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SMITH e sua obra “A riqueza das nações”: Redigido em plena fase de expansão comercial da
Grã-Bretanha e no começo da revolução industrial, faltava-lhe dados empíricos, o que levou
Smith a algumas intuições. As principais observações demográfico-econômicas foram: 1- A
natalidade e mortalidade são maiores entre as classes mais pobres; 2- A população humana se
reproduz de acordo com a existência de recursos naturais e de acordo com a produtividade da
força de trabalho; 3- Crescimento da população é indício de produtividade.
MARX e suas obras “Introdução à crítica da economia política” e “O capital”: Foram escritas
em períodos em que as revoluções já haviam se dado e quando havia uma maior quantidade de
dados empíricos. A análise para Marx deve partir do todo (sociedade) para o particular
(população) e não o contrário como o fez Smith e Malthus. Para ele, não há lei que rege o
crescimento populacional, pois para cada período histórico e sociedade, há um comportamento
distinto. Somente entre a acumulação de capital e o crescimento numérico do proletariado.
Segundo ele o crescimento demográfico é dependente da situação conjuntural. Para ele há três
tipos de superpopulação: 1- exército de reserva flutuante, resultando do desemprego
conjuntural; 2 – exército de reserva latente, produzido pelo subemprego na agricultura e; 3-
exército de reserva estagnado, decorrente do desemprego tecnológico.
Entre 1870 e 1930, surgem os economistas neoclássicos que, baseados em censos que e
já eram feitos em períodos menores, tinham um pensamento homogêneo. Estes defendiam que a
população era constante no curto prazo. A partir de 1930 os economistas voltaram a se
interessar pela questão demográfica, dado a crise econômica e a crescente participação dos
países subdesenvolvidos nas questões econômicas mundiais. Nos países desenvolvidos, a crise
foi atribuída em parte ao crescimento populacional, enquanto nos subdesenvolvidos a
demografia foi usada para explicar a explosão demográfica que estava ocorrendo. Surge então
os neomalthusianos que justificam a solução de problemas socioeconômicos pelo controle de
natalidade, este principalmente através de meios anticoncepcionais, promovido pelos chamados
programas de planejamento familiar.