados que, no melhor dos
casos, só podem ser interpretados como
evidenciando uma grande inundação local.

A Escrita Após o Dilúvio. Após a confusão da


língua original do homem em Babel, vieram à
existência diversos sistemas de escrita. Os babilônios,
os assírios e outros povos usavam a escrita
cuneiforme (em forma de cunha), que se imagina
terem sido desenvolvidos pelos sumerianos à base da
sua escrita pictográfica. Há evidência de que se usava
mais de um sistema de escrita numa mesma época.
Por exemplo, uma antiga pintura mural assíria
retrata dois escribas, um fazendo com um estilo
impressões cuneiformes numa tabuinha
(provavelmente em acadiano) e o outro escrevendo
com um pincel em pele ou papiro (possivelmente em
aramaico). A escrita hieroglífica egípcia consistia em
representações pictóricas e formas geométricas
distintas. Embora a escrita hieroglífica continuasse a
ser empregada para inscrições em monumentos e
murais, duas outras formas de escrita (primeiro a
hierática e depois a demótica) passaram a ser usadas.

Em sistemas não alfabéticos, a representação


pictográfica (ou a sua posterior, muitas vezes
irreconhecível, forma linear ou cursiva) podia
representar o objeto retratado, uma ideia transmitida
pelo objeto, ou outra palavra ou sílaba com a mesma
pronúncia. Para ilustrar, o simples desenho de um
olho poderia, em português, servir para dar a
entender um “olho”, o verbo “olhar”, ou os
substantivos “visão”, “vigilância”.

O sistema alfabético empregado pelos israelitas era


fonético, cada símbolo consonantal representando
determinado som consonantal. Os sons vocálicos,
porém, tinham de ser supridos pelo leitor, sendo que
o contexto determinava qual a palavra intencionada
no caso de termos terem a mesma grafia, mas uma
combinação diferente de sons vocálicos. Isto
realmente não era problema; até mesmo modernos
jornais, revistas e livros hebraicos omitem os sinais
vocálicos quase que inteiramente.

Alfabetização Entre os Israelitas. Sacerdotes de


Israel (Núm 5:23) e pessoas de destaque, tais como
Moisés (Êx 24:4), Josué (Jos 24:26), Samuel (1Sa
10:25), Davi (2Sa 11:14, 15) e Jeú (2Rs 10:1, 6) sabiam
ler e escrever, e o povo em geral, com algumas
exceções, também era alfabetizado. (Veja Jz 8:14; Is
10:19; 29:12.) Embora fosse aparentemente
figurativa, a ordem de os israelitas escreverem nas
ombreiras das suas casas, implicava em serem
alfabetizados. (De 6:8, 9) E a Lei exigia que o rei, ao
assumir o trono, escrevesse para si uma cópia da Lei
e a lesse diariamente. — De 17:18, 19.

Embora escritos hebraicos evidentemente fossem


bastante comuns, encontraram-se poucas inscrições
israelitas. Isto provavelmente se dá porque os
israelitas não erigiram muitos monumentos para
exaltar suas realizações. A maior parte da escrita,
inclusive dos livros da Bíblia, sem dúvida foi feita
com tinta em papiro ou pergaminho, e, portanto, não
duraria muito no solo úmido da Palestina. A
mensagem das Escrituras, porém, foi preservada
durante os séculos por estas serem meticulosamente
copiadas e recopiadas. Já a própria história da Bíblia
remonta ao próprio começo do homem e mesmo
antes. (Gên. caps. 1, 2) Os registros gravados em
pedra e os inscritos em tabuinhas de argila, prismas e
cilindros, em alguns casos talvez sejam bem mais
velhos do que o mais antigo manuscrito bíblico
existente, mas esses registros realmente não afetam a
vida das pessoas hoje em dia — muitos deles (como A
Lista dos Reis da Suméria) contêm rematadas
falsidades. Portanto, entre os escritos antigos, a
Bíblia se destaca como sem igual na apresentação de
uma mensagem significativa, que merece muito mais
do que um interesse passageiro.

Um exame do conteúdo destas histórias lança


bastante dúvida sobre a exatidão do conceito
apresentado por Wiseman. Por exemplo, segundo
este conceito, a seção que começa em Gênesis,
capítulo 36, versículo 10, concluiria com as palavras
de Gênesis 37:2: “Esta é a história de Jacó.” No
entanto, quase todo o registro refere-se à
descendência de Esaú e faz apenas referência
incidental a Jacó. Por outro lado, a informação que se
segue apresenta dados extensos sobre Jacó e sua
família. Além disso, se a teoria fosse correta, isto
significaria que Ismael e Esaú eram os escritores ou
donos dos documentos mais extensos sobre os tratos
de Deus com Abraão, Isaque e Jacó. Isto não parece
razoável, porque faria com que aqueles que não
tinham parte no pacto abraâmico fossem os que
tinham o maior interesse neste pacto. Seria difícil de
conceber que Ismael se preocupasse tanto com
eventos associados com os da casa de Abraão, que
fizesse empenho para conseguir um registro
pormenorizado sobre eles, registro que abrangia
muitos anos depois de ele ter sido despedido junto
com a sua mãe Agar. — Gên. 11:27b-25: 12.

De modo similar, não haveria motivo algum para


Esaú, que não apreciava coisas sagradas (He 12:16),
ter escrito ou ter sido dono dum relato que tratava
extensamente de eventos da vida de Jacó, eventos
dos quais Esaú não fora testemunha ocular. (Gên.
25:19-36:1) Também, não parece lógico concluir que
Isaque e Jacó na maior parte desconsiderassem os
tratos de Deus com eles, contentando-se em possuir
apenas um breve registro das genealogias de outra
pessoa. — Gên. 25:13-19a; 36:10-37:2a.

A Escrita Antes do Dilúvio. Não há maneira de se


saber definitivamente se algumas das histórias
mencionadas no livro de Gênesis foram escritas antes
do Dilúvio, e a Bíblia não contém nenhuma
referência a escritos antediluvianos. No entanto,
deve-se notar que a construção de cidades, o
desenvolvimento de instrumentos musicais e o
forjamento de instrumentos de ferro e de cobre
tiveram início muito antes do Dilúvio. (Gên. 4:17,
21, 22) Portanto, é razoável que os homens teriam
poucas dificuldades em também desenvolver um
método de escrita. Visto que havia originalmente
apenas uma só língua (que mais tarde passou a ser
conhecida como o hebraico; veja HEBRAICO) e visto
que se sabe que os que continuavam a falar esta
língua, os israelitas, usavam um alfabeto, isto
sugere que a escrita alfabética podia ter existido
antes do Dilúvio.

O rei assírio Assurbanipal falou sobre ler “inscrições


em pedra da época anterior ao dilúvio”. (Light From
the Ancient Past [Luz do Passado Remoto], de
J. Finegan, 1959, pp. 216, 217) Mas estas inscrições
talvez simplesmente precedessem a uma inundação
local de proporções consideráveis, ou talvez fossem
relatos que supostamente contavam eventos de antes
do Dilúvio. Por exemplo, aquilo que se chama de “A
Lista dos Reis da Suméria”, depois de mencionar que
oito reis governaram por 241.000 anos, declara:
“(Daí) o Dilúvio varreu (a terra).” (Ancient Near
Eastern Texts [Textos Antigos do Oriente Próximo],
editado por J. Pritchard, 1974, p. 265) É bem
evidente que este registro não é autêntico.

Segundo a cronologia bíblica, o Dilúvio global dos


dias de Noé ocorreu em 2370 AEC. Arqueólogos têm
atribuído datas anteriores a esta a numerosas
tabuinhas de argila que desenterraram. Mas, estas
tabuinhas de argila não são documentos datados.
Portanto, as datas que se atribuem a elas são apenas
conjecturas e não fornecem nenhuma base sólida
para se determinar uma relação na corrente do
tempo com o Dilúvio bíblico. Não se sabe
definitivamente de nenhum artefato desenterrado
que date de tempos antediluvianos. Os arqueólogos
que têm atribuído objetos ao período antediluviano
têm feito isso à base de achados que, no melhor dos
casos, só podem ser interpretados como
evidenciando uma grande inundação local.

A Escrita Após o Dilúvio. Após a confusão da


língua original do homem em Babel, vieram à
existência diversos sistemas de escrita. Os babilônios,
os assírios e outros povos usavam a escrita
cuneiforme (em forma de cunha), que se imagina
terem sido desenvolvidos pelos sumerianos à base da
sua escrita pictográfica. Há evidência de que se usava
mais de um sistema de escrita numa mesma época.
Por exemplo, uma antiga pintura mural assíria
retrata dois escribas, um fazendo com um estilo
impressões cuneiformes numa tabuinha
(provavelmente em acadiano) e o outro escrevendo
com um pincel em pele ou papiro (possivelmente em
aramaico). A escrita hieroglífica egípcia consistia em
representações pictóricas e formas geométricas
distintas. Embora a escrita hieroglífica continuasse a
ser empregada para inscrições em monumentos e
murais, duas outras formas de escrita (primeiro a
hierática e depois a demótica) passaram a ser usadas.

Em sistemas não alfabéticos, a representação


pictográfica (ou a sua posterior, muitas vezes
irreconhecível, forma linear ou cursiva) podia
representar o objeto retratado, uma ideia transmitida
pelo objeto, ou outra palavra ou sílaba com a mesma
pronúncia. Para ilustrar, o simples desenho de um
olho poderia, em português, servir para dar a
entender um “olho”, o verbo “olhar”, ou os
substantivos “visão”, “vigilância”.

O sistema alfabético empregado pelos israelitas era


fonético, cada símbolo consonantal representando
determinado som consonantal. Os sons vocálicos,
porém, tinham de ser supridos pelo leitor, sendo que
o contexto determinava qual a palavra intencionada
no caso de termos terem a mesma grafia, mas uma
combinação diferente de sons vocálicos. Isto
realmente não era problema; até mesmo modernos
jornais, revistas e livros hebraicos omitem os sinais
vocálicos quase que inteiramente.

Alfabetização Entre os Israelitas. Sacerdotes de


Israel (Núm 5:23) e pessoas de destaque, tais como
Moisés (Êx 24:4), Josué (Jos 24:26), Samuel (1Sa
10:25), Davi (2Sa 11:14, 15) e Jeú (2Rs 10:1, 6) sabiam
ler e escrever, e o povo em geral, com algumas
exceções, também era alfabetizado. (Veja Jz 8:14; Is
10:19; 29:12.) Embora fosse aparentemente
figurativa, a ordem de os israelitas escreverem nas
ombreiras das suas casas, implicava em serem
alfabetizados. (De 6:8, 9) E a Lei exigia que o rei, ao
assumir o trono, escrevesse para si uma cópia da Lei
e a lesse diariamente.

Embora escritos hebraicos evidentemente fossem


bastante comuns, encontraram-se poucas inscrições
israelitas. Isto provavelmente se dá porque os
israelitas não erigiram muitos monumentos para
exaltar suas realizações. A maior parte da escrita,
inclusive dos livros da Bíblia, sem dúvida foi feita
com tinta em papiro ou pergaminho, e, portanto, não
duraria muito no solo úmido da Palestina. A
mensagem das Escrituras, porém, foi preservada
durante os séculos por estas serem meticulosamente
copiadas e recopiadas. Já a própria história da Bíblia
remonta ao próprio começo do homem e mesmo
antes. (Gên. caps. 1, 2) Os registros gravados em
pedra e os inscritos em tabuinhas de argila, prismas e
cilindros, em alguns casos talvez sejam bem mais
velhos do que o mais antigo manuscrito bíblico
existente, mas esses registros realmente não afetam a
vida das pessoas hoje em dia — muitos deles (como A
Lista dos Reis da Suméria) contêm rematadas
falsidades. Portanto, entre os escritos antigos, a
Bíblia se destaca como sem igual na apresentação de
uma mensagem significativa, que merece muito mais
do que um interesse passageiro.

O idioma hebraico foi a língua que Deus deu para


humanidade. Embora seja uma língua de poucas
palavras em comparação com outras línguas, porém,
ela com menos palavras supre o necessário. O
Português tem mais de 300 mil palavras. Para que?
Há palavras que não usamos, portanto são
teoricamente desnecessárias.

O idioma hebraico era no princípio só falado. Após


um tempo à medida que a população aumentava, os
fenícios começaram encontrar um meio de escrever o
que eles comercializavam. Começou o alfabeto com
apenas os desenhos dos produtos.

A primeira nação ou civilização que deu início foi o


Egito. Na época do Egito a população aumentou
muito, portanto eles tinham que se comunicarem uns
com outros além da pronúncia, mas, também na
escrita.
É interessante
notar que
igualmente aos
fenícios que
usavam desenhos
dos produtos que
vendiam, os
egípcios formaram um alfabeto com suas ideias
pagãs, isto é, seus deuses. Isto se deu por volta de
1.500 antes de Cristo. Foi dado o nome de Proto-
Hebraico.

O povo hebreu ficou morando no Egito como cativo e


escravizado por 430 anos. Deus designou Moisés a
liderar a saída ou libertação deste povo e fazer deles
uma grande nação. Isto não foi nada fácil. Pois, o
Faraó não queria deixar o povo sair. Deus enviou em
etapas 10 pragas sobre os egípcios, culminando com
a última que foi a morte de todo os primogênitos de
cada família inclusive o primogênito do próprio
Faraó e atingiu até o primogênito do reino animal.

Por fim, depois destas pragas que atingiu o próprio


Faraó, ele deixou o povo sair. Toda aquela nação
hebreia segundo se relata tinha 600 mil homens.
Junto com as mulheres e crianças, calculam-se mais
ou menos três milhões de pessoas.

Quando a multidão chegou perto do monte Sinai


ficaram acampados por ali algum tempo. Deus deu os
10 mandamentos e mais uma série de requisitos
normativos para que o povo tivesse um código de lei
possibilitando a vida em comum e também o que
deveriam fazer para obter o favor de Deus.

Deus disse a Moisés que ele deveria escrever tudo


que ele ordenou. Interessante notar o que a Bíblia
menciona sobre o primeiro mandamento descrito no
livro de Êxodo no capítulo 20. Veja o que diz:
“Então Deus disse todas estas palavras: 2 “Eu sou
Jeová, seu Deus, que o tirou da terra do Egito, a terra
da escravidão. 3 Não tenha outros deuses além de
mim. 4 “Não faça para você imagem esculpida,
nem representação de algo que há nos céus, em
cima, ou na terra, embaixo, ou nas águas abaixo da
terra.5 Não se curve diante delas nem as sirva,pois
eu, Jeová, seu Deus, sou um Deus que exige devoção
exclusiva”.

Se Deus proibiu fazer imagens esculpidas de


quaisquer representações do há no céu, na terra, e
abaixo da terra, podemos perguntar: “Será que ele
iria permitir que Moisés escrevesse o hebraico com
representações de imagens
idólatras do Egito que
acabavam de sair”? Lógico que
não.
Portanto, o hebraico começou
a ser escrito com desenhos que
não lembrasse qualquer
vestígio do pagão Egito. Moisés escreveu os
mandamentos o que é chamado de Paleo-Hebraico.

Com o tempo o povo


judeu desenvolveu uma
forma de escrever no
quais chamaram de
Quadráticos. Esta forma
tem esta denominação
pela sua forma
quadrada de escrever.
Todas as letras cabem dentro de um quadrado.

Hoje há também a escrita Cursiva. Esta escrita é


quando ela é escrita à mão.
Atualmente a povo judeu após
a diáspora, conseguiu se
estabelecer na sua antiga terra
através de uma resolução da
ONU em 14/05/1948.

ASSINATURA DE DEUS NA
CRIAÇÃO DO HOMEM

DESIGN INTELIGENTE
Após 150 anos de ensino sobre a teoria da
evolução instituída por Charles Darwin em seu
livro “Origem das Espécies”, nos Estados
Unidos um grupo de pesquisadores afirma
terem identificado uma sequencia de números
que sempre se repetem no DNA humano. Seria
uma espécie da assinatura de Deus. Então
tiveram a ideia de substituir estes números por
letras hebraicas conforme exemplificado abaixo.
No hebraico cada letra tem um valor numérico.
Assim: 1,2,3,4,5,6,7,8,9,10. Depois assim:
10,20,30,40,50,60,70,80,90,100. Depois:
100,200,300,400,500,600,700,800,900,1000.
Assim por diante.

10 5 6 5

Letras Hebraicas ‫ י‬yod ‫ ה‬heh ‫ ו‬vav ‫ ה‬heh, YHVH


5 | 6 | 5 | 10
Em hebraico lê-se da direita para a esquerda.
Nesta sequencia numérica traduzindo para o
português é JEOVÁ ou JAVÉ. Os lexicógrafos
entendem que Jeová é mais adequado para o
idioma.
Alfabeto Hebraico

Uma Professora e historiadora em hebraico explica


que os primeiros escritos hebraicos, que se tornaram
na Bíblia que temos hoje, não tinham números
decimais como temos agora. Tanto os capítulos,
versículos e paginas a contagem era por letras.
A perfeição e a complexidade dos seres vivos e até
mesmo inanimados comprovam a existência de um
ser superior. Um super arquiteto e também um super
engenheiro concluíram os doutorados em física.
O DNA é um código que contém seis bilhões de
informações condensadas numa estrutura
microscopia extremamente eficientes. Nosso corpo
possui mais 100 trilhões de células. Neste código
genético é semelhante a um Software que contém
todos os detalhes do corpo humano. Está tudo lá bem
definido. A cor de seus olhos, de seus cabelos, o
formato de seu rosto e tudo que faz parte da pessoa.
Podemos chamar de Software da vida. Um Software
ou códigos só emanam de mentes inteligentes.
Portanto, é totalmente impossível atribuir ao acaso à
existência da vida na terra, sem mencionar a
dimensão do universo com bilhões de galáxias e
estrelas.

TERRA | HOMEM | SANGUE

‫אדמם‬
A palavra Terra possui quatro consoantes em
Hebraico conforme supracitado: Álaf, Dálet,
Meme no meio e Meme final. A pronúncia é

mais ou menos assim: ráretz. ‫אדמם‬

A Bíblia refere ao primeiro homem dizendo que


ele foi feito do pó. Os elementos químicos da
terra estão presentes em nosso corpo.
Interessante que o nome do primeiro homem
Deus o chamou de Adão.
O nome dele possui três consoantes da palavra
terra: Álaf, Dálet e Meme final. A pronúncia é
mais ou menos assim: Adâm. Transliterado

para o português; Adão. ‫א דם‬

Outro detalhe significativo são as consoantes


utilizadas para a palavra sangue: Dálet e Meme
final. A pronúncia é mais ou menos assim:

Dâm. ‫דם‬

O que isto significa? A Bíblia menciona a


proibição de utilizar o sangue de qualquer
criatura. Seja ela do reino animal e com muito
mais ênfase o sangue humano que tem muito
mais valor.

Veja o que Gênesis 9: 3, 4: “Todo animal que se


move e que está vivo pode servi-lhe de
alimento. Assim como dei a vocês a vegetação
verde, eu lhes dou todos eles. Somente não
comam a carne de um animal com seu sangue,
que é a sua vida”.
No livro de Levítico Deus deu mais ênfase e as
consequências para quem desobedecesse as
suas ordens. Veja a seguir Levítico 17: 10-14.

10 “‘Se algum homem da casa de Israel ou


algum estrangeiro que mora entre vocês comer
o sangue de qualquer criatura, eu certamente
me voltarei contra aquele que comer o sangue,
e o eliminarei dentre seu povo. 11 Pois a vida de
uma criatura está no sangue, e eu mesmo o dei
a vocês para que façam expiação por si
mesmos no altar. Pois é o sangue que faz
expiação por meio da vida que está nele. 12 Foi
por isso que eu disse aos israelitas: “Nenhum
de vocês deve comer sangue, e nenhum
estrangeiro que mora entre vocês deve comer
sangue.” 13 “‘Se algum israelita ou algum
estrangeiro que mora entre vocês, ao caçar,
apanhar um animal selvagem ou uma ave que
se pode comer, ele terá de derramar o sangue e
cobri-lo com pó.14 Pois a vida de todo tipo
de criatura é seu sangue, porque a vida está no
sangue. Por isso eu disse aos israelitas: “Não
comam o sangue de nenhuma criatura, porque
a vida de todas as criaturas é seu sangue.
Quem o comer será eliminado”.
O sangue do ponto de vista de Deus pertence a
ele porque ele é o Criador da vida.

Sobre a doação e a recepção de órgãos é uma


questão pessoal. Não há nenhum princípio
bíblico sobre esta questão. O Sangue é
inegociável.

É POSSÍVEL DETUPAR O HEBRAICO COM ENSINOS


PAGÃOS?
Quando Deus criou o ser humano sua intenção era
que ele vivesse eternamente. Somente morreriam
caso desobedecem a sua ordem que era o princípio de
uma lei para que pudesse governar, visto que, ele
criou os humanos com livre arbítrio. Infelizmente
uma lei tão simples e nada de complicação, mesmo
assim o primeiro casal desobedeceu à sua ordem.
Veja a lei descrita em Gênesis 2:15-17:

“15 Deus tomou o homem e o estabeleceu no jardim


do Éden, para que o cultivasse e tomasse conta
dele. 16 Deus deu também esta ordem ao homem:
“De toda árvore do jardim, você pode comer à
vontade. 17 Mas, quanto à árvore do conhecimento
do que é bom e do que é mau, não coma dela,
porque, no dia em que dela comer, você
certamente morrerá.”

Esta lei foi dada para estabelecer limites e para que o


homem aprendesse a necessidade de ser submisso a
Deus. Esta lei era muito simples de ser obedecida.
Mas infelizmente, por um desvio de percurso, o casal
desobedeceu e consequentemente herdou a morte.

O que aconteceu? Um anjo de Deus resolveu e deixou


desenvolver em seu coração um desejo errado. Esse
desejo era a inveja de ver a terra toda cheia de
pessoas adorando a Deus. Ele tomou a pior decisão.
Ele influenciou Eva da seguinte forma: Veja o relato
de Gên. 3:1-24:

3 “A serpente era o mais cauteloso de todos os


animais selvagens, que Jeová Deus havia feito.
Assim, ela disse à mulher: “Foi isso mesmo que Deus
disse, que vocês não devem comer de toda árvore do
jardim?” 2 Então a mulher disse à serpente:
“Podemos comer do fruto das árvores do
jardim. 3 Mas, sobre o fruto da árvore que está no
meio do jardim, Deus disse: ‘Não comam dele, não,
nem toquem nele; do contrário, vocês
morrerão.’” 4 Então a serpente disse à mulher:
“Vocês certamente não morrerão. 5 Pois Deus sabe
que, no mesmo dia em que comerem dele, seus olhos
se abrirão e vocês serão como Deus, sabendo o que é
bom e o que é mau.” 6 Assim, a mulher viu que a
árvore era boa para alimento e que era desejável
aos olhos, sim, a árvore era agradável de
contemplar. Então ela pegou do seu fruto e começou
a comê-lo. Depois deu também do fruto ao seu
marido, quando ele estava com ela, e ele começou a
comê-lo. 7 Então os olhos de ambos se abriram, e
eles perceberam que estavam nus. Por isso
costuraram folhas de figueira para cobrir a sua
nudez. 8 Mais tarde eles ouviram a voz de Jeová
Deus, que estava andando pelo jardim, por volta da
hora em que a brisa soprava, e o homem e sua
esposa se esconderam da face de Jeová Deus entre
as árvores do jardim. 9 E Jeová Deus chamava o
homem e lhe dizia: “Onde você está?” 10 Por fim, ele
respondeu: “Ouvi a tua voz no jardim, mas fiquei
com medo porque eu estava nu, por isso me
escondi.” 11 Com isso, ele perguntou: “Quem lhe
disse que você estava nu? Por acaso você comeu da
árvore de que lhe ordenei que não comesse?” 12 O
homem disse: “A mulher que me deste para estar
comigo, foi ela que me deu do fruto da árvore, por
isso comi.” 13 Jeová Deus disse então à mulher: “O
que você fez?” A mulher respondeu: “A serpente me
enganou, por isso comi.” 14 Então Jeová Deus disse
à serpente: “Por ter feito isso, você é maldita entre
todos os animais domésticos e todos os animais
selvagens. Sobre o seu ventre você rastejará, e
comerá pó todos os dias da sua vida. 15 E porei
inimizade entre você e a mulher, e entre o seu
descendente e o descendente dela. Este esmagará a
sua cabeça, e você ferirá o calcanhar dele.” 16 À
mulher ele disse: “Aumentarei muito as dores da sua
gravidez; em dores você dará à luz filhos, e terá
desejo de estar com seu marido, e ele a
dominará.”17 E a Adão ele disse: “Visto que você
escutou a voz da sua esposa e comeu da árvore a
respeito da qual lhe dei a ordem: ‘Não coma dela’,
maldito é o solo por sua causa. Em dor você comerá
dos produtos dele todos os dias da sua vida. 18 Ele
produzirá para você espinhos e abrolhos, e você terá
de comer a vegetação do campo. 19 No suor do seu
rosto comerá pão, até que você volte ao solo, pois
dele foi tirado. Porque você é pó e ao pó voltará.”
20 Depois disso, Adão chamou a sua esposa de

Eva, porque ela se tornaria a mãe de todos os


viventes. 21 E Jeová Deus fez vestes compridas de
pele para Adão e para sua esposa, a fim de vesti-
los. 22 Jeová Deus disse então: “O homem se tornou
como um de nós, sabendo o que é bom e o que é
mau. Agora, para que ele não estenda a mão e
pegue também do fruto da árvore da vida, e coma, e
viva para sempre, . . .” 23 Com isso, Jeová Deus o
expulsou do jardim do Éden para cultivar o solo de
que tinha sido tirado. 24”
De forma que, ele expulsou o homem, e colocou ao
leste do jardim do Éden e Deus colocou dois anjos
querubins e a lâmina chamejante de uma espada que
girava continuamente, guardando o caminho para a
árvore da vida.

Caso o homem não comesse do fruto que levaria a


morte, havia também outra árvore que após passar o
período da prova ele comeria da árvore da vida. Esta
dava a oportunidade de viver para sempre.

INICIO DA RELIGIÃO FALSA

Este anjo que disse para Eva que ela não morreria,
veio a ser conhecido pelo nome em hebraico de Diabo
e Satanás. Para muitas pessoas este nome assusta,
porém elas significam; opositor e caluniador.

Como a morte veio, para cobrir uma mentira


normalmente tem que haver outra mentira para
tentar justificar a primeira. Foi isto que Satanás fez.
Ele inventou que nós temos uma alma que não
morre. Além da palavra alma há também a palavra
espírito. Na mentira dele, ela inventou que alma não
morre e nem o espírito. Quem é bom vai para o céu e
que não é vai para o inferno. Mas, não foi isso que
Deus disse. Ele falou que o homem voltaria ao pó da
terra, ou seja, deixaria de existir. Ainda mais, Deus
não é cruel para deixar a pessoa sofrer num inferno
eternamente.

O DESENVOLVIMENTO DA RELIGIÃO FALSA

Após a destruição dos homens maus no dilúvio, os


filhos de Noé; Sem Cã e Jafé tiveram seus filhos e ao
passo que a descendência deles aumentava em
número, os habitantes da Terra de Sinear, uma
planície, onde atualmente é o Iraque, iniciaram a
construção de uma grande torre para fazerem um
nome célebre. Deus confundiu a língua hebraica que
eles falavam apagando totalmente da mente deles e
foi implantada uma nova língua forçando eles
desistirem da construção da torre que seria uma
concentração da religião falsa. O hebraico continuou
a ser falado somente pelos seus servos fieis.

Com o tempo, a humanidade foi aumentando e


surgiu a primeira potência mundial; o Egito. O Egito
desenvolveu também na crença de diversos deuses.
Até mesmo o próprio Faraó seria um deus
encarnado.
TRINDADE

Uma doutrina que mais deturpa a identidade de Deus


é a doutrina da trindade. Nesta doutrina chamada de
mistério é que O Pai, Filho e Espírito Santo são
apenas um. Três em um.

O escudo acima ou diagrama tradicional Scutum


Fidei do simbolismo medieval cristão ocidental,
desde o século XII.
A Santíssima Trindade, por um mestre português
desconhecido (século XVI). Museu Diocesano de
Santarém, Portugal.

Falando sobre as diversas religiões da humanidade


levou as pessoas ficarem confusas sem saber onde
está realmente a verdade. Por exemplo; os Induz
acreditam em mais de 330 milhões de deuses. Não
consigo entender o porquê de tantos deuses e como
conseguiram contá-los.

A VERDADE CONTIDA NA BÍBLIA

A Bíblia começou a ser escrita em 1.513 a.C. Moisés


foi o escritor dos cinco primeiros livros. Gênesis,
Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.

Para uma melhor e a única compreensão, devemos


entender a origem ou a raiz da palavra hebraica e
também discernir o verdadeiro sentido de quem
escreveu e como pensavam e entendiam os Israelitas
e consequentemente os Judeus.
Não há nenhuma indicação que os Judeus criam em
uma trindade. Eles acreditavam em só Deus. Todos

usavam ostensivamente o nome dele Jeová.

Naquela época a identidade de Jesus Cristo nem era


conhecida. A única coisa que eles sabiam e aguardava
ansiosamente, era a vinda do Messias que seria o
libertador da humanidade da escravidão do pecado e
a morte. Alguns líderes judaicos acreditavam que o
Messias iria libertá-los do jugo dos romanos. Talvez
um Messias político.

A MORTE PARA OS JUDEUS

Falando de modo simples a morte é o contrário da


vida. Os Judeus não tinham medo da morte e nem
que sofreriam após a morte. Não há nenhuma
evidência dessa possibilidade nas crenças judaicas.

Muitas vezes quando uma pessoa estava


extremamente estressada e sofrendo, a pessoa queria
morrer para ficar livre do sofrimento.

SEOL
O SEOL significa: Sepultura comum da humanidade,
o domínio da sepultura; não um lugar de
sepultamento ou sepulcro específico (hebr.: qé·ver,
Jz 16:31; qevu·ráh, Gên 35:20), nem um túmulo
individual (hebr.: ga·dhísh, Jó 21:32).

Embora se tenham oferecido diversas derivações da


palavra hebraica sheʼóhl, pelo visto, ela deriva do
verbo hebraico sha·ʼál, que significa “pedir; solicitar”.
Samuel Peake, em A Compendious Hebrew Lexicon
(Léxico Compendioso do Hebraico), declara que é “o
receptáculo comum ou região dos mortos; chamado
assim por causa da insaciabilidade da sepultura, a
qual como que sempre pede ou quer mais”.
(Cambridge, 1811, p. 148) Isto indica que o Seol é o
lugar (não uma condição) que pede ou exige todos
sem distinção, porque recebe em si os mortos da
humanidade.

