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Produção de espécies reativas do oxigênio no exercício aeróbio e anaeróbio

A atividade física intensa e com elevado nível de exaustão aumenta a formação de


espécies reativas de oxigênio. Para prevenir ou reduzir os efeitos causados pelo
estresse oxidativo gerado pelo exercício intenso, o organismo está equipado com
diversos mecanismos de defesa antioxidante9.

A prática de exercícios físicos aeróbios associa a danos celulares acarretadas pela a


produção de radicais livres, no qual é destacado lesão da membrana celular, representada pelo
aumento no extravasamento da enzima citosólica creatina quinase (CK) para oplasma
durante o esforço.

Estudos envolvendo esforços físicos atéexaustão têm relatado aumento significativo


nasconcentrações de CK plasmática imediatamente apósexercício em esteira (~137%)10 em
ratos, e três(~74%), 24 (~219%) e 48 h (~129%) após testeincremental até a exaustão,
seguido por 15 min decorrida a 110% do limiar anaeróbio individual,previamente
determinado, em humanos11

.O estresse celular, indicado pelasconcentrações plasmáticas de CK, pode


provocardanos, atraindo células inflamatórias. Nesse sentido,pesquisas têm verificado
aumento plasmático deneutrófilos imediatamente após teste em esteira atéa exaustão11,12,
bem como após corrida de maratona(~360%)13.Entretanto, as quantidades de
H2O2produzidas por células inflamatórias são insuficientespara induzirem uma destruição
adequada. Contudo,os neutrófilos contêm em seus grânulos azurófilos aenzima
mieloperoxidase (MPO) que, na presença deíon cloreto (Cl–), converte H2O2 em ácido
hipocloroso(HOCl), que também induz lesão oxidativa, facilitandoassim a destruição14.
Entretanto, poucos estudos têmanalisado a resposta dessa enzima ao exercício
físicopredominantemente aeróbio.

O aumento das concentrações plasmáticas deCK pode ser utilizado, também, como indicador
deestresse durante protocolos de esforçospredominantemente anaeróbios. Contudo,
esseaumento parece apresentar uma cinética dependentedas características do esforço
precedente, tornando-se mais evidente de dois a quatro dias após exercícioexcêntrico8,28,29.
Vale ressaltar que estudos queempregaram medidas, imediatas ou tardias, de
CKapresentam resultados conflitantes.Um dos fatores que pode conduzir aorompimento
da membrana é o processo deperoxidação lipídica. Nesse sentido, McBride et
al.30encontraram aumento de MDA plasmático seis e 24h após a execução de três séries de 10
repetições,em oito exercícios contra-resistência executados emforma de circuito, com
intervalos de dois minutos naprimeira série, um minuto e meio na segunda e umminuto na
terceira, caracterizando o protocolo comode alta intensidade. Contudo, um aumento de
MDA,imediatamente após o encerramento dos exercícios,foi verificado no grupo que recebeu
suplementaçãocom 1.200 UI de vitamina E, durante duas semanas,com os valores, depois de
24 e 48 h, sendoconsiderados semelhantes àqueles encontrados noperíodo pré-exercício

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