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AGENERSA
Maio/2008
Capitulo I – GÁS Natural
INTRODUÇÃO
O gás natural é como o próprio nome indica uma substância em estado gasoso nas condições
ambiente de temperatura e pressão. Por seu estado gasoso e suas características físico–
químicas naturais, qualquer processamento desta substância, seja compressão, expansão,
evaporação, variação de temperatura, liquefação ou transporte exigirá um tratamento
termodinâmico como qualquer outro gás.
COMPOSIÇÃO DO GÁS
A composição do gás natural bruto é função de uma série de fatores naturais que
determinaram o seu processo de formação e as condições de acumulação do seu reservatório
de origem.
A matéria orgânica fóssil é também chamada de querogêneo e pode ser de dois tipos:
querogêneo seco, quando proveniente de matéria vegetal e querogêneo gorduroso, quando
proveniente de algas e matéria animal.
Assim, o gás natural como encontrado na natureza é uma mistura variada de hidrocarbonetos
gasosos cujo componente preponderante é sempre o Metano. O gás natural não associado
apresenta os maiores teores de Metano, enquanto o gás natural associado apresenta
proporções mais significativas de Etano, Propano, Butano e hidrocarbonetos mais pesados.
Além dos hidrocarbonetos fazem parte da composição do gás natural bruto outros
componentes, tais como o Dióxido de Carbono (CO2), o Nitrogênio (N2), Hidrogênio Sulfurado
(H2S), Água (H2O), Ácido Clorídrico (HCl), Metanol e impurezas mecânicas. A presença e
proporção destes elementos dependem fundamentalmente da localização do reservatório, se
Obs.: (1) - Limites especificados são valores referidos a 20ºC a 101,33 kPa (1 atm), exceto onde indicado.
(2) - Para as Regiões Norte e Nordeste, admite-se o valor de 3,5.
(3) - Para as Regiões Norte e Nordeste, admite-se o valor de 6,0.
(4) - Para as Regiões Norte e Nordeste, admite-se o valor de - 39.
Fonte: Agência Nacional do Petróleo – ANP, Regulamento Técnico ANP N.º 001/98
Além de obedecer aos índices da Tabela 2, o produto deve estar sempre livre de poeira, água
condensada, odores objetáveis, gomas, elementos formadores de goma, glicóis,
hidrocarbonetos condensáveis, compostos aromáticos, metanol ou outros elementos sólidos ou
líquidos que possam interferir com a operação dos sistemas de transporte e distribuição e à
utilização pelos consumidores.
O gás natural pode ser transportado sem odorização, exceto quando requerido por normas de
segurança aplicáveis, porém, é obrigatória a presença de odorante na distribuição.
ASTM D 1945 - Standard Test Method for Analysis of Natural Gas by Gas
Chromatography;
ASTM D 3588 Calculating Heat Value, Compressibility Factor, and Relative Density
(Specific Gravity) of Gaseous Fuels;
Para adquirir as características comerciais desejadas o gás natural bruto passa por tratamento
em uma Unidade de Processamento de Gás Natural – UPGN, que efetua a retirada de
impurezas e a separação dos hidrocarbonetos pesados.
Como foi explicitado no item anterior, o gás natural comercializável é quase completamente
Metano e a partir deste ponto do texto será tratado como gás natural. Referências ao gás
natural bruto serão explícitas.
Para facilitar a identificação das características do gás natural a Tabela 4 – Constantes Físicas
dos Hidrocarbonetos abaixo apresenta os principais valores de interesse.
São importantes características do gás natural sua densidade inferior à do ar, seu baixo ponto
de vaporização e o limite de inflamabilidade em mistura com o ar superior a outros gases
combustíveis.
Densidade – o gás natural é o único gás cuja densidade relativa é inferior à 1,0,
sendo portanto mais leve que o ar. Este fato tem importância decisiva para
segurança;
INTRODUÇÃO
Definição
Combustão Estequiométrica
Combustão Perfeita
Combustão Completa
É a reação que ocorre na prática nos equipamentos combustores com maior ou menor excesso
de ar e com a presença de alguma quantidade mínima de produtos intermediários da
combustão;
Relação Ar/Combustível
Ar Teórico
Excesso de Ar
Para reduzir ao mínimo a presença dos produtos intermediários em uma combustão, tais como
2
monóxido de carbono (CO) e hidrogênio (H ), aplica-se uma quantidade de ar superior ao ar
2
teórico, chamada ar real (AR), para que a abundância de oxigênio (O ) proporcione uma reação
próxima da Combustão Perfeita. A diferença entre o ar teórico e o ar real é chamada de
Excesso de Ar e é apresentada como uma relação percentual;
EXPLORAÇÃO
Caso o resultado das pesquisas seja positivo, dará início a perfuração de um poço pioneiro
para comprovar o nível de acumulação.
