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NÃO CARIOSAS E
HIPERSENSIBILIDADE
DENTINÁRIA: PROTOCOLOS
REABILITADORES E
ESTÉTICOS
Paulo Vinícius Soares
Lívia Fávaro Zeola
Pedro Henrique Rezende Spini
Alexandre Coelho Machado
Fabrícia Araújo Pereira
Analice Giovani Pereira
Bruno Rodrigues Reis
INTRODUÇÃO
As lesões cervicais não cariosas (LCNCs) e a hipersensibilidade dentinária (HD) acometem a
maioria dos pacientes. Elas possuem fatores etiológicos comuns e, na grande maioria das
vezes, os protocolos de tratamento abordam a remoção da dor como tratamento principal.
No entanto, o controle dos fatores causadores é fundamental para o sucesso das restaurações
e para o uso de agentes dessensibilizantes.
Este artigo abordará os conceitos, morfologias e protocolos de tratamento das LCNCs, assim
como elucidará seus principais fatores etiológicos e a relação com a HD provocada pela
exposição de dentina na região cervical. Serão discutidos três casos clínicos que apresentam
diferentes fatores causadores e acometem diversas regiões na cavidade oral. É importante
relatar que o sucesso de restaurações adesivas de Classe V relacionadas com as LCNC dependem,
fundamentalmente, do controle dos agentes causadores e os materiais restauradores poliméricos,
OBJETIVOS
Após a leitura deste artigo, o leitor poderá:
reconhecer as principais características e os principais fatores etiológicos das LCNCs e
da HD;
estabelecer um protocolo integrado e favorável para o tratamento da LCNC e da HD;
destacar os materiais restauradores e os agentes dessensibilizantes que podem cola-
borar com o tratamento de acordo com seu mecanismo de ação.
ESQUEMA CONCEITUAL
As características clínicas das LCNCs estão descritas na literatura há algumas décadas, po-
rém, diversos fatores associados a sua etiologia, a sua morfologia, aos seus mecanismos de
progressão e aos protocolos de tratamento ainda são motivos de pesquisas e de discussão,
pois a literatura atual destaca que a formação das LCNCs depende de uma associação de
fatores. 2,3
Dessa forma, a característica multifatorial faz com que essas lesões formadas sejam definidas,
na literatura, por diferentes terminologias, tais como abfração, defeitos em forma de cunha,
lesões cervicais induzidas por tensão e lesões erosivas. Na classificação de Black, esse tipo de
perda de estrutura na região cervical denomina-se cavidade de Classe V.
O entendimento das LCNCs desperta grande interesse por parte dos profissionais, pois, a
partir do momento em que apresentam exposição de dentina, são gerados problemas bucais
consideráveis, como HD.11
A HD pode acometer até 30% dos pacientes, gerando uma dor aguda, curta e provocada.
Deve-se ressaltar que, para o surgimento da HD, a dentina exposta deve ser estimulada por
meio de eventos térmicos, físicos e químicos, como:
secagem ou desidratação;
atrito;
vibração;
alimentos frios ou quentes;
variações de pressão osmótica.
Caso o paciente possua dentina exposta na cavidade oral, seja ela supra ou subgen-
gival, qualquer evento que estimule esta dentina pode provocar HD de intensidade
variada. Exemplos desses fatores são:
alteração de temperatura produzida por líquido gelado, por alimentos com
elevada concentração de substâncias salinas, ácidas ou açucaradas;
atrito das cerdas de escovas dentais e abrasivos da pasta dental;
o uso da seringa tríplice para secar um dente com dentina exposta,
O princípio das fraturas do esmalte cervical e a abfração têm sido considerados há décadas,
mas novas tecnologias têm demonstrado que outros eventos e fatores podem ser tão ou
mais importantes para a formação das lesões e, principalmente, para a progressão dessas
lesões em dentina.
Nas Figuras de 1 a 3, pode-se observar o resultado de alguns trabalhos realizados pelo Grupo
de Pesquisa LCNC da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Uberlândia/MG
(FO/UFU) empregando o método de elementos finitos, que é um método de simulações
computacionais biomecânicas.
