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PN Ê
Título do original:
Précis de Géographie Econom
ique
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Presses Universitaires de France
BIBLIOTECA CENTRAL
Universidade de Sudoeste |
tória da Conquista-Bahia E
INTRODUÇÃO
1
ensaio racional de Geografia Econômica inicia, portanto, por uma con-
sideração sobre a distribuição da população do globo e pelo exame
das formas de produção e de consumo próprias aos diversos grupos
humanos, conforme a estrutura de sua economia. Não será possível a
distinção de grupos estanques, mas tornar-se-á necessário, ao contrário,
definir a natureza das relações existentes entre os grupos humanos.
Embora a produção agrícola seja, na ordem histórica, a muito
mais antiga, e no plano geográfico a mais largamente desenvolvida, a
chave dos mecanismos da economia contemporânea é fornecida pelo
conhecimento das formas e das condições do desenvolvimento da pro-
dução industrial: a primazia reverte-se ao estudo desta última.
A grande diversidade da produção agrícola, conforme seja ela
influenciada com maior ou menor intensidade pela. ação direta ou indi-
reta da economia industrial, situa-se em três planos sucessivos:
— em função das aptidões naturais às diferentes formas de espe-
culações vegetais ou animais, sobretudo em função das condições cli-
máticas;
— Pelo relacionamento com a r» epartição das diversas culturas
e das diferentes formas de pecuária;
— Em função dos diversos sistemas de produção.
Os intercâmbios internacionais exigem, por seu turno, duas
séries
de considerações: 1) volume, direção, modalidade das
trocas, de acordo
com as necessidades e os imperativos dos dive
rsos sistemas econômicos;
2) orga
Or, nização material de todas as formas de transporte e
missões. de trans-
a Á estatística é um meio de diagnosticar o
estado atual da produ-
ção, do consumo, da circulação dos pro
dutos brutos e elaborados.
Projetada sobre o planno histórico, ela
permite defini r as evoluções e
explicSerg iar, pelo conhecimento das
: Ê form as anteriores de produção e de
; 0 Cio, as situações econômicas atuais. Instrumento
a estatistica indispensável,
não deve ser considerada senão como
um instrumento.
PRIMEIRA PARTE
a
a,
das ou anuladas: um ambiente malárico pode ser corrigido pela
dre-
nagem ou pela destruição dos anófeles; a mediocridade de um solo
pode ser superada pelas correções, adubações, pela seleção das plantas
cultivadas e outros procedimentos. ,
Tudo será puramente virtual enquanto a população estiver
ausente. A presença humana tem uma importância e uma significação
de outra ordem, diferente da das condições de produção. Ela é essen-
cialmente diferente e decisiva. Manifesta-se porém, com uma inten-
sidade desigual, não somente de acordo com o número de habitantes
— considerado como força de produção ou como exigência de produ-
tos (consumo) —, mas também de acordo com a eficácia produtiva
da população, que se encontra subordinada à capacidade técnica, à
organização da produção, à qualidade e natureza das necessidades
regionais de consumo, às das necessidades exteriores projetadas sobre
a área geográfica considerada, etc. População, sistemas e técnicas de
produção são mais do que condições de produção: constituem os pró-
prios fatores da produção.
Os fatores de produção não são somente primordiais no tocante
às condições da mesma, nem se apresentam na mesma escala. A distri-
buição bruta da população é na verdade, sob certos aspectos, um fato
de geografia regional, na medida em que se a considera como uma
condição de produção (presença de consumidores constituindo um
mercado, existência de mão-de-obra), da mesma maneira que a repar-
tição das condições climáticas ou a dos recursos minerais, mas a
distribuição dos diversos sistemas econômicos e sociais, a das combi-
nações técnicas, entre regiões diversamente equipadas e diferentemente
providas de meios de produção, são fatos de geografia geral, que se
projetam no espaço numa escala planetária. A necessidade de defini-
rem-se previamente todos os fatores gerais requer o estudo global de
todos os dados concernentes à distribuição e à organização das cole-
tividades humanas.
ds SS E Ss o e
Ki
CAPÍTULO 1
OS HOMENS
se torna preciso
tados de uma série de conjunturas históricas. Também
niente, de um
qualificar esta situação relembrando que ela é prove
tas pelos
lado, do papel inibidor das relações que lhe foram impos a coloni-
países desenvolvidos, desde pelo menos há um século, como
zação ou subordinação econômica.
O crescimento da população do globo. Em um século, a po-
2.
Após o término
. pulação do globo aumentou de 2 bilhões de pessoas.
cinquenta
da I Guerra Mundial, ou seja, há apenas um pouco mais de
1.813 milhões para 3,5 bilhões de indivíduos.
anos, elevou-se ela de
o é,
O crescimento anual médio durante esse período de meio sécul
pois, da ordem de 30 milhões. Mas trata-se atualmente de um pro-
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da 2. Paíse
Eron s e raudinav
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Reini o Unid: o, Eire,
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Bélgica, Países Baixos, Luxe
m-
10
E
a
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sando todos os recordes, passou em cinqii
quenta anos de 91 milhõe
habitantes para mais de 230 milhões (aumento superior a ES),
A população muçulmana da Argélia aumentou aproxi do lar
nesse mesmo período. A população da Índia
100%
Ceilão e Paquistão) era de 318 milhões em 1921; hoje, ela é su ido
a 600 milhões (aumento aproximado de 100%). A dO tada a
China passou, no decorrer do mesmo período, de 440 milhões para
mais de 700 milhões (incluindo-se a população da ilha de Tai-Wan
Formosa), registrando-se aumento da ordem de 60%.
a O conjunto asiático aumentou sua população de 750 milhões de
indivíduos em cingiienta anos; a África, de mais de 100 milhões; a
América Latina, de aproximadamente 150, e os países menos evo-
luídos técnica e economicamente da Europa (Europa Central e Me-
diterrânea) de pelo menos 60 milhões, perfazendo um total geral
superior a 1 bilhão, enquanto que as nações econômica e socialmente
desenvolvidas ganhavam somente, neste mesmo período, um pouco
mais de 150 milhões de habitantes (Europa do Noroeste, Estados
Unidos e Canadá, União Soviética, Austrália e Nova Zelândia).
| A desproporção entre as diferentes massas de população estabe-
lecidas na superfície do globo encontra-se, portanto, em aumento
progressivo.
Modificação recente dos respectivos ritmos de crescimento. As relações
atualmente observáveis entre os ritmos de crescimento das diferentes coletivida-
des humanas são específicas do período contemporâneo. Até os fins do século
XIX, a Europa foi beneficiada por taxas de crescimento muito mais consideráveis.
O crescimento anual médio foi, por exemplo entre 1851 e 1920, de aproxima-
damente 9% na Bélgica, de 15 por mil na Alemanha, nos Países Baixos e na In-
glaterra, em uma época quando o crescimento da população indiana era inferior
a 10%... Assiste-se, aqui, a uma verdadeira reviravolta da situação, em bene-
fício do dinamismo demográfico dos países subdesenvolvidos. A Europa
Ocidental permaneceu até 1960 numa situação numérica das mais desfavoráveis,
sofrendo
com taxas de crescimento anual das mais baixas, e, por conseguinte,
enquanto que
uma perda sensível na importância quantitativa de sua população,
de cres-
os outros países de economia industrial avançada conservaram ritmos
tende a se uniformizar
cimento mais elevados. Desde há dez anos, a situação
ao ritmo da Europa.
previsíveis.
Os fatores demográficos do crescimento da população. Cálculos
da diferença entre
O crescimento global da população do mundo é conseqgiiência escala regional,
de óbitos e o de nascimentos (excedente natural). Na
o número
natural como a uma
pode esse crescimento ser devido tanto a um excedente
decorrer dos 50 anos que
contribuição de população alienígena (imigração). No
precedentes, as migrações
constituíram o período das observações numéricas
numéricas da população
de populações só tiveram influência sobre as variações
deslocamentos e trocas
dentro do limite bastante restrito de casos particulares de
território nacional, permutas
de população: reagrupamento dos alemães em seu con-
Estados Árabes. A
entre a União Indiana e o Paquistão, entre Israel e os
4
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15
po
1980
1950 Máxima Média Mínima !
Conjunto 2.454 3.990 3.628 3.295
América do Norte 168 240 223 207
aiseá Latina 162 337 312 280
Ft - 198 327 289 255
ren 1.320 2.227 2.011 1.816
ia 593 840 776 721
O 13 Ea 17,5 16,1
e————
21
Ano de idade
nascimento Perdas militares a
1867F da guerra
1877H de 1914-18
E, SEXO
1887 MASCULINO Emo
1897 orDeficit de rià guerra
ond aa a devido
de 1914-18
de 1914-18 (classes vazias)
1917 + (classes vazias)
impossível, geralmente,
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liz áveis, ta de prospecçã o, i
dos Tecurs ão, Isto
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prospecção nos países sub-
apenas uma aproximação grosseira. Os métodos
» de âmbito doméstica ionar nal riam
Derde : muito
seu de ar país
'aene ERRpara o outro ea
Sentido em regiões de economia
desenvolvidos é feita sob o impulso de interesses estrangeiros, tendo
como objetivo não o estabelecimento de um balanço do patrimônio
regional Ou nacional, mas O inventário dos recursos necessários às
economias externas, cuja explotação pode ser considerada rendosa.
Uma primeira insuficiência dos meios de produção nas formas
de economia subdesenvolvidas é, portanto, a própria fraqueza dos
todo um
meios de investigação das riquezas nacionais. Daí resulta
conjunto de carências: insuficiência de investimentos aplicados ao
equipamento nacional e à criação de uma indústria, tendo como con-
sequência a ausência de meios de produção de aparelhagem funda-
mental e de objetos de consumo e, por conseguinte, a redução das
disponibilidades de investimentos, O subequipamento e a sobrecarga
humana na economia agrícola. Esta somente obtém rendimentos muito
hu-
fracos e, embora absorvendo enormes quantidades de trabalho
mano, jamais consegue ocupar toda a população rural, uma parte da
de
qual se encontra reduzida à fome por falta de terra e, portanto,
trabalho. As populações que se acham enquadradas nesta situação
pro-
possuem níveis de vida extremamente baixos e, em geral, a seu
pósito, costuma-se falar de superpovoamento. Na realidade, trata-se
antes de um desperdício de energia humana não utilizada, ao mesmo
onde
tempo que um desperdício de vidas humanas (são estes os países
a mortalidade se conserva mais elevada; vide página 26).
setores de
A industrialização, abrindo ao mesmo tempo novos
agrícola,
produção e aumentando o rendimento da terra e do trabalho
terri-
cria outras formas de relações quantitativas e qualitativas entre e
de trabalho
tório e população e ocasiona, por outro lado, formas
vista quali-
condições de vida radicalmente diferentes. Sob o ponto de
os fenô-
tativo, um número idêntico da população não cobre os mesm
omia industrial e
menos humanos nem os mesmos problemas na econ
na economia subdesenvolvida.
do setor in-
Se, na fase inicial de industrialização, O surgimento
dustrial absorve grande quantidade de energia humana, mantida em
forças do
reserva pelo subemprego ou pelo emprego irracional das
trabalho em uma economia retardada, o posterior desenvolvimento
industrial e mesmo agrícola pode comportar uma redução de empregos,
em virtude do progresso técnico. Toda desarmonia entre produção €
aqueles que pos-
capacidade de aquisição dos consumidores — não r de aquisição —
suem necessidades a satisfazer, mas os que têm pode
lho.
pode ocasionar crises e rupturas de equilíbrio no mercado de traba
Uma economia industrial em país fracamente povoado pode parecer
suficiente na satisfação das necessidades da população mesmo rquando
a consideração do seu potencial de produção entre
à faz classifica
25
FIGURA 5 — Distribuição bruta da população no
Mndo. Um ponto corresponde a 5 milhões de habitantes.
os países subp ovoados: é o caso da economia dos Estados Uni dos,
que continuam ente deve se defender de crises ou recessões, não
que na verdade xa
Po-
dendo empregar à totalidade da sua E.
crescimento, mas dispõe e recursos inexplotados qo per
em efetivo
mitiriam assegurar um nível de vida mais conveniente à Várias outras
dezenas de milhões de homens. Chega-se, assim, a atingir a Noção da
organização da produção, da utilização da força de trabalho da huma.
nidade e da finalidade do conjunto.
Essas diferentes situações só podem ser interpretadas à luz do
conhecimento das diversas formas de organização econômica e social
atualmente em vigor no mundo, além: de uma revisão sumária das
condições nas quais se estabeleceram e se implantaram geografica-
mente esses diversos sistemas, no decorrer dos últimos 100 anos.
As noções de superpovoamento e subpovoamento. As noções de superpovoa-
mento podem ser definidas em relação às referências quantitativas estabelecidas
para uma determinada coletividade: maximum e minimum de povoamento. O
limite máximo de povoamento de uma dada região é um valor numérico
que
não poderá ser ultrapassado sem que disso resultem sérias perturbações. O índice
minimo é, pelo contrário, um limite abaixo do qual o efetivo humano não
poderia descer sem que o futuro do povoamento regional se visse prejudicado.
dé= namo
E minimo de povoamento é facilmente. definido através das suas duas formas
biológico, ou isolat, e de mínimo econômico. O primeiro é o número
Vcvos
queh O exc esso deabaixo
en
do qual uma coletividade fechada não pode descer sem
) dogamia oca
k sione a esteri açã
ção do grupo. O mínimo econ
mico é definido por um efetivo abaixo do liz
: qual a capacidade de nitra e
balho se
torna insufici
indispensáveis à coacar era e meio em que vive a coletivida de, os aqu
E ção do ; e uma resultan a
capacidad
do equipamen to e das técnicas. Erupo, sendo essa
dp, iram
;
“máximo.
Super
ão mínimo Compreende
vidade hUmana,
tu
todo
de ocupação de um território
o lnimo biológico parece
ado por um equipamento ma!
do C4Mento define-se
desse máxins Onsideração do «=? iNVersamen , como ultrapassagem
Os fatos quad TEMOS eepareo to coloca em “der ad próprio caráter
análico. +, ÀS críticas destes dois conceitos €
falar em superpopulação absoluta se se tornar
Teoricamente, é permitido
o limite máximo não
Jemonstrável, em certo$ casos, que uma vez ultrapassado ibuição dos recursos.
há mais possibilidade de se aumentar a produção ou a distr condições geo-
A demonstração desse fato implica numa análise minuciosa das
é concebível em
gráficas, históricas e políticas. O superpovoamento absoluto pode
ação não
meio isolado, cujos recursos não possam aumentar e cuja popul
para adiantamento
recorrer às de outro meio, nem para venda de serviços nem
de empréstimos. Deixando-se à parte as sociedades primitivas isoladas — como
(podendo ser igualmente invocado
certas populações de arquipélagos do Pacífico
sos
o caso da ilha de La Réunion) — sem que seja permitido afirmar que os recur
locais não são suscetíveis de serem aumentados, um tema de aplic ação e de
discussão da noção de superpovoamento absoluto, no âmbito dos grandes países,
é o caso do Japão. Com efeito, este país acha-se colocado, atualmente, devido
a circunstâncias que o deixam sem possibilidade de trocas com O continente,
em uma situação assemelhável a de superpovoamento absoluto; porque parece
impossível afirmar que os poucos recursos do arquipélago possam sustentar, nas
condições sociais atualmente adquiridas, uma população de 90 milhões de habi-
tantes, que em 30 anos chegará aos 100.000.000. Seria cabível utilizar, com
relação ao Japão, a fórmula de um superpovoamento absoluto circunstancial.
De fato, os casos de superpovoamento absoluto são excepcionais e circuns-
tanciais, pois uma modificação nas condições das ligações econômicas interna-
cionais repercute imediatamente sobre o sentido das relações entre recursos
e população. O exemplo dos países de fracos recursos econômicos nacionais,
que encontram auxílio nas atividades de base marítima, isto é, no empréstimo
de serviços e de força de trabalho a outros países, é bastante significativo a
esse respeito, quer se trate da Noruega ou da Grécia, e isto sem abordar as
situações muito mais complexas da Grã-Bretanha e do Japão. Também é o
caso dos países que oferecem seus serviços industriais, turísticos e financeiros.
A Suíça não daria a impressão de se encontrar em estado de superpovoamento
absoluto se fosse economicamente isolada e se a sua população se encontrasse
reduzida aos poucos recursos nacionais?
Torna-se, portanto, mais exato examinar o superpovoamento sob a sua
forma de superpovoamento relativo, que pode ser definido através de quatro
perspectivas analíticas:
1. Em relação ao espaço considerado — Uma modificação da escala esco-
lhida para a interpretação das atuais relações entre a população e os recursos
é suficiente para modificar os fatos. Java encontra-se, sem dúvida, em uma
situação próxima do superpovoamento, nas condições presentes de explotação de
seus recursos, mas não se pode afirmar a mesma coisa em relação à Indonésia.
2. Em relação aos recursos mobilizados, comparativamente aos recursos
mobilizáveis. Um país que se encontra presentemente sem condições de aumentar
sua população pode bruscamente encontrar-se no caso de subpovoamento, isto
é, incapaz de recrutar toda a mão-de-obra necessária, se uma antiga forma de
economia, que apenas utiliza parte do potencial produtivo, for substituída por
emprego de um setor mais vasto de recursos: colonização
outra em que se faz olas,
de novas zonas agríco criação de indústria etc. A Polônia, tendo sido até a
IH Guerra Mundial um país de emigração crônica, provocada pelo superpovoa-
mento rural, deve vigiar cuidadosamente a boa distribuição da sua mão-de-obra
a fim de levar a cabo as tarefas que se propôs, nas novas perspectivas de utili-
recado, Patrimônio nacional, O expediente principal utilizado para aliviar o
da Eranto das planícies chinesas é, no momento presente, a construção
do Tandes barragens que permitam aumentar a superfície cultivada e eliminar
Fiscos constantes de destruição das colheitas.
29
irremediavelmente superpovoado é p due O Progresso técni
já parou,a e qu e u não mais são possíveis quaisquer novos meios de desenvolvime
a promoçã o de novas matérias -primas ou fontes de ençs Tento?
da E nos capaz de remediar o superpovoamento da África do e Á
a muito & esperar da valorização dos seus recursos em Petróleo o
gás natural? dos lacã
4. Em relação à acessibilidade da popu ação G05 recursos produzidos, Um
país pode parecer superpovoado se uma parte mente dos recursos
produz é utilizada em benefício de uma A é uma população estran-
geiras. Reciprocamente, este país seria superpovoado se não
buição da produção provinda do exterior. No interior de umrecebesse à contri.
mesmo País, as
características do superpovoamento podem ser aplicadas apenas à Uma parcela
da população: população de uma região determinada, onde os Meios e as fontes
de produção são insuficientes para a sua sustentação, ou categorias sociais vítimas
de uma retirada de recursos em proveito de outras camadas sociais. As reformas
agrárias, particularmente, têm por finalidade deixar aos habitantes rurais o bene-
fício de seu trabalho, livrando-os da obrigação de ceder aos citadinos a metade,
pelo menos, de sua renda. A zona rural, superpovoada quando sua população
dispõe apenas de 50% das colheitas, assegura condições aceitáveis de vida, no
caso de todas as colheitas pertencerem às populações rurais.
Não iremos tratar, aqui, de uma interpretação bastante discutível do super-
povoamento relativo em zona de economia desenvolvida, segundo a qual o super-
povoamento é função do nível de vida adquirido. Torna-se bastante fácil demons-
trar que a renda nacional da França permitiria sustentar, nas atuais condições
de existência, mais de 200 milhões de indianos; mas tal gracejo, levando-s
e em
conta as conquistas econômicas e sociais de vários séculos, não poderia
ser
encarado com seriedade,
Em numerosos casos, a passagem de uma situação de superpovoamento
relativa para uma situação mais racional e justa do problema das relações entre
populações e recursos supõe profundas modificações das estruturas econômicas
é sociais,
até mesmo revoluções. Essa questão só pode ser claramente compreen
dida com o estudo dessas estruturas em si mesmas. -
O ótimo de pcvoamento,
pari 9 número de população correspondente às melhores condições de
a a Pg po em uma dada região geográfica, tendo como base à
um conceio “ia nível de vida médio convencional, tem, portanto, em si mesmo
ns produto não unicamente do nível técnico, mas também
e recursos em potencial à9, em cuja aplicação podem ser mobilizadas técnicas
30
CAPÍTULO II
lmente em vigor,
Dois grandes sistemas econômicos acham-se atua
o tão fundamental
no mundo: o capitalista e o socialista. Esta distinçã
prática econômicas,
quanto simples, sob o ponto de vista da teoria e da
rafia econômica do
não chega a fornecer uma imagem exata da geog
se partindo de bases
globo. Cada um desses sistemas desenvolveu- a sua
geográficas determinadas. Para fora de seus meios de origem,
leis de desenvolvimento
expansão geográfica faz-se de acordo com as
s variadas conforme
próprias a cada um deles, encontrando condiçõe entre ambos
diferenciações
as estruturas anteriormente existentes. As
repousam, portanto:
de cada um destes dois
1. sobre as leis de desenvolvimento
sistemas;
tação de cada um
2. sobre as condições históricas da implan
para fora do domínio
deles em seu domínio original e da expansão
de origem,
econômicas e sociais
3. sobre as modalidades de organização
anteriores e que imprimiram,
herdadas, em cada lugar, dos períodos
longo, uma feição original
por um espaço de tempo mais ou menos
o sistema atualmente aplicado
à economia da região, qualquer que seja
envolvimento dos diversos
e, como consegiiência, sobre O desigual des
nicas.
países em cada uma dessas duas séries orgâ
emas possibilita ressal-
O estudo histórico de cada um dos dois sist
tar essas três séries de fatores de diferenciação.
31
1 — Diversidade das formas de economia capitalista no mund
o
As atividades produtivas e a condição Social de ouco
2/3 da humanidade encontram-se subordinadas às formas Geno de
zação da economia capitalista. Entretanto, do total de mais Organ.
lhões de homens que vivem enquadrados nesse Sistema, 500 pa!
beneficiam-se das condições de país es técnica e economic TÕss
desenvolvidos, e mais de 1,5 bilhão sofrem
sis as ;condições de Sub ente
volvidos
. Trata-se, portanto, de definir sucessivamente as mn
produção dos países capitalistas desenvolvidos e as fo a
r m a s da
nomia capitalista em economia subdesenvolvida, o q ue lev e c o .
a Um
mais a colocar o problema das relações entre os Paises cap a vez
italistas
desenvolvidos e os subdesenvolvidos.
A organização capitalista é o produto da evolução econômic
a da
Europa Ocidental no decorrer dos dois últimos séculos, isto é, durante
o período das revoluções, políticas, sociais e técnicas
. Seu desenvol-
vimento é inseparável do intenso progresso das ciências
e das técnicas
e da ascensão de uma classe da sociedade que, sacudindo a
estrutura
social construída sobre a explotação agrícola, estabeleceu as bases
de sua riqueza e autoridade sobre a utilização dos novos meios de
produção. A economia capitalista dos países desenvolvidos não
pode
ser separada da estrutura social. Ela define-se, ao mesmo tempo
,
pelas formas de produção caracterizadas por aspectos técnicos, por
estruturas de empresa, relações financeiras e sociais. Essa dualidade
traduz-se, quando num plano puramente descritivo, de um lado, pela
marca das formas de produção na paisagem (a usin
a na região indus-
trial, os dispositivos dos transportes, a moderna agricultura) e, do
outro lado, pelas forma externas dos grupamentos e das relações
sociais (a cidade, a aldeia, o centro administrativo e comercial rural
a fazenda ou o povoado),
1, Princípios e processos de desenvolvime
nto da economia cor
talista. A economia capitalista fundamenta-se sobre o PS
livre concorrência e da ini ciativa individual. Repousa sobre à
dio
de empresas, tendo como fim o enriquecimento de seu e o
sobre a utilização de uma mão-de-obra
7. ma funda
acordo com assalariada, remuner )
a
dad 3
Em relação às f orma : n sy
à Originalidade da -“Cono s de de se nv ol vi me nt o
mia capitalista baseia-se econômico derância
ão industrial e da prestação de sernaviçPrep E o font?
do seto r da produç
os €
ap
nte
de lucros, sobre as demais formas de atividade econômica. A cresce
importância das trocas estimulou poderosamente as atividades e as
especulações comerciais e financeiras solidárias da produção industrial.
O desenvolvimento do consumo dos produtos agrícolas e as possibili-
seme-
dades de produções de maior rendimento amplificaram de modo
a
lhante os benefícios da economia agrícola. A introdução do sistem
capitalista de economia trouxe, portanto, encadeada na criação da
grande indústria, uma completa transformação dos outros setores
econômicos.
processo
O mercado em economia capitalista é dominado pelo
ização de
fundamental do sistema. O fim visado pela empresa é a real
io de bancos,
jucros que, por reinvestimentos diretos ou por interméd des-
a entre as
sejam cumulativos. Esses lucros resultam da diferenç
ção do capital
pesas e gastos relacionados com a explotação, a amortiza
os investimentos anuais para à renovação e
inicialmente investido,
do material de produção, energia, matérias-primas e
modernização
e o montante das vendas. A venda, porém, só se torna
salários, —
ia, por defi-
possível quando existe um poder aquisitivo que não poder
ao pessoal
nição, ser constituído pela massa dos salários distribuídos e
da empresa ou do setor interessado. A acumulação de lucros supõ
financeiro da
um constante apelo de fundos exteriores ao circuíto
vas acumuladas
empresa ou do setor de produção: retiradas nas reser
mais ou menos
ou sobre os lucros de outros setores que se acharem
lucros realizados
rapidamente fora de investimentos, recuperação dos
dos lucros pro-
em especulações comerciais fora do circuito principal,
s de crédito etc.
vindos das organizações de transporte, das operaçõe
as empresas é as
A acumulação de lucro é desigual, de acordo com
os maiores lucros
categorias de produção. As empresas que realizam as.
do mercado as mais fracas, eliminando ou absorvendo-n
afastam
cação da lei orgá-
A evolução histórica — tanto como à lógica na apli
número de empresas
nica do sistema — leva à progressiva redução do
nunca é interrom-
(concentração), embora a criação de novas empresas
pida.
tram-se muito aca-
Ao mesmo tempo, os mercados iniciais mos
mercado regional foi ultra-
nhados. Em algumas décadas, o estágio de
e O fim do século XIX,
passado. A economia capitalista européia, desd
nacionais e internacio-
é constituída por uma economia de mercados
s de superprodução. À
nais e tem registrado as primeiras crises dita de econômica
realiza-se, agora, num plano de rivalida
concorrência
entre nações, implicando em uma pressão crescente das influências
dos países.
econômicas sobre o organismo político do governo
33
amiços
alon
onômi ais alica
FIGURA 6 — Distribuição dos sistemas E Ea do p,a E
1,Países industriais de economia upa plates
tes. = 4, União Soviética. — 5. Repúblicas
-
Es:
à dá dois pr
ência traduziu-se por .
