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COACHING PARA CONCURSOS – ESTRATÉGIAS PARA SER APROVADO

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Atualidades

1. Coronavírus

O coronavírus é um tema que tem tudo para cair nas provas deste ano, de acordo com a professora
Rebecca, do Gran Cursos Online. Os primeiros coronavírus humanos foram identificados no final da
década de 1930, apesar disso, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus.

Entretanto, no final de 2019, um novo agente do vírus foi descoberto após ter casos registrados na
China. E isso deixou o mundo em alerta novamente.

Ainda não se sabe qual animal o transmitiu aos seres humanos. Identificar esse hospedeiro interme-
diário pode ajudar a conter a pandemia.

O professor Alessander Mendes, da Degrau Cultural, reforça afirmando que é preciso ter atenção aos
impactos econômicos globais causados pela pandemia.

Para entender isso, deve-se saber que uma pandemia tem a ver com espaçamento geográfico da do-
ença influenciado pela globalização.

Essa pandemia se espalha pelo mundo basicamente porque nós temos uma intensificação do pro-
cesso de globalização, sobretudo a partir da década de 1970, onde os meios de comunicação e
transporte são cada vez mais eficientes e vão permitindo uma coisa que nós entendemos que é o en-
curtamento da distância pelo tempo, explica o professor Alessander Mendes.

Alessander Mendes, da Degrau Cultural, afirma que é preciso ter atenção aos impactos econômicos
globais causados pelo Coronavírus (Foto: Arquivo Pessoal)

O resultado é que quando você tem um vírus como esse da Covid-19, com pessoas eventualmente
do mundo inteiro em contato com esse vírus em determinada localidade, você tem potencialmente
todas as condições para criar uma pandemia global.

Embora ainda não se possa mensurar os impactos sobre a economia mundial, Alessander indica que
será desastroso.

Com as medidas de contenção do vírus, o coronavírus tem impacto no deslocamento de pessoas e


de mercadorias em escala global.

A tendência, segundo o professor, é que a retomada da economia em escala mundial seja mais lenta
do que foi após a crise econômica de 2008 e a quebra da bolsa da Nova York em 1929.

“Só os Estados Unidos já anunciaram que tiveram uma queda do seu produto interno bruto de 4,8%
no primeiro trimestre deste ano. Esse ano o Brasil deve fechar com um crescimento negativo do seu
produto que deve ficar em torno de 6 até 10%”, aponta Alessander.

2. Brexit

Saída do Reino Unido da União Europeia

O ano de 2019 foi o mais complicado, pois as diferenças entre os políticos britânicos se tornam mais
evidentes, pois era preciso que o plano de saída da União Europeia fosse aprovado pelo Parlamento
britânico.

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Por outro lado, o Parlamento britânico garantiu em 13 de março de 2019, que o Reino Unido não sai-
ria sem acordo. Esta era uma proposta defendida por muitos membros do próprio partido de Theresa
May.

No entanto, em 12 de março de 2019 e, posteriormente, no dia 25 do mesmo mês, o Parlamento bri-


tânico rejeitou o plano apresentado pela então primeira-ministra Theresa May para se retirar da União
Europeia.

Sem conseguir consenso no Parlamento, Theresa May teve que pedir uma nova prorrogação à União
Europeia. Assim, a data prevista para a saída do Reino Unido seria 31 de outubro de 2019.

Com sua posição enfraquecida, May demitiu-se do cargo. A lei britânica não previa a convocação de
novas eleições e sim uma substituição dentro do próprio partido cujo escolhido foi Boris Johnson.

Boris Johnson e o Brexit

O novo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, é um conhecido defensor de um "brexit duro", ou


seja: retirar o Reino Unido da União Europeia sem fazer qualquer tipo de acordo.

A fim de pressionar os deputados, Johnson pediu a Rainha Elizabeth II que adiasse a abertura oficial
do Parlamento, que acontece em setembro, para 14 de outubro. A proposta foi aceita pela soberana e
milhares protestaram nas ruas contra o "fechamento" do parlamento britânico, mas o premiê não vol-
tou atrás.

O objetivo de Boris Johnson era impedir a articulação da oposição.

No entanto, os primeiros debates realizados pelo primeiro-ministro no Parlamento se revelaram um


fracasso. O Partido Conservador perdeu um dos seus deputados e outros 21 parlamentares foram
suspensos por indisciplina.

Além disso, o Parlamento rejeitou, mais uma vez, o projeto de um Brexit sem acordo.

A fim de conseguir mais respaldo para sua ideia, Boris Johnson dissolveu o Parlamento e convocou
novas eleições gerais. O resultado foi uma esmagadora vitória para os conservadores que conquista-
ram a maioria absoluta dos deputados e assim puderam seguir com as negociações do Brexit.

Aprovação do acordo do Brexit

Após intensas negociações com os 27 países da União Europeia, o Reino Unido conseguiu um
acordo para a saída desse bloco econômico, em 16 de outubro de 2019.

Desta vez, estão garantidas a livre circulação de pessoas e mercadorias entre a fronteira da Repú-
blica da Irlanda e da Irlanda do Norte. No entanto, o novo acordo prevê o fim do status especial para
o Reino Unido e o torna um rival econômico.

O projeto foi aprovado no Parlamento britânico no mesmo mês. Porém, os parlamentares não se re-
cusaram a debater o texto em apenas dois dias e obrigaram ao primeiro-ministro pedir um adiamento
de três meses à União Europeia.

Como consequência, Johnson teve que concordar e, desta vez, a data para o Brexit será 31 de ja-
neiro de 2020.

Antecedentes do Brexit

A União Europeia (UE) foi criada com o objetivo de manter a paz entre os países do continente euro-
peu.

O embrião foi a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA), nascida em 1952. A CECA unia
os ex-adversários da Segunda Guerra Mundial: França, Alemanha, Itália, Bélgica, Holanda e Luxem-
burgo.

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Mais tarde, esta comunidade foi ampliada num movimento que criou a Comunidade Econômica Euro-
peia (CEE), em 1957.

O prefeito de Londres, Sadiq Khan (à esq.) e o ex-primeiro-ministro David Cameron fazem campanha
pela permanência do Reino Unido na União Europeia

O Reino Unido, porém, sempre se manteve à margem da CEE e só aceitou fazer parte do clube em
1973. Mesmo assim, dois anos depois, convocaram um referendo para que a população decidisse se
queriam ou não continuar. Naquela época, ganhou o “sim”.

Desta maneira, o Reino Unido continuou a fazer parte da UE, mas não participou dos dois maiores
projetos europeus:

 A criação de uma moeda única, o euro;

 O espaço schengen, que permite a livre circulação de pessoas.

Referendo sobre o Brexit

A campanha do Brexit tem origem no governo do primeiro-ministro conservador David Cameron.

Para disputar a reeleição, Cameron se aliou ao partido nacionalista, Partido da Independência do


Reino Unido (UKIP, na sigla em inglês).

Em troca do seu apoio, este partido exigiu a convocação de um referendo, onde os eleitores pudes-
sem escolher entre seguir ou sair da União Europeia.

O UKIP argumentava que a União Europeia retirava a soberania do Reino Unido em assuntos econô-
micos e de imigração. Por isso, pedia que fosse feito uma consulta à população sobre a permanência
neste bloco econômico.

O referendo foi marcado para 23 de junho 2016: 48,1% votou não à saída da UE, mas 51,9% votou
sim.

Consequências do Brexit

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"Vote para sair da União Europeia", pediam os partidários do Brexit

As consequências do Brexit são difíceis de prever, pois se trata de um processo inédito. Por en-
quanto, observamos impactos políticos, como por exemplo:

 Foi criado no Reino Unido, o Ministério da Saída da União Europeia que emprega pelo menos 300
pessoas para tratar exclusivamente do assunto;

 David Cameron renunciou ao cargo de primeiro-ministro e após discussões internas no Partido Con-
servador, foi substituído por Theresa May, que assegurou que não voltaria atrás no processo do
Brexit;

 Diante dos impasses para chegar a um acordo, a primeira-ministra Theresa May renunciou ao cargo
e viu seu maior opositor, Boris Johnson, ser investido como premiê.

Consequências econômicas para o Reino Unido

 No dia seguinte ao referendo, a libra esterlina registrou uma forte queda, assim como o dólar austra-
liano e o dólar neozelandês;

 A bolsa e o mercado mobiliário sofreram uma forte queda naquela semana. Por isso, o governo bri-
tânico abaixou as taxas de juros e fez empréstimos bancários para conter uma possível perda de ca-
pitais;

 A libra esterlina tem perdido valor frente ao dólar e ao euro;

 Várias empresas já mudaram suas sedes para países como Holanda e França.

Consequências econômicas do Brexit para a União Europeia

 A União Europeia perde a contribuição monetária do Reino Unido;

 A UE terá que renegociar todos os tratados comerciais com o Reino Unido;

 Medo que o Brexit inspire outros países a fazer o mesmo;

 Preocupação com a situação da Irlanda do Norte, que faz parte da UE, mas tem fronteiras com o
Reino Unido.

Calendário para o Brexit

O artigo 50, do Tratado de Lisboa, estipula que a negociação pode durar 2 anos. Inicialmente, o pro-
cesso deveria estar concluído em março 2019.

Em dezembro de 2017, a primeira-ministra britânica Theresa May aceitou pagar 45 bilhões de euros
para deixar a União Europeia.

Em março de 2018 foi anunciado que haverá um período de transição de dois anos quando o Reino
Unido deixar a União Europeia definitivamente em 2019.

Em 24 de novembro, os 27 países da União Europeia concordaram com os termos de saída feitos


pela Grã-Bretanha. Este deverá ser ratificado pelo parlamento britânico.

Assim, o Reino Unido sairia oficialmente da União Europeia em 29 de março de 2019, mas o pro-
cesso foi adiado para 12 de abril de 2019.

Sem aprovação do Parlamento, o Brexit foi novamente fixado para 31 de janeiro de 2020, com um pe-
ríodo de adaptação de um ano.

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Negociações para o Brexit

As negociações entre o Reino Unido e a União Europeia vão acontecendo pouco a pouco. As propos-
tas que causaram mais controvérsias diziam a respeito sobre o modelo alfandegário e a fronteira da
Irlanda.

