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Resumo

Angélica Soares em sua obra Gêneros Literários, nos capítulos 1 e 2 “Os


gêneros, antigos como as obras” e “A questão retorna sempre” analisa o caminho
histórico dos gêneros literários à luz da Antiguidade greco-romana. O conceito de gênero
modificou-se durante a história: por um lado muitos teóricos consideravam-no dentro de
uma classificação imutável, outros, porém, acreditavam na liberdade para criar e
modificar os gêneros do texto. Nota-se que Platão no livro III da República já trazia uma
classificação das obras conforme o gênero. No período Medieval a definição de gêneros
literários não ocupa espaço, mas no Renascentismo tem-se o surgimento de um terceiro
gênero: a poesia lírica, ainda marcada pela rigidez das normas, semelhante ao que
defendia a poesia horaciana. É apenas com o nascimento do Romantismo que a liberdade
e pluralidade dos gêneros ganham espaço, Victor Hugo surge em defesa do “hibridismo
dos gêneros” no aclamado “Prefácio de Cromwell” (1827). Tem-se ainda a visão de
Brunetière que acreditava na que a história definia o surgimento dos gêneros em oposição
à Croce. No século XX, Bakhtin apresenta o conceito de percepção e Roman Jakobson
teoriza sobre a hierarquização dos gêneros. Dessa forma, a autora mostra-no que os
gêneros literários estão em constante evolução.

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