E o E men tendo a rivalidade ns e da
a o E tituído vastos mercados na Po ad
fluênc ia rn go mundo
nentes: a pa “as indust entreinici
riais,, que 1880almene te1900;surgias ramriva
io. no
entre economi mas que, à partir da 1 Grande Guerra M undiat
inente europeu , i ; - SUNdial,
és o problema das oportunidades das economias capitali stas
peer
cri ds
con seq uên cia s na atu al distribuição dos tipos de estrutura econômica,
é a das relações entre as economias européias entre si e com a pode-
rosa economia americana.
A crescente indústria européia acha-se inseparavelmente ligada
à uma política econômica expansionista. O liberalismo econômico
britânico só pode ser devidamente interpretado quando se considera
que à Inglaterra liberal, defendendo a tese da abertura dos mercados
ai internacional, até o terceiro quartel do século XIX
E E Por nenhuma nação que estivesse à sua altura. A
eeico do Eua Britânico serviu como exemplo à política eco-
política colonial E % que se industrializaram após a Inglaterra. “A
A Alemanha proc no da política industrial” (JULES FERRY).
(
politik), na Euro Ura e caminho para a sua expansão marítima Weli-
Próximo (Drang A ni (política do Mitteleuropa), no Oriente
sten) e na América do Sul.
O princípio f ,
Zação de um dad undamental das combinações imperiais é a organi-
gêneros al,seja
européias Vl xcompPla do,arSM que a função industrial das metrópoles
lement da Produção de maté
colo S AUMEn tício s, e do rias-primas e d
ê ola e paço” dineados, co ns
O mun um o aí
de produtos fabricados, nos P a
lôni dos aíses ind triais acha-se subdividido em dois set”
*Plsina de exploração imperialistas da Europa Ocidental e o das
mia é de Primeiras são sm Eaidnias de povoamento. a
a Estry
sua Tevolução
S de povoam ento autóctone, de econo-
soc | e Tetardadas, em relação aos países que fizeram
» Em
A
Mais
rárépievolução
da. Todavidas colônia
tados Os tãotã diferentes , não é ela
a * deunpovoamento
iforme, pois étemdiversa e, sobretudo,
à Austrália e a Dr O cond uz ido a resul-
os Estados Unidos, a União Sul-Africana,
No “"BU
al, comIndo umO exe
inim o9 dos
Primei roes gru
da poEurde
opa,paíspara
es evol
pio país umauiuecorapi
nomda-
ia
ada t ee SOS produção industri
al diferençada de
38 Sticultura caracterizada por uma fo
produtividade do trabalho e do capital investido, voltada para os
mercados internacionais. Esse grupo compreende, em primeiro lugar,
e ocupando uma posição excepcional, os Estados Unidos da América
do Norte; secundariamente, O Canadá, estreitamente ligado à econo-
mia dos Estados Unidos; depois, a Austrália, a Nova Zelândia. A
União Sul-Africana conserva um caráter especial, baseado no duplo
povoamento, sublinhado por um feroz racismo branco.
O segundo grupo, do qual a Argentina e o Brasil são os países
mais representativos, deixou-se distanciar, pois não soube ou não pôde
de uma
constituir as reservas de capitais indispensáveis à edificação
E
evoluída sem recorrer a um financia-
o!
economia e de uma sociedade
mento
mento exterior; sofre a influência das antigas colônias de povoa
o
anglo-saxão mais rapidamente industrializadas e ocupa uma posiçã
|
intermediária entre os países coloniais e semicoloniais de povoamento
mais
autóctone e as terras de povoamento europeu fora da Europa,
desenvolvidas econômica e tecnicamente.
a
O caso mais sugestivo é o dos Estados Unidos que, de colôni
da Grã-Bretanha, tornaram-se por sua vez em um país aspirante ao
ex-
domínio mundial, conduzido a uma ativa e imperiosa política de
pansão, pressionados por sua economia nacional*. A reação anti-
colonial dos anglo-saxões, estabelecidos como agricultores nas zonas
Ingla-
temperadas da fachada atlântica da América do Norte (Nova
econômicos
terra), foi acompanhada pela introdução dos mecanismos
mia
da Europa Ocidental, ao passo que no sul a sociedade e a econo
apoiadas sobre o trabalho de escravos negros, duraram
coloniais,
endência
ainda um pouco mais de um século, a despeito da indep
com €x-
política conquistada pelo conjunto das colônias americanas, É sa
lista encon-
ceção do Canadá. O desenvolvimento da economia capita 2
trou na América condições excepcionais: vastos espaços, terras gra-- tra,
Dent
e . a
Es
“e
eH, mt: Veja as«probrTaass de Pierre
Sodd , VURS.S”, PUF Peri das am ter“Miormente, e à de A. Blast
Tr"
agellan”, 1973.
pela indústria nacional ou aquelas que o são em quantidade insufi-
ciente. As importações são financiadas pela venda de artigos cuja
produção é estimulada pelo plano, visando justamente essa exportação.
O comércio externo surge, dessa maneira, como um meio e não como
um fim, constituindo uma maneira de realizar o plano e fazer aumentar
a produção, e não como expediente para escoar os excessos de pro-
ução.
Através da distribuição regional dos investimentos e dos meios
de produção no quadro do plano, efetua-se a correção das antigas
disparidades regionais,
2. A construção do socialismo nas repúblicas populares — A
passagem das formas de economia anteriores para uma economia
socialista implica em uma revolução inicial e em uma ulterior evolução
transicional. A revolução inicial comporta a destruição da base da
economia feudal pré-capitalista, sob suas formas nacionais e semi-
coloniais, através da reforma agrária e da nacionalização do crédito,
dos transportes e das empresas industriais que ultrapassam o gabarito
do artesanato, pela eliminação de todo o crédito estrangeiro que im-
plique a domiciliação de sociedades e na alienação de uma fração do
patrimônio nacional.
A reforma agrária fez desaparecer a grande propriedade de pro-
frequentemente
prietários fundiários não cultivadores e não-residentes,
pequenos
estrangeiros. No caso em que a explotação era efetuada por
estes torna-
locatários camponeses (caso mais frequente na China),
s ou foro que
vam-se proprietários, sendo aliviados das taxas de renda
era praticado
pesavam sobre eles (40 a 60% das colheitas). Quando
Hungria e na
o sistema de latifúndios com assalariados agrícolas (na
o rural, em pro-
Polônia, por exemplo), procedeu-se a uma colonizaçã
261). Fazendas
veito dos camponeses não proprietários (veja pág.
s grandes
do Estado foram igualmente instituídas, substituindo algun
€ bases de ga-
domínios: fazendas experimentais ou fazendas-pilotos,
de uma economia
rantia para o abastecimento urbano. A constituição os paíse s:
cooperativa encontrou condições muito diferentes conforme realizadas
tações são
na Bulgária e na Tchecoslováquia, 90% das explo
sentam menos de
pelas cooperativas agrícolas, mas na Polônia repre
A China acreditou
1% (mais de 15% para as fazendas do Estado).
organizando a sua
que poderia caminhar mais rápido e ir mais longe da revolução
agricultura na base das “comunas”, mas a assimilação
de Pierre George — “I'économie de PEurope centrale
15. Veja a obra
slave et Faia, P.U.F., Paris, coleção “Que sais je?”, n.º 328, 3.2 edi-
ção, 1968.
Àsm
[ÇA
a
agrária exige um certo período € sÓ no seu findar é que se pod
um balanço do empreendimento. Tealizar
Uma parte da agricultura, do pequeno comércio e do art
constituem o setor da economia privada das repúblicas pp
presença deste setor difera d sua estrutura econômica e Social
encia ares,
comparação com a da União Soviética. Mas esta diferenciação Eni em
importante que a nítida separação
repúblicas populares e a dos países capexistente entre a Organização d
italistas. Esta Separação ii
do fato de que nenhuma pequena empresa privada pode desenvolver.
-se ultrapassando o teto estabelecido pela lei agrária
nacionalização e reconstituir, dessa e pelas leis dé
maneira, a base de uma evolução
do tipo capitalista. O setor dos empreendi
mentos Privados acha-se
nitidamente limitado.
O característico dominante da primeira
fase da evolução para
uma economia socialista é a industrialização
dos países atrasados.
A ordenação desta economia acha-se assegura
da pelos planos
econôm icos do Estado. Os primeiros foram planos econômic
os par-
ciais, a curto prazo, que asseguravam a transição entre os méto
dos
da livre empresa e os da planificação socialista. Depois dos
anos de
1949-1950, foram aplicados planos a longo prazo nas repúblic
as euro-
péias: cinco anos, seis anos (na Polônia). Em algumas dest
as Tepu-
blicas, planos anuais asseguram, em seguida, a preparaç
ão da projeção
dos planos dos diferentes países de mesma estrutura, sobre um
mesmo
ritmo cronológico e a coordenação dos plan
os das repúblicas populares
e dos da União
Soviética, com o fim de facilitar
intercâmbio no interior do grupo de países socialistas, as e previsões de
a criação do
CA. EM,, organismo de coordenação econômica.
A planificação do setor industrial nacionalizado tem,
mente, que encontrar dificuldades de ordem técn upa
ica. A plamibeao, :
do setor agrí
cola e do setor de distribuição, na maior parte
de empresas privadas, é a mais delicada. Registra-se em toda p siso
uma rápida expansão industrial, Tomand
o-se a produção de 1938 sia
base, equivalente a 100, a produção de carvão !º
e de aço ih
blicas populares européias, inclusive a República Democrática
arua-se, em 1967, nos índices 400 e mais de 600. Paralelamentete, O
d “senvolvimento é vigoroso. Uma classe operária,ia, engita, a
urbano
o auxílio
ctame nte na trans forma
e. az avançar o sistema, ção econô mica e social, constitui serva
enquanto os camponeses Sé e
repú-
blic à Ma expectativa, 4 primeira fase do desenvolvimento
“S Populares européias é caracterizada pela defas tre o seto”
agem en
6. E da linhita convertida
1 :
+. .
.
em equivalente-hulha.
48
industrial, com sua progressão espetacular, e o setor agrícola, onde a
política econômica deve ser sutil e com nuanças. Pode-se também
verificar a existência de ensaios na política econômica, implicando
tentativas e retornos táticos impostos pelas necessidades técnicas ou
pela constatação de resistência.
A China constitui um caso particular. O problema agrícola ainda
é o dominante na evolução atual, embora haja sido realizado um
grande esforço de industrialização: a produção de carvão decuplicou
em relação a do ano de 1938 nos limites territoriais da China Popu-
lar. A primeira fase de evolução acha-se caracterizada pela abertura
de várias centenas de centros de trabalhos públicos, que garantem a
segurança das colheitas, através da proteção contra as inundações e
contra a irregularidade das chuvas, e aumentando a superfície culti-
vada. A revolução agrícola, sem ser separável da industrialização, a
qual lhe fornece os elementos de sucesso, é no momento presente o
grande empreendimento da República Popular Chinesa. Todavia, pela
lógica da evolução da economia socialista chinesa, espera-se que surja
no Extremo Oriente, dentro de um prazo relativamente curto, uma
indústria vigorosa que garanta a independência nacional do desenvol-
vimento econômico e social da China. A ponta-de-lança desta indus-
trialização é, infelizmente, a indústria estratégica.
Os países que constróem uma economia socialista cessaram de
se constituir em locais de colocação de capitais para as sociedades
capitalistas estrangeiras, e deixaram igualmente de serem fornecedores
de produtos brutos a baixos preços e de fornecer perspectivas ilimi-
tadas como mercados de consumo para os produtos industriais fabri-
cados na Europa Ocidental ou na América do Norte. É nesse sentido
que se tem afirmado que a expansão das economias socialistas pelo
globo reduziria o mercado das economias capitalistas. Verifica-se ser
igualmente exato que a organização das trocas comerciais sobre a
contabilização com prazo longo de vencimento é mais
base de uma
economias que estejam semelhantemente planificadas ou,
fácil entre
melhor ainda, que possuam planificação sincronizada (mercados dos
e capita-
países socialistas), do que entre as economias planificadas
a transforma-
listas, possuidores de produções e preços instáveis. Mas
ção técnica das economias que passam de um estágio de subdesenvol-
e a racio-
vimento e semicolonização para a industrialização nacional
de
nalização da agricultura, levando à instalação de grandes centros
número
obras públicas e equipamentos de toda espécie, comporta um
cam o
considerável de necessidades diferenciadas. Estes países reivindi
e cons-
direito de comerciar livremente com os de economia capitalista
49
SEGUNDA PARTE
nomia do século
O fator fundamental de diferenciação da eco
al. A divisão do mundo
XIX é o desenvolvimento da produção industri
os setores de economia
em dois setores de organização diferente —
a diferenciação formada
capitalista e socialista — domina e maneja
dia, de um problema
dessa maneira. Não se pode tratar, hoje em da
diversidade dos aspectos
qualquer de economia regional, ou da
alimentício ou matéria-prima
produção de um determinado gênero geográficas
de início, as relações
mineral, sem se levar em conta, logo de economia
s da repartição
entre o assunto examinado e os fato
próprias a cada sistema. Todo
industrial e das formas de organização atuais formas de
ensaio sobre as
estudo econômico do globo, todo
deve, port anto , inic iar pelo exame das condições de desen-
produç ão industriais.
volvimento e de dist ribuição da produção e da economia
53
BIBLIOTECA CERTRAL
VANERS. DO SUBOESTE
rotação de capitais, e aqueles que realizaram a prazo
investimentos pe
indústrias de base.
longo , na construção de
de vencimento
corrências estabelecidas sobre as situações de fato assim determinadas
consolidam ou agravam esta diversidade.
O número de países que possuem uma lista completa, ou quase
de atividades industriais é restrito (economias de dimensão continen-
tal, como os Estados Unidos, a União Soviética, e os velhos países
industriais como a Grã-Bretanha, a Alemanha, a França e a Bélgica),
e também é muito variável, de um país para outro, a ordem das
respectivas grandezas.
Existe uma distinção que é fundamental: aquela que separa os
países que possuem indústrias de equipamento dos que não dispõem
de outras indústrias além das de transformação, ou indústrias produ-
toras de objetos de uso ou de consumo.
que realizam
Denominam-se indústrias de equipamento aquelas
industriais e os trans-
as condições necessárias a outras fabricações
es industriais. Com-
portes indispensáveis ao exercício das atividad
de produtos semima-
preendem a produção de energia, a elaboração
rumentos de produção,
nufaturados, indispensáveis à fabricação dos inst
esses meios de produção.
e as indústrias que fornecem, elas próprias,
te de grandes quanti-
Implicam a mobilização no local ou o transpor
mas e a imobilização
dades de produtos energéticos e de matérias-pri
de investimento de capitais importantes.
ntemente empregada como
A expressão indústria pesada é freque pura-
sinônimo de indústria de equipamento. Dentro de um sentido
as de equipamento são indús-
mente descritivo, nem todas as indústri
al eletrotécnico de mensuração,
trias pesadas: a fabricação de materi
é um ram o mui to imp ort ant e do equipamento industrial, não é
que uns ramos de fabricação são,
u. Alg
uma indústria pesada, stricto sens em,
s, difí ceis de ser exa tam ent e classificados, uma vez que fornec
aliá os de
mo tem po, mat eri al de equipamento industrial e produt
mes al
a, de certa fabricação de materium
ao
util izaç ão dire ta: é o caso , aind a
co, que pode ser incorporado
elétrico, como o material eletrôni apl ica do a máquinas de cont a-
de pro duç ão ou ser
aparelhamento ent ati vas e importantes desse setor
indú stri as mai s rep res
bilidade. As metais
indú stri as da min era ção , à siderurgia e a produção de
são as pesada, a fabricação de máquin
as
, a indú stri a quí mic a
atórios, fornos, laminadores, ma-
não-ferro sos
industriais (grandes aparelhos elev uinas operatrizes de toda sorte,
máq
terial de refinaria de petróleo, role , etc.), à de material de trans-
aparelhos de men sur açã o e de cont a
pes ado , con str uçõ es nava is, fabricação de material agrícola,
port e
produção do cimento.
53
Um as
a que não possui
atividades indústria€ agrícolas
industriais de equipamento só pode dp.
recorrendo às indús-
senvolver 8 fo de outros países, mas as indústrias chamadas
é ; amen
trias ”de acumu
“leves equip lam pelo trabalho e p por seus dotes técnico S valores
£ 5
processos variáveis,
A industrialização efetuou-se de acordo com mais comum
. O caso
nos diferentes países do mundo, no século XIX
o do des env olv ime nto simu ltân eo das indú strias de equipamento e
é
o. Certos países — não-
das indústrias de objetos de uso e de consum criaram exclusivamente
—
favorecidos por suas condições geográficas
inarmente uma fase de desen-
indústrias leves. O Japão conheceu prelim graças aos bene-
capitais acumulados
volvimento de indústrias leves; OS nciamento das indús-
ltantes serviram, em seguida, ao fina
fícios daí resu
trias de equipamento.
da correlação entre a independência
O crescente conhecimento
a cap aci dad e de def esa e a pos se das indústrias fundamen-
nacional, r indústrias pesadas,
tais tem levado um certo número de países a cria a com-
naturais desfavoráveis, recorrendo-se
mesmo em condições e suplementando-se
de qualidade medíocre,
bustíveis ou a minerais dade das técnicas (recor-
as carências do meio físico pela engenhosi compensação, o desen-
rendo-se aos produtos substituição). Em
de
dedo
volvimento
das
j
indústrias leves é maior ou menos rápido, de aco
lucro apresentadas pelos diferentes ram 0
com as poss! bilidades de
da fabricação, sendo os capitais atraídos pelos InVestimentos a is
rentáveis. alien ai aí economi tali Eve
A industrialização dos paises de tá SOcCialista Inicia-se
sempre pela criação de indústrias de RE nto visando à con.
secução, no menor prazo de tempo pas as condições de a
pendência econômica e de defesa, mas rapidamente tomou-se sai
ciência da necessidade da introdução de mecanismos de coordenação
que assegurassem uma complementaridade de países desigualmente
dotados de condições materiais de desenvolvimento das diversas in.
dústrias.
59
tração, enquanto OS grandes trustes americanos são os do
cobre e do petróleo e das construções mecânicas, aço, do
A concentração pode exercer, sobre à distribuição geográt:
As o Etálica das
indústrias, efeitos variados e de sentidos diversos. cod
e certas simplificações administrativas têm
técnicas
congregação, em uma mesma região, de complexos geográficos eito a
ema
triais, engendrando um poderoso desenvolvimento urbano,
os
(no caso de uma forte aglomeração proliferando em suas
difuso (conurbação de tipo inglês ou reno-vestf 8) ou
a ida: à x aliano), Se a con-
centraç ão se efetua em seguida à colocação de um dispositivo indus
trial disperso, pode ter como consequência o abandono dos estabele-
cimentos ditos marginais, isto é, menos lucrativos, em proveito das
instalações que assegurem os maiores lucros; nesse caso, o seu efeito
é o de desinvestimento de certas regiões. Inversamente, a procura das
condições mais vantajosas de produção, fora de centros que apre-
sentam elevados preços de custo, pode provocar uma dispersão das
fabricações entre estabelecimentos disseminados por diferentes regiões
favorecidas, sob este ponto de vista, pelas condições de salários ou de
produção de energia; transferência de estabelecimentos em países de
legislação social menos evoluída, em países coloniais ou em regiões
com energia elétrica barata etc.
A intervenção do Estado, seja antagonicamente aos grandes inte-
resses privados, seja sob a sua pressão, pode acelerar ou bloquear
determinados processos. As nacionalizações normalizam, em um pais,
a concentração de grupos de atividades definidos: explotação mineral,
transportes ferroviários, certas fabricações industriais. Outros fatores
podem ter efeitos mais ou menos sensíveis sobre a distribuição e
gráfica das empresas e dos estabelecimentos: leis de interdição e
criação de novos estabelecimentos dedicados a determinados peeioe
facilidade de implantação em regiões e sítios determinados ln
States ingleses), descentralizações de indústrias (indústria og lanos
truções aeronáuticas na França, antes da II Guerra Mundial), P con-
64
rúrgica, tornou-se uma zona de múltiplas indústrias. Os mesmos pro-
cessos contribuíram para a acumulação de diversas indústrias em torno
das grandes aglomerações urbanas, centro de engajamento de operá-
rios e de crédito, mercados de venda, sedes de instituiçõs científicas
e técnicas, locais de criação e emulação (região de Paris, por exemplo).
Os fatores técnicos e as considerações de melhor rentabilidade
das empresas agem tanto no caso da economia capitalista quanto no
da socialista. Entretanto, os planos de desenvolvimento da economia
socialista limitam a superabundância das empresas, suprimindo todo
o parasitismo industrial e combinando a utilização das vantagens ine-
rentes à existência de infra-estruturas de serviços, em uma região já
altamente industrializada, às necessidades da distribuição regional di-
ferenciada das indústrias, sobretudo das indústrias leves.
As indústrias leves são mais indiferentes às condições naturais. O
custo dos transportes exerce-se menos pesadamente sobre os preços
de custo das matérias-primas das indústrias leves, cujo valor intrínseco,
por unidade de peso, é muito mais elevado que o das matérias-primas
da indústria pesada. O consumo de energia é também menos conside-
rável. 4 localização destas indústrias pode continuar mais sensível
às tradições históricas (implantações herdadas da tradição artesanal
regional: Flandres, região de Lião, Saxe; escolha de zonas úmidas
para o trabalho do fio em uma época na qual se ignoravam os pro-
cessos de aclimatação, procura de águas límpidas para a lavagem dos
fios e das fazendas, para a têmpera do aço, etc.: Lancashire, Vosges,
vale do Durolle, Suécia Central, Solingen); à procura de mão-de-obra
barata rural ou das zonas montanhosas (regiões de altitudes médias da
Europa Central e Oeste); a iniciativas individuais locais (indústrias
da borracha na Europa Ocidental, notadamente França) ou a oportu-
nidades políticas e econômicas (criação de indústrias leves nas regiões
rural, técnica e
que possuem importantes reservas de mão-de-obra
economicamente subdesenvolvidas, que mais razoavelmente se podem
da mão-de-
equipar e transformar do que despovoar retirando parte
obra para centros de trabalho longínquo (caso das regiões rurais forte-
mente povoadas da Polônia Oriental, da Eslováquia, da planície
húngara e de muitas províncias francesas).
ráfica, mostra
Aobservação; e especialmente a obser vação cartog
ito mais difusa
mu
que a distribuição geográfica das indústrias leves é ,
do que a das dantas e Entre essas indústrias, as de pas ed
“sensíveis à moda, as influenciadas pela criação científica e artística,
as que produzem para o mercado internacional, procuram a proximi-
dade dos fortes mercados urbanos do tipo das grandes apurar de pacas
ou econômicas: Paris, Londres, Milão. Beneficiam-se elas, ai, de pos-
65
ngajamento de uma mão-de-obra qualific
sibilidades
' senicode e e de facilidades de financiamento. A conce ada de alt
nível tecni encias de venda
e pnicsaia
de exposição e das fábricas q
um só local, das agen d
gerais.
oficinas de produção reduz as despesas
Um outro caso particular é o das indústrias que elaboram Produ-
tos agrícolas pereciveis, OU produtos aa Sc 8eograficamente
ligadas aos locais de elaboração de suas matérias-primas. Essas indús.
trias possuem localização difusa, graças ao caráter especificamente
difuso da própria produção agrícola e de parte da produção pesqueira
(pesca de artesanato). E
Uma inovação técnica pode criar novas condições de localização
industrial. Já foi assinalado o papel do equipamento elétrico alpino,
no início do século XX. Diversas descobertas dentro do domínio da
eletrometalurgia e da eletroquímica concretizaram este novo potencial
industrial (fabricação do alumínio, indústrias que repousam sobre a
produção do carboneto de cálcio). O desenvolvimento do consumo
do petróleo fez nascer, nas zonas litorâneas próximas das grandes
áreas de produção e nos portos de importação, novos e extensos com-
plexos de indústria química. A descoberta do processo de THoMas
GrLCHRIST originou a criação da siderurgia da Lorena, e hoje os avan-
ços técnicos no tratamento de minerais de alto teor levam a que a
preferência para a instalação das siderúrgicas mais recente (Dunquer-
que, Roterdã) tenda para as zonas próximas dos portos. As pesquisas
realizadas para tornar possível o transporte da corrente elétrica a longa
distância podem permitir o equipamento de determinados recursos hi-
drelétricos que atualmente se encontram inexplotados,
ou subexplo-
tados: o Norrland sueco, o Oeste canadense,
o Alto Congo e, por
RSpeRguaiE:; a criação de novas cadeias de complexos industriais ao
ongo de itinerários tornados rentávei
s.
a Pensa-se, geralmente, que a criação
de centrais energéticas 1
ans matérias físseis (us inas atômicas)
Zação de regiões atualmente desfavorecidas por permitiria a industriali-
e Petróleo, gra $ à Ed quo
sua pobrez:a, em car vão
levada
ps ; paris
68
CAPÍTULO II
A PRODUÇÃO DE ENERGIA
grau, ?º a concentração a :
.
continuava bastante
.