A palavra hebraica sheʼóhl ocorre 65 vezes no texto


massoretico. Na versão Almeida, revista e corrigida, é
traduzida 28 vezes por “inferno”, 27 vezes por
“sepultura”, 5 vezes por “sepulcro”, 2 vezes é deixada
“Seol” e uma vez cada é vertida “terra”, “mundo
invisível” e “enterrado”. A versão católica de Matos
Soares verte a palavra 34 vezes por “inferno(s)”, 11
vezes por “habitação dos mortos”, 11 vezes por
“sepulcro”, 4 vezes por “sepultura”, 2 vezes por
“cheol” e uma vez cada por “abismo”, “morte” e
“perigos exiciais”. Além disso, em Isaías 7:11, o texto
hebraico originalmente rezava sheʼóhl, e foi traduzido
“Hades” nas antigas versões gregas de Áquila, Símaco
e Teodócio, e como “terra” na versão de Matos
Soares.

Não há nenhuma palavra portuguesa que transmita o


sentido exato da palavra hebraica sheʼóhl.
Comentando o uso da palavra “inferno” na tradução
da Bíblia, Collier’s Encyclopedia (Enciclopédia da
Collier; 1986, Vol. 12, p. 28) diz: “Visto que Seol, nos
tempos do Antigo Testamento, se referia
simplesmente à habitação dos mortos e não sugeria
distinções morais, a palavra ‘inferno’, conforme
entendida atualmente, não é uma tradução feliz.”
Versões mais recentes transliteram a palavra como
“Xeol”, “Cheol” ou “Seol”. — BJ, BMD, NM.

A respeito de Seol, a Encyclopædia Britannica


(Enciclopédia Britânica; 1971, Vol. 11, p. 276)
observou: “Seol estava localizado em alguma parte
‘debaixo’ da terra. . . . A condição dos mortos não era
de dor nem de prazer. Nem a recompensa para os
justos nem o castigo para os iníquos estavam
relacionados com o Seol. Tanto os bons como os
maus, tiranos e santos, reis e órfãos, israelitas e
gentios — todos dormiam juntos sem estarem
cônscios uns dos outros.”

Ao passo que, em séculos posteriores, o ensino grego


da imortalidade da alma humana se infiltrou no
pensamento religioso judaico, o registro bíblico
mostra que Seol se refere à sepultura comum da
humanidade como lugar onde não existe estado
consciente. (Ec 9:4-6, 10) Os que estão no Seol não
louvam a Deus, nem o mencionam. (Sal 6:4, 5; Is
38:17-19) No entanto, não se pode dizer que
simplesmente represente ‘a condição de se estar
separado de Deus’, pois as Escrituras tornam tal
ensino insustentável por mostrar que o Seol está
“diante” dele, e que Deus, na realidade, está “lá”. (Pr
15:11; Sal 139:7, 8; Am 9:1, 2) Por este motivo, Jó,
ansiando ser liberto do sofrimento, orou para que
pudesse ir ao Seol e mais tarde ser lembrado por
Jeová, e ser chamado para sair do Seol. — Jó 14:12-
15.

Em todas as Escrituras inspiradas, o Seol


continuamente é associado com a morte, não com a
vida. (1Sa 2:6; 2Sa 22:6; Sal 18:4, 5; 49:7-10, 14, 15;
88:2-6; 89:48; Is 28:15-18; compare também Sal
116:3, 7-10, com 2Co 4:13, 14.) Ele é chamado de “a
terra de escuridão” (Jó 10:21) e de lugar de silêncio.
(Sal 115:17) Pelo visto, Abel foi o primeiro a ir para o
Seol, e desde então incontáveis milhões de mortos
humanos se juntaram a ele no pó do solo.

No dia de Pentecostes de 33 EC, o apóstolo Pedro


citou o Salmo 16:10 e o aplicou a Cristo Jesus. Lucas,
citando as palavras de Pedro, usou a palavra grega
haí·des, mostrando com isso que Seol e Hades se
referem à mesma coisa, à sepultura comum da
humanidade. (At 2:25-27, 29-32) Durante o Reinado
Milenar de Jesus Cristo, o Seol, ou Hades, será
esvaziado e destruído pela ressurreição de todos os
que estiverem nele. — Re 20:13, 14.

Jonas e o Seol. No relato sobre Jonas, declara-se


que “Jonas orou a Jeová, seu Deus, desde as
entranhas do peixe e disse: ‘Na minha aflição clamei
a Jeová e ele passou a responder-me. Do ventre do
Seol clamei por ajuda. Ouviste a minha voz.’” (Jon
2:1, 2) Portanto, Jonas comparou o interior do peixe
ao Seol. Ele a bem dizer estava morto dentro do
peixe, mas Jeová fez subir a vida dele da cova, ou do
Seol, por preservá-lo vivo e fazer com que fosse
vomitado. — Jon 2:6; compare isso com Sal 30:3.

Jesus comparou a estada de Jonas no ventre do peixe


ao que aconteceria com ele mesmo, dizendo:
“Porque, assim como Jonas esteve três dias e três
noites no ventre do enorme peixe, assim estará
também o Filho do homem três dias e três noites no
coração da terra.” (Mt 12:40) Embora Jesus não
usasse ali a palavra “Seol” (Hades), o apóstolo Pedro
usou a palavra “Hades” ao se referir à morte e à
ressurreição de Jesus. — At 2:27.

Sobre a palavra “Seol”, disseram Brynmor F. Price e


Eugene A. Nida: “A palavra ocorre muitas vezes nos
Salmos e no livro de Jó para se referir ao lugar ao
qual vão todos os mortos. É representado como lugar
escuro, em que não há atividade digna de menção.
Não há distinções de moral ali, de modo que ‘inferno’
(KJV) não é uma tradução apropriada, visto que
sugere um contraste com o ‘céu’ como morada dos
justos após a morte. De certo modo, ‘a sepultura’, em
sentido genérico, é um equivalente próximo, exceto
que Seol é mais uma sepultura em massa, em que
todos os mortos moram juntos. . . . O uso desta
específica imagem retórica talvez fosse apropriado
aqui [em Jonas 2:2], em vista do encarceramento de
Jonas no interior do peixe.” — A Translators
Handbook on the Book of Jonah (Manual do
Tradutor Para o Livro de Jonas), 1978, p. 37.

A origem para palavra sheʼóhl. Não se sabe


exatamente quando ela começou a ser usada, porém
o significado dela sobre a compreensão dos Judeus
era de inexistência. A pessoa não estava em nenhum
lugar. Somente seus ossos estavam no Seol ou
sepultura.

A palavra ALMA (Né·fesh) em hebraico, que as


religiões ensinam como algo que sai da pessoa e vai
para outro lugar e continua existindo, em hebraico de
onde se originou a palavra não trás este sentido. Ela
significa simplesmente PESSOA. Pessoa viva; alma
viva, pessoa morta, alma morta. Também é usada
para animais.

Interessante como na língua hebraica verte o


verdadeiro sentido de alma. Veja o que diz Ezequiel
18:4.
“4Pois todas as almas pertencem a mim. Tanto a
alma do pai como a alma do filho pertencem a mim.
A alma que pecar é a que morrerá”.
Aqui deixa claro que em hebraico a alma morre,
portanto não está sofrendo em lugar nenhum.
Outros textos digno de nota são estes: Eclesiastes 9:5
e 10:
“5 Pois os vivos sabem que morrerão, mas os
mortos não sabem absolutamente nada, nem
têm mais recompensa, porque toda lembrança deles
caiu no esquecimento
“10Tudo o que a sua mão achar para fazer, faça-o
com toda a sua força, pois não há trabalho, nem
planejamento, nem conhecimento, nem sabedoria
na Sepultura, { sheʼóhl }o lugar para onde você vai”.
Outro termo que gera polêmica é a palavra espírito.
Escreve como abaixo e sua pronúncia. Muitas
religiões ensinam que o espírito sai da pessoa a vai
para o céu ou conforme a crença pode estar em um
local intermediário. Limbo. Porém, esta palavra tem
o sentido de fôlego ou respiração.

ESPÍRITO
A palavra grega pneú·ma (espírito) deriva de pné·o,
que significa “respirar ou soprar”, e crê-se que a
palavra hebraica rú·ahh (espírito) derive duma raiz
que tem o mesmo sentido. Rú·ahh e pneú·ma,
portanto, significam basicamente “fôlego”, mas têm
significados ampliados além do sentido básico. (Veja
Hab 2:19; Re 13:15.) Podem também significar vento;
a força vital nas criaturas viventes; o espírito que a
pessoa revela ter; pessoas espirituais, inclusive Deus
e suas criaturas angélicas; e a força ativa de Deus, ou
Seu espírito santo. (Veja Lexicon in Veteris
Testamenti Libros [Léxico dos Livros do Velho
Testamento], de Koehler e Baumgartner, Leiden,
1958, pp. 877-879; Hebrew and English Lexicon of
the Old Testament [Léxico Hebraico e Inglês do
Velho Testamento], de Brown, Driver e Briggs, 1980,
pp. 924-926; Theological Dictionary of the New
Testament [Dicionário Teológico do Novo
Testamento], editado por G. Friedrich, traduzido
para o inglês por G. Bromiley, 1971, Vol. VI, pp. 332-
451.) Todos estes significados têm uma coisa em
comum: todos se referem a algo invisível para a visão
humana e que dá evidência de força em ação. Tal
força invisível é capaz de produzir efeitos visíveis.

Outra palavra hebraica, nesha·máh (Gên 2:7),


também significa “fôlego”, mas tem sentido mais
limitado do que rú·ahh. A palavra grega pno·é parece
ter um sentido limitado similar (At 17:25) e foi usada
pelos tradutores da Septuaginta para verter
nesha·máh.

Vento. Consideremos primeiro o sentido que talvez


seja mais fácil de compreender. O contexto, em
muitos casos, mostra que rú·ahh significa “vento”,
como “vento oriental” (Êx 10:13), os “quatro ventos”.
(Za 2:6) A menção de coisas tais como nuvens,
tempestades, o vento levar palha, ou coisas de
natureza similar, que aparecem no contexto,
frequentemente torna evidente este sentido. (Núm
11:31; 1Rs 18:45; 19:11; Jó 21:18) Por se usarem os
quatro ventos para significar as quatro direções —
leste, oeste, norte e sul — rú·ahh às vezes pode ser
traduzido ‘direção’ ou ‘lado’. — 1Cr 9:24; Je 49:36;
52:23; Ez 42:16-20.

Jó 41:15, 16, diz a respeito das escamas bem


ajustadas do leviatã que “nem mesmo o ar
[werú·ahh] pode penetrar entre elas”. Aqui,
novamente, rú·ahh representa ar em movimento, não
apenas ar num estado parado ou imóvel. De modo
que está presente a ideia de uma força invisível, a
característica básica da palavra hebraica rú·ahh.

Evidentemente, o único caso em que, nas Escrituras


Gregas Cristãs, a palavra pneú·ma é usada no sentido
de “vento” é em João 3:8.

O homem não pode controlar o vento; não pode


orientá-lo, dirigi-lo, restringi-lo ou possuí-lo. Por
causa disso, “vento [rú·ahh]” freqüentemente
representa aquilo que é incontrolável ou inalcançável
pelo homem — algo elusivo, transitório, fútil, de
nenhum benefício genuíno. (Veja Jó 6:26; 7:7; 8:2;
16:3; Pr 11:29; 27:15, 16; 30:4; Ec 1:14, 17; 2:11; Is
26:18; 41:29.) Veja uma consideração mais plena
disso sob VENTO.
Pessoas Espirituais. Deus é invisível aos olhos
humanos (Êx 33:20; Jo 1:18; 1Ti 1:17), e ele está vivo
e exerce insuperável força em todo o universo. (2Co
3:3; Is 40:25-31) Cristo Jesus declara: “Deus é
Espírito [Pneú·ma].” O apóstolo escreve: “Ora, Jeová
é o Espírito.” (Jo 4:24; 2Co 3:17, 18) O templo
edificado sobre Cristo como pedra angular de alicerce
é um “lugar para Deus habitar por espírito”. — Ef
2:22.

Isto não significa que Deus seja uma força impessoal,


incorpórea, assim como o vento. As Escrituras
atestam inconfundivelmente que ele tem
personalidade; possui também um lugar, de modo
que Cristo podia falar de ‘ir para o Pai’, a fim de que
pudesse ‘aparecer por nós perante a pessoa de Deus
[literalmente: “face de Deus”]’. — Jo 16:28; He 9:24;
compare isso com 1Rs 8:43; Sal 11:4; 113:5, 6; veja
JEOVÁ (A Pessoa Identificada Pelo Nome).

A expressão “meu espírito” (ru·hhí), usada por Deus


em Gênesis 6:3, pode significar “eu, o Espírito”,
assim como seu uso de “minha alma” (naf·shí) tem o
sentido de “eu, a pessoa”, ou “minha pessoa”. (Is
1:14; veja ALMA [Deus Como Tendo Alma].) Ele
contrasta assim a sua posição espiritual, celestial,
com a do homem terreno, carnal.

O Filho de Deus. O “filho unigênito” de Deus, a


Palavra, era uma pessoa espiritual assim como seu
Pai, portanto, ‘existindo em forma de Deus’ (Fil 2:5-
8), mais tarde, porém, “se tornou carne”, residindo
entre a humanidade como o homem Jesus. (Jo 1:1,
14) Ao completar a sua carreira terrestre, foi “morto
na carne, mas vivificado no espírito”. (1Pe 3:18) Seu
Pai o ressuscitou, concedendo o pedido do seu Filho,
de este ser glorificado junto ao Pai com a glória que
tivera na sua existência pré-humana (Jo 17:4, 5), e
Deus o fez um “espírito vivificante”. (1Co 15:45) O
Filho tornou-se assim novamente invisível aos olhos
humanos, morando “em luz inacessível, a quem
nenhum dos homens tem visto nem pode ver”. — 1Ti
6:14-16.

Outras criaturas espirituais. Anjos são


chamados pelos termos rú·ahh e pneú·ma em
diversos textos. (1Rs 22:21, 22; Ez 3:12, 14; 8:3; 11:1,
24; 43:5; At 23:8, 9; 1Pe 3:19, 20) Nas Escrituras
Gregas Cristãs, a maioria dessas referências são a
criaturas espirituais iníquas, demônios. — Mt 8:16;
10:1; 12:43-45; Mr 1:23-27; 3:11, 12, 30.

O Salmo 104:4 diz que Deus “faz os seus anjos


espíritos, seus ministros, um fogo devorador”.
Algumas traduções preferiram verter isso assim: “Faz
dos ventos seus mensageiros, dos seus ministros um
fogo abrasador”, ou de modo similar. (Al, BJ, IBB,
PIB) Tais traduções do texto hebraico não são
inadmissíveis (veja Sal 148:8); no entanto, a citação
deste texto pelo apóstolo Paulo (He 1:7) coincide com
a da Septuaginta grega e se harmoniza com a
primeira versão acima. (No texto grego de Hebreus
1:7, usa-se o artigo definido [tous] antes de “anjos”,
não antes de “espíritos [pneú·ma·ta]”, tornando os
anjos o sujeito correto da oração.) Barnes’ Notes on
the New Testament (Notas Sobre o Novo
Testamento, de Barnes; 1974) diz: “Deve-se presumir
que [Paulo], que tinha sido educado no
conhecimento da língua hebraica, deve ter tido
melhor oportunidade de saber qual era sua lídima
construção [referindo-se ao Salmo 104:4], do que
nós; e é moralmente certo de que ele empregaria este
trecho, num argumento, conforme era comumente
entendido por aqueles a quem ele escrevia — isto é,
àqueles que estavam familiarizados com a língua e a
literatura hebraicas.” — Veja He 1:14.

Os anjos de Deus, embora capazes de se materializar


em forma humana e de aparecer a homens, não são
por natureza materiais ou carnais, e por isso são
invisíveis. São ativamente vivos e capazes de exercer
grande força, e os termos rú·ahh e pneú·ma,
portanto, descrevem-nos aptamente.

Efésios 6:12 fala sobre a pugna cristã, “não contra


sangue e carne, mas contra os governos, contra as
autoridades, contra os governantes mundiais desta
escuridão, contra as forças espirituais iníquas nos
lugares celestiais”. A última parte do texto grego reza
literalmente: “Para com as (coisas) espirituais [gr.:
pneu·ma·ti·ká] da iniquidade nos [lugares]
celestiais.” A maioria das traduções modernas
reconhece que não se faz aqui referência
simplesmente a algo abstrato, “iniquidade espiritual”
(KJ), mas refere-se à iniquidade de pessoas
espirituais. De modo que temos traduções tais como
“as forças espirituais do mal, nas regiões celestes”
(ALA), “as hostes espirituais da iniquidade nas
regiões celestes” (VB), “os Espíritos do Mal, que
povoam as regiões celestiais” (BJ), “as forças sobre-
humanas do mal nos céus” (NE).

A Força Ativa de Deus; Espírito Santo. A


grandíssima maioria das ocorrências de rú·ahh e
pneú·ma está relacionada com o espírito de Deus,
sua força ativa, seu espírito santo.

Não é uma pessoa. Foi só no quarto século EC que


o ensino de o espírito santo ser uma pessoa e parte da
“Divindade” tornou-se dogma oficial da igreja. Os
primitivos “pais” da igreja não ensinavam isso;
Justino, o Mártir, do segundo século EC, ensinava
que o espírito santo era ‘uma influência ou um modo
de agir da Deidade’; Hipólito tampouco atribuiu
personalidade ao espírito santo. As próprias
Escrituras estão unidas em mostrar que o espírito
santo de Deus não é uma pessoa, mas é a força ativa
de Deus, pela qual ele realiza seus propósitos e
executa sua vontade.

Deve-se primeiro notar que as palavras “no céu: o


Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um”
(Al), encontradas em traduções mais antigas em
1 João 5:7, na realidade são acréscimos espúrios ao
texto original. Uma nota de rodapé em A Bíblia de
Jerusalém, uma tradução católica, diz que este
acréscimo está “ausente dos antigos mss
[manuscritos] gregos, das antigas versões e dos
melhores mss da Vulg. [Vulgata]”. A Textual
Commentary on the Greek New Testament
(Comentário Textual Sobre o Novo Testamento
Grego), de Bruce Metzger (1975, pp. 716-718),
delineia em pormenores a história dessa passagem
espúria. Declara que a passagem é primeiro
encontrada num tratado intitulado Liber
Apologeticus, do quarto século, e que ela aparece em
manuscritos do latim antigo e na Vulgata das
Escrituras, a partir do sexto século. As traduções
modernas, como um todo, tanto católicas como
protestantes, não incluem essas palavras no corpo
principal do texto, por reconhecerem sua natureza
espúria. — IBB, MC, PIB.

Personificação não prova personalidade. É


verdade que Jesus falou do espírito santo como
“ajudador” e falou de tal ajudador como ‘ensinando’,
‘dando testemunho’, ‘dando evidência’, ‘guiando’,
‘falando’, ‘ouvindo’ e ‘recebendo’. Ao fazer isso, o
grego original mostra que Jesus, às vezes, aplicava o
pronome pessoal masculino a este “ajudador”
(paracleto). (Veja Jo 14:16, 17, 26; 15:26; 16:7-15.) No
entanto, não é incomum, nas Escrituras, que aquilo
que realmente não é pessoa seja personalizado ou
personificado. A sabedoria é personificada no livro de
Provérbios (1:20-33; 8:1-36); e formas pronominais
femininas são usadas para ela no original hebraico,
como também em muitas traduções. A sabedoria é
também personificada em Mateus 11:19 e em Lucas
7:35, onde é apresentada como tendo tanto “obras”
como “filhos”. O apóstolo Paulo personalizou o
pecado e a morte, e também a benignidade
imerecida, como ‘reinando’. (Ro 5:14, 17, 21; 6:12)
Fala do pecado como “recebendo induzimento”,
‘produzindo cobiça’, ‘seduzindo’ e ‘matando’. (Ro 7:8-
11) Todavia, é óbvio que Paulo não queria dizer que o
pecado era realmente uma pessoa.

Assim, também, as palavras de Jesus sobre o espírito


santo, no relato de João, têm de ser tomadas em
harmonia com o contexto. Jesus personalizou o
espírito santo ao falar daquele espírito como
“ajudador” (que em grego é o substantivo masculino
pa·rá·kle·tos). Portanto, João apresenta as palavras
de Jesus corretamente como se referindo a este
aspecto de “ajudador” do espírito com pronome
pessoal masculino. Por outro lado, no mesmo
contexto, quando usa a palavra grega pneú·ma, João
emprega um pronome neutro para se referir ao
espírito santo, a própria palavra pneú·ma sendo
neutra. Assim, temos no uso que João faz do
pronome pessoal masculino em associação com
pa·rá·kle·tos um exemplo de concordância com as
regras gramaticais, não uma expressão de doutrina.
— Jo 14:16, 17; 16:7, 8.

Não tem identificação como pessoa. Visto que


o próprio Deus é Espírito e é santo, e visto que todos
os seus fiéis filhos angélicos são espíritos e são
santos, é evidente que, se o “espírito santo” fosse
pessoa, as Escrituras deveriam razoavelmente
fornecer alguns meios para diferenciar e identificar
tal pessoa espiritual dentre todos esses outros
‘espíritos santos’. Seria de esperar que, pelo menos,
se usasse o artigo definido para ele em todos os casos
onde não é chamado de “espírito santo de Deus”, ou
não é modificado por alguma expressão similar. Isto
pelo menos o distinguiria como O Espírito Santo.
Mas, ao contrário, em grande número de casos, a
expressão “espírito santo” aparece no grego original
sem o artigo, indicando assim ausência de
personalidade. — Veja At 6:3, 5; 7:55; 8:15, 17, 19;
9:17; 11:24; 13:9, 52; 19:2; Ro 9:1; 14:17; 15:13, 16, 19;
1Co 12:3; He 2:4; 6:4; 2Pe 1:21; Ju 20, Int e outras
traduções interlineares.

Como se batiza em seu “nome”. Em Mateus


28:19, mencionam-se “o nome do Pai, e do Filho, e
do espírito santo”. Um “nome” pode significar algo
diferente de um nome pessoal. Em português,
quando dizemos “em nome da lei”, ou “em nome do
bom senso”, não nos referimos a uma pessoa como
tal. Por “nome”, em tais expressões, queremos dizer
‘aquilo que a lei representa, ou sua autoridade’, e
‘aquilo que o bom senso representa ou exige’. O
termo grego para “nome” (ó·no·ma) também pode ter
este sentido. Assim, ao passo que algumas traduções
(KJ; AS; Tr) seguem literalmente o texto grego, em
Mateus 10:41, e dizem que aquele que “receber um
profeta no nome dum profeta receberá a recompensa
dum profeta; e aquele que receber um homem justo
no nome dum homem justo receberá a recompensa
dum homem justo”, traduções mais modernas dizem:
“Quem recebe um profeta na qualidade de profeta”,
e: “Quem recebe um justo na qualidade de justo”, ou
algo similar. (BJ, BMD, BV, NM) Neste respeito,
Word Pictures in the New Testament (Quadros
Verbais no Novo Testamento; 1930, Vol. I, p. 245), de
Robertson, diz sobre Mateus 28:19: “O uso de nome
(onoma) aqui é um uso comum na Septuaginta e nos
papiros para simbolizar poder ou autoridade.”
Portanto, o batismo ‘em o nome do espírito santo’
subentende o reconhecimento deste espírito como
tendo por fonte a Deus e como exercendo sua função
segundo a vontade divina.

Outra evidência de sua natureza impessoal.


Evidência adicional contrária à ideia de
personalidade atribuída ao espírito santo é o modo
em que é usado em associação com outras coisas
impessoais, tais como água e fogo (Mt 3:11; Mr 1:8); e
fala-se de cristãos como batizados “em espírito
santo”. (At 1:5; 11:16) Insta-se com as pessoas a
ficarem ‘cheias de espírito’, em vez de vinho. (Ef
5:18) Assim, também, fala-se de pessoas como
‘cheias’ dele, junto com qualidades tais como
sabedoria e fé (At 6:3, 5; 11:24), ou alegria (At 13:52);
e espírito santo é inserido, ou intercalado, entre
diversas de tais qualidades, em 2 Coríntios 6:6. É
bem improvável que se fizessem tais expressões se o
espírito santo fosse uma pessoa divina. Quanto a o
espírito ‘dar testemunho’ (At 5:32; 20:23), deve-se
notar que se diz a mesma coisa a respeito da água e
do sangue, em 1 João 5:6-8. Ao passo que alguns
textos se referem ao espírito como ‘dando
testemunho’, ‘falando’ ou ‘dizendo’ coisas, outros
textos tornam claro que ele falou por meio de
pessoas, sem ter voz pessoal própria. (Veja He 3:7;
10:15-17; Sal 95:7; Je 31:33, 34; At 19:2-6; 21:4;
28:25.) De modo que pode ser comparado a ondas de
rádio, que podem transmitir uma mensagem de
alguém falando ao microfone e fazer sua voz ser
ouvida por outros a grande distância, na realidade,
‘falando’ a mensagem por meio dum alto-falante.
Deus, por seu espírito, transmite suas mensagens e
comunica sua vontade à mente e ao coração dos seus
servos na terra, os quais, por sua vez, podem
transmitir esta mensagem a outros.

Diferençado de “poder”. Portanto, rú·ahh e


pneú·ma, quando usados com referência ao espírito
santo de Deus, referem-se à força ativa invisível de
Deus, pela qual ele realiza seu propósito e vontade
divinos. É “santo”, porque procede Dele, não duma
fonte terrestre, e está livre de toda a corrupção, como
“o espírito de santidade”. (Ro 1:4) Não é o “poder” de
Jeová, porque esta palavra portuguesa traduz mais
corretamente outros termos nas línguas originais
(hebr.: kó·ahh; gr.: dý·na·mis). Rú·ahh e pneú·ma
são palavras usadas em íntima associação, ou mesmo
em paralelo, com esses termos que significam
“poder”, o que mostra que há uma inerente
interligação entre eles, e, ainda assim, uma nítida
diferença. (Miq 3:8; Za 4:6; Lu 1:17, 35; At 10:38)
“Poder”, basicamente, é a habilidade ou capacidade
de atuar ou de fazer coisas, e pode ser latente,
dormente ou inativamente residente em alguém ou
em alguma coisa. “Força”, por outro lado, descreve
mais especificamente energia projetada e exercida
sobre pessoas ou coisas, e pode ser definida como
“uma influência que produz ou tende a produzir
movimento, ou a mudança de movimento”. “Poder”
pode ser assemelhado à energia acumulada numa
bateria, ao passo que “força” pode ser comparada à
corrente elétrica que flui de tal bateria. “Força”,
portanto, representa mais exatamente o sentido dos
termos hebraico e grego relacionados com o espírito
de Deus, e isto é corroborado pela consideração das
Escrituras.

Seu Uso na Criação. Jeová Deus realizou a criação


do universo material por meio de seu espírito, ou
força ativa. A respeito do planeta Terra, nos seus
primitivos estágios formativos, o registro declara que
“a força ativa [ou “espírito” (rú·ahh)] de Deus movia-
se por cima da superfície das águas”. (Gên 1:2) O
Salmo 33:6 diz: “Pela palavra de Jeová foram feitos
os próprios céus, e pelo espírito de sua boca, todo o
exército deles.” Igual a um poderoso sopro, o espírito
de Deus pode ser enviado para exercer poder,
embora não haja contato corporal com aquilo sobre o
que age. (Veja Êx 15:8, 10.) Ao passo que um artífice
humano usaria a força das suas mãos e dos seus
dedos para produzir algo, Deus usa seu espírito. Por
isso, fala-se de tal espírito também como “mãos” ou
“dedos” de Deus. — Compare Sal 8:3; 19:1; Mt 12:28,
com Lu 11:20.

A ciência moderna chama a matéria de energia


organizada, como feixes de energia, e reconhece que
“a matéria pode ser transformada em energia, e a
energia pode ser transformada em matéria”.
(Enciclopédia Delta Universal, Vol. 9, p. 5140) A
imensidão do universo que o homem já conseguiu
discernir por meio de seus telescópios dá uma leve
ideia da inesgotável fonte de energia encontrada em
Jeová Deus. Conforme escreveu o profeta: “Quem
mediu as proporções do espírito de Jeová?” — Is
40:12, 13, 25, 26.

Fonte da vida animada, da faculdade de


reprodução. Não somente a criação inanimada,
mas também toda a criação animada deve sua
existência e vida à operação do espírito de Jeová, que
produziu as criaturas viventes originais por meio das
quais todas as atuais criaturas viventes vieram à
existência. (Compare isso com Jó 33:4; veja neste
artigo a seção “Fôlego; Fôlego de Vida; Força de
Vida”.) Jeová usou seu espírito santo para reavivar as
faculdades reprodutivas de Abraão e de Sara, e por
isso se podia falar de Isaque como tendo “nascido na
maneira do espírito”. (Gál 4:28, 29) Deus, por seu
espírito, também transferiu a vida de seu Filho do
céu para a terra, induzindo a concepção no ventre da
virgem judia, Maria. — Mt 1:18, 20; Lu 1:35.

Espírito Usado a Favor dos Servos de Deus.


Uma das principais operações do espírito de Deus
envolve sua capacidade de informar, de iluminar, de
revelar coisas. Por isso, Davi podia orar: “Ensina-me
a fazer a tua vontade, porque tu és o meu Deus. Teu
espírito é bom; guie-me ele na terra da retidão.” (Sal
143:10) Bem antes, José havia fornecido a
interpretação dos sonhos proféticos de Faraó,
habilitado para isso pela ajuda de Deus. O
governante egípcio reconheceu a operação do espírito
de Deus sobre José. (Gên 41:16, 25-39) Este poder
iluminador do espírito é especialmente notável nas
profecias. As profecias, conforme mostra o apóstolo,
não procederam de interpretação humana das
circunstâncias ou dos eventos; não resultaram de
alguma habilidade inata dos profetas, de explicar o
sentido e o significado destes, ou de predizer o
aspecto de eventos futuros. Antes, esses homens
“eram movidos por espírito santo” — induzidos,
movidos ou guiados pela força ativa de Deus. (2Pe
1:20, 21; 2Sa 23:2; Za 7:12; Lu 1:67; 2:25-35; At 1:16;
28:25; veja PROFECIA; PROFETA.) Do mesmo
modo, também as Escrituras inspiradas, na sua
inteireza, foram ‘inspiradas por Deus’, expressão que
traduz a grega the·ó·pneu·stos, que significa
literalmente ‘sopradas por Deus’. (2Ti 3:16) O
espírito operava de diversas maneiras na
comunicação com esses homens e em orientá-los, em
alguns casos fazendo-os ter visões ou sonhos (Ez
37:1; Jl 2:28, 29; Re 4:1, 2; 17:3; 21:10), mas em
todos os casos operando sobre a mente e o coração
deles, para motivá-los e guiá-los segundo o propósito
de Deus. — Da 7:1; At 16:9, 10; Re 1:10, 11;

Portanto, o espírito de Deus não somente dá


revelação e entendimento da vontade de Deus, mas
também energiza Seus servos a realizar coisas em
harmonia com esta vontade. Este espírito atua como
força impulsora que os move e impele, assim como
Marcos diz que o espírito “impeliu” Jesus a ir para o
ermo, após o seu batismo. (Mr 1:12; compare isso
com Lu 4:1.) Pode ser como um “fogo” dentro deles,
fazendo-os ficar “fervorosos” com esta força (1Te
5:19; At 18:25; Ro 12:11), em certo sentido
aumentando neles ‘energia’ ou pressão para realizar
certa obra. (Veja Jó 32:8, 18-20; 2Ti 1:6, 7.) Recebem
“o poder do espírito”, ou “poder por intermédio de
seu espírito”. (Lu 2:27; Ef 3:16; compare isso com
Miq 3:8.) No entanto, não se trata apenas dum
impulso inconsciente, cego, porque afeta também a
mente e o coração deles, de modo que podem
cooperar inteligentemente com a força ativa que lhes
é dada. O apóstolo podia assim dizer a respeito
daqueles que haviam recebido o dom de profecia, na
congregação cristã, que “os dons do espírito dos
profetas hão de ser controlados pelos profetas”, a fim
de manter a boa ordem. — 1Co 14:31-33.

