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CATULO E AELEGIA: DO EROTISMO AO LAMENTO (SÉC.


I A.C.)

Breno Teles Pereira


UFG - Universidade Federal de Goiás
Graduando
PIBIC – CNPq

Resumo: Trataremos aqui da mudança de estilo poético nos escritos de Catulo. O poeta viveu o
período dos fins da República em Roma (séc I a.C.) e, ali, foi pioneiro e partícipe dos que eram
denominados pejorativamente como poetae novi (ou neòteroi). Os chamados “poetas novos”
eram assim vistos pela forma de poesia a qual escreviam: versos ligeiros e curtos; presença de
linguagem coloquial; ofensas indiretas e diretas a grandes personagens políticas e, como
característica mais marcante, o canto poético em relação à amada. Catulo, conhecido por suas
poesias direcionadas a Lésbia, possui uma mudança em seu estilo de escrita, causada pela morte
do irmão. A alteração é visível em suas poesias e, principalmente, é afirmada pelo próprio
poeta. Decide, então, por abandonar os trabalhos anteriores e, assim, se encaixa na forma de
escrita elegíaca, a qual demonstra o enlutamento do poeta. Propomo-nos por expor - através de
versos do poeta e de estudos bibliográficos - tais mudanças e, assim, comprovar o fato que
diferencia o poeta dos outros neòteroi.

Palavras-Chave: Catulo – Mudança poética – Luto

Quando falamos em Catulo, as poesias mais conhecidas e trabalhadas são


aquelas contidas no “ciclo de Lésbia”, denominação utilizada por alguns pesquisadores.1
Essas poesias, que correspondem a grande parte da obra catuliana, retratam o outro
aspecto relacionado aos poetas novos - termo usado por Cícero como denominação
pejorativa -, o erotismo. A personificação de mollitia, termo que significa suavidade, ou
seja, contrário à dureza da masculinidade (uir durus), caracterizava parte dos poemas.
Craig A. Williams (2010), tratando da masculinidade e da homossexualidade em Roma,
expõe que o cidadão romano precisa desempenhar um papel ativo, ao falar de

1
Marilyn B. Skinner discute os vários ciclos que pesquisadores definem nas poesias de Catulo. São
construídos, geralmente, em torno de uma figura em específico. Exemplosμ “Ciclo de Mamurra e
Cesar”; “Ciclo de Lésbia”; “Ciclo de Verânio e Fábulo”. Ver: SKINNER, 2007.

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sexualidade; ele, em hipótese alguma, deve ser submetido. A submissão, vista por certa
ótica, tem relação óbvia com uma estrutura social hierárquica. A masculinidade, então,
seria a dominação; essa lógica se dá pela forma “priápica” de modelo masculino.2

Tratando do século I a.C, há a forte presença da helenização nos costumes


romanos. Daí, surgem os tantos poetas que experimentavam a poesia no que concerne à
relação amorosa. As poesias então se encarregam de declarações sobre a paixão; a falta
de controle sobre o sentimento e a submissão ante o mesmo; e, também, ao galanteio
sobre as mulheres que são, dentre os neòteroi, alvo de grande parte de suas poesias.
Assim, percebemos a intriga que era gerada entre os tradicionalistas e os poetas novos,
pois, ao declararem abertamente sua submissão ante o sentimento amoroso, colocavam
em pauta a questão da masculinidade, o autodomínio, que eram indispensáveis para
manter a posição de cidadão romano.

Gaius Valerius Catullus, ou Catulo, foi um poeta que viveu durante o último
século da República Romana, aproximadamente de 84 a.C a 54 a.C. O mesmo possui
influências da poetisa Safo e da métrica alexandrina.3 Filho de família abastada em
Verona, é provável que se estabeleceu em Roma por volta de seus 20 anos de idade4 e
ali ficou quase permanentemente. Sua obra, tal como a possuímos hoje, é dividida em
três grandes partes (poemas menores, poemas maiores e dísticos elegíacos), não se
sabendo se essa foi a ordem utilizada pelo autor para divulgá-los. O poeta é reconhecido
por suas poesias eróticas dedicadas a Lésbia; por uma tradução da poesia Cabeleira de
Berenice ao latim, escrita por Calímaco e, não menos importante, por seus ataques a
César e Mamurra.5

Yves Stalloni (2010), em Os Géneros Literários, define a elegia como um


“lirismo limitado e codificado” e coloca o termo como proveniente do grego élegos, que

