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Capitulo I – GÁS Natural

INTRODUÇÃO

O gás natural é como o próprio nome indica uma substância em estado gasoso nas condições
ambiente de temperatura e pressão. Por seu estado gasoso e suas características físico–
químicas naturais, qualquer processamento desta substância, seja compressão, expansão,
evaporação, variação de temperatura, liquefação ou transporte exigirá um tratamento
termodinâmico como qualquer outro gás.

Apresentamos a seguir as características do gás natural que permitem a compreensão sob o


enfoque da sua condição de substância no estado gasoso.

COMPOSIÇÃO DO GÁS

A composição do gás natural bruto é função de uma série de fatores naturais que
determinaram o seu processo de formação e as condições de acumulação do seu reservatório
de origem.

O gás natural é encontrado em reservatórios subterrâneos em muitos lugares do planeta, tanto


em terra quanto no mar, tal qual o petróleo, sendo considerável o número de reservatórios que
contém gás natural associado ao petróleo. Nestes casos, o gás recebe a designação de gás
natural associado. Quando o reservatório contém pouca ou nenhuma quantidade de petróleo o
gás natural é dito não associado.

Composição do Gás Natural Bruto


Os processos naturais de formação do gás natural são a degradações da matéria orgânica por
bactérias anaeróbias, a degradações da matéria orgânica e do carvão por temperatura e
pressão elevadas ou da alteração térmica dos hidrocarbonetos líquidos.

A matéria orgânica fóssil é também chamada de querogêneo e pode ser de dois tipos:
querogêneo seco, quando proveniente de matéria vegetal e querogêneo gorduroso, quando
proveniente de algas e matéria animal.

No processo natural de formação do planeta ao longo dos milhões de anos a transformação da


matéria orgânica vegetal, celulose e lignina, produziram o querogêneo seco que ao alcançar
maiores profundidades na crosta terrestre sofreu um processo gradual de cozimento,
transformando-se em linhito, carvão negro, antracito, xisto carbonífero e metano e dando
origem às gigantescas reservas de carvão do planeta.

A transformação da matéria orgânica animal ou querogêneo gorduroso não sofreu o processo


de cozimento e deu origem ao petróleo. Nos últimos estágios de degradação do querogêneo
gorduroso, o petróleo apresenta-se como condensado volátil associado a hidrocarbonetos
gasosos com predominância do metano. Por esta razão é muito comum encontrar-se reservas
de petróleo e gás natural associados.

Assim, o gás natural como encontrado na natureza é uma mistura variada de hidrocarbonetos
gasosos cujo componente preponderante é sempre o Metano. O gás natural não associado
apresenta os maiores teores de Metano, enquanto o gás natural associado apresenta
proporções mais significativas de Etano, Propano, Butano e hidrocarbonetos mais pesados.

Além dos hidrocarbonetos fazem parte da composição do gás natural bruto outros
componentes, tais como o Dióxido de Carbono (CO2), o Nitrogênio (N2), Hidrogênio Sulfurado
(H2S), Água (H2O), Ácido Clorídrico (HCl), Metanol e impurezas mecânicas. A presença e
proporção destes elementos dependem fundamentalmente da localização do reservatório, se

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em terra ou no mar, sua condição de associado ou não, do tipo de matéria orgânica ou mistura
do qual se origino, da geologia do solo e do tipo de rocha onde se encontra o reservatório, etc.

Para exemplificar a diversidade e a variabilidade da composição do Gás Natural Bruto, bem


como a predominância do gás Metano. Apresentamos a seguir a Tabela 1 – Composição do
Gás Natural Bruto em Alguns Países.

Tabela 1 – Composição do Gás Natural Bruto em Alguns Países

Composição do Gás Natural Comercial

A composição comercial do gás natural é variada e depende da composição do gás natural


bruto, do mercado atendido, do uso final e do produto gás que se deseja. Apesar desta
variabilidade da composição, são parâmetros fundamentais que determinam a especificação
comercial do gás natural o seu teor de enxofre total, o teor de gás sulfídrico, o teor de gás
carbônico, o teor de gases inertes, o ponto de orvalho da água, o ponto de orvalho dos
hidrocarbonetos e o poder calorífico.

Apresentamos à seguir as normas para a especificação do Gás Natural a ser comercializado


no Brasil, de origem interna e externa, igualmente aplicáveis às fases de produção, de
transporte e de distribuição desse produto, determinadas pela Agência Nacional do Petróleo –

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ANP na Portaria N.º 41, de 15 de Abril de 1998. O Gás Natural deverá atender à especificações
apresentadas na Tabela 2.

Tabela 2 – Especificação para o Gás Natural Comercializado no Brasil

Obs.: (1) - Limites especificados são valores referidos a 20ºC a 101,33 kPa (1 atm), exceto onde indicado.
(2) - Para as Regiões Norte e Nordeste, admite-se o valor de 3,5.
(3) - Para as Regiões Norte e Nordeste, admite-se o valor de 6,0.
(4) - Para as Regiões Norte e Nordeste, admite-se o valor de - 39.

Fonte: Agência Nacional do Petróleo – ANP, Regulamento Técnico ANP N.º 001/98

Além de obedecer aos índices da Tabela 2, o produto deve estar sempre livre de poeira, água
condensada, odores objetáveis, gomas, elementos formadores de goma, glicóis,
hidrocarbonetos condensáveis, compostos aromáticos, metanol ou outros elementos sólidos ou
líquidos que possam interferir com a operação dos sistemas de transporte e distribuição e à
utilização pelos consumidores.

O gás natural pode ser transportado sem odorização, exceto quando requerido por normas de
segurança aplicáveis, porém, é obrigatória a presença de odorante na distribuição.

A determinação das características do produto far-se-á mediante o emprego de normas da


American Society for Testing and Materials (ASTM) e da International Organization for
Standardization (ISO), segundo os Métodos de Ensaio listados à seguir:

 ASTM D 1945 - Standard Test Method for Analysis of Natural Gas by Gas
Chromatography;
 ASTM D 3588 Calculating Heat Value, Compressibility Factor, and Relative Density
(Specific Gravity) of Gaseous Fuels;

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 ASTM D 5454 - Standard Test Method Water Vapor Content of Gaseous Fuels Using
Electronic Moisture Analyzers;
 ASTM D 5504 - Standard Test Method for Determination of Sulfur Compounds in
Natural Gas and Gaseous Fuels by Gas Chromatography and Chemiluminescence;
 ISO 6326 - Natural Gas - Determination of Sulfur Compounds, Parts 1 to 5;
 ISO 6974 - Natural Gas - Determination of Hydrogen, Inert Gases and Hydrocarbons up
to C8 - Gas Chromatography Method;

Para adquirir as características comerciais desejadas o gás natural bruto passa por tratamento
em uma Unidade de Processamento de Gás Natural – UPGN, que efetua a retirada de
impurezas e a separação dos hidrocarbonetos pesados.

Esquema simplificado de uma Unidade de Processamento de Gás Natural.


Fonte : CONPET

Como podemos ver na Tabela 3 – Produtos Comercializáveis, que apresenta os principais


produtos derivados dos hidrocarbonetos e sua classificação geral, os hidrocarbonetos mais
pesados originam produtos de alto valor comercial. Sendo assim, o gás natural comercializado
é composto basicamente por Metano e as quantidades de Etano e Propano presentes são
apenas suficientes para elevar o poder calorífico e alcançar o valor desejado, uma vez que o
poder calorífico do Etano 1,8 vezes maior que o do Metano e o do Propano é mais de 2,6
vezes superior ao do Metano, como poderá ser visto na Tabela 4 – Constantes Físicas dos
Hidrocarbonetos no item 1.3 Características do Gás Natural a seguir.

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Tabela 3 – Produtos Comercializáveis

Fonte: GAS ENGINEERS HANDBOOK

Características do Gás Natural

Como foi explicitado no item anterior, o gás natural comercializável é quase completamente
Metano e a partir deste ponto do texto será tratado como gás natural. Referências ao gás
natural bruto serão explícitas.

Pela predominância do Metano na composição do gás natural todas as análises físicas e


termodinâmicas podem ser realizadas como se este fosse o único gás presente na mistura,
sem comprometimento dos resultados, como tem mostrado a prática.

Para facilitar a identificação das características do gás natural a Tabela 4 – Constantes Físicas
dos Hidrocarbonetos abaixo apresenta os principais valores de interesse.

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Tabela 4 – Constante Físicas dos Hidrocarbonetos

Obs.: Os números em parêntesis são estimados


* Volumes reais de gás corrigidos para desvio
Fonte: GAS ENGINEERS HANDBOOK

São importantes características do gás natural sua densidade inferior à do ar, seu baixo ponto
de vaporização e o limite de inflamabilidade em mistura com o ar superior a outros gases
combustíveis.

 Densidade – o gás natural é o único gás cuja densidade relativa é inferior à 1,0,
sendo portanto mais leve que o ar. Este fato tem importância decisiva para
segurança;

 Ponto de Vaporização – é o ponto em que ocorre a mudança de fase do estado


líquido para o estado gasoso em uma certa combinação de temperatura e pressão.
À pressão atmosférica a vaporização do gás natural ocorre à temperatura de (-162)
ºC;

 Limites de Inflamabilidade – os limites de inflamabilidade podem ser definidos


como as percentagens mínima e máxima de gás combustível em composição com
o ar, a partir das quais a mistura não irá inflamar-se e permanecer em combustão.
O limite inferior representa a menor proporção de gás em mistura com o ar que irá
queimar sem a aplicação continua de calor de uma fonte externa. Em proporções
menores ao limite inferior a combustão cessa quando interrompida a aplicação de
calor. O limite superior é a proporção de gás na mistura a partir da qual o gás age
como diluente e a combustão não pode se auto-propagar. Para o Gás Natural, os
limites de inflamabilidade inferior e superior são, respectivamente, 5% e 15% do
volume;

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Capitulo II - COMBUSTÃO

INTRODUÇÃO

A combustão é o processo de reações químicas que se produzem durante a oxidação completa


ou parcial do carbono, do hidrogênio e do enxofre contidos em um combustível. A análise
destas reações é feita através de Balanço de Massas e de Balanço Térmico.