Devido a seu caráter multifatorial, as LCNCs podem afetar dentes anteriores e posteriores,
podendo adquirir diversas morfologias. Michael e colaboradores17 descrevam, em seu estudo,
diferentes morfologias de LCNCs em dentes anteriores, baseados em uma amostra de 1.500
dentes com indicação de extração (Figura 4):
lesão rasa: lesão com perda igual ou menor a 0,5mm, porém com altura e largura de
até 1mm. Foram descritos dois tipos de lesões rasas;
lesão côncava: lesão com formato côncavo que possui profundidade acima de 0,5mm.
A lesão côncava não possui ângulo interno bem definido, e sim arredondado;
lesão em forma de cunha: lesão com ângulo interno bem definido;
lesão em forma entalhada: lesão com um pequeno comprimento ápico-coronal (0,5 a
1mm) em relação ao comprimento mesiodistal (4 a 6mm);
lesão irregular: lesão de duplo fundo que não pode ser caracterizada como nenhuma
das outras morfologias citadas. Foram descritos três tipos de lesões irregulares.
Morfologias comuns de
LCNC em dentes posteriores
A tábua óssea vestibular mais delgada é mais suscetível à reabsorção, esta resultante tanto
das cargas excêntricas da mastigação quanto da fricção. Isso leva à exposição da junção
cemento/esmalte, onde o cemento é mais delgado e rapidamente desgasta. Uma vez expos-
ta ao meio bucal, a região cervical desprotegida (dentina e esmalte) passa a sofrer toda sorte
de estímulos físicos, mecânicos e químicos, favorecendo o desenvolvimento da lesão.
Como alternativas restauradoras, têm sido propostas técnicas adesivas diretas re-
presentadas pelos compósitos resinosos, por causa da capacidade de adesão às
estruturas dentais e de mimetizar mecanicamente a dentina,18,19 reforçando a re-
gião cervical enfraquecida.
Nesse caso, podem-se empregar os compósitos resinosos de baixa viscosidade como resinas
micro ou nano-híbridas, resinas fluidas (flowable composite) e ionômeros modificados por
resina. Esses materiais apresentam resistência mecânica ao desgaste e adesão às estruturas
dentais, sendo indicados para a reconstrução de LCNC de diferentes profundidades e morfo-
logias.
No entanto, existem situações clínicas com HD que não apresentam espaço suficiente para a
inserção de restaurações de resina, como, por exemplo, pequenas exposições de dentina
subgengivais, recessão gengival, terapias periodontais cirúrgicas. Nesses casos, está indicado
o uso de produtos tópicos conhecido como agentes dessensibilizantes. Os agentes dessensi-
bilizantes são divididos em três grupos:
agentes obliteradores – aqueles produtos que atuam no vedamento dos túbulos
dentinários;
agentes de ação neural – produtos que atuam diretamente nas terminações nervosas
da dentina exposta;
agentes de ação mista – que atuam simultaneamente nas terminações nervosas e na
obliteração dos túbulos.
Após adequação do meio oral, a triagem e os exames clínicos completos foram realizados
(ver Figuras 6 e 7). Nesta primeira etapa, foram listados os prováveis fatores etiológicos
e colaboradores na formação e na evolução da LCNC. Eliminar tais fatores faz parte do
tratamento reabilitador.
A fase seguinte foi a restauração estética da Classe V, ilustrada no dente 14, com resina
composta nano-híbrida, que será descrita a seguir. O dente a ser restaurado apresentou
sensibilidade moderada, provocada com jato de ar direto da seringa tríplice, e não
apresentou facetas de desgaste na face oclusal.
No aspecto inicial pôde-se observar uma LCNC de média profundidade, com aproxima-
damente 2,5mm de extensão cérvico-oclusal, 4,2mm de largura (mesiodistal) e 2mm
de profundidade. Após o controle dos principais fatores etiológicos detectados previa-
mente, foi planejada uma restauração em resina composta, com tecnologia nano-híbrida,
que permite qualidade de polimento superficial, devido à quantidade significativa de
partículas nanométricas.
