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Fermentação láctea no desporto

A fermentação láctea pode verificar-se em algumas bactérias, plantas e, em certas


alturas, nas células musculares de animais, como o ser humano quando faz algum esforço físico.
Nesta fermentação, produz-se ácido láctico, uma molécula orgânica com três átomos de
carbono.
Este processo anaeróbico ocorre em momentos em que o nosso corpo é submetido a
algum tipo de esforço físico onde existe baixa oxigenação muscular, sendo a obtenção de
energia pela anaerobiose uma alternativa na obtenção de mais energia.

 Processo fermentativo:
A fermentação láctica tem como principal objetivo produzir uma energia extra, dando se
assim a fermentação. Esta começa por desdobrar a lactose (açúcar do leite) em glicose
(C6H12O6) por ação enzimática que ocorre fora das células bacterianas.
Por sua vez o monossacarídeo entra nas células onde ocorre a fermentação. O processo
continua com a glicólise, comum em todos os tipos de fermentação e na respiração aeróbia, que
ocorre no citoplasma da célula resume se na oxidação parcial de uma molécula de glicose e a
sua conversão em acido pirúvico. O procedimento começa por fosforilar a glicose onde se
consome ATP, posteriormente esta é desdobrada em duas trioses- fase de ativação. Na fase de
rendimento as trioses sofrem reações de oxidação-redução e dá se a transferência de iões de H +
que irão reduzir o NAD+ formando NADH. O balanço energético da glicólise é de 2 ATP,
porque outras duas já foram gastas na fase de ativação.
Em continuação do processo catabólico, cada ácido pirúvico em reação com as
moléculas de NADH, dão origem a duas moléculas de ácido lático, restituindo as enzimas e
libertando mais 6 moléculas de ATP para o funcionamento celular.
Naturalmente, por meio do mecanismo aeróbio, são produzidas 38 moléculas de ATP.
Contudo, por meio do mecanismo anaeróbio, o balanço energético é de apenas 08 moléculas de
ATP.

 Fermentação láctea no desporto:


A desvantagem anaeróbia em relação à aeróbia, não consiste apenas na quantidade de ATP,
mas aos efeitos fisiológicos causados. Em decorrer de períodos extensos de atividade
fermentativa (exercícios físicos prolongados), as células musculares passam a conter uma
concentração muito elevada de ácido lático, prejudicando o funcionamento da célula.
 Alterações provocadas pelo ácido lático:

O acumular de acido lático em excesso, nas condições em que a velocidade de sua produção
supera a de sua eliminação pode causar:
Dor e fadiga muscular;
Cãibras;
Recuperação lenta;
Porém o ácido lático pode passar da fibra muscular para a corrente sanguínea o que provoca
alterações no equilíbrio ácido-base e com a sua acumulação pode acidificar o sangue para
valores fora do normal. Esta acidificação provoca um conjunto de sinais e de sintomas, como,
por exemplo:

Queda da pressão arterial


Náuseas
Vómitos
Incontinência de esfíncteres com perdas involuntárias de urina ou fezes

Parte do treino dos atletas de alta competição de modalidades com elevada produção de
ácido lático passa pelo aumento da tolerância física e psíquica aos seus efeitos nocivos.

 Eliminação do ácido lático do organismo


Quando o esforço intenso termina, encerra-se a produção de ácido lático, sendo esse
processo passivo de eliminação demasiado lento. No entanto, existe um tipo de fibras
musculares que reutiliza o ácido lático para o reconverter em ácido pirúvico e assim
disponibilizar substrato para a produção de energia e este é o processo ativo mais eficiente e
eficaz de eliminação do ácido lático após a realização de esforços intensos.

Trabalho de Biologia realizado por:


29/09/2022

Fábio Esteves nº05

Ricardo Monteiro nº15

Xavier Videira nº19

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