No Balanço de Massas está em consideração a quantidade de ar empregada para a


combustão, sendo a referência a quantidade mínima exata para reagir completamente o
combustível, chamada estequiométrica.

No Balanço Térmico são analisadas as quantidades de calor liberadas, a temperatura da


combustão e a quantidade de calor perdido na exaustão.

São características importantes da combustão a composição do combustível e sua


temperatura, a pressão em que ocorre, seu estado e o formato da câmara de combustão. Estes
determinam a forma com que ocorrerá o processo, se por detonação ou por deflagração.

Definição

É a reação química do oxigênio com materiais combustíveis em cujo processo se apresentam


luz e rápida produção de calor. A diferença entre a reação química de oxidação clássica
(ferrugem, zinabre, alumina, etc.) e a de combustão é a velocidade com que esta última ocorre,
independente da quantidade de calor liberado.

Combustão Estequiométrica

É a reação de oxidação teórica que determina a quantidade exata de moléculas de oxigênio


necessárias para efetuar a completa oxidação de um combustível;

Combustão Perfeita

É a combustão que, realizada com a quantidade de ar teórico ou de oxigênio(O2)


estequiométrico, resulta numa combustão completa. Por diversos motivos, entre eles as
características reais das reações químicas entre os elementos ou as condições técnicas dos
equipamentos, esta reação nunca se realiza na prática;

Combustão Completa

É a reação de combustão em que todos os elementos oxidáveis constituintes do combustível


se combinam com o oxigênio, particularmente o carbono e o hidrogênio (H), que se convertem
integralmente em dióxido de carbono (CO2) e água (H2O) independentemente da existência de
excesso de oxigênio (O2) para a reação;

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Combustão Real

É a reação que ocorre na prática nos equipamentos combustores com maior ou menor excesso
de ar e com a presença de alguma quantidade mínima de produtos intermediários da
combustão;

Combustão Incompleta ou Parcial

Nesta reação aparecem produtos intermediários da combustão, especialmente o monóxido de


carbono (CO) e o hidrogênio (H2), resultado da oxidação incompleta dos elementos do
combustível. Ela pode ser induzida pela limitação na quantidade de oxigênio oferecido para a
reação, pelo resfriamento ou sopragem da chama;

Relação Ar/Combustível

É uma relação entre a quantidade de ar e a quantidade de combustível utilizada na reação de


combustão. Para combustíveis sólidos e líquidos a relação é entre as massas, para
combustíveis gasosos a relação é calculada entre os volumes envolvidos;

Ar Teórico

As reações de combustão são normalmente realizadas com o oxigênio (O2) contido no ar


atmosférico. A composição do ar atmosférico é, aproximadamente, 21% de oxigênio (O2) e
79% de nitrogênio (N2). O ar teórico é a quantidade de ar atmosférico que fornece a quantidade
exata de moléculas de oxigênio necessárias para efetuar a combustão estequiométrica;

Excesso de Ar

Para reduzir ao mínimo a presença dos produtos intermediários em uma combustão, tais como
2
monóxido de carbono (CO) e hidrogênio (H ), aplica-se uma quantidade de ar superior ao ar
2
teórico, chamada ar real (AR), para que a abundância de oxigênio (O ) proporcione uma reação
próxima da Combustão Perfeita. A diferença entre o ar teórico e o ar real é chamada de
Excesso de Ar e é apresentada como uma relação percentual;

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Capitulo III – CADEIA PRODUTIVA DO GÁS NATURAL

EXPLORAÇÃO

O primeiro passo na atividade de exploração do gás natural é verificar a existência de bacias


sedimentares portadoras de rochas reservatórias, ricas na acumulação de hidrocarbonetos,
através de testes sísmicos.

Caso o resultado das pesquisas seja positivo, dará início a perfuração de um poço pioneiro
para comprovar o nível de acumulação.

Em seguida, através de testes de formação e perfuração de poços de delimitação, será


possível constatar a viabilidade da jazida para fins comerciais.

A última etapa é o mapeamento do reservatório, que será encaminhado para o setor de


produção.

Esquemático de Exploração

PRODUÇÃO, PROCESSAMENTO E ARMAZENAMENTO

Semelhante ao petróleo, o gás natural precisa ser tratado antes de sua comercialização e
transporte.

Com base nos mapas do reservatório, é definida a curva de produção e a infra-estrutura


necessária para a extração.

Assim que o Gás Natural (Associado e Não Associado) é retirado de uma jazida, passa por
vasos depuradores para separar as partículas líquidas (água e hidrocarbonetos líquidos) e
sólidas (pó, produtos de corrosão).

Se o nível de resíduos de enxofre estiver em excesso, o gás passa por Unidades de


Dessulfurização. Depois, o gás é transferido para as Unidades de Processamento do Gás
Natural (UPGN).

Parte do gás natural pode ser aproveitado para estimular a recuperação do petróleo através
dos métodos de reinjeção de gás.

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Nas UPGN's, o gás natural passa por algumas etapas até estar pronto para a comercialização.
Inicialmente, é desidatrado para retirar o vapor d'água existente, e em seguida, sofre um
processo de absorção com refrigeração ou de turbo expansão, com a finalidade de separar as
frações pesadas, atendendo às exigências do mercado e do meio ambiente.

O resultado final é a produção de gás natural residual (metano e etano), gás natural liquefeito
(propano e butano - também conhecido como gás de cozinha) e C5+ (gasolina natural -
transportada para as refinarias para futuro processamento).

O armazenamento, pode ser no próprio poço, comprimido (GNC), apenas como curiosidade na
Europa, alguma cavernas são lacradas e servem de armazenamento natural do gás natural.

COMERCIALIZAÇÃO E TRANSPORTE

Por ser inodoro, o gás natural nas UPGN"s é odorizado com enxofre, por questão de
segurança, para ser comercializado. Assim, no estado gasoso, o transporte do gás natural
comercializado, é feito produtos ou, em casos específicos, em cilindros de alta pressão (como
GNC - gás natural liquefeito), pode ser transportado por meio de navios, barcaças e caminhões
criogênicos, a - 160 o C, e seu volume é reduzido em cerca de 600 vezes, facilitando o
armazenamento. Neste caso, para ser utilizado, o gás deve ser revaporizado em equipamentos
apropriados.

DISTRIBUIÇÃO

A distribuição é a etapa final do sistema de fornecimento. É o momento em que o gás chega ao


consumidor para uso industrial, automotivo, comercial ou residencial. Nesta fase, o gás já deve
estar atendendo a padrões rígidos de especificação, e praticamente, isento de contaminantes,
para não causar problemas aos equipamentos onde será utilizado como combustível ou
matéria-prima.

De acordo com a Constituição Federal e a Lei No 9.478, a distribuição de gás canalizado com
fins comerciais junto aos usuários finais é de exploração exclusiva dos Estados, exercida
diretamente através de concessões.

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Assim temos, hoje um total de 23 Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado no País, que por
Estado são:

Amazonas - CIGÁS;
Rondônia - RONGÁS;
Maranhão - GÁSMAR;
Piauí - GÁSPISA;
Ceará - CEGÁS;
Rio Grande do Norte - POTIGÁS;
Paraíba - PBGÁS;
Pernambuco - COPERGÁS;
Alagoas - ALGÁS;
Sergipe - EMSERGÁS;
Bahia - BAHIAGÁS;
Espirito Santo - BR DISTRIBUIDORA;
Rio de Janeiro - CEG e CEG RIO;
Brasília - CEB;
Mato Grosso do Sul - MSGÁS;
Minas Gerais - GÁSMIG;
São Paulo - COMGÁS, GÁS NATURAL E GÁS BRASILAINO;
Paraná - COMPAGÁS;
Santa Catarina - SCGÁS e
Rio Grande do Sul - SULGÁS.

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ENTENDENDO UMA MALHA DE DISTRIBUIÇÃO

Observando o esquemático de uma malha de distribuição, conforme desenho a seguir, temos


os principais elementos de uma malha de gasodutos necessários ao abastecimento das
regiões.

ESQUEMÁTICO DE SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO

• Gasoduto de • Gasoduto de • Gasoduto de • Gasoduto de


transporte distribuição de distribuição de distribuição de
alta pressão média pressão baixa pressão
Ramal de Abastecimento

• Caixa da
Válvula de
Segurança
• Caixa • Caixa do Ramal
• City Gate Domiciliar
Reguladora de Reguladora de
Alta para Média Média para Baixa
Pressão Pressão

Assim, passaremos a seguir a descrever esses elementos principais :

City Gate

É nesse ponto onde há a entrega do gás natural, pela Petrobrás para as Distribuidoras
Estaduais ou Concessionárias. Normalmente, neste local são realizadas as medições dos
volumes comercializados, pela Petrobrás com as Concessionárias, verificando-se também as
condições e qualidade do produto entregue, que servirão de elementos para fins de
faturamento entre as partes.

Gasodutos de Distribuição em Alta Pressão

São gasoduto cuja finalidade é transportar o gás do city gate para as malhas de distribuição de
média pressão junto aos centros de distribuição, trabalham em pressões mais altas, por ser
mais extenso e por apresentar grandes distâncias entre suas derivações.

Os consumidores de consumo elevado, como indústrias de peso, estão ligadas nesses


gasodutos, garantindo assim o volume por elas solicitados.