Variedade de operações. Assim como se pode


usar uma corrente elétrica para realizar uma enorme
variedade de tarefas, assim o espírito de Deus é
usado para comissionar e habilitar pessoas a fazer
uma ampla variedade de coisas. (Is 48:16; 61:1-3)
Conforme Paulo escreveu a respeito dos dons
milagrosos do espírito nos seus dias: “Ora, há
variedades de dons, mas há o mesmo espírito; e há
variedades de ministérios, contudo há o mesmo
Senhor; e há variedades de operações, contudo é o
mesmo Deus quem realiza todas as operações em
todas as pessoas. Mas a manifestação do espírito é
dada a cada um com um objetivo proveitoso.” — 1Co
12:4-7.

O espírito tem força ou capacidade habilitadora;


pode habilitar pessoas para um serviço ou para um
cargo. Embora Bezalel e Ooliabe talvez conhecessem
os ofícios antes da sua designação relacionada com a
fabricação do equipamento do tabernáculo e das
vestes sacerdotais, o espírito de Deus ‘encheu-os com
sabedoria, entendimento e conhecimento’, para que a
obra fosse feita da maneira intencionada. Aumentou
suas habilidades naturais e o conhecimento que já
tivessem, e habilitou-os a instruir outros. (Êx 31:1-11;
35:30-35) O plano arquitetônico para o posterior
templo foi dado a Davi por inspiração, quer dizer,
pela operação do espírito de Deus, habilitando assim
Davi a empreender uma extensa obra preparatória
para o projeto. — 1Cr 28:12.

O espírito de Deus agiu sobre Moisés e por meio dele


para profetizar e para realizar atos milagrosos, bem
como para liderar a nação e atuar como juiz dela,
prefigurando assim o papel futuro de Cristo Jesus. (Is
63:11-13; At 3:20-23) No entanto, Moisés, como
humano imperfeito, achou pesada a carga de
responsabilidade, e Deus ‘tirou um pouco do espírito
que havia sobre Moisés e o colocou sobre 70 anciãos’,
para que ajudassem a levar a carga. (Núm 11:11-17,
24-30) O espírito tornou-se também ativo em Davi a
partir do momento em que foi ungido por Samuel,
guiando-o e preparando-o para o seu futuro reinado.
— 1Sa 16:13.

Josué ficou “cheio do espírito de sabedoria” como


sucessor de Moisés. Mas o espírito não produziu nele
a capacidade de profetizar ou de realizar obras
milagrosas ao ponto que fizera com Moisés. (De
34:9-12) Todavia, habilitou Josué a liderar Israel na
campanha militar que resultou na conquista de
Canaã. De maneira similar, o espírito de Jeová
“envolveu” outros homens, ‘impelindo-os’ como
lutadores a favor do povo de Deus, lutadores tais
como Otniel, Gideão, Jefté e Sansão. O espírito de
Deus energizou homens a falar a Sua mensagem de
verdade com destemor e coragem perante opositores
e ao risco da sua vida. — Miq 3:8.

Ser o espírito de Deus ‘derramado’ sobre os do seu


povo é evidência do Seu favor, e resulta em bênçãos e
os torna prósperos. — Ez 39:29; Is 44:3, 4.

Julgar e executar julgamento. Deus, por meio


do seu espírito, faz o julgamento de homens e de
nações; executa também o julgamento decretado —
punindo ou destruindo. (Is 30:27, 28; 59:18, 19) Em
tais casos, rú·ahh pode apropriadamente ser vertido
por “sopro”, como quando Jeová fala de fazer
‘irromper um sopro [rú·ahh] de vendavais’ no seu
furor. (Ez 13:11, 13; compare isso com Is 25:4; 27:8.)
O espírito de Deus pode alcançar qualquer lugar,
agindo a favor ou contra aqueles que recebem Sua
atenção.

Em Apocalipse 1:4, os “sete espíritos” de Deus são


mencionados como estando diante do Seu trono, e
depois se dão sete mensagens, cada uma concluindo
com a admoestação de que se “ouça o que o espírito
diz às congregações”. (Re 2:7, 11, 17, 29; 3:6, 13, 22)
Estas mensagens contêm pronúncias de julgamento,
esquadrinhadoras do coração, e promessas de
recompensa pela fidelidade. Mostra-se o Filho de
Deus como tendo esses “sete espíritos de Deus” (Re
3:1); e estes são chamados de “sete lâmpadas de fogo”
(Re 4:5), e também de sete olhos do cordeiro que é
morto, “olhos que significam os sete espíritos de
Deus, os quais têm sido enviados à terra inteira”. (Re
5:6) Visto que em outros textos proféticos se usa sete
como representando totalidade, parece que estes sete
espíritos simbolizam a plena capacidade ativa de
observação, discernimento ou percepção do
glorificado Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus,
habilitando-o a inspecionar toda a terra.

A Palavra de Deus é a “espada” do espírito (Ef 6:17),


que revela o que a pessoa realmente é, expondo
ocultas qualidades ou atitudes do coração, e
induzindo-a a abrandar o coração e harmonizar-se
com a vontade de Deus expressa por esta Palavra, ou
então a endurecer seu coração em rebelião. (Veja He
4:11-13; Is 6:9, 10; 66:2, 5.) Portanto a Palavra de
Deus desempenha um papel importante na predição
de julgamentos adversos, e visto que a palavra ou
mensagem de Deus tem de ser cumprida, o
cumprimento desta palavra produz uma ação
semelhante à do fogo em palha, e como a dum malho
que despedaça o rochedo. (Je 23:28, 29) Cristo Jesus,
como principal Porta-voz de Deus, como “A Palavra
de Deus”, declara as mensagens divinas de
julgamento e está autorizado a ordenar a execução
desses julgamentos nos assim julgados. Sem dúvida,
este é o sentido das referências a ele eliminar os
inimigos de Deus “com o espírito [a força ativa] de
sua boca”.
O espírito de Deus atua como “ajudador” da
congregação. Conforme Jesus prometeu, quando
ascendeu ao céu, ele solicitou ao Pai o espírito santo,
ou a força ativa de Deus, e se lhe concedeu
autoridade de usar este espírito. ‘Derramou-o’ sobre
os seus discípulos fiéis no dia de Pentecostes,
continuando a fazer isso depois para com aqueles que
se voltavam para Deus por meio do Seu Filho. (Jo
14:16, 17, 26; 15:26; 16:7; At 1:4, 5; 2:1-4, 14-18, 32,
33, 38) Assim como tinham sido batizados em água,
agora foram todos ‘batizados em um só corpo’ por
este único espírito, como que sendo imersos nele, do
mesmo modo em que se pode meter um pedaço de
ferro num campo magnético e assim magnetizá-lo.
(1Co 12:12, 13; compare isso com Mr 1:8; At 1:5.)
Embora o espírito de Deus já antes tivesse operado
nos discípulos, conforme se evidenciou por poderem
expulsar demônios (veja Mt 12:28; Mr 3:14, 15),
operava agora neles de maneira aumentada e mais
intensa, e em modos novos, como nunca antes.

Cristo Jesus, como Rei messiânico, tem “o espírito de


sabedoria e de compreensão, o espírito de conselho e
de potência, o espírito de conhecimento e do temor
de Jeová”. (Is 11:1, 2; 42:1-4; Mt 12:18-21) Esta força
a favor da justiça é manifestada no seu uso da força
ativa, ou espírito, de Deus, em dirigir a congregação
cristã na terra, sendo Jesus, por designação de Deus,
Cabeça, Dono e Senhor dela. (Col 1:18; Ju 4) Este
espírito, como “ajudador”, deu então maior
entendimento da vontade e do propósito de Deus, e
esclareceu-lhes a Sua Palavra profética. (1Co 2:10-16;
Col 1:9, 10; He 9:8-10) Foram energizados para
servirem como testemunhas em toda a terra (Lu
24:49; At 1:8; Ef 3:5, 6); foram-lhes concedidos
milagrosos ‘dons do espírito’, habilitando-os a falar
em línguas estrangeiras, a profetizar, a curar e a
realizar outras atividades, que tanto facilitariam a
sua proclamação das boas novas como serviriam de
evidência de sua comissão e apoio divinos. — Ro
15:18, 19; 1Co 12:4-11; 14:1, 2, 12-16; compare isso
com Is 59:21.

Jesus, como Superintendente da congregação, usava


o espírito de forma governamental — orientando a
escolha de homens para missões especiais e para
servir na superintendência, no ensino e no
“reajustamento” da congregação. (At 13:2-4; 20:28;
Ef 4:11, 12) Induziu-os, bem como restringiu-os,
indicando em que lugar deviam concentrar seus
esforços ministeriais (At 16:6-10; 20:22), e tornou-os
escritores eficazes de ‘cartas de Cristo, inscritas com
o espírito de Deus em tábuas carnais, em corações
humanos’. (2Co 3:2, 3; 1Te 1:5) Conforme prometido,
o espírito reavivou-lhes a memória, estimulou-lhes as
faculdades mentais e tornou-os denodados em dar
testemunho mesmo perante governantes.

Quais “pedras viventes”, estavam sendo constituídos


num templo espiritual alicerçado em Cristo, por meio
do qual se ofereceriam “sacrifícios espirituais” (1Pe
2:4-6; Ro 15:15, 16) e se entoariam cânticos
espirituais (Ef 5:18, 19), e no qual Deus moraria por
espírito. (1Co 3:16; 6:19, 20; Ef 2:20-22; compare
isso com Ag 2:5.) O espírito de Deus é uma força
unificadora de enorme potência, e enquanto esses
cristãos lhe permitiam livre atuação entre eles, unia-
os pacificamente em vínculos de amor e de devoção
com Deus, com o Filho dele e uns com os outros. (Ef
4:3-6; 1Jo 3:23, 24; 4:12, 13; compare isso com 1Cr
12:18.) O dom do espírito não os preparava para
atividades mecânicas, assim como fizera com Bezalel
e com outros, que fabricaram e produziram
estruturas e equipamentos materiais, mas equipava-
os para obras espirituais de ensino, de orientação, de
pastoreio e de aconselhamento. O templo espiritual
que eles constituíam devia ser adornado pelos lindos
frutos do espírito de Deus, e estes frutos de “amor,
alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade,
fé”, bem como qualidades similares, era prova
positiva de que o espírito de Deus operava neles e
entre eles. (Gál 5:22, 23; compare isso com Lu 10:21;
Ro 14:17.) Este era o fator básico e primário que
produzia boa ordem e orientação eficaz entre eles.
(Gál 5:24-26; 6:1; At 6:1-7; compare isso com Ez
36:26, 27.) Sujeitavam-se à ‘lei do espírito’, força
eficaz a favor da justiça, que operava para manter
afastadas as práticas da carne inerentemente
pecaminosa. (Ro 8:2; Gál 5:16-21; Ju 19-21)
Confiavam na operação do espírito de Deus sobre
eles, não em habilidades carnais ou na sua formação.

Quando surgiam questões, o espírito santo era


ajudador em chegarem a uma decisão, como no caso
da circuncisão, decidido pelo corpo, ou conselho, de
apóstolos e anciãos em Jerusalém. Pedro contou que
se concedera o espírito a pessoas incircuncisas das
nações; Paulo e Barnabé relataram as operações do
espírito no seu ministério entre tais pessoas; e Tiago,
cuja memória, sem dúvida, foi ajudada por espírito
santo, trouxe à atenção a profecia inspirada de Amós,
que predizia que pessoas das nações seriam
chamadas pelo nome de Deus. Assim, todo o impulso
ou ímpeto do espírito santo de Deus apontava numa
só direção, e, assim, reconhecendo isso, ao escrever a
carta transmitindo sua decisão, este corpo ou
conselho disse: “Pois, pareceu bem ao espírito santo
e a nós mesmos não vos acrescentar nenhum fardo
adicional, exceto as seguintes coisas necessárias.”

Unge, gera, dá ‘vida espiritual’. Assim como


Deus ungira Jesus com o seu espírito santo, por
ocasião do batismo de Jesus (Mr 1:10; Lu 3:22; 4:18;
At 10:38), assim ungiu agora os discípulos de Jesus.
Esta unção com o espírito era para eles “penhor” da
herança celestial, para a qual foram assim chamados
(2Co 1:21, 22; 5:1, 5; Ef 1:13, 14), e dava-lhes
testemunho de que haviam sido ‘gerados’, ou
produzidos, por Deus para serem seus filhos, com a
promessa de vida espiritual nos céus. (Jo 3:5-8; Ro
8:14-17, 23; Tit 3:5; He 6:4, 5) Foram purificados,
santificados e declarados justos “no nome de nosso
Senhor Jesus Cristo e com o espírito de nosso Deus”,
espírito que habilitara Jesus a prover o sacrifício
resgatador e tornar-se sumo sacerdote de Deus.

Por causa desta chamada e herança celestial, os


seguidores de Jesus, ungidos com espírito, tinham
uma vida espiritual, embora ainda vivessem como
criaturas carnais, imperfeitas. Foi evidentemente a
isto que o apóstolo se referiu quando contrastaram os
pais terrestres com Jeová Deus, o “Pai de nossa vida
espiritual [literalmente: “Pai dos espíritos”]”. (He
12:9; compare isso com o versículo 23.) Eles, quais
coerdeiros de Cristo, que hão de ser ressuscitados da
morte em corpo espiritual, levando a imagem
celestial dele, devem viver na terra como “um só
espírito” em união com ele, sua Cabeça, não
permitindo que os desejos ou as tendências imorais
da sua carne sejam a força que os controla algo que
talvez até mesmo resulte em se tornarem “uma só
carne” com uma meretriz.

Obter e reter o espírito de Deus. O espírito


santo é a “dádiva gratuita” de Deus, que ele de bom
grado concede aos que sinceramente o buscam e
pedem. (At 2:38; Lu 11:9-13) O fator-chave é o
coração reto (At 15:8), mas o conhecimento dos
requisitos de Deus e a conformidade com eles
também são fatores essenciais. (Veja At 5:32; 19:2-6.)
Uma vez que o cristão recebe o espírito de Deus, não
deve ‘contristá-lo’ por desprezá-lo (Ef 4:30; compare
isso com Is 63:10), adotando um rumo contrário à
sua orientação, fixando o coração em objetivos
diferentes daquele para o qual ele aponta e impele,
rejeitando a inspirada Palavra de Deus e seu conselho
e aplicação a si mesmo. (At 7:51-53; 1Te 4:8; compare
isso com Is 30:1, 2.) Com hipocrisia, alguém poderia
“trapacear” o espírito santo por meio do qual Cristo
dirige a congregação, e aqueles que deste modo
‘fazem uma prova’ do poder do espírito santo tomam
um rumo desastroso. (At 5:1-11; contraste isso com
Ro 9:1.) A oposição deliberada contra a manifestação
evidente do espírito de Deus e a rebelião contra ele
podem significar blasfêmia contra este espírito, o que
é um pecado imperdoável. — Mt 12:31, 32; Mr
3:29, 30; compare isso com He 10:26-31.

Fôlego; Fôlego de Vida; Força de Vida. O relato


sobre a criação do homem declara que Deus formou o
homem do pó do solo e passou a “soprar [forma de
na·fáhh] nas suas narinas o fôlego [forma de
nesha·máh] de vida, e o homem veio a ser uma alma
[né·fesh] vivente.” (Gên 2:7; veja ALMA.) Né·fesh
pode ser traduzido literalmente por “alguém que
respira”, quer dizer, “criatura que respira”, quer
humana, quer animal. Nesha·máh, de fato, é usado
para significar “coisa [ou criatura] que respira”, e,
como tal, é usado como virtual sinônimo de né·fesh,
“alma”. (Veja De 20:16; Jos 10:39, 40; 11:11; 1Rs
15:29.) O registro em Gênesis 2:7 usa nesha·máh
para descrever como Deus fez o corpo de Adão ter
vida, de modo que o homem se tornou “uma alma
vivente”. Outros textos, porém, mostram que estava
envolvido mais do que a simples inalação de ar, isto
é, mais do que apenas introduzir ar nos pulmões e
expeli-lo dali. Assim, em Gênesis 7:22, ao descrever a
destruição de vida humana e animal fora da arca, por
ocasião do Dilúvio, lemos: “Morreu tudo em que o
fôlego [forma de nesha·máh] da força [ou: “espírito”
(rú·ahh)] da vida estava ativo nas suas narinas, a
saber, todos os que estavam em solo seco.”
Nesha·máh, “fôlego”, é assim diretamente associado
ou relacionado com rú·ahh, que aqui descreve o
espírito, ou a força de vida, que é ativa em todas as
criaturas viventes — almas humanas ou animais.

Conforme declara o Theological Dictionary of the


New Testament (Vol. VI, p. 336): “Pode-se discernir
o fôlego apenas pelo movimento [como pelo
movimento do tórax ou pela expansão das narinas], e
é também um sinal, uma condição ou agente de vida,
que parece estar esp[ecialmente] ligado à
respiração.” Portanto, nesha·máh, ou “fôlego”, tanto
é produto de rú·ahh, ou força de vida, como também
é um dos meios principais para sustentar esta força
de vida nas criaturas viventes. Por exemplo, sabe-se,
à base de estudos científicos, que a vida está presente
em cada uma dos cem trilhões de células do corpo, e
que, embora bilhões de células morram cada minuto,
prossegue a constante reprodução de novas células
vivas. A força de vida, ativa em todas as células vivas,
depende do oxigênio que a respiração traz ao corpo,
oxigênio que é transportado a todas as células pela
corrente sanguínea. Sem oxigênio, algumas células
começam a morrer já depois de alguns minutos,
outras depois de um período mais longo. Embora a
pessoa possa passar sem respirar por alguns minutos
e ainda assim sobreviver, sem a força de vida nas
células ela está praticamente morta. As Escrituras
Hebraicas, inspiradas pelo Projetista e Criador do
homem, evidentemente usam rú·ahh para denotar
esta força vital, que é o próprio princípio da vida, e
nesha·máh para representar a respiração que a
sustenta.
Visto que a respiração está tão inseparavelmente
interligada com a vida, nesha·máh e rú·ahh são
usados em evidente paralelo, em diversos textos. Jó
expressou a sua determinação de evitar a injustiça
“enquanto estiver ainda em mim todo o meu fôlego
[forma de nesha·máh], e o espírito [werú·ahh] de
Deus estiver em minhas narinas”. (Jó 27:3-5) Eliú
disse: “Se [Deus] ajuntar a si o espírito [forma de
rú·ahh] e o fôlego [forma de nesha·máh] do tal, toda
a carne expirará [isto é, “expelirá o ar”] juntamente, e
o próprio homem terreno retornará mesmo ao pó.”
(Jó 34:14, 15) De modo similar, o Salmo 104:29 diz a
respeito das criaturas da terra, humanas e animais:
“Se [tu, Deus] lhes tiras o espírito, expiram e
retornam ao seu pó.” Em Isaías 42:5, fala-se de Jeová
como “Aquele que estirou a terra e seu produto,
Aquele que dá respiração ao povo sobre ela e espírito
aos que andam nela”. A respiração (nesha·máh)
sustenta a existência deles; o espírito (rú·ahh)
energiza o homem e é a força de vida que o habilita a
ser uma criatura animada, a mover-se, a andar e a
estar ativamente vivo. (Veja At 17:28.) Não é como os
ídolos sem vida, sem respiração, inanimados, de
fabricação humana.

Embora nesha·máh (fôlego) e rú·ahh (espírito; força


ativa; força de vida) sejam às vezes usados em
sentido paralelo, não são idênticos. É verdade que o
“espírito”, ou rú·ahh, às vezes é mencionado como se
fosse a própria respiração (nesha·máh), mas isto
parece ocorrer simplesmente porque a respiração é a
principal evidência visível da força de vida no corpo
da pessoa.

Neste respeito, em Ezequiel 37:1-10, apresenta-se a


visão simbólica do vale de ossos secos, ossos que se
juntam, ficam cobertos de tendões, carne e pele, mas,
“quanto a fôlego [werú·ahh], não havia neles
nenhum”. Ezequiel foi mandado profetizar “ao vento
[ha·rú·ahh]”, dizendo: “Entra dos quatro ventos
[forma de rú·ahh], ó vento, e sopra sobre estes
mortos para que revivam.” A referência aos quatro
ventos mostra que vento é neste caso a tradução
apropriada de rú·ahh. Todavia, quando este “vento”,
que simplesmente é ar em movimento, penetrou nas
narinas dos mortos da visão, ele se tornou “fôlego”,
que também é ar em movimento. Assim, traduzir
rú·ahh por “fôlego”, neste ponto do relato (v. 10),
também é mais apropriado do que vertê-lo por
“espírito” ou “força de vida”. Ezequiel também podia
ver aqueles corpos começar a respirar, embora não
pudesse ver a força de vida, ou espírito, energizá-los.
Conforme mostram os versículos 11-14, esta visão foi
simbólica da revivificação espiritual (não física) do
povo de Israel, que por algum tempo estava num
estado de morte espiritual por causa do seu exílio
babilônico. Visto que já estavam fisicamente vivos e
respiravam, é lógico traduzir rú·ahh por “espírito” no
versículo 14, onde Deus declara que porá ‘seu
espírito’ no seu povo, para que este revivesse,
falando-se em sentido espiritual.
Uma visão simbólica similar é apresentada no
capítulo 11 de Revelação. Apresenta-se o quadro de
“duas testemunhas” que são mortas e cujos cadáveres
são deixados na rua por três dias e meio. Daí, “entrou
neles espírito [ou fôlego, pneú·ma] de vida da parte
de Deus, e puseram-se de pé”. (Re 11:1-11) Esta visão
recorre novamente a uma realidade física para
ilustrar uma revivificação espiritual. Mostra também
que a palavra grega pneú·ma, assim como a hebraica
rú·ahh, pode representar a força de vida da parte de
Deus, a qual anima a alma ou pessoa humana.
Conforme declara Tiago 2:26: “O corpo sem espírito
[pneú·ma·tos] está morto.”

Portanto, quando Deus criou o homem no Éden e


soprou nas narinas dele “o fôlego [forma de
nesha·máh] de vida”, é evidente que, além de encher
de ar os pulmões do homem, Deus fez com que a
força de vida, ou espírito (rú·ahh), vitalizasse todas
as células do corpo de Adão. Esta força de vida é
transmitida de pais para filhos por meio da
concepção. Visto que Jeová é a Fonte original desta
força de vida para o homem, e o Autor do processo de
procriação, a vida da pessoa pode ser corretamente
atribuída a Ele, embora seja recebida, não direta,
mas indiretamente, por meio dos pais.

A força de vida, ou espírito, é impessoal.


Conforme observado, as Escrituras se referem a
rú·ahh, ou força de vida, como existente não somente
nos humanos, mas também nos animais. (Gên 6:17;
7:15, 22) Eclesiastes 3:18-22 mostra que o homem
morre do mesmo modo que os animais, porque
“todos eles têm apenas um só espírito [werú·ahh], de
modo que não há nenhuma superioridade do homem
sobre o animal”, quer dizer, quanto à força de vida
comum a ambos. Sendo assim, é evidente que o
“espírito”, ou força de vida (rú·ahh), conforme usado
neste sentido, é impessoal. Como ilustração, poder-
se-ia compará-lo a outra força invisível, a
eletricidade, que pode ser usada para fazer funcionar
diversos tipos de máquinas — fazendo com que
fogões produzam calor, ventiladores gerem vento,
computadores solucionem problemas, televisores
produzam imagens, vozes e outros sons — contudo,
esta corrente elétrica nunca assume quaisquer das
características das máquinas em que opera ou é ativa.
Assim, o Salmo 146:3, 4, diz que, quando do homem
‘sai o espírito [forma de rú·ahh], ele volta ao seu solo;
neste dia perecem deveras os seus pensamentos’. O
espírito, ou força de vida, que estava ativo nas células
do corpo do homem, não retém quaisquer
características daquelas células, tais como as células
cerebrais, e o papel que desempenham no processo
do raciocínio. Se o espírito, ou força de vida (rú·ahh;
pneú·ma), não fosse impessoal, então significaria que
os filhos de certas viúvas israelitas, ressuscitados
pelos profetas Elias e Eliseu, na realidade, tiveram
existência consciente em outra parte, no período em
que estiveram mortos. O mesmo se teria dado
também com Lázaro, que foi ressuscitado uns quatro
dias depois de seu falecimento. (1Rs 17:17-23; 2Rs
4:32-37; Jo 11:38-44) Neste caso, seria razoável que
eles se lembrassem de tal existência consciente
durante aquele período, e, ao serem ressuscitados,
teriam descrito, falando sobre ela. Nada indica que
qualquer deles tenha feito isso. Portanto, a
personalidade do morto não é perpetuada na força de
vida, ou espírito, que para de funcionar nas células
do falecido.

Eclesiastes 12:7 declara que, ao morrer, o corpo da


pessoa retorna ao pó, “e o próprio espírito retorna ao
verdadeiro Deus que o deu”. A própria pessoa nunca
esteve com Deus no céu; o que “retorna” a Deus,
portanto, é a força vital que habilitou a pessoa a
viver.

Em vista da natureza impessoal da força de vida, ou


espírito, encontrada na pessoa (como também na
criação animal), é evidente que a declaração de Davi,
no Salmo 31:5, citado por Jesus por ocasião da sua
morte (Lu 23:46): “À tua mão confio o meu espírito”,
significava que pedia a Deus que guardasse a força de
vida, ou cuidasse dela. (Veja At 7:59.) Não é
necessário que haja uma transmissão real ou literal,
de alguma força, desde este planeta para a presença
celeste de Deus. Assim como se disse que o cheiro
fragrante de sacrifícios de animais era ‘cheirado’ por
Deus (Gên. 8:20, 21), embora esse cheiro sem dúvida
permanecesse dentro da atmosfera da terra, assim
também, Deus podia “ajuntar a si”, ou aceitar como
confiado a ele, o espírito ou a força de vida em
sentido figurado, quer dizer, sem uma transmissão
literal de força vital desde a terra. (Jó 34:14; Lu
23:46) Confiar alguém assim seu espírito a Deus
evidentemente significa, portanto, que deposita Nele
a sua confiança, de receber no futuro o
restabelecimento desta força de vida por meio da
ressurreição.

Impelente Inclinação Mental. Tanto rú·ahh


como pneú·ma são palavras usadas para designar a
força que induz a pessoa a demonstrar certa atitude,
disposição ou emoção, ou a tomar certa ação ou
adotar certo proceder. Ao passo que esta força dentro
da pessoa é em si mesma invisível, ela produz efeitos
visíveis. Este uso dos termos hebraico e grego
traduzidos por “espírito” e basicamente relacionados
com o fôlego ou o ar em movimento é em
considerável grau paralelo a certas expressões em
português. Assim, falamos de alguém ‘assumir ares’,
ou demonstrar um ‘ar de tranquilidade’, ou ‘ter um
mau espírito’. Falamos de ‘quebrantar o espírito de
alguém’, no sentido de desencorajá-lo ou desanimá-
lo. Conforme aplicado a um grupo de pessoas e à
força prevalecente que as move, talvez digamos que
‘estão imbuídas do espírito da ocasião’, ou talvez
mencionemos ‘o espírito de tumulto’ que as contagia.
Em sentido metafórico, talvez falemos duma
‘atmosfera de descontentamento’ ou de ‘ventos de
mudança e de revolução que varrem uma nação’.
Com tudo isso referimo-nos a esta força ativante,
invisível, que age nas pessoas, induzindo-as a falar e
a agir do modo como o fazem.

Similarmente, lemos a respeito da “amargura de


espírito” de Isaque e Rebeca, por causa do casamento
de Esaú com mulheres hititas (Gên 26:34, 35) e do
espírito triste que sobreveio a Acabe, tirando-lhe o
apetite. (1Rs 21:5) O “espírito de ciúme” podia
induzir um homem a encarar a esposa com suspeita,
até mesmo acusando-a de adultério.

O sentido básico, de uma força que move alguém e o


“impele” ou “induz” a ações e palavras, é também
visto na referência a Josué como “homem em quem
há espírito” (Núm 27:18), e a Calebe, como
demonstrando ter “um espírito diferente” daquele da
maioria dos israelitas, que haviam ficado
desmoralizados pelo relatório mau de dez espias.
(Núm 14:24) Elias era homem de muito impulso e
força no seu serviço zeloso a Deus, e Eliseu procurou
obter duas parcelas do espírito de Elias, como
sucessor dele. (2Rs 2:9, 15) João, o Batizador,
demonstrou ter o mesmo vigoroso impulso e
enérgico zelo que Elias havia demonstrado, e isto
resultou em João produzir um forte efeito nos seus
ouvintes; por isso se podia dizer que ele saíra “com o
espírito e o poder de Elias”. (Lu 1:17) Em contraste, a
riqueza e a sabedoria de Salomão tiveram um efeito
tão sobrepujante e emocionante sobre a rainha de
Sabá, que “se mostrou não haver mais espírito nela”.
(1Rs 10:4, 5) Neste mesmo sentido fundamental, o
espírito da pessoa pode ser ‘incitado’ ou ‘despertado’
(1Cr 5:26; Esd 1:1, 5; Ag 1:14; compare isso com Ec
10:4), ficar “agitado” ou “irritado” (Gên 41:8; Da
2:1, 3; At 17:16), ‘acalmar-se’ (Jz 8:3), ‘afligir-se’,
‘debilitar-se’ (Jó 7:11; Sal 142:2, 3; compare isso com
Jo 11:33; 13:21) ou ser ‘reanimado’ (Gên 45:27, 28; Is
57:15, 16; 1Co 16:17, 18; 2Co 7:13; compare isso com
2 Co 2:13).
Coração e espírito. Frequentemente, relaciona-se
o coração com o espírito, indicando um vínculo
específico. Visto que se mostra que o coração
figurativo tem a capacidade de pensar e de ter
motivação, e de estar intimamente relacionado com
emoções e afeições, sem dúvida, tem uma grande
participação no desenvolvimento do espírito (a
inclinação mental predominante) que se demonstra
ter. Êxodo 35:21 coloca o coração e o espírito em
paralelo ao dizer que “todo aquele cujo coração o
impelia, . . . todo aquele cujo espírito o incitava”,
trouxe contribuições para a construção do
tabernáculo. Inversamente, quando souberam das
poderosas obras de Jeová a favor de Israel, ‘os
corações dos cananeus começaram a derreter-se e em
ninguém se levantou ainda espírito’, isto é, não havia
incentivo para tomar alguma ação contra as forças
israelitas. (Jos 2:11; 5:1; compare isso com Ez 21:7.)
Fazem-se também referências ‘à dor de coração e ao
quebrantamento do espírito’ (Is 65:14), ou
expressões similares. (Veja Sal 34:18; 143:4, 7; Pr
15:13.) Evidentemente, por causa do poderoso efeito
da força ativante sobre a mente, Paulo admoesta:
“Deveis ser feitos novos na força que ativa [forma de
pneú·ma] a vossa mente, e . . . vos deveis revestir da
nova personalidade, que foi criada segundo a vontade
de Deus, em verdadeira justiça e lealdade.” — Efe.
4:23, 24.