Esquemático de Exploração
Semelhante ao petróleo, o gás natural precisa ser tratado antes de sua comercialização e
transporte.
Assim que o Gás Natural (Associado e Não Associado) é retirado de uma jazida, passa por
vasos depuradores para separar as partículas líquidas (água e hidrocarbonetos líquidos) e
sólidas (pó, produtos de corrosão).
Parte do gás natural pode ser aproveitado para estimular a recuperação do petróleo através
dos métodos de reinjeção de gás.
O resultado final é a produção de gás natural residual (metano e etano), gás natural liquefeito
(propano e butano - também conhecido como gás de cozinha) e C5+ (gasolina natural -
transportada para as refinarias para futuro processamento).
O armazenamento, pode ser no próprio poço, comprimido (GNC), apenas como curiosidade na
Europa, alguma cavernas são lacradas e servem de armazenamento natural do gás natural.
COMERCIALIZAÇÃO E TRANSPORTE
Por ser inodoro, o gás natural nas UPGN"s é odorizado com enxofre, por questão de
segurança, para ser comercializado. Assim, no estado gasoso, o transporte do gás natural
comercializado, é feito produtos ou, em casos específicos, em cilindros de alta pressão (como
GNC - gás natural liquefeito), pode ser transportado por meio de navios, barcaças e caminhões
criogênicos, a - 160 o C, e seu volume é reduzido em cerca de 600 vezes, facilitando o
armazenamento. Neste caso, para ser utilizado, o gás deve ser revaporizado em equipamentos
apropriados.
DISTRIBUIÇÃO
De acordo com a Constituição Federal e a Lei No 9.478, a distribuição de gás canalizado com
fins comerciais junto aos usuários finais é de exploração exclusiva dos Estados, exercida
diretamente através de concessões.
Amazonas - CIGÁS;
Rondônia - RONGÁS;
Maranhão - GÁSMAR;
Piauí - GÁSPISA;
Ceará - CEGÁS;
Rio Grande do Norte - POTIGÁS;
Paraíba - PBGÁS;
Pernambuco - COPERGÁS;
Alagoas - ALGÁS;
Sergipe - EMSERGÁS;
Bahia - BAHIAGÁS;
Espirito Santo - BR DISTRIBUIDORA;
Rio de Janeiro - CEG e CEG RIO;
Brasília - CEB;
Mato Grosso do Sul - MSGÁS;
Minas Gerais - GÁSMIG;
São Paulo - COMGÁS, GÁS NATURAL E GÁS BRASILAINO;
Paraná - COMPAGÁS;
Santa Catarina - SCGÁS e
Rio Grande do Sul - SULGÁS.
• Caixa da
Válvula de
Segurança
• Caixa • Caixa do Ramal
• City Gate Domiciliar
Reguladora de Reguladora de
Alta para Média Média para Baixa
Pressão Pressão
City Gate
É nesse ponto onde há a entrega do gás natural, pela Petrobrás para as Distribuidoras
Estaduais ou Concessionárias. Normalmente, neste local são realizadas as medições dos
volumes comercializados, pela Petrobrás com as Concessionárias, verificando-se também as
condições e qualidade do produto entregue, que servirão de elementos para fins de
faturamento entre as partes.
São gasoduto cuja finalidade é transportar o gás do city gate para as malhas de distribuição de
média pressão junto aos centros de distribuição, trabalham em pressões mais altas, por ser
mais extenso e por apresentar grandes distâncias entre suas derivações.
São construídos em aço, atendendo a normas técnicas específicas, pois necessitam de alta
segurança.
São os pontos de interligação entre os gasodutos de alta pressão e média pressão, o gás
chegando em alta pressão são reduzidos para média pressão e transferido para as malhas de
distribuição de média pressão. Trabalhando em pressões entre 10 a 4 Kgf/cm2, normalmente,
localizados entorno de grande malha de gasoduto de média pressão.