São construídos em aço, atendendo a normas técnicas específicas, pois necessitam de alta
segurança.

Caixas Redutoras de Alta para Média Pressão

São os pontos de interligação entre os gasodutos de alta pressão e média pressão, o gás
chegando em alta pressão são reduzidos para média pressão e transferido para as malhas de
distribuição de média pressão. Trabalhando em pressões entre 10 a 4 Kgf/cm2, normalmente,
localizados entorno de grande malha de gasoduto de média pressão.

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Gasodutos em Média Pressão

São Gasodutos que trabalham em médias pressões até 4kgf/cm2, normalmente são de aço ou
polietileno.

Caixas Redutoras de Média para Baixa Pressão

São os pontos de interligação entre os gasodutos de média pressão e baixa pressão, o gás
chegando em média pressão são reduzidos para baixa pressão e transferido para as malhas
de distribuição de baixa pressão

Gasodutos de Distribuição em Baixa Pressão

São Gasodutos que trabalham em baixas pressões abaixo de 4kgf/cm2, normalmente são de
aço ou polietileno.

Estações de Medição de Consumo dos Clientes

Onde ficam localizados os aparelho destinado à medição do volume de gás consumido em um


determinado período de tempo.

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INSTALAÇÕES PREDIAIS DE GÁS CANALIZADO

NORMAS E REGULAMENTOS

Em qualquer região do País, editarmos um regulamento para projetos de instalação predial de


gás e/ou ao projetamos as instalações prediais de gás de imóvel, quer para fornecimento de
gás de botijão (G.L.P. - Gás Liqüefeito de Petróleo) ou gás canalizado, estas deverão atender,
obrigatoriamente, a duas Normas Brasileiras da ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas):

NBR 14570 - Instalações internas para uso alternativo dos gases GN e GLP - Projeto e
Execução.

NBR 13103 - Adequação de ambientes residenciais para instalação de aparelhos que utilizem
gás combustível.

No caso de realizar projeto de instalações de gás para edificações nas quais a utilização de
gás combustível se destine a finalidade industrial que são objeto de normas específicas, as
mesmas deverão se adequar às peculiaridades de cada instalação, bem como, como
2
instalações prediais projetadas para pressão superior a 120 kPa (1,22 kgf/cm ).

Desde 1972, no antigo Estado da Guanabara, atual Estado do Rio de Janeiro, foi elaborado o
Regulamento de Instalações Prediais de Gás no Estado da Guanabara, que foi aprovado pelo
o
Decreto "E" N 5.525, de 23 de junho de 1972. Além de estabelecer diversas medidas de
caráter técnico no sentido de tornar mais racional e segura a utilização de gás combustível,
aquele Decreto atribuiu à CEG - Companhia Estadual de Gás do Rio de Janeiro, hoje
Companhia Distribuidora de Gás do Rio de Janeiro - serviço privatizado em 1997, a
responsabilidade de aprovar, aceitar e fiscalizar as instalações prediais de gás no então Estado
da Guanabara.

Outra determinação daquele Decreto foi a obrigatoriedade de serem dotadas de instalações


para recebimento de gás canalizado todas as novas edificações que viessem a ser erigidas no
Estado.

Ao longo dos anos aquele Regulamento, foi sendo adequado as novas normativas que foram
sendo elaboradas. A última alteração foi realizada através do Decreto Nº 23317, de 10 de julho
de 1997, que aprova o atual REGULAMENTO APLICÁVEL ÀS INSTALAÇÕES PREDIAIS DE
GÁS CANALIZADO E À MEDIÇÃO E FATURAMENTO DOS SERVIÇOS DE GÁS
CANALIZADO – RIP (Regulamento de Instalações Prediais), que iremos utilizar neste curso
como modelo, para projetarmos as instalações de gás predial de um prédio residencial,
composto de oito apartamentos tipo, dois apartamentos de cobertura e um apartamento de
serviço para o zelador.

NORMAS COMPLEMENTARES EXISTENTES

Normas Brasileiras

NBR 5410 - Instalações elétricas de baixa tensão;


NBR 5419 - Proteção de estruturas contra as cargas atmósfericas;
NBR 5580 - Tubos de aço carbono para rosca Whitworth gás para usos comuns na condução
de fluídos;
NBR 5590 - Tubos de aço carbono com ou sem costura, pretos ou galvanizados por imersão a
quente, para a condução de fluídos;
NBR 5883 - Solda branda;
NBR 6493 - Emprego de cores para identificação de tubulações;
NBR 6925 - Conexão de ferro fundido maleável, classes 150 e 300, com rosca NPT para
tubulação;

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NBR 6943 - Conexão de ferro fundido maleável, com rosca NBR NM-ISO7-1, para tubulação;
NBR 7541 - Tubo de cobre sem costura para refrigeração e ar condicionado - Requisistos;
NBR 8133 - Roscas para tubos onde a vedação não é feita pela rosca - Designação,
dimensões e tolerâncias;
NBR 11720 - Conexões para unir tubos de cobre por soldagem ou brasagem capilar;
NBR 12712 - Projeto de sistemas de transmissão e distribuição de gás combustível;
NBR 12727 - Medidor de gás tipo diafragma para instalações residenciais - Dimensões;
NBR 12912 - rosca NPT para tubos - Dimensões;
NBR 13127 - Medidor de gás tipo diafragma para instalações residenciais;
NBR 13206 - Tubos de cobre leve, médio e pesado, sem costura, para condução de água e
outros fluídos;
NBR 14177 - Tubos flexível metálico, para instalações domésticas de gás combustível;
NBR NM-ISO-7-1 - Rosca para tubos onde a junta de vedação sob pressão é feita pela rosca -
Parte 1 : Dimensões, tolerância e designação;

Normas Internacionais

ANSI B.16.5 - Pipe flanges & flanges fittings;


ANSI B.16.9 - Factory - made wrought steel buttwelding fittings;
ANSI/FCI.70.2 - American Nacional Standart for Control Valve Leakage

;
TIPOS DE RAMAIS DE ABASTECIMENTO

Embora no esquemático anterior, a ramal de abastecimento esteja ligado ao gasoduto de baixa


pressão, o abastecimento pode ser feito, também, do gasoduto de alta e média pressão,
bastando que no imóvel do cliente, seja instalado um conjunto de regulagem, para que o
fornecimento do gás se dê na pressão de acordo com a necessidade do cliente.

Assim, a seguir demonstraremos exemplos de ramais de alta, média e baixa pressão.

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Ramal de Alta Pressão

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Ramal de Média Pressão

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Ramal de Baixa Pressão

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RAMIFICAÇÕES PRIMÁRIAS E SECUNDÁRIAS

Quando não há uma medição coletiva somente, uma medição individual no andar térreo a
ramificação que vai do medidor individual até aos aparelhos de utilização é chamada de
ramificação secundária.

No caso que estamos projetando, cuja medição é individual, com a cabine de medidores
localizada no térreo, utilizaremos a seguir todas as tabelas para ramificações secundárias.

MERCADO CONSUMIDOR

TERMOELÉTRICAS

A utilização de turbinas a gás para geração de eletricidade, combinada com a recuperação de


calor para a produção de calor, é conhecida como cogeração. Esse processo vem sendo
utilizado por indústrias do mundo inteiro, devido à garantia de economia e segurança
operacional. O Ministério de Minas e Energia criou o Programa Prioritário de Termeletricidade
2000-2003 com a finalidade de aumentar e assegurar o abastecimento de energia no país. De

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acordo com o projeto, seriam criadas 56 usinas termelétricas até 2003, com capacidade de
produzir cerca de 20 mil MW.

INDÚSTRIAS

Utilizado como combustível, o gás natural proporciona uma combustão limpa, isenta de
agentes poluidores, ideal para processos que exigem a queima em contato direto com o
produto final, como, por exemplo, a indústria de cerâmica e a fabricação de vidro e cimento. O
gás natural também pode ser utilizado como redutor siderúrgico na fabricação de aço e, de
formas variadas, como matéria-prima: na indústria petroquímica, principalmente para a
produção de metanol, e na indústria de fertilizantes, para a produção de amônia e uréia.

COGERAÇÃO

A forma mais eficiente de cogeração é a que emprega turbinas ou motores movidos a gás
natural, que acionam diretamente geradores elétricos.

Os gases quentes da combustão podem ser utilizados tanto em processos de secagem como
em caldeiras de recuperação de calor, acopladas às descargas das turbinas ou motores, para a
produção de vapor.

Para os casos em que seja necessária a produção de água gelada ou amônia à baixa
temperatura, para sistemas de refrigeração, pode-se empregar o vapor em unidades de
absorção.

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Além das utilidades anteriormente descritas, também é possível a produção de CO2 a partir da
descarga dos gases de combustão dos equipamentos.

A eficiência dos sistemas de cogeração podem alcançar valores de até 85%, permitindo uma
economia média da ordem de 50%, se comparada a um sistema convencional elétrico e de
produção de utilidades.

A alta confiabilidade desta solução, aliada a possibilidade de utilização de combustíveis de


reserva, tais como óleo diesel e GLP, combinada ao "backup" de energia elétrica da
concessionária – uma vez que a geração é feita em paralelo com a rede – garante o
suprimento das utilidades na falta do combustível principal e nas eventuais paradas dos
equipamentos

POSTO DE GNV(GÁS NATURAL VEICULAR)

No uso em automóveis, ônibus e caminhões, o gás natural recebe o nome de "gás veicular",
oferecendo vantagem no custo por quilômetro rodado. Como é seco, o gás natural não provoca
resíduos de carbono nas partes internas do motor, aumentando a vida útil do motor e o
intervalo de troca de óleo e, do outro, reduz significativamente os custos de manutenção

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COMERCIAL

O uso de gás natural no comércio tem várias vantagens dentre outros energéticos : sua queima
é menos poluente, há liberação de espaços importantes com diminuição expressiva de áreas
de risco, maior praticidade no uso, segurança, 24 horas por dia com relação ao fornecimento
do gás, consumidor somente efetua o pagamento após usar o gás natural.