Enfatiza-se fortemente a necessidade vital de se


controlar o espírito. “Como uma cidade arrombada,
sem muralha, é o homem que não domina seu
espírito.” (Pr 25:28) Quando provocada, a pessoa
pode agir como aquele estúpido que
impacientemente ‘deixa sair todo o seu espírito’, ao
passo que o sábio “o mantém calmo até o último”. (Pr
29:11; compare isso com 14:29, 30.) Moisés deixou-
se provocar indevidamente, quando os israelitas, em
certa ocasião, “amarguraram-lhe o espírito”, e ele
“começou a falar precipitadamente com os seus
lábios”, para o seu próprio prejuízo. (Sal 106:32, 33)
Assim, “melhor é o vagaroso em irar-se do que o
homem poderoso, e aquele que controla seu espírito,
do que aquele que captura uma cidade”. (Pr 16:32)
Para isso, a humildade é essencial (Pr 16:18, 19; Ec
7:8, 9), e “quem é humilde de espírito segurará a
glória”. (Pr 29:23) O conhecimento e o discernimento
mantêm o homem “de espírito frio”, controlando sua
língua. (Pr 17:27; 15:4) Jeová faz “a avaliação dos
espíritos” e julga aqueles que deixam de ‘guardar-se
quanto ao seu espírito’.

Espírito demonstrado por um grupo de


pessoas. Assim como uma pessoa pode mostrar
certo espírito, assim também um grupo ou conjunto
de pessoas pode manifestar certo espírito, uma
inclinação mental predominante. (Gál 6:18; 1Te 5:23)
A congregação cristã deve estar unida em espírito,
refletindo o espírito da sua Cabeça, Cristo Jesus. O
apóstolo Paulo menciona “o espírito do mundo” em
contraste com o espírito de Deus. (1Co 2:12) O
mundo, sob o controle do Adversário de Deus (1Jo
5:19), mostra o espírito de satisfazer os desejos da
carne decaída, de egoísmo, resultando em inimizade
com Deus. (Ef 2:1-3; Tg 4:5) Como o Israel infiel, a
motivação impura do mundo promove a fornicação,
quer física, quer espiritual, junto com idolatria.

Como vimos o idioma hebraico desvenda o mito da


ALMA, algo totalmente sem sentido, bem porque a
intenção de Deus ao criar a humanidade era para
viver nela. Não há nenhum indício que ele tenha
mudado de ideia. Deus não erra, não desiste do seu
intento e seus propósitos. Para que levar as pessoas
para “encher” o céu que já tem milhões de anjos que
foram criados para viver lá? Ele quer encher a terra
de pessoas que o amam e quer ele como Pai e terão a
oportunidade de viver para sempre. A Bíblia relata
que os mortos que estão na memória de Deus serão
ressuscitados e se forem obedientes ganharão a vida
eterna na terra. Ela estará cheia e não superlotada.

A palavra espírito tem


diversos sentidos dependendo do contexto, porém,
em nenhum deles sugere a ideia de algo que sai do
corpo. Quando a Bíblia relata que o espírito volta
para Deus é porque somente ele pode dar a pessoa
que morreu o espírito ou fôlego novamente.

DETURPAÇÃO DA IDEIA ORIGINAL


A religião falsa que trouxe para as pessoas uma
tremenda confusão ensinando cada uma delas
assuntos e temas diferentes que naturalmente não há
como estarem todos os conceitos certos, bem porque,
são conflitantes. A pessoa vai para o céu ou não vai.
Os mulçumanos acreditam que lá no céu existem 72
mulheres para cada homem. E para a mulher um
homem só. Parece que a conta não fecha.

A Bíblia foi escrita numa linguagem que a pessoa tem


que ser humilde para entendê-la. Caso alguém
resolva fazer a sua própria interpretação pode cair na
armadilha que o Diabo pretende. A Bíblia menciona
que ele ‘desencaminha todas as pessoas’. Ele inverteu
tudo aquilo que Deus é e fez e continua fazendo. Por
exemplo, ele disse que Jesus é o Deus eterno e não o
filho de Deus que teve um princípio ou veio a ser
criado por seu pai. O espírito santo ele disse que é
uma pessoa também.

A Bíblia auto se explica. Para obter a verdade tem


estudá-la e não apenas ler. Assim como o médico não
se torna médico somente lendo livros de medicina
por melhor que sejam. Ele necessita de dissecar um
cadáver para conhecer de fato o complexo corpo
humano. Da mesma forma temos que “dissecar” a
Bíblia com alguém que conhece como estudá-la.
Reforçando a ideia temos que estudar todos os 31.102
versículos que ela contém.

A DETURPAÇÃO CONTINUA

Líderes religiosos têm usado a língua hebraica


interpretando a Bíblia de um modo que não coaduna
com a mesma ideia que foi transmitida por Deus na
qual ele usou cerca de 40 homens que firam
inspirados pelo espírito santo para escrever.
Vamos dar alguns exemplos:
Como já foi dito, o Diabo tenta apagar das pessoas o
nome de Jeová e substituindo que Jesus cristo é o
Deus todo poderoso que em hebraico é chamado de
El Shaddai. Este termo é usado para designar o Deus
todo poderoso.

TEXTOS EXPÚRIOS
É possível ter alguém que faria acréscimos ou
tiraria alguma dos textos originais? A Bíblia disse
que sim. Veja Apocalipse 22:18, 19.

“Declaro a todo aquele que ouvir as palavras


da profecia deste rolo: se alguém fizer um
acréscimo a essas coisas, Deus lhe
acrescentará as pragas que estão escritas
neste rolo, e, se alguém tirar qualquer coisa
das palavras do rolo desta profecia, Deus
tirará sua parte das árvores da vida e da
cidade santa, que estão escritas neste rolo”.
Mateus 6:13 | parte|
Mateus 17: 21

ACRÉSCIMOS POSTERIORES AO TEXTO INSPIRADO

No entanto, alguém talvez pergunte: Quando os


discípulos de Jesus não puderam compreender por
que não foram capazes de expulsar certo demônio,
não disse Jesus: “Esta casta não pode sair com coisa
alguma, a não ser com oração e jejum”? (Mar. 9:29,
Almeida [9:28, Figueiredo]) Não, ele não disse isso,
pois os manuscritos melhores e mais antigos não
incluem as palavras “e jejum”. Estas palavras foram
evidentemente acrescentadas pelos copistas da
Bíblia. Parece que estes copistas advogavam e
praticavam o jejum, e por isso acrescentaram
repetidas vezes referências a ele, nos lugares onde
não se encontrava nas cópias anteriores. Isto não só
se dá em Marcos 9: 29, mas também em Mateus
17:21 (17:20, Figueiredo), onde inseriram toda a
sentença acima citada; em Atos 10:30, onde se faz
que Cornélio diga que jejuou; e em 1 Coríntios 7:5,
onde Paulo supostamente o recomenda aos casais.
 Marcos 9: 29
 Marcos 16:9-20
Um ponto de interesse é a conclusão de Marcos. Será
que termina com Marcos 16:8, ou existem versículos
adicionais como há em diversos outros manuscritos
antigos? Caso Marcos 16:8 aparecesse no fim duma
página, então seriam concebível que existissem mais
versículos numa página que faltava. A página
realçada por computador mostra Marcos 16:8 no
meio da coluna do lado esquerdo. Daí existe uma
fileira de pequenos círculos, seguidos por um
pequeno espaço, e, embaixo disso, o início de Lucas.
Isto mostra claramente onde é que o livro terminava.
Não falta nenhuma página, nem quaisquer
versículos. O que mencionamos aqui explica muitas
das diferenças entre a Tradução do Novo Mundo e
outras versões.

As diferenças mais notáveis são coisas que aparecem


nas versões mais antigas, mas que não são
encontradas nas mais novas, ou que aparecem
apenas em notas ao pé da página. Por que se dá isso?
Porque a maioria dos erros dos copistas são
acréscimos ao texto, em vez de omissões. Assim, os
eruditos bíblicos concordam hoje que os últimos doze
versículos do Evangelho de Marcos (16:9-20) e os
primeiros onze versículos do capítulo oito do
Evangelho de João não fazem parte dos escritos
originais. O mesmo se dá com as palavras “no céu: o
Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e esses três são um.
E três são os que testificam na terra”, encontradas
em 1 João 5:7, 8, nas versões Almeida e Figueiredo, e
em outras.
João 5:4
Note a travessão na citação acima de João 5:2-9.
Algumas Bíblias incluem um trecho extra, numerado
João 5:4. Este acréscimo diz mais ou menos assim:

“Porque um anjo do Senhor costumava de época em


época descer ao reservatório e agitar a água, o
primeiro que então entrasse nela após a agitação da
água ficava bom de saúde, livre de qualquer doença
de que padecesse”.

Contudo, várias Bíblias modernas, incluindo a


Tradução do Novo Mundo da Bíblia Sagradas,
omitem essa passagem. Por quê? Porque com toda a
probabilidade ela não constava no Evangelho de
João. Uma nota ao pé da página em A Bíblia de
Jerusalém (na edição em inglês) diz que as “melhores
testemunhas” omitem esse trecho. As “melhores
testemunhas” refere-se aos antigos manuscritos
gregos, como o Códice Sinaítico e o Vaticano 1209
(ambos do 4. ° século EC), e primitivas versões em
siríaco e em Latim. Depois de mencionar ‘a falta do
versículo 4 nos melhores manuscritos’, a obra The
Expositor’s Bible Commentary acrescenta: “Ele é em
geral considerado uma nota introduzida para explicar
a intermitente agitação da água, que a populaça
considerava ser uma fonte potencial de cura”. João
7:53-8:11.

O que mencionamos aqui explica muitas das


diferenças entre a Tradução do Novo Mundo e outras
versões. As diferenças mais notáveis são coisas que
aparecem nas versões mais antigas, mas que não são
encontradas nas mais novas, ou que aparecem
apenas em notas ao pé da página. Por que se dá isso?
Porque a maioria dos erros dos copistas são
acréscimos ao texto, em vez de omissões.

Assim, os eruditos bíblicos concordam hoje que os


últimos doze versículos do Evangelho de Marcos
(16:9-20) e os primeiros onze versículos do capítulo
oito do Evangelho de João não fazem parte dos
escritos originais. O mesmo se dá com as palavras
“no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e esses
três são um. E três são os que testificam na terra”,
encontradas em 1 João 5:7, 8, nas versões Almeida e
Figueiredo, e em outras. Atos 10:30.
ACRÉSCIMOS POSTERIORES AO TEXTO INSPIRADO

No entanto, alguém talvez pergunte: Quando os


discípulos de Jesus não puderam compreender por
que não foram capazes de expulsar certo demônio,
não disse Jesus: “Esta casta não pode sair com coisa
alguma, a não ser com oração e jejum”? (Mar. 9:29,
Almeida [9:28, Figueiredo]) Não, ele não disse isso,
pois os manuscritos melhores e mais antigos não
incluem as palavras “e jejum”. Estas palavras foram
evidentemente acrescentadas pelos copistas da
Bíblia. Parece que estes copistas advogavam e
praticavam o jejum, e por isso acrescentaram
repetidas vezes referências a ele, nos lugares onde
não se encontrava nas cópias anteriores. Isto não só
se dá em Marcos 9:29, mas também em Mateus 17:21
(17:20, Figueiredo), onde inseriram toda a sentença
acima citada; em Atos 10:30, onde se faz que
Cornélio diga que jejuou; e em 1 Coríntios 7:5, onde
Paulo supostamente o recomenda aos casais.

Atos 15:34:
Nos manuscritos mais antigos e confiáveis não
constam este
Versículo. São acréscimos pelos copistas.
1 Coríntios 7:5
Trata-se da mesma situação semelhante em Atos
15:34

1 João 5:7 Por exemplo, quando o perito Erasmo, do


século 16, traduziu seu “Novo Testamento” grego
ele recorreu à autoridade do Códice Vaticano. para
omitir as palavras espúrias no texto de 1 João,
capítulo 5, versículos 7 e 8. Erasmo estava certo,
não obstante, mesmo em 1897, o papa Leão XIII
endossou o adulterado texto latino da Vulgata. Foi
somente com a publicação de modernas traduções
católico-romanas que esse erro textual foi
reconhecido.

Quando o Códice Sinaítico foi revelado ao mundo,


em fins do século 19, tornou-se evidente para as
autoridades católico-romanas que o seu Códice
Vaticano corria o risco de ser eclipsado. Na virada do
século, finalmente tornaram-se disponíveis boas
cópias fotográficas.

O manuscrito se compõe de 759 folhas. Falta a maior


parte de Gênesis, alguns salmos, e as partes finais das
Escrituras Gregas Cristãs. É escrito em excelente
pergaminho, fino, supostamente de pele de antílope,
em estilo simples e elegante. A sua designação oficial
é Códice B, e pode ser visto hoje na Biblioteca
Vaticana. Não mais está oculto e, finalmente, o seu
valor é entendido e apreciado em todo o mundo.

Todavia, alguns talvez sugiram que, embora Jesus


nãoespecificasse a doutrina da Trindade, o apóstolo
João fez isso em 1 João 5:7, texto que reza segundo a
versão Almeida, edição revista e corrigida: “Porque
três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o
Espírito Santo; e estes três são um.” No entanto,
versões mais modernas omitem esta passagem. Por
quê? A Bíblia de Jerusalém, católica, explica numa
nota ao pé da página que este texto não é encontrado
em nenhum dos primitivos manuscritos gregos, nem
nos melhores latinos da Bíblia. São expúrios. Sem
dúvida, foi acrescentado na tentativa de dar apoio à
Trindade.

VELHO TESTAMENTO VERSUS NOVO TESTAMENTO

A expressão velho testamento não é a melhor forma


de definir. O correto é: Escrituras Hebraicas
Aramaicas. Por quê? Porque primeiro que ele não
ficou velho. Assim que acabou de escrevê-lo em
seguida começou a escrita do Novo Testamento. A
descrição correta novo testamento é: Escrituras
Gregas Cristãs. Isto é porque o “novo” foi escrito em
grego e na era de Jesus Cristo.

O que está em questão é que Jesus cumpriu a lei. E


por ocasião enquanto celebravam a Páscoa Judaica,
após despedir Judas Iscariotes, o traidor, Jesus disse
aos seus apóstolos que faria com eles um “novo
pacto”. O pacto anterior foi feito com Abraão que foi
o ancestral que deu origem à nação judaica. Neste
novo pacto dava aos seus discípulos uma nova
situação que naquele momento não entenderam
plenamente o seu significado.

No quadragésimo dia após a morte de Jesus, 120


discípulos, incluindo os apóstolos, estavam reunidos
num sobrado quando de repente apareceu uma
coluna de fogo sobre a cabeça de cada um deles. Este
fenômeno era o espírito santo que estava sendo
derramado sobre eles. Era o dia de Pentecostes.

Jesus Cristo que era o Messias tão aguardado pelos


os judeus, agora dali em diante ele se tornou a figura
mais importe da qual teria que fazer parte das
Escrituras. Mateus, Marcos, Lucas e João escreveram
o Evangelho.
AS ESCRITURAS GREGAS CRISTÃS

As escrituras gregas cristãs faz parte da Bíblia como


um todo.
“16Toda a Escritura é inspirada por Deus e
proveitosa para ensinar, para repreender, para
endireitar as coisas, para disciplinar em justiça, 17 a
fim de que o homem de Deus seja plenamente
competente, completamente equipado para toda boa
obra”.
Veja que a expressão ‘toda escritura’ engloba tanto o
chamado velho e o novo testamento. Tanto Jesus,
seus apóstolos e os discípulos usavam as Escrituras
Hebraicas Aramaicas e a citava nos 27 livros das
Escrituras Gregas Cristãs.

Mateus escreveu seu livro primeiro em hebraico e


depois foi escrito em grego também. Será que na
língua grega houve deturpação assim como o
hebraico? Houve.

A INTERPRETAÇÃO DE CERTOS TEXTOS


As religiões muitas vezes se adaptam conforme
querem para afirmar certa doutrina. Eles costumam
dizer que o velho testamento não precisa mais ser
usado, somente o novo. Porém, para afirmar uma
doutrina, daí eles usam.
Vamos dar alguns exemplos:
Em Gênesis 1:1 diz: “No princípio Deus criou os céus
e a terra”.
Colossenses 1:13-20 que diz:
“13Ele nos livrou da autoridade da escuridão e nos
transferiu para o reino do seu Filho amado, 14 por
meio de quem temos o nosso livramento por resgate,
o perdão dos nossos pecados. 15 Ele é a imagem
do Deus invisível, o primogênito de toda a
criação; 16 pois por meio dele foram criadas
todas as outras coisas nos céus e na terra, as
coisas visíveis e as coisas invisíveis, quer
sejam tronos, quer domínios, quer governos,
quer autoridades. Todas as outras coisas
foram criadas por meio dele e para
ele. 17 Também, ele já existia antes de todas as
outras coisas, e por meio dele todas as
outras coisas vieram a existir. 18 E ele é a
cabeça do corpo, que é a congregação. Ele é o
princípio, o primogênito dentre os mortos, para se
tornar aquele que é o primeiro em todas as
coisas; 19 porque Deus se agradou de fazer
morar nele toda a plenitude 20 e, por meio dele,
reconciliar todas as outras coisas consigo
mesmo, tanto as coisas na terra como as coisas nos
céus, estabelecendo a paz por meio do sangue que
ele derramou na estaca”.

Estes versículos estão falando de Jesus Cristo. A


maioria das religiões costuma dizer que Jesus é Deus.
Porém, o nome de Jesus em hebraico tem o mesmo
significado de Josué.

Neste diagrama supracitado nos dá uma visão clara


que Jesus não é o mesmo que Jeová. O nome Jesus
significa em hebraico; “Jeová é salvação”. Portanto se
trata de duas pessoas. Na primeira horizontal acima
mostra o nome de Jeová com as consoantes: Yod. Hê,
Vav, Hê. O nome de Jesus na horizontal abaixo veja
como fica: três consoantes de Jeová e acrescenta
mais duas. Yod, Hê, Vav | Shim e Ain | Portanto
o nome de Jesus transliterado para a pronúncia em
português fica assim: Yod, Hê, Vav, Shim, Ain.
Portanto estas cinco consoantes em hebraico
significa “Jeová é Salvação”. É digno de nota que
Deus irá salvar a humanidade por meio de Jesus
Cristo que veio a terra e morreu derramando seu
sangue para nos resgatar. Para ajudar na lembrança
veja o que significa estas duas consoantes:.‫דם‬

Dálet e Meme final. A pronúncia é mais ou


menos assim: Dâm. ‫דם‬
Estas duas consoantes significa sangue. E Deus disse
que não deveríamos comer qualquer animal sem
derramar o sangue porque o sangue é a vida. A vida
pertence somente a Deus. Portanto, Jesus nos deu a
sua vida para nos salvar. Para uma melhor
compreensão tanto Deus como Jesus estão
envolvidos no processo da salvação.

A IDENTIDADE DE JESUS

Deus não teve princípio. Ele sempre existiu. Não é


fácil para nós humanos entender esta eternidade de
Deus. Nós só conseguimos ver as coisas em três
dimensões; comprimento, altura e largura e que está
na corrente do tempo.
Deus na sua existência tinha duas opções; continuar
sozinho ou criar coisas. Ele decidiu tornar-se Criador.
A primeira criação de Deus foi Jesus Cristo. É por
isso que ele é chamado de primogênito, pois, ele foi à
primeira criatura que veio a existência.

Então podemos entender como foi que deus usou


Jesus em todo seu propósito. Deus como engenheiro
faz o projeto. Jesus é como o mestre de obras que
executa a construção. Desta forma quando a Bíblia se
refere que toda criação veio por intermédio dele é por
que ele teve um papel fundamental. Todas as
criaturas espirituais, isto é, os anjos e todo o universo
incluindo a terra e até o ser humano. Jesus esteve
envolvido em todo este processo.

Para deixar claro e sem sombra de dúvidas a


expressão do texto de Colossenses supracitado diz:
“19 porque Deus se agradou de fazer morar
nele toda a plenitude”.
Veja que o próprio texto auto se explica. Porque Deus
se agradou de fazer morar nele. Deus decidiu dar a
Jesus a grande oportunidade de ajudá-lo na criação.
Mas, isto não significa que se trata de uma só pessoa.
Mas, onde entra o espírito santo? O espírito santo é a
força ou como um braço junto com as mãos do ponto
de vista humano que Deus usa para realizar tudo o
que faz. Ele não é uma pessoa.

Veja como estes textos mostram que Jesus não é o


mesmo que Deus:
João 14:6,13

6 Jesus lhe respondeu: “Eu sou o caminho, a verdade


e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.
Porque vou embora para o Pai. 13 Também, tudo
o que vocês pedirem em meu nome, eu farei, para
que o Pai seja glorificado por meio do Filho.
Veja como Jesus dava destaque ao Pai.
Marcos 13:32
32“A respeito daquele dia ou daquela hora ninguém
sabe, nem os anjos no céu, nem o Filho, mas
somente o Pai.
Este texto deixa claro que Jesus não sabia enquanto
na terra quando era o dia que este mundo chegaria ao
fim. Ele disse que somente o pai sabia. Se fosse uma
trindade que defende a tese que são iguais, então por
que disse Jesus que não sabia. Este texto deixa a
doutrina da trindade desmascarada.
Mateus 26:36-44
36 Jesus chegou então com eles a um lugar chamado
Getsêmani e disse aos discípulos: “Sentem-se aqui
enquanto eu vou ali para orar.” 37 E, levando consigo
Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a ficar
triste e muito aflito. 38 Disse-lhes então:
“Estou profundamente triste, a ponto de morrer.
Fiquem aqui e mantenham-se vigilantes
comigo.” 39 E, indo um pouco mais adiante, ele se
prostrou com o rosto por terra e orou: “Meu pai, se
for possível, deixa que este cálice se afaste de mim.
Contudo, não como eu quero, mas como tu queres.”
40 Ele voltou aos discípulos e os encontrou
dormindo, e disse a Pedro: “Vocês não conseguiram
se manter vigilantes comigo nem mesmo por uma
hora? 41 Mantenham-se vigilantes e orem
continuamente para que não caiam em tentação.
Naturalmente, o espírito está disposto, mas a carne é
fraca.” 42 Novamente, pela segunda vez, se afastou e
orou: “Meu pai, se não é possível que isto se afaste
de mim sem que eu o beba, seja feita a tua vontade.”
43 E voltou novamente e os encontrou dormindo,

pois estavam com os olhos pesados. 44 Portanto,


deixando-os, se afastou novamente e orou pela
terceira vez, dizendo mais uma vez a mesma coisa.
Lucas 22:42-44.
Se Jesus orou várias vezes para o Pai é porque não
são a mesma pessoa.
E ele se afastou deles à distância de um arremesso de
pedra, ajoelhou-se e começou a orar, 42 dizendo:
“Pai, se tu quiseres, afasta de mim este cálice.
Contudo, ocorra não a minha vontade, mas a
tua.” 43 . Um anjo do céu apareceu e o
fortaleceu. 44 Mas ele ficou tão angustiado que
orou ainda mais intensamente; e o seu suor se tornou
como gotas de sangue que caíam no chão.

Este texto supracitado mostra duas coisas: mais uma


vez ele orou para o pai sentindo muito angustiado e
um anjo do céu veio e o fortaleceu. Se Jesus fosse
Deus, então por que um anjo veio fortalecê-lo? Não é
incoerente?

INTERPRETAÇÃO EQUIVOCADA

Conforme vimos até agora e Bíblia contém


informações mais que suficiente que Jeová, Jesus e o
espírito santo são coisas distintas.
Mas, os trinitaristas insistem em afirmar que são três
em um.
Textos das Escrituras Hebraicas em
que nomes no plural são aplicados a
Deus.
Muitos argumentam que a palavra Deus está
plural, portanto significa mais do que um. Porém,
veja a explicação sobre o motivo do plural.
Em Gênesis 1:1 o título “Deus” é traduzido de
’Elo·hím, que é plural em hebraico. Os
trinitários interpretam que isto indica a
Trindade. Explicam também que
Deuteronômio 6:4 (ALA) dá a entender a
unidade dos membros da Trindade, dizendo:
“O SENHOR nosso Deus [traduzido de
’Elo·hím] é o único SENHOR.”

O plural aqui do nome em hebraico é o plural


majestático ou de excelência. (Veja o
Dicionário Bíblico da NAB, Edição de St.
Joseph, p. 330, em inglês; também a New
Catholic Encyclopedia, de 1967, Vol. V, p.
287.) Não dá a ideia de pluralidade de pessoas
numa deidade. Nesse mesmo estilo, quando
em Juízes 16:23 se faz referência ao falso deus
Dagom, emprega-se uma forma do título
’elo·hím; o verbo acompanhante está no
singular, o que indica que se refere a apenas
um deus. Em Gênesis 42:30, fala-se de José
como “senhor” (’adho·néh, o plural
majestático) do Egito.

O idioma grego não possui ‘plural majestático


ou de excelência’. Portanto, em Gênesis 1:1, os
tradutores da LXX empregaram ho The·ós
(Deus, no singular) como equivalente a
’Elo·hím. Em Marcos 12:29, onde se reproduz
uma resposta de Jesus em que ele citou
Deuteronômio 6:4, emprega-se similarmente
o singular ho The·ós, em grego.

Em Deuteronômio 6:4, o texto hebraico


contém duas vezes o Tetragrama, e, portanto,
deve rezar mais adequadamente: “Jeová,
nosso Deus, é um só Jeová.” (NM) A nação de
Israel, a quem isto foi dito, não acreditava na
Trindade. Os babilônios e os egípcios
adoravam tríades de deuses, mas esclareceu-
se a Israel que Jeová é diferente.

O primeiro livro da Bíblia é o Gênesis. Esta


palavra significa em hebraico; “Origem;
Nascimento”. A pronúncia em hebraico é
Bere’shíth. Alguns costumam escrever de um
modo um pouco diferente; B’reshith alegando
que este “B” é uma preposição: para, através de
etc. Outros afirmam que Bereshíth é um nome
pessoal e acreditam que se trata de Jesus.

Em Gênesis 1:1 diz: “No princípio Deus criou os


céus e a terra”.
Daí para aqueles que interpretam que Bereshíth é
o nome pessoal de Jesus ficaria assim.
“Jesus criou os céus e a terra”.
Jesus pode até ter criado os céus e a terra como o
executador da obra, porém seu Pai é quem fez o
projeto.

Existe outro texto que costuma dar trabalho para


entender porque foi escrito em grego. É João 1:1
que diz: “NO PRINCÍPIO era o Verbo, e o Verbo
estava com Deus, e o Verbo era Deus”.

Descrito desta forma acreditam os defensores da


ideia que Jesus é o próprio Deus. Mas, será que
em grego é assim?

Quem Era “a Palavra”?

Contudo, que dizer de João 1:1, que na tradução


Almeida da Bíblia e na King James Version (Versão
Rei Jaime) diz: “No princípio era o Verbo, e o Verbo
estava com Deus, e o Verbo era Deus”? João 1:14 nos
diz que “a Palavra [o Verbo] se tornou carne e residiu
entre nós”. A cristandade afirma que esta “Palavra”
(ló·gos, em grego) que veio à terra como Jesus Cristo
era o próprio Deus Todo-poderoso. Todavia, note que
mesmo na tradução Almeida e na Rei Jaime João 1:1
diz: “O Verbo estava com Deus.” Alguém que está
com outra pessoa não é a mesma que aquela outra
pessoa. Assim, mesmo nessas traduções indicam-se
duas pessoas distintas. Também, não se faz menção
alguma de uma terceira pessoa de uma Trindade.
Quanto à tradução Almeida e a Rei Jaime dizerem na
parte final de João 1:1 que o “Verbo era Deus”, outras
traduções dizem algo diferente. Alguns exemplos:
1808: “e a palavra era um deus”. The New
Testament, in an Improved Version, Upon
the Basis of Archbishop Newcome’s New
Translation: With a Corrected Text, Londres.
1864: “e um deus era a Palavra’. The
Emphatic Diaglott, de Benjamin Wilson,
Nova Iorque e Londres.
1935: “e a Palavra era divina”. The Bible—An
American Translation, de J. M. P. Smith e E.
J. Goodspeed, Chicago.
1935: “o Logos era divino”. A New
Translation of the Bible, de James Moffat,
Nova Iorque.
1975: “e um deus (ou da espécie divina) era a
Palavra”. Das Evangelium nach Johannes, de
Siegfried Schulz, Göttingen, Alemanha.
1978: “e da sorte semelhante a Deus era o
Logos”. Das Evangelium nach Johannes, de
Johannes Schneider, Berlim.
1979: “e um deus era o Logos”. Das
Evangelium nach Johannes, de Jurgen
Becker, Würzburg, Alemanha.
Também, a Tradução do Novo Mundo das
Escrituras Gregas Cristãs (1950 em inglês e
1963 em português), publicada pela Sociedade
Torre de Vigia de Bíblias e Tratados de Nova
Iorque, traduziu assim essa frase: “E a Palavra
era [um] deus.”
Harmonizam-se tais traduções com a construção
gramatical de João 1:1 na língua grega? Sim. Em João
1:1 há duas ocorrências do substantivo grego the·ós
(deus). A primeira se refere ao Deus todo-poderoso,
com quem a Palavra estava — “e a Palavra [ló·gos]
estava com o Deus [uma forma de the·ós]”. O
primeiro the·ós é precedido de uma forma do artigo
definido grego ho. O substantivo the·ós, com o artigo
definido ho na frente dele, indica uma identidade à
parte, neste caso, o Deus todo-poderoso — “e a
Palavra estava com o Deus”.