Vejamos como esse impasse foi solucionado:

Modelo Alfandegário

Inicialmente, pretendia-se fazer uma zona de livre comércio entre o Reino Unido e a UE. Este plano,
porém, foi rechaçado pelos partidários mais radicais do Brexit que alegam que isto não traria de volta
a soberania ao Reino Unido.

Assim, o Reino Unido não terá nenhum privilégio ao comercializar com o bloco europeu e receberá o
mesmo tratamento que os demais países do mundo.

Irlanda Do Norte

A Irlanda do Norte faz fronteira com a República da Irlanda, que é membro da União Europeia. Com o
Brexit, os dois países voltariam a ter postos de controle, o que dificultaria a circulação de pessoas e
mercadorias.

Em outubro de 2019, Boris Johnson apresentou uma proposta que agradou o bloco europeu. Este ter-
ritório formará parte da União Aduaneira do Reino Unido, mas deverá respeitar as regras do Mercado
Comum Europeu.

Discordâncias no Governo Britânico pelo Brexit

Os choques entre os partidários de uma ruptura total com a União Europeia e um divórcio amigável,
como desejava Theresa May, expuseram as diferenças existentes no governo britânico.

Boris Johnson e Theresa May tinham sérias divergências quanto a forma de fazer o Brexit

Em 8 de julho de 2018, após um fim de semana de tensas negociações, o ministro responsável pelo
Brexit, David Davis, pediu demissão ao discordar sobre a manutenção da união aduaneira entre o
Reino Unido e a UE, após o Brexit.

Dois dias depois, foi a vez do então Ministro de Relações Exteriores, Boris Johnson, pedir demissão
do seu cargo pelo mesmo motivo. Boris Johnson era um dos principais críticos da política de May.

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Proposta do Governo Britânico para o Brexit

Em 12 de julho de 2018, o governo britânico apresentou sua proposta de saída da União Europeia. O
documento sugere a formação de uma zona de livre de comércio de bens com a União Europeia.
Além disso, propõe:

 O controle de impostos alfandegários e sua política comercial;

 A aprovação, pelo parlamento britânico, de leis e normas europeias que fossem entrar em vigor no
Reino Unido;

 A extinção da livre circulação de pessoas, mas seria criada uma nova legislação para aqueles que
buscam trabalho ou quisessem estudar no Reino Unido.

Em 14 de novembro de 2018, Theresa May apresentou a proposta ao Parlamento britânico que con-
templa suas ideias de Brexit. Por discordar com os termos do documento, o ministro para o Brexit,
Dominic Raab, demitiu-se do governo.

Alguns pontos desse acordo são:

Cidadãos Europeus

Quem possui nacionalidade de algum país da União Europeia e entrou no Reino Unido antes de 29
de março de 2019 poderá continuar no país com todos seus direitos respeitados.

Igualmente, o Reino Unido se comprometeu a respeitar também aqueles que fixem residência ali du-
rante o período de transição.

Por sua parte, os britânicos perderão o direito de andar livremente e fixar residência nos países da
União Europeia.

Orçamento

O Reino Unido continuará aportando contribuições até o ano de 2020 ao orçamento europeu. No en-
tanto, para o quinquênio de 2021-2027, os britânicos já não devem fazer mais aportações econômi-
cas.

Continuarão a pagar as despesas e as aposentadorias dos funcionários britânicos na UE, algo que
deve se alongar até 2064.

Gibraltar

A Grã-Bretanha possui um território que faz fronteira com a Espanha: Gibraltar. Pressionada pela Es-
panha, a União Europeia garantiu que qualquer mudança no estatuto gibraltenho terá que contar com
a aprovação espanhola.

Esta ideia foi rejeitada três vezes pelo Parlamento britânico.

3. Oriente Médio

O panorama no Oriente Médio é um tema que temos que estar todo tempo atentos. No primeiro dia
de janeiro de 2020, o presidente norte-americano, Donald Trump, autorizou que drones realizassem
um ataque aéreo que resultou na morte do general iraniano Qasem Soleimani.

Trump também mandou matar o líder do Estado Islâmico (ISIS), Abu Bakr al-Baghdadi, e a gente
sabe que tudo isso que acontece no Oriente Médio repercutiu rapidamente aqui no Brasil e no
mundo, completou a professora Rebecca.

Um dos impactos foi o preço da gasolina, que aumentou por consequência dessa instabilidade da re-
gião, segundo professora.

Outro tópico que deve ser destaque na região é sobre a Guerra da Síria, que irá completar nove anos
em 2020. A guerra envolve também a figura do povo curdo, maior povo do mundo sem território.

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E para fechar o Oriente Médio, a professora de Atualidades indica ficar sempre atento à Turquia, que
é o país que dá a passagem da Europa para o Oriente Médio.

4. Crise do Petróleo

A acelerada disseminação do coronavírus (Covid-19) fez com que o ano de 2020 começasse caótico.
Com o avanço da pandemia em todo o planeta, as cadeias produtivas que gerem o comércio interna-
cional foram impactadas pela menor demanda consumidora. A forte queda do preço do petróleo é re-
flexo dessa guerra contra o inimigo invisível.

Em 31 de dezembro de 2019, os primeiros casos da doença foram oficialmente detectados em Wu-


han, na província de Hubei, no centro da China. Entretanto, há informações sobre o início do contágio
já dois meses antes. Rapidamente, o coronavírus atingiu 80 mil pessoas no país asiático, matando
mais de 3 mil. A segunda maior economia do mundo e primeiro importador de petróleo do planeta,
fechou suas fronteiras e diminuiu sua atividade econômica.

Essa não é a primeira vez que a cotação da commodity mais cobiçada do mundo entra em crise. A
mais famosa das crises foi a crise do petróleo de 1973, quando, em retaliação ao apoio dos Estados
Unidos a Israel na Guerra do Yom Kipur, o Organização dos Países Exportadores de Petróleo
(Opep) inflacionaram o preço do barril da commodity em 400%, gerando uma crise de oferta mundial.

Logo depois, na Guerra do Golfo, ocorrida entre 1990 e 1991, quando o Iraque, liderado por Saddam
Hussein, invadiu o Kuwait, um dos maiores produtores de petróleo do planeta. Os iraquianos só foram
expulsos do país quando as forças militares dos Estados Unidos os retiraram. No entanto, não a
tempo de evitar incêndios de alguns poços de petróleo, causando uma crise econômica e ecológica.

A Crise De 2020

Ao longo dos primeiros meses do ano, ao passo que a economia global dava sinais de queda na de-
manda pelo petróleo, a Opep permaneceu atenta sobre a sua produção diária do insumo e seu preço
mundial. No dia 5 e 6 de março, a organização se reuniu com a Rússia (grupo chamado de Opep+),
mas não chegaram a um acordo para cortar a produção e conter a queda nos preços do petróleo.

A Rússia rejeitou a oferta do cartel em cortar adicionalmente 1,5 milhão de barris por dia até o final
deste ano. A Opep tentou evitar a quebra dos esforços realizados desde 2017 para o controle sadio
da cotação da commodity, evitando o excesso de oferta no mercado.

“A partir de 1º de abril, levando em consideração a decisão tomada hoje, nenhum país, nem a OPEP,
nem a OPEP +, é obrigado a reduzir a produção”, afirmou o ministro da Energia da Rússia, Alexandre
Novak, após longas negociações em Viena, na Áustria.

Devido ao pessimismo dos investidores quanto ao futuro dessa conturbada relação entre os países,
no dia 8 de março, a cotação da commodity chegou a cair 31% nos mercados asiáticos, o bar-
ril Brent era negociado a US$ 36,62 naquele dia. Essa foi a maior queda diária desde justamente a
Guerra do Golfo.

Conforme o relatório da Opep, a estimativa da demanda por petróleo passou de 990 mil barris de pe-
tróleo por dia (bpd) para 920 mil bpd em 2020. A entidade salientou que caso a disseminação do Co-
vid-19 continue avançando, as próximas projeções poderão serão menores, o que pressiona ainda
mais os preços.

Em retaliação ao posicionamento da Rússia, o Ministério da Energia da Arábia Saudita informou no


dia 17 de março que as exportações de petróleo devem aumentar nos meses seguintes para acima
de 10 milhões de barris por dia. A última vez que o país havia aumentado sua produção diária foi há
mais de 10 anos.

Na última terça-feira (17), entretanto, o ministro do petróleo do Iraque, Thamer al-Ghadhban, solici-
tou uma reunião de emergência entre os membros e não membros da Opep. O intuito da reunião é
encontrar ações para ajudar o equilíbrio do mercado da commodity.

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No documento enviado ao cartel, o ministro pede que a Opep “realize urgentemente” reuniões extra-
ordinárias para “discutir todos os caminhos possíveis para chegar a ações sérias e imediatas”. As par-
tes envolvidas procuram encontrar um acordo para não agravar a crise internacional, impulsionada
pelo vírus que assola o planeta.

O barril de petróleo Brent iniciou o ano cotado a US$ 68,75, e fechou a última sexta-feira (20) negoci-
ado a US$ 27,58, uma desvalorização de mais de 59%.

Já o barril WTI começou o ano a US$ 60,99 e está cotado a US$ 22,43, uma queda ainda mais acen-
tuada, de 63,22%. Diferentemente das outras crises, esse incidente recai sobre a demanda, o que fez
os preços caírem e os exportadores, principalmente os menores, sofrerem.

A Clara Importância Do Petróleo

O petróleo é um recurso estratégico e extremamente importante para a economia global, possuindo


derivados como a gasolina e o diesel, utilizado em meios de transporte. Além disso, é a origem de al-
guns tipos de solventes, lubrificantes industriais e plástico, como muitos dos produtos farmacêuticos e
de enfermagem, necessários para combater o coronavírus.

As maiores potências do mundo, como Estados Unidos e Japão, além da própria China, podem apre-
sentar uma forte instabilidade econômica durante as crises de oferta, de demanda ou de preços do
petróleo.

Entretanto, com o avanço das energias renováveis, como a eólica, o petróleo passa a ser paulatina-
mente substituído por outras formas energéticas. Por ser uma energia não renovável e extremamente
poluente, o petróleo certamente acabará, o que pode mudar o rumo da economia global.

Impacto No Mercado

A queda dos preços do petróleo, juntamente ao pânico causado pelo avanço do coronavírus, impac-
tou o mercado de forma acentuada, sobretudo as empresas que dependem do petróleo em suas ope-
rações.