Nos comércios o gás natural pode ser usado para qualquer processo de geração de frio ou
calor, na cogeração de energia térmica e elétrica, e na geração própria de eletricidade.

Já é amplamente utilizado em padarias, restaurantes, hotéis, escolas de natação, etc.

O gás natural também permite climatizar e gerar frio para prédios e locais industriais, tanto
como produzir gelo para pistas de patinação.

R ESIDENCIAL

No uso em residências, o gás natural é chamado de "gás domiciliar". É um mercado em franca


expansão, especialmente nos grandes centros urbanos de todo País. As companhias
distribuidoras estaduais têm planos de grande ampliação de suas redes, e o aumento do
consumo de gás domiciliar demanda investimentos expressivos em conversões e em
recebimento e adaptações nas residências.

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Capítulo IV

 Dicionário do Gás e Terminologia

A
 Abastecimento interruptível: abastecimento sujeita a interrupção a critério da
companhia distribuidora ou de acordo com condições estabelecidas em contrato.

 ABEGÁS: Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado.

 ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas.

 Abrigo: Construção especialmente destinada a receber um ou mais


medidores/reguladores ou recipientes de GLP, sejam eles individuais ou coletivos, com
seus respectivos complementos.

 Absorção: Processo de separação de misturas em seus componente, possível graças a


absorção mais rápida de alguns desses componentes. Um exemplo é a extração dos
componentes mais pesados de gás natural.

 AGA: Associação Americana de Gás (American Gás Association).

 Alívio: abertura num tanque ou outro equipamento selado para evitar escapamento do
material a pressões normais, armado de forma a se abrir automaticamente para aliviar
o excesso de pressão. Pode ser armado para abertura manual e despressurizar o
equipamento como desejado.

 Análise de Pontos de Ebulição Verdadeiros - PEV: técnica laboratorial especificada às


normas ASTM D2892 e ASTM D5236, que fornece as frações evaporadas de um dado
tipo de petróleo em função da temperatura.

 Anodo de sacrifício: pólo positivo num sistema eletrolítico, tal como aplicado na
proteção catódica; é o eletrodo no qual a oxidação ou corrosão ocorre.

 ANP: Agência Nacional de Petróleo.

 ANSI: Instituto do Normas Nacionais Americanas (American National Standard


Institute). Equivale à Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

 Aparelhos de cocção: aparelhos usados para o cozimento e preparo de alimentos,


exemplo fornos, fogões, cafeteiras.

 Aparelhos hermeticamente Isolados: aqueles que recebem o ar necessário à


combustão diretamente do exterior e descarregam os produtos de combustão para fora
do ambiente onde se encontram.

 API: American Petroleum Institute: É também medida numérica da densidade do


petróleo bruto; quanto menor o grau API mais frações pesadas ele possui.

 Aquecedor de acumulação: aparelho com reservatório de água que se mantém


aquecida em contato com o calor gerado na combustão de gás, onde a temperatura da
água é controlada por meio de um termostato instalado no aquecedor, sendo a
circulação da água forçada ou por gravidade. Recomendado para instalações
residenciais e comerciais com alto fator de simultaneidade ou com diversos pontos de
consumo de água quente.

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 Aquecedor Instantâneo: aparelho no qual a água é aquecida à medida que passa
através do mesmo, fluindo diretamente ao ponto de utilização.

 Ar: mistura de nitrogênio, oxigênio, vapor de água, dióxido de carbono, argônio, neônio
e pequenas quantidades de outros gases raros.Para todos os fins práticos de
combustão, o ar pode ser considerando como composto, em volume, de oxigênio
(02)20,9%; nitrogênio (N2) 79,1%; e, em peso, de oxigênio (02)23.15%;nitrogênio (N2)
76,85%. O peso do ar a 15,5ºC é 1,22 kglm3, ao nível do mar e a pressão atmosférica
tem um volume de 0,37 m3.

 Ar de combustão: ar que reage quimicamente com o combustível no processo de


queima.

 Ar em excesso: ar que passa através da câmara de combustão e dutos de tiragem, em


excesso ao que é teoricamente necessário para combustão completa.

 Ar primário: ar misturado com combustível para atingir determinadas características


antes de ser admitido na câmara de combustão.

 Ar secundário: ar necessário para realização da combustão, admitido para a zona da


combustão, após a combustão com o primário ter começado.

 Ar teórico: volume de ar quimicamente exato, necessário para a combustão completa


de uma quantidade específica de combustível.

 Armazenagem em rede (line pack): armazenagem de gás num sistema de gasodutos


pelo aumento da pressão normal de operação.

 As Built (como construído): Desenho final da obra, com a implantação de todas as


alterações efetuadas durante a construção.

 ASTM: sigla da American Society for Testing and Materiais.

 Atmosfera: mistura de gases compreendendo o ar; mistura de gases dentro de uma


câmara específica, tal como na câmara da combustão de um forno. Denominação dada
também à unidade de pressão, que equivale a 101,3 kPa ao nível do mar. Termo que
também designa ambiente externo e ventilado, quando referir-se ao local de descarga
de produtos de combustão ou gases.

 Atmosfera oxidante: gases num forno metalúrgico que provocam a formação de


inúmeras impurezas ou oxidação no metal que está sendo submetido a tratamento
térmico.

 Atmosfera redutora: meio gasoso que tende a desoxidar materiais com os quais entra
em contato. Utilizada no tratamento térmico de algum metais para evitar a oxidação
das substâncias metálicas e remover quaisquer óxidos que estejam presentes.

 Atomização: processo utilizado para transformar um combustível líquido para o estado


mais próximo possível do gasoso, reduzindo-o a pequenas gotículas, de maneira a

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aumentar a superfície especifica até aproximar-se da fase gasosa, a fim de haver uma
mistura eficiente com o oxigênio, conseqüentemente, uma boa combustão.

B
 Bacia: depressão da superfície da terra na qual são depositados sedimentos,
normalmente caracterizados por acumulação por longo período de tempo; uma extensa
faixa de terra sob a qual camadas de pedra são inclinadas, normalmente dos lados
para o centro.

 Bacia Sedimentar: depressão da crosta terrestre onde se acumulam rochas


sedimentares que podem ser portadoras de petróleo ou gás, associados ou não.

 Balanço térmico: princípio segundo o qual a quantidade de calor fornecida a um


sistema é igual àquela retirada do mesmo, seja ela utilizada ou perdida.

 Balão: dispositivo que é colocado dentro da canalização e que, após inflado,


interrompe a passagem de gás em determinado trecho da mesma, onde é necessário
realizar algum reparo.

 Barômetro: instrumento para medir a pressão atmosférica. O de mercúrio utiliza uma


coluna de mercúrio suportada por pressão atmosférica. O tipo aneróide é mecânico e
desempenha o mesmo papel.

 Barril (bbl): medida padrão para petróleo e seus derivados. Um barril é igual a 35
galões imperiais, 42 galões americanos ou 159 litros.

 Barril de petróleo (boe): unidade utilizada para comparar (converter) em equivalência


térmica, uma quantidade de energia em barris de petróleo.

 Baseload (carga de base): nível básico fundamental de demanda, ou mínimo do


sistema; usado no contexto de provisão de gás e geração de energia. O oposto de
peakload (carga de ponta).

 Beach Prices: Preço aplicado ao gás no despacho, quando a água e os


hidrocarbonetos líquidos foram removidos.

 Biogás: mistura de metano (CH4) e dióxido de carbono (CO2), produzida pela


fermentação de matérias orgânicas, em proporções de cerca de 1/3 de CO2, e 2/3 de
CH4, com traços de oxigênio nitrogênio provenientes da atmosfera.

 Bloqueio da rede por balonamento: consiste em fazer um bloqueio na tubulação onde é


inserido um balão que, inflado, interrompe a passagem do gás no trecho a ser
recuperado.

 Bloqueio de segurança: interrupção do fornecimento de gás pelo fechamento das


válvulas de bloqueio.

 Bloqueio duplo e descarga: sistema de bloqueio de segurança formado por três


válvulas, sendo duas válvulas de bloqueio automático, instaladas em série na linha de
gás, e uma terceira válvula de descarga automática instalada entre elas, com saída
livre para a atmosfera.

 Boiler: aparelho para aquecimento de água, que pode ser a gás ou elétrico.

 Bombear o sifão: retirar água da tubulação através de sifões existentes nas redes e
instalações.

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 Booster: compressor com pequena relação de compressão, utilizado para aumentar a
pressão num sistema de gás.

 Boring-machine: equipamento especial utilizado para introduzir tubos-camisa no solo,


sem necessidade de abertura de valas.

 Botijão: recipiente transportável, destinado a conter gás liquefeito de petróleo (GLP)


com dispositivo para ligação e capacidade de, no máximo, 250 litros.

 BTU (British Thermat Unit): quantidade de calor necessária para elevar a temperatura
de uma libra de água em 1ºF.

 Butano: hidrocarboneto saturado com quatro átomos de carbono e dez átomos de


hidrogênio (C4H10), encontrado no estado gasoso incolor, com odor de gás natural.
Compõe o GLP, sendo empregado como combustível doméstico, como iluminante;
como fonte de calor industrial em caldeiras, fornalhas e secadores; para corte de
metais e aerossóis.