Mas, na parte final de João 1:1, traduções como as


alistadas no parágrafo 8, vertem o segundo the·ós
(um substantivo predicativo) por “divino” ou “um
deus”, em vez de “Deus”. Por quê? Porque o segundo
the·ós é um substantivo predicativo singular que
ocorre antes do verbo e sem o artigo definido ho em
grego. Neste versículo, esse tipo de construção de
sentença aponta para uma característica ou
qualidade de alguém. Traz à atenção a natureza da
Palavra, que ele era “divino”, “um deus”, mas não o
Deus todo-poderoso. Isto se harmoniza com os
muitos outros textos que mostram que “a Palavra”
era o porta-voz de Deus, enviado à terra por Deus.
Como diz João 1:18: “Nenhum homem jamais viu a
Deus; o deus unigênito [o Filho criado no céu pelo
Deus todo-poderoso], que está na posição junto ao
seio do Pai, é quem [veio à terra como o homem
Jesus e] o [referindo-se ao Deus todo-poderoso] tem
explicado.”.
Há muitos outros versículos bíblicos em que os que
traduzem do grego para outra língua inserem o artigo
“um” antes do substantivo predicativo, embora não
exista artigo no texto grego. Essa inserção do artigo
na tradução destaca a característica ou qualidade do
substantivo. Por exemplo, em Marcos 6:49, quando
os discípulos viram Jesus andando sobre a água, a
Versão Rei Jaime diz “pensaram tratar-se de um
espírito” (fán·ta·sma, em grego). A Tradução do
Novo Mundo mais corretamente traduz a frase:
“Pensaram: ‘É uma aparição! ’” Do mesmo modo, a
correta tradução de João 1:1 mostra que a Palavra
não era “Deus”, mas sim “um deus”.

Dois exemplos similares são encontrados em João,


capítulo 8, versículo 44. Ali, Jesus, falando a respeito
do Diabo, disse: “Esse foi um homicida quando
começou . . . ele é um mentiroso e o pai da mentira.”
Similar a João 1:1, no grego original o substantivo
predicativo em ambas essas expressões (“homicida” e
“mentiroso”) precede o verbo e não tem artigo
definido. Em cada caso, uma qualidade ou
característica do Diabo está sendo descrita e, em
muitas traduções em línguas modernas, é necessário
inserir o artigo indefinido (“um”) a fim de transmitir
isso. [Opcional em português.] De modo que a
Versão Rei Jaime traduz assim essas expressões:
“Ele era um assassino . . . ele é um mentiroso e o pai
da mentira.” — Veja também Marcos 11:32; João
4:19; 6:70; 9:17; 10:1, 21; 12:6.
Portanto, conforme vimos diversas traduções da
Bíblia entendem que se o verbo estava com Deus,
“estar com” só pode ser duas pessoas e não somente
um.

Existe ainda mais um texto que foi


modificado, porém não é difícil de explicar.
1 João 5:7, 8:

A versão Almeida reza: “Porque três são os


que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o
Espírito Santo; e estes três são um. E três são
os que testificam na terra: o Espírito, e a água
e o sangue; e estes três concordam num.” (So
também inclui esta passagem trinitária.)
Entretanto, NM não inclui as palavras “no
céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e
estes três são um. E três são os que testificam
na terra.” (PIB, BV, CBC, LR também excluem
a passagem trinitária.)

A respeito desta passagem trinitária, o crítico


textual F. H. A. Scrivener escreveu: “Não
precisamos hesitar em declarar a nossa
convicção de que as palavras controvertidas
não foram escritas por São João: que foram
originalmente transpostas da margem para as
cópias latinas na África, onde haviam sido
colocadas como nota explicativa pia e
ortodoxa referente ao versículo 8: que, do
latim, penetraram em dois ou três códices
gregos posteriores, e daí no texto impresso em
grego, lugar a que não tinham nenhum
direito.” — A Plain Introduction to the
Criticism of the New Testament (Cambridge,
1883, terceira ed.), p. 654.

Uma nota ao pé da página da BJ diz que “o


texto dos vv. 7-8 [a passagem trinitária] está
acrescido na Vulg. de um inciso . . . ausente
nos antigos mss. gregos, nas antigas versões e
nos melhores mss. da Vulg., e que parece ser
uma glosa marginal introduzida
posteriormente no texto.” — Edições Paulinas
de 1981, S. Paulo, Brasil, p. 1597.

A obra A Bíblia Explicada diz: “Nos versículos


7, 8 devemos omitir as seguintes palavras:
“No céu, o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo;
e estes três são um. E três são os que
testificam na terra”, por não se encontrarem
nos melhores manuscritos.” — S. E. McNair
(Casa Publ. Assembl. Deus, Rio de Janeiro,
Brasil, 1985), p. 489.

Veja também o apêndice da NM, edição com


referências, de 1984, p. 1580, em inglês.
Outros textos que os trinitários dizem
que expressam elementos do seu
dogma.
Note que o primeiro destes textos se refere
apenas ao Filho; o outro a ambos, o Pai e o
Filho; nem um nem outro menciona o Pai, o
Filho e o Espírito Santo, tampouco diz que
constituem um só Deus.
Diante de todos os textos citados fica claro uma
coisa. A Bíblia auto se explica. Às vezes no mesmo
texto já indica a explicação. Em outros casos às
vezes precisamos pesquisar outros textos que
ajudam no entendimento. A Bíblia toda foi
inspirada por Deus, portanto não pode haver;
dupla interpretação ou falta de coerência. Deus
não faria isso porque é o desejo dele que nós
entendamos a sua Palavra e nos alimente em
sentido espiritual, e não para nos deixar confusos.

O MOTIVO DE DEUS ESCREVER A BÍBLIA


UM REGISTRO ESCRITO É MAIS ÚTIL
Mas, por que um livro? Por que não uma
comunicação direta da voz de Deus ou por meio de
anjos enviados por ele?

É verdade que Deus, no começo, comunicou-se


verbalmente com Adão, dando-lhe instruções. Mas,
desde então, ele tem usado outros meios com igual
eficácia, e ainda mais apropriados para pessoas
imperfeitas. Na realidade, por causa da memória
deficiente de todos os humanos, é bom que Deus
fizesse com que suas comunicações fossem escritas,
desde o tempo de Adão.

Considere a sabedoria de Deus, de fazer com que sua


comunicação à humanidade estivesse disponível em
forma escrita. Trata-se certamente dum registro
muito mais fidedigno do que a mera palavra falada. A
transmissão verbal de informação, de pessoa a
pessoa, seria um método muito inexato. Deus teria de
repetir todas as suas instruções a cada geração. E se
Deus tivesse uma mensagem para toda a
humanidade, teria de falar a certos homens, como
seus representantes ou profetas, os quais a
transmitiriam a outros. Senão, ele teria de falar a
todas as pessoas em tons temíveis e trovejantes,
desde o céu. Embora fosse muito impressionante,
isto poderia ter efeitos indesejáveis conforme mostra
Êxodo 20:18, 19.

No entanto, na Bíblia possuímos “todo o conselho de


Deus”, que todos podem ler. (Atos 20:27) Nada
precisa ser acrescentado ou omitido. (Provérbios
30:5, 6) Os princípios que governam a humanidade
são os mesmos, em todas as épocas e em todos os
lugares. E por termos toda a comunicação de Deus
para nós providos num livro pode convenientemente
e à vontade recorrer a ele em consulta sobre qualquer
problema humano.

Temos de lembrar-nos também de que a Bíblia não


só contém o conselho de Deus, mas também a
história e as narrativas da vida individual daqueles
que serviram a Deus e dos que não o serviram.
Vemos o resultado na vida deles. A Bíblia nos fornece
um relato dos tratos de Deus com a humanidade, a
fim de sabermos o que ele pensa sobre certos
assuntos. (Romanos 15:4) Dentre os milhares de
acontecimentos da história, Deus escolheu certos
eventos para serem registrados, a fim de ilustrar
princípios. Alguns dos eventos eram proféticos.
(Gálatas 4:24) Outros eram exemplos tirados da vida
real, que servem hoje para nossa orientação. —
1 Coríntios 10:11.

Visto que temos estas narrativas e precisamos delas


para ter a devida orientação, não é melhor que
fossem escritas por pessoas reais, sobre pessoas
reais, amiúde elas mesmas? E estas eram muito
honestas e cândidas, não ocultando nem seus erros,
nem seus pecados. Não nos toca o coração ao lermos
sobre as experiências, as dificuldades, as alegrias, a
coragem e a fé de pessoas reais? Essas coisas
agradam ao coração e à consciência muito melhor do
que um livro de regras. Pode visualizar na mente a
cena dos acontecimentos registrados na Bíblia; de
fato, pode até mesmo identificar-se pessoalmente
com eles. Quando lemos sobre o que Moisés, Davi,
Jeremias e Paulo passaram na vida real, não nos dá
isso uma sensação de simpatia? E essas narrativas
têm o tom da verdade. Não se sente comovido por
causa da realidade e do vigor destas narrativas
escritas?

O CONTEÚDO DA BÍBLIA

A Bíblia contém a narrativa da criação de Deus. As


estrelas, os planetas e as galáxias, fazem parte do
universo que não podemos imaginar o tamanho deste
universo. É demais para nossa mente. Os caminhos e
projetos de Deus são inescrutáveis.

Deus colocou na Bíblia o suficiente para nos ajudar


na aproximação com Ele. Nada mais e nada menos.
Os 31.102 versículos foram escolhidos a dedo por
Deus porque seriam impossíveis de relatar todos os
acontecimentos. Dentre milhares de acontecimentos,
Deus selecionou os pontos principais para colocá-los
na Bíblia. É por isso que devemos dar o devido valor
a cada um destes textos.

SÍNTESE DOS LIVROS DA BÍBLIA ESCRITOS EM


HEBRAICO | 39 LIVROS |

Torá ‫תורה‬
Torá é um termo que judeus se referem aos cinco
primeiros livros sagrados. Gêneses, Êxodo, Levítico,
Números e Deuteronômio.

‫אשית‬
ִׁ ‫בְּ ֵר‬
Gênesis | Bereshit
Gênesis (do grego Γένεσις, "origem",
"nascimento", "criação”, "princípio") é o primeiro
livro tanto da Bíblia Hebraica como da Bíblia cristã,
antecede o Livro do Êxodo. Faz parte do Pentateuco e
da Torá, os cinco primeiros livros bíblicos. Gênesis
(do grego Γένεσις, "nascimento", "origem") é o nome
dado pela Septuaginta ao primeiro destes livros, ao

passo que seu título hebraico (Bereshit ‫אשית‬


ִׁ ‫בְּ ֵר‬,
B'reishit, "No princípio"). É tirado da primeira
palavra de sua sentença inicial. Narra uma visão
da criação do mundo na perspectiva de um olhar
humano. Gênesis narra às genealogias dos Patriarcas
bíblicos, tais como: Abraão, Isaque e Jacó, até à
fixação deste povo no Egito através da história
de José. A tradição judaico-cristã atribui a autoria do
texto a Moisés.

‫ְּשמֹות‬
Êxodo | Shemot

Livro do Êxodo ou simplesmente Êxodo (do


em grego antigo: ἔξοδος, éxodos, "saída" ou
"partida"; em hebraico: ‫שמֹות‬,
ְׁ Shəmōṯ, "nomes", a
segunda palavra do começo do texto: "Ora estes são
os nomes dos filhos de Israel, que entraram no
Egito") é o segundo livro da Torá e da Bíblia
hebraica (o Antigo Testamento dos cristãos).
Ele conta a história do Êxodo, ou seja, de como
os israelitas deixaram para trás a escravidão
no Egito por sua fé em Jeová, que escolheu Israel
como seu povo. Liderados por seu profeta, Moisés,
eles viajaram pelo deserto até o monte Sinai, onde
Jeová lhes promete a terra de Canaã (a "Terra
Prometida") como recompensa por sua fidelidade. Os
israelitas passam a fazer parte da aliança com Jeová,
que lhes fornece suas leis e instruções para a
construção do Tabernáculo. Segundo o relato, Jeová
então desceu do céu e habitou com eles, liderando o
povo na guerra santa para conquistar a terra e
conseguir a paz. Ele foi escrito por Moisés.

‫וַיִׁ קְּ ָרא‬


Levíticos | Vaicrá

Levítico (do grego Λευιτικόν, "Leuitikon", do


original hebraico "torat kohanim") é o terceiro livro
da Bíblia hebraica (em hebraico: ‫וַיִׁ קְּ ָרא‬, "Vaicrá" -
"Chamado por Deus") e do Antigo
Testamento cristão. O termo em português é
derivado do latim "Leviticus", emprestado do grego,
e é uma referência aos levitas, a tribo de Arão, os
primeiros sacerdotes judaicos ("kohanim").
Endereçado a todo o povo de Israel (Levítico 1:2), o
livro contém algumas passagens específicas para os
sacerdotes (Levítico 6:8, por exemplo). A maioria de
seus capítulos (1-7; 11-27) são normas de Deus
no monte Sinai a Moisés, que recebeu a missão de
repeti-las aos israelitas, durante o Êxodo (Êxodo
19:1). O Livro do Êxodo narra como Moisés liderou
os israelitas na construção do Tabernáculo (caps. 35-
40), que era uma tenda que servia como "templo"
móvel dos judeus durante a jornada pelo exército,
com base nas instruções de Deus (25-31). Seguindo a
narrativa no Levítico, Deus conta aos israelitas e a
seus sacerdotes como realizar as ofertas no
Tabernáculo e como se comportar enquanto estavam
acampados à volta da tenda do santuário. Os eventos
no Levítico ocorreram durante o período de trinta a
quarenta e cinco dias entre o fim da construção do
Tabernáculo (Êxodo 40:17) e a despedida dos
israelitas do Sinai (Números 1:1, Números 10:11).

As instruções no Levítico enfatizam práticas rituais,


legais e morais ao invés de crenças. Mesmo assim,
elas refletem a visão de mundo da história da
criação em Gênesis 1, quando Deus revela o desejo de
viver entre os homens. O livro ensina que a realização
fiel dos rituais no santuário tem o poder de tornar
isto possível se o povo se mantiver longe do pecado e
das impurezas sempre que possível. Os rituais,
especialmente os relativos ao pecado e as oferendas
decorrentes, são formas de se obter o perdão (caps.
4-5) e a purificaçãodas impurezas (11-16) para que
Deus possa continuar a viver no Tabernáculo.

‫בְּ ִמ ְּדבַּ ר‬
Números | Bemidbar
Números (do grego Ἀριθμοί, "Arithmoi"; em
hebraico: ‫בְּ ִמ ְּדבַּ ר‬, Bemiḏbar, "No deserto ou ermo" é
o quarto dos cinco livros da Torá, a primeira seção
da Bíblia hebraica, e do Antigo Testamento cristão. O
nome em português é derivado do latim "Numeri" e é
uma referência aos dois censos dos israelitas citados
no texto. Este livro tem uma longa e complexa
história, mas sua forma final provavelmente é
resultado de uma edição sacerdotal. Foi escrito por
Mosés em 1473 a.C.

Números começa no monte Sinai, onde


os israelitas haviam recebido suas leis e renovado a
sua aliança com Deus, que passou a habitar entre eles
no Tabernáculo. A próxima missão era tomar posse
da Terra Prometida. A população é contada e os
preparativos são realizados para reassumir a
marcha até lá. Deus designou 12 espias para um
reconhecimento do país. Porém, 10 deles trouxeram
um relato negativo. Disseram ao povo que a terra era
muito boa e tinha belas frutas. Mas. Ficaram com
medo do tamanho dos homens que habitavam o país.

Diante deste relato negativo desmotivou o povo que


já era difícil lidar devido a sua falta de fé. Porém, dois
espias, Josué e Calebe trouxeram um relato positivo
dizendo que Jeová os ajudaria a conquistar o país.
Devido a esta atitude, Deus condenou toda aquela
nação no sentido de não permitir a entrada deles na
terra. Somente seus filhos entrariam. Por causa desta
atitude tiveram que peregrinarem durante 40 anos
no ermo. Mas, além das provisões necessárias para a
sobrevivência, Deus não permitiu que as roupas e
sandálias se desgastassem. Até mesmo os pés deles
não ficaram inchados.

‫ְּדבָ ִׁרים‬
DEUTERONÔMIO | DEVARIN
Deuteronômio (do grego Δευτερονόμιον, "Deutero
nómion", "Segunda lei""; em hebraico
‫דבָ ִרים‬,ְׁ Devārīm. O nome Deuteronômio deriva-se
do título da tradução grega Septuaginta, a saber,
Deu·te·ro·nó·mi·on, nome composto formado de
deú·te·ros, que significa “segundo”, e de nó·mos,
“lei.” Significa, portanto, “Segunda Lei; Repetição da
Lei”. Vem da tradução grega da frase hebraica em
Deuteronômio 17:18, mish·néh hat·toh·ráh,
corretamente traduzida ‘cópia da lei’. Não obstante o
significado do nome Deuteronômio, este livro da
Bíblia não é uma segunda lei, tampouco é mera
repetição da Lei. Em vez disso, é uma explicação da
Lei, que exorta Israel a amar e a obedecer a Jeová na
Terra Prometida em que entraria em breve.

ALGUNS PRECEDENTES JURÍDICOS EM DEUTERONÔMIO


I. Leis pessoais e familiares Capítulos e Versículos
A. Relações pessoais
1. Pais e filhos 5:16
2. Relações matrimoniais 22:30; 27:20, 22, 23
3. Leis sobre divórcio 22:13-19, 28, 29
B. Direitos de propriedade 22:1-4
II. Leis constitucionais
A. Habilitações e deveres 17:14-20
do rei
B. Regulamentos militares
1. Isenções do serviço 20:1, 5-7; 24:5
militar
2. Oficiais subalternos 20:9
III. O poder judiciário
A. Deveres dos juízes 16:18, 20
B. Supremo tribunal de 17:8-11
recursos
IV. Direito penal
A. Crimes contra o Estado
1. Suborno, perversão 16:19, 20
da justiça
2. Perjúrio 5:20
B. Crimes contra os bons costumes
1. Adultério 5:18; 22:22-24
2. União ilícita 22:30; 27:20, 22, 23
C. Crimes contra a pessoa física
1. Assassínio e agressão 5:17; 27:24
2. Estupro e sedução 22:25-29
V. Leis humanitárias
A. Bondade para com os animais 25:4; 22:6, 7
B. Consideração pelos 24:6, 10-18
desafortunados
C. Código de segurança 22:8
de edificações
D. Tratamento de classes 15:12-15; 21:10-14;
dependentes, incluindo 27:18, 19
escravos e cativos
E. Provisões filantrópicas 14:28, 29; 15:1-11;
para os necessitados 16:11, 12; 24:19-22

‫יהושע‬
JOSUÉ | YEROSHUA

O Livro de Josué (em hebraico: ‫יהושע ספר‬, Sefer


Yĕhôshúa) é o sexto livro da Bíblia hebraica (e
do Antigo Testamento cristão) e o primeiro livro
da história deuteronômica, a história de Israel
da conquista de Canaã até o exílio na Babilônia. Ele
narra às campanhas dos israelitas nas regiões norte,
sul e central de Canaã, a destruição de seus inimigos
e a divisão das terras conquistadas entre as doze
tribos.

O livro de Josué abrange um período de mais de 20


anos, desde a entrada em Canaã, em 1473 AEC, até
cerca de 1450 AEC, provavelmente o ano em que
Josué morreu. O próprio nome Josué (em hebraico:
Yehoh·shú·aʽ), que significa “Jeová É Salvação”, é
perfeitamente adequado, em vista do papel que Josué
como líder visível em Israel desempenhou durante a
conquista do país. Ele atribuiu toda a glória a Jeová,
o Libertador. Na Septuaginta, o livro é chamado
I·e·soús (o equivalente grego de Yehoh·shú·aʽ), e é
desta palavra que se deriva o nome Jesus. Pelas suas
excelentes qualidades de coragem, obediência e
integridade, Josué foi realmente um maravilhoso tipo
profético de “nosso Senhor Jesus Cristo”. — Rom.
5:1.

‫םיטפוש‬
JUÍZES | SHOFETIM
Na Septuaginta, o livro é chamado de Kri·taí, e na
Bíblia hebraica é Sho·fetím, que, traduzido, é
“Juízes”. Sho·fetím deriva-se do verbo sha·fát, que
significa “julgar, vindicar, punir, governar”, o que
expressa bem a função destes homens nomeados
teocraticamente por “Deus, o Juiz de todos”. (Heb.
12:23) Jeová suscitou esses homens em
determinadas ocasiões para libertar seu povo do jugo
estrangeiro.
‫רות‬
RUTE | RUT

O Livro de Rute (em hebraico: ‫מגילת‬


‫רות‬, Megilath Ruth - "Rolo de
Rute") é um dos livros da terceira
divisão da Bíblia hebraica (Ketuvim).
No caso da Bíblia cristã, é o oitavo
livro do Antigo Testamento e é tratado
como um dos livros históricos, posicionado
entre Juízes e I Samuel, pois seus eventos
transcorrem «nos dias em que os juízes
julgavam» (Rute 1:1). Seu nome é uma referência à
figura principal do relato, Rute, a bisavó de David.

Ele conta como Rute aceitou o Deus


dos israelitas como seu Deus e os israelitas como seu
povo. Em Rute 1:16-17, ela diz a Noemi, sua sogra
israelita: que "para onde quer que tu fores, irei eu; e
onde quer que tu pousares, pousarei eu: o teu povo
será o meu povo, e o teu Deus o meu Deus. Onde
quer que tu morreres, morrerei eu, e ali serei
sepultada. Isto me faça Jeová, e ainda mais, se
outra coisa que a morte me separar de ti". É um
livro muito estimado pelos judeus por escolha, como
revelado pela considerável presença de Boaz na
literatura rabínica. O Livro de Rute é um
dos cinco megillot e é lido no feriado
judaico de Shavuot ("Semanas").
‫סמואל‬
SAMUEL | SHEMUEL ÁLEF

Os Judeus não usam a expressão primeira, mas sim,


a letra que parece um “X” conforme a segunda letra
supracitada. Álaf. É a primeira letra do alfabeto
hebraico. No segundo Samuel eles usam a letra Bêth,
que é a segunda letra.

Primeiro Samuel, também chamado Primeiro Livro


de Samuel ou 1 Samuel, é o primeiro de dois livros de
Samuel, um dos Livros históricos do Antigo
Testamento da Bíblia, sendo apresentado depois
do Livro de Juízes e antes de II Samuel.
Originalmente, era um único livro na Bíblia
Hebraica (a Tanakh), não estando separado
no cânone da Bíblia hebraica original de seu
consecutivo. Junto com II Samuel abrange um
período de aproximadamente 140 anos (cerca de
1180 a 1078 a.C.).

Acredita-se que este livro formava originalmente


uma só obra com II Samuel, I e II Reis conhecida
como Livro do Reino. A primeira parte teria sido
escrita por Samuel, mas o restante por Natã e Gade.
O enorme tamanho deste único rolo, composto por
um dos escritores, deve ter levado à sua divisão
arbitrária em quatro partes, num tamanho de mais
fácil manuseio. Assim, tanto
a Septuaginta grega como a Vulgata latina chamam I
e II Samuel de "I e II Reis" respectivamente e I e II de
"III e IV Reis", reconhecendo que se trata de uma
divisão posterior. O nome Samuel significa “Nome de
Deus”. Realmente eles jus ao seu nome, pois foi
deveras um grande defensor do nome de Jeová. Ele
foi entregue pela sua mãe Ana para servir a Jeová no
tabernáculo assim que foi desmamado. Serviu
fielmente a Jeová todos os dias de sua vida. Ele
também ungiu o primeiro rei de Israel. O rei Saul.

Samuel abençoando e ungindo


SAUL.

‫סמואל‬
O livro de Segundo Samuel prossegue a narrativa
da história bíblica exata depois da morte de Saul, o
primeiro rei de Israel, até perto do fim do reinado de
40 anos de Davi. Assim, abrange o espaço de tempo
desde 1077 AEC até cerca de 1040 AEC. O fato de o
livro não falar da morte de Davi é forte evidência de
que foi escrito em cerca de 1040 AEC, ou pouco antes
de sua morte.

‫מלכים‬
O livro de Reis era originalmente um só rolo, ou
volume, sendo chamado em hebraico de Mela·khím
(Reis). Os tradutores da Septuaginta o chamaram de
Ba·si·leí·on, “Reinos”, e foram os primeiros a dividi-
lo em dois rolos, para comodidade. Mais tarde, foram
chamados de Terceiro e Quarto Reis, títulos que
continuam até o presente em Bíblias católicas. Não
obstante, são agora geralmente conhecidos por
Primeiro e Segundo Reis. São diferentes de Primeiro
e de Segundo Samuel, pois o compilador cita
documentos anteriores como fonte de matéria. Nos
dois livros, o único compilador se refere 15 vezes ao
“livro dos assuntos dos dias dos reis de Judá” e 18
vezes ao “livro dos assuntos dos dias dos reis de
Israel”, também ao “livro dos assuntos de Salomão”.
(1 Reis 15:7; 14:19; 11:41) Embora estes antigos
escritos tenham sido perdidos por completo, a
compilação inspirada existe — a narrativa proveitosa
de Primeiro e Segundo Reis.

É Primeiro Crônicas simplesmente uma lista insípida


de genealogias? É mera repetição dos livros de
Samuel e Reis? Longe disso! Eis aqui uma parte
esclarecedora e essencial do registro divino —
essencial para os dias em que foi escrito, na
reorganização da nação e de sua adoração, e essencial
e proveitoso em apresentar um padrão de adoração
divina para dias posteriores, inclusive os dias atuais.

O livro de primeiro Crônicas contém algumas das


mais belas expressões de louvor a Jeová encontradas
em toda a Escritura. Proporciona maravilhosos
vislumbres do Reino de justiça de Jeová, e estudá-lo
será de proveito para todos os que aguardam esse
Reino. Os dois livros de Crônicas foram prezados
tanto pelos judeus como pelos cristãos através das
eras. Jerônimo, tradutor da Bíblia, tinha um conceito
tão elevado sobre primeiro e segundo Crônicas, que
os considerou um “epítome do Velho Testamento” e
afirmou que “são tão momentosos e importantes, que
quem julga estar familiarizado com os escritos
sagrados, e não os conhece, apenas engana a si
mesmo”.

Os dois livros de Crônicas eram, pelo visto,


originalmente um só livro, ou rolo, dividido mais
tarde para conveniência. Por que se escreveram
Crônicas? Considere a situação. O exílio em
Babilônia terminara uns 77 anos antes. Os judeus
tinham sido restabelecidos na sua terra. Entretanto,
existia a tendência perigosa de se desviarem da
adoração de Jeová no templo reconstruído em
Jerusalém. Esdras fora autorizado pelo rei da Pérsia
a nomear juízes e instrutores da lei de Deus (bem
como da do rei) e a embelezar a casa de Jeová. Eram
necessárias listas genealógicas exatas para garantir
que apenas pessoas autorizadas servissem no
sacerdócio e também para confirmar as heranças
tribais, das quais o sacerdócio recebia seu sustento.
Em vista das profecias de Jeová sobre o Reino, era
também vital ter um registro claro e fidedigno da
linhagem de Judá e de Davi.

Esdras tinha o desejo sincero de tirar os judeus


restabelecidos de sua apatia e incutir neles o
entendimento de que eles eram, deveras, herdeiros
da benevolência pactuada de Jeová. Em Crônicas,
portanto, apresentou-lhes uma narrativa completa da
história da nação e da origem da humanidade,
remontando até o primeiro homem, Adão. Visto ser o
reino de Davi o ponto focal, ele ressaltou a história de
Judá, omitindo quase inteiramente o registro
absolutamente irredimível do reino das dez tribos.
Descreveu os maiores reis de Judá como estando
empenhados em construir ou restaurar o templo e
em liderar zelosamente a adoração de Deus. Apontou
os pecados religiosos que levaram à derrubada do
reino, salientando também, ao mesmo tempo, as
promessas de Deus de restauração. Frisou a
importância da adoração pura, focalizando a atenção
nos muitos pormenores concernentes ao templo, seus
sacerdotes, os levitas, os mestres de canto, e assim
por diante. Deve ter sido muito animador para os
israelitas terem um registro histórico que enfocava o
motivo de sua volta do exílio — a restauração da
adoração de Jeová em Jerusalém.

Visto que Esdras “subiu de Babilônia” no sétimo ano


do rei persa Artaxerxes Longímano, que ocorreu em
468 AEC, e Esdras não registra a importante chegada
de Neemias em 455 AEC, a escrita de Crônicas deve
ter sido completada entre essas datas, provavelmente
por volta do ano 460 AEC, em Jerusalém. (Esd. 7:1-7;
Nee. 2:1-18) Os judeus dos dias de Esdras aceitavam
Crônicas como parte genuína de ‘toda a Escritura que
é inspirada por Deus e proveitosa’. Chamavam-no de
Div·réh Hai·ya·mím, que significa “Os Assuntos dos
Dias”, isto é, a história dos dias ou dos tempos. Uns
200 anos mais tarde, os tradutores da Septuaginta
grega também incluíram Crônicas como sendo
canônico. Dividiram o livro em duas partes e,
supondo ser suplementar a Samuel e Reis, ou à
inteira Bíblia daquele tempo, chamaram-no de
Pa·ra·lei·po·mé·non, significando “Coisas Passadas
por Alto (Não Ditas; Omitidas).” Embora o nome não
seja exatamente apropriado, contudo a atitude deles
mostra que encaravam Crônicas como Escritura
autêntica, inspirada. Ao preparar a Vulgata latina,
Jerônimo sugeriu: “Podemos chamar [a esses] mais
significativamente de Khro·ni·kón da inteira história
divina.” É disto que o título “Crônicas” parece ter-se
originado. Crônica é um registro de acontecimentos
na ordem em que ocorreram. Depois de alistar as
genealogias, Primeiro Crônicas se concentra
principalmente no tempo do Rei Davi, de 1077 AEC
até sua morte.

‫ֶעז ְָּרא‬
ESDRAS
O Livro de Esdras (em hebraico: ‫עֶ זְׁ ָרא‬, Ezra) é um
dos livros da terceira divisão da Bíblia
hebraica (Ketuvim). No caso da Bíbliacristã, é o
décimo-quinto livro do Antigo Testamento e é
tratado como um dos livros históricos, posicionado
entre II Crônicas e o Livro de Neemias.
Originalmente combinado com Neemias num único
livro (Esdras-Neemias), os dois foram separados nos
primeiros séculos da era cristã[1]. O tema é o retorno
a Sião depois do cativeiro na Babilônia e o livro está
dividido em duas partes, a primeira contando a
história do primeiro retorno dos exilados, do
primeiro ano de Ciro, o Grande (538 a.C.) até a
finalização e de dedicação do novo Templo de
Jerusalém no sexto ano de Dario I (515 a.C.); a
segunda contando a missão subsequente de Esdras a
Jerusalém e sua luta para purificar os judeus do que
o livro chama de "pecado do casamento com não
judeus". Juntamente com o Livro de Neemias,
representa o capítulo final na narrativa histórica da
Bíblia hebraica.

Esdras foi escrito para se encaixar no padrão


esquemático no qual o Deus de Israel inspira um rei
da Pérsia a nomear um líder da comunidade judaica
para realizar uma missão; três líderes sucessivos
realizam três destas missões: a primeira é reconstruir
o Templo, a segunda, purificar a comunidade judaica
e a terceira, selar a cidade sagrada
de Jerusalém reconstruindo a sua muralha (esta
última missão, liderada por Neemias, não está no
livro de Esdras). O programa teológico do livro
explica os muitos problemas em sua cronologia. A
primeira versão do livro provavelmente apareceu por
volta de 460 a.C. e o livro continuou a ser revisado e
editado por muitos séculos até ser aceito como parte
do cânone bíblico no início da era cristã.
‫נְּ חֶ ְּמיָה‬
Neemias em hebraico: ‫נְׁ חֶ ְׁמיָה‬, Neḥemya, significa
“Confortado por Deus” Jeová. É um personagem
bíblico, figura importante na história pós-
exilo dos judeus, tal como registrada na Bíblia, e que,
acredita-se, teria sido o autor primordial do Livro de
Neemias. Era filho de Hacalias (Ne, 2:3), e
provavelmente pertencia à Tribo de Judá; seus
ancestrais residiam em Jerusalém antes de seu
serviço na Pérsia (Ne, 2:3).

