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Faça um resumo dos capítulos 1 e 2 do livro "Gêneros Literários", de Angélica

Soares

Capítulo 1: Os gêneros, antigos como as obras


A denominação dos gêneros literários vem de uma origem criada
através do tempo, é definida por classes ou espécies, e mostra como o
tempo muda segundo as novas modalidades literárias. A caracterização
dos gêneros muda segundo os traços que cada obra diferencia de outras
e de cada época à que pertence.
Capítulo 2: A questão retorna sempre
Platão x Aristóteles:
Platão deixou como referência sobre os pensamentos sobre
gêneros literários a comédia e a tragédia, que se constroem por imitação
e pela exposição do poeta. Já Aristóteles, recusa esse pensamento,
apresentando um novo processo segundo ele, os gêneros iriam cada um
para um lado, mas todos eles utilizam ritmo, melodia e versos, porém de
formas e com processos diferentes.

Horácio: um tom para cada gênero:


A arte poética de Horácio inclui algumas reflexões sobre gêneros
literários e fala sobre a métrica de um poema, já que para ele só pode
ser um poeta quem souber respeitar e dominar cada gênero com suas
respectivas características, eliminando hibridismos.

Idade Média, sem destaque para os gêneros:


No período medieval, devido ao rompimento com as tradições
clássicas, os gêneros recebem novos conteúdos, e as sistematizações
rigorosas se voltam para a poesia trovadoresca.
A rigidez das normas renascentistas:
A crítica renascentista trás de volta as teorias de Aristóteles, mas
como imitação da natureza e não como um processo de recriação, então
a teoria dos gêneros é criada como normas a serem seguidas
rigorosamente, pois a imitação mais valorizada era a perfeita
O racionalismo de Boileau:
Nicolas Boileau-Despréaux localiza em sua obra todo o brilho e
valor da arte, o equilíbrio, a adequação e a clareza, sendo todos esses,
segundo ele, condições para uma poesia. Segundo as noções de
gênero, mantem-se as defendidas por Horácio no período renascentista.
Pré-Romantismo e Romantismo: liberdade ainda que tardia:
Só na segunda metade do século 18 que as ideias de gênero
começam a tomar força maior, a liberdade da criação é uma marca forte
dos românticos, que não apresentavam solução para essa questão, mas
aceitaram a sua existência. Uma ideia que representava a rebeldia
romântica era a do “Prefácio” do Cromwell de Victor Hugo, onde se faz a
defesa do hibridismo, assim tendo base a mistura dos gêneros,
diferentemente do que se dizia nos tempos antigos, o drama agora,
incorporando características de outros gêneros aparece como o
principal.

Visão substancialista de Brunetière e reação de Croce:


Na segunda metade do século 19, o crítico e professor francês
Brunetière defende a ideia de que a diferenciação dos gêneros literários
é devida as diferenças de raças, heranças e condições, tanto
geográficas, como sociais e humanas de cada época. Então, Brunetière
propôs que fosse feito um estudo da origem, desenvolvimento e
dissolução de gêneros. Outro filósofo da época, Benedetto Croce, foi
contra essa ideia e combateu suas teorias com o conceito de imitação
de gênero, segundo ele, o conhecimento é intuitivo ou logico, produzindo
imagens ou conceitos, assim, a estética croceana nega a
substancialidade dos gêneros, porém reconhece sua função para a
conservação da história.

Os gêneros em algumas teorias literárias do século 20:


O século 20 é repleto de teorias e repercussões de pensamentos
anteriores, mas a contribuição deixada por todos, é a teoria dos gêneros,
que acima das restrições feitas, continua trazendo aspectos produtivos,
feito por Emil Staiger, em seu livro, ele afasta as classificações fechadas
da herança clássica e trás os estilos de traços líricos, épicos ou
dramáticos, que podem ou não estar presentes em um texto.

Procurando situar-nos:
Durante todo esse tmpo, podemos ver que o estudo dos gêneros
não pode ser negado ou ignorado, ou seja, sempre levamos em conta as
características dos gêneros ao decorrer das épocas, e seus traços estão
em constante transformação, não existe algo fixo, então, o poeta é quem
deve se adaptar ao gênero, o mais importante é observar os traços de
cada obra para definir suas características concretas, e por final, a teoria
dos gêneros é um modo de auxiliar o conhecimento literário e deve ser
usado para a valorização e julgamento de uma obra

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