 Butano-ar, Propano-ar: butano ou propano comercial misturado com ar e fornecido


como gás de cidade ou como parte dele, ou ainda como stand by de GN.

 Butano comercial: gás liqüefeito de petróleo consistindo predominantemente de


butanos e/ou butitenos (hidrocarbonetos C4).

 By-Pass (desvio): arranjo de tubulação com válvula de controle que conduz gás, ar ou
outro fluído, contornando, ao invés de atravessar, todo um trecho da uma tubulação.

C
 Cabine de medidores: local destinado ao abrigo de um ou mais medidores.

 Cabine do regulador: local destinado ao abrigo do regulador. Este termo é empregado


principalmente nos reguladores residenciais, instalados na entrada de algumas
edificações.

 Caldeira: aparelho destinado à geração de vapor de água de uso comercial, residencial


ou industrial.

 Calor específico: calor necessário pare elevar em 10 a temperatura de uma unidade de


massa de uma substância.

 Campo de gás: um ou mais reservatórios de hidrocarbonetos contendo gás natural,


porém, com quantidades desprezíveis de petróleo.

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 Campo de Petróleo ou de Gás Natural: área produtora de petróleo ou gás natural, a
partir de um reservatório contínuo ou de mais de um reservatório, a profundidades
variáveis, abrangendo instalações e equipamentos destinados à produção.

 Canalização Interna: tubulação que interliga a jusante do medidor até os pontos de


alimentação dos aparelhos de utilização.

 Capacidade nominal dos aparelhos de utilização: calor fornecido na queima do gás


para o qual o equipamento foi projetado para funcionar em sua capacidade máxima.

 Carbono: elemento químico que tem a mais ampla aplicação dentre todos os
elementos e entra na composição de todos ou compostos orgânicos. Não se funde e é
quimicamente inativo a baixas temperaturas; a temperaturas mais elevadas queima e
absorve oxigênio.

 Carga de ponta: demanda máxima de gás num sistema, durante o intervalo de tempo
especificado: hora, dia, semana, mês ou ano.

 Catalisador: substância que, por sua presença, modifica a velocidade de uma reação
química, sem sofrer alteração durante o processo.

 Célula combustível: célula elétrica usada para gerar energia elétrica a partir de uma
reação entre compostos químicos, sem necessidade de combustão e sem a produção
de barulho ou poluição. Pode usar gás natural como insumo.

 Central de butano-ar (ou propano-ar): estação geradora de gás onde o butano ou


propano é misturado com o ar e injetado num sistema de distribuição.

 Chama piloto: pequena chama que acende um queimador ou conjunto de queimadores


quando o gás é admitido.

 Chaminé: duto destinado a conduzir para a atmosfera, para o poço de ventilação ou


para a chaminé coletiva, os gases de combustão provenientes de um aparelho de
utilização.

 Chaminé coletiva: duto destinado e conduzir para atmosfera os gases de combustão


gerados nos aparelhos de utilização através das respectivas chaminés individuais.

 Chaminé individual: duto instalado acima do aquecedor ou boiler, cuja função é permitir
o escoamento dos gases da combustão para o exterior do ambiente e, ao mesmo
tempo, propiciar melhor eficiência da queima do gás nos aparelhos de utilização.

 Chuva ácida: assim chamada por resultar da combinação entre óxidos de enxofre
(SOx) e óxidos de nitrogênio (N0x0), liberados pela combustão de combustíveis fósseis
(especialmente o carvão) com a umidade do ar, resultando na formação de ácidos
nítrico, nitroso, sulfúrico e sulfuroso, Causa estragos ao meio ambiente e ao patrimônio
exposto.

 Ciclo combinado: combinação de turbinas de ciclo a gás com turbinas de ciclo a vapor,
para gerar energia elétrica.

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 City-gate ou Estação de Entrega e Recebimento de Gás Natural ou Estação de
Transferência de Custódia de Gás Natural: conjunto de instalações contendo manifolds
e sistema de medição, destinado a entregar o gás natural oriundo de uma concessão,
de uma unidade de processamento de gás natural, de um sistema de transporte ou de
um sistema de transferência, para a concessionária estadual distribuidora de gás
canalizado.

 Climatização: Sistema que produz água resfriada, a qual é utilizada para fins de
condicionamento de ambientes. Este sistema utiliza o gás canalizado como fonte de
energia.

 Cogeração: produção seqüencial de eletricidade e energia térmica útil a partir da


mesma fonte de energia. O gás natural é um combustível vantajoso para unidades de
cogeração de ciclo combinado, nas quais o calor desperdiçado é convertido em energia
elétrica.

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 Combustão: combinação, geralmente rápida, entre duas substâncias, combustíveis e
comburentes, que libera uma grande quantidade de calor.

 Combustão completa: oxidação completa de um combustível, com ou sem sucesso de


oxigênio.

 Combustão incompleta: queima com suprimento insuficiente de oxigênio, de forma que


a substância a ser queimada é consumiria parcialmente.

 Combustão perfeita ou estequiométrica: oxidação total de um combustível com a


quantidade teórica exata do oxigênio necessário.

 Combustível: substância que queimará sob condições controláveis, fornecendo calor


numa forma utilizável.

 Combustível fóssil: qualquer combustível orgânico de ocorrência natural, tal qual o


petróleo, gás natural e carvão.

 Companhia distribuidora ou Concessionária: entidade pública ou particular responsável


pelo fornecimento, abastecimento, distribuição e venda de gás canalizado aos
consumidores.

 Compressibilidade: no gás, refere-se à modificação da densidade quando sob


condições de compressão alteradas.

 Condensado: frações líquidas de gás natural obtidas no processo de separação normal


de campo, mantidas na fase líquida na condição de pressão e temperatura de
separação.

 Condição Padrão de Medição: condição em que a pressão absoluta é de 0,101325


mpa (cento e um mil trezentos e vinte e cinco milionésimos de megapascal) e a
temperatura é de 20º C (vinte graus centígrados).

 Condições Padrão: de acordo com o I.G.U., 288,15º ºK (15ºC) e 1.01325 bar seco. De
acordo com e AGA (American Gas Association) 60º F e 30 polegadas de mercúrio
seco; de acordo com o Compresseg Gas Institute, a temperatura de 20ºC(68º F) e uma
pressão de 1 atmosfera. No Reino Unido, para um gás, 60ºF, 30 polegadas de
mercúrio saturado com vapor de água.

 Conjunto de medição e regulagem: instalação existente em consumidores, destinada a


regular a pressão e efetuar a medição do gás fornecido.

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 Consumo Interno ou Consumo Próprio: parcela de produtos de derivados de petróleo,
gás úmido, consumido pela própria unidade produtora, ou indústria do petróleo.

 Conversão: projeto que está sendo desenvolvido pela COMPAGAS e que consiste na
troca do GLP (gás liqueito de petróleo) por gás natural. Para tal, além das mudanças
realizadas na rede, são ainda feitas mudanças nos aparelhos de queima dos clientes
(fogões, aquecedores, fomos etc).

 Criogenia: processo de produção, manutenção e utilização de temperaturas


extremamente baixas, inferiores a - 46º C.

 CTGás: Centro de Tecnologia do Gás.

D
 Defletor: dispositivo situado no circuito de exaustão dos produtos da combustão de um
aparelho a gás, destinado a diminuir a influência da exaustão dos gases e do
retrocesso sobre o funcionamento do queimador e da combustão.

 Demanda: quantidade de gás utilizada por um consumidor num dado período de


tempo. Expresso normalmente em m³/h, por dia ou por ano.

 Densidade: massa de uma substância por unidade de volume expressa normalmente


em termos de kg por m3.

 Densidade absoluta: relação entre a massa por unidade de volume. Quando medida
nas condições normais de temperatura e pressão (CNTP) é denominada "densidade
absoluta normal".

 Derivados Básicos: principais derivados de petróleo, referidos no art. 177 da


Constituição Federal, a serem classificados pela Agência Nacional do Petróleo.

 Derivados de Petróleo: produtos decorrentes da transformação do petróleo.

 Desarmo: condição de bloqueio de um sistema de combustão, em conseqüência da


qual nova partida não possa ocorrer sem intervenção manual. Um sistema de alarme é
usualmente incluído.

 Desobstrução para instalação interna: retirada de obstruções causadas pela água nas
instalações internas das edificações. Esta obstrução, em geral, ocasiona falta de gás
ou gás fraco nos equipamentos dos clientes.

 Detector de gás: instrumento para detectar a presença de vários gases, geralmente por
medida de segurança contra gases tóxicos ou inflamáveis.

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 Dióxido de carbono CO2: gás carbônico, incolor e inodoro, responsável em grande
parte pelo efeito estufa na atmosfera terrestre.

 Directional drilling (Perfuração Direcional): técnica de perfuração do solo, guiada por


instrumentos, que permite a passagem de dutos em locais de grande movimento ou de
difícil acesso, como cruzamento de estradas, travessias de rios etc, sem interromper o
tráfego ou afetar a natureza e as instalações de superfície.

 Distribuição de Gás Canalizado: serviços locais de comercialização de gás canalizado,


junto aos usuários finais, explorados com exclusividade pelos Estados, diretamente ou
mediante concessão, nos termos do § 20 do art. 25 da Constituição Federal.

 Duto: conjunto de tubos interligados; denominado poliduto, quando transporta líquidos


diversos; oleoduto quando transporta petróleo e seus derivados líquidos; e gasoduto
quando transporta gases.

E
 Efeito estufa (greenhouse effect): emissões de dióxido de carbono, óxido nitroso,
metano e outros gases provenientes de motores de veículos, plantas industriais,
plantas termelétricas e outras fontes, que se acumulam entre a superfície terrestre e a
atmosfera mais elevada. Muitos cientistas relacionam essas emissões ao aquecimento
da temperatura no planeta.

