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-SISTEMA AERÓBICO
O exercício é uma atividade ativa, portanto, demanda muita energia. A quantidade de ATP
de reserva que se tem no organismo é muito pequena: só é capaz de ser utilizada em
contrações que duram, no máximo, 3 segundos. Então, o organismo desenvolveu, ao longo
dos milênios, acapacidade de ressintetizar o ATP.
O fosfato (P) e a creatina (Cr) voltam a unir-se para formar PCr. Isso se aplica também
ao ATP: ADP mais P voltam a formar ATP. Como a PCr tem mais energia livre da
hidrólise que o ATP, sua hidrólise (catalisada pela enzima creatinoquinase – 4 a 6%
na membrana mitocondrial externa, 3 a 5% no sarcômero e 90% no citosol) aciona a
fosforilação do ADP para ATP. As células armazenam aproximadamente 4 a 6 vezes
mais PCr que ATP.
➢
via anaeróbica lática
-Exercícios intensos - 1 a 2 m. ex: corridas 200, 400 ou 1.000 m rasos, natação 100; 200 m;
corridas intermitentes “arrancadas”;
-Fontes de glicose – circulação e glicogênio muscular
Lactato é um marcador desta via e pode ser mensurado para análise do limiar de lactato ou
indiretamente pelos limiares ventilatórios, que definem a intensidade do exercício (leve,
moderado ou intenso) e as zonas de treinamento.
Dessa maneira, a glicólise rápida continua fornecendo energia anaeróbica para a ressíntese
do ATP. Entretanto, essa via para a energia extra continua sendo temporária quando os
níveis sanguíneo e muscular de lactato aumentam, e a formação de ATP não
consegue acompanhar seu ritmo de utilização. O resultado final – a fadiga – instala-se de
imediato e reduz o desempenho nos exercícios. Em condições anaeróbicas, a maior acidez
intracelular medeia a fadiga, pela inativação de várias enzimas da transferência de energia
e pela deterioração das propriedades contráteis do músculo estriado esquelético.
Lactato: uma escória metabólica valiosa. O lactato não deve ser encarado como escória
metabólica – uma crença comum chamada mitologia do ácido láctico. Pelo contrário, é uma
fonte valiosa de energia química que se acumula com a atividade física intensa.Quando
oxigênio suficiente se torna disponível durante a recuperação ou quando o ritmo diminui,
NAD+ retira os hidrogênios ligados ao lactato para formar ATP por oxidação. Os
arcabouços de carbono das moléculas de piruvato são formados novamente a partir do
lactato durante a atividade (uma molécula de piruvato + dois hidrogênios formam uma
molécula de lactato) ou são oxidados a energia, ou são sintetizados para glicose
(gliconeogênese) no próprio músculo estriado esquelético ou no ciclo de Cori (FIGURA
6.12). O ciclo de Cori remove o lactato liberado pelos músculos ativos e o utiliza para
reabastecer as reservas de glicogênio depletadas pela atividade física intensa.
Na atividade física intensa (> 80% da capacidade aeróbica) com catabolismo elevado dos
carboidratos, o glicogênio nos tecidos inativos atende às necessidades do músculo estriado
esquelético ativo. A renovação (turnover) ativa do glicogênio através do reservatório
permutável do lactato progride à medida que os tecidos inativos lançam lactato na
circulação. O lactato proporciona um precursor para sintetizar carboidratos (através do ciclo
de Cori no fígado e nos rins) com a finalidade de preservar os níveis sanguíneos de glicose
e de atender às demandas energéticas do exercício concomitante
➢via aeróbica
Essa é a vida mais eficiente, porém complexa, para a produção de ATP, utilizando como
fonte o glicogênio muscular e ácidos graxos livres na mitocôndria celular.
A via glicolítica é inicialmente anaeróbica, e a medida que sistema respiratório e circulatório são
ativados e o suprimento de O2 aumenta → diminuição da glicólise anaeróbia
Resumo Glicólise aeróbica lenta: Piruvato produzido será convertido em acetil coenzima
A que entra no ciclo do ácido cítrico (ciclo de krebs) resultando na produção de NADH e
FADH2. Estas duas moléculas carreiam elétrons com alto potencial de energia e ocorrerá
tranferência de elétrons na cadeia respiratória (citocromo) com liberação de energia que
refosforila ADAP em ATP (fosforilação oxidativa). Principal via em repouso.