As ações da Petrobras (PETR3; PETR4), companhia que já foi a maior empresa da América La-
tina por anos, apenas em março já desvalorizaram mais de 54%. Os papéis estão cotados a R$ 12,
mesmo patamar de julho de 2017. Nas últimas duas semanas, a companhia já perdeu aproximada-
mente R$ 175 bilhões em valor de mercado.

Já a PetroRio (PRIO3), uma small cap da bolsa brasileira, viu suas ações caírem mais de 70% ape-
nas nas últimas três semanas. As ações ordinárias da petroleira chegaram a ser cotadas a R$ 48,80
no dia 4 de fevereiro, e fecharam o pregão na B3, na última sexta-feira, a R$ 12,40.

Nos Estados Unidos, a Exxon Mobil (NYSE: XOM) operou em queda de quase 5% na última sessão
da Bolsa de Valores de Nova York, cotadas a US$ 32,74. Em 2020, os papéis da petroleira norte-
americana já desvalorizaram 53%

O Ibovespa, maior índice acionário do Brasil, fechou a última semana com uma queda de 18,88%, a
67.069,36 pontos, em uma de suas piores semanas na história. Os últimos sete dias foram marcados
pela explosão de casos confirmados do coronavírus, sobretudo no Ocidente, seguido de uma alta vo-
latilidade no preço do petróleo.

5. Impeachment do Trump

Impeachment: Trump é inocentado em julgamento no Senado e se mantém presidente

Em votação histórica que durou pouco mais de meia hora, a maioria dos senadores americanos vo-
tou, nesta quarta-feira (5/2), pela absolvição do presidente Donald Trump, que havia sofrido impeach-
ment pela Câmara alguns meses antes. Com o desfecho, que já era esperado, Trump permanece na
Presidência para disputar a reeleição em 3 de novembro.

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No julgamento da primeira acusação (ou, no termo técnico, artigo de impeachment), 52 senadores


votaram a favor de Trump, e eram necessários dois terços da Casa (67) para que ele fosse conde-
nado e removido do cargo — os votos pela condenação foram 48. O placar foi semelhante na votação
da segunda acusação: 53 a 47 em favor de Trump.

O processo de impeachment reforçou a polarização partidária nos EUA: enquanto a Câmara, de mai-
oria democrata (oposição), defendeu a saída do presidente, o Senado, de maioria republicana (par-
tido de Trump), o absolveu.

Trump era acusado de abuso de poder e obstrução do Congresso.

 Os 11 democratas que competirão entre si para enfrentar Trump nas eleições de 2020 nos EUA

 EUA vão mandar de volta para o México brasileiros que tentam atravessar ilegalmente fronteira

A primeira acusação remete a um telefonema, em julho passado, entre Trump e o presidente ucrani-
ano, Volodymyr Zelensky, indicando que o americano estava pressionando o líder da Ucrânia a inves-
tigar Joe Biden — pré-candidato democrata para a eleição de novembro — em troca de uma ajuda
militar financeira americana.

Diferentes testemunhas ouvidas pela Câmara afirmaram que houve uma tentativa de pressionar os
ucranianos, algo que Trump negou, dizendo-se vítima de uma "caça às bruxas" partidária.

Críticos afirmam que isso configura tentativa de influenciar as eleições americanas com a ajuda de
um país estrangeiro.

Alguns senadores republicanos afirmaram publicamente considerar a conduta de Trump reprovável,


mas não o suficiente para afastá-lo do cargo, preferindo a avaliação do povo americano nas urnas.

Um ponto importante, porém, é que o proeminente senador Mitt Romney votou a favor da condena-
ção de Trump por abuso de poder, tornando-se o único republicano a defender a saída do presidente
e contrariando a maioria de seu partido.

Antes da votação, ao explicar seu voto, Romney (que foi o candidato presidencial republicano na elei-
ção de 2012) afirmou acreditar que Trump é "culpado de um estarrecedor abuso da confiança pú-
blica".

A segunda acusação da Câmara, de obstrução do Congresso, tentava imputar ao presidente uma su-
posta tentativa de dificultar as apurações legislativas sobre sua conduta. A acusação também foi re-
jeitada.

Pouco depois da votação, Trump não escreveu nada no Twitter, mas postou um vídeo que o mostra
"em campanha para todas as eleições futuras".

Seu chefe da campanha de reeleição de Trump, Brad Parscale, afirmou em comunicado que "agora é
hora de voltar ao negócio (relacionado) ao povo americano".

"Esse terrível suplício (do julgamento) sempre foi uma tática de campanha de invalidar os votos de 63
milhões de americanos em 2016 e um esforço de interverir na eleição de 2020", opinou.

Ao fim da sessão desta sexta, o líder republicano rasgou os artigos de impeachment e postou o vídeo
no Twitter, em uma ironia com ato protagonizado na véspera pela líder democrata na Câmara Nancy
Pelosi — que rasgou o discurso de Estado da União de Trump perante as câmeras.

Pelosi disse a repórteres que, independentemente do julgamento do Senado, Trump permaneceria


"impichado por toda a vida" pela Câmara.

Trump é o terceiro presidente americano a passar pelo processo de impeachment. Antes dele, foram
Andrew Johnson, em 1868, e Bill Clinton, em 1998. Ambos sofreram o impeachment pela Câmara,
mas depois foram absolvidos em seus julgamentos no Senado.

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Polêmica das testemunhas

O Senado sinalizava pela absolvição do presidente desde o início do processo e isso foi reforçado na
sessão de sexta-feira passada, quando a maior parte dos senadores votou contra a convocação de
mais testemunhas no caso.

A principal testemunha que deixou de depor no Senado é o ex-conselheiro nacional de segurança re-
publicano John Bolton, que, segundo relatos sobre seu livro prestes a ser lançado, tem afirmado que
Trump, em maio de 2019, lhe disse diretamente que não liberasse ajuda militar de quase US$ 400
milhões à Ucrânia até que os governos ucranianos concordassem em investigar Biden e seu filho,
Hunter.

Isso é central no debate em torno do impeachment, já que Trump é acusado de usar a ajuda militar
em questão para pressionar o governo ucraniano a investigar um adversário eleitoral — o que, para
críticos, configurou tentativa de interferência nas eleições americanas e abuso de poder.

Trump, em contrapartida, chamou de mentirosa a fala atribuída a Bolton.

Democratas, por sua vez, sinalizaram, ao final da sessão desta quarta, que pretendem intimar Bolton
a depor mesmo com o fim do julgamento. "Quando se tem um presidente sem lei, é preciso trazer
isso à frente", afirmou, segundo o The New York Times, o senador democrata Jerrold Nadler.

Já o advogado de Trump indicou, durante as sessões no Senado, que tudo que um presidente faz a
serviço de sua própria reeleição pode ser considerado de interesse público e, portanto, não passível
de impeachment.

A partir de agora, com a absolvição de Trump, a expectativa é de que tanto governistas quanto oposi-
ção voltem suas atenções à campanha eleitoral e às primárias democratas, que definirão o candidato
a enfrentar o presidente nas urnas em 3 de novembro.

6. Eleições presidenciais na América do Sul

Falando em disputas presidenciais, Rebecca Guimarães aponta que é importante também o candi-
dato ficar atento às eleições presidenciais na América do Sul.

Uma das que tiveram destaque foi a do Uruguai, com a vitória de Luis Lacalle Pou, pois isso muda as
perspectivas do país sul-americano. De centro-direita, o presidente foi eleito após 15 anos consecuti-
vos de governos de esquerda no país.

Na região, há destaque também para a eleição presidencial da Argentina, com a posse de Alberto
Fernández, e a ida do vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, nesta posse.

Cristina Kirchner, como vice, volta a estar nos noticiários envolvida com a crise econômica, emprésti-
mos junto ao FMI com juros altos e uma dinâmica econômica que preocupa, segundo a professora
Rebecca.

Outro país no continente que também passou por eleição presidencial – está muito tumultuada – foi a
Bolívia. Na ocasião, a vitória de Evo Morales foi contestada e novas eleições foram marcadas para
maio de 2020.

7. Guerra comercial entre China x Estados Unidos

Guerra Comercial: Entenda As Tensões Entre China E EUA E As Incertezas Para A Economia
Mundial

A disputa comercial entre China e Estados Unidos vem causando preocupações em todo o mundo
desde o começo de 2018, quando o presidente norte-americano, Donald Trump, fez o primeiro anún-
cio de tarifas impostas sobre produtos chineses. Desde então, houve tentativas de acordo, novas
ameaças e negociações de tréguas, sem que a situação chegasse a uma solução definitiva.

Em dezembro de 2019, em uma primeira fase das negociações comerciais, os dois países decidiram
suspender novas tarifas sobre importações. A decisão veio cerca de dois meses depois de Trump

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anunciar que estava chegando ao que seria uma "primeira fase" de um acordo comercial com a
China.

Essas novas rodadas de conversas vieram depois de um momento de piora nas tensões entre China
e Estados Unidos. Em agosto, a disputa chegou a passar dos anúncios e ameaças de tarifas sobre
produtos importados para o campo cambial. Isso porque, em reação a uma nova rodada de tarifas
dos EUA, a China desvalorizou fortemente sua moeda, o iuan, e foi acusada de manipulação.

Veja abaixo perguntas e respostas para entender o que é a guerra comercial e quais são seus possí-
veis impactos:

O Que É A Guerra Comercial?

Com o argumento de que busca proteger os produtores norte-americanos e reverter o déficit comer-
cial que os Estados Unidos tem com a China, Trump vem anunciando desde 2018 tarifas sobre pro-
dutos importados do país asiático. O objetivo é dificultar a chegada de produtos chineses aos Estados
Unidos, o que estimularia a produção interna. O governo da China, por sua vez, tem reagido a esses
anúncios com retaliações, chegando a impor também tarifas sobre produtos norte-americanos.

Quando Começou A Atual Guerra Comercial Entre China E Estados Unidos?

É difícil dizer ao certo quando a disputa, nos moldes em que se encontra agora, foi iniciada, mas al-
gumas datas podem ser consideradas marcantes. Durante a campanha eleitoral, os discursos de Do-
nald Trump já apontavam para uma tendência protecionista, com críticas ao déficit comercial dos Es-
tados Unidos em relação à China. Já como presidente, Trump fez o primeiro anúncio de taxas sobre
produtos chineses em março de 2018. Desde então, já anunciou outras medidas e ameaçou adotar
outras. A China tem respondido também com barreiras comerciais aos produtos norte-americanos e
ameaças.