 EIA: Estudo de Impacto Ambiental exigido pelos órgãos ambientais para obtenção das
licenças para construção de gasoduto.

 Emissões fugitivas: emissões que escapam de um sistema que deveria ser hermético.

 Enxofre (S): elemento químico, geralmente de cor amarela; impureza nos


combustíveis, nessa forma ou como composto sulfuroso; pode formar ácidos corrosivos
como o sulfúrico e sulfídrico.

 Estação Redutora de Pressão (ERP): Conjunto de equipamentos destinados a reduzir


a pressão de uma determinada rede de distribuição de gás.

 Estações de regulagem: áreas onde estão instalados reguladores de pressão do gás.

 Estocagem de Gás Natural: armazenamento de gás natural em reservatórios próprios,


formações naturais ou artificiais.

 Etileno(C2H4): hidrocarboneto e agente de iluminação, presente no gás manufaturado.


Um importante insumo na indústria química e de plásticos.

 Excesso de ar: ar em excesso ao teoricamente necessário à combustão completa.

F
 Fator de carga (loadfactor): razão entre demanda máxima provável e demanda máxima
possível.

 Fator de simultaneidade: coeficiente de minoração, expresso em porcentagem,


aplicado à potência instalada, para obtenção da potência de projeto de uma instalação
de gás. Expressa a probabilidade de uso concomitante de vários aparelhos a gás numa
instalação.

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 Fator de velocidade de chama: velocidade de queima de uma mistura estequiomérica
de gás e ar expressa como uma porcentagem de velocidade de queima da mesma
mistura de hidrogênio e ar.

 Filtro: meio mecânico de remover materiais sólidos de um líquido ou gás; é construído


de tal forma que o fluído passa através do material filtrante e os sólidos são retidos.

 Flange isolante: par de flanges inserido numa tubulação, com as faces isoladas
eletricamente uma da outra, com a finalidade de interromper o fluxo de corrente elétrica
através da tubulação.

 Flared or Vented: gás queimado ou aliviado nas plataformas de produção ou plantas de


processamento de gás.

 Fluído: designação comum a líquidos e gases.

 Fóssil: vestígio ou resto petrificado ou endurecido de seres vivos que habitaram a Terra
antes do período holoceno, que se conservaram sem perder as características
essenciais.

 Fuel Oil 1%: classificação de óleos combustíveis com teor máximo de enxofre de 1%
(um por cento), viscosidade cinemática de 380x10-6m2/s (trezentos e oitenta
milionésimos de metro quadrado por segundo) a 50ºC (cinqüenta graus Celsius) e
densidade entre 965 (novecentos e sessenta e cinco) e 990 kg/m3 (novecentos e
noventa quilogramas por metro cúbico).

 Fuel Oil 3.5%: classificação de óleos combustíveis com teor máximo de enxofre de
3,5% (três vírgula cinco por cento), concentração máxima de vanádio de 300 ppm
(trezentas partes por milhão), viscosidade cinemática de 380x10-6m2/s (trezentos e
oitenta milionésimos de metro quadrado por segundo) a 420x10-6m2/s (quatrocentos e
vinte milionésimos de metro quadrado por segundo) a 50ºC (cinqüenta graus Celsius) e
densidade de 965 (novecentos e sessenta e cinco) a 990 kg/m3 (novecentos e noventa
quilogramas por metro cúbico).

G
 Gás Ácido: gás natural contendo compostos de enxofre que precisam ser removidos
para sua utilização.

 Gás associado: gás natural encontrado dissolvido no petróleo, ou na forma de uma


capa de gás acima do reservatório de óleo. Também conhecido como gás em solução
e gás aprisionado. Normalmente está presente em um reservatório de petróleo nas
fases iniciais de produção. Nesse caso, a produção de gás é determinada diretamente
pela produção de petróleo.

 Gás de Carvão: gás manufaturado, feito pela destilação destrutiva (carbonização) de


carvão betuminoso em retortas de gás ou fornos de coque. Seus principais
componentes são metano (20% a 30%) e hidrogênio (cerca de 50%). Foi o primeiro
gás produzido industrialmente e distribuído em larga escala.

 Gás de cidade: gás levado por tubulação aos consumidores, a partir de uma usina.
Pode se constituir de gás manufaturado e gás natural usado para enriquecimento.

 Gás de referência: gás padrão, típico de um grupo de gás distribuído normalmente, e


pelo qual os equipamentos são projetados e ajustados.

 Gás de Refinaria: Gás resultante das operações de refino do petróleo; consiste


principalmente de hidrogênio, metano, etileno, propileno e os butilenos. Pode também

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conter outros gases tais como nitrogênio e dióxido de carbono. Sua composição pode
ser altamente variável e o poder calorífico pode variar de 40 MJ/NM3 a 80 MJ/Nm3.

 Gás engarrafado: gás liqüefeito de petróleo, mantido sob pressão em cilindros de aço,
por conveniência de transporte para usuários industriais, comerciais ou residenciais.

 Gas Grid: termo usado para as redes de transmissão e distribuição de gás numa região
ou país, nas quais o gás é transportado para usuários industriais, comerciais e
residenciais.

 Gás interruptível: gás fornecido sob acordos que permitem a interrupção ou corte do
fornecimento pelo fornecedor.

 Gás Liqüefeito de Petróleo (GLP): mistura de hidrocarbonetos leves, gasosos,


predominantemente propano e butano. São armazenados no estado líquido em
botijões ou cilindros, através da elevação moderada da pressão ou da redução da
temperatura. Também conhecido como gás engarrafado, gás envasilhado ou gás de
cozinha.

 Gás manufaturado: gases derivados de fontes primárias de energia, por processos


envolvendo reação química; por exemplo, o gás natural produzido de carvão vegetal ou
hidrocarbonetos líquidos, como a nafta.

 Gás nas condições normais: gás estando seco à temperatura 273,15ºK (0ºC) e pressão
absoluta de 1,01325mbar.

 Gás natural bruto: gás direto do poço, antes de ser tratado ou limpo. Mistura de
hidrocarbonetos leves e outras substâncias associadas, que ocorre naturalmente em
um reservatório subterrâneo, a qual, em condições atmosféricas, é essencialmente
gás, mas pode conter líquidos.

 Gás natural comercializável: volume pronto para transporte, após remoção de certos
hidrocarbonetos e outros compostos presentes no gás natural não processado,
atendendo a especificações de uso geral. Exclui-se daí o gás combustível usado ou
não aproveitado nas plataformas.

 Gás natural desulfurado: gás natural que contém quantidades tão pequenas de
compostos sulfurosos que pode ser utilizado sem purificação.

 Gás natural liquefeito (GNL): gás natural que tenha sido liqüefeito por resfriamento a
menos de 258ºF (-161ºC) à pressão atmosférica.

 Gás natural não associado: gás natural livre num reservatório que não está em contato
e nem dissolvido no petróleo bruto do reservatório.

 Gás Natural ou Gás: todo hidrocarboneto ou mistura de hidrocarbonetos que


permaneça em estado gasoso ou dissolvido no óleo nas condições originais do
reservatório, e que se mantenha no estado gasoso nas condições atmosféricas
normais, extraído diretamente a partir de reservatórios petrolíferos ou gaseíferos,
incluindo gases úmidos, secos, residuais e gases raros. Ao se processar o gás natural
úmido nas UPGNs se obtém: (i) o gás seco, que contem principalmente metano (C1,) e
etano (C2); (ii) o líquido de gás natural (LGN), que contem propano (C3) e butano (C4),
que formam o gás liqüefeito de petróleo (GLP); e (iii) a gasolina natural (C5).

 Gás natural seco: gás natural que não contém petróleo bruto ou condensado, ou gás
do qual tenham sido retirados os líquidos.

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 Gás natural úmido: gás com predominância do metano, mas com teor relativamente
alto de outros hidrocarbonetos, os quais seriam normalmente separados como LGNs
nas UPGNs.

 Gás pobre: gás de poder calorífico relativamente baixo.

 Gases de combustão: gases resultantes da queima de um combustível.

 Gasoduto: Tubulação destinada à transferência de gás. Na forma mais ampla, pode ser
entendido como sistema de gás.

 Gasoduto de transmissão: tubulação cuja finalidade é transportar o gás de uma fonte


para um ou mais centros de distribuição, ou destinado em pressões mais altas, por ser
mais extenso e por apresentar grandes distâncias entre suas derivações.

 Gasogênio: gás combustível produzido pela gaseificação contínua de combustível


sólido numa mistura de ar e vapor (ou às vezes somente ar). Foi muito usado em
veículo, durante a 2ª Guerra Mundial, em substituição à gasolina e nafta.

 Gasolina Natural (C5+): Mistura de hidrocarbonetos que se encontra na fase líquida,


em determinadas condições depressão e temperatura, composta de pentano (C5) e
outros hidrocarbonetos pesados. Obtida em separadores especiais ou unidades de
processamento de gás natural (UPGN) Pode ser misturada à gasolina para
especificação, reprocessada ou adicionada à corrente do petróleo.

 Geração de eletricidade em ponta: Geração de energia elétrica, nos chamados


"horários de ponta de consumo" utilizando gerador a gás natural.

 Geração térmica: conversão de energia, na qual se consome combustível para gerar


calor, que é então convertido em energia elétrica. O combustível pode ser carvão,
petróleo ou gás urânio.

 GNC: gás natural comprimido, utilizado em veículos ou equipamentos, que operam a


pressão mais elevada.

 GNV: gás natural veicular, utilizado em veículos ou equipamentos, que operam a


pressão mais elevada.

 Greenfield: área virgem, sem infra-estrutura (rede de gás) existentes.