Fez erigir os muros de Jerusalém e realizou


importantes reformas religiosas exercendo papel
fundamental na fixação da lei mosaica. O livro bíblico
que traz seu nome, Livro de Neemias, redigido pouco
antes dos 300 anos, juntamente com o livro de
Crônicas e o livro de Esdras, relata a obra de
restauração de Neemias. E no livro de Isaias fala
sobre a reconstrução de Jerusalém a sua glória
(Is,60:65).Já em Jeremias relata as profecias sobre
Jerusalém antes de ser entregue ao rei
Nabucodonosor, rei da Babilônia.

‫אֶ ְּסתֵ ר‬

O Livro de Ester (em hebraico: ‫ )אֶ ְׁס ֵּתר‬é um dos


livros históricos do Antigo Testamento da Bíblia, vem
depois do Livro de Neemias e antes do Primeiro
Livro dos Macabeus nas Bíblias católicas, ou antes,
do Livro de Jó, nas Bíblias protestantes. Possui 10
capítulos ou 16 na Vulgata que reuniu as adições ao
texto em hebraico encontrados na Septuaginta em
seis capítulos ao final.

Conta como Ester, uma jovem judia que estava entre


os deportados, tornou-se imperatriz da Pérsia, ao se
casar com o imperador Assuero (geralmente
identificado com Xerxes I), e como seu primo e
tutor Mordecai. Descobriu um complô contra a vida
do rei; como o grão-vizir Hamã procurou liquidar os
judeus; como Ester interveio, arriscando a própria
vida; como Hamã foi enforcado e os judeus
autorizados a fazer um contra ataque para salvar os
judeus de serem exterminados. Os judeus chamaram
de Purim. Até hoje os judeus comemoram a festa de
Purim.

O título deriva do nome de seu principal personagem.


Os judeus o chamam de Meghil-láth És-tér, ou
simplesmente de o Meghil-láh, que significa "rolo",
"rolo escrito", porque constitui para eles um rolo
muito estimado, parte da seção dos "Escritos"
(Ketuvim) da Bíblia hebraica. É um
dos cinco megillot e é lido no feriado
judaico do Purim. A celebração deste feriado é uma
forte evidência da autenticidade do livro. Diz-se que
uma inscrição cuneiforme, evidentemente
de Borsipa, menciona um oficial persa de nome
Mardukâ (Mordecai?), que estava em Susa (Susã) no
fim do reinado de Dario I ou no começo do reinado
de Xerxes I.
O Livro de Ester está de pleno acordo com o restante
das Escrituras e complementa os relatos de Esdras e
de Neemias, contando o que aconteceu com o exilado
povo de Deus na Pérsia.

Rolo de Ester no Museu


Judaico em Göttingen, Alemanha.

‫ִׁאיֹוב‬
Jó (em hebraico: ‫;אּיֹוב‬
ִ transl.: Iyyov.
Em árabe: ‫ ;أيّوب‬transl.: Ayyūb) é um personagem do
livro mais antigo da Bíblia, isto é, o Livro de
Jó do Antigo Testamento. De acordo com a tradição,
teria vivido na terra de Uz, localizada ao Norte da
Arábia, perto dos edomitas, sabeus e caldeus.

Prólogo do livro de Jó (1:1-5). Este nos apresenta


Jó, homem ‘inculpe e reto, que teme a Deus e desvia-
se do mal’. Jó é feliz, tendo sete filhos e três filhas.
Éra um proprietário de terras rico em sentido
material possuindo numerosos rebanhos e manadas.
Tinha muitos servos e é “o maior de todos os
orientais”. (1:1, 3) Todavia, não é materialista, pois
não se fia em seus bens materiais. É também rico em
sentido espiritual, rico em boas obras, sempre
disposto a ajudar alguém aflito ou angustiado, ou a
dar uma vestimenta a alguém necessitado. (29:12-16;
31:19, 20) Todos o respeitam. Jó adora o verdadeiro
Deus, Jeová. Recusa-se a prostrar-se diante do sol, da
lua e das estrelas, como fazem as nações pagãs, mas é
fiel a Jeová, mantendo a integridade a seu Deus e
desfrutando uma relação íntima com Ele. (29:7, 21-
25; 31:26, 27; 29:4) Jó serve qual sacerdote para sua
família, oferecendo regularmente sacrifícios
queimados, para o caso de terem pecado.

Satanás desafia a Deus (1:6-2:13). Abre-se de


modo maravilhoso a cortina da invisibilidade, de
modo que podemos visualizar coisas celestiais. Jeová
é visto presidindo uma assembleia dos filhos de
Deus. Satanás também comparece. Jeová traz à
atenção seu fiel servo Jó, mas Satanás desafia a
integridade de Jó, acusando Jó de servir a Deus por
causa dos benefícios materiais recebidos. Se Deus
permitir que Satanás lhe tire tais coisas, Jó se
desviará da sua integridade. Jeová aceita o desafio,
com a restrição de que Satanás não toque no próprio
Jó.

Muitas calamidades começam a sobrevir ao


insuspeitoso Jó. Ataques-surpresa dos sabeus e dos
caldeus levam suas grandes riquezas. Uma
tempestade mata seus filhos e suas filhas. Esta prova
severa fracassa em fazer com que Jó amaldiçoe a
Deus ou se desvie dele. Em vez disso, ele diz:
“Continue a ser abençoado o nome de Jeová.” (1:21)
Satanás, derrotado e provado mentiroso nesta
questão, comparece outra vez perante Jeová e acusa:
“Pele por pele, e tudo o que o homem tem dará pela
sua alma.” (2:4) Satanás afirma que, se lhe fosse
permitido tocar no corpo de Jó, poderia fazer com
que Jó amaldiçoasse a Deus na sua face. Com a
permissão de fazer tudo menos tirar a vida de Jó,
Satanás fere Jó com uma terrível doença. Sua carne
fica “revestida de gusanos e de pó encrostado”, e seu
corpo e seu hálito tornam-se fedorentos para sua
esposa e seus parentes. (7:5; 19:13-20) Como indício
de que Jó não violou sua integridade, a esposa insta
com ele: “Ainda te aferras à tua integridade?
Amaldiçoa a Deus e morre!” Jó a censura e não ‘peca
com os seus lábios’. — 2:9, 10.

Satanás suscita então três companheiros, que vêm


‘consolar’ a Jó. São Elifaz, Bildade e Zofar. De longe,
não reconhecem a Jó, mas então passam a erguer a
voz e a chorar e a lançar pó sobre a cabeça. A seguir,
sentam-se diante dele em terra sem falar uma
palavra sequer. Após sete dias e sete noites de tal
‘consolo’ silencioso, Jó finalmente rompe o silêncio
ao iniciar um longo debate com seus pretensos
consoladores.

Julgamento e a bênção de Jeová (42:7-17). A


seguir, Jeová acusa Elifaz e seus dois companheiros
de não terem falado coisas verídicas sobre Ele.
Precisam providenciar sacrifícios e é preciso que Jó
ore por eles. Depois disso, Jeová reverte a condição
cativa de Jó, abençoando-o com o dobro do que
tinha. Seus irmãos, suas irmãs e seus anteriores
amigos retornam a ele com presentes, e ele é
abençoado com o dobro do que possuía antes em
matéria de ovelhas, camelos, gado e jumentas. Tem
novamente dez filhos, sendo suas três filhas as mais
belas mulheres de todo o país. Sua vida é
milagrosamente prolongada em 140 anos, de modo
que chega a ver quatro gerações da sua descendência.
Morre “velho e saciado de dias”. — 42:17.

‫היליםת‬
SALMOS | TEHILIM

Salmos (do grego Ψαλμός, Música, pois a palavra


que intitula muitos salmos no texto hebraico
é Mizmor ‫מזמור‬, Músical) ou Tehilim
(do hebraico ‫תהילים‬, Louvores) é um livro
do Tanakh (fazendo parte dos escritos ou Ketuvim) e
da Bíblia Cristã, vem depois do Livro de Jó, pois este
encerra a sequência (AOS 1943: sequencia) de livros
históricos, e antes do Livro dos Provérbios, iniciando
os livros proféticos e poéticos em ordem cronológica ,
sendo o primeiro livro a falar claramente
do Messias (ou Cristo) e seu reinado, e do Juízo
Final. É o maior livro de toda Bíblia e constitui-se de
150 (ou 151 segundo a Igreja Ortodoxa) cânticos e
poemas proféticos, que são o coração do Antigo
Testamento, é a grande síntese que reúne todos os
temas e estilos dessa parte da Bíblia, utilizados pelo
antigo Israel como hinário no Templo de Jerusalém,
e hoje são utilizados como orações ou louvores,
no Judaísmo, no Cristianismo e também
no Islamismo (o Corão no cap. 17, verso 82, refere os
salmos como "um bálsamo"). Tal fato, comum aos
três monoteísmos semitas, não tem paralelo, dado
que judeus cristãos e muçulmanos acreditam nos
Salmos que foram escritos em hebraico, depois
traduzido para o grego e latim.

‫ִׁמ ְּשלֵי‬
PROVÉRBIOS | MISHLÉH

Provérbios (em hebraico: ‫ִמ ְׁשלֵּ י‬


, "Mish.léh hlomoh
ou Provérbios de Salomão é o
segundo livro da terceira seção
(Ketuvim) da Bíblia hebraica e
um dos livros poéticos e
sapienciais do Antigo
Testamento da Bíblia cristã[1].
Quando ele foi traduzido para
o grego e o latim, o título assumiu diferentes forms:
Na Septuaginta grega, Παροιμίαι ("Paroimiai".
"Provérbios"; Na Vulgata latina, o título
é "Proverbia", do qual deriva o nome em português.

Provérbios não é apenas uma antologia e sim uma


"coleção de coleções" relacionadas a um padrão de
vida que perdurou por mais de um milênio. O livro é
um exemplo da tradição sapiencial bíblica e levantam
questões sobre valores, comportamento moral, o
significado da vida humana e uma conduta direita. O
tema recorrente é que "o temor a Deus — a
submissão à vontade de Deus — é o princípio da
sabedoria". A sabedoria é elogiada por seu papel na
criação; Deus a manifestou antes de tudo e, através
dela, ordenou o caos; e como os homens devem sua
vida e prosperidade à conformidade com a ordem da
criação, buscar a sabedoria é a essência e o objetivo
da vida religiosa.

‫קהלת‬
ECLESIASTES | COHELET

O livro de Eclesiastes faz parte dos livros poéticos e


sapienciais do Antigo Testamento da Bíblia cristã e
judaica, vem depois do Livro dos Provérbios e antes
de Cântico dos Cânticos. O Livro tem seu nome
emprestado da Septuaginta, e na Bíblia hebraica é
chamado Kohelet (‫)קהלת‬. Embora tenha seu
significado considerado como incerto, a palavra tem
sido traduzida para o português
como pregador ou preletor. Faz parte dos escritos
atribuídos tradicionalmente ao Rei Salomão, por
narrar fatos que coincidiriam com aqueles de sua
vida.

Embora não se diga especificamente que Salomão foi


o escritor, diversas passagens são bem conclusivas
neste sentido. O congregante se apresenta como
“filho de Davi”, que ‘veio a ser rei sobre Israel, em
Jerusalém’. Isto só se poderia aplicar ao Rei Salomão,
pois os seus sucessores, em Jerusalém, reinaram
apenas sobre Judá. Além disso, conforme o
congregante escreve: “Eu mesmo aumentei
grandemente em sabedoria, mais do que qualquer
outro que veio a estar antes de mim em Jerusalém, e
meu próprio coração tem visto muita sabedoria e
conhecimento.” (1:1, 12, 16) Isto se ajusta a Salomão.
Eclesiastes 12:9 diz-nos que ele “ponderou e fez uma
investigação cabal, a fim de pôr em ordem muitos
provérbios”. O Rei Salomão proferiu 3.000
provérbios. (1 Reis 4:32) Eclesiastes 2:4-9 fala do
programa de construção do escritor; de seus
vinhedos, dos jardins e parques; do sistema de
irrigação; de ter adquirido servos e servas; de ter
acumulado prata e ouro e de outras consecuções.
Tudo isto Salomão fez. Quando a rainha de Sabá viu
a sabedoria e a prosperidade de Salomão, ela disse:
“Não se me contou nem a metade.”

O livro identifica Jerusalém com o lugar da escrita,


ao dizer que o congregante era rei “em Jerusalém”. O
tempo da escrita deve ter sido antes do ano
1000 AEC, perto do fim do reinado de 40 anos de
Salomão, depois de se ter empenhado nos numerosos
empreendimentos referidos no livro, mas antes de
sua queda na idolatria. Por volta desse tempo, ele já
havia adquirido conhecimento extensivo das
atividades deste mundo e do empenho deste por
vantagens materiais. Nessa época, ele ainda estava no
favor de Deus e sob Sua inspiração.

‫ִׁשיר הַ ִׁש ִׁירים‬


O CÂNTICO DE SALOMÃO | SHI HASHIRIM

O Cântico dos Cânticos, também chamado


de Cantares, Cântico Superlativo. Em hebraico:
‫ הַּ ִש ִירים ִשיר‬transl. Šîr HaŠîrîm; na Septuaginta grega:
ᾎσμα ᾎσμάτων, transl. Āisma Āismatōn; na
Vulgata Latina: Cantĭcum Canticōrum ou Cântico
de Salomão é um livro do Antigo Testamento.
No judaísmo, é um dos cinco rolos da última seção
do Tanakh, conhecida como Ketuvim ("Escritos").

É um dos livros poéticos do Antigo Testamento,


posterior ao Eclesiastes e anterior ao livro da
Sabedoria, na Bíblia católica e, na Bíblia protestante,
antes de Isaías. Representa, em hebraico, uma
fórmula de superlativo; significa o mais belo dos
cânticos, Cântico por Excelência ou o cântico maior.

‫ישעיהו‬
ISAÍAS | YESHIAHÚ
O profeta Isaías, teria vivido entre 765 AC e 681 a.C.,
durante os reinados de Uzias. Jotão, Acaz e Ezequias,
sendo contemporâneo à destruição de Samaria pela
Assíria e à resistência de Jerusalém ao cerco das
tropas de Senaqueribe que sitiou a cidade com um
exército de 185 mil assírios em 701 a.C.

Isaías, cujo nome significa "Iahveh ajuda" , "Iahveh é


auxílio" e mais precisamente “Salvação de Jeová”
exerceu o seu ministério no reino de Judá, tendo se
casado com uma esposa conhecida como a profetisa
que foi mãe de dois filhos: Sear-Jasube e Maer-Salal-
Hás-Baz.

O capítulo 6 do livro informa sobre o chamado de


Isaías para tornar-se profeta através de uma visão do
trono de Deus no templo, acompanhado por serafins,
em que um desses seres angelicais teria voado até ele
trazendo brasas vivas do altar para purificar seus
lábios a fim de purificá-lo de seu pecado. Então,
depois disto, Isaías ouve uma voz de Deus
determinando que levasse ao povo sua mensagem.
Focando em Jerusalém, a profecia de Isaías, em sua
primeira metade, transmite mensagens de punição e
juízo para os pecados de Israel, Judá e das nações
vizinhas, tratando de alguns eventos ocorridos
durante o reinado de Ezequias, o que se verifica até o
final do capítulo 39.A outra metade do livro do
capítulo 40 ao final contém palavras de perdão,
conforto e esperança.
Pode-se afirmar que Isaías é o profeta quem mais fala
sobre a vinda do Messias, descrevendo-o ao mesmo
tempo como um "servo sofredor" que morreria pelos
pecados da humanidade e como um príncipe
soberano que governará com justiça. Por isso, um dos
capítulos mais marcantes do livro seria o de número
53 que menciona o martírio que aguardava o
Messias:

"Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e


moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos
traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras,
fomos sarados". Isaías 53:5.

Segundo um livro apócrifo do século I DC, Vidas dos


Profetas, que foi escrito por um anônimo judeu da
Palestina, o rei Manassés teria mandado serrar Isaías
ao meio.

‫יִׁ ְּר ְּמיָהּו‬


JEREMIAS | IRMIAHU

O Livro de Jeremias é o segundo dos livros dos


principais profetas da Bíblia, vem depois do Livro de
Isaías e antes do Livro das Lamentações. Os capítulos
1 a 24 registram muitas das suas profecias. Os
capítulos 24 a 44 relatam suas experiências. Os
remanescentes contêm Profecias contra as nações. É
provável que seu auxiliar, Baruque, tenha reunido e
organizado grande parte do livro. Na história de
Babel, foi usado o método Atbash de criptografia.

Jeremias em hebraico:
‫י ְִׁר ְׁמיָהּו‬, Yirmeyāhū foi
um profeta hebreu conhecido por
sua integridade e discursos duros
contra o pecado.

Filho do sacerdote Hilquias (ou


Helcias), da Tribo de Benjamim,
nasceu entre 650 a.C. e 640
AC em Anadote da Tribo de
Benjamim, um pequeno povoado a nordeste
de Jerusalém, e morreu no Egito, em 580 a.C.. Foi
sacerdote do povoado de Anadote e previu, segundo
a Bíblia, entre outras coisas, a invasão babilônica -
Nabucodonosor atacou Israel em 597 a.C. e
novamente em 586 a.C. (ou 607 a.C., segundo a
cronologia das Testemunhas de Jeová), quando os
caldeus destruíram Jerusalém e queimaram o
Templo.

O significado do nome é incerto, existindo três teses


aceitáveis: "Yehowah exalta", "Yehowah é sublime"
ou "Yehowah abre (=faz nascer)", era um nome
bastante comum nos tempos bíblicos, são conhecidos
pelo menos sete personagens com este nome que é
empregado 158 vezes na Bíblia.

Embora de família sacerdotal, está ligado às tradições


proféticas do Norte, principalmente a Oséias, e não
às tradições do sacerdócio e da corte de Jerusalém.
Como Miquéias, ele pertence ao mundo camponês.
De maneira crítica, ele traz consigo a visão dos
camponeses sobre a situação do país.

‫איכה‬
LAMENTAÇÕES | EIKÁ

O Livro das Lamentações ( ‫ איכה‬ʾēḫā(h), Eikha ou


Eiká, cuja tradução literal é "Como!", ou ainda "Oh!"
é um livro que faz parte da subdivisão da Bíblia
chamada de Profetas Maiores.

Livro cuja autoria é tradicionalmente atribuída


ao profeta Jeremias, quando com os próprios olhos
via a destruição da cidade de Jerusalém por
Nabucodonosor, rei de Babilônia, por volta do ano
607 a.C. São cantos fúnebres que descrevem, de
modo doloroso e poético, a destruição
de Jerusalém pelos babilônicos em 587 a.C., e os
acontecimentos que se sucederam a essa catástrofe
nacional: fome, sede, matanças, incêndios, saques e
exílio forçado. 2 Rs 24-25.

As Lamentações são usadas na Liturgia da Igreja


Católica por ocasião da Semana Santa, para lembrar
o sofrimento de Jesus. A tradição popular conservou,
durante a procissão da Sexta-feira Santa, no canto de
Verônica, em que Verônica canta um trecho das
Lamentações, posto na boca de Jesus: "Vocês todos
que passam pelo caminho, olhem e prestem atenção:
haverá dor semelhante à minha dor?" (1,12).Os
judeus recitam o livro no grande jejum que lembra a
destruição do Templo de Jerusalém, no dia 9 do
quinto mês do Calendário judaico (ab).

‫אסקיאל‬
EZEQUIEL | LEHEZKEL

Ezequiel é um dos livros proféticos do Antigo


testamento da Bíblia, vem depois do Livro das
Lamentações e antes do Livro de Daniel. Possui 48
capítulos. Ezequiel era um sacerdote que foi
chamado para profetizar durante o Exílio do povo
judeu na Babilônia, tendo exercido sua atividade
entre os anos 613 a 591 AC. Diz-se que fundou uma
escola de profetas e que ensinava a Lei à beira do Rio
Kebar que corta a cidade de Babilônia.

São curiosas as visões que o profeta teve sobre a


glória de Deus e os sinais que aconteceram em sua
própria vida demonstrando que as ações de Deus são
fortes e marcantes. Ezequiel perdeu a sua esposa
como sinal da queda de Jerusalém.

A comunidade, em meio à qual ele vivia, acreditava


que em breve tudo voltaria a ser como antes, para
seus contemporâneos o projeto de Deus era mero
sistema que lhe dava segurança. Ezequiel, no
entanto, sabe que o sistema passado estava
agonizando de maneira irrecuperável,
pois Jerusalém seria destruída.

Segundo ele, a sociedade sofria de doença crônica e


incurável, pois havia abandonado o projeto
de Jeová em troca de uma vida luxuosa e fascinante.
Por isso, Ezequiel vê o próprio Deus deixando o
Templo (11:22-24) e largando os rebeldes ao bel-
prazer dos amantes.

Isso era causa de sofrimento para o profeta, mas não


de desânimo e desespero. Para ele, o futuro seria de
ressurreição (caps. 36-37) e novidade radical. Com
sua linguagem simbólica, Ezequiel indicava os passos
para a construção do mundo novo:
 Assumir a responsabilidade pelo fracasso histórico
de um sistema que se corrompeu completamente,
provocando a ruína de toda a nação.
 Compreender que a simples reforma de um
sistema corrompido não gera nenhuma sociedade
nova; apenas reanima o velho sistema que, cedo ou
tarde, acabará sempre nos mesmos vícios.
 Converter-se a Jeová, assumindo o seu projeto; e, a
partir daí, construir uma sociedade justa e
fraterna, voltada para a liberdade e a vida.

Com esse programa profético, vislumbrava-se um


futuro novo: Deus voltaria para o meio de seu povo
(43:1-7), provocando o surgimento de uma sociedade
radicalmente nova. Aí todos poderão participar
igualmente dos bens e decisões que constroem a
relação social a partir da justiça. Desse modo, todos
poderão reconhecer que a partir desse dia, o nome da
cidade será: Jeová está aí (48:35).

A doutrina deste profeta tem por núcleo a renovação


interior: é preciso criar para si um coração novo e um
espírito novo (18:31); ou ainda, o próprio Deus dará
"outro" coração, um coração "novo", e infundirá no
homem um espírito "novo" (11:19; 36:26).Ezequiel dá
origem à corrente apocalíptica, suas grandiosas
visões antecipam as de Daniel e as do autor
de Apocalipse.

‫דָ נִׁ יאֵ ל‬


DANIEL | DANIEL

Daniel (em hebraico: ‫)דנִ ּיאֵּ ל‬,


ָ ou Beltessazar, é um
dos vários profetas do Antigo Testamento. A sua vida
e profecias estão incluídas na Bíblia no Livro de
Daniel. O significado do nome é "Aquele que é
julgado por Deus" ou "Deus assim julgou", ou ainda,
"Deus é meu juiz"

Na narrativa, quando Daniel era um jovem, ele foi


levado em cativeiro babilônico, onde foi educado no
pensamento caldeu. No entanto, nunca se converteu
aos costumes babilônicos. Pela Sabedoria Divina de
seu Deus, YHVH, Jeová em português, ele
interpretou os sonhos e visões de reis, tornando-se
uma figura proeminente na corte de Babilônia.

Eventualmente, ele tinha visões apocalípticas que


foram interpretadas como as Quatro monarquias.
Alguns dos contos mais famosos de Daniel
são: Sadraque, Mesaque e Abednego. Foi ele que
interpretou a escrita na parede para o rei e dizendo
sobre o fim do reinado de Babilônia. Ele também foi
vítima de uns invejosos que armaram uma armadilha
que por fim foi lançado na cova dos leões, porém
Jeová enviou anjos para protegê-lo, portanto nem um
fio de seu cabelo fora chamuscado.

‫הֹושֵ ַע‬
OSEIAS | HOSHÉA

Oseias (em hebraico:


‫הֹושע‬,
ֵּ transl. Hošeaʿ, tib. Hôšēăʿ, "Salvo por Jah; Jah
Tem Salvo. Em grego: Ὠσηέ, transl. Ōsēe) foi um
personagem bíblico, e um profeta em Israel no século
VIII a.C., filho de Beeri. É um dos Os Doze Profetas
Menores da Bíblia hebraica judaica, também
conhecidos como profetas secundários no Antigo
Testamento cristão.

Não se sabe praticamente nada da vida ou do status


social de Oseias. De acordo com o Livro de Oseias,
teria se casado com a prostituta Gomer, filha de
Diblaim, por ordem de Deus. Viveu no Reino do
Norte durante os reinados de Uzias, Jotão, Acaz, e
Ezequias, reis de Judá, e Jeroboão II, filho de Jeoás,
rei de Israel. Entre 780 e 725 a.C.. Em Oseias 5:8
existe uma referência às guerras que levaram à
captura do reino pelos assírios, ocorrida em torno de
804-745 a.C.; não se sabe ao certo se Oseias teria
também vivido a destruição de Samaria, que é
prevista em Oseias 13:1. A vida familiar de Oseias
refletia a relação "adúltera" que Israel havia
construído com os deuses politeístas. No ano de 740
a.C. o reino de Israel deixou por completo e foram
dispersos onde deu origem aos samaritanos. Oséias
foi designado por Jeová para ser profeta para a nação
de Israel e não Judá.

‫ג'ואל‬
JOEL | IOÉL

O Livro de Joel' , Yoh.él faz parte do Antigo


Testamento; vem depois do Livro de Oseias e antes
do Livro de Amós. Segundo a tradição, foi escrito
pelo profeta Joel.

Alguns sustentam que foi escrito no final da era


monárquica, mas maioria dos exegetas sustenta que
foi escrito após o Exílio na Babilônia e após a
reconstrução do Templo, ou seja, aproximadamente
em 820? AC, pois o livro não se refere a nenhum rei,
nem ao Exílio.
A mensagem do livro é o "julgamento que Deus fará
contra os inimigos de Israel e, de uma
perspectiva escatológica, a vitória final do povo de
Deus".

As dúvidas sobre a época em que o profeta Joel viveu


dificultam a interpretação do que ele escreveu.
Pode-se dividir o livro em duas partes:
Os dois primeiros capítulos narram uma terrível
invasão de gafanhotos que devasta a plantação do
país. Diante disso, Joel pede a participação de todos
(profetas, sacerdotes e povo), numa grande
manifestação de arrependimento e jejum, para
suplicar a Deus que afaste a catástrofe; esta
liturgia penitencial permite caracterizar Joel como
um profeta cultual, ligado ao serviço do Templo.

Deus mostra a sua misericórdia e anuncia a


libertação da praga e as bênçãos para uma nova
plantação. Como o profeta compara esses gafanhotos
a um exército, talvez se possa pensar que ele esteja
falando de uma invasão inimiga;

Os dois últimos capítulos descrevem o julgamento


de Deus sobre as nações e a vitória final;
a efusão do espírito profético sobre todo o povo na
era escatológica (3:1-5) responde ao anseio
de Moisés em Num. 11:29.
Parece que a primeira parte não tem nada a ver com
a segunda, mas uma expressão une o livro todo: o dia
de Jeová. O que na primeira parte eram gafanhotos
ou exército inimigo, na segunda se transforma em
exército de Deus; a praga se torna apenas uma
imagem do grande dia em que a humanidade
prestará contas a Deus. Assim como afastou os
gafanhotos, também a misericórdia de Deus,
alcançada pelo arrependimento e jejum, transforma o
julgamento em dia de libertação e salvação: arrasada
a plantação, ressurge nova e viçosa. Desse modo,
uma praga de gafanhotos observada atentamente
serviu para que Joel anunciasse o dia de Jeová.

A passagem mais destacada de Joel é o capítulo 3 (ou


versículos 28 a 32 do capítulo 2, na versão Almeida
que é citado por Simão Pedro no sermão
de Pentecostes em Atos dos Apóstolos 2:17-21. Por
isso, Joel é também chamado
o profeta de Pentecostes, sendo também considerado
o profeta da penitência, por causa da primeira parte
do livro.

‫עמוס‬
AMÓS | AMÓS

Amós significa “aquele que ajuda a carregar” o


fardo ou nome que em hebraico significa "levar" e
que parece ser uma forma abreviada da expressão
Amosiá, que significa Deus levou foi um Profeta
do Antigo Testamento, autor do Livro de Amós. Ele é
um dos doze Profetas Menores. Ele era nativo
de Tecoa, uma cidade a cerca de 20 km, nos limites
do deserto de Judá (1:1), a sudeste de Belém.Também
era um homem de família humilde. Era um vaqueiro
e cultivador de sicómoros (7:14). Aproximadamente
em 760 AC, deixou sua vida tranquila e foi anunciar e
denunciar no Reino de Israel Setentrional, durante o
reinado de Jeroboão II (1:1).

Ele profetizou durante os reinados de Uzias, rei de


Judá, e foi contemporâneo de Isaías e Oseias, que
viveram alguns anos a mais que ele. Sob Jeroboão II,
o reino de Israel atingiu o máximo de sua
prosperidade, mas isto foi acompanhado do aumento
da luxúria, do vício e da idolatria. Nesse contexto, o
luxo dos ricos insultava a miséria dos oprimidos e o
esplendor do culto disfarçava a ausência de uma
religião verdadeira. Nesse momento, Amós foi
convocado por Deus para lembrar ao povo da sua Lei,
da retribuição da sua justiça e para chamar o povo ao
arrependimento. Ele fê-lo, denunciava essa situação,
com a rudeza simples e altiva e com a riqueza de
imagens típica de um homem do campo. A palavra de
Amós incomodava porque ele anunciava que o
julgamento de Deus iria atingir não só as nações
pagãs, mas também, e principalmente, o povo
escolhido; este já se considerava salvo, mas na
prática era pior do que os pagãos (1:3-2:16). Amós
não se contentava em denunciar genericamente
a injustiça social, ele denunciava especificamente:
 Os ricos que acumulavam cada vez mais, para

viverem em mansões e palácios (3:13-15; 6:1-7),


criando um regime de opressão (3:10); as
mulheres ricas que, para viverem no luxo,
estimulavam seus maridos a explorar os fracos
(4:1-3);
 Os que roubavam e exploravam e depois ia ao
santuário rezar, pagar dízimo, dar esmolas para
aplacar a própria consciência (4:4-12; 5:21-27);
 Os juízes que julgavam de acordo com o dinheiro
que recebiam dos subornos (2:6-7; 4:1; 5:7.10-13);

Os comerciantes ladrões sem escrúpulo que


deixavam os pobres sem possibilidades de comprar e
vender as mercadorias por preço justo (8:4-8)

‫עבדיה‬
OBADIAS | OVADIÁ

Obadias (em hebraico: ‫עבדיה‬, Ovadyah, "Servo


de Jeová") é um profeta da Bíblia Hebraica. É
considerado um dos “Profetas Menores” (o quarto,
na ordem do cânone hebreu e na Vulgata, e o quinto
na Septuaginta). O seu livro, constituído por apenas
21 versículos, é o menor do Antigo Testamento e
trata do tema da falta de solidariedade do povo
de Edom (descendentes de Esaú - Génesis 36:1) para
com Israel, considerado como seu povo irmão. O
livro se divide em duas partes: o "Profecia contra
Edom" e a "Proclamação do Dia de Jeová".