Por Que A Guerra Comercial É Motivo De Preocupação?

Os Estados Unidos têm a maior economia do mundo e a China, a segunda. Por isso, se os dois paí-
ses sofrerem consequências negativas dessa disputa, o temor é que outros países e a economia glo-
bal como um todo possa ser impactada, em uma reação em cadeia, prejudicando o crescimento do
Produto Interno Bruto (PIB) global.

Em seu relatório de julho, o Fundo Monetário Internacional (FMI) apontou que o crescimento mundial
segue em ritmo moderado diante da piora das relações entre China e Estados Unidos. A preocupa-
ção é com o comércio global. Segundo o FMI, no primeiro trimestre de 2019, as tensões comerciais
ajudaram a puxar uma desaceleração acentuada nas economias emergentes da Ásia. "Cadeias de
fornecimento de tecnologia global foram ameaçadas pela possibilidade de os Estados Unidos impo-
rem sanções."

As tensões geopolíticas foram citadas no documento em que o Fundo reduziu sua estimativa de cres-
cimento para 3,2% em 2019 e 3,5% em 2020 (0,1 ponto percentual a menos que no relatório anterior,
de abril).

Com essas incertezas, notícias sobre a guerra comercial costumam influenciar o mercado financeiro.
Quando o cenário piora com novas ameaças e quebras de acordo, por exemplo, a tendência é que
investidores busquem alternativas mais seguras para seu dinheiro, fazendo com que os índices das
bolsas em todo o mundo recuem.

Diversos órgãos vêm demonstrando preocupação sobre a guerra comercial. O Federal Reserve (Fed,
banco central dos Estados Unidos), por exemplo, diz que segue monitorando com cuidado os impac-
tos da guerra comercial para decidir o rumo da taxa de juros.

 BC dos EUA diz que empresários estão preocupados com guerra comercial; economia cresce mo-
destamente

No Brasil, o mesmo ocorre com o Banco Central, que tem apontado em seus relatórios que os rumos
das disputas estão entre os fatores que determinam as decisões sobre o futuro dos juros.

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ATUALIDADES

Quais As Perspectivas De Solução?

China e Estados Unidos concordaram sobre a primeira fase de negociações comerciais, suspen-
dendo a aplicação de novas tarifas sobre importações que já tinham data para entrar em vigor. O
vice-ministro de comércio chinês, Wang Shouwen, disse que que os EUA concordaram em reduzir
gradativamente as tarifas adicionais impostas aos produtos chineses. A China, por sua vez, se com-
prometeu a aumentar a importação de energia, produtos agrícolas e farmacêuticos, além de serviços
financeiros dos EUA.

China e EUA confirmam que chegaram a primeira fase do acordo comercial

Essas negociações foram feitas cera de dois meses depois Trump anunciar que os dois países ha-
viam chegado ao que seria uma "primeira fase" de um acordo comercial.

A tentativa anterior de negociação havia sido interrompida dois meses antes, com Trump rompendo
a trégua acertada após o encontro no G20 com o presidente da China, Xi Jinping. O rompimento se
deu com o anúncio de mais tarifas sobre produtos chineses – medida que foi retaliada pela China
com a suspensão da compra de produtos agrícolas dos Estados Unidos. Houve ainda acusação dos
EUA de que a China estaria usando de manipulação cambial, após o país asiático deixar o iuan cair a
seu menor nível em relação ao dólar em quase uma década.

Carlos Gustavo Poggio, professor do curso de Relações Internacionais da FAAP, diz que a recente
sequência de episódios “claramente é uma piora” da situação. “Mostra que essa guerra comercial
pode sair do controle e ter um impacto maior do que a gente imagina. Essas coisas não são facil-
mente controláveis. ”

Para Carlos Eduardo Lins da Silva, professor do Insper, a passagem da disputa para o campo do
câmbio “é um episódio bem importante, porque até agora a disputa estava limitada a taxações".
"Agora, entra num novo capítulo que pode ter consequências muito mais sérias”, diz.

As tensões são apenas comerciais?

Notas iuan e dólar - Washington acusa Pequim de 'manipular capitais' — Foto: Getty Images

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ATUALIDADES

Para especialistas, não. “Essa é uma disputa que está além da questão econômica, é uma questão
geopolítica”, diz Poggio. “Estamos diante da primeira grande disputa geopolítica do século 21, entre
duas superpotências. ”

O professor aponta que a disputa é resultado do crescimento rápido da China nas últimas décadas,
que reordenou a lógica dos mercados consumidores e da produção em todo o mundo.

“Uma potência que está emergindo incomoda a potência que está estabelecida. Esse é um problema
clássico das relações internacionais: como acomodar uma potência em ascensão em um sistema in-
ternacional com potências já estabelecidas? ”, explica Poggio.

Silva comenta que o “estilo belicoso” de Trump é o que explica o surgimento dessa disputa comercial
declarada, mas que “a China e os Estados Unidos têm diferenças econômicas há muitas décadas”.

Mesmo com os ataques diretos de Trump à China, os especialistas dizem que essa parece não ser
uma questão individual do presidente nos Estados Unidos. Isso porque, nos discursos de políticos de-
mocratas (ou seja, adversários ao republicano Trump) que estão precedendo o período eleitoral, não
há promessas sólidas de encerrar a guerra comercial.

“Não se vê críticas dos democratas. Parece então que está se consolidando na sociedade americana
a ideia de que tem que enfrentar a China de alguma forma”, analisa Poggio.

“Existe uma tendência de se manter alguma dureza com a China – afinal, esse discurso elegeu
Trump e 40% dos americanos ainda o aprovam. Esse eleitorado não pode ser desprezado”, comple-
menta Silva. “De qualquer maneira, seja quem for o candidato eleito nas próximas eleições, vai demo-
rar um tempo para que as relações com a China sejam refeitas”.

Os EUA deram início à disputa, mas podem ser prejudicados?

Container com produtos chineses em terminal de Boston, em Massachusetts. — Foto: Brian


Snyder/Reuters

Apesar das preocupações de especialistas sobre os impactos da guerra comercial, os últimos indica-
dores econômicos divulgados pelos EUA têm mostrado um cenário positivo. No entanto, analistas
ainda apontam incertezas sobre a solidez da boa situação econômica, especialmente porque já há
sinais de desaceleração.

 Economia dos EUA: melhor do que nunca ou em risco de recessão?

“Todos os efeitos positivos da economia americana nos últimos dois anos são resultado da reforma
tributária que o Trump conseguiu passar pelo Congresso. Foi a grande vitória dele como presidente, e
deriva dela todo o sucesso da economia americana. Isso vai durar mais uns dois anos e meio”, prevê
Silva.

“Só que o resultado da reforma tributária vai ser um rombo no orçamento americano sem preceden-
tes, e em algum momento ele vai ter que ser coberto. E a guerra comercial só faz aumentar esses
problemas, por exemplo, com subsídios para os produtores agrícolas poderem compensar prejuízos
com a queda de suas exportações de seus produtos para a China”, diz Silva.

Sobre a guerra comercial, Poggio diz que “tem sim uma preocupação porque mexe totalmente com a
cadeia produtiva agrícola, desde a produção do maquinário. Afeta um setor que é importante para a
economia americana, que é o rural”.

Silva aponta que as perspectivas são preocupantes especialmente pelo temperamento de Trump. “O
que parece mais grave é que Trump dá cada vez mais sinais de que age basicamente seguindo seus
instintos. Tem ouvido cada vez menos seus assessores, anuncia decisões pelo Twitter às vezes pe-
gando de surpresa assessores próximos. E, como todos sabemos, o nível de conhecimento dele da
história e da geografia da região asiática é muito pequena. Ele é ignorante nesses assuntos, então a
probabilidade de tomar decisões erradas é muito grande. ”

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ATUALIDADES

Quais podem ser os impactos da guerra comercial para o Brasil?

China é o mercado número 1 da soja brasileira, um dos nossos principais produtos de exportação —
Foto: Anderson Viegas/G1 MS

É difícil mensurar exatamente o efeito que o agravamento da disputa entre China e Estados Unidos
deve ter para o comércio exterior do Brasil.

A China é um dos parceiros comerciais mais importantes para o Brasil. O mercado chinês é o destino
número 1 dos nossos principais produtos exportados: soja, petróleo e minério de ferro.

Os EUA eram o segundo maior fornecedor de soja da China antes da guerra comercial, mas as im-
portações caíram bastante após o governo chinês ter adotado tarifas de 25% sobre as cargas norte-
americanas. Se a China passar a comprar menos soja dos Estados Unidos, por exemplo, pode haver
um aumento da procura pelo grão brasileiro.

Por outro lado, se a desaceleração da economia chinesa se tornar ainda maior por conta da disputa
com os EUA, sua demanda por petróleo e minério se tornaria menor, o que poderia prejudicar as ex-
portações brasileiras.

No entanto, analistas apontam que ainda é cedo para tirar conclusões. “Essa questão é complexa,
porque pode ter benefícios de um lado e prejuízos de outro”, diz Poggio. “O setor agrário brasileiro
pode se aproveitar, mas isso é pontual”, diz ele, destacando especialmente o risco de a disputa co-
mercial estar “descambando” para uma “guerra cambial”.

“Se descambar para a guerra cambial, pode ter queda de bolsas e uma recessão mais aguda. E isso
afetaria não só o Brasil, como outros países. ”

8. Revisão do Bloco Econômico NAFTA

USMCA

Estados Unidos, Canadá e México são países da América do Norte que faziam parte de um tratado
comercial conhecido como Nafta (Tratado Norte-Americano de Livre-Comércio). Esse foi atualmente
substituído por um novo tratado conhecido como USMCA, ou “Nafta 2.0”. Essa substituição ocorreu
após uma longa negociação entre os governantes dos países participantes e traz novas especifica-
ções para o comércio estabelecido entre seus membros.

Significado de USMCA

USMCA é uma sigla em inglês que indica United States – Mexico – Canada Agreement. Em Portu-
guês, Acordo Estados Unidos – México – Canadá, iniciado em 2017 e assinado em 2018.