 GTA (Gas Transportation Agreement): contrato da capacidade de transporte de um


gasoduto.

H
 Hidratos: condensado indesejável, semelhante a gelo, que aparece no gás natural,
contendo vapor de água quando submetido a pressão.

 Hídrocarbonetos: compostos químicos orgânicos, formados por átomos de carbono e


hidrogênio, que compõem a base de todos os derivados de petróleo. Podem se
apresentar na forma sólida, líquida ou gasosa. O petróleo e o gás natural são exemplos
de hidrocarbonetos.

 Hub: localidade geográfica na qual um grande número de compradores e vendedores


negociam o gás natural e o entregam fisicamente nesse ponto.

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 Impacto Ambiental: qualquer alteração ambiental causada pelo homem, afetando a ele
próprio e às formas animais e vegetais de vida.

 Índice de combustão: relação entre monóxido e dióxido de carbono, existente nos


produtos de combustão.

 Índice de Wobbe: poder calorífico superior do gás, dividido pela raiz quadrada de sua
densidade relativa ao ar.

 lnertes: constituintes de um gás que não contribuem para seu poder calorífico. Os
inertes comuns são o dióxido de carbono, oxigênio e nitrogênio.

 Injetor: peça utilizada na alimentação de gás para um queimador (ex.: nos fogões).

 lnstalação de armazenagem: instalação utiIlizada para a armazenagem de gás natural,


de propriedade ou explorada por uma empresa, exceto a parte utilizada para as
atividades de produção.

 Instalação predial: conjunto de tubulações, medidores, reguladores, registros, drenos,


válvulas, recipientes de gás e aparelhos de utilização, com os necessários
complementos destinado ao armazenamento, condução e utilização do gás
combustível.

 Instalações internas: todo o trecho da instalação de gás desde a saída do medidor até
dentro do apartamento, incluindo as conexões de ligações com os aparelhos de
consumo (fogões, aquecedores e boilers), independente dessas instalações passarem
por áreas comuns do prédio ou dentro do apartamento.

 Intercambialidade de gases: adequação de gases de diferentes características de


combustão, para uso em equipamentos existentes, sem alterações inaceitáveis no
desempenho.

 Isolante térmico: material de baixa condutividade térmica, aplicado em superfícies


expostas ao ambiente, para reduzir as trocas de calor ou frio.

K
 Kcal: denomina-se kilocaloria e significa a quantidade de calor liberada na combustão
completa de uma combustível. Ela pode ser expressa em Kcal/m3 (volume) ou Kcal/kg
(massa). Cada combustível tem uma determinada quantidade de kilocalorias por metro
cúbico ou por kilo, que lhe é peculiar.

L
 LGN: líquidos de gás natural. Hidrocarbonetos de alto valor comercial, que podem ser
extraídos do gás natural produzido, a forma líquida. Inclui etano, GLP e pentano, além
de alguns hidrocarbonetos mais pesados, como a gasolina.

 Limitador de vazão: dispositivo que tem por objetivo interromper a passagem de gás na
instalação predial, a jusante do ponto onde está instalado, quando a vazão exceder um
valor estabelecido.

 Liquefação de gás: processo de resfriamento de gás natural a uma temperatura de -


162ºC, reduzido dessa forma seu volume em 600 e tornando-o líquido. O gás assim
liquefeito pode ser transportado por navios metaneiros, ou armazenados em tanques
ou reservatórios subterrâneos.

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M
 Malha: lay out de um sistema de distribuição do gás em uma cidade.

 Manobrar a rede: rebaixar a pressão da rede ou interromper o fornecimento, em um


determinado trecho, geralmente para executar algum tipo de intervenção.

 Manômetro: aparelho de medição da pressão de líquidos e gases. Quando mede a


pressão atmosférica leva o nome de barômetro.

 Matriz energética nacional: participação relativa das diversas fontes energéticas de um


país no consumo de energia primária. Essas fontes podem ser renováveis ou não
renováveis.

 Medição: registro de uma quantidade de gás que passa através de uma determinada
seção de tubulação, em um período de tempo.

 Medidor: aparelho destinado à medição do volume de gás consumido em um


determinado período de tempo.

 Medidor coletivo: aparelho destinado à medição do consumo total de gás de um


conjunto de consumidores.

 Medidor de diafragma: medidor no qual uma parede da câmara de medição incorpora


um material flexível, deslocando quantidades determinadas de volume.

 Medidor de turbina: medidor no qual a vazão é determinada pela rotação do elemento


primário, provocada pelo escoamento do fluído no qual está imerso.

 Medidor individual: aparelho destinado a medição do volume de gás consumido por


apenas um consumidor.

 Mercaptana: composto de carbono, hidrogênio e enxofre, encontrados no óleo e no


gás. Ao serem misturados em pequenas quantidades ao gás natural e aos gases
liquefeitos conferem ao gás um odor característico, aumentando a segurança na
utilização desses combustíveis, pois permite a identificação de vazamentos.

 Metano: hidrocarboneto encontrado na natureza, formado por um átomo de carbono e


quatro átomos de hidrogênio (CH4) e que, junto com outros hidrocarbonetos, é
predominante na composição do gás natural.

 Metaneiro: navio especialmente projetado para o transporte de gás natural liquefeito


(GNL).

 Mistura GLP-AR: mistura de gás liquefeito de petróleo e ar para obter um determinado


poder calorífico e passível de ser distribuído através de um sistema de distribuição,
utilizando também como reserva e para fins de suplementação de pico.

 Monóxido de carbono (CO): Gás tóxico formado na queima incompleta de um


combustível. Quando o equipamento de queima não está devidamente regulado, as
quantidades de monóxido de carbono geradas podem ser altas e muito prejudiciais ao
ser humano.

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N
 Nafta: fração de destilação do petróleo, constituída por hidrocarbonetos de baixo ponto
de ebulição, usada para fins energéticos e não energéticos.

 Netback: o valor do gás vendido ao cliente no ponto de consumo, descontados o custo


de transporte e o custo de produção.

 Número de Metano: Indica a capacidade anti-detonante do gás natural, seus limites


podem ser comparados com a octanagem da gasolina.

O
 Odorizante: substância do tipo das mercaptanas que conferem odor característico ao
gás natural, para detectar sua presença no ambiente, em caso de vazamento.

 Óleo Combustível: óleos residuais de alta viscosidade, obtidos do refino do petróleo ou


através da mistura de derivados pesados com óleos residuais de refinaria. São
utilizados como combustíveis industriais para geração de calor, ou indiretamente na
produção de trabalho a partir de uma fonte térmica.

 Óleo Cru ou Bruto: fração do petróleo existente na fase líquida nas condições originais
do reservatório, que permanece líquida nas condições de pressão e temperatura da
superfície.

 Ozona: forma reativa do oxigênio que filtra a radiação ultravioleta na estratosfera, mas
é destruída pelo carbono, flúor corados e halogênios. Na atmosfera é produzido por
reações entre compostos voláteis e óxidos de nitrogênio, e como constituinte do smog
(nevoeiro com fumaça) fotoquímico, é um irritante e pode causar dificuldades
respiratórias.

P
 Peak Shaving: procedimento que permite um aumento da oferta de gás durante a
ponta ou em períodos de emergência, através de outras fontes nas quais o gás tenha
sido armazenado em períodos de baixa demanda ou produzido especificamente para
atender a demanda de ponta.

 Perda de carga: perda de pressão de gás, do fluído (ar, gás ou água), devido ao atrito
ou obstrução em tubos, válvulas, conexões, reguladores e queimadores.

 Perda de distribuição: quantidade de gás perdida através de vazamento ou


condensação no fornecimento de gás a consumidores através de gasodutos.

 Petróleo: mistura de hidrocarbonetos oleosos de ocorrência natural, com cores


variando de verde a preta, encontrada em lençóis na terra, a exemplo do óleo cru e
condensado. O nome é derivado do latim oleum o que ocorre naturalmente nas rochas
petra.

 Pico diário: volume máximo de gás fornecido em um dia.

 Pig instrumentado: sistema utilizado na inspeção de gasodutos para avaliar o estado


das tubulações.

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 Pó na rede: Resíduos provenientes de redes antigas e que são carregadas pelo gás
através da tubulação.

 Poço comercial: poço de produção líquida suficiente, no qual existe a expectativa de


retorno do investimento em prazo razoável, e cuja operação gere lucro. Um poço raso,
que produza 50 barris por dia em local rapidamente acessível em terra, pode ser um
poço comercial. Tal poço, virtualmente localizado em qualquer área em mar, onde a
infra-estrutura de produção, e gasodutos tenham que ser construídos, não seria
considerado um poço comercial.

 Poder calorífico: quantidade de calor (energia sob a forma de calor) que se desprende
na combustão (queima) completa de uma unidade de volume de gás. O poder calorífico
é expresso em Kcal/m³. Cada combustível possui seu próprio poder calorífico que
corresponde à capacidade do combustível de gerar calor.

 Poder calorífico inferior: quantidade de calor liberada pela combustão completa de uma
unidade em volume ou massa de um combustível, quando queimado completamente
em uma certa temperatura, permanecendo os produtos de combustão em fase gasosa
(sem condensação do vapor d'água).

 Poder calorífico superior: quantidade de calor liberada pela combustão completa de


uma unidade em volume ou massa de um combustível, quando queimado
completamente em uma determinada temperatura, levando-se os produtos da
combustão, por resfriamento, à temperatura da mistura inicial (o vapor d´água é
condensado e o calor recuperado).

 Polietileno: é um material usado em tubulações de gás em baixas e médias pressões.


Sua principal vantagem é maior facilidade na instalação e não sofrer com processos
corrosivos.