2
Príapo, deus da fertilidade que possui como característica aparente um pênis protuberante. Daí as
representações fálicas que significavam virilidade. Para mais detalhes sobre o assunto, ver:
WILLIAMS, 2010, p. 18.
3
A métrica sáfica se dá por um decassílabo heróico com tônicas na 4ª, 8ª e 10ª. Os alexandrinos são
dodecassílabos com tônicas na 6ª e 12ª.
4
Dados apresentados por Carlo Pascal. Ver: PASCAL, 1916, p. 157, n. I.
5
Tais ataques se dão diretamente com uso, em alguns momentos, de pseudônimos e, em outros, do
nome próprio. Catulo expõe os supostos relacionamentos que iam além do interesse econômico entre
César e Mamurra; assim, demonstra o favorecimento de César ante Mamurra. Mentula é o
pseudônimo de Mamurra, enquanto o de César é Rômulo Efeminado. Mentula significava membro
viril; Rômulo Efeminado seria César, considerado um novo fundador de Roma, porém, efeminado.
Ver: CATULO. Poesias. Trad. Agostinho da Silva. Op. Cit., poesias XXIX, XCIV, CV, CXIV, CXV.

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significa “canto de luto”. Em seguida, o autor expõe que “A Antiguidade ignora esta
distinção e qualifica como <<elegia>> um poema conforme a uma métrica específica, o
dístico elegíaco, que combina um hexâmetro e um pentâmetro...” (2010, p. 128). Yves
Stalloni, condenando assim a forma utilizada pelos antigos, ignora o fato de o próprio
Catulo ter escrito diversas poesias que se encaixam em tal forma (como exemplo as
poesias aqui trabalhadas). Reconhecido por ser um dos pioneiros da elegia erótica
romana, Catulo utiliza como métrica para suas poesias hexâmetros e pentâmetros.6
Procurando se aproximar o máximo possível da métrica grega,7 entrega uma forma aos
seus sucessores a qual não se fixa mais na rusticidade de predecessores como Ênio;8;
emprega frequentemente, então, o hexâmetro espondaico.9

Como exemplo de poesia que utiliza a métrica de uma elegia, mas, com
conteúdo erótico, utilizaremos a poesia LXXXIII de Catulo:

Lésbia, na frente do marido, fala mal


de mim, prazer enorme ao imbecil.
Sua besta, nada vês! Se, esquecida de mim,
calasse, ela estaria sã, mas berra,
xinga, pois não só lembras, mas - o que mais forte -
tem ódio, isto é, já arde; logo, fala. (CATULO. Poesias. LXXXIII).

Aqui, nota-se o uso de linguajar chulo, grosseiro. A maioria das poesias, com
seu conteúdo de escárnio e deboche de figuras políticas, além do erotismo relacionado a
Lésbia e Juvêncio10, possuía propósito de ser desempenhada em meio a amigos, bebida
e risadas, como o poeta nos esclarece no poema L, relatando que “[...] Cada um de nós
se entretinha a compor pequenas poesias, ora num, ora noutro metro, respondendo um
ao outro, na animação do vinho [...]”.

6
Um hexâmetro e um pentâmetro formam um dístico elegíaco. O hexâmetro é composto por cinco
conjuntos de sílabas que contém uma sílaba longa seguida de duas breves, finalizando o verso com
uma sílaba longa e uma longa ou breve. O pentâmetro possui dois conjuntos compostos por uma
sílaba longa seguida de duas breves cada; em sequência, um conjunto composto por uma sílaba longa
e, então, mais dois conjuntos compostos por uma sílaba longa e duas breves cada, finalizando o verso
com uma sílaba longa ou breve.
7
Forma que se baseava no hexâmetro e pentâmetro.
8
Foi dramaturgo e poeta épico romano.É reconhecido por ter escrito a obra Annales, onde, em 18 livros
compostos por hexâmetros, conta a história de Roma até sua época. Apesar de utilizar os hexâmetros e
abandonar os versos saturninos, foi o primeiro a fazê-lo e, assim sendo, não teria aperfeiçoado os
mesmos como os escritores posteriores.
9
Hexâmetro em que o dátilo do quinto pé é substituído por um espondeu.
10
Jovem que, através das poesias de Catulo, vemos ser um partícipe da pederastia com o poeta.

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O poeta que era parte de família conhecida e rica de Verona, possuinte de uma
das maiores villae da região, vivia sem dificuldades em Roma, utilizando apenas de
figura de linguagem no poema XIII para dizer que “...a bolsa do teu Catulo está cheia de
teias de aranha”. Conviver como cidadão romano, partícipe de um novo viés poético
que possuía vários integrantes, os quais se reuníam frequentemente e faziam seus
escritos circularem pela cidade, trazia comodidades que acabaram por introduzir o poeta
em uma sociedade que se relatava pelo que vemos nas poesias: a perda de valores
tradicionalistas, o surgimento das dominae,11 o enriquecimento inescrupuloso de
Mamurra, mulheres que tinham a possibilidade de possuir vários amantes, além de,
como relatado por Catulo, a passividade sexual de César ante outros governantes, uma
ofensa grandiosa em Roma.