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ATUALIDADES

Histórico

USMCA corresponde à sigla em inglês para o acordo comercial firmado entre Canadá, Estados Uni-
dos e México.

A fim de modernizar o antigo acordo existente entre os três países da América do Norte: Canadá, Es-
tados Unidos e México, o atual presidente dos Estados Unidos propôs algumas mudanças em relação
ao comércio entre os países. A ideia é incentivar zona de livre comércio entre os membros mediante
uma nova versão.

O antigo acordo vigorava desde 1994. A decisão de fazer alterações iniciou-se 2017 e foi tomada
cerca de um ano e alguns meses depois após diversas negociações. O atual presidente dos Estados
Unidos, Donald Trump; o presidente do México, Enrique Peña Nieto; e o primeiro ministro do Ca-
nadá, Justin Trudeau, decidiram substituir o acordo no último prazo final, 30 de novembro de 2018 em
Buenos Aires, na Argentina enquanto realizava-se a Cúpula do G20. Contudo, apesar de já ter sido
ratificado por todos os países participantes, o acordo ainda não entrou em vigor, sendo necessária a
aprovação da legislação de cada país.

Donald Trump, ao propor um novo acordo, acreditava que a economia dos Estados Unidos sofria pre-
juízos principalmente em relação ao comércio estabelecido com o país mexicano. Era, portanto, se-
gundo a visão estadunidense, alterar alguns pontos do acordo a fim de evitar desgaste dos setores
econômicos dos Estados Unidos.

Objetivo do USMCA

O principal objetivo do USMCA é incentivar a zona de livre comércio entre os países membros, de-
senvolvendo as economias e facilitando a comercialização de bens e serviços. Especificamente em
relação aos Estados Unidos, Trump acredita que o antigo acordo tornava o comércio estadunidense
menos competitivo, portanto, sendo mais benéfico para México e Canadá. O novo acordo pretende
então aumentar a proteção do mercado dos Estados Unidos e liberar os demais.

E o Nafta?

Após o novo acordo assinado por Estados Unidos, Canadá e México, o Nafta dá lugar a uma nova
atualização chamada de USMCA.

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ATUALIDADES

Tratado Norte-Americano de Livre Comércio ou Nafta, sigla em inglês para North American Free
Trade Agreement é um tratado de livre comércio estabelecido entre Estados Unidos, México e Ca-
nadá. O Nafta foi ratificado em 1993 e entrou em vigor em janeiro de 1994, perdurando por quase
vinte e cinco anos até ser substituído pelo novo acordo chamado USMCA em 2018.

O Nafta tinha como objetivo promover o comércio entre seus membros, eliminando os possíveis obs-
táculos e restrições. A facilitação abrangia diversos setores da economia como o primário no que
tange à agricultura e pecuária; o secundário com as indústrias especialmente a automobilística e de
eletrônicos e obviamente o terciário com o comércio de produtos e serviços. O Nafta também promo-
via a proteção de direitos autorais e a propriedade intelectual.

Vale ressaltar que apesar da desobstrução dos obstáculos, o acordo não atropelava a legislação de
cada país. Outra característica é que apenas circulava entre os países mercadorias. Não há no Nafta
como também não há no USMCA a livre circulação de pessoas como ocorre em blocos econômicos
como a União Europeia.

Segundo pontos do próprio Nafta, suas principais ambições são além de facilitar o comércio entre os
países, diminuir as barreiras alfandegárias no que diz respeito aos produtos importados; oferecer
boas e justas condições para validar a competição na área de livre comércio; alavancar o número de
investimentos entre os países, dentre outros.

A decisão de substituir o Nafta advém das inúmeras críticas sofridas desde sua criação. Sabe-se que
o acordo movimenta milhões entre os países membros, contudo, é visível a enorme discrepância en-
tre as economias. Não é difícil enxergar que a economia do México apresenta uma grande dependên-
cia dos Estados Unidos, fazendo com que muitos trabalhadores mexicanos ficassem contra o acordo
por acreditarem que os estadunidenses se encontram em vantagem em relação aos produtos agríco-
las produzidos no México.

Do outro lado, estão as críticas vindas dos Estados Unidos que ao ver muitas indústrias migrando
para o território mexicano visto às enormes vantagens em relação aos impostos cobrados e a mão de
obra mais barata, acreditavam estarem sendo prejudicados economicamente, perdendo empresas e
também deixando de gerar empregos em seu território.

Há ainda as críticas vindas dos canadenses. Sabe-se que o Canadá é o maior parceiro comercial dos
Estados Unidos. Muitos canadenses acreditam que essa parceria estabelece uma limitação em rela-
ção ao comércio do Canadá com os demais países, prejudicando então sua economia.

O Que Muda?

O novo acordo ainda mantém o mesmo objetivo do antigo acordo. Contudo, a nova atualização pro-
posta traz algumas mudanças propostas especialmente pelo presidente dos Estados Unidos, Donald
Trump, que acreditar ser uma inovação ao acordo. Inicialmente essas propostas foram aceitas bilate-
ralmente, apenas pelo governo mexicano. E após diversas negociações, o Canadá também aceitou a
nova versão. As principais mudanças são:

 Como já dito anteriormente, o acordo deixa de ser chamado de Nafta para ser chamado de USMCA.

 A cláusula de revisão sofreu alteração. O antigo acordo não tinha validade. Já o novo acordo ficará
em vigor por 16 anos, sendo revisado a cada 6 anos passível de prorrogação.

 O setor agropecuário do Canadá abrirá o mercado, diminuindo as barreiras, especialmente do setor


de laticínios. O governo estadunidense alegava que a alta tarifa cobrada na importação era prejudicial
ao comércio entre os países.

 Aumento da proteção da propriedade intelectual abrangendo especialmente farmacêutico, inova-


ções na agricultura, escritores e compositores. Houve aumento do período de direitos para 70 anos
após a morte do criador.

 O setor automotivo também sofreu alterações. Agora é previsto que 75% das peças dos carros se-
jam fabricadas nos Estados Unidos por trabalhadores que ganhem em média 16 dólares por hora. Há
então o impedimento da transferência de indústrias para locais com mão de obra barata.

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ATUALIDADES

 O novo acordo veta os direitos aduaneiros para produtos distribuídos de forma digital como jogos e
livros eletrônicos.

9. Crise diplomática Brasil x China

A China é hoje o maior parceiro comercial do Brasil. Segunda maior economia do mundo, o país tem
no país sul-americano um de seus principais fornecedores de recursos naturais.

Apesar disso, o professor Alessander Mendes alerta para uma crise diplomática que surgiu recente-
mente entre os dois países como um assunto que se destacou nas notícias.

Um exemplo foi um comentário do ministro da Educação brasileiro, Abraham Weintraub, em uma rede
social, em que insinuou que a China iria sair fortalecida da crise atual, associando a origem da Covid-
19 ao país asiático.

Comentário reforçado também pelo ministro da Relações Exteriores do Brasil, como aponta o profes-
sor Alessander:

“O ministro Ernesto Araújo, das Relações Exteriores, disse que o Brasil não iria se retratar e que, na
verdade, a China faz parte de um plano global para espalhar o comunismo para o mundo como um
todo e para o socialismo global. ”

10. Kim Jong-un

Como a Coreia do Norte é um dos países mais fechados do mundo, o sumiço do presidente Kim
Jong-un, no mês de abril de 2020, fez crescer boatos sobre o estado de saúde e a até uma possível
morte do ditador.

Segundo a professora Rebecca, tudo que diz respeito à Coreia do Norte tem grande possibilidade de
repercutir no mundo.

“Lembre-se que o país é detentor de bomba atômica”, alerta a professora Rebecca Guimarães.

O pai adotivo sul-coreano que virou professor em casa para 10 meninos norte-coreanos deser-
tores

A pandemia de coronavírus obrigou milhões de pais em todo o mundo a educar seus filhos em casa.

Mas, para um homem em Seul, na Coreia do Sul, essa tarefa tem sido particularmente difícil.

 'A reação do governo parecia cena de filme': como é ter Covid-19 na Coreia do Sul

 Thae Young-ho, o desertor norte-coreano eleito para o Congresso na Coreia do Sul

Kim Tae-hoon, de 45 anos, "adotou" 10 meninos norte-coreanos que desertaram do regime repres-
sivo de Pyongyang sem seus pais. O mais novo tem apenas 10 anos e o mais velho, 22.

Filho mais jovem de Kim tem 10 anos e mais velho, 22 — Foto: Kim Tae-Hoon

Em condições normais, eles deveriam estar frequentando a escola ou a universidade — como é o


caso de Gun-seong, de 22 anos, mas, no mês passado, estudantes sul-coreanos se viram obrigados
a ter aulas online devido à crise da Covid-19.

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ATUALIDADES

No primeiro dia da educação à distância, Kim, conversando com a BBC por chamada de vídeo, con-
duz os meninos a uma mesa grande no segundo andar de sua casa, onde o sinal de wi-fi é mais
forte.

"Acho melhor você colocar os fones de ouvido porque provavelmente nossa conversa vai ficar inaudí-
vel — é muita gente falando ao mesmo tempo", diz ele.

Como seria de se esperar, são muitos os desafios. Lidar com sistemas online desconhecidos por
meio de dispositivos tecnológicos alugados do escritório local de educação é um deles.

Os logins de dois dos meninos da mesma série se misturaram, e Geum-seong, de 15 anos, que de-
sertou da Coreia do Norte há um ano, precisa de mais ajuda do que os outros. Ele não está acostu-
mado a enviar deveres de casa pela internet.

Enquanto isso, Junseong, o caçula da família, é repreendido por assistir ao YouTube em seu tablet.

Dois dias depois, Kim diz que os meninos se estabeleceram em sua nova rotina sob seu olhar atento.

Oito dos filhos de Kim desertaram sozinhos ou com irmãos e não têm outros laços familiares no sul.
Existem várias razões para apenas crianças deixarem a Coreia do Norte. Muitas delas vivem apenas
com seus avós, idosos demais para acompanhá-las. Outras têm pais que são separados e não po-
dem se organizar para que toda a família conclua a difícil jornada.

"Eles mandam o filho para a Coreia do Sul para tentar uma vida melhor. Mesmo filhos pequenos —
eses escapam levados nas costas do atravessador", explica Kim.

Segundo o Ministério da Unificação, havia 33.658 desertores norte-coreanos no sul em março deste
ano, dos quais cerca de 15% tinham 19 anos ou menos.