"Energtes P
Edit. 19. Veja, em 1950,
de Médicis, particular;
22, PreRRE GEORGE, Géographie de |ande, aris: é
20. M. BaUMONT, Le charbon et la grande industrie E qarbor dep
pede As 5 a
1939, Paris, INSEÉ, 195 RE df dE acha. AERRNO
74
As minas francesas foram acusadas, no decorrer do período
intermediário das duas guerras mundiais, de uma certa timidez em seus
investimentos e especialmente em seus esforços de modernização, em-
bora tenham já realizado concentrações horizontais e verticais bastante
evoluídas.
Por um lado, a importância da indústria carbonífera sob o ponto
de vista do desenvolvimento industrial nacional, a insuficiência da
explotação realizada por companhias de espírito antiquado, ou exclu-
sivamente voltadas para a procura de lucros imediatos em lugar de
operações de investimentos lucrativos, por outro lado, determinaram,
em um certo número de países, a encampação pelo Estado da pro-
dução de carvão inclusive sob o regime capitalista: nacionalizações
inglesas e francesas.
A importância dos gastos com a mão-de-obra no custo do carvão
e a concorrência — econômica e técnica ao mesmo tempo — dos
produtos petrolíferos reduzem sensivelmente a demanda de carvão nos
países industrializados mais avançados. Na Europa, em particular,
espera-se uma redução considerável até 1980.
2. Distribuição global da produção. A distribuição da produção
de carvão acha-se subordinada muito mais à importância da procura
do que às possibilidades naturais. A Europa, que fornece aproxima-
damente um quarto da produção mundia!, na região a oeste da fron-
teira da União Soviética, é tida como possuindo pouco mais de um
décimo das reservas totais do globo; a América do Norte, pelo con-
das
trário, com uma produção ligeiramente superior, possui 40%
So-
reservas, de acordo com as estimativas mais prudentes; a União
pouco menos de 20% da tonelagem mundial, porém
viética produz
se referem
dispõe de 25% das reservas mundiais. As estatísticas que
prospecção
às reservas, aliás, estão ainda sujeitas a revisão, pois a
industriali-
das jazidas de carvão só se acha ultimada nas regiões mais
como os
zadas e evoluídas do globo. Os continentes considerados
de 5%
mais pobres sob esse ponto de vista — África (com menos ainda
e América do Sul (menos de 1%) —
das reservas conhecidas)
totalmente prospectados. As reservas do Magreb
não se encontram ao
Saara sofreram recentemente nova avaliação. Entretanto,
e do
geológicas quan-
mesmo tempo em que se estimam possíevis revelações dos
ais metálicos
to aos recursos petrolíferos ou aos recursos em miner
a estimativa das
países menos conhecidos, admite-se geralmente que
s, sendo as
reservas carboníferas mundiais é uma das mais segura
as conhecidas
surpresas pouco prováveis. Em contraposição, as reserv
que possuem
nos países em que há atualmente explotação e naqueles ili-
, possib
possibilidades de industrialização, como a China e a Suécia
Fis
tam várias centenas de anos de explotação, sob o atual ritmo, ou Ee
e Rs
um ritmo mais intenso. al
o ponto de vista estatístico, as regiões de explotação
Sob
de carvão podem ser agrupadas em várias categorias numéricas:
Três grupos regionais produzem 350 a 450 milhões de tone
1.
ladas: o Noroeste da Europa, e Este dos Estados Unidos e a Chins =
2. Dois conjuntos fornecem de 100 a 200 milhões de toneladas:
a Silésia polonesa e tchecoslovaca, 150 milhões de tonela dae é
:
Donbass, na URSS, 200 milhões.
3. Sete bacias ou grupos regionais dos quais se extraem 50 à
100 milhões de toneladas: Kouzbass, na URSS; Índia; Japão; Ural
na URSS; bacia de Moscou, na URSS; União Sul-Africana e Rodésia
do Sul, e Karaganda, na URSS.
As condições de explotação e de preço do custo são muito desi-
guais em todos esses países, seja graças à sua diversa estrutura geográ-
fica, seja em razão das condições sociais regionais. As jazidas que,
por sua constituição geográfica, mostram-se mais vantajosas, são as
da vertente ocidental dos Apalaches, nos Estados Unidos, e as do
Kouzbass e Karaganda, na União Soviética. As que apresentam uma
explotação mais ingrata são as jazidas de antracito da Pensilvânia,
nos Estados Unidos, as bacias do Norte da França e da Bélgica, as
do Ural, na Rússia, e as do Japão. A mão-de-obra mais barata é a
do Japão e da União Sul-Africana. Essa desigualdade das condições
de explotação pode ser corrigida, em grande parte, com o equipamen-
to técnico das minas, o qual comporta atualmente uma grande diver-
sidade industrial, adaptada aos diferentes tipos de jazidas. Além disso,
a sua realização supõe a posse de meios de investimentos e de capa-
cidade de produção ou de aquisição do instrumental indispensável.
inhita
E me,
í Somando-se
72:
auraleia Faderal do
à produção
Pela República (95 a da
Noroeste
Alemã Europa ton elagensconde ertida
ne : astoneladas), li idas
se
1
. a do ton
lhões de tone
oqulta, atinge-se um algarismo ligeiramente superior
76
esforço da produção aplicado a uma jazida de rentabilidade teórica medíocre.
Um progresso
E dos meios e técnicos de
: explotação pode auxiliar as jazidas menos
favorecidas pelas condições naturais.
A ilustração desses princípios econômicos é fornecida, em primeiro lugar
pela situação das hulheiras do Noroeste da Europa. As perspectivas da evolução
da Comunidade Européia do Carvão e do Aço, no sentido de um vado
comum de carvão, isento de tarifas aduaneiras, implica uma reclassificação das
jazidas, em função do preço de seus fornecimentos aos consumidores e o aban-
dono daquelas que não podem assegurar fornecimento a um preço idêntico ao
das demais. Estes fatos podem ter, como efeito, a modificação das respectivas
ordens de grandeza das produções nacionais dos diferentes países produtores,
Só continuarão ao abrigo deste abandono os protegidos pela cobertura geográfica,
dentro dos limites de um perímetro de abastecimento que não pode ser vanta-
josamente atingido pelos carvões mais baratos, no local de sua extração, devido
às despesas de transporte, e aqueles em que os gastos de transporte podem ser
rapidamente reduzidos pela sua modernização. São mais estáveis os países em
que a produção é absorvida em sua maior parte pelas indústrias locais, nos
complexos de integração geográfica.
"Um exemplo de caráter ligeiramente diferente é o existente no interior da
União Soviética, onde a intensificação da explotação das minas de carvão do
Ural vem sendo incrementada desde 1940. Os veios são de acesso difícil, como
nas bacias carboníferas francesas de Cévennes. Enquanto a indústria da União
Soviética não pode fornecer um material especializado, que permitisse a mobili-
zação dessas reservas em condições econômicas aceitáveis, pareceu mais eficaz,
a fim de assegurar a transformação dos minerais metálicos do Ural, recorrer
ao carvão produzido, a preços de custo reduzido, no Kouzbass, situado a 2.000
km aproximadamente. A utilização de um material apropriado permite, hoje
em dia, a substituição pelo carvão local, nos combinats metalúrgicos do Ural,
do carvão do Kouzbass, pesadamente onerado pelos elevados dispêndios de
transporte. Só se recorre aos carvões exteriores do Kouzbass e de Karaganda
para um abastecimento complementar.
Inversamente, as minas de carvão de Tonquim, que totalizam reservas três
vezes superiores às francesas, só forneceram, durante 20 anos, 2 milhões de
toneladas de antracito por ano, extraído das minas de carvão costeiras de Hongay,
pois somente o antracito fornecido por explotação de fácil acesso, empregando
uma mão-de-obra barata, poderia fazer face aos custos do transporte marítimo
até a Europa, embora assegurando lucros elevados aos concessionários. Em
compensação, os carvões próprios para coque do sul do delta não foram jamais
explotados durante esse período.
Qualquer planejamento de industrialização nacional recorre às reservas
carboníferas que podem ser utilizadas no próprio local: as Repúblicas Populares
da Europa Central e dos Balcãs empreenderam um esforço de industrialização
de
de suas jazidas de carvão e de linhita, embora, estas sejam fregiientemente
acesso trabalhoso, tendo elevado a produção global de combustíveis minerais
sólidos de menos de 14 milhões para 38 milhões de toneladas (das quais apro-
0,5
ximadamente 10% de carvão e 90% de linhita, com poder calorífero de
a 0,6).
No continente, «entã
jdent
J é
o mercado de carvão da Europa
L
78
bacia, a do Rur, pois as reservas das bacias de Aix-la-Chapelle e de
Krefeld, embora muito importantes (10 a 20 da milhões de tonelad
República oder:
da produção
são muito pouco explotadas (6%
A produção total elevou-se, em 1956, a 152,6 milhões de toneladas É
(rendimento diário médio de 1,45 t; número de mineiros, 540.000)
A produção de coque atingiu 40 milhões de toneladas. As reservas
existentes (65 bilhões de toneladas, com até 2.000 metros de profun-
didade) comportam uma gama completa de tipos do antracito até
as hulhas secas, com um importante estoque de carvões gordos, os
quais representam mais de dois terços da produção. As minas de
carvão do Reno constituem uma base técnica poderosa para a meta-
lurgia e a indústria química. Mas a crise carbonífera não poupou o Rur,
apesar da potência dos organismos interessados. Em 1960, a produção
da República Federal desceu abaixo de 140 milhões de toneladas (um
recuo da ordem de 10% em relação a 1956) e, em 1968, ela só che-
gava a 112 milhões de toneladas.
As reservas de linhita da bacia da Colônia, cuja explotação
acha-se associada à bacia carbonífera do Rur, são estimadas em
17 bilhões de toneladas, que têm o poder calorífico de 4 a 5 bilhões
de toneladas de hulha. A produção superior a 60 milhões de tone-
ladas (sobre uma produção total de 95 milhões de toneladas, no
conjunto da Alemanha Ocidental) corresponde a uma disponibilidade
de 20 milhões de toneladas. A linhita é usada, princi-
carbonífera
palmente, para a produção de corrente elétrica e na indústria química.
Federal Alemã, a explotação do carvão é reali-
Na República
século XIX,
zada por sociedades particulares, as quais, desde o fim do
praticando ao
têm seguido uma política de concentração intensa,
siderúrgica e
mesmo tempo a integração — sobretudo à integração pela orga-
metalúrgica — e a concentração horizontal, completada desconcen-
tentativas de
nização de um único cartel comercial. As
à Alemanha Ocidental,
tração efetuadas pelas potências que ocuparam
sensivelmente a estru-
após a II Guerra Mundial, não modificaram produção são
quartos da
tura das minas de carvão alemãs. Três
de poderosas sociedades,
fornecidos por um número muito restrito química e side-
estreitamente associadas umas às outras. Indústrias
integradas dentro de
rúrgico-metalúrgica de transformação acham-secaracterísticos de antes
seus
Vo organismos poderosos que reencontraram
da guerra.
Sambre-et-Meuse e de Cam-
As duas bacias hulhíferas belgas de
de reservas e produziram mais
pine totalizam 11 bilhões de toneladas
ões em 1957.
23. Incluindo a produção do Sarre, 150 milh
79
de 30 milhões de toneladas em 1953, 21 milhões em 1962
15 milhões em 1968. As condições de exploração da bacia qo mnt
e do Borinage são difíceis, enquanto as de Campine são m O Liêpe
ráveis. Com preço de venda elevado, o carvão belga foi a favo.
mente atingido pela crise carbonífera. A produção caiu Particular
em 15 anos. Metade
Os Países Baixos apresentam condições de ex Plota
ção Mais van.
tajosass e têm 4 bilhões de toneladas de reservas, mas à queda
da
dução não foi menos espetacular: 12 milhões d € toneladas em pr
e 7 milhões em 1968. 1960
Na França, a produção anual chegou em 1968 a 42
milhões de
tonelada s. A produção carbonífera francesa conservou-se durante
muito tempo centralizada nas bacias do Norte e do Passo de Calai
s —
que, em 1938, forneciam dois terços da produção naci
onal — e nas
bacias do Centro e do Meio-Dia (mais de 20% na mesma época).
O conjunto dessas jazidas (aproximadamente a metade das reservas
nacionais) é de explotação difícil e onerosa. O rendimento médio
diário, após um esforço de modernização e de severa racionalização
do trabalho, pode ser elevado acima de 1 t. Entretanto, a concorrência
dos carvões estrangeiros e a dos produtos petrolíferos no quadro do
mercado único da Comunidade Européia do Carvão e do Aço provo-
caram o abandono de muitas minas. As jazidas da Lorena,
por suê
parte, per manecem subexplotadas, devido à deficiência de créditos
para investimentos e de mão-de-obra, muito embora os modernos pro
cessos de coqueificação lhes abram os mercados da
siderurgia vizinha
Com uma produção inferior a 15 milhões de toneladas, essas jazidas
fornecem apenas um quarto da produção nacional, aproximadamente,
se bem : nto
que o rendime à ds
diário médioE ultrapasse 2 t, nos melh ores
centros.
81
de toneladas de um combustível sólido de valor bastaAnte
elevado
respondendo, em valor calorífico, a mais de 30 milh õ
suplementares de carvão. Nestas condições, à Tche Coda
slováq, ui'OnKaeladas
senta um quociente teórico de disponibiligade
individual da Ordem o
4 toneladas. A Polônia, a Tchecoslováquia e à República De de
crática Alemã extraem anualmente, em carvão e linhita convertido
em equivalentes-hul ,
ha, 270 milhões de toneladas. ,
A Hungria e a Romênia são
bem menos favorecidas à este
respeito. O primeiro destes países produz
4 milhões de toneladas
de carvão (Komlo, Pecs) e uma vintena de milhões de tonelada
linhita de boa qualidade, isto é, apresenta uma dis s de
ponibilidade total
da ordem de 12 a 14 milhões de toneladas
(convertidas em toneladas
de carvão). A Romênia extrai 5 milhões de
toneladas de carvão e
9 mil hões de toneladas de linhita de valor médio, o
a uma disponibilidade de 10 milhões de tonela que corresponde
das de equivalentes-
hulha. A vizinha Bul gária desenvolveu consideravelmente sua produ-
ção ce linhita, passando em 15 anos de 6 pat
a 28 milhões de toneladas.
A Europa Central extrai hoje mais carvão e linh
ita do que o
Noroeste da Europa (não incluindo a Grã-Bretanha), 300
toneladas de hulha e de linhita convertida em equi milhões de
valentes-hulha, con-
tra 200 milhões de toneladas.
A produção carbonífera da União Soviética acha
-se dominada
por dois f atores, cuja respec
tiva importância
varia com o correr dos
anos. O primeiro deles é o
papel desempenhado pela instalação, no
no pio do século, de um aparelhamento de explotação e utilização
no Donetz ou Donbass, por sociedades estrangeiras, constituindo um
Primeiro grupo de invest imentos. O segundo é a abertura de novas
peag dreren
de tos
acordoregiõe
coms dao ritmo das necessidades de industrialização
União, oferecendo algumas dessas regiões
encontradas a dis a explotação muito mais favoráveis do pah
da União ondass
, . A presença dos três quartos da pop
porção a e de mais de dois terços do equipa : “al nã
me nto industrial 7º
Metria du “OPéia do tertrrit
antita
Erati
dé va en e órià o di(in
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ográl),
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dasém rese
umarvas de º ?
Produção:
o, : » com
EC 22. Ê “al de
o auxílio fornecido, ria
em mater! é
Chouen e de Hoi" 28 minas de carvão de Hopei e de Chansi, -
“ Hounan particip am, em ritmo acelerado, ução
da prod
Reservas em Produção em
PARTE EUROPÉIA E URAL bilhões de milhões de
toneladas toneladas 25
PARTE ASIÁTICA
OIE
EESTI eee
adas
carbonífera total, que passou em dez anos de 63 milhões de tonel
para 300 milhões, talvez mais. No conjunto das repúblicas democrá-
ica e na China,
ticas e populares da Europa Central, na União Soviét
as minas de carvão constituem empreendimentos nacionais; O ritmo
de seu desenvolvimento é determinado pelas previsões e investimentos
ista
concomitantes dos planos de desenvolvimento da economia social
de tais países. Os países de economia socialista, para quem à produção
de carvão é uma das condições essenciais de industrialdeizaçã o, produ-
carvão € de
Ziram em 1968 cerca de 1.200 milhões de toneladas da tonelagem
a Foprertida em equivalentes-carvão, OU seja 50%
ndial,
, ós a guerra, subiu -
A produçãa
o japonesa, que caiu bastante ap Bonesas pelos
ao mente graças à restauração das indústrias pesadas el de antes
“ricanos durante a guerra da Coréia, até atingir 9 pi do que O
carvã 40: 55 milhões de toneladas. Mas ela é ass 47 milhões de
tonelag ericano importado. A produção caiu Pp
às em 1967 e para 46 em 1968.
83
A Indochina e a Índia dispõem de reservas NUS acso é
de toneladas, porém, as produções Pp impor.
tantes: 60 milhões
Países
são muito menos vultosas, em razão do seu subdesenvolvimo. eco.
Et
nômico. O Vietnam do Norte encontra-se, ainda, no limiar
trialização. A Índia retira 70 milhões de toneladas das jazida à indys.
Vale
do Damodar. Na Ásia Ocidental, o único produtor notável “oà Tur.
quia, com 5 milhões de toneladas.
Os países asiáticos, ainda fracamente equipados, mobilizam ;
dadeiras multidões de mineiros, para extração de pequenas pe =
dades de carvão. O rendimento diário por operário era inferior :
200 kg em Tonquim, em 1938; no Japão, a produção de menos de 50
milhões de toneladas mobiliza aproximadamente meio milhão de mi-
neiros; na Índia, 360.000 mineiros extraem os 67 milhões de tone-
ladas que constituem a produção nacional.
Na Austrália, o desenvolvimento de uma economia industrial
provocou um crescimento da produção de carvão, da Nova Gales do
Sul e do Queensland, de 50% em relação ao período precedente.
Com uma produção de 36 milhões de toneladas, o quociente de dis-
ponibilidade individual eleva-se a 3 t, aproximadamente, sendo este
o índice mais elevado do Hemisfério Sul. Porém, a produção mais
representativa desta parte do globo é a da União Sul-Africana e da
Rodésia do Sul: 52 milhões de toneladas (crescimento de 100% em
relação ao período 1935-1938). A produção da América do Sul é
ainda insignificante (2 milhões de toneladas no Chile, a mesma
quantidade no Brasil, e 3 para a Colômbia).
A produção norte-americana é geograficamente a mais concen-
trada e, ao mesmo tempo, a menos estruturalmente concentrada de
todo o globo. De fácil explotação, porém contando com uim me
cado instável, o carvão americano não atraiu vastas operações o
ceras. A concorrência dos produtos petrolíferos e do gás nro
contribuiu para desencorajar os investimentos neste setor. Em 19 a
havia 7.800 sociedades carboníferas nos Estados Unidos, das as
1.100 produzindo mais de 100 mil toneladas cada 103uma.sociedad
As socieda
es ua
E
menores são particularmente sensíveis às crises:
“po, empregando 14,000 mineiros e produzindo 15 milhões de o
ladas, cessaram suas atividades em 1952, Cartéis de comerciale '
izas) ous
' e
ess
Te Te “am, parcialmen
associatio controam
esse esbo
te, n), ento da explotação (iu
rolando uma produção de ciation
Di na Fesivânia, Southern coal producers e torne”
:
cidos pela zona € a tonela das).
E
i os da produç ão $
Quatro quint , ua
das reservas. palachiana, que totaliza aproximadamente um q daí
De acordo com as conjunturas a tonelagem ui
84
extraída varia entre 300 a 500 milhões de toneladas. As bacias do
Centro e do Oeste mantém dificilmente uma extração de interesse
regional ou local, somente aumentando a sua produção nos períodos
de procura mais forte do produto. Paradoxalmente, o carvão ameri-
cano, cujas reservas são enormes (de 3.000 a 5.000 bilhões de tone-
ladas, de acordo com as avaliações), é o carvão de mais fácil extração
e mais difícil vendagem do mundo. Provam-no, largamente, as varia-
ções da produção total:
Anos Toneladas
RI ER Eno 517.000.000
ES SG REA 597.000.000
NR o E A 552.000.000
SDS e aa 326.000.000
E on “e. 617.500.000
O dan DE 630.000.000
jusg= e E 505.000.000
o a 430 .000.000
MÁ ESTES MAS 380.000 .000
SS e O a 480.000 .000
DC a a O 378.000: 000
SO ar E a TS 496.000 .000
-
Paralelamente, é muito instável o número de mineiros, gravi
tando em torno de meio milhão de operários, número fraco em pe
dos elevados rendimentos médios do trabalho: 4 t por jornada médi
por operário, na concessão da Pensilvânia.
85
PRODUÇÃO MUNDIAL DE PETROLE
10 ANOS, A PARTIR DE 187808 10 EM
Anos Tonela dás
EL NERO O AGR HO GS SER dr 800.000
TONE To asaOS 4.100.000
E RETA PRP GS E PD 10.500,000
EDMO ESRER Use a ne UE EXT E 20.500, 000
DO er ss E raia a AA 50.000,000
Es ap o acc q da E 97.000.000
[ESB ra RR és ari 210.000.000
a E Ro SR 292.000.000
SD es da ai A 530.000.000
PME Os sofa 1.050.000.000
og e 1.300.000.000
DM ea STE a EDS 1.745.000.000
o RE o 2.000.000.000
Este crescimento é tanto mais surpreendente quanto se sabe que
as reservas atualmente conhecidas só garantem a possibilidade de
explotação do petróleo (dentro da curva de procura, traçada no de-
correr dos 10 últimôs anos) dentro dos próximos 15 a 20 anos. Expli-
ca-se pela especificidade do petróleo como fonte de energia (motores
de explosão, propulsão de aviões e automóveis) e pelas vantagens
econômicas de seu emprego nos setores em que se exerce a auras
rência entre o petróleo e outras formas de energia, como a poerinõos *
aquecimento industrial. Finalmente, o petróleo tornou-se, no ne
rer dos últimos 15 anos, uma matéria-prima fundamental das do
tias químicas (petroquímica, produzindo borracha sintética,
sintéticas, detergentes, matérias plásticas, etc.). é bas
O quociente de consumo teórico individual de petróle
0
tante se sair
variável, segundo as formas de economia, mesmo sem t, nã
- erupo dos países altamente industrializados: mais de bes União
mA do Norte; mais de 1 t, na Europa Ocidental € 1º janço
energéi , Vale
Bélico dizer que
das diferent o lugariasocupad
es econom o pelo petróleo ariável: 6
industriais
a de 66% nos Estados é muito » 50% nã
Unidos ( petróleo e gás
topa Ocidental e na natural) à
União So viética. 26
60%am
o e
2 é a a ente
86
Somente duas grandes economias tiram o essencial dos recursos
petrolíferos do seu próprio subsolo: Estados Unidos (75%) e União
Soviética (a totalidade), devendo, entretanto, assegurar o seu trans-
porte através de grandes distâncias, a fim de prover suas regiões indus-
triais. Os demais utilizadores do petróleo, ao mesmo tempo que
continuam a realizar pesquisas em seu território, são hoje em dia
importadores para quase todo o seu consumo.
ente — ração
A nafta e osgases brutos não podem Ser diretamente
às diferentes formas de consumo à que e
à ae inados. Adá 0 diversarsi-
dos produtos finais cada vez mais a em crescente esp
dade dos pedidos e da procura dos pro na para aviação, | A
lização (essência de elevado índice de pad de indúst rias q dutos
dO arOCkinS dos Ne dos
teatores, etc.) constitui um poderoso comp extras
centr o na refin ação, sobre tudo sobre
, inclusive 4
com A refinação dos produtos petrolíferos» in
brutos.
88
combustíveis líquidos (gasolina), contidos nos gases naturais, 2 requer
consideráveis investimentos e constitui um quarto fator de concen-
tração financeira da indústria petrolífera Enfim, o escoamento dos
produtos refinados, a organização da distribuição destes produtos,
através de uma direção especializada, deram origem a grandes em-
presas de comercialização.
Inicialmente — pelo menos no caso da América do Norte —
a concentração se efetuou no estágio da refinação e do transporte
(fundação da Standard Oil, por J. D. Rockefeller). Atualmente, os
mesmos organismos tomam posse do petróleo desde a jazida e o
conduzem até os consumidores, controlando fregiientemente as indús-
trias que fabricam o material necessário à prospecção e aos diferentes
estágios da indústria do petróleo. Fracionadas em sociedades especia-
lizadas, agrupadas em holdings, ou filiadas umas às outras, esses
organismos reduzem-se, de fato, a um pequeno número de trustes, de
facetas e razões sociais múltiplas, cujas zoras de influência ultrapassam
as fronteiras dos países, chegando a constituir grandes sistemas finan-
ceiros industriais de âmbito internacional. Com efeito: três grandes
organismos repartem entre si o controle da produção, da refinação, do
transporte e da distribuição da maior parte do petróleo produzido no
mundo: um grupo americano, mais centralizado na realidade do que
na aparência, devido à obrigação em que se acha a Standard Oil de
contornar o texto da Lei Sherman, a qual proíbe os monopólios (sete
grandes sociedades estreitamente ligadas sobretudo para a exploração
dos mercados externos), a inglesa, Shell Petroleum Corp (antiga
Royal Dutch Shell, anglo-holandesa em sua origem), e a Anglo-Iranian
ou British Petroleum B. P., igualmente inglesa. Estas duas sociedades
possuem sedes geográficas extremamente móveis, pois explotam suces-
sivamente os diferentes países do mundo, tendo constantemente equipes
de prospecção espalhadas por todos os continentes, e concessões em
reserva, prontas para substituir as jazidas esgotadas ou dos países que
se rebelam contra a sociedade.
A França acha-se representada muito modestamente, dentro do
conjunto das sociedades petrolíferas internacionais, pela Compagnie
française des Pétroles.