São Gasodutos que trabalham em médias pressões até 4kgf/cm2, normalmente são de aço ou
polietileno.
São os pontos de interligação entre os gasodutos de média pressão e baixa pressão, o gás
chegando em média pressão são reduzidos para baixa pressão e transferido para as malhas
de distribuição de baixa pressão
São Gasodutos que trabalham em baixas pressões abaixo de 4kgf/cm2, normalmente são de
aço ou polietileno.
NORMAS E REGULAMENTOS
NBR 14570 - Instalações internas para uso alternativo dos gases GN e GLP - Projeto e
Execução.
NBR 13103 - Adequação de ambientes residenciais para instalação de aparelhos que utilizem
gás combustível.
No caso de realizar projeto de instalações de gás para edificações nas quais a utilização de
gás combustível se destine a finalidade industrial que são objeto de normas específicas, as
mesmas deverão se adequar às peculiaridades de cada instalação, bem como, como
2
instalações prediais projetadas para pressão superior a 120 kPa (1,22 kgf/cm ).
Desde 1972, no antigo Estado da Guanabara, atual Estado do Rio de Janeiro, foi elaborado o
Regulamento de Instalações Prediais de Gás no Estado da Guanabara, que foi aprovado pelo
o
Decreto "E" N 5.525, de 23 de junho de 1972. Além de estabelecer diversas medidas de
caráter técnico no sentido de tornar mais racional e segura a utilização de gás combustível,
aquele Decreto atribuiu à CEG - Companhia Estadual de Gás do Rio de Janeiro, hoje
Companhia Distribuidora de Gás do Rio de Janeiro - serviço privatizado em 1997, a
responsabilidade de aprovar, aceitar e fiscalizar as instalações prediais de gás no então Estado
da Guanabara.
Ao longo dos anos aquele Regulamento, foi sendo adequado as novas normativas que foram
sendo elaboradas. A última alteração foi realizada através do Decreto Nº 23317, de 10 de julho
de 1997, que aprova o atual REGULAMENTO APLICÁVEL ÀS INSTALAÇÕES PREDIAIS DE
GÁS CANALIZADO E À MEDIÇÃO E FATURAMENTO DOS SERVIÇOS DE GÁS
CANALIZADO – RIP (Regulamento de Instalações Prediais), que iremos utilizar neste curso
como modelo, para projetarmos as instalações de gás predial de um prédio residencial,
composto de oito apartamentos tipo, dois apartamentos de cobertura e um apartamento de
serviço para o zelador.
Normas Brasileiras
Normas Internacionais
;
TIPOS DE RAMAIS DE ABASTECIMENTO
Quando não há uma medição coletiva somente, uma medição individual no andar térreo a
ramificação que vai do medidor individual até aos aparelhos de utilização é chamada de
ramificação secundária.
No caso que estamos projetando, cuja medição é individual, com a cabine de medidores
localizada no térreo, utilizaremos a seguir todas as tabelas para ramificações secundárias.
MERCADO CONSUMIDOR
TERMOELÉTRICAS
INDÚSTRIAS
Utilizado como combustível, o gás natural proporciona uma combustão limpa, isenta de
agentes poluidores, ideal para processos que exigem a queima em contato direto com o
produto final, como, por exemplo, a indústria de cerâmica e a fabricação de vidro e cimento. O
gás natural também pode ser utilizado como redutor siderúrgico na fabricação de aço e, de
formas variadas, como matéria-prima: na indústria petroquímica, principalmente para a
produção de metanol, e na indústria de fertilizantes, para a produção de amônia e uréia.
COGERAÇÃO
A forma mais eficiente de cogeração é a que emprega turbinas ou motores movidos a gás
natural, que acionam diretamente geradores elétricos.
Os gases quentes da combustão podem ser utilizados tanto em processos de secagem como
em caldeiras de recuperação de calor, acopladas às descargas das turbinas ou motores, para a
produção de vapor.
Para os casos em que seja necessária a produção de água gelada ou amônia à baixa
temperatura, para sistemas de refrigeração, pode-se empregar o vapor em unidades de
absorção.
A eficiência dos sistemas de cogeração podem alcançar valores de até 85%, permitindo uma
economia média da ordem de 50%, se comparada a um sistema convencional elétrico e de
produção de utilidades.