Também através da fonte, é descrita a ida do poeta à Bitínia, em uma comitiva


que acompanhava um Praetor que abarcava vários integrantes, dentre eles artistas que
tinham a função de distrair e tornar a viagem mais agradável, participando ao fim de
parte do butim; em sua poesia X, Catulo retrata o descaso do pretor Mêmio ante a corte
que viajava com o mesmo, denunciando um “...pretor devasso que não faz caso algum
de sua coorte...”.

Tendo apresentado aqui alguns exemplos do tipo predominante de poesia


catuliana, tratemos agora da poesia que marca a cisão entre o estilo elegíaco erótico para
o início do estilo elegíaco como “canto de luto”. Tal ruptura é presenciada no poema
LXVIII:

[...] No tempo em que pela primeira vez me foi entregue um vestuário puro,
quando a minha vida em flor estava em alegre primavera, fiz muitos versos
ligeiros; não me é desconhecida a deusa que mistura aos cuidados uma doce
amargura. Mas a morte de meu irmão fez-me, com a dor, abandonar esses
trabalhos. Ó irmão que me foste roubado para minha infelicidade! Com a tua
morte, meu irmão, despedaçaste toda a minha ventura e juntamente contigo
se sepultou toda a nossa casa; contigo pereceram todas as alegrias que na
vida criava a tua doce amizade. Depois da sua morte, afastei por completo do
espírito esses trabalhos e todas as delícias da minha alma. [...] (CATULO.
Poesias. LXVIII, 15-22).

O poema ainda retrata, em seu todo, um pedido de desculpas a Álio, pelo


mesmo ter solicitado alguns versos a Catulo e, como tal se encontrava em luto,
debilitado e com poucos livros (como descrito pelo poeta), justifica também sua

11
Termo utilizado pelos neotéricos e também, posteriormente, na poesia augustana.

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ausência de Roma, a qual é sentida pelos amigos que citam sua falta. Esse afastamento,
além de estar relacionado à sua atividade, se torna geográfico; quando o mesmo está
situado em Verona, se sente alienado, dizendo que “[...] Não tenho comigo grande
número de escritores, porque vivo em Roma: lá é a minha casa, o meu domicílio, o
lugar onde se passa a minha vida [...]” (CATULO. Poesias. LXVIII, 34-35).

O retorno de Catulo a Roma se tornará um marco para sua escrita: percebemos


que sua estadia em Verona era passageira; o poeta corrige o que Álio lhe disse,
escrevendo que “...quando então dizes, Álio, “é tolice, Catulo, ficares em Verona, que
um Romano já esquenta o frio dos pés no leito que deixaste”, isto não é tolice, mas
tristeza...”(CATULO.Poesias. LXVIII, 27-29), mostra que havia possivelmente uma
maior preocupação da companhia sexual do poeta por parte de Álio; porém, ao lermos a
ênfase de Catulo na falta de caixas e escritores que o acompanhavam em Verona,
notamos sua maior preocupação com a biblioteca que possui em Roma, e não o
erotismo que havia lá deixado.

Catulo, no poema CI, trata inteiramente de uma dedicatória ao irmão,


demonstrando, após atravessar inúmeras nações para finalmente ficar em luto, a
indignação pelo acontecido:

Depois de passar muitas nações e muitos mares, aqui chego, meu irmão, para
este triste sacrifício funebre, para te dar finalmente a oferta mortuária e para
dirigir inúteis palavras às tuas cinzas mudas - pois que a sorte te separou de
mim, ó meu pobre irmão que tão indignamente me tiraram. Mas agora, aceita
estas coisas que, segundo o costume dos nossos antepassados, foram trazidas
em comovida oferta aos teus restos mortais, aceita-as todas molhadas das
lágrimas fraternas e, meu irmão, para sempre adeus, adeus! (CATULO.
Poesias. CI).

Os traços que demarcam a mudança nos escritos estão principalmente


alicerçados no conhecimento de literatura grega do poeta; ele demonstra seu eruditismo
utilizando a alusão como ferramenta, algo que era comum da tradicional poesia grega. A
partir de tal ponto, Catulo certifica-se de que seus cantos serão sempre tristes. Como
exemplo de lamento, temos a poesia XCVI, direcionada a Licínio Calvo como consolo
pela perda de sua mulher Quintília:

Se alguma coisa de grato e de suave pode, para os túmulos silenciosos,


derivar da nossa dor e da saudade com que reavivamos os velhos amores e
choramos as amizades perdidas - certamente é menor a dor de Quintília por
morrer tão cedo do que a sua felicidade por se saber amada de ti. (CATULO.
Poesias. XCVI).