Um quarto da produção mundial escapa a este sistema de explo-
ração: alguns monopólios nacionais de economia capitalista (Irã,
Itália, Argentina, México, Brasil e Peru) e a produção nacional dos
países socialistas.
89
A Alemanha, por outro lado, não renunciou às SUAS Pretenas
do século, reaparecendo no meio da Cisões
petrolíferas do começo
tão estreitamente fechado, aliás —. por inte o
mia petrolífera —
Bergbau, que tinh dio
de sociedades de prospecção: C. Deilmann
1954, concessões de pesquisa no Iémen, na Espanha (bacia EE a em
GS, De ra),
na Grécia e na Turquia (Trácia); Deutsche Erdol A, um
Wintershall A. G., Gewerkschaft Elwerath, três sociedades
para pesquisa no Peru, onde concorrem padas
em um consórcio
cos alemães om a
Gewerkschaft Vereinigte Borholzausen. Os técni , no Bridi o
do Norte
igualmente presentes em Portugal, na África
Angola e na Suíça. Italianos, japoneses e americanos independente,
também se infiltram no mercado.
O acordo entre as sociedades petrolíferas e os países que pos-
suem petróleo é feito sobre a base do reconhecimento do direito
que têm os primeiros de explotação da nafta em bruto e, eventual.
mente, da sua refinação em seu território nacional, mediante um
pagamento representado pelo aluguel da concessão e uma indeniza-
ção pelo abandono do recurso nacional. Este pagamento reveste-se,
cada vez mais, de uma forma de pagamento de uma parte conven-
cional dos lucros declarados. A situação das sociedades é particular-
mente forte nos países subdesenvolvidos, os quais se acham na total
incapacidade de explotar os seus próprios recursos petrolíferos. As
relações com os países consumidores repousam sobre a concessão
de autorização de investimentos (nas refinarias, por exemplo) e a
distribuição. As sociedades podem operar sob seu verdadeiro nome
(na França, Esso, isto é, Standad Oil; Shell) ou, então, fundando
uma filial registrada sob uma designação aparentemente nacional:
Société Générale des Huiles de Pétrole, Energic Energol, B. P. ope
rando na França por conta da Anglo-Iranian-British Petroleum.
uímEicas
Plexo mundial de refinarias de petróleo
derivadas deste produto. O principal gru e de indústrias ngo 9º
po situa-se ao
92
Jitoral do Texas e de Louisiana: Corpus Christi, Galveston, Houston,
Beaumont, Port Arthur, Baton Rouge; acha-se ligado por pipe-lines
às jazidas e por navios-tanques aos portos importadores da costa
atlântica (a ligação direta, por pipe-lines transcontinentais, estabele-
cida durante a guerra, entre o Texas e os Estados do Nordeste, pelo
sistema Big inch, atualmente é utilizada para o transporte do gás
natural). º A capacidade de refinação do petróleo venezuelano cresceu
progressivamente, após a II Guerra Mundial: as duas primitivas refi-
narias eram a da Shell e a da Standard, em Curaçau e Aruba, ao
largo da costa venezuelana. Um novo complexo foi instalado, sobre-
tudo pela Creole Petroleum Corp., na costa da lagoa de Maracaibo
e sobre a península de Paraguana (Antilhas Holandesas, 36 milhões
de toneladas de capacidade; Venezuela, 54 milhões em 1967).
Jazidas petrolíferas foram reconhecidas, e postas parcialmente
em explotação, em outros países da América do Sul: Colômbia, Peru,
Argentina. No Brasil, prossegue a prospecção na região do Alto
Amazonas, especialmente no Território do Acre. * Entre esses pro-
dutores secundários, a Colômbia é o principal (mais de 8 milhões
de toneladas). A produção da Argentina, onde a jazida de Comodoro
Rivadavia foi batida amplamente pelas encostas andinas, ultrapassa
17 milhões de toneladas: O Brasil, um dos últimos produtores apa-
recidos, extraiu cerca de 5 milhões de toneladas em 1963 e 7,8 mi-
lhões em 1968.
As reservas globais do continente sul-americano acham-se ainda
mal conhecidas. As reservas constatadas são inferiores às da América
do Norte, porém as possibilidades são, pelo menos, três vezes maiores
do que as dos Estados Unidos e do Canadá.
b) Produção do Oriente Médio. A depressão estrutural que
separa as cadeias dobradas recentes (sistema alpino) do rebordo me-
ridional do Irã, da plataforma sírio-arábica, constitui uma das maio-
res regiões petrolíferas do mundo. Atribuem-se-lhe 20 bilhões de
toneladas em reservas prováveis. A explotação foi aí empreendida
a partir do fim da I Guerra Mundial, na Mesopotâmia, no território
do Iraque e nas províncias marítimas do Irã que bordejam o golfo
Pérsico. Depois de 1945 foi estendida às costas da Arábia, na Arábia
Saudita, nos sultanatos de Kuweit e Qatar, e atualmente progride
em direção sudeste, no território de Omã.
CCC
G 28. Pelo menos dois terços da capacidade de refinação dos Estados Unidos
gp é, mais de 300 milhões de toneladas) se encontram nos Estados do Sul.
restante acha-se situado na costa nordeste do Atlântico e nos Grandes Lagos.
Atualmente, Estado do Acre. (N. do T.)
93
“> rodutor foi o Irã: 1,7 milhão de toneladas
O dos em 1930; mais de 10 milhões no início da Seg
920; 2 30
Guerra; milhões em 1950; pro dução interrompida no fina q;
iência do conflito entre O Estado iraniano e à Anglo.
1951, em cond
' n Co: retoma
mada em 1955, elevada a 26 milhões em 1956, à
, se .
construídas as !
A e -
95
e 1940) e fornecem pouco menos de um dé E
Cimo daqueprodu SãO atua
O essencial da produção é fornecido pelas jazidas
equipadas há já 20 anos (com exce : ENCOntram
ção da pequena
lícia, na Ucrânia Ocidental, Boryslav): Segunda Di RO da Ga.
bacia do Kama e do médio Volga, a leste de Kuibychey cr jazida da
nas colinas da Pré-Urália Ocidental, até Volgogrado, o E Saratoy,
por pipe-lines e por vias férreas às refinarias do Volga ( Tod Eadas
gás Saratov-Moscou); ao sul desta jazida encontra-se a de Ft
ligada poror. pipe-lines ao porto de G uriev, sobre o mar fls
Cáspio, e ao
norte a jazida de Ukhta, na bacia do rio
Petchora, ligada a Molotov
sobre o alto rio Kama. Jazidas de menor imp
ortância acham-se disse-
minadas pelo restante do território: Fer
ghana, na Ásia Central;
Nephtedagh, Nebit-Dagh, no Turquemenistão (fre
nte a Baku, na mar-
gem oriental do mar Cáspio), e Sacalina; nova
s bacias estão sendo
explotadas na Sibéria ocidentalde
, Tioumen a Berezovo.
No norte do China têm sido efetuadas, de algum tempo para
cá, numerosas sondagens. As mais importantes reservas deste país
acham-se situadas em regiões de acesso difícil, no Sinkiang. A pro-
dução de 1968 foi de quase 10 milhões de toneladas.
Duas repúblicas populares européias são importantes produtoras
de petróleo: a Romênia e a Hungria. Produções significativ foram
obtidas na Tchecoslováquia (Morávia e Eslováquia) e na Albânia.
4 produção romena, empreendida por sociedades estrangeiras, entrara
em declínio a partir de 1936 (máximo alcançado: 8 milhões de to-
neladas em 1936), devido à insuficiência dos investimentos e dos
trabalhos de prospecção e de sondagem de novos poços. Desde 1953,
atingiu ela novamente o índice recorde de 1936, graças ao auxílio
técnico da União Soviética. A produção romena ultrapassou ligeira-
mente 11 milhões de toneladas em 1957, chegou a 12 milhões em
1963, e atingiu 13 milhões em 1968. Os poços húngaros, situados ,
oeste do lago de Balaton, ligados por oleodutos às refinarias aee
lizadas às margens do Danúbio, perto de Gyor, fornecem quase
lhões de toneladas por ano (Albânia, um milhão de toneladas).3 mM
€) Problemas petrolíferos da Europa Ocidental. O coeur o
dos Paises da Europa Ocidental constitui a segunda zona de apa
rá Petróleo no mundo, em ordem de importância, depois dos ee
e tone JO, CORRUMO anual de produtos petrolíferos beira 200 milh dro
j
adiante), às, € a capacidade de refinação é semelhante (qua
de tone
“etaPro dução dessaaprpart
das, ou seja oxiemad
doamemun
ntedo 8%é dado ord em de 15
consumo: Alemantêo
96
erto de 8 milhões de toneladas (especialmente na baci do Ems);
2,7 a
países Baixos,2 milhões; França, cerca de
As pesquisas em curso de realização permite
revisão do crescimento dessa produção, o a dit o i
ficá-la (regiões interessadas: na França, Lacg, Saint-Marcet na
explorada pela Administração Autônoma dos Petróleos da Aquitânia
e a SNAP, Parentis, no perímetro pertencente à Esso, Petite Camar-
gue, Ille-de-France etc.; na Alemanha e nos Países Baixos, a planície
de Ems e a Drenthe; na Itália, o sul da planície do Pó e a Sicília)
Acrescente-se a isso importantes produções, suscetíveis de sofrerem
rápido crescimento, de gás natural: mais de 10 bilhões de metros
cúbicos na Itália, 6 bilhões na França, 14 bilhões nos Países Baixos
e 13 bilhões na Alemanha.
d
om base em investim ento divisas correspondentes. Em
despesas de aquisição e a perda das
geral, o equipamento foi ex
ecutado acima do
nacional, não ap enas numa previsão do
,
O Produto
a
realizadas M terceiro
em escala EXcepcional
Esta disponibilidade
de um material de
rências atuais e a pressão dos trustes petrolíferosref inação acima das :
, desejosos de ie
tar suas vendas, contribuem para a intensificação da
feita pelo óleo combustível c
ao carvão, nos mercados
Ocidental,
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evidente » para que seja
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e fato;
Produção dr Valanço das disponibilidades energéess nec ário insistir so» totalizar *
MesmoSãoquando
da Corrente hidre étri tic as só se a energ! à,
ica com as demais formas de produç
E ução de
uma parte dessa energia é convertida em corrente é létrica-
98
mas retardada, do núcleo do átomo do urânio ou do tório (um pro-
cesso diferente do fenômeno provocado pela explosão da bomba atô-
mica OU pela produção “
de energia em um reator). É, portanto 2 sob
a forma de energia elétrica que são introduzidas no consumo industrial
as novas formas de energia natural, mobilizadas pelas técnicas mo-
d ernas.O consumo mundial de corrente elétrica aumenta
muito rapida-
mente nos mesmos moldes geográficos que o de todas as formas de
energia industrial. Em 1925, a produção mundial era da ordem de
200 bilhões de quilowatts-hora; ultrapassou atualmente de 4.000
bilhões de quilowatts-hora, porém trata-se, em larga proporção, de
uma mutação dos empregos de energia. A produção da energia hidre-
nte,
létrica representa apenas, aproximadame um quarto da produção
total de energia; e, apesar da amplitude dos trabalhos recentemente
realizados, não melhorou em sua colocação, em relação à da energia
elétrica resultante da transformação da energia térmica produzida pela
combustão do carvão e da linhita, em alguns casos, e de produtos
petrolíferos (óleo combustível) e de gás natural, em outros. Em con-
segiência, a produção suplementar de energia devida à construção
de hidrocentrais cresceu, em menos de 40 anos, perto de oito vezes.
A produção de corrente elétrica de origem hidráulica — isto é, suple-
da no mundo.
mentar — é da ordem de 30% da energia consumi
1. 4 produção de energia elétrica. A produção e o consumo
da energia elétrica acham-se determinados por duas características
específicas: a impossibilidade prática de armazenamento da energia
elétrica, a qual deve ser produzida no momento em que é necessitada,
e o rápido aumento do preço da energia entregue proporcionalmente
à distância a ser percorrida entre a central produtora e a usina con-
sumidora até um limite além do qual todo transporte torna-se prati-
camente impossível (1.000 km) 3!. Esses dois fatos explicam a estru-
tura que se teve que estabelecer para assegurar uma distribuição de
energia de acordo com as necessidades verificadas no espaço€ DO
um potencial hidráu-
tempo. A corrente fornecida pela mobilização de
pot a
lico só pode ser utilizada em um local ou perímetro restrito,
é nos limites
fonte de energia não é transportável e a corrente só o
na medida
apontados, Dispositivos especiais devem ser introduzidos
O possível para permitir regular a produção a partir da demanda.
idáuli
« tados da s reservas de energia hidr ca de-À
ade:
Pais es demasiado ado afas
em suas necessidades de consumo de €
v
Neem recorrer,
a '
31. Os trans portes a É : fetuam por linhas de alta tensão
inda a
grande distância se efetuam P
a instalação de linhas com 600.000 volts e a possi EE
bia 0000 volts.
transmissão de corrente contínua. à
99
transformação da energia produzida pelos combustí
reciprocamente, as reservas em potencial por demaveis minerais: e
is afastadas das
zonas consumidoras permanecem inexploradas durante
j : : um perí odo
variavelmente longo, até que sejam criados sistemas regionais de uti-
lização.
A distribuição da produção de energia elétrica acha-se calcada,
grosso modo, sobre a da economia industrial. Ela testemunha,
regio-
nalmente falando, uma relativa independência e uma faculdade cria-
dora de novas zonas de implantação industrial. Continuam inexplo-
radas as maiores reservas em potencial de energia hidrelétrica, afas-
tadas dos grandes centros de indústrialização: bacia do Congo,
Alto Nilo e do Zambeze, na África; o conjunto dos grandes rios que
descem das zonas elevadas da Alta Ásia, na Sibéria, Extremo Oriente
e Índia, e a rede hidrográfica das cadeias de montanhas que orlam
o oceano Pacífico, na América do Norte. Acredita-se que somente
a bacia do Colúmbia, no Oeste dos Estados Unidos, possua uma
capacidade de produção de mais de 150 bilhões de quilowatts-hora,
ou seja, uma vez e meia a produção hidrelétrica atual dos Estados
Unidos. As reservas da África Central e da Ásia constituem dua
fontes aproximadamente iguais, avaliadas em, pelo menos, 500 bilhões
de quilowatts-hora cada uma 32, A energia hidráulica mobilizada re-
presenta apenas uma fraca porção das possibilidades, haja vista a
discordância existente entre a distribuição dos locais de consumo e (
das reservas. Entretanto, a mobilização da energia hidráulica pode
engendrar novas zonas de industrialização e, antes de tudo, de pro-
dução de energia industrial, nas proximidades das regiões já equi-
padas com base no carvão, desde que ofereçam possibilidades de
explotação vantajosa; ou, então, trata-se de um complemento e de
um alargamento das zonas industriais anteriormente estabelecidas: o
equipamento elétrico dos Alpes, na Europa. Também pode ocorrer
a criação de regiões industriais satélites, demasiado afastadas dos
antigos centros para lhes transmitir energia, embora trabalhando para
eles e sob o seu impulso técnico e financeiro e empregando a corrente
elétrica barata de que podem dispor: caso da Escandinávia, do vale
do Saguenay, no Canadá, e do vale do Tennessee, nos Estados Unidos,
do sistema de Angara, do lago Baikal, e do Ienissei, na União
Soviética.
100
Mais lentamente do que se esperava no final da Se gund
a Guerra,
as centrais nucleares começam a atuar sobre o merc ado de energia
elétrica. Em 1968, a produção de eletricidade de origem nuclear s
aproximava de 50 bilhões de kwh, dos quais 40% eram fordiddio
pela Grã-Bretanha, 30% pelos Estados Unidos, 20% pela União
Soviética e O resto pela Itália, a França e o Japão. As centrais que
estão sendo instaladas modificarão esta distribuição em um futuro
pem próximo, além de aumentar sensivelmente a produção. Países
subdesenvolvidos da África e da América do Sul estão construindo
centrais como concurso das grandes sociedades eletrônicas européias
e norte-americanas.
Paralelamente, cresceu a demanda de urânio. O mapa da distri-
buição das reservas conhecidas e da produção, porém, varia de um
ano para Outro, pois as prospecções estão sendo feitas em toda parte
e os investimentos nesse setor têm grande mobilidade. Reservas muito
importantes foram assinaladas no Canadá e nos Estados Unidos. Na
Europa, a Suécia, a Espanha e a França parecem ser os países melhor
dotados do mineral.
Em 1966, a produção mundial atingiu pouco menos de 20 mi-
lhões de toneladas de óxido de urânio, cabendo aos Estados Unidos
40%, ao Canadá 16,5%, à República Sul-Africana 14%, e à
França 10%.
Tipos de centrais hidrelétricas. As usinas elétricas acionadas pela força
hidráulica diferenciam-se com base em dois critérios: a importância respectiva
da mudança de nível e do volume da água deslocada e o regime de escoamento
e a importância dos dispositivos de regularização deste regime. Com base em
uma simples diferença de níveis, podem ser citadas: a ;
1. As usinas de alta queda, que utilizam um pequeno débito, projetado,
de uma altura de várias centenas de metros, sobre as turbinas, seja em uma
única queda (até 1.500 metros pelo menos), seja em um conjunto de quedas
“omportando uma cadeia de usinas funcionando em série. aa
2. As usinas de média queda, que mobilizam um débito bem mais Impo:
sobre um desnível de 20-30 a 200 metros. R
: 3. As usinas de pequena queda, onde a importânc ia das maad ssas de água
e resultante
“Presada acima das turbinas é bem maior do que a força de gravid
um fraco desnível. xpressa em cavalos-
var Podem-se instalar usinas equivalentes cuja potência é € ui lowatts, atraves
de diy Ou, mais fregiientemente, em quilovolts-ampêres c desníveis. A usina
Yersas combinações compensadoras dos débitos .ulação forçada de mais
de 1.000, Noru ega, desenvolve , ao cabo dede uma tu kw.
160.000 de pese ans,
20000na
Trova Metros de desnível, uma potência ispõe d
a àYere, com uma mudança de nível de apenas 105 metros, dispõe
enquanto a de K o a qued ' os
A embs, enfim, com um algarism
da Potência
el,
de 140.000 kw. A significação econômica “oolência 1
de acordo com a possibilidade de io com dois ritmos que
varia de à de maior eficiência
Se Superpó decorrer do ano. O consumo E sina
dem: o diário e o das estações do ano. AU
101
é aquela que pode regular sua produç
sendo a corrente elétrica armazenável ão indsobre as var me
ustrialmento OSS
pode ser mediado se se puderem constituir , E
reservas dee ' à proven
Este inç Cc
Não
suficientes, não apenas para atend er
à um momentân agu a ten
como também para contrabal ançar as irregularidades
z
oa do
e
82
CAPÍTULO HI
A PRODUÇÃO E A COMERCIALIZAÇÃO
DAS MATÉRIAS-PRIMAS
À JS en pior ENE Sa E
o petróleo e os gases naturais, independentes de seus empregos como
fontes de energia, constituem matéria-prima da indúst ria da borracha
sintética, de matérias plásticas, de fibras sintéticas, de
toda uma série
de indústrias têxteis, portanto servindo ainda do no
mínio estrito da
indústria química diferenciada para a fabricação de p rodutos de varia-
do emprego. Fato idêntico observa-se em relação ao carvão e à linhita.
Convém precisar duas noções que fregiientemente se entrecho-
cam: a da promoção de novas matérias-primas e a da diversif
icação
da utilização de produtos de emprego inicialmen restrito a um único
te
objetivo, o que pode torná-los concorrentes de matérias-primas ante-
riormente consideradas como de natureza e destino radicalmente di-
ferentes.
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28 f As
de de cobre
o | mi 4
alumínio (bauxita) e. estanho. e
em metal ETA ss
Zi E o de toneladas de conteúdo
mitos Produção —express
“7 toneladas
Milhão de a de deconteúd
8. Mais o em deme toneladas.
$ milhões
da província de Ituri no Congo Belga (5 milhões de tonelad
66% de teor), não são presentemente consideradas como Re Mai
: . Plotávei.
Veis por“IS de
encontrarem demasiado afastadas dos portos e das vias de comuni
tes. As jazidas da Venezuela, pelo contrário, são intensamente nã 0 existes
o escoamento do minério para os portos do mar das Caraíbas é dlotad 3, pois
mente pelo Orenoco. Enquanto permanecem esquecidas, na flore ácil Especial.
ou brasileira, reservas de minério contendo dois terços do seu E COngolesa
extrai-se febrilmente o minério de 20 a 30% do Baixo Saxe. 9 em Metal,
O minério de ferro é extraído em jazidas superficiais, ou em galer;
nas encostas de um afloramento, ou em poços é galerias de minas Aos abertas
portantes explotações a céu aberto são: as de Minnesota, nos Estados Ui im.
a de Krivoi Rog, na Ucrânia, e as do Ural (União Soviética). Faz-se j quidos;
o desmonte a céu aberto nas jazidas da Estíria (Áustria), Ouenza Aran
na Venezuela, em Konakry (Guiné), no Cleveland inglês, na Lapônia ri
na Índia. e é
Na França, a exploração
é praticada por galerias nas enco Stas das colinas
e por poços; na Alemanha é quase exclusiva a mineração em p OÇOS, sistema que
domina também a Tchecoslováquia. A maior parte dos minérios de ferro
extraída mundialmente é fornecida pelas exportações a céu aberto.
Diante do esgotamento das jazidas de teor elevado, os Estados Unidos
empreenderam uma forma de explotação até então praticada exclusivamente na
valorização dos minérios de metais não-ferrosos: concentração, no local, dos
minérios de 25-30% de teor em concentrados de 58-63%.
antes são as da
39. Na parte asiática da União, as jazidas
ma te, e a de Kazakh.
Chorie, ao sul do Kouzbass, e de Birobidjan, no Extremo Orien
119
Alguns países possuidores de indústrias p esadas de
ferior ao das siderurgias e metalurgias dos trê Babarito ;:
S Brandes gm “Mto in,
gráficos anteriormente estudados são produtor es de Minério Os d to.
dentro das possibilidades permitidas pelas condições Ge ferro
seu território nacional: Argentina, Brasil, China, Índia Boo lógicas
importadores, como o Japão. A China, que dispõe dê o utrália, ou
reservas de minério de ferro, na Mandchúria, nas bacias iderávei
Hoang-Ho e do Yang-tsé-kiang, aumenta sua produção de Ra do
as necessidades de sua indústria nacional. Esta atingiu, depois a ne
o ritmo de 20 a 22 milhões de toneladas de metal por ano. A | e
onde se reconheceram reservas muito elevadas (aproximadament
e É
bilhões de toneladas com teor de pelo menos 50%), tem uma pro-
dução fraca, em virtude do pequeno desenvolvimento de sua siderur-
gia: 15 milhões de toneladas de metal. Vários países elevaram sensi-
velmente sua produção e seu consumo em menos de dez anos: a
Austrália (12 milhões de toneladas de metal), a União Sul-Africana
(menos de 5 milhões de toneladas), e o Brasil (15 milhões de tone-
ladas). Em contraposição, o Japão só está apto a fornecer 1 milhão
de toneladas de metal a uma siderurgia que consome uma quantidade
40 vezes maior.
2) Os novos produtores. O fato mais original verificado nos
10 últimos anos é o aparecimento de mercado de produção de minério
de ferro em países que não possuem indústria, cuja produção acha-se
assim inteiramente disponível para a exportação, ou em países cujos
recursos explotáveis são muitas vezes superiores às necessidades nà-
cionais. zo são:
Os novos Res
produtores
: de minério: de ferro para exportação
- Cerro — B |
a Venezuela (jazidas situadas no baixo vale do Orenoco: or inter-
livar, El Paso), que oferece à economia norte-americana, a car 6
médio da U. S. Steel, proprietária das minas de Pi 20 milhões
da Bethlehem Steel, que explota as de El Paso, cerca de de 1,7 mi
de toneladas de minério com 50% de teor; Chile (Cerca onical
lhões de toneladas de metal); diversos territórios da ig gia é
que se acham capacitados a fornecer, especialmente À a Enquant,
péia, 40 milhões de toneladas de minério com 50% de te «ca na região
até a II Guerra Mundial, o ferro só foi explotado na «nlotação cor
do Magreb e na União Sul-Africana, ge o esforço
us as
centra-se na mobilização das jazidas da "Mauritânia, à Guiné à(roud%
guarda do Rio do Ouro (Idjil ou Fort Gouraud), mais de se
boieli) e, especialmente, do minério laterítico, a
e al
de teor, de Konakry, e dos minérios da Serra Eee África cen
Embora com menor importância que as jazidas se
120
essas jazidas são explotadas em virtude de sua proximidade do mar
do seu teor elevado, pureza e, finalmente, fácil extração mecânica,
A África do Norte, cujas jazidas são explotadas há várias décadas.
fornece 2 milhões de toneladas de minério com 50%; a África Oci-
dental acha-se equipada para uma produção. de 20 milhões de tone-
Jadas.
No Canadá, onde a produção era nula antes da II Guerra Mun-
dial (a Terra Nova constituía, então, um domínio separado que pro-
duzia menos de 1 milhão de toneladas de metal), efetuaram-se obras
consideráveis para proceder à valorização das jazidas situadas na
província do Ontário e das importantes reservas de minério de elevado
teor do Labrador (distrito de Ungawa). Em 1968, o Canadá produziu
40 milhões de toneladas de minério com mais de 50% de teor.