No uso em automóveis, ônibus e caminhões, o gás natural recebe o nome de "gás veicular",
oferecendo vantagem no custo por quilômetro rodado. Como é seco, o gás natural não provoca
resíduos de carbono nas partes internas do motor, aumentando a vida útil do motor e o
intervalo de troca de óleo e, do outro, reduz significativamente os custos de manutenção
O uso de gás natural no comércio tem várias vantagens dentre outros energéticos : sua queima
é menos poluente, há liberação de espaços importantes com diminuição expressiva de áreas
de risco, maior praticidade no uso, segurança, 24 horas por dia com relação ao fornecimento
do gás, consumidor somente efetua o pagamento após usar o gás natural.
Nos comércios o gás natural pode ser usado para qualquer processo de geração de frio ou
calor, na cogeração de energia térmica e elétrica, e na geração própria de eletricidade.
O gás natural também permite climatizar e gerar frio para prédios e locais industriais, tanto
como produzir gelo para pistas de patinação.
R ESIDENCIAL
A
Abastecimento interruptível: abastecimento sujeita a interrupção a critério da
companhia distribuidora ou de acordo com condições estabelecidas em contrato.
Alívio: abertura num tanque ou outro equipamento selado para evitar escapamento do
material a pressões normais, armado de forma a se abrir automaticamente para aliviar
o excesso de pressão. Pode ser armado para abertura manual e despressurizar o
equipamento como desejado.
Anodo de sacrifício: pólo positivo num sistema eletrolítico, tal como aplicado na
proteção catódica; é o eletrodo no qual a oxidação ou corrosão ocorre.
Ar: mistura de nitrogênio, oxigênio, vapor de água, dióxido de carbono, argônio, neônio
e pequenas quantidades de outros gases raros.Para todos os fins práticos de
combustão, o ar pode ser considerando como composto, em volume, de oxigênio
(02)20,9%; nitrogênio (N2) 79,1%; e, em peso, de oxigênio (02)23.15%;nitrogênio (N2)
76,85%. O peso do ar a 15,5ºC é 1,22 kglm3, ao nível do mar e a pressão atmosférica
tem um volume de 0,37 m3.
Atmosfera redutora: meio gasoso que tende a desoxidar materiais com os quais entra
em contato. Utilizada no tratamento térmico de algum metais para evitar a oxidação
das substâncias metálicas e remover quaisquer óxidos que estejam presentes.
B
Bacia: depressão da superfície da terra na qual são depositados sedimentos,
normalmente caracterizados por acumulação por longo período de tempo; uma extensa
faixa de terra sob a qual camadas de pedra são inclinadas, normalmente dos lados
para o centro.
Barril (bbl): medida padrão para petróleo e seus derivados. Um barril é igual a 35
galões imperiais, 42 galões americanos ou 159 litros.
Boiler: aparelho para aquecimento de água, que pode ser a gás ou elétrico.
Bombear o sifão: retirar água da tubulação através de sifões existentes nas redes e
instalações.
BTU (British Thermat Unit): quantidade de calor necessária para elevar a temperatura
de uma libra de água em 1ºF.
By-Pass (desvio): arranjo de tubulação com válvula de controle que conduz gás, ar ou
outro fluído, contornando, ao invés de atravessar, todo um trecho da uma tubulação.
C
Cabine de medidores: local destinado ao abrigo de um ou mais medidores.
Carbono: elemento químico que tem a mais ampla aplicação dentre todos os
elementos e entra na composição de todos ou compostos orgânicos. Não se funde e é
quimicamente inativo a baixas temperaturas; a temperaturas mais elevadas queima e
absorve oxigênio.
Carga de ponta: demanda máxima de gás num sistema, durante o intervalo de tempo
especificado: hora, dia, semana, mês ou ano.
Catalisador: substância que, por sua presença, modifica a velocidade de uma reação
química, sem sofrer alteração durante o processo.
Célula combustível: célula elétrica usada para gerar energia elétrica a partir de uma
reação entre compostos químicos, sem necessidade de combustão e sem a produção
de barulho ou poluição. Pode usar gás natural como insumo.
Chaminé individual: duto instalado acima do aquecedor ou boiler, cuja função é permitir
o escoamento dos gases da combustão para o exterior do ambiente e, ao mesmo
tempo, propiciar melhor eficiência da queima do gás nos aparelhos de utilização.