E a partir de 2017, o governo informou que 96 crianças chegaram ao sul sem os pais, segundo notí-
cias veiculadas pela imprensa.

O Ministério da Unificação é um órgão do governo sul-coreano encarregado de preparar uma futura


reunificação entre as duas Coreias, separadas desde a Guerra da Coreia, entre 1950 e 1953. Entre
suas atribuições, estão cuidar dos processos de admissão de desertores norte-coreanos e assentá-
los no país.

Kim nunca imaginou que se tornaria o 'pai adotivo' dos meninos.

Kim (de pé, no meio) adotou dez meninos — Foto: Kim Tae-Hoon

Babá Permanente

Quinze anos atrás, Kim trabalhava no setor editorial. Nas horas vagas, atuava como voluntário na Ha-
nawon, uma instalação de reassentamento administrada pelo governo em Seul, onde todos os deser-
tores norte-coreanos vivem por três meses e fazem um curso para prepará-los à integração na socie-
dade sul-coreana.

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ATUALIDADES

Ali, Kim conheceu um menino chamado Ha-Ryong, que havia acabado de deixar o centro com sua
mãe. Ela conseguiu um emprego, mas trabalhava longe de casa e tinha que deixar o filho sozinho.

Ha-Ryong tinha dez anos na época e perguntou a Kim se ele poderia ser seu cuidador (babá), um pa-
pel que acabou assumindo permanentemente.

Quem não gostou disso foram os pais de Kim, que desaprovaram essa interação e cortaram todos os
laços com ele por vários anos.

Ele passou, então, a acolher mais crianças norte-coreanas, uma após a outra. O menino que viveu
com Kim por mais tempo é Cheol-gwang.

Cheol-gwang chegou ao sul na véspera do Natal de 2012, com apenas 11 anos. Cheol-gwang e a
irmã tentaram inicialmente fugir com a mãe, mas foram pegos pelos guardas e detidos. Ele foi liber-
tado sozinho e sua irmã, três meses depois. Mas sua mãe nunca reapareceu.

Eventualmente, Cheol-gwang e sua irmã conseguiram escapar para o sul.

À medida que sua família crescia, Kim se registrou no Ministério da Saúde e Bem-Estar da Coreia do
Sul para formar o que é conhecido como "casa do grupo" — a menor forma de instituição no país que
pode oferecer a crianças sem pais ou responsáveis um ambiente familiar alternativo.

"Mas meus filhos veem (isso) aqui como uma casa verdadeira, não um abrigo", diz Kim.

Com relação aos pais de Kim, eles finalmente aceitaram sua decisão e agora são seus mais fervoro-
sos defensores, tratando os meninos como netos adotivos.

Compras E Lavar Roupas

Geum-seong admite que teve medo de Kim no início. "Quando o vi pela primeira vez, pensei que era
um cara mau. Porque um homem com uma barriga grande na Coreia do Norte geralmente é um ofi-
cial de alto escalão", diz ele timidamente, com seu ainda forte sotaque norte-coreano.

Kim diz que a logística é desafiadora, mas ele mesmo faz todas as tarefas.

"A parte mais difícil é fazer compras. Enquanto estão crescendo, comem como cavalos. Carrego meu
carrinho com grandes quantidades de comida, mas é frustrante porque tudo acabará em apenas um
dia", diz ele.

A comida é armazenada em seis geladeiras. Duas máquinas de lavar roupa funcionam sem parar to-
dos os dias. Kim precisa aspirar a casa constantemente.

Duas máquinas de lavar não param de funcionar todos os dias — Foto: Kim Tae-Hoon

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ATUALIDADES

Mas ele diz que não pede ajuda aos meninos, argumentando que o mais importante é que eles este-
jam bem alimentados.

"Não peço a eles outra coisa senão ter um bom comportamento... Foi assim que fui criado por meus
pais."

É tanto trabalho que Kim não consegue manter um emprego regular, mas recebe alguns benefícios
governamentais e ajuda corporativa.

Ele diz que não se sente à vontade para receber doações e, recentemente, abriu um pequeno café na
tentativa de obter alguma independência econômica.

Mas não são apenas os desafios financeiros que Kim e sua família adotiva precisam superar.

Preconceito

Existe um forte preconceito contra os desertores norte-coreanos no sul.

No início, Kim teve que mudar de casa com bastante regularidade como resultado do aumento do alu-
guel ou da necessidade de espaço extra, pois continuava a receber cada vez mais meninos. Ele diz
que sempre que fazia isso, era recebido com olhares tortos por seus novos vizinhos.

"Sempre que nos mudávamos, os vizinhos de alguma forma descobriam ... Alguns até me enviaram
uma mensagem para me avisar que os desertores deveriam ser mais discretos."

'Espião norte-coreano'

Em uma ocasião, a casa de Kim foi visitada pela polícia. Um colega de escola de um dos filhos adoti-
vos de Kim alegou que o menino era um espião da Coreia do Norte.

"Quando os sul-coreanos ouvem que alguém é da Coreia do Norte, tendem a menosprezá-los, e al-
guns até mostram hostilidade. É muito triste porque meus filhos ainda são adolescentes. Eles não de-
vem ser vistos pelo prisma político", diz Kim.

De fato, como resultado disso, muitos jovens desertores norte-coreanos acabam abandonando a es-
cola.

"Não estou dizendo que as escolas alternativas são ruins. Mas não precisamos disso, porque posso
dar total suporte a meus filhos em casa. Acredito que ter amigos (sul-coreanos) e criar memórias em
escolas regulares será um grande trunfo para essas crianças", diz ele.

Há sete anos, um dos meninos, Jin-beom, decidiu concorrer à presidência do grêmio estudantil.

Seu professor ligou para Kim para dizer que estava preocupado. O docente acreditava que a experi-
ência poderia ser traumática para o menino. Kim disse que Jin-beom ficaria ainda mais magoado se
soubesse que seu professor havia feito o telefonema.

Mais tarde, Jin-beom foi o mais votado por seus colegas de classe.

Projetos familiares

Kim e sua família em viagem recente — Foto: Kim Tae-Hoon

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ATUALIDADES

Todos os anos, a família escolhe um projeto para fazer junta. Às vezes, é uma exposição de arte, às
vezes um musical. Mais recentemente, foi um livro de viagens mostrando fotos que os meninos ha-
viam tirado da Coreia do Sul.

"Meus meninos disseram que estavam curiosos sobre duas coisas antes de entrar na sociedade core-
ana", diz Kim.

"Uma era a aparência da Coreia do Sul... e a outra era "e se os sul-coreanos não gostarem de
mim?"", conta Kim. "Então, decidimos documentar a paisagem sul-coreana enquanto viajávamos".

Pinturas feitas pelos meninas retratando Coreia do Norte — Foto: Kim Tae-Hoon

A ideia é doar cópias do livro para crianças em Hanawon para ajudá-las a perder o medo do desco-
nhecido.

Os filhos adotivos de Kim estão animados com o futuro na Coreia do Sul. Eles pretendem seguir car-
reiras diversas, como ilustração de quadrinhos, arquitetura e atletismo.

Ha-Ryong, a primeira das crianças que Kim adotou, já não mora mais com a família. Ele está em seu
último ano de sociologia na universidade.

Não importa o que acontecer no futuro, Kim diz que as portas de sua casa sempre estarão abertas.

11. Olimpíadas 2020

As Olimpíadas de Tóquio 2020, no Japão, serão realizadas de 23 de julho a 8 de agosto de 2021.


Elas foram adiadas em um ano por causa da pandemia do coronavírus Covid-19. A 32ª edição das
Olimpíadas é a primeira da Era Modera a ser adiada - outras três foram canceladas por guerras.
Apesar do adiamento para 2021, o nome dos Jogos Olímpicos de Verão continuará como Tóquio
2020. As Olimpíadas contarão com 33 modalidades esportivas, com a expectativa de participação de
mais de 11 mil atletas, os quais representarão mais de 204 países.

Cidade-Sede

O COI realizou um processo de seleção para escolha da cidade-sede das Olimpíadas de 2020
por dois anos. Em 15 de fevereiro de 2012, Madri, Istambul, Baku, Tóquio e Doha tornaram-se cida-
des postulantes a serem sede dos Jogos Olímpicos. Em seguida, Tóquio, Madri e Istambul foram defi-
nidas como as três finalistas a irem para a eleição.

A escolha de Tóquio como cidade-sede das Olimpíadas foi feita em 7 de setembro de 2013, durante a
125ª Sessão do Comitê Olímpico Internacional, em Buenos Aires. A votação final elegeu a capital do
Japão como anfitriã dos Jogos Olímpicos com 62% dos votos.

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ATUALIDADES

Presidente do COI, Jacques Rogge, anuncia Tóquio como sede dos Jogos Olímpicos de 2020. (Cré-
ditos: Reprodução COI / Olympic.org)

Tóquio foi anunciada oficialmente como sede das Olimpíadas de 2020 na cerimônia de encerramento
dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, data em que começou a contagem regressiva para
a 32ª edição da competição. A estimativa orçamentária oficial do Comitê Olímpico de Tóquio foi
de 12,6 bilhões de dólares para a realização dos jogos. Além desse valor, o governo anunciou o in-
vestimento de 7,5 bilhões de dólares.

A estrutura dos Jogos Olímpicos conta com 43 locais, sendo 25 já existentes e que passam por adap-
tação para as competições, 10 temporários e 8 novas construções. Algumas modalidades serão dis-
putadas em lugares que foram construídos para as Olimpíadas de 1964 e permanecem em atividade,
como é o caso do Estádio Olímpico, do Nippon Budokan e do Ginásio Nacional de Yoyog.

O Estádio Nacional de Tóquio, ou Estádio Olímpico, passa por uma grande reforma para receber a
abertura e o encerramento dos Jogos Olímpicos, além das modalidades de atletismo e partidas de
futebol. O novo estádio terá capacidade para 68 mil pessoas, ao custo de cerca de 1,5 bilhão de dóla-
res.

Estádio Olímpico é a principal construção dos Jogos de 2020. (Crédito: Reprodução)

Quem pretende ir às Olimpíadas precisa estar atento para a cidade em que será sediada a competi-
ção escolhida, já que Tóquio dividirá a programação com outras cidades. As partidas de futebol, por
exemplo, serão disputadas em várias cidades do Japão, como Miyagi, Saitama, Yokohama, Fukus-
hima e Sapporo.