Obadias é um nome teofórico, que significa "servo de


Jeová" ou "cultuador de Jeová". É cognato ao
nome árabe ‘Abdullah. A forma do nome usada na
Septuaginta é Obdios, e em latim utiliza-se a
forma Abdias. A Bíblia dos Bispos usa a forma Abdi.

‫יֹונָה‬
JONAS | IONÁ

Jonas (do hebraico ‫ יֹונָה‬pronuncia Yonah em


hebraico significa Pomba; em latim Ionas) foi,
segundo a Bíblia, um profeta israelita da Tribo de
Zebulom, filho de Amitai, natural Gete-Héfer.
Profetizou durante o reinado de Jeroboão II, Rei
de Israel Setentrional. (II Reis 14:25; Jonas 1:1) Crê-
se que tenha sido o escritor do livro bíblico do Antigo
Testamento que leva o seu nome.

Jonas é comissionado pelo Deus de Israel, segundo a


Bíblia, para ir a Nínive, capital da Assíria. Será que
Jonas ficou contente com sua designação? Não! Ele
foge para Társis num navio.

A sua missão era admoestar (censurar) os assírios


que devido a sua crueldade (segundo a moral
israelita) e ao muito derramamento de sangue, iriam
sofrer a ira divina caso não se arrependessem dentro
de quarenta dias. Os assírios eram famosos, por
exemplo, por decapitar os povos vencidos, fazendo
pirâmides com seus crânios. Crucificavam ou
empalavam os prisioneiros, arrancavam seus olhos e
os esfolavam vivos.
Segundo o relato bíblico, durante a viagem acontece
uma violenta tempestade. Esta só acaba quando
Jonas é lançado ao mar. Ele é engolido por um
"grande peixe [em grego këtos]" (Jonas 1:17) e no seu
estômago, passa três dias e três noites. Sentindo
como se estivesse sepultado, nesta situação e
arrependido reconsidera a sua decisão. Tendo se
arrependido, é vomitado pelo "grande peixe" numa
praia e segue rumo para Nínive.

Pregando em Nínive (3:1-4:11). Jeová reitera sua


ordem a Jonas. Jonas não mais foge de sua
designação, mas vai a Nínive. Ali, ele anda pelas ruas
da cidade e clama: “Apenas mais quarenta dias e
Nínive será subvertida.” (3:4) A sua pregação é bem-
sucedida. Uma onda de arrependimento invade
Nínive, e o povo passa a depositar fé em Deus. O rei
proclama que tanto os homens como os animais têm
de jejuar e vestir-se de serrapilheira. Jeová
misericordiosamente poupa a cidade.

Isto é demais para Jonas. Ele diz a Jeová que desde o


início sabia que Ele havia de mostrar misericórdia e
que foi por isso que fugiu para Társis. Sente vontade
de morrer. Totalmente descontente Jonas acampa ao
leste da cidade e espera para ver o que acontecerá.
Jeová faz nascer um cabaceiro para servir de sombra
para seu mal-humorado profeta. A alegria de Jonas
com o cabaceiro dura pouco. Na manhã seguinte,
Jeová faz com que um verme ataque à planta, de
modo que o confortável abrigo de Jonas é substituído
pela exposição a um vento oriental abrasador e ao sol
causticante. Novamente, Jonas deseja morrer.
Virtuoso aos seus próprios olhos, ele justifica a sua
ira. Jeová salienta a incoerência de Jonas: sentiu
pena de um cabaceiro, mas está irado porque Jeová
agora sente pena da grande cidade de Nínive.

‫ִׁמיכָיְּ הּו‬
MIQUÉIAS | MIHÁ

Miquéias ou Michaías em hebraico: ‫מי ָכיְׁהּו‬,


ִ
Mikhayhu; em latim: Michaeas) é um
personagem bíblico, profeta do século VIII a.C.,
morador de Morasti-Gat, na Shefelá em Judá, talvez
tenha sido um líder (ancião, heb. zaqen) da
comunidade. Atuou em Judá no período
de Jotão, Acaz e Ezequias.

O Profeta Miqueias denunciava os governantes,


chefes e ricos das cidades de Jerusalém e Samaria,
prestava também assistência a usuários pobres e sem
conhecimento. Estes estavam roubando o povo
através da língua enganosa, com armadilhas, exigiam
presentes e subornos. Miqueias também denunciou a
cobiça, os ganhos imorais, a maldade planejada, a
balança desonesta e o crime organizado.

No livro atual de Miqueias existem também


promessas e esperanças. Entre elas se destaca o
anúncio do surgimento do Messias na pequena
cidade de Belém (5:1-3). O Novo
Testamento retomará essa profecia e atribuirá ao
nascimento de Jesus. Mateus 2:6.

‫נחום‬
NAUM | NAHUM

Naum, cujo nome em hebraico significa Na.hhúm "o


consolador", é o sétimo dos Profetas Menores, a
quem se atribui a autoria do Livro de Naum, que
conta sobre a destruição de Nínive, capital da Assíria,
a cidade que Jonas advertiu. A origem da cidade
remonta aos dias de Ninrode, o “poderoso caçador
em oposição a Jeová”. Foi ele quem construiu esta
cidade.

Este livro é uma "pronúncia contra Nínive", capital


do Império Assírio. Para os crentes, o cumprimento
histórico daquela pronúncia profética atestaria a
autenticidade do livro. O livro teria sido escrito
algum tempo depois de a cidade egípcia de Nô-
Amom (Tebas) sofrer uma derrota no Século VII
a.C. e completado antes da predita destruição de
Nínive em 632 a.C.

Na história antiga, como na moderna, as grandes


potências se sucedem e lutam na ânsia de dominar o
mundo e os homens. Este livro contém a visão da
queda de um desses impérios: a Assíria, o leão que
enchia a toca de caça (2:13), o opressor de Israel
(1:12-13). É um canto do oprimido que sentia a que
libertação se aproximava, porque o Império que
dominava as nações estava prestes a vir abaixo.

Um salmo inicial mostra Jeová como juiz que age na


história (1:2-8). Ele é apresentado como o Deus
ciumento e vingador, cheio de furor (1:2) e ao mesmo
tempo como o Deus bom, o abrigo para os que são
perseguidos (1:7). Já nesse salmo, Jeová aparece
como o Senhor de tudo e de todos, oprimidos e
opressores, mas de maneira diferente.

Nas sentenças seguintes (1:9-2:1), dirigidas


alternadamente ao oprimido (Judá) e ao opressor
(Assíria), Jeová também se apresenta
alternadamente, como vingador e bom.

A ruína de Nínive, capital da Assíria (2:2-3:19), é


descrita de maneira grandiosa e sem meios-termos,
não deixando dúvidas sobre quem destrói a capital
sanguinária e idólatra: é o próprio Deus (2:14; 3:5).

Naum deixa claro que os grandes poderes do mundo


não são eternos. Por mais que dominem e
amontoem, por mais que oprimam e humilhem os
pequenos, um dia eles ruirão como Nínive. Aliás,
desaparecerão da história justamente porque agem
dessa maneira. Sobre todos os opressores obstinados
pesa o julgamento implacável de Deus, que toma o
partido dos oprimidos.
É uma obra da época em que a compreensão de Deus
estava associada a um nacionalismo violento,
compreensão essa que vai ser superada a partir de
obras do tempo do Exílio na Babilônia, como os
capítulos 40 a 55 do Livro de Isaías, e pela pregação
de Jesus relatada nos Evangelhos. Esse opúsculo
alimentou as esperanças humanas de Israel em 612
AC, mas a alegria foi efêmera, pois a ruína
de Jerusalém também estava próxima.

‫חֲבַ ּקּוק‬
HABACUQUE | HAVACUQ

Habacuque (em hebraico: ‫ ;חֲ בּקּוק‬transl. Ḥavaqquq;


hebraico tiberiano: Ḥăḇaqqûq) foi
um profeta do Antigo Testamento. A etimologia de
seu nome não é clara;[1] o nome possivelmente estaria
relacionado com o acadiano khabbaququ, o nome de
uma planta perfumada, ou a palavra
‫חבק‬, raiz hebraica que significa "abraçar". É o oitavo
dos doze profetas menores, provavelmente, autor
do Livro de Habacuque, que leva seu nome.

Praticamente nada se sabe sobre a história pessoal de


Habacuque, exceto pelo que pode ser aferida a partir
do texto de seu livro. No entanto, aparece também
nos textos deuterocanônicos (Adições em Daniel),
quando é ordenado por um anjo, enquanto preparava
alimento, a levar a comida para Daniel (que se
encontrava na cova dos leões), e Habacuque dizendo
que não sabia onde ficava a tal cova foi levado pelo
anjo para a cova onde Habacuque entregou o
alimento para Daniel que ali se
alimentou. Habacuque também é mencionado em
“Vidas dos profetas”, que também registra o seu
tempo na Babilônia. O livro de Habacuque, é
composto por cinco profecias sobre a Caldeia e uma
canção de louvor a Deus. Desde a ascensão ao poder
caldeu é datado de 612 a.C., supõe-se que ele era vivo
naquela época, fazendo dele um contemporâneo
de Jeremias e Sofonias. Fontes judaicas, porém, não
o agrupam com estes dois profetas, que muitas vezes
são colocados juntos, então é possível que ele fosse
um pouco mais cedo do que eles. O último capítulo
de seu livro é uma canção, que serviu de música
no Templo de Salomão. É assumido na tradição
judaica que ele era um membro do Tribo de Levi.

Habacuque é único entre os profetas, em que


abertamente questiona a Deus (1:3 a, 1:13 b). Na
primeira parte do primeiro capítulo, o profeta vê a
injustiça entre o seu povo e pergunta por que Deus
não age: "01:02 Até quando, Jeová, clamarei eu, e tu
não ouvirás? Grito a ti: Violência, e não salvarás."
(Tradução Brasileira da Bíblia).

O mausoléu na cidade de Toyserkan no oeste


do Irã acredita-se ser o local de sepultamento de
Habacuque. Ele é protegido pela Iran Cultural
Heritage, que afirma que Habacuque é guardião para
o Templo de Salomão, e que ele foi capturado pelos
babilônios e permaneceu em sua prisão por alguns
anos. Depois de ser libertado por Ciro, o Grande, ele
foi para Ecbátana, e lá permaneceu até sua morte e
foi enterrado em algum lugar próximo à atual
Toyserkan. Na Igreja Ortodoxa seu dia de festa é 2 de
dezembro. Ele é comemorado com o outro Profeta
Menor da Igreja Apostólica Arménia em 31 de julho.

‫צפניה‬
SOFONIAS | TSEFANIÁ

Sofonias é um dos livros proféticos do Antigo


testamento da Bíblia. Possui três capítulos. Sua
pronúncia em hebraico é Tsefan.yáh. O nome
Sofonias significa "o Senhor o escondeu" ou "Jeová
escondeu-se". Ele era tetraneto de Ezequias, Sofonias
1.1. Caso este tenha sido o rei Ezequias, Sofonias foi
um profeta de sangue real. O seu ministério ocorreu
no tempo do rei Josias em 640 a.C. - 609 a.C. tendo
profetizado, provavelmente antes da reforma desse
rei em 621 a.C.

O tema de sua mensagem é que Jeová ainda está


firmemente em controle do Seu mundo, apesar das
aparências contrárias, e que comprovará isso no
futuro próximo ao aplicar um castigo terrível sobre a
nação desobediente de Judá, e completa destruição
sobre as nações pagãs gentias, somente através de
um arrependimento em tempo é que haveria
possibilidade de escape dessa ira. A adoração do deus
Baal grassava e os “sacerdotes de deuses
estrangeiros” tomavam a dianteira nesta adoração
impura.
O profeta Sofonias viveu e exerceu a sua atividade
num momento em que Judá era disputada pelas
grandes potências da época. Dentro do país se
formaram dois partidos: um querendo ficar sob a
influência do Egito, outro da Assíria. Durante longo
período, nos reinados de Manassés e Amon, a Assíria
predominava. Uma tentativa de mudar a situação a
favor do Egito, através de uma revolta de oficiais da
corte, não obteve sucesso, porque cidadãos de grande
influência econômica reagiram e colocaram no
trono Josias, que ainda era menor de idade. Esse rei
promoveu uma grande reforma, mas a situação
voltaria a ser a mesma: o que era bom para a Assíria,
era bom para Judá, inclusive a maneira de vestir.
(1:8)

Nesse contexto, Sofonias exerce seu ministério entre


os anos 640-630 AC, durante a menoridade
de Josias e antes de sua reforma religiosa e do
ministério de Jeremias. Ele mostra como pesa, sobre
toda essa situação, o Julgamento de Deus (1:2-18). O
Dia de Jeová ou O Dia de Jeová não é essencialmente
o fim do mundo e da história, mas a transformação
do povo de Deus e o fim de uma era de idolatria. Para
o profeta, são ídolos não somente as divindades
estrangeiras, mas também a absolutização das
grandes potências, do dinheiro e do poder. Esses
ídolos estão presentes, tanto nas outras nações
quanto na cidade de Jerusalém, seja no palácio real,
seja no Templo e nos bairros da cidade (2:4-3:8). A
única possibilidade de salvação que Sofonias
vislumbra para escapar à ira divina são os pobres da
terra (2:3), isto é, os destituídos de poder e riqueza,
que depositam sua confiança no verdadeiro Absoluto
e clamam por justiça. São eles os únicos que poderão
formar um resto para conduzir na história o projeto
de Deus, e assim fazer com que o Dia de Jeová se
torne dia de alegria e restauração, e não de
destruição (3:9-20).

A catástrofe anunciada atingiria tanto as nações


quanto o Judá inspiradas pelo orgulho (3:1.11) o
castigo seria uma advertência (3:7) que deveria
conduzir o povo à obediência e a humildade (2:3),
sendo a salvação reservada aos humildes, que põem
em prática a vontade de Jeová. (3:12-13).

‫חַ גַי‬
AGEU | HAGAÍ

Ageu (em hebraico: ‫חגַי‬,


ַ Ḥhag.gaí "Hag-i", Koine
Greek: Ἀγγαῖος; em latim: Aggeus) foi um
profeta judeu durante a construção do Segundo
Templo em Jerusalém e um dos doze profetas
menores na Bíblia hebraica e autor do Livro de Ageu.
Seu nome significa "meu aniversário". Ele foi o
primeiro dos três profetas (com Zacarias, seu
contemporâneo, e Malaquias, que viveu em torno de
cem anos depois), que pertenceu ao período
da história judaica a qual iniciou após o retorno
do cativeiro na Babilônia.
Por que comissionou Jeová a Ageu? Pelo seguinte
motivo: Em 537 AEC, Ciro havia emitido o decreto
que permitia aos judeus retornar à sua terra natal
para reconstruir a casa de Jeová. Mas já estavam em
520 AEC, e faltava muito para terminar o templo. Os
judeus haviam permitido que, durante todos esses
anos, a oposição dos inimigos, junto com sua própria
apatia e seu materialismo, os impedissem de cumprir
o próprio objetivo de seu retorno. — Esd. 1:1-4; 3:10-
13; 4:1-24; Ageu 1:4.

Como mostra o registro, tão logo se lançou o alicerce


do templo (em 536 AEC), “o povo da terra
enfraquecia continuamente as mãos do povo de Judá
e o desalentava com respeito à construção, e
contratava conselheiros contra eles para frustrar seu
conselho”. (Esd. 4:4, 5) Por fim, em 522 AEC, tais
opositores não judeus conseguiram paralisar a obra
por meio duma proscrição oficial. Foi no segundo
ano do reinado do rei persa Dario Histaspes, isto é,
em 520 AEC, que Ageu começou a profetizar, e isto
incentivou os judeus a reiniciar a construção do
templo. Nisto, os governadores vizinhos enviaram
uma carta a Dario, solicitando uma decisão sobre o
assunto; Dario fez vigorar outra vez o decreto de Ciro
e defendeu os judeus de seus inimigos.

Nunca houve dúvida entre os judeus quanto à


profecia de Ageu pertencer ao cânon hebraico, e isso
também é apoiado pela referência a ele em Esdras
5:1, como tendo profetizado “em nome do Deus de
Israel”, bem como em Esdras 6:14. O que prova que
sua profecia faz parte de ‘toda a Escritura inspirada
por Deus’ é que Paulo a cita em Hebreus 12:26:
“Agora ele tem prometido, dizendo: ‘Ainda mais uma
vez porei em comoção não só a terra, mas também o
céu. ’” — Ageu 2:6.

A profecia de Ageu consiste em quatro mensagens


proferidas no decorrer de 112 dias. Seu estilo é
simples e direto, e sua ênfase ao nome de Jeová é
especialmente digna de nota. Em seus 38 versículos,
ele menciona o nome de Jeová 35 vezes, 14 vezes na
expressão “Jeová dos exércitos”. “Não deixa dúvida
de que sua mensagem procede de Jeová: “Ageu, o
mensageiro de Jeová, prosseguiu dizendo ao povo de
acordo com a comissão de mensageiro da parte de
Jeová, dizendo: ‘“ Eu estou convosco”, é a
pronunciação de Jeová. ’”

Este era um tempo muito importante na história do


povo de Deus, e o trabalho de Ageu revelou-se
muitíssimo proveitoso. Ele não hesitou nem um
pouco em cumprir sua tarefa como profeta, e não
usou de rodeios com os judeus. Foi direto ao dizer-
lhes que já era tempo de pararem de procrastinar e
hora de pôr mãos à obra. Era tempo de reconstruir a
casa de Jeová e de restabelecer a adoração pura, se
quisessem gozar de prosperidade às mãos de Jeová.
O teor inteiro da mensagem de Ageu é que para se
usufruir bênçãos da parte de Jeová, é preciso servir
ao verdadeiro Deus e realizar a obra que Jeová
ordena que seja feita.
‫זכריאס‬
ZACARIAS | ZEKHARIÁ

O Livro de Zacarias é um dos livros


proféticos do Antigo testamento da Bíblia. Vem
depois do Livro de Ageu e antes do livro de
Malaquias e possui 14 capítulos. A primeira
parte do livro, composta dos capítulos 1 a 8, contém
os oráculos do profeta Zacarias, cujo nome significa
"Jeová Lembrou-se". Zekhar.yáh é a pronúncia.

Apresentado como neto de Idô (1:1 e 1:7) ou como


filho de Idô (Esd 5:1; 6:14 e Targum), deve ter sido
chefe da família sacerdotal de Idô, por volta de 500
AC (Neemias 12:16), umas das famílias sacerdotais
da tribo de Levi. Ele é um dos mais messiânicos de
todos os profetas do AT, dado referências distintas e
comprovadas sobre a vinda do Messias.

Contemporâneo de Ageu, foi um dos chamados


"profetas" pós – exílicos, que viveu em uma época em
que a comunidade judaica procura reconstruir as
suas bases de fé e vida social. Sofrendo ainda as
amargas consequências do Exílio na Babilônia, o
povo sente-se desencorajado e tem dúvidas sobre a
presença de Deus em seu meio.
Zacarias, em suas visões, mostra que Deus continua
aí para realizar o seu projeto através da comunidade.
O profeta reanima a esperança de um povo que passa
por grandes dificuldades materiais e dúvidas de fé e
que, por isso, é levado à resignação passiva. Zacarias
estimula os compatriotas a arregaçarem as mangas
para reconstruir o Templo. Já se passavam de 17 anos
do retorno e a construção estava parada. (ver Esdras
6:14), símbolo da fé e unidade nacional.

Zacarias, assim como Ageu se preocupa com a


reconstrução do Templo de Jerusalém, mas dá maior
destaque à restauração nacional e às suas exigências
de pureza e moralidade. Essa restauração deve abrir
uma era messiânica na qual o sacerdócio
representado por Josué será exaltado (3:1-17), mas
na qual a realeza será exercida pelo "Germe" (3:8),
termo messiânico que o versículo 12 do cap. 6 aplica
à Zorobabel.

A segunda parte do livro, formada dos capítulos 9


a 14, foi escrita nos últimos decênios do século IV
a.C, período em que os gregos dominavam a
Palestina, depois da grande campanha de Alexandre
Magno (333 AC). O autor olha para o futuro do povo
de Deus. Anuncia também o aparecimento
do Messias com três características: rei (9:9-10), bom
pastor (11:4-17 e 13:7-9) e «transpassado» (12:9-14).
Ao ler esta segunda parte, é impossível não lembrar
Jesus entrando em Jerusalém montado num
jumentinho.
‫מלאכי‬
MALAQUIAS | MALAHÍ

O Livro de Malaquias é um livro profético que faz


descrições que mostram a necessidade de reformas
antes da vinda do Messias. Por ser um livro curto e
de acordo com a catalogação, Malaquias é o último
dos profetas menores, tendo sido escrito por volta do
ano 430 a.C., sendo que o seu nome não é citado em
mais nenhum livro da Bíblia. ‫ ;מלאכי‬Mal.a.khí.

O profeta Malaquias foi contemporâneo


de Esdras e Neemias, no período após o exílio do
povo judeu na Babilônia em que os muros
de Jerusalém tinham sido já reconstruídos em 445
a.C., sendo necessário conduzir os israelitas da apatia
religiosa aos princípios da lei mosaica.

Os temas tratados na obra seriam o amor de Deus, o


pecado dos sacerdotes, o pecado do povo e a vinda do
Messias.

Nas últimas linhas deste livro do Antigo


Testamento bíblico, vemos uma exortação de Deus às
famílias: "converter o coração dos pais aos filhos e
dos filhos aos seus pais". No término do livro de
Malaquias convida-se ao arrependimento da família
como alicerce da sociedade.

Outro tema tratado no livro de Malaquias refere-se às


ofertas e aos dízimos, nos versos de 7 a 12 do capítulo
3, passagem esta que é muito utilizada com o objetivo
de se justificar com amparo bíblico a contribuição
das suas primícias (1/10), Provérbios 3: 9-10, a
primeira parte da renda dos fiéis de uma organização
religiosa.

Embora o dízimo tenha sido reconhecido desde a


época de Moisés, nos dias de Malaquias os sacerdotes
do templo recolhiam as ofertas e não repassavam
para os levitas, para que eles pudessem utilizá-las
para cuidar dos próprios levitas, dos órfãos, das
viúvas e viajantes. E isso fez com que o profeta
(Malaquias) iniciasse uma advertência a todos sobre
o roubo do dízimo: "Com maldição sois
amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós, a
nação toda." (Malaquias 3:9) Tempo de Malaquias
período de grandes provações vividas por uma
sociedade ou povo. Ele foi escrito após 443 a.C.

DEUS ESTABELECEU UMA NAÇÃO

Abraão “foi um patriarca que teve uma amizade com


Deus e uma fé extraordinária que se tornou ‘pai dos
que têm fé”. Deus chegou a chamá-lo de “meu
amigo”.
Devido a este relacionamento, Deus prometeu a ele
que faria dele uma grande nação. Ele teve um filho
chamado Isaque que se tornou pai de Jacó. Deus
mudou o nome de Jacó para Israel. Portanto, no
devido tempo esta nação foi forma a partir do êxodo
do Egito, cerca de três milhões de pessoas.

Com a ajuda de Deus, eles conquistaram a terra de


Canaã. O mapa abaixo mostra a extensão desta terra
e como as 12 tribos foram formadas.
No mapa supracitado mostram as 12 tribos de Israel.
Estas 12 tribos foram governadas pelos os reis, Saul,
Davi e seu filho Salomão. No ano 997 a.C. o reino foi
dividido. As tribos de Judá e Benjamim continuaram
em Jerusalém. Com a morte de Salomão, Roboão seu
filho começou a reinar sobre estas duas tribos.

As demais 10 tribos, Jeroboão se tornou rei sobre


elas. Porém ele cometeu um grave erro. Ele fez um
bezerro de ouro para o povo adorar para que eles não
subissem até Jerusalém. Isto resultou numa
apostasia que durou até o ano de 740 a.C. Com o
tempo eles se tornaram os samaritanos. Este nome
deriva-se da capital Samaria.

CONCLUSÃO
A Bíblia toda contém 66 livros. Nestes relatados
neste livro estão relacionados os livros escritos em
hebraico. O restante, 27 livros, chamados de novo
testamento foram escritos em Grego.

Pode não ser fácil entender a Bíblia, mas não quer


dizer que é impossível. Por isso, devemos estudar a
Bíblia que vai muito além de simplesmente lê-la.
Você pode ler a Bíblia 20 vezes e não compreendê-la
do modo que Deus quer. Devemos tirar tempo para
pesquisa, meditar no que se lê, enfim, uma
dissecação parte por parte e levando em consideração
o contexto. O contexto pode definir o verdadeiro
sentido. Um exemplo pode ajudar:

A Bíblia diz que quem “ama o mundo o amor de Deus


não está nele”. Em outro texto diz: “Deus amou tanto
o mundo que enviou seu filho para todos os que nele
creem ganhem a vida eterna”.

Portanto, “amar” nestes dois textos têm significado


diferente. Não “amar” o mundo significa ter a
conduta que está fora dos padrões de Deus. Mas,
Deus “amou” o mundo, quer dizer a humanidade. É
por isso que ele providenciou a vinda de seu filho na
terra para nos resgatar do pecado e da morte. Neste
caso o papel de Jesus cristo é muito importante
porque é através do resgate é que podemos ser
levados à perfeição e por fim herdar a vida eterna.

A LÍNGUA GREGA FAZ PARTE DA LÍNGUA SAGRADA

NOVO TESTAMENTO

Na época de Cristo os Judeus


falavam o Grego Koiné. Era um
idioma assim como é o inglês de hoje. Era uma língua
utilizada devido às transações comerciais. O Novo
Testamento foi escrito no Grego Koiné.

A Grécia Antiga foi a quinta potência mundial. Ela


derrubou o império persa em conjunto com os
Medos. Quando se diz Grécia antiga é o termo
geralmente usado para descrever o mundo
antigo grego e áreas próximas (tais
como Chipre, Anatólia, sul da Itália, da França e
costa do mar Egeu, além de assentamentos gregos no
litoral de outros países, como o Egito).

Tradicionalmente, a Grécia Antiga abrange


desde 1 100 a.C. (período posterior à invasão dórica)
até à dominação romana em 146 a.C., contudo deve-
se lembrar de que a história da Grécia inicia-se desde
o período paleolítico, perpassando a Idade do
Bronze com as civilizações Cicládica (3000-2 000
a.C.), minoica (3000-1 400 a.C.) e micênica(1600-
1 200 a.C.); alguns autores utilizam de outro período,
o período pré-homérico (2000-1 200 a.C.), para
incorporar mais um trecho histórico a Grécia Antiga.

Os antigos gregos autodenominavam-se helenos, e a


seu país chamavam Hélade, nunca tendo chamado a
si mesmos de gregos nem à sua civilização Grécia,
pois ambas essas palavras são latinas, tendo sido-
lhes atribuídas pelos romanos. O país homônimo
hoje existente descende desta, embora, como já dito
acima, o termo Grécia Antiga abrange demais locais.
A cultura grega clássica, especialmente a filosofia,
teve uma influência poderosa sobre o Império
Romano, que espalhou a sua versão dessa cultura
para muitas partes da região do Mediterrâneo e
da Europa, razão pela qual a Grécia Clássica é
geralmente considerada a cultura seminal da cultura
ocidental moderna.

Os gregos originaram-se de povos que migraram para


a península Balcânica em diversas ondas, no início do
milênio II a.C.: aqueus, jônicos, eólios e dóricos. As
populações invasoras são em geral conhecidas como
"helênicas", pois sua organização de clãs
fundamentava-se na crença de que descendiam do
herói Heleno, filho de Deucalião e Pirra.

A Civilização Minoica surgiu durante a Idade do


Bronze Grega em Creta e floresceu aproximadamente
do século XXX ao XV a.C. O termo "minoico" foi
cunhado por Arthur Evans, seu redescobridor, e
deriva do nome do rei mítico "Minos". Arthur Evans
e Nicolaos Platon, importantes arqueólogos
minoicos, desenvolveram dois tipos de periodização
para a civilização. Evans baseou-se nos estilos de
cerâmica produzidos criando assim três períodos, o
Minoano Antigo, o Médio e o Recente. Platon
baseou-se no desenvolvimento dos palácios minoicos
o que gerou os períodos pré-palaciano,
protopalaciano, neopalaciano e pós-palaciano.

Como resultado do comércio com


o Egeu e Mediterrâneo, no Minoano Antigo, os
minoicos viveram uma transição de uma economia
agrícola para adentrar noutras economias, o
resultado do comércio marítimo com outras regiões
do Egeu e Mediterrâneo Ocidental. Com a utilização
de metais, houve o aumento das transações com os
países produtores. Os minoicos procuravam cobre do
Chipre, ouro do Egito e prata.

Os portos estavam crescendo tornando-se grandes


centros sob influência do aumento das atividades
comerciais com a Ásia Menor, sendo que a parte
oriental da ilha mostra a preponderância do
período. Centros na parte oriental (Vasilicí e Mália)
começam a notabilizar-se e sua influência irradia-se
ao longo da ilha dando origem a novos centros;
aldeias e pequenas cidades
tornaram-se abundantes e as
fazendas isoladas são raras.

Pintura mural em Cnossos

No final do milênio III a.C.,


várias localidades na ilha
desenvolveram-se em centros
de comércio e trabalho
manual, devido à introdução
do torno na cerâmica e na metalurgia de bronze, a
qual se acrescenta um aumento da população
(densamente povoada), especialmente no centro-
oeste. Além disso, o estanho da Península
Ibérica e Gália, assim como o comércio com
a Sicília e mar Adriático começaram a frear o
comércio oriental. No âmbito da agricultura, é
conhecido através das escavações que quase todas as
espécies conhecidas de cereais e leguminosas são
cultivadas e todos os produtos agrícolas ainda hoje
conhecidos como o vinho e uvas, óleo e azeitonas, já
ocorriam nessa época. O uso da tração animal na
agricultura é introduzido.

Em torno de 2 000 a.C., foram construídos os


primeiros palácios minoicos. Cnossos, Mália e Festo,
sendo estes a principal mudança do minoano médio.
Como resultado, houve a centralização do poder em
alguns centros, o que impulsionou o
desenvolvimento econômico e social. Estes centros
foram erigidos nas planícies mais férteis da ilha,
permitindo que seus proprietários acumulassem
riquezas, especialmente agrícolas, como evidenciados
pelos grandes armazéns para produtos agrícolas
encontrados nos palácios.

O sistema social era provavelmente teocrático, sendo


o rei de cada palácio o chefe supremo, oficial e
religioso. A realização de trabalhos importantes são
indícios de que os minoicos tinham uma divisão bem
sucedida do trabalho, e tinham uma grande
quantidade deles. Um sistema burocrático e a
necessidade de melhor controle de entrada e saída de
mercadorias, além de uma possível economia
baseada em um sistema escravista, formaram as
bases sólidas para esta civilização.