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A compreensão de uma sociedade romana a qual Catulo vivenciara,
especialmente seus valores e morais, era algo o qual ele partilhou nos momentos os
quais escreveu suas poesias carregadas de trocadilhos, brincadeiras com figuras
políticas e provocações enderaçadas a inúmeros cidadãos. Notamos que em sua poesia
LXIV o poeta, também utilizando de recursos alusivos, narra um conto de Tétis e Peleu
e ao fim queixa-se do que outrora partilhava:

[...] Mas, depois que a terra se imbuiu do crime nefando e todos expulsaram
a justiça das mentes cobiçosas, os irmãos mergulharam as mãos no sangue
fraterno, o filho deixou de chorar a morte dos pais, o pai desejou os funerais
do filho na flor da idade, para livremente se apoderar da virgindade duma
donzela e a tornar madrasta, e a mãe ímpia, deitando-se sob o filho
ignorante, não temeu, a ímpia, profanar os deuses Penates; a confusão que,
por delírio, se fez do bem e do mal afastou de nós o espírito justo dos deuses,
e por isso se não dignam visitar as nossas reuniões nem se deixam tocar à
clara luz do dia. (CATULO. Poesias. LXIV, 397-408).

Em meio a uma denúncia que ressaltava a perda de adoração e contato com os


Penates (deuses do lar), o incesto, a acusação de favorecimento de Mamurra por parte
de César e Pompeu, temos agora um poeta que, pela sua maneira, se importa com algo
mais do que poesias para serem recitadas dentre amigos: na segunda parte do poema
LXVIII (denominada LXVIIIb), Catulo demonstra seu novo intento:

Não posso calar, ó deusas, em que ocasião me ajudou Álio e quanto me


ajudou; otempo que foge pelos séculos esquecedores não cobrirá com escura
noite a sua dedicação; hei-de dizê-los a vós, e vós, por vosso turno, dizei-o a
muitos milhares de homens e fazei que esta folha, já velha, fale ainda que,
cada vez mais, seja conhecido depois de morto e que a aranha que no alto
tece a sua leve teia não faça o seu trabalho sobre o nome abandonado de
Álio. (CATULO. Poesias. LXVIIIb, 41-50).

Criar literatura. Com a intenção de perpetuar os escritos nos tempos vindouros,


o poeta trata neste poema de uma parte da Ilíada, retratando também como em Tróia seu
irmão falece. Após, ressalta as qualidades de Lésbia, deificando-a e, como parte de seu
desejo, relata a proximidade que simulava uma união conjugal fictícia entre ele e a
mulher. Ao fim do poema, deseja a Álio que jamais apaguem-no da História e enfatiza
sua amicitia por Lésbia.

Carregado de referências e de uma linguagem complexa a qual não notamos


em seus outros versos, Catulo demonstra o que pôde de sua erudição. Um poema que é
escrito à distância, em um quase exílio em Verona e, em outra ótica, trata de agradecer
aos conhecidos que o poeta ainda possui uma amicitia aparente, nos deixa com uma

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sensação de antecipação de passado (talvez da sepultura) para gerações
futuras.(THEODORAKOPOULOS, 2007.)

Timothy Peter Wiseman (2007, p. 59) especula o que pode ter acontecido ao
poeta após a morte do irmão: com o fato de que, como é descrito por Catulo,
“...juntamente contigo se sepultou toda a nossa casa...”, a linhagem estava ameaçada e
não havia outro para carregá-la adiante, justificando posteriormente sua ideia com dados
sobre familiares futuros que levam o nome de Valério Catulo ou Valéria Catulo. Se
levarmos a sério o que ele diz sobre a poesia erótica ter se tornado impossível com a
morte, somos persuadidos a inferir uma mudança consciente de estilo de vida. O palpite
seria de que ele se casou e teve filhos.

Datado do século XIV, ressuscitado por um verônes de nome Francesco,


Catulo reaparece. Temos aqui alguns versos de Benvenuto Campesani de Vicenza sobre
o acontecido:

À patria torno de um exílio em longes terras;


voltei por causa de um compatriota,
a quem de fato a França o nome dá dos cálamos
e que a via em que a turba vai vigia.
Com zelo igual, sim, celebrai vosso Catulo,
cujos papiros sob tonéis jaziam.

Assim, por mais que os papiros possam ter sido negligenciados do século VIII-
IX até o XIV, o desejo de literatura do poeta prevaleceu. Dos outros neotéricos que
partilharam a mesma época e que conviveram com Catulo, pouco nos restou.12

Referências Bibliográficas

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______.Poesias. Trad. Agostinho da Silva. Coimbra: Imprensa da Universidade, 1933.

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OVIDIO. Ars Amatoria. Trad. Hans H. Orberg. Dinamarca: Domus Latina, 2010.

12
Temos, claro, poetas que não necessariamente se encaixam dentre os poetae novi. Posteriores a Catulo
(e influenciados pelo mesmo) temos Tibulo, Propércio, Ovídio, que são mais caracterizados pela
corrente de poesia augustana.

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