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AULA 07 – BIONERGÉTICA APLICADA AO EXERCÍCIO FÍSICO

O objetivo é potencializar o desempenho físico a partir da relação que a


bioenergética tem com o corpo humano.
A maior parte dos substratos energéticos são os minerais.
“A capacidade de se exercitar é determinada pela capacidade de extrair energia
dos macronutrientes contidos nos alimentos...”. Com isso, o sucesso no esporte
depende da produção de energia.
A melhora do débito cardíaco irá influenciar, diretamente, na melhora da
produção energética.
Vale lembrar que o corpo não produz, nem consome, energia. O que acontece é
uma utilização da energia endógena, que entra por meio da dieta.
Reações exergônicas: liberação de energia, a caráter de exemplo tem-se a
glicólise; onde uma molécula de glicose (6C) transforma-se em Piruvato (3C),
fazendo com que haja liberação de ATP (energia, ou seja, uma reação
exergônica).
A energia proveniente da alimentação NÃO vai diretamente para as células, há
um intermediário (ATP) que a recebe e, aí sim, a transfere para o tecido que
necessita de energia.
O suprimento de ATP ocorre por diversas vias metabólicas, justamente para
manter a oferta ininterrupta. Qualquer alteração na concentração de ATP pode
ativar ou inibir a produção desta molécula de energia; quando há um excesso de
ATP, por exemplo, há um aviso para o Ciclo de Krebs reduzir a sua atividade –
isso ocorre no consumo excessivo de carboidrato e é o início da via metabólica
da síntese dos Ácidos Graxos.
A extração de energia (ATP) é o que limita a performance.
PRODUÇÃO DE ENERGIA NO MÚSCULO
3 vias principais de ressíntese de ATP na célula muscular:
1) Via Anaeróbica Alática
Ressíntese – Ação da Creatina Fosfato
ATP > ADP + Pi + E
ADP + CP > ATP + C + E
Sem O2 e sem produção de ácido lático
2) Via Anaeróbica Lática ou Glicolítica
Ressíntese – Decomposição da glicose em Piruvato
Glicose > ATP + Piruvato
3) Via Oxidativa ou Aeróbica
Ressíntese – Oxidação do glicogênio do fígado e ácidos graxos do tecido
adiposo
AG, Glicose + O2 > ATP + CO2
VIA ATP-CP
O corpo humano é capaz de sintetizar creatina (arginina, glicina, metionina), 95%
desse nutriente está concentrada no músculo. Essa creatina armazenada no
músculo serve como uma fonte de energia para ressintetizar ATP.
A diferença de produção de ATP entre a creatina e a glicose é justamente o
tempo de produção! A creatina é mais rápida, uma vez que no próprio citosol da
célula, ela pode reagir como uma molécula de ADP e produzir energia – sem
precisar de oxigênio. No entanto, essa energia tem um rendimento de cerca de
10s.
Adenilato quinase: ADP + ADP > ATP + AMP (depois é degradado e forma
amônia)
O excesso de AMP estimula a sensação de fadiga, porque há um uso excessivo
de energia. Mas por que isso acontece? Porque usar ADP para fazer ATP, por
meio da adenilato quinase, indica que o corpo está sem energia.

VIA GLICOLÍTICA
Principal fonte de energia, onde se consegue por meio da glicólise. Também a é
a via energética das fibras do tipo II (fibras brancas, com maior quantidade de
glicogênio, fibras rápidas).
Porém, é uma via de degradação incompleta! A oxidação da glicose gera CO2 e
Água. O substrato da glicose é usada para fosforilar o ADP em ATP.

A formação de lactato (na 6ª etapa da glicólise) faz com que a glicólise continue
a acontecer. Diante disso, pode-se dizer que o lactato é um indicador de que a
via metabólica não está conseguindo produzir a energia suficiente e assim
acontecerá a fadiga.
O limiar anaeróbico é a intensidade máxima que o corpo consegue extrair
energia das vias oxidativas, após esse limite o corpo mobiliza a Via Anaeróbica
Lática.
PESQUISAR SOBRE O CICLO DE CORI

OXIDAÇÃO CELULAR
A oxidação consiste em retirar os elétrons de uma molécula para que seja
metabolizada e haja a produção de energia (ATP). No entanto, na mesma
medida que uma molécula perde elétron, outra ganha, fazendo com que NAD e
FAD carreguem esses elétrons para a Cadeia Transportadora. No final de todo
o processo, o elétron é passado para o Oxigênio (aceptor) – combinando-se com
o hidrogênio, formando a água.
A via aeróbica de produção de energia produz menos energia, porém se mantém
por um longo período. A via anaeróbica produz muita energia, no entanto
rapidamente se esgota.

Qual a relação dessas vias com a fadiga?


Fadiga é o conjunto de manifestações produzidas por trabalho ou exercício
prolongado, que tem como consequência redução ou prejuízo na capacidade
funcional de manter ou continuar o rendimento esperado. É um sinalizador de
que a intensidade de treinamento previamente tolerada deve ser reduzida.
A fadiga não é sinônimo de falta de energia! O que acontece é que há um
aumento na concentração de H+, Amônia e Fósforo Inorgânico dentro do tecido
muscular, fazendo com que haja uma inibição da liberação de Cálcio e com isso
uma alteração na ligação actina-miosina.
De forma geral, a fadiga é vista como um mecanismo de proteção à vida de forma
que minimize o risco de lesão ou morte celular do músculo.

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