Chuva ácida: assim chamada por resultar da combinação entre óxidos de enxofre
(SOx) e óxidos de nitrogênio (N0x0), liberados pela combustão de combustíveis fósseis
(especialmente o carvão) com a umidade do ar, resultando na formação de ácidos
nítrico, nitroso, sulfúrico e sulfuroso, Causa estragos ao meio ambiente e ao patrimônio
exposto.
Ciclo combinado: combinação de turbinas de ciclo a gás com turbinas de ciclo a vapor,
para gerar energia elétrica.
Climatização: Sistema que produz água resfriada, a qual é utilizada para fins de
condicionamento de ambientes. Este sistema utiliza o gás canalizado como fonte de
energia.
Condições Padrão: de acordo com o I.G.U., 288,15º ºK (15ºC) e 1.01325 bar seco. De
acordo com e AGA (American Gas Association) 60º F e 30 polegadas de mercúrio
seco; de acordo com o Compresseg Gas Institute, a temperatura de 20ºC(68º F) e uma
pressão de 1 atmosfera. No Reino Unido, para um gás, 60ºF, 30 polegadas de
mercúrio saturado com vapor de água.
Conversão: projeto que está sendo desenvolvido pela COMPAGAS e que consiste na
troca do GLP (gás liqueito de petróleo) por gás natural. Para tal, além das mudanças
realizadas na rede, são ainda feitas mudanças nos aparelhos de queima dos clientes
(fogões, aquecedores, fomos etc).
D
Defletor: dispositivo situado no circuito de exaustão dos produtos da combustão de um
aparelho a gás, destinado a diminuir a influência da exaustão dos gases e do
retrocesso sobre o funcionamento do queimador e da combustão.
Densidade absoluta: relação entre a massa por unidade de volume. Quando medida
nas condições normais de temperatura e pressão (CNTP) é denominada "densidade
absoluta normal".
Desobstrução para instalação interna: retirada de obstruções causadas pela água nas
instalações internas das edificações. Esta obstrução, em geral, ocasiona falta de gás
ou gás fraco nos equipamentos dos clientes.
Detector de gás: instrumento para detectar a presença de vários gases, geralmente por
medida de segurança contra gases tóxicos ou inflamáveis.
E
Efeito estufa (greenhouse effect): emissões de dióxido de carbono, óxido nitroso,
metano e outros gases provenientes de motores de veículos, plantas industriais,
plantas termelétricas e outras fontes, que se acumulam entre a superfície terrestre e a
atmosfera mais elevada. Muitos cientistas relacionam essas emissões ao aquecimento
da temperatura no planeta.
EIA: Estudo de Impacto Ambiental exigido pelos órgãos ambientais para obtenção das
licenças para construção de gasoduto.
Emissões fugitivas: emissões que escapam de um sistema que deveria ser hermético.
F
Fator de carga (loadfactor): razão entre demanda máxima provável e demanda máxima
possível.
Flange isolante: par de flanges inserido numa tubulação, com as faces isoladas
eletricamente uma da outra, com a finalidade de interromper o fluxo de corrente elétrica
através da tubulação.
Fóssil: vestígio ou resto petrificado ou endurecido de seres vivos que habitaram a Terra
antes do período holoceno, que se conservaram sem perder as características
essenciais.
Fuel Oil 1%: classificação de óleos combustíveis com teor máximo de enxofre de 1%
(um por cento), viscosidade cinemática de 380x10-6m2/s (trezentos e oitenta
milionésimos de metro quadrado por segundo) a 50ºC (cinqüenta graus Celsius) e
densidade entre 965 (novecentos e sessenta e cinco) e 990 kg/m3 (novecentos e
noventa quilogramas por metro cúbico).
Fuel Oil 3.5%: classificação de óleos combustíveis com teor máximo de enxofre de
3,5% (três vírgula cinco por cento), concentração máxima de vanádio de 300 ppm
(trezentas partes por milhão), viscosidade cinemática de 380x10-6m2/s (trezentos e
oitenta milionésimos de metro quadrado por segundo) a 420x10-6m2/s (quatrocentos e
vinte milionésimos de metro quadrado por segundo) a 50ºC (cinqüenta graus Celsius) e
densidade de 965 (novecentos e sessenta e cinco) a 990 kg/m3 (novecentos e noventa
quilogramas por metro cúbico).