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ATUALIDADES

Esportes E Modalidades

As Olimpíadas de Tóquio de 2020 contarão com 33 esportes a serem disputados por mais de 11 mil
atletas. Algumas modalidades esportivas têm diferentes categorias de competição, como os esportes
aquáticos e o atletismo.

→ Novidades

Alguns esportes foram incluídos ao hall de competições das Olimpíadas: surf, escalada, skate e bei-
sebol/softbol. Dentro de modalidades esportivas já existentes nos jogos, houve o acréscimo das cate-
gorias de basquete 3x3 e BMX Freestyle (bicicleta).

Outra novidade dessa edição dos Jogos Olímpicos é o aumento da participação feminina. Foram cria-
das categorias mistas para as competições de revezamento 4x400 metros e 4x100 metros em estilo
livre nas piscinas, assim como equipes mistas de triatlo, judô, tiro com arco e tênis de mesa.

→ Paralimpíadas

As Paralimpíadas são os Jogos Olímpicos voltados para atletas com deficiência física ou cognitiva,
conhecidos como paratletas. A edição de Tóquio dos Jogos Paralímpicos seria realizada de 24 de
agosto a 5 de setembro de 2021, mas também foi adiada para 2021. A Paraolimpíada de Tóquio con-
tará com 22 modalidades esportivas.

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Os Jogos Paralímpicos de Tóquio contarão com dois novos esportes em suas modalidades de com-
petição: Badminton e Taekwondo.

Emblema E Mascote

As Olimpíadas Tóquio 2020 têm um emblema inspirado no “ichimatsu moyo”, formas quadriculadas
características do período Edo (1603-1867), trazendo a predominância do azul índigo para represen-
tar o que a organização das Olimpíadas chama de “expressão da elegância e sofisticação do Japão”.

O emblema de Tóquio 2020 é constituído de três formas retangulares, que representam diferentes
países e culturas. A mensagem escolhida para a 32ª edição das Olimpíadas é “unidade na diversi-
dade”, atribuindo ao esporte a função de celebrar as diferenças.

Emblemas das Olimpíadas e Paralimpíadas representam os diferentes países da competição. (Crédi-


tos: Reprodução Comitê de Organização das Olimpíadas Tóquio 2020)

A mascote das Olimpíadas de Tóquio também segue a cartela de cores e formas do emblema e foi
nomeada de Miraitowa, nome formado pelas palavras japonesas Mirai (futuro) e Towa (eternidade),
que representa o desejo de um futuro cheio de esperança nos corações de todas as pessoas do
mundo.

Miraitowa é o mascote das Olimpíadas, e Someity é o símbolo das Paralimpíadas.


(Créditos: Reprodução Comitê de Organização das Olimpíadas Tóquio 2020)

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Já a mascote das Paralimpíadas de Tóquio é Someity, criatura inspirada nas tradicionais flores de ce-
rejeira do Japão e que tem um incrível poder mental e força física, simbolizando a superação de obs-
táculos dos paratletas. Seu nome é baseado na junção de Someiyoshino (espécie de flor de cerejeira)
com o termo “so might” (é possível, em adaptação ao português).

Medalhas

A premiação das Olimpíadas é constituída de medalhas destinadas aos três primeiros lugares em
cada competição ou torneio, sendo o pódio formado pelos medalhistas de ouro, prata e bronze.

O ranking do quadro de medalhas é definido pela quantidade de medalhas de ouro, seguidas pelas
de prata e, por último, de bronze. Por exemplo, um país com 5 medalhas de prata e 8 de bronze clas-
sifica-se atrás de um país com 2 medalhas de ouro. Estados Unidos e China devem disputar o pri-
meiro lugar no ranking geral.

→ Sustentabilidade

Para as Olimpíadas de Tóquio, o projeto de sustentabilidade da competição utilizará lixo eletrônico


(material coletado de celulares e outros produtos) para a fabricação da parte interior das mais de 5
mil medalhas que serão distribuídas aos atletas. As medalhas também terão 0,048 grama de
ouro, 0,26 grama de prata e 12 gramas de cobre, e os esportistas que conquistarem o primeiro lugar
terão suas medalhas banhadas com cerca de 6 gramas de ouro.

Voluntários

Uma forma de acompanhar as Olimpíadas de Tóquio de perto é atuando como voluntário. São espe-
rados mais de 80 mil voluntários a serem convocados pelo Comitê Organizador, além de mais de 30
mil que serão solicitados pelo governo local.

As funções dos voluntários variam conforme a origem da sua convocação (pelo Comitê ou pelo Go-
verno). Confira:

 Voluntários do Governo: atendimento ao turista, suporte ao site de transmissão das Olimpíadas, ori-
entações de transporte e alojamento.

 Voluntários do Comitê: atendimento ao público, suporte aos jornalistas, suporte às equipes durante
os jogos.

→ Como ser voluntário?

As inscrições para voluntários das Olimpíadas de Tóquio, por meio do Comitê, foram realizadas de
setembro a dezembro de 2018. Puderam se candidatar pessoas com 18 anos completos até 2020,
com nacionalidade japonesa ou visto de residência no Japão para o período dos jogos.

O voluntário não recebe remuneração, apenas alimentação e pagamento das despesas com trans-
porte, ficando o restante a cargo de quem se voluntariou. As demais oportunidades de voluntariado
serão preenchidas por convocação do governo de Tóquio, estimando-se o preenchimento de mais de
30 mil postos.

Quanto custa ir para as Olimpíadas de Tóquio?

Ir para as Olimpíadas envolve uma série de gastos e requer pesquisa para evitar surpresas que pos-
sam estourar o orçamento. Confira alguns valores que envolvem a ida para Tóquio.

 Ingressos

Cada país tem uma empresa oficial responsável pela venda autorizada de ingressos das Olimpíadas
de 2020. No Brasil, as vendas estão previstas para a segunda quinzena de julho, e os 25 mil ingres-
sos iniciais serão vendidos. Para evitar imprevistos, procure somente empresas autorizadas para ven-
das e assistência ao turista.

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Os valores informados pelo Comitê Organizador de Tóquio são referentes aos ingressos destinados
aos residentes no Japão, para os quais os tíquetes já estão sendo vendidos. Apesar da diferença no
preço final, é possível programar-se pelos preços informados pela organização. Veja:

1. Cerimônia de Abertura e Encerramento: variam de Y 12.000 ienes (R$ 420) a Y 300.000 ienes (R$
10.500)

2. Competições: variam de Y 2.500 ienes (R$ 87) a Y 130.000 (R$ 4.550), sendo mais da metade
dos ingressos de Y 8.000 ienes (R$ 280)

 Passagens

Fatores como local de partida, companhia aérea e até a data da compra da passagem influenciam no
valor dos bilhetes aéreos e, conforme as Olimpíadas aproximam-se, a tendência é que os preços fi-
quem mais altos. Além da pesquisa pelas companhias aéreas, ferramentas como o Google
Flights são úteis para a comparação de valores. Para se ter uma ideia, um voo de ida saindo de São
Paulo e o de volta também desembarcando na capital paulista variam de R$ 4 mil a R$ 6 mil (os mais
baratos). A viagem não é direta e pode contar com uma ou mais paradas, ultrapassando 28 horas de
voo.

Outro fator importante é saber se será necessário pegar ônibus ou outro transporte para assistir aos
jogos, já que algumas competições serão realizadas fora de Tóquio, acrescentando o valor da loco-
moção até o destino escolhido.

 Hospedagem

Outro gasto para quem vai para as Olimpíadas é a hospedagem. Pessoas que vão em grupos podem
economizar se optarem por apartamentos, os quais variam de R$ 290 a R$ 800 por dia (sendo o valor
mais baixo para duas pessoas e os mais altos para até oito).

Hotéis possuem um custo mais alto se comparados aos hostels e apartamentos, mas são uma boa
opção para quem prefere contar com serviço de quarto e alguns diferenciais.

 Transporte

O transporte público de Tóquio funciona muito bem, por isso é uma boa opção para o turista. O Ticket
All-Day Tokyo Metro, que permite usar o metrô durante todo o dia, custa cerca de R$ 21 e, caso
seja Tokyo Metro + Toei Subway, que inclui ônibus, o valor sobe para R$ 34. Já o bilhete indivi-
dual sai por R$ 9,50 para andar até 27 km, enquanto de 28 km a 40 km o preço sobe para e R$
10,60.

 Alimentação

Os gastos com alimentação variam muito de pessoa para pessoa, mas é possível fazer as três princi-
pais refeições com os seguintes valores:

1. Café da manhã: R$ 17 a R$ 30

2. Almoço: R$ 27 a R$ 73

3. Jantar: R$ 35 a R$ 105

Comer nos locais dos jogos costuma sair mais caro, já que a organização restringe o comércio dentro
dos locais de competições somente às empresas conveniadas. No entanto, lojas de conveniência são
boas opções para quem busca um petisco ou bebida enquanto passeia pela cidade.

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Os grandes problemas mundiais da atualidade

Crescimento demográfico rápido: Mesmo considerando que a taxa de fecundidade das mulheres está
diminuindo nos países desenvolvidos, o crescimento demográfico aliado ao desenvolvimento tecnoló-
gico acelera a pressão sobre os sistemas e recursos naturais, e em geral traz como consequência
mais impactos ambientais, devido ao aumento na produção industrial e nos padrões de consumo.

Urbanização acelerada: além do rápido crescimento demográfico, a aglomeração de população em


áreas urbanas está gerando grandes centros com 15 milhões de habitantes ou mais. Esses centros
de alta densidade populacional demandam maiores recursos, energia e infraestrutura, além de cria-
rem problemas complexos de caráter ambiental, econômicos e principalmente sociais.

Desmatamento: a taxa anual de desmatamento das florestas, especialmente das tropicais, ocasiona
diversos problemas como erosão, diminuição da produtividade dos solos, perda de biodiversidade,
assoreamento de corpos hídricos, etc.

Poluição marinha: a poluição marinha está se agravando cada vez mais devido a: descargas de esgo-
tos domésticos e industriais por meio de emissários submarinos, desastres ecológicos de grandes
proporções, como naufrágio de petroleiros, acúmulo de metais pesados no sedimento marinho nas
regiões costeiras e estuários, perda de biodiversidade (exemplo: espécies frágeis de corais), poluição
térmica de efluentes de usinas nucleares e etc.