A tonelagem comercializável, fornecida pelos pequenos consumi-
dores ou pelos países coloniais, elevar-se-ia, portanto, anteriormente
a 1960, a 100 milhões de toneladas de minérios ricos, contendo pelo
menos 50 milhões de toneladas de metal. Constitui esse fato um
fenômeno novo, próprio do período posterior à IL Guerra Mundial,
antes da qual os transportes de minério de ferro só se efetuavam
em um âmbito regional, sobretudo por via marítima entre a Suécia,
a Espanha, a África do Norte e os países industriais do noroeste
europeu e entre a Coréia do Norte e a Mandchúria, de um lado, e O
Japão, de outro.
das de j
meopidenta
EN
l e 08 Estados Unidos veda
Preparo de metal novo,
mão
re
gigas
a
500.000 tonela-
Janmita- SN so 9.400.000t
Samã E — 5.500.000t
Guiana britânica ...... ES 3.500.000t
Guiné Se
Ss SO 1.600.000 t
Maid NO 900.000 t
dg e 750.000t
Indonésia ...... cs 0. 900.000t
A bauxita é um minério de fácil extração, que contém
à um quinto do seu peso em alumínio. É ele
um quarto
reduzido à alumina, da
qual o alumínio é extraído por eletrólise. O consumo de corrente elé-
wica nessa operação é muito elevado (16.000 a 20.000 kwh por ara
tonelada de alumínio) e os países dotados de um equipamento e
trico importante são maiores produtores, seja porque essa
producao
corresponde à demanda de seu mercado interno, seja porque ela
“Er exportada, como é o caso do Canadá e, em menor grau,
da Françê
Fáram,Internacio nalização
a Europa e mesmodos os mercados —
Estad ana
; jali-
países que primeiro se industr! vas
intensamente em $
Fecorrer Cada vez maiP o menos um nc Eu o oa agora obrieny
Para evitar
devem cer uma situação emontes externas
elos ou porq
rque as suas est ais
mantidos uem sem estoques estratégicos, 08 di,
atuado, NU transportam a de segurança. Junto com os petro
. são os maiores que atravessam os P ares
Duo EM Eis 1943, Os Estados e
e pio
retiram 33.000
azidas nacionais 6.334,
bauxita” 4º Euerra, O subsolo amenaiagoreteu 12 milhões
2. Matérias-primas de origem animal e vegetal
Em uma economia agrícola arcaica, a agri
cultur
anexas — a coleta, a apanha de lenha, a caça — for €
ção os
asProduçõe
elementos da confecção doméstica, ou por ia à POpula
zados, dos objetos essenciais à produção e à vida aa Especial.
vestimenta: utensílios agrícolas, armas, material culinário ei ou
à
de caça e pesca. A localização da produção das
Matérias tu * “MBenhos
é a mesma que a da utilização. Ndamentais
O desenvolvimento da econom
ia industrial pôs fim à
ções de âmbito local, O au
ment o das encomendas de produt ESsas rela.
tares, por um lado, eliminou os domíni os alim
(especialmente os do pastoreio extensivo
da criaçã
o de carneiros), fazendo desaparece
economias de coleta. Por outro r
lado, a economia colonial fez surgir
a possibilidade de dese nvolver certas produções destinadas à ind
sob condições excepcionalmente
ústria,
vantajosas dos novos domínios geo-
gráficos incorporados à economia industrial. Ora um novo produto,
retirado da lista das produções tropicais, é promov
matéria-prima moderna: algodão, borracha natura idoor aoum nível de
l; a a pr
dução, não há muito incluída no conjunto da economia européia o-é
daí retirada para tornar-se produto de especulação em uma região
,
longínqua (lã). Por outro lado, ainda, o enriquecimen
to do mercado
dos países industriais aumentou sua capacidade de consumo de “mea
produtos caros, específicos de algumas regiões, como a seda, quo
o desenvolvimento das técnicas oferecia, ao mesmo temp 0s
o, me
materiais para a sua substituição (rayon, fibras sintéticas).
1. Produção de algodão. As fibras da semente a o
(Gossypium) são utilizadas há milênios na confecção de O
regiões tropicais, tanto na Ásia quanto açÕa
na América. adoção do
devida à revolução indust rial e à expansão européia,
algodão como a indus-
principal matéria-prima têxtil pelas soci m dos têxteis
triais das regiões temperadas: em 1960, 80% da
tonelage nsistiram em
destinados à fabricação do vestuário e da lingeri e co tivamente
algodão (contra 10% de lã e 10%
de
mínio geográfico da cultura do algodão linho) . or
aumentou cons godoeiro
te, transbordando da área de extensão natural da e pa
º uma planta perene, que floresce e produz
ano, sendo portanto o produto têxtil mais sement essor Cultivando-
procur regiões onde+
como planta anual, foi possível a sua introdução ae mento paturo
q emo é demasiadamente rigoroso para o desenvo ve
da planta. Atualmente, 97% dos algodoeiros são cu variedaE
des
Plantas anuais. Foram separadas por meio de seleção
vegetativo curto — 160 dias aproximada
ciclo ultivadas em países de clima subtropical e de invernos ar
4 . % mente —
er € des orosos
Ee 0 paralelo de 36º, na América do Norte e na Coréia, e em clima
continental europeu até o paralelo de 47º, na Hungria,
Romênia e
Ucrânia. Por outro lado, o algodoeiro , que é um a planta de regiões
úmidas e requer chuvas frequentes (a não ser no último ciclo vital
no momento da maturação dos frutos e da abertura das cápsulas) E
cultivado nas TegIÕES áridas e mesmo em pleno deserto em tuo
irrigadas (Egito, Asia Central); 78% dos campos de algodão mun-
diais acham-se situados em regiões geográficas onde o desenvolyi-
mento espontâneo do algodoeiro é impossível. Entretanto, a cultura
do algodoeiro continua a ser, pelo menos até a época atual, uma
lavoura de região quente e de economia atrasada. Constitui, portanto,
um exemplo de especulação colonial. O sucesso do algodão como
planta têxtil moderna é devido a duas séries de circunstâncias favo-
ráveis:
— a finalidade do tratamento mecânico da fibra, que permitiu
reduzir cada vez mais as despesas do trabalho nas fábricas, conser-
vando-as sempre em um nível inferior ao do custo da lã, fiada ou
tecida;
— a produção da matéria-prima em um quadro colonial ou semi-
colonial, em terras adquiridas a baixo preço e empregando uma mão-
de-obra paga com salários irrisórios.
O algodão descaroçado vale aproximadamente dez vezes menos
vezes menos que os tecidos artificiais ou sintéticos
que a lã e duas
mais baratos. O valor do algodão é determinado pelo comprimento
de suas fibras, de 20 a quase 40 mm, pela sua finura é pela sua
resistência à tração. A diferença entre Os mais cotados e os menos
apreciados é de 4 para 1.
Os rendimentos variam segundo a quan ade técn ica da cultura
s baixos rendimentos
que é assim mais ou menos lucrativa, pois ;
acompanham geralmente a mediocridade ou não do Fiodutos META
um quilo por hectare na Índia e na África; 3 na a e 12 em
EA nos Estados Unidos, no México, no ie (União Soviética)
Ulturas irrigadas do Uzbekistão e do Azerbaidja
+ anto na proporção
E
O
U da EC
Califór a
nia. A renda da cultura tia Re culturas da União
Pa ra 12, ao menos en tr e a . maior pa asa solo durante 08
ea tana e as do Egit e
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135
PRODUÇÃO DE BORRACHA NATURAL
CA E SE ES 114.000 t
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O Caro
oa RA US LONEOS 732.000 t
DR Tr e PANNDORE é 1.041.000 +
EM riste nor ud 1.626.000 +
DS ota pais DT dan a io a 254.000 +
DM ess E DR SL ANA RÃ 1.280.000 +
DB ES ELEITA 1.910.000 +
LEE RM A ue a Sa Da PATO 1.820.000 t
NAO rd tp AL os RN 2.640.000 t
A inquietude a respeito da acessibilidade às fontes de Hevea do
sudeste da Ásia originou, além da produção de borracha de saghyz
na União Soviética (cerca de 100.000 t), o desenvolvimento
das indús-
trias de borracha sintética, empregando como matéria-
prima a hulha
(Buna alemã), os gases naturais e O petróleo (GR-S
americano) ou
os álcoois vegetais (Sovprene da União Soviética). A capa
cidade das
fábricas produtoras de borracha é de mais de 4 milhões
de toneladas,
sendo 1,3 milhão de toneladas para os Estados Unidos,
e outro tanto
para a União Soviética e as repúblicas populares, e mais de
200.000 t
para a Alemanha e o Canadá. Os preços de custo aproximam-se
bas-
tante dos da borracha natural e as qualidades são
mais ou menos
homólogas, a não ser em determinados empregos
particulares para
cada um dos produtos. O mercado de borracha natural é, portanto,
atualmente, um dos mais incertos.
Malisis ,..,;, é aa
; 1.000 Bram Ss
indonésia e Cena APT IE: 22
Tai
lândia brio a doi cs 760 “Divas saSsdacu
o n . 5
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53 Oceânia
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E Decio nas Nova QUA Tiso ss... 0,
RR e 176
136
3. A produção de
lã. Antes da revolu
de carneiro e a lã eram ção indus
utilizadas como matéri trial, as peles
da confecção de tapetes as -prima s do vestuário,
e cobertas, no âmbito da ec onomia
tica e aldeã dos países da zona domés-
antigo. A criação de ca
te mperad a e meditteerr
rrâneo do mundo
rneiros era, assi M, part
e integrante da econ
mia agrícola e uma o-
das primeiras formas de comérciorregional inte
foi a venda das lãs e tecidos realizada pelas regiões
que possuíam o
maior número de carneiros. Este sistema foi desorg
lução indu anizado pela revo-
strial e agrícola, A intensificação da agricultura
reduziu as
possibilidades da criação de ovelhas, a qual foi orientada, nos países
industrializados, para a produção de carne, existindo a produç
de lã e de carne com as chamadas raças cruzadas, especial ão mista
mente na
Inglaterra. A Grã-Bretanha, árbitro do mercado de lã no século XIX
,
fez da produção lanífera uma especulação colonial de tipo particular.
A criação extensiva de carneiros foi introduzida nas chamadas colônias
de povoamento na Austrália, Nova Zelândia e África Austral. Ope-
ração idêntica foi efetuada na Argentina e no Uruguai de tal maneira
que o hemisfério sul tornou-se o principal produtor de lã para o
mercado internacional. Sua produção ultrapassa de muito a das gran-
des economias continentais da União Soviética, Estados Unidos e,
com maior razão, a dos países europeus.
AS INDÚSTRIAS PESADAS
AS INDÚSTRIAS DE EQUIPAMENTO
-
4 SO milhões de toneladas. Encarte — produção de eau
|
b) Distribuição.
ds |
Três formas de distribuição devem ser dit |
renciadas:
— a das indústrias siderúrgicas que foram fixadas na maior
pela presença do redutor, o coque, e da energia necessária
arte
assegurar todas as manipulações de elementos e de peças Pesadas «
para aquecer os fornos e bloomings, etc.;
— a das indústrias de tratamento de metais não-ferrosos ..
com exceção do alumínio — que se encontram, o mais fregiiente.
mente, no próprio local de extração do minério;
— e a da fabricação do alumínio, lig
ada à presença do mercado
de consumo ou da corrente elétrica.
terdã, Dunquerque, Ta
rento, Proximamente
Na fabricação dos metais não-ferrosos Fos),
(com exceção do alumínio), encon-
dêm-se três de loca liza
das fundições de “cobre,ção:70%os das
locais de extração de minérios para
de Zinco, 65% 80%
das de chumbo; os
E E
à As
1 al J l La iai sd
Eh [ D77)s
150
cessos tecnológicos; distinguir-se-ão: as indústri à
Inhita (benzol, amoníaco e derivados, Eira ou ais
a sintética,
lásticos) — bacia franco-belga, Sarre, Rur, Saxe, norte da naBoém:
a
de Moscou-Tula,
na Tchecoslováquia, Donbass e bacia
do IE
as da refinação Pindiig
Soviética, Pensilvânia, nos Estados Unidos;
nos portos das regiões ii
concent radas
leo e da petroquímica,
de petróleo e de gás natural (costa do golfo do México) e nos de
de importação do nordeste dos Estados Unidos e da Europa Ocidental
(na França, no lago de Berre, Gironde, baixo Loire e baixo Sena):
as indústrias do enxofre, mais dispersas, ligadas à produção de super-
fosfatos, à exploração de piritas, do gás sulfuroso (Lacg, na França),
mas frequentemente à presença do carvão; as indústrias de soda, ge-
ralmente ligadas à exploração das salinas ou das minas de sal (salinas
de Giraud, Dombasle, na França); as indústrias de fertilizantes, vin-
culadas à química da hulha (sulfato de amoníaco) e ao tratamento de
sais de produção local ou importado: nas minas de carvão (Lens, na
e
França), nas jazidas de potassa, nos portos que recebem fosfatos
que tratam
também próximo dos mercados de consumo; as indústrias
de origem vegetal importadas desordenadamente ou
matérias-primas
(indústria
mobilizadas no local e cuja localização pode ser indiferente
que se
da borracha, especialmente); enfim, a indústria eletroquímica,
alumínio nas
encontra próxima à eletrometalurgia e à produção do
, Escan-
regiões de forte disponibilidade de corrente elétrica (Canadá
dinávia, Alpes).
— siderurgia,
Todas as indústrias pesadas de primeira elaboração
pesada — são
metalurgia dos metais não-ferrosos, indústria química no caso em que
tanto
indústrias muito concentradas, financeiramente,
ra, como quando os
a concentração geográfica corresponde à financei
de trus-
estabelecimentos dispersos dependem de um pequeno número
tes nacionais ou internacionais (caso da eletroquímica, especialmente).
mercado
Em cada país, um pequeno número de sociedades domina o
do aço, dos metais não-ferrosos, da refinação do petróleo e da petro-
ete.: U. S. Steel, ep
química, dos fertilizantes, explosivos, eras, Dupont E? e
Steel, grupo Guggenheim, Sociedades Petrolíf
mours, nos Estados Unidos; Krupp, Thyssen, ts Raty.
Alemanha; Schneider, Cedo
Hoesch, I. G. Farben, naGobain, pese
de Srs asitioo;
Rhône-Poulenc, a O
Pechiney, Ugine, Saint :
trong, Vickers Maxim, Richard Fen lajes riale noC Luxemburgo, etc.
na Grã-Bretanha; Cockerill, Arbe
151
“
2. As indústrias de equipamento
Dois grandes tipos de indústrias contribuem para assegurar q
desenvolvimento dos dispositivos de produção e de transporte: o das
indústrias de construção e das obras públicas e o das construções
mecânicas, ou metalurgia de transformação. Cada um destes dois
grupos possui um setor de fabricação destinado diretamente ao uso
individual: construção de imóveis de habitação, fabricação de máqui-
nas de uso pessoal ou familiar, tais como automóveis, aparelhos
domésticos, bicicletas e motocicletas, etc.
A
distinção formal, necessária, aliás, entre o destino de uma
parte das obras, com interesse coletivo e produtivo, e as demais, com
fim de utilização individual, é mais aparente do que real, pois o equi-
pamento urbano realiza uma condição de produção — a estabilização
e o alojamento da população ativa, indispensável ao funcionamento
das atividades econômicas. É possível, portanto, tentar a avaliação,
após um primeiro exame do assunto, da importância relativa global
das atividades de construção.
A produção de cimento constituirá, aqui, o índice estatístico.
Os três grandes conjuntos industriais repartem, entre si, 300 milhões
de toneladas (70% aproximadamente) de uma produção mundial
anual de mais de 300 milhões de toneladas: América do Norte, 75
milhões de toneladas (das quais 70 milhões para os Estados Unidos);
Europa Ocidental, 100 milhões; União Soviética e Repúblicas Popu-
lares Européias, 120 milhões. Os países subdesenvolvidos constituem
produtores de muito pequena expressão: 10 milhões de toneladas
para o total da Ásia (com exclusão dos territórios soviéticos), para à
China 19 milhões, e o Japão 50 milhões; 8 milhões para o conjunto
da América do Sul e 8 para o total da África. es
Não é possível utilizar, para a avaliação da importância da indús-
tria da construção, o número de operários empregados nessa indústria,
devido às diferenças consideráveis entre os diversos processos de cons-
trução e, também, às diferenças existentes nas relações quantitativas
entre os efetivos empregados e a importância das obras efetuadas.
Construções de grandes proporções tiveram que ser realizadas
nos países devastados pela guerra. Os maiores quocientes de consumo
de cimento por habitante, revelando a importância da execução de
obras e de construção imobiliária, são encontrados nos Estados Unidos
152
300 kg), na Alemanha (550 kg), na Polór:
Tchecoslová-
e Ena (35 a 450 kg) na França (500 kg), nona Breatanha (350 kg)
Uni0ão Soviética, (400 kg). Conforme as circ uUnstância
tica econômica e social de cada país, as disponib ilidad s e à polí-polí
de construção são aplicadas, em propor es em mate
ção variá vel, na edific rial
ação de
barragen s, de centrais hidráulicas, de pontes e obras de vias fé
no planejamento de portos, construção de fábricas
ou construção de imóveis de locação ou habita , obras E eps
ções individuais ca
À, indústria de construção devem ser relacionadas as diversas
indústrias que contribuem para o fornecimento de utilidades indispen-
sáveis à edificação dos imóveis. A importância dessas indústrias ia
a ser cada vez maior, uma vez que as técnicas de construção recorrem
sempre mais ao emprego de elementos. pré-fabricados de grandes
dimensões e cada vez mais complexos. Geralmente, possuem essas
indústrias múltiplos mercados e, consegiientemente, servem a outras
indústrias além da de construção; sua classificação é, portanto, sujeita
a críticas, tanto mais que se prende a famílias tecnologicamente
diferentes.
A primeira a assinalar é a fabricação de produtos de cerâmica e
de vidraria, que constituem indústrias de construção, pois fornecem
cerâmica, louça, ladrilhos, mosaicos e vidros de todos os tipos, inclu-
sive os isolantes, embora fornecendo, também, outras categorias de
produtos a outros setores industriais: produtos de cerâmica necessá-
rios à siderurgia, à química (revestimento de fornos, vidros especiais
para química), vidros de automóveis, material ferroviário, lentes ópti-
cas, garrafas. Essas indústrias possuem ainda, por outro lado, um
caráter de indústrias leves, graças ao fornecimento, que realizam, de
material de uso doméstico: produtos decorativos de luxo, porcelana
ne-
Sapeeredea
e cristais. No caso de estudos detalhados e regioionais, é possível
cessária a distinção de categoria de estabelecimentos de indústri
: leci-
pesada, operando, sobretudo, no setor equipamento, é o.ducqutan
ÀA primeira
es, fo rn ec en do pr od ut os de uso.
eae ú maior parte,
dessas portantes, situada, na
nacategorias
r agrupa
2 fábricas im : isto é,
em peoiidio ad RA térmica pode ser omedos em NE
nas zonas hulhíferas. A segunda, pelo contrário, = dficamente dis-
de dimensões geralmente muito mais nda + E específicas, como
persas, em função da presença de a rência de tradições Te-
areias e argilas muito puras, caulins, € pi na França — Limoges,
gionais de decoração de fundo folelóricos ccarat, para à porcelana
Nivernais, Ruão, Vallauris, para O oirdode Tchecoslováquia, a Boé-
e os cristais; na Alemanha, à Saxônia; : de produtos de uso
o a
mia; na Polônia, a Silésia, etc. To davia, O fabric
em grande quantidade, sem pretensões artístic
A as, é com
ciado, geograficamente, à indústria pesada (caso do norteUmedanteFrança
asso.
notadamente).
Uma segunda série de indústrias
que pode ser englobada no ativo
da indústria metalúrgica é a fa
bricação
porado à construção: além dos ferros dedo material mecânico incor.
armação, fornecidos Pela
siderurgia, todas as peças metálicas relativas
E às instalações de c ana-
lizações, de aquecimento, de elevadores,
de fechaduras metálicas.
esses objetos, geralmente, fornecidos São
por empresas especializadas, lo-
calizadas seja nas regiões de metalurgia tradicion
pesada,
al e de metalurgia
seja nos maiores centros urbanos que con
stituem mercados
de consumo e eferecem facilidades de
engajamento da mão-de-obra
especializada necessária.
A terceira séria das insdústrias ligadas às con
strução é a da ma-
deira. Compreende a produção da madeira
de andaimes e do viga-
mento destinado a sustentar o concreto, nec
essitando a utilização de
madeiras de espécies e cortes variados, como
as próprias para cons-
trução de marcenaria, para a confecção de sacadas,
soalhos, escadarias
etc. De acordo com os casos particulares, a indú
stria da madeira
prende-se ao domínio da grande empresa ou ao do
artesanato, e
possui, graças a este fato, uma localização que sofre variaçõe
s infinitas.
H — A METALURGIA DE TRANSFORMAÇÃO
154
terial
= maisproduzido
exatas. — É quando
e há possibilidad e de sua 1 A
Utilização «cs ÃO
A título de simplificação, pode ser estabelecida a segu;
sificação:
— indústri a
as de aparelhagem industrial;
— fabricação do material de trans porte
pesado: Construç
vais e material ferroviário; ões na-
— fabricação do material de trans porte
leve: construções ae
náuticas e automobilísticas; ro-
— fabricação de material agrícola;
— fabricação de material elétrico para todos os
usos e de me-
cânica leve
.
A fabricação de produtos de uso individual, em geral produzid
os
pelos mesmos estabelecimentos que fornecem o material de equipa-
mento, engloba grande número de fabricos cuja definição estrita é
difícil, pois é bastante vaga a diferença entre o uso individual sem
fins produtivos e o uso individual que possui repercussões sobre as
atividades de produção (material empregado pelo artesão, automóveis
utilizados para fins profissionais, etc.). Por esta razão, o conjunto das
indústrias metalúrgicas de transformação permanecerá agrupado, no
âmbito do presente trabalho, às indústrias de equipamento.
a) Indústrias de aparelhagem industrial. Essas industrias com-
preendem várias séries de fabricação de material pesado, destinadas
a diversos fins: material destinado à siderurgia, às minas e à indústria
petrolífera, grandes aparelhos elevatórios para as fábricas e para o
equipamento portuário; categorias de fabricação de fianert paia
fábricas, no sentido masi rigoroso do termo, ou seja, de faleiçição
máquinas-ferramentas, trabalhando ou pela retirada de ei
nos mecânicos, perfuradeiras, brocas, limadoras, E e os tipos de
máquinas de fresar), ou por desgaste (afiadores E » (escavadeiras,
esmerilhadores), e equipamento para as obras p o da as, betoneiras
tratores para remover terra, raspadeiras, bombas, o ee assess,
britadores, etc.). Outras séries de fabricação acham-
mente ajustadas ao serviço de o a ializadas: material par a
o têxtil, indústria
a indústria química e alimentar, materia zo mundial pela fabrica-
do couro, etc. A Suécia adquiriu uma TeP A idos e a Uniã
São de rolamentos de esfera, mas OS Eatanioa máquinas-ferramentas;
tica continuam os dois maiores produtores ftália
estão hoje superadas
à França, a Alemanha, a Grã-Bretanha e à e
Pelo Japão. E e, à sa
ssivament:
Essas indústrias desenvolveram-se Fo a E
que se aperfeiçoavam as técnicas e cres
155
Continuaram, na maior parte, implantadas
Nas regiões iniciais de ;
dústria metalúrgica, obedecendo a duas pri
ncipais Solicitações:
proximidade da siderurgia — que é nec
essária especialmente àç
caráter mais pesado, dentre as indústria
s deste tipo; a de Presença do
mercado de encomendas, dos escritórios de estudos das diversas Em.
presas e da mão-de-obra qualificada indispensável a esse tipo
indústria. Trata-se, portanto, de imp de
lantações em geral antigas nas
regiões de indústrias de primeira
elaboração do metal € nas zonas
indústrias diferenciadas e típicas de
das zonas urbanas. Na Inglaterra:
Glasgow, Newcastle, Sheffield,
Birmingham, o Lancashire, o sul
País de Gales, a grande Londres; do
na Suécia, Gotemburgo (fábricas
de rolamentos S.K.F.) e Estocolmo
; na Alemanha, a Renânia, Ber
e Saxônia, Nuremberg, Schweinfu lim,
rth, Stuttgart e a Floresta
na França, a região do Norte, Negra:
o vale do rio Sambre, a região
se, Saint-Etienne, Lião, Troyes, parisien-
Mulhouse, Belfort, Grenoble; na
o grupo de Zurique (Zurique, Suíça,
Winterthur, Oerlikon), Basiléia
Jura, Berna e Genebra; na Bél e o
gica, nas circunvizinhanças de
e em centros dispersos na planície Bruxelas,
belga; na Itália, Turim e, sobretudo,
Milão. Nos Estados Unidos,
a regiã
monopólio das indústrias do aparelhame
terra, Nova York e o vale do nto industrial: Nova Ingla-
rio Mohawk, Filadélfia, Baltim
cinnati. Na União Soviética ore, Cin-
, as indústrias de carát
4
da
Na
— sm a] mm
CD AS
|
- — — — — —
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se E E
1 02 % 3 4
FIGURA 12 — Produção de aut
omóvei
1. 100.000 veículos construídos; — 2. s 1 nomilMundo em 1 em =
das. Quocientes: — 5, Menos hão de veículOs» —
100 pessoas por 1 veículo de 5 pessoas por 1 veículo; “=
«
EC TAP
162
mundo: 100 milhões de veículos em circulzez a
a “produzido nos Estados Unidos em período de paz CSoNe 15 .
bruta, 73% do vidro para e do COUro para forração: e dOrraçha
automobilística emprega cocina ão de operários, porém nãos abricação
maior de trabalhadores vive da conservação e circulação de uia Pe
mercado é, entretanto, bastante instável e uma regularidade relativa Eresçã o
gados SÓ se acha garantida pela junção de fabricações auxiliares (ring
aparelhos
tada pelas domésticos
medidas de) proteção
à de automóveis.
aduaneiraÀ decretadas
exportação pelos pádics diana
de automóveis icul-
foi dificul.