G
Gás Ácido: gás natural contendo compostos de enxofre que precisam ser removidos
para sua utilização.
Gás de cidade: gás levado por tubulação aos consumidores, a partir de uma usina.
Pode se constituir de gás manufaturado e gás natural usado para enriquecimento.
Gás engarrafado: gás liqüefeito de petróleo, mantido sob pressão em cilindros de aço,
por conveniência de transporte para usuários industriais, comerciais ou residenciais.
Gas Grid: termo usado para as redes de transmissão e distribuição de gás numa região
ou país, nas quais o gás é transportado para usuários industriais, comerciais e
residenciais.
Gás interruptível: gás fornecido sob acordos que permitem a interrupção ou corte do
fornecimento pelo fornecedor.
Gás nas condições normais: gás estando seco à temperatura 273,15ºK (0ºC) e pressão
absoluta de 1,01325mbar.
Gás natural bruto: gás direto do poço, antes de ser tratado ou limpo. Mistura de
hidrocarbonetos leves e outras substâncias associadas, que ocorre naturalmente em
um reservatório subterrâneo, a qual, em condições atmosféricas, é essencialmente
gás, mas pode conter líquidos.
Gás natural comercializável: volume pronto para transporte, após remoção de certos
hidrocarbonetos e outros compostos presentes no gás natural não processado,
atendendo a especificações de uso geral. Exclui-se daí o gás combustível usado ou
não aproveitado nas plataformas.
Gás natural desulfurado: gás natural que contém quantidades tão pequenas de
compostos sulfurosos que pode ser utilizado sem purificação.
Gás natural liquefeito (GNL): gás natural que tenha sido liqüefeito por resfriamento a
menos de 258ºF (-161ºC) à pressão atmosférica.
Gás natural não associado: gás natural livre num reservatório que não está em contato
e nem dissolvido no petróleo bruto do reservatório.
Gás natural seco: gás natural que não contém petróleo bruto ou condensado, ou gás
do qual tenham sido retirados os líquidos.
Gasoduto: Tubulação destinada à transferência de gás. Na forma mais ampla, pode ser
entendido como sistema de gás.
H
Hidratos: condensado indesejável, semelhante a gelo, que aparece no gás natural,
contendo vapor de água quando submetido a pressão.
Índice de Wobbe: poder calorífico superior do gás, dividido pela raiz quadrada de sua
densidade relativa ao ar.
lnertes: constituintes de um gás que não contribuem para seu poder calorífico. Os
inertes comuns são o dióxido de carbono, oxigênio e nitrogênio.
Injetor: peça utilizada na alimentação de gás para um queimador (ex.: nos fogões).
Instalações internas: todo o trecho da instalação de gás desde a saída do medidor até
dentro do apartamento, incluindo as conexões de ligações com os aparelhos de
consumo (fogões, aquecedores e boilers), independente dessas instalações passarem
por áreas comuns do prédio ou dentro do apartamento.
K
Kcal: denomina-se kilocaloria e significa a quantidade de calor liberada na combustão
completa de uma combustível. Ela pode ser expressa em Kcal/m3 (volume) ou Kcal/kg
(massa). Cada combustível tem uma determinada quantidade de kilocalorias por metro
cúbico ou por kilo, que lhe é peculiar.
L
LGN: líquidos de gás natural. Hidrocarbonetos de alto valor comercial, que podem ser
extraídos do gás natural produzido, a forma líquida. Inclui etano, GLP e pentano, além
de alguns hidrocarbonetos mais pesados, como a gasolina.
Limitador de vazão: dispositivo que tem por objetivo interromper a passagem de gás na
instalação predial, a jusante do ponto onde está instalado, quando a vazão exceder um
valor estabelecido.
Medição: registro de uma quantidade de gás que passa através de uma determinada
seção de tubulação, em um período de tempo.
O
Odorizante: substância do tipo das mercaptanas que conferem odor característico ao
gás natural, para detectar sua presença no ambiente, em caso de vazamento.
Óleo Cru ou Bruto: fração do petróleo existente na fase líquida nas condições originais
do reservatório, que permanece líquida nas condições de pressão e temperatura da
superfície.