Poluição do ar e do solo: ocasionada principalmente pelas indústrias, agroindústria e automóveis, por


meio de emissões atmosféricas das indústrias, disposição inadequada de resíduos sólidos (exemplo:
lixões) e de resíduos industriais que causam poluição do solo, acúmulo de aerossóis na atmosfera
proveniente da poluição veicular e industrial, contaminação do solo por pesticidas e herbicidas, etc.

Poluição e eutrofização de águas interiores - rios, lagos e represas: a poluição orgânica proveniente
dos centros urbanos e atividades agropecuárias gera uma variedade de efeitos sobre os recursos hí-
dricos continentais, os quais são fundamentais para o abastecimento público das populações. Essa
pressão resulta na deterioração da qualidade da água, causada pelo fenômeno da eutrofização, acú-
mulo de metais pesados no sedimento, alterações no estoque pesqueiro e geralmente inviabiliza al-
guns dos usos múltiplos dos recursos hídricos.

Perda da diversidade genética: o desmatamento e outros problemas ambientais acarretam perda de


biodiversidade, ou seja, extinção de espécies e perda da variabilidade da flora e da fauna. A biodiver-
sidade e seus recursos genéticos são fundamentais para futuros desenvolvimentos tecnológicos.
Efeitos de grandes obras civis: a construção de obras civis de grande porte, como represas de usinas
hidrelétricas, portos e canais, gera impactos consideráveis e difíceis de mensurar sobre sistemas aqu-
áticos e terrestres.

Alteração global do clima: o aumento da concentração dos gases estufa na troposfera terrestre (pri-
meira camada da atmosfera) e de partículas de poluentes está causando um fenômeno conhecido
como aquecimento global, que é o aumento da temperatura do planeta, devido à maior retenção da
radiação infravermelha térmica na atmosfera. Cada grau Celsius de aumento da temperatura terrestre
irá trazer consequências diferentes, e estas são acumulativas, segundo o 2º relatório do Painel Inter-
governamental de Mudanças Climáticas (IPCC) apenas 1º C a mais já é suficiente para derreter as
geleiras de topos de montanha do mundo todo, comprometendo os abastecimentos locais de água, e
se o aumento chegar a 4º C estima-se que até 3,2 bilhões de pessoas poderão sofrer com a falta d'á-
gua e que a subida do nível do mar irá ameaçar a existência de cidades costeiras em todo o mundo.
As previsões de aquecimento para o fim deste século estimam entre 1,8º C e 4º C a mais na média
da temperatura mundial.

Aumento progressivo das necessidades energéticas e suas consequências ambientais: o aumento da


demanda energética devido ao crescimento populacional, urbanização e crescente desenvolvimento
tecnológico geram a necessidade da construção de novas usinas hidrelétricas e termelétricas, gran-
des e pequenas usinas nucleares, etc. E quanto maior a utilização de combustíveis fósseis (termelé-
tricas, carvão mineral) mais gases de efeito estufa são lançados na atmosfera. Outros tipos de matri-
zes energéticas como hidrelétricas e usinas nucleares possuem impactos ambientais associados a
sua construção e operação (exemplo: falta de tratamento para os resíduos nucleares).

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Produção de alimentos e agricultura: A agricultura de alta produção é uma grande consumidora de


energia, de pesticidas e de fertilizantes. A expansão das fronteiras agrícolas aumenta as taxas de
desmatamento e perda de biodiversidade.

Falta de saneamento básico: principalmente nos países subdesenvolvidos, a falta de saneamento bá-
sico é um problema crucial devido às inter-relações entre doenças de veiculação hídrica, distribuição
de vetores e expectativa de vida adulta e taxa de mortalidade infantil. E também pela poluição orgâ-
nica gerada pelo aporte de esgotos domésticos e drenagem pluvial em corpos d'água devido à falta
de infraestrutura adequada e a lançamentos irregulares.

Os cinco maiores problemas ambientais do mundo

1. Poluição do ar e mudanças climáticas

O problema: a atmosfera e os oceanos estão sobrecarregados de carbono. O CO2 atmosférico ab-


sorve e reemite radiação infravermelha, o que faz com que o ar, os solos e as águas superficiais dos
oceanos fiquem mais quentes –em princípio, isso é bom: o planeta estaria congelado se isso não
acontecesse.

Mas há muito carbono no ar. A queima de combustíveis fósseis, o desmatamento para a agricultura e
as atividades industriais aumentaram as concentrações atmosféricas de CO2 de 280 partes por mi-
lhão (ppm), há 200 anos, para cerca de 400 ppm. Isso é um aumento sem precedentes, tanto em es-
cala quanto em velocidade. O resultado: perturbações climáticas.

O excesso de carbono é apenas uma forma de poluição do ar causada pela queima de carvão, petró-
leo, gás e lenha. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou recentemente que uma em cada
nove mortes em 2012 está relacionada com doenças causadas por agentes cancerígenos e outros
venenos presentes no ar.

Vida nos oceanos sofre com a pesca predatória, a poluição e o aquecimento das águas por causa
das alterações climática.

Soluções: substituir os combustíveis fósseis por energia renovável; reflorestamento; reduzir as emis-
sões originadas pela agricultura; alterar processos industriais.

A boa notícia é que a energia limpa é abundante – ela só precisa ser estimulada. Muitos afirmam que
um futuro com 100% de energia renovável é possível com a tecnologia já existente.

Mas há uma má notícia: embora a infraestrutura de energia renovável – painéis solares, turbinas eóli-
cas e sistemas de armazenamento e distribuição de energia – esteja se tornando cada vez mais co-
mum, barata e mais eficiente, especialistas dizem que essas tecnologias não estão sendo utilizadas
no ritmo necessário para evitar uma ruptura climática catastrófica. Dificuldades políticas e financeiras
ainda precisam ser superadas.

2. Desmatamento

O problema: florestas ricas em espécies estão sendo destruídas, especialmente nos trópicos, para
muitas vezes abrir espaço para a criação de gado, plantações de soja ou de óleo de palma, ou para
outras monoculturas agrícolas.

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Cerca de 30% da área terrestre do planeta é coberta por florestas – isso é cerca de metade do que
existia antes de o início da agricultura, 11 mil anos atrás. Cerca de 7,3 milhões de hectares de flo-
resta são destruídos a cada ano, principalmente nos trópicos. Florestas tropicais costumavam cobrir
cerca de 15% da área terrestre do planeta. Atualmente elas cobrem de 6% a 7%. Grande parte do
que sobrou foi degradado pela derrubada de árvores ou queimadas.

As florestas naturais não atuam apenas como reservas da biodiversidade, eles também são reserva-
tórios, que mantêm o carbono fora da atmosfera e dos oceanos.

A destruição de florestas tem impacto sobre a biodiversidade e o clima

Soluções: conservar o que resta das florestas naturais e recuperar as áreas degradadas com o re-
plantio de espécies arbóreas nativas. Isso exige um governo forte – só que muitos países tropicais
ainda estão em desenvolvimento, têm populações crescentes, carecem de um Estado de Direito e so-
frem com nepotismo generalizado e corrupção quando se trata do uso da terra.

3. Extinção de espécies

O problema: em terra, animais selvagens estão sendo caçados até a extinção para a obtenção de
carne, marfim ou para a produção de produtos "medicinais". No mar, grandes barcos de pesca indus-
trial, equipados com redes de arrastão ou de cerco, estão dizimando populações inteiras de peixes. A
perda e a destruição de habitat também é um fator importante para a onda de extinção – algo sem
precedentes se for considerado que ela está sendo causada por uma única espécie: os humanos. A
Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) de espécies ameaça-
das continua a crescer.

Espécies não apenas têm o direito de existir, elas também fornecem produtos e "serviços" essenciais
para a sobrevivência humana. Um exemplo são as abelhas e seu trabalho de polinização, necessário
para o cultivo de alimentos.

Rinocerontes são mortos por causa do chifre, que algumas pessoas acreditam erroneamente ter pro-
priedades medicinais.

Soluções: ssforços conjuntos devem ser feitos para evitar a diminuição da biodiversidade. Proteger e
recuperar habitats é apenas um lado da questão – combater a caça e a pesca ilegais e o comércio de
vidas selvagens é outro. Isso deve ser feito em parceria com populações locais, para que a conserva-
ção da vida selvagem seja do seu interesse, tanto social como econômico.

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4. Degradação do solo

Problema: a exploração excessiva das pastagens, as monoculturas, a erosão, a compactação do


solo, a exposição excessiva a poluentes, a conversão de terras – a lista de maneiras como os solos
estão sendo danificados é longa. Cerca de 12 milhões de hectares de terras agrícolas são degrada-
dos seriamente todos os anos, de acordo com estimativas da ONU.

Terraços como estes na China retêm água e podem ajudar paisagens degradadas a se regenerar.

Soluções: há uma vasta gama de técnicas de conservação e restauração do solo, como plantio direto,
rotação de culturas e a construção de "terraços" para controle da erosão pluvial. Considerando que a
segurança alimentar depende da manutenção dos solos em boas condições, é provável que este de-
safio seja solucionado no longo prazo. Ainda é uma questão em aberto, porém, se isso vai benefi-
ciar igualmente todas as pessoas ao redor do globo.

5. Superpopulação

O problema: a população humana continua a crescer rapidamente em todo o mundo. A humanidade


começou o século 20 com 1,6 bilhão de pessoas. Hoje são cerca de 7,5 bilhões. Estimativas indicam
que a população mundial crescerá para quase 10 bilhões até 2050. A combinação de crescimento po-
pulacional com ascensão social está pressionando cada vez mais os recursos naturais essenciais,
como a água. Grande parte desse crescimento está ocorrendo no continente africano e no sul e leste
da Ásia.

O empoderamento das mulheres africanas e asiáticas é essencial para a sustentabilidade global.

Soluções: a experiência tem mostrado que quando as mulheres têm o poder de controlar a sua pró-
pria reprodução e ganhamr acesso à educação e a serviços sociais básicos, o número médio de nas-
cimentos por mulher cai significativamente.

Se forem feitos corretamente, sistemas de assistência podem tirar mulheres da pobreza extrema,
mesmo em países onde a atuação do Estado permanece, permanece deficiente.

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