A liberação dos AGL pelo tecido adiposo e sua utilização subsequente para a obtenção de
energia na atividade física leve e moderada aumentam diretamente com o fluxo sanguíneo
através do tecido adiposo (um aumento de três vezes não é incomum) e do músculo ativo.
O catabolismo dos AGL aumenta principalmente nas fibras musculares de contração lenta,
cujo abundante suprimento sanguíneo e suas mitocôndrias grandes e numerosas as tornam
apropriadas para o fracionamento das gorduras.
Efeitos hormonais
Ácidos graxos
A molécula de ácido graxo transforma-se em acetil-CoA na mitocôndria durante a
betaoxidação (β). Isso envolve a separação sucessiva de fragmentos acil com dois
carbonos da cadeia longa do ácido graxo. O ATP funciona na fosforilação das reações,
observa-se o acréscimo de água, os hidrogênios são transferidos para NAD+ e FAD, e o
fragmento acil combina-se com a coenzima A para formar acetil-CoA. A oxidação β
proporciona a mesma unidade acetil gerada pelo catabolismo da glicose. A oxidação β
continua até que toda a molécula de ácido graxo tenha sido degradada em acetil-CoA, que
penetrará diretamente no ciclo do ácido cítrico. Os hidrogênios liberados durante o
catabolismo dos ácidos graxos são oxidados através da cadeia respiratória. Observe que o
fracionamento dos ácidos graxos está relacionado diretamente com o consumo de oxigênio.
O oxigênio deverá se combinar com o hidrogênio para que a oxidação β possa prosseguir.
Em condições anaeróbicas, o hidrogênio continua com NAD+ e FAD, bloqueando, assim, o
catabolismo das gorduras.
PAREI EM
Transferência total de energia a partir do catabolismo das gorduras
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Os 3 sistemas são solicitados na maioria das atividades. O que muda é sua contribuição
relativa.
1. Repouso: Durante repouso 2/3 dos nutrientes utilizados para a ressíntese de ATP provém
da gordura e o 1/3 restante pelos carboidratos, as proteínas possuem contribuição muito
pequena. Entre os processos, o aeróbio é o predominante, isto porque nossos sistemas de
captação e transporte de oxigênio (sistema cardiorrespiratório) são capazes de fornecer a
cada célula oxigênio suficiente. Apesar da predominância do metabolismo aeróbio, há
presença de ácido lático na corrente sanguínea, porém suas concentrações não são
capazes de induzir fadiga, pois a remoção deste ácido e proporcional a sua produção.
Exercício de curta duração: São exercícios realizados em curtos períodos de tempo, mas
que exigem esforços máximos. Estes exercícios incluem: 100, 200, 400 e 800m ou qualquer
exercício que o tempo só possa ser mantido por 2 ou 3 minutos. O processo predominante
é o anaeróbio e o principal nutriente é a glicose. A gordura e proteínas são participantes,
mas sua participação negligenciava. Os níveis de CP chegarão a valores muito baixos e
continuarão baixos até o encerramento do exercício. Mas, após o término, cerca de 70% de
todo a CP utilizada será reposta em 30 segundo e 100% em cerca de 3 minutos. Com o
predomínio do processo anaeróbio, ocorre acúmulo de ácido lático. Para que possa
continuar o exercício, haverá necessidade de diminuir a intensidade do mesmo ou até pará-
lo. O nível de ácido lático no sangue é um importante indicador de qual processo
predominante durante o exercício
Exercícios prolongados: São exercícios que podem ser realizados por longos períodos de
tempo, mas com uma intensidade baixa, com predomínio do metabolismo aeróbio sobre os
demais. Os nutrientes utilizados são glicose, gordura e proteínas e seu predomínio
dependerá da intensidade e duração da atividade física. Quanto maior for à duração do
esforço maior será o consumo de lipídios como fonte de energia (AGLs). Vale ressaltar que
o maior consumo de AGLs promove poupança de glicogênio muscular. Mas, caso os
estoques de glicogênio muscular estejam reduzidos no inicio do exercício físico, não será
possível o consumo de AGL como fonte de energia e assim ocorrerá fadiga muscular. Há
produção de ácido lático, porém não ocorrerá o seu acúmulo, pois sua remoção será
diretamente proporcional a produção