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Os generos literarios nas poéticas de Platão de Aristóteles

Platao, no livro de III de A republica, estabeleceu uma fundamentacao e uma


classificacao dos géneros literários que, tanto pela sua relevância instrisceca como pela
sua influencia ulterior, devem ser consideradas como um dos marcos fundamentais da
geneologia, isto e, da teoria dos géneros literários.

Segundo Platão, todos os textos literários tudo quanto dizem prodores e poetas são uma
narrativa de acontecimentos passados, presentes ou futuros. Na categoria global da
diegese, distingue Platão três modalidades: a simples narrativa a imitacao ou mimese e
uma modalidade mista, conformada pela associação das duas anteriores modalidades. A
simples narrativa, ou narrativa estreme, ocorre quando e o próprio poeta que fala e ao
tenta voltar o nosso pensamento para outro lado, como se fosse outra pessoa que
dissesse. E não ele: a imitação, ou mimese, verifica se quando o poeta como que se
oculta e fala como se fosse outra pessoa procurando assemelhar o mais possível o seu
estilo ao da pessoa cuja fala anunciou, sem intiomissao de um discurso explicita e
formalmente sustentando pelo próprio poeta e quando se tiram as palavras do poeta no
meio das falas, e fica só o dialogo; a modalidade mista da narrativa comporta segmentos
de simples narrativas e segmentos de imitacao. Estas três modalidades possíveis do
discurso consubstanciam’se três macroestruturas literárias, em cada uma das quais são
discrimináveis diversos géneros: em poesia e em prosa há uma espécie que e toda de
imitacao, como tu dizes que e a tragédia e a comedia, outra, de narracao pelo próprio
poeta e nos ditirambos que pode encontrar se de preferência e outra ainda constituída
por ambas, que se usa na composicao da epopeia e de muitos outros géneros.

A longa história da teoria dos géneros literários pode ser resumida em três etapas: clássica, de
Platão (Livro III, da República) e Aristóteles (Poética) até ao neoclassicismo; romântica,
da Estética de Hegel até aos poetas ingleses, de que é exemplo o Preface to Lyrical
Ballads (1798), de William Wordsworth, que ignora premeditadamente o problema dos géneros
literários nesse texto programático; do formalismo russo do princípio do século XX até aos
nossos dias. As diferentes teorias sobre o problema dos géneros literários evoluem em torno de
um denominador comum de reflexão: o que é que representa o literário e como é que essa
representação se produz.

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