Com o tempo, o poder dos centros orientais começa a


eclipsar, sendo estes substituídos pelo ascendente
poderio dos centros interioranos e ocidentais. Isto
ocorreu, principalmente, por distúrbios políticos na
Ásia (invasão cassita na Babilônia, expansão hitita e
invasão hicsa no Egito) que enfraqueceram o
mercado oriental, motivando um maior contato com
a Grécia continental e as Cíclades.

Cerâmica do estilo Camares, 2100-


1700 a.C. Museu Arqueológico de
Heraclião

No final do
período MMII (1750 - 1 700
a.C.), houve uma grande
perturbação em Creta,
provavelmente um terremoto,
ou possivelmente uma
invasão da Anatólia. A teoria
do terremoto é sustentada
pela descoberta do Anemospília pelo arqueólogo
Sakelarakis, no qual foram encontrados os corpos de
três pessoas (uma delas vítima de um sacrifício
humano) que foram surpreendidas pelo
desabamento do templo. Outra teoria é que havia um
conflito dentro de Creta, e Cnossos saiu vitorioso. Os
palácios de Cnossos, Festo, Mália e Cato Zacro foram
destruídos. Mas, com o início do período
neopalaciano, a população voltou a crescer os
palácios foram reconstruídos em larga escala. No
entanto, menores que os anteriores e novos
assentamentos foram construídos por toda a ilha,
especialmente grandes propriedades rurais.

Este período (séculos XVII e XVI a.C., MM


III/neopalaciano) representa o apogeu da Civilização
Minoica. Os centros administrativos controlavam
extensos territórios, fruto da melhoria e
desenvolvimento das comunicações terrestres e
marítimas, mediante a construção de estradas e
portos, e de navios mercantes que navegavam com
produções artísticas e agrícolas, que eram trocadas
por matérias-primas. Entre 1700 e 1 450 a.C., a
monarquia de Cnossos deteve a supremacia da ilha.
Essa monarquia, apoiada, pela elite mercantil
surgida em decorrência do intenso comércio, criou
um império comercial marítimo, a talassocracia.

Após cerca de 1 700 a.C., a cultura material


do continente grego alcançou um novo nível, devido à
influência minoica. Importações de cerâmicas
do Egito, Síria, Biblos e Ugarit demonstram ligações
entre Creta e esses países. Os hieróglifos
egípcios serviram de modelo para a escrita
pictográfica minoica, a partir da qual os famosos
sistemas de escrita Linear A e B mais tarde se
desenvolveram.
Disco de Festo, com signos desconhecidos.
Museu Arqueológico de Heraclião

A erupção do vulcão Tera (atual Santorini) foi


implacável para o rumo de Creta. A erupção foi
datada como tendo ocorrido entre 1639 e 1 616 a.C.,
por meio de datação por radiocarbono; em 1 628
a.C. por dendrocronologia; e entre 1530 - 1 500
a.C. pela arqueologia. O leste da ilha foi alcançado
por nuvens e chuva de cinzas que possivelmente
alastraram gases nocivos que intoxicaram muitos
seres vivos, além de terem causado mudanças
climáticas e tsunamis, o que possivelmente fez com
que Creta se tornasse polo de refugiados
provenientes das Cíclades, o que minou, juntamente
com os cataclismos naturais prévios, a estabilidade
da ilha. Além disso, a destruição do assentamento
minoico em Tera (conhecido como Acrotíri) poderia
ter impactado, mesmo que indiretamente, o comércio
minoico com o norte. Em torno de 1 550 a.C., um
novo abalo sísmico consecutivo às catástrofes
do Santorini, destruiu outra vez os palácios minoicos,
no entanto, estes foram novamente reconstruídos e
foram feitos ainda maiores do que os anteriores.

Em torno de 1 450 a.C., a Civilização Minoica


experimentou uma reviravolta, devido a uma
catástrofe natural, possivelmente um terremoto.
Outra erupção do vulcão Tera tem sido associada a
esta queda, mas a datação e implicações permanecem
controversas. Vários palácios importantes em locais
como Mália, Tílissos, Festo, Hagia Triada bem como
os alojamentos de Cnossos foram destruídos.
Durante o MRIIIB a ilha foi invadida
pelos aqueus da Civilização Micênica. Os sítios dos
palácios minoicos foram ocupados pelos Micênicos
em torno de 1 420 a.C. 1 375 a.C. de acordo com
outras fontes.
CIVILIZAÇÃO MICÊNICA

Máscara de Agamémnon, da Civilização


Micênica.Museu Arqueológico Nacional de
Atenas.

Os minoicos viriam a
influenciar a história da Grécia
através dos micênicos, que
adotam aspectos da cultura
minoica. O nome "micênico"
foi criado por Heinrich Schliemann com base nos
estudos que fez no sítio de Micenas, no nordeste
do Peloponeso, onde outrora se erguia um grande
palácio e uma das principais cidades além
de Tirinto, Tebas e Esparta. Julga-se que os
micênicos se chamariam a si próprios aqueus. De
acordo com vários historiadores, os micênios eram
chamados de Ahhiyawa pelos hititas. A sua
civilização floresceu entre 1600 e 1 200 a.C.

Os micênicos já falavam gregos. Não tinham uma


unidade política, existindo vários reinos micénicos. À
semelhança dos minoicos, o centro político
encontrava-se no palácio, cujas paredes também
estavam decoradas com afrescos. Para além de
praticarem o comércio, os micênicos eram amantes
da guerra e da caça. Por volta de 1 400 a.C. os
micênicos teriam ocupado Cnossos, centro da cultura
minoica.Por volta de 1 250 a.C. o mundo micénico
entra em declínio, o que estaria relacionado com a
decadência do reino hitita no Oriente Próximo, que
teria provocado à queda das rotas comerciais. Sua
decadência envolveu também guerras internas. É
provável que a destruição da cidade de Troia, fato
que se teria verificado entre 1230 e 1 180 a.C., possa
estar relacionado com o relato literário de Homero
na Ilíada, escrita séculos depois.

PERÍODO HOMÉRICO

Dá-se o nome de período homérico ao período que se


seguiu ao fim da Civilização Micênica e que se situa
entre 1100 e 800 a.C. Durante este período perdeu-se
o conhecimento da escrita, que só seria readquirido
no século VIII a.C.. Os objetos de luxo produzidos
durante a era micênica não são mais fabricados neste
período. A designação atribuída ao período encontra-
se relacionada não apenas com a decadência
civilizacional, mas também com as escassas fontes
para o conhecimento da época.

Outro dos fenômenos que se verificou durante este


período foi o da diminuição populacional, não sendo
conhecidas as razões exatas que o possam explicar.
Para, além disso, as populações também se
movimentam, abandonando antigos povoados para
se fixarem em locais que ofereciam melhores
condições de segurança para o mundo grego durante
o século VI a.C.

O Período Arcaico tem como balizas temporais


tradicionais a data de 776 a.C., ano da realização dos
primeiros Jogos Olímpicos, e 480 a.C., data
da Batalha de Salamina. A Grécia era ainda dividida
em pequenas províncias com autonomia, em razão
das condições topográficas da região. Cada planície,
vela ou ilha é isolada de outra por cadeias de
montanhas pelo oceano.

A origem das cidades gregas remonta à própria


organização dos invasores, especialmente dos
aqueus, que se agrupavam nos chamados ghené
(ghenos, no singular). Os ghené eram
essencialmente comunidades tribais que cultuavam
seus deuses na acrópole (local elevado). A vida
econômica dessas grandes famílias era, a princípio,
baseada em laços de parentesco e cooperação social.
A terra, a colheita e o rebanho pertenciam à
comunidade. Havia uma liderança política na figura
do pater, um membro mais velho e respeitado.
Diversos ghené agrupavam-se em fratarias, e
diversas fratarias em tribos.

Com a recuperação econômica após o interlúdio


dórico, a população grega cresceu além da
capacidade de produção das terras cultiváveis. Diante
desse desequilíbrio, e procurando garantir melhores
condições de vida, alguns grupos teriam se
destacado, passando a manejar armas e a ter domínio
sobre as melhores terras e rebanhos. Esses grupos
acumularam riqueza, poder e propriedade como
resultada da divisão desigual das terras do ghené,
considerando-se os melhores — aristos (aristoi), em
grego. Assim, foram diferenciando-se da maioria da
população e dissolvendo a vida comunitária
do ghené. Essas transformações sociais estavam na
origem da formação da pólis, a cidade grega. A partir
de 750 a.C. os gregos iniciaram um longo processo de
expansão, firmando colônias em várias regiões, como
Sicília e sul da Itália (a chamada Magna Grécia), no
sul da França, na costa da Península Ibérica, no norte
de África e nas costas do mar Negro. Entre os séculos
VIII e VI a.C. fundaram aí novas cidades, as colônias,
as quais chamavam de apoíkias—; palavra que pode
ser traduzida por nova casa.

São muitas as causas apontadas pelos historiadores


para explicar essa expansão colonizadora grega.
Grande parte dessas causas relaciona-se a questões
sociais originadas por problemas de posse de terra e
dificuldades na agricultura.

Antiga moeda ateniense do século V a.C.,


representando a cabeça da deusa Atena e de
uma coruja no verso.

As melhores terras eram


dominadas por famílias ricas (os aristos, também
conhecidos por eupátridas - bem nascidos). A
maioria dos camponeses (georgoi) cultivava solos
pobres cuja produção de alimentos era insuficiente
para atender às necessidades de uma população em
crescimento. Uma terceira classe, que não possuía
terras, dedicar-se-ia, mais tarde, ao comércio; eram
chamados de tetas (thetas), marginais. Para fugir à
miséria, muitos gregos migravam em busca de terras
para plantar e de melhores condições de vida,
fundando novas cidades.

Assim, no primeiro momento, a principal atividade


econômica das colônias gregas foi à agricultura.
Posteriormente, muitas colônias transformaram-se
em centros comerciais, dispondo de portos
estratégicos para as rotas de navegação. A Hélade
começa a dominar linguística e culturalmente uma
área maior do que o limite geográfico da Grécia. As
colônias não eram controladas politicamente pelas
cidades que as fundavam, apesar de manterem
vínculos religiosos e comerciais com aquelas.
Predominava entre os gregos sempre a organização
de comunidades independentes, e a cidade (cada
uma desenvolveu seu próprio sistema
de governo, leis, calendário e moeda) tornou-se a
unidade básica do governo grego.

CONSEQUÊNCIAS DE COLONIZAÇÃO
Cidades e colônias gregas
por volta de 350 a.C.
Socialmente a colonização
do mar Mediterrâneo pelos gregos resultou no
desenvolvimento de uma classe rica formada por
mercadores (o comércio internacional desenvolvera-
se a partir de então) e de uma grande classe média de
trabalhadores assalariados, artesãos e armadores.
Culturalmente, os gregos realizaram intercâmbios
com outros povos. Na economia, a indústria naval se
desenvolveu, obviamente, passando a consumir
crescente quantidade de madeira das florestas
gregas.

As evidências arqueológicas indicam que o padrão de


vida na Grécia melhorou acentuadamente (o
tamanho médio das áreas do primeiro andar de
residências encontradas por arqueólogos aumentou
cinco vezes, de 55 metros quadrados para 230 metros
quadrados); a expectativa de vida e a estatura média
também mostram evidências de melhoria. A
população aumentou de 600.000 no século VIII
a.C. para em torno de 9 milhões, no IV a.C.. E tudo
isso fez com que no século IV, a Grécia já possuísse a
economia mais avançada do mundo e com um nível
de desenvolvimento extremamente raro para uma
economia pré-industrial, estando em vantagem em
alguns pontos se comparada às economias mais
avançadas antes da Revolução Industrial, aos países
baixos do século XVII e à Inglaterra do século XVIII.
Apesar disso, houve concentração fundiária, em
algumas cidades essa concentração levou a revoltas
e tiranias, em outras a aristocracia manteve o
controle graças a legisladores inclementes. Outras
cidades permaneceram relativamente igualitárias na
distribuição das terras, em Atenas é estimado que
entre 7,5-9% dos cidadãos, o grupo abastado, fosse
proprietários de 30-35% de todas as terras, e 20%
dos cidadãos tinham pouca ou nenhuma terra e os
restantes 70-75% dos cidadãos era proprietários de
60-65% das terras, uma distribuição com índice
Gente menor do que a renda dos EUA hoje e
comparável à distribuição de renda de Portugal.

PERÍODO CLÁSSICO

O Período Clássico estende-se entre 500 e 338 a.C. e


é dominado por Esparta e Atenas. Cada um
destas desenvolveu o seu modelo político (a
oligarquia militarista em Esparta e a democracia
aristocrata em Atenas). Ao nível externo verifica-se a
ascensão do Império Aquemênida quando Ciro
II conquista o reino dos medos. O Império
Aquemênida prossegue uma política expansionista e
conquista as cidades gregas da costa da Ásia Menor.
Atenas e Eritreia apoiam a revolta das cidades gregas
contra o domínio persa, mas este apoio revela-se
insuficiente já que os jônios são derrotados. Mileto é
tomada e arrasada e muitos jônios decidem fugir
para as colônias do Ocidente. O comportamento de
Atenas iria gerar uma reação persa e esteve na
origem das Guerras Médicas (490-479 a.C.).

Em 490 a.C. a Ática é invadida pelas forças persas


de Dario I, que já tinham passado por Eritreia ,
destruindo esta cidade. O encontro entre atenienses e
persas ocorre em Maratona, saldando-se na vitória
dos atenienses, apesar de estarem em desvantagem
numérica.

Dario prepara a desforra,


mas falece em 485 a.C.,
deixando a tarefa ao seu
filho Xerxes I que invadiu a
Grécia em 480 a.C. Perante
a invasão, os gregos
decidem esquecer as
diferenças entre si e
estabelecem uma aliança
composta por 31 cidades,
entre as quais Atenas e Esparta, tendo sido atribuída
a esta última o comando das operações militares por
terra e pelo mar. As forças espartanas lideradas pelo
rei Leônidas I conseguem temporariamente bloquear
os persas na Batalha das Termópilas, mas tal não
impede a invasão da Ática.

O general Temístocles tinha optado por evacuar a


população da Ática para Salamina e sob a direção
desta figura Atenas consegue uma vitória sobre os
persas em Salamina. Em 479 a.C. os gregos
confirmam a sua vitória desta feita na Batalha de
Plateias. A frota persa foge para o mar Egeu, onde
em 478 a.C. é vencida em Mícale.

Guerras Médicas, Guerras Greco persas, Guerras


Persas ou Guerras Medas são designações dadas aos
conflitos bélicos entre os antigos gregos e o Império
Aquemênida durante o século V a.C. Ocorrera entre
os povos gregos (aqueus, jônios, dórios e eólios) e os
medos-persas, pela disputa sobre a Jônia na Ásia
Menor, quando as colônias gregas da região,
principalmente Mileto, tentaram livrar-se do
domínio persa.

Esta região da Jônia era colonizada pela Grécia, mas


durante a expansão persa em direção ao Ocidente,
este poderoso império conquistou estas diversas
colônias gregas da Ásia Menor, entre elas Mileto. As
colônias lideradas por Mileto e contando com a ajuda
de Atenas, tentaram sem sucesso libertar-se do
domínio persa, promovendo uma revolta.

Estas revoltas levaram o imperador persa Dario I a


lançar seu poderoso exército sobre a Grécia
continental, dando início às Guerras Médicas. O que
estava em jogo era o controle do comércio marítimo
na região.
Império Aquemênida em seu apogeu em 500 a.C.

Após a derrota da Lídia frente aos persas


(provavelmente em 546 a.C.), as cidades gregas da
Jônia passaram ao domínio persa. Em 499 a.C., com
o apoio de Atenas e Eritreia revoltaram-se, mas
foram vencidas entre 497 e 494 a.C. Em 490 a.C.,
Dario I (522/486 a.C.) decidiu enviar à Grécia
continental uma expedição punitiva. Eritreia foi
arrasada e saqueada, mas os atenienses e platenses,
chefiados por Milcíades (550/489 a.C.), conseguiram
rechaçar os persas na planície de Maratona.

Xerxes I (486/465 a.C.), filho de


Dario, comandou dez anos depois
(480 a.C.) uma invasão à Grécia
em grande escala. Algumas
cidades gregas, lideradas por
Atenas e Esparta, formaram uma
coalização para enfrentar o
invasor. Outras, como Tebas,
submeteram-se aos persas.
Mapa das Guerras Médicas. A campanha
de Dátis e Artafernes é a linha marrom; os vassalos
persas estão em amarelo, estados neutros em cinza e
inimigos gregos em laranja.

Inicialmente, os persas venceram os gregos


no desfiladeiro das Termópilas e em Artemísio; a
seguir, invadiram e saquearam Atenas. A frota
ateniense, porém, comandada por Temístocles (524
a.C./459 a.C.), conseguiu destruir a frota persa em
Salamina e mudou o rumo da guerra. Meses depois,
comandada pelo espartano Pausânias (510/467 a.C.),
o exército da coalização grega venceu o exército persa
em Plateia e pôs fim à invasão.

Os gregos conseguiram, certamente, impedir a


presença dos persas em seu território. Eles
continuaram, porém, influindo no relacionamento
entre as cidades gregas durante todo o período
clássico. Nesse primeiro confronto (a primeira guerra
médica), surpreendentemente, cerca de dez mil
gregos, liderados pelo ateniense Milcíades,
conseguiram impedir o desembarque de mais de
vinte mil persas (alguns autores falam em 50 mil,
outros em 250 mil, não se sabe precisamente o
efetivo persa), vencendo-os na Batalha de
Maratona em 490 a.C.

Para se defenderem dos persas, algumas cidades-


estado gregas organizaram a liga de Delos, da qual se
aproveitou Atenas para se sobrepuser no mundo
grego, pois era responsável pelo dinheiro da
Confederação e passou a usá-lo em benefício próprio.
Com isso, impulsionou sua indústria, seu comércio e
modernizou-se, ingressando numa era de grande
prosperidade, e impondo sua hegemonia ao mundo
grego. O auge dessa época ocorreu entre 461 e 431
a.C., durante o governo de Péricles, por isto o século
V a.C. é também chamado o "Século de Péricles".

Os persas, entretanto, não desistiram. Dez anos


depois, voltaram a atacar as cidades gregas (segunda
guerra médica). Estas, por sua vez, esqueceram as
disputas internas que existiam entre elas e uniram-
se, vencendo os persas na Batalha de Salamina(480
a.C.) e na de Plateias (479 a.C.).

Após as guerras médicas, os gregos voltaram a


enfrentar-se internamente e, de 431 a 404 a.C.,
decorreu a Guerra do Peloponeso, entre
a Confederação de Delos (liderada por Atenas) e
a Liga do Peloponeso (liderada por Esparta).

Após tantas guerras, as cidades gregas ficaram


debilitadas e foram conquistadas por Filipe II da
Macedônia, em 338 a.C. na batalha Filipe II foi
sucedido por seu filho Alexandre, que ampliou
consideravelmente o domínio macedônico
conquistando a Síria, a Fenícia, a Palestina, o Egito,
a Pérsia e parte da Índia.
A Grécia Antiga nasceu na região sul da Península
Balcânica e também dominou outras regiões vizinhas
como a Península Itálica, a Ásia Menor e algumas
ilhas do Mar Egeu. Com o passar do tempo, várias
cidades politicamente autônomas entre si
apareceram e fundaram diversas práticas que
influenciaram profundamente os costumes que hoje
definem a feição do mundo ocidental.

Do ponto de vista geográfico, o espaço que deu


origem ao Mundo Grego é repleto de vários acidentes
geográficos. A variação no relevo teve enorme
importância para que cada cidade consolidasse uma
cultura própria e impedisse a formação de um
possível Estado unificado. Além disso, por conta
dessa mesma característica, vemos a impossibilidade
de uma atividade agrícola extensa.

Após vivenciarem uma experiência social centrada na


utilização coletiva das terras, observamos que o
desenvolvimento de uma aristocracia empreende a
fixação dos primeiros núcleos urbanos. Por conta de
sua já citada independência, compreendemos que a
Grécia Antiga deve ser observada como um amplo
mosaico de culturas que se desenvolvem de forma
diversa.

Sumariamente, as cidades-estados de Atenas e


Esparta atestam a existência de tal diversidade
cultural e se mostram dotadas de práticas e costumes
que influenciaram a cultura Ocidental. Entre os
atenienses, concedemos destaque especial à
organização do regime democrático. Com passar do
tempo, a ideia de se construir um sistema político
representativo ganhou espaço e novas
ressignificações ao longo do tempo.

Em dado momento, as diferenças entre as cidades-


estados promoveu o acirramento dos interesses
políticos entre as mesmas. Com isso, apartadas entre
as Ligas de Delos e do Peloponeso, as cidades da
Grécia Antiga se desgastaram em uma prolongada
guerra que acabou abrindo portas para a dominação
de outros povos sobre esta civilização.
Primeiramente, temos Alexandre, O Grande, como o
primeiro dominador da região.
Mesmo promovendo sua hegemonia militar contra os
gregos, o imperador Alexandre assumiu o papel de
grande entusiasta da cultura grega. Nos vários
centros urbanos e territórios que controlou, fez
questão de disseminar os elementos da cultura grega
por meio de manifestações diversas. Ao fim, a ação
do imperador macedônico foi de suma importância
para que os valores helênicos perdurassem ao longo
do tempo.

Quando o império macedônico foi conquistado,


percebemos que vários elementos da cultura grega
influenciaram o desenvolvimento político, social e
econômico do Império Romano. Mais uma vez, a
cultura grega consolidava-se como elemento
formativo de um novo conjunto de ideias e valores
historicamente preservados e portadores de
referenciais que balizam a compreensão da cultura
Ocidental atual.
ALFABETO | TRANSLITERAÇÃO
ALFABETO COM LETRAS MAIORES
ALFABETO COM LETRAS MAIÚSCULAS E
MINÚSCULAS

Língua grega (em grego Ελληνική γλώσσα,


transliteração gráfica: Ellenikh glwssa, transliteração
fonética: Elinikí glóssa) deriva do ramo indo-europeu
e conta com mais de três mil anos de história
documentada. Língua dos poemas homéricos, o
grego antigo em suas várias formas, foi usado na
Antigüidade clássica, no início da doutrinação cristã
e em muitas regiões do Império Romano, seguindo a
expansão da cultura helênica promovida pelas
conquistas de Alexandre, o Grande. Devido à grande
influência no latim, o grego é origem de muitas
palavras e afixos do português e de outras línguas
latinas. O alfabeto grego, que teve origem no alfabeto
fenício, deu origem ao alfabeto latino, utilizado pela
maioria das línguas faladas na Europa. O Novo
Testamento foi escrito em koiné, lingua franca na
metade oriental do império Romano.

GREGO MODERNO

O Grego moderno (ou, historicamente também


conhecido por (Romaico) refere-se
ao quinto estado de evolução da
Língua Grega, isto é, às variedades
do Grego falado no presente). Hoje, o
Grego é falado, aproximadamente, por
17 milhões de pessoas, principalmente
na Grécia e no Chipre, mas também
por comunidades minoritárias ou
imigrantes e muitos outros países. O
início do período da língua grega
conhecida por "Grego Moderno" é
simbolicamente atribuído à queda do
Império Bizantino em 1453, embora
rigorosamente se deva atribuir a sua
gênese ao Século XI. Desde então, a
língua permaneceu numa situação de
diglossia, com dialetos regionais
falados, que existiam conjuntamente
com as formas arcaicas escritas. Notavelmente, esta
situação durou até ao Século XX com uma versão
reconstruída do grego antigo denominado
Katharevousa. Atualmente, o Grego Moderno
Padrão, uma forma padronizada de Demótico, é a
língua oficial, tanto da Grécia como de Chipre.

DIALETOS

Os dialetos mais importantes eram os seguintes:

 Grego-Macedônio – dialeto usado de heleno-


macedônios na Macedônia.
 Grego-Chiprio – dialeto usado de Greco-
cipriotas em Chipre.
 Grego-Crético – dialeto usado de Greco-critas
na Creta.
 Grego-Trácico – dialeto usado de Greco-
tráciotas na Trácia.

SISTEMA DE ESCRITA

O alfabeto utilizado para escrever a língua grega teve


o seu desenvolvimento por volta do século IX a.C.,
utilizando-se até aos nossos dias, tanto no grego
moderno como também na Matemática, Astronomia,
etc.

Anteriormente, o alfabeto grego (Ελληνικό


αλφάβητο) foi escrito mediante um silabário,
utilizado em Creta e zonas da Grécia continental
como Micenas ou Pilos entre os séculos XVI a.C. e
XII a.C. e conhecido como linear B. O Grego que
reproduz parece uma versão primitiva dos dialetos
Arcado-cipriota e Jônico-ático, dos quais
provavelmente é antepassado, e é conhecido
habitualmente como Micênico.

Crê-se que o alfabeto grego deriva duma variante do


semítico, introduzido na Grécia por mercadores
fenícios. Dado que o alfabeto semítico não necessita
de notar as vogais, ao contrário da língua grega e
outras da família indo-europeia, como o latim e em
consequência o português, os gregos adaptaram
alguns símbolos fenícios sem valor fonético em grego
para representar as vogais. Este fato pode
considerar-se fundamental e tornou possível a
transcrição fonética satisfatória das línguas
Europeias.
DESENVOLVIMENTO DO ALFABETO

CINCO PERÍODOS HELENISTÍCOS


AREÓPAGO

Areópago visto a partir da Acrópole de Atenas

Areópago (em grego antigo: Ἄρειος Πάγος areios


pagos, "Colina de Ares") era a parte nordeste
da Acrópole em Atenas e também o nome do próprio
conselho que ali se reunia. Além de supremo
tribunal, o conselho também cuidou de assuntos
como educação e ciência por algum tempo.

Cristianismo
Por volta de 50 da era cristã os filósofos epicureus e
estoicos que discutiam com o apóstolo Paulo o
levaram ao Areópago para que lhes contassem a
respeito de sua nova doutrina. Ali ele proferiu seu
famoso Discurso no Areópago.

DISCURSO DO APÓSTOLO PAULO

Enquanto esperava por eles em Atenas, Paulo ficou


profundamente irritado ao ver que a cidade estava
cheia de ídolos. Assim, começou a raciocinar na
sinagoga com os judeus e com as outras pessoas que
adoravam a Deus, bem como na praça principal, todo
dia, com os que estivessem ali. Mas alguns filósofos,
tanto Epicureus como estoicos, começaram a discutir
com ele; uns diziam: “O que é que este tagarela está
querendo dizer?” Outros: “Ele parece ser pregador de
divindades estrangeiras.” Diziam isso porque ele
declarava as boas novas sobre Jesus e a ressurreição.

Assim, eles o pegaram e o levaram ao Areópago,


dizendo: “Podemos saber qual é este novo
ensinamento de que você fala? Porque você está
apresentando algumas coisas que soam estranhas
para nós, e queremos saber o que elas significam.” De
fato, todos os atenienses e também os estrangeiros
que estavam morando ali não usavam seu tempo livre
com outra coisa a não ser contar ou escutar
novidades. Então, Paulo ficou em pé no meio do
Areópago e disse: “Homens de Atenas, eu vejo que
em todas as coisas vocês parecem ter mais temor às
divindades do que outros. Por exemplo, ao passar e
observar cuidadosamente os seus objetos de
adoração, encontrei até um altar com a inscrição: ‘A
um Deus Desconhecido’. Pois bem, aquele que vocês
adoram sem conhecer, esse é o que eu lhes estou
proclamando. O Deus que fez o mundo e tudo que
nele há, Ele, sendo Senhor do céu e da terra, não
mora em templos feitos por mãos humanas, nem
precisa ser servido por mãos humanas, como se lhe
faltasse algo, porque ele mesmo dá a todos vida,
fôlego e todas as coisas. E ele fez de um só homem
todas as nações dos homens, para morarem na face
de toda a terra, e fixou os tempos determinados e
estabeleceu os limites da habitação dos homens, de
modo que eles buscassem a Deus, que tateassem à
procura dele e realmente o achassem, embora, na
verdade, ele não esteja longe de cada um de nós. Pois
por meio dele temos vida, nos movemos e existimos,
como disseram alguns dos poetas de vocês: ‘Pois nós
também somos filhos dele.’ “Portanto, visto que
somos filhos de Deus, não devemos pensar que o Ser
Divino é semelhante a ouro, prata ou pedra, como
algo esculpido pela arte e imaginação do homem. É
verdade que Deus não levou em conta os tempos de
tal ignorância; mas agora ele está dizendo a todos,
em toda a parte, que se arrependam. Porque ele
determinou um dia em que vai julgar a terra habitada
com justiça, por meio de um homem a quem
designou. E ele deu garantia disso a todos os homens
por ressuscitá-lo dentre os mortos. ” Quando
ouviram falar em ressurreição dos mortos, alguns
começaram a zombar, enquanto outros diziam: “Nós
o ouviremos falar novamente sobre isso.” Assim,
Paulo se retirou, mas alguns se juntaram a ele e se
tornaram crentes. Entre eles estava Dionísio, que era
juiz do tribunal do Areópago, uma mulher chamada
Dâmaris, além de outros.

CONCLUSÃO
Como vimos, Deus cuidou muito bem de preservar a
Bíblia que em grau superlativo é o único livro que
atinge toda a humanidade. Atualmente em 240
países e quase 3.000 línguas só não tem um
exemplar senão quiser. A Bíblia contém informações
que nos ajuda em tudo. Ela deve ser lida todos os
dias. Além disso, ler somente não resolve. Ela deve
ser estudada.

A Bíblia toda contém 66 livros. 39 livros são das


Escrituras Hebraicas e Aramaicas e 27 das Escrituras
Gregas Cristãs. Pode não ser fácil entender a Bíblia,
mas não quer dizer que é impossível. Por isso,
devemos estudar a Bíblia que vai muito além de
simplesmente lê-la. Você pode ler a Bíblia 20 vezes e
não compreendê-la do modo que Deus quer. A leitura
deve ser diariamente. Ela é nosso manual de vida.

Devemos tirar tempo para pesquisa, meditar no que


se lê, enfim, uma dissecação parte por parte e
levando em consideração o contexto. O contexto
pode definir o verdadeiro sentido. Um exemplo pode
ajudar:

A Bíblia diz que quem “ama o mundo o amor de Deus


não está nele”. Em outro texto diz: “Deus amou tanto
o mundo que enviou seu filho para todos os que nele
creem ganhem a vida eterna”.

Portanto, “amar” nestes dois textos têm significado


diferente. Não “amar” o mundo significa ter a
conduta que está fora dos padrões de Deus. Mas,
Deus “amou” o mundo, quer dizer a humanidade. É
por isso que ele providenciou a vinda de seu filho na
terra para nos resgatar do pecado e da morte. Neste
caso o papel de Jesus cristo é muito importante
porque é através do resgate é que podemos ser
levados à perfeição e por fim herdar a vida eterna.
BY ANTONIO ALVES

Teólogo

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