ja diversidade das condições de utilização, a qual não corresponde às pec, e
tâncias de fabricação: nos Estados Unidos, ; adaptadas
à excl Usivamente às cuns-
condi-
ções de uso apropriadas apenas a este país. O número de veículos no
exterior
representa apenas uma fraca proporção da produção nacional: menos de 10%
Em compensação, a indústria americana exporta um grande número de peças,
montadas no estrangeiro por filiais,
A estrutura da indústria de construção e de montagem dos automóveis, nos
Estados Unidos, é fortemente concentrada. Três grandes grupos dividem entre
si a parte essencial do mercado: General Motors (resultante de uma concentração
horizontal que incorporou muitas marcas antigas, guardando, porém, as refe-
rências Chevrolet, Pontiac, Oldsmobile, Oakland, La Salle, Cadillac), com fábrica
em Flint, Detroit, Pontiac, Lansing; Ford, que absorveu as fábricas Lincoln, Mer-
cury, Detroit e Dearborn; Chrysler, que integrou De Soto, Dodge, Plymouth,
com as suas fábricas situadas em Detroit. Os demais construtores estabelece-
ram-se em Detroit (Hudson, Nash, Packard), em Willow Run, em Michigan
(Kaiser), em Toledo (Willis), em South Bend, Indiana (Studebaker). É fácil
observar-se que à concentração das empresas corresponde' uma forte concen-
tração geográfica, que faz de Detroit o maior centro de fabricação automobi-
lística do mundo. A fabricação de peças é, todavia, muito mais dispersa e, para
facilitar o fornecimento ao mercado, as grandes sociedades abrem fábricas de
montagem em diferentes regiões dos Estados Unidos (Cleveland, Milwaukee,
Saint-Louis, etc.) e nos portos da costa atlântica. : ra
Considerando-se o número de viaturas produzidas, a mais forte indústria
automobilística européia foi a indústria britânica até 1955: após 1960, ela foi
superada pela indústria alemã. Esta indústria é baseada nos mercados do ex-
terior, sobretudo nos da Commonwealth. Cerca de dois terços da produção são
exportados. É constituída por mais de 30 sociedades, reagrupadas, em e
Por concentração. Os grupos mais importantes são: a British Motor opra S ,
die congrega as fábricas Austin de Birmingham, Nuffield aqui o SÊ
Tri e Wolseley de Oxford; o grupo Ford de Dagenham, seg
Feto do de Coventry, Rootes (Hillman, Humber, Sunbean), Siddeley Daimler,
ses grupos, as principais fábricas são as de Armstrong ley,
Jaguar, , Lanchester, , Le
Lea Francis,:
todas em Conventry, Aston Martinord, e Jense
Lagonca,
em
em Feltham (Middlesex), Bristol, em Bristol, Vauxhall em e as so-
““st-Bromwich-Birmingham, Frazer Nash em Isleworth (Mi cográfica
;
f londrinas; Aliardo” y e Rolls
Bentlequase min
Royce. Aah localização am
destas fábricas é muito nítida: todas estão situadas em
entry, Oxford e em Londres e sua proximidade Need
E indústria a ancesa ocupa O Seu mercado
Ocidental, com a Do serah de 2 milhões de ea a exportação
rima é muito menos importante do que o da e es em s
Era “Senta apenas um quarto ou um quinto da produç ical em estabelecimen qe
n “levado à que foi conduzida a concentração a j np qnto: cors
9 08 da Renault, das empresas Citroén e Peugeot. E
1
o plano horizontal (quatro empresas): administração Re,
pn E Citroén, Peugeot, Simca-Chrysler
viaturas particulares e 90% das utilitárias. Geograficamente, constroem 965%,acha.
esta indústria Ee
se quase que integralmente concentrada na região parisiense, com exceção as
estratégica, as construções
Devido ao seu caráter de indústria pub licações estatísticas.
ar ao apa rec ime nto de
aeronáuticas não dão lug
por tan to, difícil def ini r as ver dad eiras proporções das indústrias
É, as dos Estados Uni-
s aer oná uti cas são
nacionaisali s indústriaem
. As asmainooreNor Wa sh ington (Seattle) e na Califórnia
dos, loc zad des te,
icaa, (re gião
e no Tex as; às da Uni:ão naSoviét
Sib éri Kra s-
(Los Angeles), no em Kansas tov , Ta mb ov , Ode ssa
Ros
industrial central,
div ers os cen tros dis per sos Nº Ural). Na
noiarsk, Khabarovsk e em são enc ont rad os na Grã-Bre-
os maiores centros Cowes, Lon-
Europa Ocidental, Yeovil , Sou tha mpt on,
l, Hull, França (onde essa
tanha: Conventry, :Bristo Dessau, Fri edr isc haf en; na
nr na Alemanha 193 8-3 9): Par is, Lião, Toulouse e O
em |
pois foi descentralizada
(Bo urg es, Châ tea uro ux, etc.). à toda pe
oeste violenta se instalou contra
indú Uma concorrência pon dessa luta são os
tos culminantes
d Ustria americana. Os
e a rea liz açã o do Concorde. indústria muiÉ to
O Carave lle , agrícola . ÉÉ estae s t a “+um
. a
; d) A indústri tria do material o das mais eo ee
uz in do um aparelha me nt
“iciesferenciada, prod s às di fere ntes ou t :
s, adaptada
se de todas as dimensoõe é, às diversas escalas técnica
da explotação, ist : a rododu
reçãs o poqurteáteivasi
da E im ! possíví el dar uma idéia numérica de
tor aos P
eifadeira-debulhadora e do tra 165
para o tratamento da vinha, dos arados puxados por tratores das
grandes planícies de lavoura mecanizada aos pequenos utensílios elé.
tricos das fazendas e aos cultivadores mecânicos da cultura de horta.
liças. É necessário, porém, definir os grandes setores geográficos de
produção maciça de material diferenciado e material pesado,
A indústria do material agrícola apresenta sua forma mais evo-
luída e espetacular nos países de agricultura concentrada e altamente
mecanizada: os Estados Unidos e a União Soviética, em primeiro
lugar. A produção de tratores é de mais de 1 milhão de unidades de
15 cv por ano, nos Estados Unidos e na União Soviética. Mais re-
cente na Europa Ocidental, ela se apresenta em grande parte como
a montagem de peças importadas da América. A França, a Grã-Bre-
tanha e a Alemanha constróem cada uma mais de 100.000 tratores
por ano.
Essa indústria se confunde, por outro lado, com a do material
pesado dos trabalhos públicos, bulldozers, compressores etc., muito
poderosa nos Estados Unidos.
Fora da União Soviética e das repúblicas populares, que cons-
tituem um mercado interno e que desenvolveram intensamente sua
própria fabricação, o mercado internacional das máquinas agrícolas
é, em proporção elevada, um mercado americano, havendo duas alter-
nativas; ou as máquinas americanas são exportadas pela fábricas dos
Estados Unidos, ou então são montadas, com peças vindas de além
do Atlântico, em filiais das sociedades americanas: Massey-Harris,
em Vierzon, Cima-Wallut (International Harvester Mac Cormick),
em Saint-Dizier, e em Montataire, na França, realizando a montagem
de tratores e máquinas complexas.
Nos Estados Unidos, os principais estabelecimentos localizam-se,
por um lado, na região industrial do Nordeste: Canton, na Pensil-
vânia, Chattanooga, no Tennessee, Richmond, em Indiana, Spring-
field, em Ohio, e, por outro lado, nas regiões de grande lavoura
mecanizada, constituindo um mercado local: Milwaukee, Chicago,
Saint-Paul, Nova Orleãs.
Na União Soviética, os primeiros estabelecimentos fornecedores
de material mecanizado para a agricultura foram os de Kharkov,
Estalingrado e Tcheliabinsk. Como nos Estados Unidos, podem ser
aí distinguidas duas zonas mais importantes de localização das fábricas,
construídas no decorrer dos últimos 20 anos: as antigas
ar onde as fábricas estão igualmente voltadas para asregiões
pro-
o especializadas dos campos vizinhos: Leningrado, Revel, Kovno,
omel, Tula, Orel, Riazan; estabelecimentos produtores de material
pesado para a lavoura das grandes planícies, em Saratov, Estalingrado,
166
Zaporojié, Rostov, Novosibirsk, Krasnoiarsk, Blagovetchensk. ou d
material especializado para determinadas culturas. Tachkent (c I t ;
res de algodão), Armavir, Tbilissi, etc, É ese
Estes dois países possuem toda uma gama de fabricações, com-
preendendo tratores de todos os tipos e potências, material pesado
para à cultura de cereais, máquinas especializadas para a colheita de
milho e cana-de-açúcar, arrancadores de batatas, de linho, espalha-
dores de esterco, máquinas para drenar brejos, para preparar os arro-
zais, dispositivos de mecânica hidráulica, de equipamento de estábulos.
Na Inglaterra e na Alemanha, a fabricação das máquinas agrí-
colas não se acha geograficamente separada da indústria de apare-
lhamento industrial em geral. A Suécia possui quase que o monopólio
europeu da produção do material da moderna aparelhagem de estábu-
los e leiterias. Gotemburgo e Estocolmo são os dois principais centros
de produção, como também do aparelhamento industrial de uso geral.
Na França, é maior a dispersão das indústrias de material agrícola. A
região de Montbéliard fornece o material de uso tradicional. As fá-
bricas de máquinas agrícolas encontram-se no Berry, no vale do
Oise, na zona de Lião, em Chartres, Sens, Saint-Dizier, em Bézier
(aparelhagem vitícola), em Avignon, etc.
utos para
As pequenas indústrias metalúrgicas que fornecem prod
cas de caldei-
o artesanato ou para uso particular — pequenas fábri bo,
objetos de chum
ras, oficinas de fundição de latas, oficinas de
oarias, cutelarias —
material de aquecimento central, serralharias, reloj
diferentes: como Im-
apresentam-se geograficamente, sob duas formas
comprometidas devido à anti-
plantações tradicionais, hoje bastante mais recentes,
das empresas
guidade das instalações e à concorrência
(joalheria do Jura, cutelaria
técnica e financeiramente mais poderosas
Nozent ou de Thie rs, armas e bicicletas de Saint-Etienne é vale
de e como iuisirias
exemplos),
do Doubs, na França, entre outrdaos pequena metalurgia das grande
urbanas, em parte continuadoras
cidades, no começo do século XIX (Bellevile, em Paris ), sendo s
por-
, téc
ad as so br e ba se
lativo fund
ráter especu
outro lado, criações de ca ramente sól das. As geito É to
resas tra-
para à
balham, fregientemente, para à indústria e
de uso individual. «áctrias eletromecà-
abastecedoras
e) As indústrias eletromecânicas — As indi
nicas, que se desenvolveram primeiro sob o roliferaram nos
de motores e de aparelhagem das usinas as nd radioelétrico,
últimos vinte anos sob a forma de indústrias go re dos aparelhos
dos aparelhos eletrônicos, das máquinas Re
167
de controle e de telecomando e dos computadores. Elas têm também
um lugar importante no ciclo das indústrias nucleares.
O desenvolvimento dessas indústrias — que pedem investimen.
tos muito grandes e um alto grau de tecnicidade — É específico dos
países industriais mais avançados: os Estados Unidos, a União Sa
viética, a Grã-Bretanha, a República Federal Alemã, a Suécia, à
Itália, os Países Baixos, a Tchecoslováquia e a França. As locali-
zações mais favoráveis para essas indústrias são a proximidade dos
mercados das indústrias mais evoluídas e as capitais, pois o fator
principal para sua implantação é a presença de quadros técnicos e
de uma mão-de-obra altamente qualificada.
Sob certas condições, estas indústrias podem ser distribuídas fora
dos grandes núcleos urbanos ou implantadas nas cidades do interior,
desde que elas sejam bem servidas por redes de transporte e de cir-
culação (na França, Nice, Montpellier, Dijon).
168
CAPÍTULO V
trabalho da lã e do couro.
Também no âmbito internacional é maior a difusão das in dá
triais têxteis do que a das indústrias pesadas, que requerem, ao Dia
tempo, condições básicas mais estritas e investimentos
de Maior vulto
Países desprovidos de indústrias pesadas, ou insuficientemente
trializados, possuem indústrias leves que se prendem a dois indus-
principais: BTupos
174
CONSUMO INDUSTRIAL DE ALGODÃO
EM 1967 (em milhares de cond RENDA
eee Re +
nas + Ents
>>>. 2-cieace 174
Grã-Bretanha a
UU DS 246
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Teheconlováquia sisersrs ss io
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Emule ias
178
A indústria da lã apresenta uma concentração Beog
rentes países produtores de tecidos. A mais forte oieeránica
fica Variável
nos dife
fi
Inglaterra (230.000 t consumidas, 4,4 milhões de fusos) ques veri cada na
excelência, na Inglaterra, é o distrito de West Reading (Y na lanígera por
dos rios Airee Calder (Leeds, Bradford, Halifax, Dewsbur DrER MF), nos vales
Os antigos distritos produtores de lã da época préindustrial audersfield, Bic);
País de Gales e a Escócia, cederam lugar ao Yorkshire onde ompreendendo q
todas as fábricas que trabalham as lãs penteadas e à pie fgo acham quase
que empregam lãs cardadas. às instalações
Na França ds ada t consumidas, 1,2 milhã o de fusos, dos
quais 900.000
ara as lãs penteadas), a concentração é menos adiantada. ai
a Roubaix-Toucoing aí manufature 63% dos fios e 60% RR de É
As outras zonas em que se trabalha a lã são: a região de Fourmies, o ea
de Sedan, ainda no Norte, os centros auxiliares de Beauvais e Amiens Bohain
Caudry e Saint-Quentin, a região do baixo Sena (Elbeuf, Louviers), o Leste
com Colmar Mulhouse, Saint-Marie-aux-Mines, Bischwiller, as cidades lanígeras
isoladas de Reims, Châteauroux, Romorantin, Vairons e Vienne e, para o
tratamento das peles com lã, ou deslanagem, Mazamet,
Na Alemanha, igualmente, a distribuição é muito dispersa (97.000 t de lã
bruta consumidas, 1.200.000 fusos, repartidos em duas partes aproximadamente
iguais, para o tratamento das lãs cardadas e penteadas). As duas zonas de maior
Bialystok, Lodz e Varsóvia, na Polônia; Cheb, Liberec, Brno, na Tchecoslo-
Gladbach, Aix-la-Chapelle; na República Democrática, o Saxe. Indústrias im-
portantes animam igualmente os subúrbios de Bremen e Hamburgo.
Os outros centros europeus de lã são os de Verviers, na Bélgica; Basiléia,
Saint-Gall e Zurique, na Suíça; Novara, Caselle Torinese, Biella, na Itália:
Barcelona, na Espanha; Covilhã, em Portugal; Wroclaw, Opole, Tesin, Bielsko,
Bialystok, Lodz e Varsóvia, na Polônia; Cheb, Liberec, Brno, na Tchecoslo-
váquia. Na União Soviética, a lã é trabalhada na região industrial central, em
torno de Moscou, e em Tchernigov, Tambov, Poltava, Ulianovsk (260 milhões
de metros de tecidos).
Nos Estados Unidos (305.000 t de lá desengordurada consumida, 1,3
milhão de fusos, 217 milhões de metros de tecidos fabricados), 90% da indús-
tria de lã conservaram-se no Nordeste, de onde a indústria algodoeira e mc
parcialmente, Os três Estados particularmente interessados são à Pens o
Re
(Filadélfia), o Massachusetts (Lawrence), o Rhode Island (Proridgneo).
plicas modestas dessa indústria localizam-se nas grandes cidades cana
de Montreal, Quebec e Toronto.
No Japão, a indústria da lã acha-se geralmente associi ada à do à Igodão”
na Austrália, desenvolve-se nos grandes mercados de
(locoama, Nagóia);
“uta, em Sydney, Melbourne e Adelaide. É Ea
; dução da matéria-primí
ds A indústria da seda acha-se ligada à pro“ndústria japonesa e chi-
graças a este fato, uma indústria DT UÇÃO
n sendo, em parte,mente, atual-
esa e, secundaria italiana e francesa (cuja P : o
Nte, acha-se quase abandonada) — e à existên
e
Na ATO, Sob este segundo aspecto, é ela, sob retudo, americana Pct E Juxo a indús-
tri York, Paterson). Criadora de indústria” de las das fibras
a da seda sofre a concorrência e é substituída Pe
179
artificiais e sintéticas; estas são dependentes das indústrias química
e mais ou menos integradas comercialmente = &, por consegiiência,
geográfica e estruturalmente — às indústrias cujo sucesso e Passado
são baseados sobre o trabalho da seda natural. Resulta desse fato
uma certa correlação entre as indústrias da seda, do rayon e do nylon,
próximas aos mercados de confecção e de malharia de luxo, na Eu-
ropa e na América (zona de Lião, na França, com a Rhodiaceta),
O tratamento das fibras secundárias, para vestuários ou para
usos industriais, encontra-se distribuído entre os países de origem da
matéria-prima: indústria do linho, na União Soviética (Bielo-Rússia,
Rússia Ocidental, Ucrânia Ocidental), na Polônia, na Alemanha, Bél-
gica, França e no conjunto das regiões que utilizam fios e tecidos
diversificados, na Europa Ocidental e no nordeste dos Estados Uni-
dos: indústria da juta, em Bengala (onde a separação entre a União
Indiana e o Paquistão impôs uma redistribuição dos estabelecimentos
industriais que se encontravam separados das zonas de cultura pela
fronteira entre os dois países — emigração da indústria da região de
Calcutá para o Paquistão Oriental) e nos portos de importação euro-
peus (Dunquerque, Dundee).
O tipo industrial final, no ciclo do trabalho dos produtos têxteis,
é o da confecção, da moda e da decoração, indústria típica dos grandes
centros urbanos, ligada ao mercado de consumo, às facilidades de
engajamento de mão-de-obra qualificada e às iniciativas criadoras.
Esta indústria é muito menos difundida do que a indústria têxtil
de base, especialmente no caso de suas formas mais evoluídas. É
necessário distinguir-se entre a confecção e a fabricação das fazendas
de decoração de qualidade comum e as das indústrias de luxo. A fa-
bricação de vestuários do tipo europeu, há pouco tempo concentrada
na Europa Ocidental e na América do Norte, dando lugar a um co-
mércio internacional lucrativo, expandiu-se largamente. Alguns países,
entretanto, graças a esforços contínuos de criação e ao emprego
de
mão-de-obra de excepcional qualidade, conservaram o monopólio da
indústria da moda, da alta costura e da lingerie fina, cujos produtos
assinados são procurados por uma clientela rica dos diversos paises
da Europa e da América. A França, com Paris, e a Itália, com Milão,
acham-se na vanguarda deste tipo de produção, detendo, igualment
e,
Posições privilegiadas no mercado dos produtos de luxo em geral, tais
como à marroquinaria, a joalheria e a ourivesaria. Apesar das tenta-
tivas realizadas para a criação de indústrias similares
em outros países,
Paris e Milão conservam-se em primeiro plano, desempenhando à
moda e a arte um papel de importância na balança comer cial da
França e da Itália.
180
A indústria da confecção e da moda possui uma estrutura muito especial,
Enquanto as empresas, ARRaRNa aaa no mercado internacional para a realização
de um comércio dos mais RES oa situam-se em primeiro plano entre as
sociedades de negócios, parte do trabalho é confiada a modestos executantes
ue trabalham à domicílio: alfaites, costureiras especializadas, bordadeiras, pe-
leteiros, A mesma profissão, or VENCE a mesma série de produção, associa os
iniciadores da produção, inspit ados em uma cultura artistica elevada, operários
de grande experiência pt ofissional que adquirem uma destreza invejável e tra-
palhadores obscuros, operários imigrados que trabalham em casebres. Dentro
deste assunto, Paris é o mais espantoso laboratório de confecções e das indús-
trias de arte.
184
| POR
!
Dos
] E,
Ho '
y p,
CAPÍTULO 1
triais Fornec
indi endo aembora
q , atnsinania, rimas
matérias-pri m indus-
dução : coletividades
human as.A organização primitiva da agrícola repousa sobre
CC
SAR
198
das usinas de açúcar do norte da França, dos negociantes de vinho
do Midi, etc.). Inversamente, os produtores organizam-se, em certos
casos, para valorizar de per si os produtos brutos de suas explo-
tações, dentro de sistemas cooperativos (cooperativas leiteiras da Di-
namarca, cooperativas vitícolas da França e de queijo e manteiga do
Jura e Charentes).
Estimula a produção o aumento de consumo resultante do cres-
cimento constante dos pedidos das zonas urbanas (advindo do cres-
cimento demográfico, da elevação do nível de vida médio e da diver-
sificação da alimentação das populações urbanas, fortes consumidores
dos produtos da criação de gado, de legumes e de frutas). Enquanto
quantidades cada vez maiores de produtos puderem ser vendidas por
preços vantajosos, a explotação agrícola será encorajada a desenvol-
ver a sua produção, quantitativa e qualitativamente. Esta operação
não deixa de ser arriscada, pois todo aumento da oferta, mais rápido
do que a procura, ou inversamente, toda redução do consumo, con-
secutiva a uma crise da economia industrial, repercute sobre os preços,
podendo ir até a venda dos produtos agrícolas por preços ínfimos.
Por outro lado, um equilíbrio circunstancial estabelecido entre con-
sumo e produção nacional pode ser prejudicado por uma revisão dos
sistemas alfandegários e da política internacional.
Apesar das contradições e das instabilidades, a evolução geral,
na Europa Ocidental, é, desde mais de um século, dominada por um
constante esforço de crescimento da produção. Porém, os preços dos
produtos agrícolas tiveram um aumento menos rápido do que os
preços industriais; a remuneração do trabalho agrícola viu-se desfa-
vorecida, em relação à remuneração do industrial. Essa diferença foi
acrescida pela melhoria mais rápida da produtividade do trabalho in-
dustrial e o êxodo rural, assim encorajado, acelerou-se. As trans-
formações da agricultura foram devidas, no decorrer dos 100 últimos
anos e, sobretudo, durante o último meio século, a um duplo impulso:
procura de rendimentos mais'elevados, para cada cultura e para o
conjunto de cada explotação (portanto, para o conjunto do complexo
agrícola próprio à região e à explotação em particular), e crescimento
da produção em relação ao tempo de trabalho e à quantidade de
mão-de-obra empregada. Ao mesmo tempo que a revolução industrial
criava as condições desta evolução, fornecia os seus instrumentos.
Os modos de produção agrícola foram transformados pela intro-
dução de técnicas industriais ou, pelo menos, de produtos industriais
no trabalho da terra. Mesmo nas explotações que se conservavam
afastadas da motorização, os meios de trabalho foram transformados,
em proporções frequentemente subestimadas, em relação às condições
199
de explotação do século XVIII. Com utensílios manuais, um home
necessita 40 dias para trabalhar um hectare, ao Passo que, com uma
parelha de cavalos e um arado, o mesmo trabalho é feito em apenas
um dia. Com um trator de 25 c.v., é suficiente
Ex uma hora, Para ceifa
1 hectare, por volta de 1750, eram necessários 40 a 50 trabalhadores
utilizando a foice; em 1830, com a foice grande, aperfeiçoada, eram
suficientes 25 a 30; quarenta anos mais tarde, com uma segadora
não eram necessários mais de 8 a 10 homens; em 1905, com uma
ceifadeira-enfaixadeira, eram necessários apenas um a dois operários
agrícolas e, hoje em dia, uma segadeira-debulhadora recolhe e debulha
o grão em todo um hectare, com apenas um condutor e gastando
apenas meio-dia... 7?
A pesquisa científica, inseparável do desenvolvimento de uma
economia industrial, trouxe considerável auxílio à agricultura. Exer-
ce-se essa pesquisa em duas direções essenciais: a melhoria dos solos
e a harmonização das culturas e das aptidões naturais dos terrenos
(secundada pela indústria química, é ela a base do aumento dos ren-
dimentos e da conservação do potencial de produção dos solos, graças
ao uso racional dos adubos), a criação de novas espécies, variedades
e raças de animais domésticos e plantas cultivadas, a racionalização
dos métodos de alimentação dos rebanhos, etc.
A substituição de uma economia agrícola de subsistência local
por uma economia agrícola de mercado, na Europa Ocidental, foi
acompanhada pela progressiva liquidação das últimas sobrevivências
de uma explotação coletiva da terra. O desenvolvimento do indivi-
dualismo agrário, iniciado desde o princípio da época moderna, com-
pletou-se pelo quadro das iniciativas privadas, face às novas condições
criadas pelo progressivo aumento do setor de comercialização da
produção. 4 economia agrária da Europa Ocidental é uma economia
de empresas individuais, cujas dimensões e cuja estrutura são infini-
tamente variáveis. Segundo as diversas regiões, são dominantes a pe-
quena ou a grande propriedade. No conjunto, o número de pequenos
proprietários é infinitamente superior ao dos grandes proprietários,
porém, a superfície ocupada por estes últimos é, em geral, conside-
rável. Pertence ao estudo regional a determinação das relações numé-
ricas entre os diferentes tipos de propriedade de icada zona. À origem
dos proprietários é também variável. Aos herdeiros das possessões
senhoriais e à pequena propriedade rural, por vezes aumentada pela
compra de terras, e à liquidação de hipotecas em proveito de homens
79. De acordo com H. Brousse, “La productivité du travail dans Pagri-
culture”, Revue écon., IV, 1953, no 5, pág.
628.
200
de negócios do local, associam-se diversas formas de propriedade
burguesa, resultante de compras de terras por comerciantes, indus-
triais, pessoas que exercem profissões liberais, etc. As modificações
ora simplificaram a estrutura em parcelas, pelo reagrupamento de
terras extensivamente pertencentes a diferentes proprietários, ora, pelo
contrário, agravaram o parcelamento, consegiiência natural de parti-
lhas devidas à sucessão e baseado originariamente na procura, por
parte das famílias rurais, de uma verdadeira amostragem dos diversos
tipos de solo da zona, favorável à diversificação dos modos de utili-
zação da terra. Este parcelamento, prejudicial às atuais formas de
trabalho, é corrigido por uma revisão cadastral, comportando a troca
de parcelas entre os diversos proprietários de uma comuna: o rea-
grupamento.