Ozona: forma reativa do oxigênio que filtra a radiação ultravioleta na estratosfera, mas
é destruída pelo carbono, flúor corados e halogênios. Na atmosfera é produzido por
reações entre compostos voláteis e óxidos de nitrogênio, e como constituinte do smog
(nevoeiro com fumaça) fotoquímico, é um irritante e pode causar dificuldades
respiratórias.
P
Peak Shaving: procedimento que permite um aumento da oferta de gás durante a
ponta ou em períodos de emergência, através de outras fontes nas quais o gás tenha
sido armazenado em períodos de baixa demanda ou produzido especificamente para
atender a demanda de ponta.
Perda de carga: perda de pressão de gás, do fluído (ar, gás ou água), devido ao atrito
ou obstrução em tubos, válvulas, conexões, reguladores e queimadores.
Poder calorífico: quantidade de calor (energia sob a forma de calor) que se desprende
na combustão (queima) completa de uma unidade de volume de gás. O poder calorífico
é expresso em Kcal/m³. Cada combustível possui seu próprio poder calorífico que
corresponde à capacidade do combustível de gerar calor.
Poder calorífico inferior: quantidade de calor liberada pela combustão completa de uma
unidade em volume ou massa de um combustível, quando queimado completamente
em uma certa temperatura, permanecendo os produtos de combustão em fase gasosa
(sem condensação do vapor d'água).
Ponto de fusão: temperatura específica na qual uma substância sofre uma mudança de
estado de sólido para líquido.
Ponto de orvalho: temperatura na qual a condensação da fase vapor ocorre. Se não for
especificada nenhuma pressão, o ponto de orvalho refere-se geralmente a pressão
atmosférica normal.
Potência instalada (P): somatória das potências máximas dos aparelhos de utilização
instalados, expressa em KW ou kcal/h.
Q
Queima: reação química entre combustível e comburente com liberação do calor.
R
Ramal do usuário: é uma tubulação que, recebendo o gás da rede de distribuição, o
fornece ao consumidor.
Reservas Possíveis: reservas de petróleo e gás natural cuja análise dos dados
geológicos e de engenharia indica uma maior incerteza na sua recuperação quando
comparada com a estimativa de reservas prováveis.
Reservas Provadas: reservas de petróleo e gás natural que, com base na análise de
dados geológicos e de engenharia, se estima recuperar comercialmente de
reservatórios descobertos e avaliados, com elevado grau de certeza, e cuja estimativa
considere as condições econômicas vigentes, os métodos operacionais, usualmente
viáveis e os regulamentos instituídos pela legislações petrolífera e tributária brasileiras.
Reservas Prováveis: reservas de petróleo e gás natural cuja análise dos dados
geológicos e de engenharia indica uma maior incerteza na sua recuperação quando
comparada com a estimativa de reservas provadas.
Revisão: vistoria técnica para verificar se as instalações e aparelhos dos clientes estão
de acordo com as normas de segurança estabelecidas pelo Regulamento de
Instalações Prediais de Gás.
Serviço de Ponta: serviço que assegura ao comprador uma certa quantidade de gás
natural, entregue a pedido deste para atender os períodos de demande de ponta.
Ship or pay: Cláusula incluída nos contratos de transporte de gás natural segundo a
qual o consumidor final ou a concessionária, para quem está sendo feito o transporte,
são obrigados a pagar pelo transporte do gás mesmo no caso de o gás não ser
transportado.
T
Take-or-Pay: cláusula contratual na qual o comprador assume a obrigação de pagar
por uma certa quantidade de gás contratada, independente de retirá-la.
Tomada de pressão: tubo que transmite a pressão do gás de um ponto onde deva ser
controlada ao atuador do regulador, manômetro ou outro dispositivo.
Tubo flexível: usado para ligar um aparelho de queima a outro tubo rígido de
alimentação de gás.
Tubo rígido: tubo que durante a construção de tubulações não pode ser dobrado ou
curvado.
Tubo sem costura: tubo fabricado sem junta soldada e normalmente feito por extrusão.
Tubo semi-rígido: tubo que durante a construção de tubulações, pode ser dobrado ou
curvado, desde que a temperatura seja adequada e dentro dos limites estabelecidos
pelas respectivas normas técnicas de sua fabricação.
V
Vala: nome dado às escavações longas e estreitas executadas no solo para a
colocação das tubulações de gás.
Vazão nominal: é a vazão volumétrica máxima do gás que pode ser consumida por um
aparelho de utilização.