A tomada de cor foi realizada com escala de cor específica da resina. Como a região
cervical é rica em dentina e possui fina camada de esmalte, o matiz é fundamental
nesta região e há pouca influência da translucidez do esmalte. Isso significa que não há
etapas de caracterização, como acontece nas restaurações tipo Classe IV, por exemplo.
Foi realizada profilaxia prévia da cavidade com pasta de pedra pomes + clorexidina 2%,
seguida de lavagem com jatos de água abundantes. Pelo fato de o término da LCNC
A próxima etapa foi reduzir o ângulo da parede oclusal da LCNC, criando um bisel com
ponta diamantada troncocônica #3070 (Figura 9), que possui a função de mascarar a
interface adesiva, auxiliando no resultado estético da restauração.22
Por outro lado, a literatura apresenta dados favoráveis para adesão em dentina com
sistemas adesivos convencionais (que necessitam de condicionamento prévio com áci-
do fosfórico) e autocondicionantes (que dispensam o ácido fosfórico).
Para secar o esmalte, a dentina foi protegida com algodão úmido. Com o uso de um
microaplicador (brush), o sistema adesivo autocondicionante foi aplicado sobre a dentina,
com camada única. Depois de 30 segundos, removeram-se os excessos com o próprio
microaplicador seco (Figuras 11 e 12).
Figura 14 – Esquema ilustrativo da nomenclatura das paredes da LCNC Classe V e posição dos incre-
mentos de resina composta.
Fonte:Acervo do Ambulatório de Atendimento de Pacientes com Lesões Cervicais Não Cariosas e Hipersensibilidade
Dentinária (FO/UFU).
O terceiro incremento de resina composta foi inserido na parede oclusal da LCNC, com
uma espátula plana e fina, sendo acomodado contra o bisel (Figura 17). Observa-se,
neste momento, que a profundidade da LCNC foi reduzida. Após a fotoativação por 20
segundos, foi inserido o quarto e último incremento, o frontal, colocado com espátula
flexível e acomodado em toda extensão vestibular da cavidade de Classe V (Figura 18).
Figura 24 – Aspecto inicial. Observa-se a exposi- Figura 25 – Vista lateral da exposição de dentina.
ção de dentina com HD nos dentes anteriores in- Não há formação de LCNC em cunha ou côncava
feriores. que permita a inserção de materiais restauradores.
Fonte: Acervo do Ambulatório de Atendimento de Pa- Fonte: Acervo do Ambulatório de Atendimento de Pa-
cientes com Lesões Cervicais Não Cariosas e Hipersensi- cientes com Lesões Cervicais Não Cariosas e Hipersensi-
bilidade Dentinária (FO/UFU). bilidade Dentinária (FO/UFU).
Provavelmente, a etiologia deste caso são as sequelas da saliva ácida provocada por
refluxos noturnos, escovação traumática e hábitos de “apertamento dental” durante o
dia (dados colhidos na triagem do Ambulatório). A paciente era colaboradora, apresenta-
va higienização bucal satisfatória e saúde periodontal.
Figura 26 – Espalhamento com brush grande de Figura 27 – Brush de tamanho médio atuando
nitrato de potássio 6%, após profilaxia da região na região cervical com leve fricção.
e remoção dos fatores etiológicos. Fonte: Acervo do Ambulatório de Atendimento de Pa-
Fonte: Acervo do Ambulatório de Atendimento de Pa- cientes com Lesões Cervicais Não Cariosas e Hipersensibi-
cientes com Lesões Cervicais Não Cariosas e Hipersensibi- lidade Dentinária (FO/UFU).
lidade Dentinária (FO/UFU).
O paciente relata ter HD principalmente quando ingere líquidos gelados e quando es-
cova os dentes. Empregou-se a EVA para quantificar subjetivamente o grau da sensibi-
lidade. Como no caso clínico 2, neste, a HD foi provocada com sonda exploradora e
com jatos de ar aplicados na dentina exposta, por dois segundos. Nessa primeira ses-
são, ele apresentou HD de grau 10.