Os modos de explotação são em número de três: a explotação
direta, sob a forma de uma explotação da pequena propriedade rural
pela própria família, ou com a utilização de mão-de-obra assalariada
(territórios vitícolas do Midi, grande propriedade cerealífera em torno
de Paris e no norte da França, na Bélgica, na Alemanha Ocidental,
na Grã-Bretanha, na Itália), o arrendamento e a parceria. O arren-
damento — que, em numerosos casos, substitui a tradicional parceria
— é uma apropriação, sob forma de contrato, do empreendimento
agrícola por um explotador que possui o aparelhamento necessário e
adquire o direito de explotar a propriedade em troca do pagamento
de uma renda em dinheiro, geralmente combinada tendo-se em vista
o valor da principal produção. A parceria, mais acessível à população
pobre, pois o proprietário. fornece uma parte, ao menos, do material
“de trabalho, adubos e sementes, implica a partilha, pela meia ou pela
terça parte (para o proprietário), de todas as colheitas.
O emprego dos modernos meios de produção introduziu uma
noção nova na economia agrícola — a do investimento. A não ser
nas explotações pobres, obrigatoriamente rotineiras, a abertura de
cada zona produtora faz-se com base em um total variável de des-
pesas de explotação. Por outro lado, o encargo de explotação de uma
fazenda, seja como proprietário ou como locatário, supõe a posse
de instrumentos de produção, cujo valor é, em geral, muito superior
ao do material de trabalho de uma empresa comercial ou de artesa-
nato. Para uma explotação familiar simples, relativa à valorização
de 10 a 12 hectares, de acordo com a qualidade das terras, são neces-
sários, inicialmente, vários milhões. Os investimentos relativos a uma
propriedade agrícola com uma centena de hectares são da mesma
ordem de grandeza do que os que requerem uma pequena empresa
industrial.
201
Tais circunstâncias colocam em situação desigual à Peque
de explotações agrícolas, em relação às exigências da ha e q
er balho, como a motorizacs Moderni.
zação. Certas formas de area d já aNAD realizada
quando 6 q Mecan;
s ni-
zação, só apresentam rentabilidade Ee
explotações bastante vastas e sem solução de continuidade, levand
consequentemente, ao reagrupamento de propriedades: q aquis; a
de um material dispendioso necessita um capital que não Eid ção
realizado pelo pequeno proprietário. Daí resulta uma diferencia.
de técnicas, de rendimento e de produtividade do trabalho, entre a,
pequenas explotações, e as regiões onde estas dominam, e as gran E
explotações onde já se efetuou a concentração da terra. Os rendi-
mentos podem variar na proporção de 1 para 3, ou mesmo 4 (10 à
12 q de grãos por hectare, contra 45 a 50); os rendimentos do
trabalho variam em uma proporção ainda mais forte, de 1 a 10. Na
hipótese de uma competição entre as explotações dos dois casos, a
pequena propriedade rural seria esmagada. A consegiiência disto é
a concentração das terras. O despovoamento dos campos acelera-se:
a redução do número das explotações acompanha-se, com efeito, da
do número de trabalhadores agrícolas. Uma grande fazenda, de 100
a 300 hectares, inteiramente motorizada e mecanizada, onde a criação
se acha virtualmente suprimida, pode funcionar como fazenda de
grande lavoura de cereais, beterraba e forragens (destinadas a venda)
com 3 a 5 trabalhadores, enquanto uma fazenda de mesma dimensão,
antes da motorização e da mecanização contemporâneas, empregaria,
além de 12 a 20 trabalhadores permanentes, equipes de trabalhadores
nas épocas da colheitas; e 10 a 20 pequenas fazendas, de 10 a 15
hectares cada, mobilizariam o trabalho de 25 a 50 pessoas.
A procura do máximo proveito com relação aos investimentos
(preço da terra, montante do gado arrendado e do material mecânico
de produção e despesas anuais) conduz a uma simplificação dos SS”
temas de cultura e à redução das especulações, levando ao preço
de uma mão-de-obra numerosa (capina de lavouras, cuidados we É
cu)
gado) ouo ao recurso a máquinas especializadas, dispendiosas,
utilizaçã só é rentável quando em grandes superfícies. NR
A procura
ação dadas maior rentabilidade do material e as ces a
mecaniz explotações médias ou mesmo pequenas go
ição de que est as possuam uma estrutura maciç :
aciça ou tenham
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material agrí» cola
a riaç
início do E uti
SA é Ee geral é relativamente simples. Até O
vidade E Noria dos rendimentos e um aumento sensívele, a todos
'º trabalho puderam ser obtidos, indiretament '
os tipos de explotação, graças à racionalização dos métodos da la-
voura e da criação do gado disseminada pelos serviços públicos (na
França, as Diretorias dos Serviços Agrícolas e as cadeiras de ensina-
mentos agrícolas) e pela ação de interesses particulares, os dos explo-
tadores de propriedades, que coincidiam, até certo ponto, com os dos
comerciantes de sementes, os proprietários de haras, os vendedores
de adubos e de material agrícola, cuja propaganda progressiva con-
fundiu-se com a publicidade comercial, O progresso da agricultura
é, até aí, independente da dimensão das explotações, embora as pos-
sibilidades do investimento não sejam idênticas. De 20 anos para cá,
sobretudo, a vantagem das grandes explotações marcou-se fortemente,
pois o progresso técnico acha-se ligado à possibilidade de grandes
investimentos e de trabalho em grandes unidades de explotação e de
cultura. A pequena propriedade só pode aguentar a concorrência da
grande nos domínios muito estritamente limitados das culturas es-
peciais (culturas de hortaliças e de fruteiras, por exemplo), ou de
uma economia intensiva destinada à produção de alimento para o
gado.
Entretanto, a evolução rural é muito diferente segundo os países
e segundo as zonas no interior de cada país. A Inglaterra deu grande
impulso à modernização de sua agricultura, há já mais de meio século.
Na Bélgica, na Alemanha, no norte da França, a grande lavoura
ganha rapidamente terreno. Em regiões onde a variedade de terrenos
favorece, ainda um pouco, a diferenciação da explotação, a pequena
lavoura ou a criação em fazendas de dimensões reduzidas mantêm,
não sem dificuldade, a sua posição, porém assegurando apenas rendas
medíocres. Na Itália, o problema social é mais importante que o eco-
nômico, sendo essencial, atualmente, assegurar a uma população e
numerosa (que não pode pretender entrar na indústria a não chega
a empregar todos os seus trabalhadores) as condições no re
tenção. Nos Países Baixos, a densidade da população rur E pos E
tada pelo desenvolvimento de culturas especiais, de grande ne cã
mento. Enfim, mesmo dentro de uma evolução comum, às Te E
das diversas zonas de uma mesma região não se dão sob rg a ,
ritmo, transformando-se certas regiões mais rapidamente do que ao
tras. A característica dominante da economia agrícola da aa
dental continua, portanto, sendo a diversificação, apesar
midade dos processos de transformação.
A União Soviética resolveu de uma O aro vo A
blema da concentração técnica da pps Uma reforma agrária
agricultura altamente motorizada e PDR
203
inicial cedeu a propriedade da totalidade do solo
cultivado aos s
poneses que nele trabalham, expropriando os domínios da am-
nobres e da Igreja. As terras de cada aldeia foram, em segui
grupadas em cooperativas de trabalho, com a coletivização d
e a constituição de economias coletivas aldeãs (kolkhozes), Umads terras
part
da terra é explotada sob a forma de fazenda do Estado,
nhando o papel de fazendas experimentais, os sovkhozes. desempe.
A fim de
facilitar o emprego racional-do material pesado, procedeu
-se, após a
Il Guerra Mundial, a fusões de kolkhozes, para
a constituição de
unidades de explotação maiores (da ordem
de 1.000 a alguns milha.
res de hectares, de acordo com as regiões e as culturas
domi
Mas os camponeses estão ainda mal adaptados psicológica nantes).
e social.
mente à agricultura coletivizada e os rendimen
tos são inferiores às
possibilidades e às perspectivas dos planos.
Nas repúblicas populares européias e asiáticas for
am efetuadas
reformas agrárias em seguida à II Guerra Mundia
l, fazendo desa-
parecer os grandes domínios pertencentes a prop
rietários não-rurais
e radicando à terra os operários agrícolas, aumentando a superfície
das propriedades demasiado pequenas, suprimindo todas as rend
as
por parte dos camponeses, a não ser o pagamento,
ao Estado, de uma
indenização pela instalação nas terras recém-atribuídas (so
ma leve,
equivalente a um ano de colheita e pagável em prestaçõ
es). Uma
rede de parques de máquinas e tratores foi instalada, send
o os cam-
poneses convidados a se agruparem em cooperativas. O desenvol
vi-
mento destas é mais ou menos rápido, segundo os países.
204
colas Rs a qualquer dono de empresa, seja ela ou nã
gem rural, undar e conduzir uma explotação especial a sea
do gado ou das av PERSA. 8 Pie=
dução do milho z e na engorda . o
o de vacas leitei es, na plantação
das árvores frutíferAas, na criaçã
£
ras, I
etc.ão
. A ec on om ia ag rí co la colonial
IV de matérias-primas agr-
neros al im en tí ci os e cípio,
A necessidade de gêomias industriais (especialmente, à prin mes-
econ e
ao
colas por parte das striais da Europa Ocidi ntal) deu oigem,
das economias indu iai . das gran
des espec
“vas, ula como à id
ao desenvolvimento
mo tempo,
norica tem o do ad os , no século XIX , às re gi Me
õe da
s, €
pro
NO
duç
emp
ãoo
reg
e a Austrália, e de empres de tipo d a * copicais o
mas oos
de gêneros específicos dos cli «ações agrícolas levadas
de mão-de-obra colonial, paga com onde a espe á
Con vém fazer a distinção entre 2º Mic as, dos
nas "JS. = baixamento
a efeito pela colonização, les ser produzidos nas
repousa, sobretudo, nas possibilidades
os
de custo de produtos homólogos 298
1
fronteiras dos países industriais (colonização da
exemplo: Africa do Norte por
vinhedos da Argélia) e as das zonas quentes,
o emprego de mão-de-obra barata ea pesquisa de
onde se aliam
produtos adap tados
ao clima (plantações de bananeiras na América
Central, de Seringuei-
ras na Ásia do Sudeste). Dá-se o nome de économie de “plantat
ion”
a esta forma de explotação. É ela caracterizada,
cultura de subsistência das populações circ relativamente à poli-
unvizinhas, Por uma espe.
cializaç ão
variavelmente desenvolvida em função das Preo
cupações
comerciais. A mão-de-obra pode ser consegui
da nas vilas, em torno
das quais uma fração do terreno é consagrada às culturas alim
que lhe são necessárias, ou pura e simplesm entares
ente recrutada nas aldeias
das vizinhanças, sendo paga em espécie ou em
cereais importados,
O objetivo de uma plantation pode variar de acordo
com as mutações
da conjuntura comercial. Quando não é possível
uma mutação da
produção, ou quando essa modificação é cons
iderada como mais dis-
pendiosa do que o abandono puro e simples do emp
reendimento, a
plantação é desprezada, pois a venda deixa
de ser vantajosa. Grande
empresa, baseada sobre importantes investimento
s, em geral forne-
cidos pelos acionistas de uma sociedade, figura como uma empresa
industrial em relação à agricultura tradicional
que a rodeia. A eco-
nomia de plantation pode, também, ser a forma inicial da
de regiões que ainda não haviam sido ocupadas valorização
agricolamente (plan-
tações brasileiras de café, instaladas em derr
ubadas na floresta).
Esta economia, capaz de assegurar lucros cons
ideráveis e rápidos
em um período de evolução ascendente dos
preços, é frágil como
toda economia especulativa. Atualmente encontra
-se em regressão em
algumas regiões onde constituiu uma caracter
ística da intervenção
econômica européia no século XIX e início do
XX. Com efeito, é
em geral mais vantajoso introduzir uma cultura
especulativa na eco-
nomi a nativa do que arcar com todos os riscos
plantations nativas produzem mais da metade da da operação. As
a natureza da pro
borracha. Quando
dução o permite, os choques de especulação são
amcrtecidos, se a cultura comercial puder ser introduzida no con-
junto de um sistema de cultura diferenciada. (caso da economia
feeira do Brasil: desenvolvimento da produç ca-
ão por sitiantes ou peque-
nos lavradores, ao lado das antigas grandes
fazendas). 80
CCC
80. Para o
desenvolvimento desse capítulo
de géographie rurale, Paris, ver PrerrRE GEORGE, Précis
P.U,F., 2º edição, 1967.
206
CAPÍTULO II
A PRODUÇÃO DE CEREAIS
E
E
Es
210 .
É o , aA RR RA a ARO
alimentação do gado. A colheita mundial de Ocevada é total milhz
de 115E milhões
milhões. peso
de toneladas, e à da aveia, de SO milho associado : colheita
de grão, na zona do trigo, sem contar o
toneladas. m certas
regiões, eleva-se a 465 milhões de
Grandemente disseminada pelo mundo — a tal ponto
pode, justamente, afirmar que o trigo é colhido em alguma ken e
mundo em todos os períodos do ano — temperadas a cul Ê
trigo é rm
a cultura . doPenetra,
das zonas
tura cerealífera por excelência ,
214
PRODUÇÃO E IMPORTAÇÃO D
EUROPA OCIDENTALE
E
DE CENTEIO NA
Trigo Centeio
Produção Importacã E
1967 1966. “De De
EESBEGEnHA Ss. 2........ 4 4
MR Rs sas esses 1 0,2 02
RR es so 0,4 :
Dinamarca ................ 0,4 0,1 02
RS BROS Ss .. 0... 0,6 0,6 0,2 0,2
ER ci cces esses. 1 0,5 01 E
República Federal Alemã ... 4,5 1 3
REM ng co ren secas. 14 0,5 0,4
SE cs 9 1 0,1 0,1
RR 0 cos essa + 0,3 0,4
MA sarro Erros 0,7 0,2 0,3
216
integralmente absorvida pelo mercado nacion al de ca
:
sendo sempre considerada como suficiente, so da país: e nãox
b este aspecto,
Trigo Centeio
Polônia CD RR RR RR RT RT RR 3,9 o
Tohecoslováguia ..susesssecsseresssrereerrer 2,5 a
Hungria a RR id DEV dia COMIRdeL ara DUDA 6 e OeaSTRseri os
SRS 3 0,2
Romênia RR DE eo» cen ramas o vu s ancas Pasto 5,8 0,1
Bulgária ......... RRNÃO pmeniaios Esp nsna
usines
e, a es 3 0,1
República Democrática Alemã .........ccccesecerero. 2 2
RR coreses rrurcs a ins 20,2 11
s
26,7 37 30 41
19,4 30,9
Eestados Unidos .. 13,3 15 16
do) 11 15
Canadá ..se-ee
2,
PRODUÇÃO MUNDIAL DE MILHO EM 1967 &
(em milhões de toneladas)
REMRES | Europa E,
ceara ara o
“eua
ta tas
“.
..
América do Sul
mitindo sempre duas culturas por ano, por vezes três, OU, mais »
mumente, cinco em cada dois anos. it
Às suas condições naturais, excepcionalmente favoráveis oz...
uma pobreza de técnicas de cultura, o que impõe as Populações v'º
o cultivam um trabalho extremamente fatigante e ininterrupto sand
obter rendimentos medíocres: 1 ha de terras das planícies
do De
Asiático fornece, em duas colheitas, 25 q de grão, conseguido “a
trabalho constante, do começo ao fim do ano, de uma
camponeses. Resultado idêntico é obtido nas planícies família de
argilosas da
Europa Ocidental, em uma só colheita, no quadro de explot ações o
cinco homens são suficientes para cultivar, com máquinas apropr
das, ia.
uma centena de hectares. A pressão demográfica torna
a subtração de uma parte de superfície cultivável para impossível
a cultura de
plantas forrageiras; trata-se, portanto, de uma cultura
da qual o gado
se acha quase que excluído (Ásia do Sudeste, China)
cessita procurar
ou, então, ne-
sua alimentação fora das zonas cultivadas (Índia). *
o sistema de cultura dominante
é o sist
cendimentos medíocres e muito baixos na Índia ( ema primitivo, com
10a 12q por hect
a-
re)
dé , est (25 q), ressentindo- se sempre da ausência
maiercs o eléevdeadosadubnaos,Chindaa de generação das variedades
insegurança das colheitas, mal protegidas con d cultivadas,
de lçÕõS tra as intempéries e :
(ruptura dos diques protetores). A colheita final é je
tanto, muito inferior à que poderia ser rea
lizada com a iba des
técnicas. |
O Japão oferece um exemplo de cultura de tradição social e
tecnicamente aperfeiçoada (seleção das sementes, estudos pedológicos,
uso de adubos). Os rendimentos médios são cerca de duas vezes
superiores aos da China e quatro vezes superiores aos da Índia.
A rizicultura africana não é tecnicamente superior à da Índia;
a da América Latina é equivalente à chinesa. Os melhores rendi-
mentos são obtidos na Guiana Inglesa, por agricultores originários
da Índia e da Indonésia, que obtêm mais de 25 q por hectare.
A Europa oferece exemplos de cultura desenvolvida, no estilo
das culturas asiáticas: a seleção das sementes, a preparação dos ter-
renos, o uso de adubos fazem-na comparável à rizicultura japonesa.
Os métodos de trabalho na Espanha e Itália são comparáveis aos da
Ásia. Nestes países é que são obtidos os maiores rendimentos do
mundo: 55 q em média, por hectare, na Itália, 56 na Espanha, é
41 na França.
União Soviética
A rizicultura americana e a de certas regiões da ra
(Kuban ) é uma cultura mecanizada, em que o papel da mão-de-ob
ns] na Ásia e na Fui = é
preços de custo excepcionalmente baixos, & se
rença entre os salários americanos ou soviéticos € OS do 07%
Oriente,vezesproe duz em-serenainda o25 dasa 35cultquin por hectare, *
tais anas
duas meio o diment uras indi .
é a
Devido a suas condições ecológicas, a cultura do arroz e
ficamente muito concentrada, ocupando gua DO aoloro 29 mi-
Paises produtores: na Índia, as milhões de milhões; na China, 30
lhões; no Paquistão, 10,5 milhões, sobre 94 Mid uma
ga sobre
Milhões, sobre 973 milhões. A produção mundial 6 So" cográfica
um domínio
d
ana de milhões de hectares, que constinEm or de
de asa pl cs su ss gra (ver a Fig- 15).
qe América do Sul
Colômbia Road
CAPÍTULO III
232
ER DIA
PRODUÇÃO MUN L DE VINHO —
(em milhões de hectolitros) id
cc ASP PRA
RR e es 205,4
D emi r e
recria, 74
RR
SAPO co dad 23
Portal Endaas
CT O aii -
RR ss e
Grécia RSI ebsittem ot o nie trlestáro RP aa
Aascu l t
iõeda rde
vi
s umed airr-a
ite
pl o da França. reg
vitíc ola. O exemiguidade,
A grande produção desde a Antigu
à
uém dos quais ela recuou DO
disseminou-se pela França
até seus limites geográficos extremos: nã traçada, aproE século
râneas
É XIX ais ultrapassa r uma
s e à fronteira do Laocultivado. Rui pelo
ga ee = Reim A fecun-
prod ução com pequ enos T s em que era dos
XVIII, foi uma 0ô desenvolvimento do comércio
sabor, POP sat
seu característico colônias d Midi
didade das videiras das : 233
vinhos provocaram, desde a segunda metade do século XVIII, uma extenç;
da videira à planícies do Languedoc. Porém o mercado dos vinhos Contino”
a ser quantitativamente bastante restrito, e servindo a uma freguesia que,
= ; E fora
do setor de consumo familiar dos produtos,
se indentifica com a aristocraçi,
e a burguesia, e E d
234
tos (30 a 40 hi por hectare). Fora
do mercado nacional i o
ou cada vinho velho tem seu mercado próprio no estrange; cada vinh verde
panhas e os espumantes, o mercado da América do Sul er: para os cham-
tropicais; para os vinhos Bordéus, os mercados anglo-saxô oa países coloniais
do Leste, : os mer
e cados belga, z suíço, alemão, etc X0es; para os vinhos
Esse
geral, muito exíguos, em relação à capacidade da produção mercados x
são, em
Os vinhos da África do Norte são vi foi :
grandes domínios pertencentes a colonos ou e a goi E= ns
de Orã (alguns vinhos de colina, também,
especialmente na Tuná ne
Com uma gradu ação elevada de álcool, em
recqniao geral
d Pe
estes vinhos servem, em parte, ao corte de vinhos
mais fracos da o
pelos vinhedos de planície do território
metropolitano. O sonia ai %
muito fraco (população muçulmana), e a venda no exteri
or se tornou oia
vez mais difícil depois da independência.
co
3. 60 milhões — Chá: — 4. 10.000 t; — 5. 100.000 t.
N
ticadas na China, não são avalia das, figurando este país nos a
É o ; É À Nuários
estatísticos com uma produção muito inferior à verdadeira,
238
Sobre uma produção mundial de 4 milhões de toneladas, 2a
milhões são comercializados. A cultura do café é, portanto
jura especulativa, voltada para o mercado internacional - ae
Esta especulação é, antes de tudo, uma espe ã Ta:
II Bud
Desde o início do século XX, até a Organizada mid oeE iei
ara
mundial. no quadro
entregou 70% da produção
economia de grandes plantações (as fazendas), esta especulação E
freu os efeitos de uma grave crise de superprodução, proveniente, de
um lado, do constante aumento da produção brasileira (190.000 t
para a média de produção dos anos de 1909-1913, 1.600.000 t em
1929) e, de outro, pelo empobrecimento dos países compradores,
especialmente dos europeus, em seguida à crise econômica. Depois
de se ver na contingência de sacrificar importantes estoques (várias
centenas de milhares de toneladas), o Brasil limitou sua produção.
As plantações foram em parte abandonadas ou transformadas. Uma
parte importante do café tornou-se uma colheita própria de pequenos
explotadores, os sitiantes, mas também foram introduzidas novas plan-
da
tações, baseadas na produção de qualidades superiores. O recuo
do declínio
produção brasileira, em valor absoluto, foi acompanhado
1962, menos de
em valor relativo, em relação à produção mundial:
1965-1967, 1.500.000 t.
50%, com 2 milhões de toneladas. Média de
-americanos: à Amé-
Os demais produtores são igualmente latino os outros países da
16,5%, a Colômbia 14%,
rica Central fornece
O restante do mundo
América do Sul 4,3% da produção mundial. de colônias africanas,
só entra com 16%; trata-se, principalmente,
da a fim de que as metrópoles
onde a cultura do café foi introduzi aos À argrre
imperiais européias pudessem evitar as encomendas
ou, ao menos, reduzir o vol ume destas. *! A pare
da América Latina dução mundial. A Ásia e à
co mais de 15% da pro
produz pou
nia produzem apenas 160.000 t. à É nível de
Os paí ses de elevad o
Os principais consumidores são É as, ou Seja,
vida: os Estados Unidos absorve 1,3 milhão de Mem 900.000
ip t,
ge m comerc ializa da; a Eur O
opa
52% da tonela id or eur opeu: 9» axe
36%. A Pi o é o maior co ns um
ciado no mercado internacional. cializado;
oceânica continental
fresca linho, colza, papoula, nabo silvestre
Zona temperada
240
com predominância da estação seca
amendoim
Zona quente
com predominância da estação chuvosa
palmeira
coqueiro
241
gr. Culturas de plantas sacarígenas
Laranjas
Rs =: 800 = 4s
Cs SA ER 2.000 50 100
EUA go 2 = 321 — —
rogressivas obtêm
e A “ .
s com p
didos entre 3.000 a 10.000 litros de leite: vales d e margens calcreen.
ár
dos arredores de Paris, Thiérache, Flandres, Países Baixos, Dinias
a.
marca, Inglaterra Meridional, planície suíça, etc.; nos Estados Uni
vd pião dos wraauts Lagos, especialmente o Wisconsin Este
DO bastante do que é praticado para ;
abastecimento das leiterias industriais e das cooperativas para a fa-
bricação da manteiga e dos queijos (Charente, Normandia, na Fran-
ça; Holanda, Dinamarca).
A criação de gado leiteiro de montanha distingue-se pelas suas
formas de adaptação ao relevo e ao isolamento. A forma tradicional
é caracterizada pelas migrações sazonárias do rebanho, nas zonas de
médias altitudes e, sobretudo, nas altas montanhas, e pela fabricação
de queijos, durante o verão, nos chalets d'alpages. 197 O desenvolvi-
mento das culturas forrageiras e dos pastos artificiais tende a diminuir
a importância destas migrações, especialmente nos Vosges e nos Alpes
do norte da França, permanecendo os rebanhos nos vales. Porém, o
relativo isolamento das zonas de criação das montanhas, em relação
aos centros de consumo dos produtos, contribui para manter a tra-
dição da fabricação dos queijos que podem suportar transporte a
longas distâncias e longos prazos (requeijões de massa dura).
A produção dos animais de corte dá, em geral, lugar, igualmen-
trata aqui
te, a uma separação das zonas geográficas, mas não se
de migrações sazonárias. Certas regiões — geralmente regiões de
montanhas — são especializadas na reprodução e criação de pda:
ante produção
outras, que são zonas de clima fresco e com abund
destinados ao gado
vegetação herbácea ou de forrageiras e cereais
regiões si
são consagradas à engorda. Anteriormente, eram estas
vias de com
das próximo às zonas de consumo ou às grandzoes para ko e
prejuí
que permitissem um escoamento sem ouro.
s
A pr ' no
carne dos animais destinados ao matad Rss alquer
ções dos transportes rápidos (caminhões, à quais
de engorda) e a possibilidade da descentralizaç rá tomam
pi
ss À aos frigoríficos, ra eae : ]
a
Um maior número de regiões. As con
Solo e de qualidade das eis retomam uma importância que
age, isto
é àq época rebanhospelos
em que osutilizadas
197. Cabanas aldeões
ocupam os pastos queijos. mein
montaria, osEos
de transumância; aí também o gado se abriga é 5º 255
À 4 vs
Ph São de Carne
e de ária.
I Vinos, —. 4. 4, Produção de
e! 1 milhão
ilhão de tone ladas
A criação de carneiros só é praticada, atualmente, na
na América do Norte, para a produção de carne; a produ Europa e
ção de 1
só aparece como um recurso secundário, embora a seleção
por cruzamentos, permita a obtenção
de raças,
de quantidades
aPreciáveis-
22% do rebanho. O Hemisfério Sul, que fornece ao Mercado inter.
nacional a maior parte de lã comercializada, cria cerca de 36% do
rebanho ovino do mundo: 360 milhões de cabeças, em um total
de
1.000 milhões. O restante é criado na União Soviética e
nas fegiões
semi-áridas do Hemisfério Norte, na África do Norte (50 milhões),
na Ásia (180 milhões) e na América do Norte (Estados Unidos e
México, 40 milhões).
Os produtos da pesca. 10º O consumo de produtos marinhos era,
inicialmente, próprio de civilizações situadas à beira-mar, de pequena
extensão geográfica. O desenvolvimento dos transportes, o aumento
do número dos consumidores urbanos de peixe, a utilização das téc-
nicas de refrigeração permitiram o aumento progressivo do mercado
do peixe e de produtos do mar, em geral.
Entretanto, a distribuição dos estabelecimentos de pesca e o
consumo de peixe continuam concentrados sobre um pequeno número
de regiões do globo: o nordeste da Europa (mar do Norte), 4a 5
milhões de toneladas; a Ásia Oriental (mar do Japão, mar da China,
mar de Okhotsk, as grandes profundidades dos arquipélagos do ocea-
no Pacífico), 7,8 milhões de toneladas; o noroeste do Pacífico (cos-
tas ocidentais dos Estados Unidos e do Canadá) e o noroeste do
Atlântico, 3 a 4 milhões de toneladas; costas ocidentais da América
do Sul, 6 milhões de toneladas.
Além dessas zonas principais de pescaria, a pesca é panicade
na África do Sul (300 a 500.000 t), no Mediterrâneo (menos de
milhão de toneladas) e nas costas ocidentais da África. A introdução
das técnicas de elaboração da farinha de peixe lançou a grande e
culação peruana: 10.000.000 t pescadas em 1967 (primeiro lug
no mundo),
A distribuição dessa atividade está condicion
juntos de condições ada a vários e
— naturais, econômicas e técnicas. Eras
prolifera nas águas em que se dá a mistur
diferentes e de pequena profundidade (sobrea a depladuas temper tinen-
taforma ato
tal, nos mares costeiros ou nas grandes
nas zonas temperadas, onde se encontramprofun didades, espec
correntes polares e q uen-
——a e —
DO e E 10,000
A So Ré 7.800 Indonésia. uia cesso 1.000
DMR O cas Sumos a 5.800 Dinamatca => 2=5. ===: 850
NORDeRAas re aiçã D200 = PrançãO o ssa 820
Estados Unidos* ..... 22400" Rlipinas- uses rare so 720
MME 1.370 Pata se E 710
Espéuha 7.5. 1.380 Alemanha Ocidental ... 660
Ene as. Es 1.360 Sudoeste africano ...... 650
CG ES 1.300 África do Sul* ........
TE
904
ar sara A E BR ST RA 501
Grã-Bretanha ........ 1.066
q
Total mundial ...... 56.800
et
ei
110. As tonelagens de peixe são tonelagens em-bruto; as da carne, ar
H1. Os países marcados com um asterisco têm dados referentes a
264
secundária, ou a produtos de luxo, enquanto o essencia
sidades imediata l das ne
s é fornecido pela autoprodução. A esse res Cs.
não há diferenças notáveis entre a Europa, as colônias da Amo
a África ou a Ásia, Especializações regionais dão lugar, ao
Idade Média, a diversas formas de irradiação Beográfica da atividade
das regiões em que se fabricam tecidos, com
o a Toscana ou Flam.
dres, ou das zonas de forja e fabricação
de armas (Suécia, Liége
Solingen), cujas trajetórias cortam as
tribuidores dos
que partiam dos portos redis-
produtos do Oriente e, mais tard
Ocidentais. Caravanas de animais e, os das Índias
de cargas, até o século XVI, um
modesto transporte de mercadorias
em
gação fluvial, de muito fraca capacidadcarros, uma pitoresca nave
e de deslocamento, uma
Pequena cabotagem marítima, foram
suficientes, durante séculos, para
assegurar a reputação das cidades merc
antis e a fortuna de sua bur-
guesia, o brilho das feiras periódicas.
Na realidade, o que possuía o
aspecto de um fenômeno de primeira
grandeza no campo comercial
e no plano urbano — sendo a cidade,
em numerosos casos, criação
da atividade comercial e sempre bene
ficiando-se dessa atividade —
parece irrisório na época atual. As maio
res metrópoles comerciais só
excepcionalmente agrupavam mais de
100.000 habitantes sob a con-
dição de serem, ao mesmo tempo, capitais
aristocracia fundiária e administrativa — políticas e residenciais de
amontoados sobre espaços
exíguos, onde a atividade, por ser concentrada, aparentava ser mais
intensa.
Se algum dos mecanismos financeiros dos dias
engendrados pelas primeiras experiências de atuais foram
comércio pré-industrial,
encontramo-nos, todavia, distanciados
desse comércio por uma revo-
lução inseparável da industria
l, compreendida no conjunto
aspectos econômicos e téc
nicos,
de seus
1. CARACTERÍSTICAS ORIGINAIS
CIRCULAÇÃO NA ÉPOCA CONTEMDO COMÉRCIO E DA
PORÂNEA
Em relação às formas comerciais da época pré-industrial,
) ial O
comércio atual apresenta oito características originais:
1. A autoprodução,
car erística da economia rural
dustrial, só subsiste em estado act
fra gme
acid
(países subdesenvolvidos). nta do nos países pcrindus E
contra-se, A autarcia familiar
aliás, alterada ou local inici dos
Pela explotação de produt pelos mecanismos
coloniais O
turados. Nos países ind os brutos e penetração de objetos a
ustriais, deve-se levar aro
em conta uma
268
autoprodução de gêneros alimentício
rém o ciclo produção-consumo, mesmo neste caso, es
um circuito fechado. O fato dominante,
em economia industrial
tá longe de ser
a especialização funcional das diferentes categorias pro da éé
população, a concentração de uma parte considerável da ais da
lações em zonas industriais e urbanas e o estabelecimento de conde
“de trocas de produtos, das quais
as mais diretamente perceptíveis
| ,
as que interessam À ao abastec
| ime nto dessas regiões indust
riais em ma-
térias-primas e gêneros alimentícios. Uma primeira form
cio, nascida da revolução industrial e da ur a de comér-
banização consecutiva, é
portanto, o comércio regional e inter-regional de prod ,
utos agrícolas.
Esse comércio evolui da forma local à de correntes diversificadas,
provenientes das especializações regionais, baseadas na realização das
margens de lucros mais elevadas entre o preço de custo e o preço dos
mercados urbanos, dentro das condições naturais. Essa diversificação
é tanto maior quanto a elevação dos níveis de vida médio e a rápida
ascensão financeira das classes privilegiadas favorecem a multiplica-
ção dos produtos consumidos.
2. Enquanto o comércio regional e, com maior razão, o inter-
nacional da época pré-industrial só diziam respeito a produtos de
peso leve e elevado valor, pertencendo em maioria à categoria de
produtos de luxo (seda, chá, especiarias, algodão e tecidos de algo-
dão, açúcar de cana), o comércio contemporâneo interessa a todas
as categorias de produtos e movimenta grandes quantidades de aítigos
comuns.
3. As produções industriais trazem a mobilização E na
matérias-primas ou desenvolvem, em proporções consider: E E
consumo das matérias-primas tradicionais. A tonelagem mago Re
transitada não pode ser absolutamente an ass sá es caso das
transações comerciais da época pré-industrial. age costibrestivola
matérias-primas das indústrias pesadas, o consumo almente, a mais
minerais e de minérios concentrados eleva-se, amu tal dá lugar e
de 2 bilhões e meio de toneladas. Um terço so tado de cereais
comércio internacional. Os transportes a TO O con-
envolvem quantidades da ordem de 60 milhões
ela tonelagem.
j o dos produtos agrícolas chega ao dobro daqu
junt
Paralelamente, o valor das trocas e em pari bilhões de
internacionais atingiu um nível muito elevado, ds do valor das trocas
para as importações e exportações. A com stra as diferenças a
e da renda nacional de diversos países economia de AEE
mércio exterior segundo a natureza da
269
Na Grã-Bretanha, o montante do
comércio eXt
a 33% da renda nacional; na França é ligeiramenteerior corres Ponde
da renda nacional, e nos Estados Unidos não chega ainferio
10% e
ropa (não incluída a URSS) é responsável POr
mércio mundial: 45%, contra 16 quase metade sm
% da América do Norte. E =
correspondente ao comércio externo na economia de cada pais E
riável; é tanto maior quanto mais incapaz for o território n aciona
de corresponder às necessidades l
das indústrias e do Consumo. A
sibilidade das diversas econom sen.
ias desenvolvidas em Tel
funcionamento dos mecanismos eco ação ao bom
nômicos é, portanto, desigual.
Porém, o comércio internacional
e, com maior razão, as trocas inte
regionais são condiç ões fundamentais no r.
desenvolvimento dos pro-
cessos específicos da economia ind
ustrial.
4. Uma fração importante do
movimento comercial (implica
relações comerciais e transportes a
longas distâncias. Na medida do
possível, o deslocamento de produtos ditos ponder
osos, isto é, com
pequeno valor intrínseco por unidade de
peso, é feito em distâncias
curtas, especialmente quando se trata de
transportes continentais,
mais caros do que os marítimos, Todavia,
1 bilhão de toneladas de
petróleo, 300 milhões de toneladas de minéri
os, de sais minerais, de
madeira devem transpor vários milhares de quilômetr
os entre as zonas
de produção e de consumo. Os trigos canadense
s, argentinos, austra-
lianos, as lãs australianas é neozelandezas, as carnes do Hemisfério
Sul, os frutos tropicais, a borracha natural, os óleos de palma, os
amendoins, o açúcar de cana, o algodão, transitam de um con
tinente
a outro e, em certos casos mesmo, são produzidos nos pontos antí
-
podas dos locais de consumo.
5. O comércio
.
internacional
.
e
s
baseia-s
diferentes em
ções de trocas complementares, cuja harmon sr :
-
manência da ia é a condição “a
atividade comercial. O equilíbrio
uma garantia da estabilidade da da baecon
lança co
£
é encarado como . E
omia 7 e das
trocas.
É
Várias combin; ações comerciaisis acham-se atualmente em vigor
no mundo:
a)
O comércio do tipo pacto colonial de
repousa sobr e rage
produtos manufaturados, fornecidos
dutos brutos pelos
(matérias-primas industriais países industriais, uiabes
ou produtos de sisárcio
entregues pelos países de economia
subdesenvolvida. Esto ubordina-
comporta, em graus diversos e sob formas
variadas,
ção, ao menos econômica, do país subdesenvolvido ne
em re
lação ao
270
industrial. Este é le
vado a evitar, dura
desenvolvimento de uma nte o m &0r t
empo possível,
produção de ar t; 80s O
manufaturados.
países fornecedores de matérias brutas, a fim de manter 0 disposito.
de trocas, específicas do sistema. Este tipo de met e o dispositivo
via de regressão, devido ao desmoronamente dos bi e em
coloniais e das modificações que daí resultam. nas ci impérios
cas entre antigas colônias e antigas metrópoles E
b) O comércio entre países industriais comporta o ajustamento
das trocas . às especial
£
izaç ões próprias a cada país e a seu desigual
.
1 nto técnico e produtivo em cada domínio: o melho or
“
desenvolvime
exemplo é fornecido pelas trocas entre a Suíça e as economias vizi-
nhas, alemã, francesa, etc. Partindo-se desta situação de fato, esti-
ma-se, geralmente, que o desenvolvimento industrial de um país sub-
desenvolvido, caso este modifique profundamente suas relações co-
merciais com seus antigos aliados industriais, pondo fim ao comércio
de tipo pacto colonial, não reduz necessariamente o valor das trocas
que, aliás, interessarão a novas categorias de produtos. A intensidade
das relações comerciais pode, mesmo, ser aumentada.
c) O equilíbrio da balança comercial não se fundamenta uni-
camente nas trocas de mercadorias. As exportações e importações
concretas aliam-se exportações e importações invisíveis: colocação
de capitais e interesses dos ditos capitais; cessão, a título oneroso,
de patentes e serviços técnicos; aluguel de material industrial e de
serviços de transportes. Essas operações fazem-se por page
achando-se assim expostas a todas as circunstâncias que pao
O
na observação desses contratos. aq E
lugar a demandas,
da balança comercial pode ser corrigido por operações de cré
curto ou a longo prazo, artificial e temporariamente.
Em jnados aos tipos
6. Os mecanismos comerciais acham-se apt anttanta
de relações financeiras e políticas entre os diversos patses.
. um fi valores
a) Asiguaoper
no
- sê q . o, e a e E ii E O
xima de 2.000 milhões de toneladas,
Tomando.
a e 100, a tonelagem do comércio mar mo
71 em 1932, época da crise, supera o nível de 1929 íti
em 19
cai po
Para
dólares-ouro H
Rométic
pord unidad e era
a Fed Britlânic a mãEuropéia ....,,1,7
Ale ..,....2errrcrssse+ 56.140 26,4
ROO ercersos 21.790
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10,1
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Bélgica-Luzemburgo "litrtrre 8.700 41
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CAPÍTULO II
OS TRANSPORTES CONTINENTAIS
292
competidor do sistema de duplo tráfego: transporte por caminhão
até a estação ferroviária, transporte ferroviário e novamente por
ca-
minhão da estação ao lugar de destino, A metade das mercadorias
vendidas no mercado de Paris aí chega em caminhões. Comboio de
caminhões com reboques, representando unidades de transporte de
30 a 40 t (um trem de mercadorias desloca 1.000 a 1.200 t, na
Europa, e até 3.000, nos Estados Unidos e União Soviética), sulcam
as grandes estradas no noroeste da Europa e da América. A estrada
surge, também, como O domínio por excelência do transporte autô-
nomo individual, quer seja ele economicamente racional, quer não.
O problema das relações entre os transportes ferroviários e rodo-
viários é, portanto, complexo a todos os respeitos, pois fatores psico-
lógicos e sociológicos associam-se, nesse campo, aos econômicos, fa-
zendo deste um assunto de debate dos mais significativos, se não dos
mais racionais, da chamada economia de livre empresa.
A estrada é o campo de liça do transporte privado. As taxas
dos combustíveis, o preço das viaturas, dos seguros, as tarifas dos
transportes rodoviários e ferroviários, as concorrências ferozes entre
setor privado e público, entre transportadores individuais e socieda-
des de tansportes rodoviários, vêm dar, às decisões e às escolhas,
causas reais que dissimulam, às vezes, afirmações de início puramente
formais. Nos Estados Unidos, as ferrovias acusam uma regressão
muito sensível, diante da concorrência dos transportes petrolíferos em
oleodutos e, principalmente, diante da concorrência rodoviária, for-
talecida pelo preço relativamente baixo dos combustíveis: a rede
iária passou, entre 1940 e 1960, de 376.000 para 354.000 km.
Na França, no mesmo período, recuou de 42.700 km para menos
de 38.000, continuando a ser verificado o abandono de linhas secun-
em detrimento dos transportadores rodoviários.
Esse problema só se faz sentir quando existe, ao mesmo tempo,
uma rede rodoviária e uma rede de estradas de ferro. Com efeito,
há países sem rodovias nem ferrovias, outros com rodovias, mas sem
cir ferro, e países
de ada s com ferrovias e muito poucas rodovias.
diversos meios de
atas base » várias combinações no uso dos
meio de transporte, quando da explotação inicial dos recursos exis.
tentes nestas regiões, depende, principalmente, da tonelagem a des.
locar no decorrer do ano e da importância das reservas a ser mobi.
lizadas. A escolha recairá sobre a rodovia ou a estrada de f erro,
conforme se trate de pequenas quantidades de produtos a e Scar
durante um período de curta duração, ou de um tráfego ponderoso
e permanente. Essa opção fundamental pode ser alterada em sua na-
tureza por certas considerações estratégicas e circunstanciais: cons-
trução das estradas da Birmânia e do Alasca, durante a II Guerra
Mundial.
De maneira geral, a preponderânâácia da rodovia e das pistas re-
flete na primeira metade do século XX uma lenta evolução econô-
mica, de mercado externo fraco, e onde a circulação dos produtos
e dos homens é sempre expressa em algarismos fracos. No conti-
nente africano (abstração feita da rede ferroviária do Transval e do
Orange), as regiões da África Ocidental, onde o mercado local pre-
pondera sobre o próprio mercado colonial — a não ser nas zonas
de cultura ou de plantações especializadas — são regiões de estradas
e de pistas. Aí, a insuficiência da tonelagem a transportar desenco-
rajou, até o presente momento, o empreendimento da construção de
uma estrada de ferro transaariana. Em troca, as regiões mineiras do
Katanga e da Rodésia são ligadas à costa por linhas de grande
capacidade.
Nos países de antiga civilização mercantil, a rodovia tem gozado
prioridade em relação à ferrovia. Ela existia, sob a forma de itine-
rários construídos, aparelhados para um rodagem exigente, anterio-
res ao aparecimento da ferrovia. Esta última eclipsou a função da
rodagem rodoviária, porém, não será difícil ao automóvel fazer re-
nascer a antiga rede, em seu traçado geográfico e sua atividade: é O
caso da Europa Ocidental. Onde, pelo contrário, o comércio pre-
industrial era pouco desenvolvido e ligado especialmente à navegação
fluvial (na Europa Oriental), os transportes modernos surgem 20
mesmo tempo que a ferrovia, em uma região que somente conhecià
o caminho rural. A rodovia levará tempo para adquirir um lugar
importante na organização da circulação. A não ser em certos it-
Quociente Quociente
por 1.000 por 100
hab. km2
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Austrália
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Total mundial, incluindo
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rica do Sul
295
400 a 1.000 tonéis, podendo assegurar o escoamento de cerca de
1.000 toneladas. Sua rapidez era muito variável
; 3 de acord o com
regime dos ventos de cada região climática. o
No início do século
XIX, os mais rápidos veleiros levavam uma cent
ena de dias para
ligar a Inglaterra à Austrália, 45 para ir de Lisboa ao Rio de Ja-
neiro, 20 para atravessar o Atlântico Norte. Imaginando-se uma
interrupção na viagem de um veleiro destinado à ligação entre
a
Austrália e a Grã-Bretanha, e considerando-se o tempo gasto em
carregamento e descarga, seriam necessários dois anos para se efe-
tuarem três viagens. No começo do século XX, o mesmo percurso
é realizado por cargueiros, deslocando 20.000 a 30.000 t, em menos
de um mês. Em outras palavras, um únicio navio transporta, no mes-
mo lapso de tempo, 30 a 40 vezes mais mercadorias em 1900 do
que em 1850. !18 No percurso América do Norte — Europa, a du-
ração da travessia foi reduzida de pelo menos quatro vezes, para os
navios cargueiros, sendo que a carga média aumentou de 15 a 30
vezes. A evolução se acelerou após a Segunda Guerra Mundial e após
a “crise de Suez”. Em 1969, são usados petroleiros de quase 300.000 t,
que fazem de 16 a 18 nós. Unidades de 500.000 t já foram enco-
mendadas aos estaleiros japoneses.
A revolução industrial traduziu-se, na navegação marítima, pela
introdução de novos meios de propulsão: a máquina a vapor, o mo-
tor diesel, a partir do século XX, mobilizando novas fontes de ener-
sólidos e líquidos, 11º e pela aplicação de novas
gia, combustíveis
pesada à construção naval. Exerce, ainda, sua
técnicas da metalurgia
Como em
influência através do aumento na procura dos serviços.
a melhor utilização
terra, com a construção das redes ferroviárias, das À
desse meio de transporte coincide com o desenvolvimento
ento da cara
cessidades. O aumento das tonelagens, o crescim so =
média de transporte por navio, a aceleração das ia
cações, o abastecimento das construções navais ie à CrdE
em desenvolvi E
e em máquinas por uma metalurgia
de abastecimento dos navios marítimo
k a 1tt s
zação de sistemas mundiais
E o Re vi a
de serviços regulares q ue executam com
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i e as , maisi longíí nquas ligações,
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cão marítima um meio de transporte totalmente difereé nte SA E Era
gação da época dos veleiros. Ao mesmo ao cotas dE
dos
função das necessidades. A especialização
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118. A aceleração da rotação deve-se. no cu constr
velocidades dos cruzeiros e à diminuição
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rs e Cauã de 800 navios consomem produtos pet” olíferos.
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297
A navegação marítima é ob
União Soviética e nas repúblicas jepopu
to de um Serviço do Estado
lares (frota Comercial soy la'
tica, ou Sovtorgflot, frotas polonesa, romena, Chin
esa), aid
A 1.º de julho de 1967, segundo as estatísticas do Elo
Register Shipping, a marinha mercante mundial se dividia da segu y
maneira, em compar ação com
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1960 1967
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importantes, quanto ao
fósie ocidental da América do Sul transar dr
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308
Transporte rápido, o avião continua a ser um transport
e caro,
embora o aumento da capacidade de carga dos dpdiólho de E ne
das viagens
dade das concorrências, a eventualidade
t olta sem
carga, tenham tido como efeito a prática de determinados
em condições de tarifas relativamente baixas, EP
A rapidez da circulação aérea atua frequentemente como corre-
tivo do custo real do transporte avaliado em termos absolutos. O
avião realiza o transporte de gêneros perecíveis através de grandes
distâncias, em percursos nos quais é o único meio de transporte a
poder realizá-lo sem transbordos (percursos mistos marítimos e ter-
restres: produtos temporãos das regiões subtropicais, jovens animais
reprodutores, peixe fresco). Escoa mercadorias frágeis cujas mani-
pulações repetidas trariam proporção elevada de perdas e deteriora-
ção. Desempenha a função de transporte remediador, trazendo, nos
menores prazos, os produtos ou máquinas indispensáveis ao funcio-
namento de uma empresa paralisada por um incidente técnico.
O transporte aéreo é, finalmente, o transporte econômico nos
países pouco equipados em meios de circulação, onde o tráfego é
insuficiente para mobilizar os investimentos necessários para construir
rodovias muito longas ou, com maior razão, vias férreas e onde,
entretanto, são indispensáveis contatos regulares: regiões de vastos
espaços não-explotados e, presentemente, inexplotáveis; solidões árti-
cas ou desertos das regiões intertropicais; grandes regiões florestais.
A realização desse transporte supõe aparelhamentos importantes
em terra: as infra-estruturas de circulação aérea, porém, seja qual
um des-
for o grau de tecnicidade desses aparelhamentos, necessitam
do que o esta-
locamento de materiais e obras menos consideráveis
necessidade, Os aviões
belecimento de ligações terrestres. Em caso de
ao de um eixo rodo-
cargueiros podem garantir um débito superior
cia-se do
viário. O estabelecimento das linhas de aviação civil benefi
é comum à
caráter estratégico da avaliação. Parte das infra-estruturas
r à explo-
aviação civil e à militar, ou foi cedida pela aviação milita
importante papel no
tação civil. Os créditos públicos têm, portanto,
equipamento dessas infra-estruturas.
or parte, por no
O transporte aéreo tem sido efetuado, em mai E
transportes por rege
des companhias (as experiências de
uen a imp ort ânc ia emp reendi das após al Guerra Mun = tra
peq o
dos aos exc ede nte s mili tare s, não
aparelhos compra e
tempó à con corrência dos grandes organismos bia a
muito
e que se mostravam apto
de pessoal e material abundantes,
309
tituir, rapidamente, as unidades a fim de acompanhar os
técnicos e, em particular, a aceleração das velocidades). 125 Progresso
O parque de navegação aérea apr
esenta duas Categorias de
aparelhos:
1.0) Os aparelhos de longo curso, a jato (Boeing 707, Dou.
glas DC 8), capazes de realizar vôos sem
escala de 5.000 a 6.000
quilômetros, a 900 km/h, pesando na decolagem 150 t e transpor-
tando 150 passageiros.
2.º) Os aparelhos de linhas regionais e os cargueiros aéreos
utilizados notadamente nos Estados Unidos, na América
do Sul, na
África e na União Soviética, que fazem o transporte
entre escalas de
algumas centenas de quilômetros a 1.500 km. São vários tipos
de
aviões: os DC 3, que estão atualmente em final de exploração na
maior parte das redes, os Caravelle e os DC 9, passando pelos Vis-
count, que fazem de 500 a 900 km/h.
A frota aérea mundial renova-se ao mesmo tempo que cresce.
Em 1-1-1958 ela aproximava-se dos 5.000 aparelhos em serviço nas
linhas regulares, contando-se com as da URSS. e das repúblicas
populares e o parque de companhias de navegação aérea sem escala
fixa. A aceleração das rotações permite fornecer mais serviços sem
aumentar sensivelmente o número de aparelhos.
Os progressos constantemente realizados pela técnica quanto à
infra-estrutura e à própria concepção das linhas de percurso longo
têm permitido desprezar escalas anteriormente consideradas como in-
dispensáveis. As relações transpacíficas foram, assim, várias vezes
modificadas em menos de 15 anos. Em novembro de 1954, as linhas
escandinavas organizaram seu serviço comercial através do oceano
Glacial Ártico. !:º Enquanto em 1940 a travessia comercial do Atlân-
tico Norte se iniciava apenas, as linhas comerciais transatlânticas do
norte efetuam um tráfego anual de mais de meio milhão de passa-
geiros, desde 1953.
O tráfego aéreo mundial apresenta dois aspectos essenciais: O
de uma circulação interna nacional, em extensos espaços
políticos
125. x
Os transportes feitos E 200
por helicópteros, que realiza
km/h, às ligações de cidade a cidade, cobrindo distâncias de m,150a acerca de
350 km nO
nordeste dos Estados Unidos e na Europa
ir de noroeste (rede da Sabena), tação
interessante experiência, porém não constituem uma explo
rentáv
126. O linha transártica da Air France, Paris-Tóquio, foi inaugurada em
abril de 1958.
310