Após adequação do meio bucal, os exames clínicos completos foram realizados. Nessa
primeira etapa, detectar e controlar todos os possíveis agentes etiológicos das lesões
faz parte do tratamento reabilitador. Não se registrou a ocorrência de dieta ácida nem
a existência de interferências oclusais consideráveis em MIH ou nos movimentos de
guia anterior.
O tratamento proposto foi elaborado em cinco sessões, sendo três delas de aplicação
de fluoreto de potássio 2% e duas sessões de aplicação de fosfato de cálcio
nanoestruturado. Nas três primeiras sessões, os agentes à base de fluoreto de potássio
2% foram aplicados com microaplicador, friccionado por 120 segundos e se aguardando
mais 5 minutos antes da remoção dos excessos (Figura 33).
Figura 34 – Na quarta e na quinta sessões, apli- Figura 35 – Fricção do fosfato de cálcio por 60
cou-se fosfato de cálcio nanoestruturado friccio- segundos com ponta de silicone.
nado aplicado e espalhado com brush médio. Fonte: Acervo do Ambulatório de Atendimento de Pa-
Fonte: Acervo do Ambulatório de Atendimento de Pa- cientes com Lesões Cervicais Não Cariosas e Hipersensibi-
cientes com Lesões Cervicais Não Cariosas e Hipersensibi- lidade Dentinária (FO/UFU).
lidade Dentinária (FO/UFU).
O atrito pode ser realizado, sempre que possível, com discos ou com pontas de silicone
para acabamento, montados em contra-ângulo, em baixa rotação. Taças de borracha
também podem ser empregadas. O fosfato de cálcio nanoestruturado também possui
potássio na sua composição.
6. Somente a resina composta pode ser usada como material restaurador de LCNC?
CONCLUSÃO
As LCNC apresentam etiologia multi-fatorial e a HD depende de exposição de dentina sensível
que pode ser provocada também por diversos fatores, portanto, os protocolos reabilitadores
da LCNC e HD são variáveis de acordo com os principais fatores causadores. Não se pode
esperar que apenas uma técnica restauradora, um tipo de material restaurador e um tipo de
agente dessensibilizante irão reabilitar ou tratar todos os casos clínicos.
Atividade 2
Resposta: B (3-1-2)
Atividade 3
Resposta: Sim, ela é importante para favorecer um processo de dessensibilização mais efetivo
e duradouro. Pode-se citar a associação de agentes a base de potássio (fluoreto de potássio
ou nitrato de potássio) + obliteradores (fosfato de cálcio, selantes autoadesivos, cloretos de
estrôncio).
Atividade 4
Resposta: O mecanismo de biocorrosão é fundamental para a formação e para a evolução
das LCNCs e da HD. A biocorrosão envolve a ação de ácidos intrínsecos e extrínsecos, capazes
de remover estruturas minerais da dentina e esmalte. Por outro lado, envolve também a ação
de enzimas que degrada a matriz orgânica da dentina, permitindo a evolução e a dor.
Atividade 5
Resposta: Sim, é fundamental detectar na dieta do paciente os alimentos e produtos ácidos
que são inseridos na cavidade oral e que podem colaborar com o envelhecimento precoce
das restaurações, com a formação e a evolução das LCNCs e da HD.
Atividade 6
Resposta: Não. Além das resinas compostas convencionais micro e nano-híbridas, pode-se
utilizar a resina composta flow, bulk-fill e cimentos ionoméricos modificados por resina.
Atividade 7
Resposta: Trabalhar incrementalmente com resinas compostas convencionais, observar a
qualidade do aparelho fotoativador, utilizar sistemas adesivos autocondicionantes para a
Atividade 8
Resposta: D
Comentário: A resina composta em LCNCs profundas deve ser inserida de forma incremental,
evitando unir paredes opostas.
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