 Ponto de fulgor (flashpoint): temperatura na qual um líquido inflamável, num ambiente


fechado, liberta vapor suficiente para criar uma mistura explosiva no espaço de ar
acima dela, mistura esta que formará um lampejo se exposta em contato com uma
chama ou faísca, para se avaliar a segurança em armazenamento, transporte, algumas
vezes, no manuseio do combustível.

 Ponto de fusão: temperatura específica na qual uma substância sofre uma mudança de
estado de sólido para líquido.

 Ponto de instalação: extremidade da canalização interna, destinada a receber o


medidor.

 Ponto de orvalho: temperatura na qual a condensação da fase vapor ocorre. Se não for
especificada nenhuma pressão, o ponto de orvalho refere-se geralmente a pressão
atmosférica normal.

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 Potência de projeto (Pp): potência, expressa em KW ou Kcal/h, utilizada para
dimensionamento.

 Potência instalada (P): somatória das potências máximas dos aparelhos de utilização
instalados, expressa em KW ou kcal/h.

 Potência nominal: quantidade de calor contida no combustível consumido, na unidade


de tempo, pelo aparelho de utilização, com todos os queimadores acesos e
devidamente regulados, indicada pelo fabricante.

 Pressão: unidade empregada para designar os diversos níveis em que trabalham as


redes de gás. Esses níveis podem ser: baixa, média pressão e alta pressão.

 Pressão absoluta: soma da pressão manométrica com a pressão atmosférica.

 Pressão atmosférica: pressão do peso do ar e do vapor de água na superfície da terra.


Aproximadamente 101Kpa ou 760 mm de mercúrio, ao nível do mar.

 Pressostato: dispositivo sensor de pressão, projetado para fornecer um sinal de saída


em função de um valor pré-determinado.

 Prisma de ventilação: abertura situada no interior da edificação, em comunicação direta


com o exterior pela parte superior destinado a realizar a ventilação dos locais que
possuem aparelhos a gás.

 Processamento de gás: separação entre óleo e gás e a remoção de impureza e


líquidos do gás natural.

 Propano: hidrocarboneto saturado com três átomos de carbono e oito de hidrogênio


(C3H8), gasoso, incolor e possui cheiro característico. Empregado como combustível
doméstico e como iluminante; utilizado como fonte de calor industrial em caldeiras,
fornalhas e secadores. É um dos componentes do GLP, o gás de cozinha.

 Proteção Catódica: método empregado, para reduzir a velocidade de corrosão


eletroquímica de estruturas como as de perfuração de óleo e plataformas de produção,
tubulações e tanques de armazenagem.

 Protetor de chama: controle sensível às características da chama, detectando a


presença de chama e, no caso de falha de ignição ou posterior falta de chama,
provocando uma parada de segurança.

Q
 Queima: reação química entre combustível e comburente com liberação do calor.

 Queimador: componente de um sistema de combustão, responsável pela manutenção


de uma chama estável, onde se processa uma combustão segura e controlada.

 Queimador a gás: queimador que utiliza um gás como combustível.

 Queimador aerado: queimador no qual o gás passado através de um injetor induz o ar


primário para posterior combustão.

R
 Ramal do usuário: é uma tubulação que, recebendo o gás da rede de distribuição, o
fornece ao consumidor.

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 Ramal entupido: obstrução da passagem do gás, geralmente motivada por corrosão,
água ou sujeira.

 Ramal externo: é a parte da canalização de gás compreendida entre a rede de


distribuição e o conjunto de medição e regulagem de pressão. Sua construção e
manutenção são de responsabilidade da Distribuidora.

 Ramal interno: conjunto de dutos, elementos e acessórios, instalados após o conjunto


de medição e regulagem de pressão. Sua manutenção é de responsabilidade do
cliente.

 Rede de distribuição: tubulação de distribuição, estações de controle de pressão,


válvulas, equipamentos operados por uma companhia de gás, para levar gás desde os
pontos de suprimento ou de fabricação até os medidores dos consumidores.

 Refrigerador a gás: aparelho destinado a resfriar um compartimento fechado, cuja fonte


de energia principal é gás combustível, geralmente operando em ciclo de absorção.

 Registro de conexão de aparelho: dispositivo de corte que, pertencente à instalação


individual, está situado o mais próximo possível da conexão de cada aparelho a gás
podendo interromper o fornecimento de gás a cada um deles. Não deve ser confundido
com os registros incorporados aos aparelhos a gás. É necessário em todos os casos.

 Registro geral de corte: dispositivo destinado a interromper o fornecimento de gás para


um usuário.

 Regulador combustível-ar: relação da taxa de fornecimento de combustível para a taxa


de fornecimento de ar necessário para obter a característica de combustão desejada.

 Regulador de pressão: dispositivo colocado na linha de gás para reduzir, controlar ou


manter a pressão.

 Reservas Possíveis: reservas de petróleo e gás natural cuja análise dos dados
geológicos e de engenharia indica uma maior incerteza na sua recuperação quando
comparada com a estimativa de reservas prováveis.

 Reservas Provadas: reservas de petróleo e gás natural que, com base na análise de
dados geológicos e de engenharia, se estima recuperar comercialmente de
reservatórios descobertos e avaliados, com elevado grau de certeza, e cuja estimativa
considere as condições econômicas vigentes, os métodos operacionais, usualmente
viáveis e os regulamentos instituídos pela legislações petrolífera e tributária brasileiras.

 Reservas Prováveis: reservas de petróleo e gás natural cuja análise dos dados
geológicos e de engenharia indica uma maior incerteza na sua recuperação quando
comparada com a estimativa de reservas provadas.

 Reservas Totais: soma das reservas provadas, prováveis e possíveis.

 Revisão: vistoria técnica para verificar se as instalações e aparelhos dos clientes estão
de acordo com as normas de segurança estabelecidas pelo Regulamento de
Instalações Prediais de Gás.

 RIMA: relatório de impacto ambiental, menos elaborado que o EIA e de leitura


acessível ao público em geral. Exigido pelos órgãos ambientais responsáveis pela
emissão da licença prévia de gasodutos.

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 Scada: sistema direto de aquisição, supervisão e controle de dados relacionados à
operação de gasodutos (pressão, temperatura vazão, etc) de acionamento remoto
automático ou manual.

 Serviço de Ponta: serviço que assegura ao comprador uma certa quantidade de gás
natural, entregue a pedido deste para atender os períodos de demande de ponta.

 Serviço firme: a qualidade de serviço de transporte ou venda de gás aos clientes,


conforme uma programação de entrega que antecipa interrupções não planejadas. É
geralmente associado às companhias de distribuição, que atendem clientes
residenciais e outros usuários finais de alta prioridade.

 Serviço Interruptível: Serviço de gás sujeito a interrupção à critério do transportador.


Também conhecido como "serviço de melhor preço". As tarifas para serviços
interruptíveis são inferiores àquelas praticadas pra serviço firme.

 Ship or pay: Cláusula incluída nos contratos de transporte de gás natural segundo a
qual o consumidor final ou a concessionária, para quem está sendo feito o transporte,
são obrigados a pagar pelo transporte do gás mesmo no caso de o gás não ser
transportado.

 Sistema de bloqueio de segurança: sistema de válvulas de bloqueio, associado a um


circuito de controle, que gerencia o fornecimento de gás aos queimadores, permitindo
ou não o fluxo.

 Sistema de combustão: conjunto composto por queimadores, sistema de suprimento de


ar de combustão, sistema de suprimento de gás e geralmente sistema de proteção de
controle de chama.

 Sistema de detecção de chama: sistema composto por sensor de chama, amplificador


de sinal de chama e relê de chama.

 Sistema de distribuição: anéis, laterais, gerais, redes, ramais e equipamentos que


distribuem ou controlam o gás do ponto ou pontos de suprimento locais (usualmente as
City Gates) até e inclusive os medidores dos consumidores.

 Sistema de distribuição de alta pressão: sistema de gasodutos de distribuição que


opera a pressão maior do que a padrão de abastecimento do consumidor. Em tal
sistema é exigida a instalação de um regulador em cada ramal para controlar a pressão
de abastecimento do consumidor.

 Sistema de suprimento de ar de combustão: sistema de suprimento de gás e


geralmente sistema de proteção de controle de chama.

T
 Take-or-Pay: cláusula contratual na qual o comprador assume a obrigação de pagar
por uma certa quantidade de gás contratada, independente de retirá-la.

 Tanque estacionário: vasos de formato cilíndrico pressurizados, usados para


armazenar grandes quantidades de gás liquefeito de petróleo (GLP).

 Telemetria: transmissão para um ponto distante, para registro ou demonstração de


informações relativas ao estado do sistema do qual é derivado.

 Temperatura ambiente: temperatura do ar no meio circulante a uma estrutura ou um


equipamento.

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 Termia: unidade empregada na indústria de gás para descreverem termos de
quantidade de energia.

 Terminal: peça a ser colocada na extremidade exterior da chaminé primária, destinada


a impedir a entrada de água de chuva e minimizar os efeitos dos ventos na seção de
saída da chaminé. Instalação de despacho ou recebimento de gás natural liquefeito
(GNL).

 Terminal tipo T: acabamento correto das chaminés de aquecedores.

 Termodinâmica: parte da física que investiga os processos de transformação d energia


e o comportamento dos sistemas nesses processos.

 Teste de estanqueidade: teste, geralmente feito em baixos níveis de pressão para


demonstrar se um sistema de tubulação não apresenta vazamentos.

 Tiragem: fluxo de gases ou ar através de chaminé, conduta ou equipamento,


provocado por diferenças de pressão ou da densidade.

 Tiragem forçada ou induzida: fluxo de tiragem onde o deslocamento dos produtos da


combustão é feito através de dispositivo mecânico usualmente ventiladores.

 Tiragem natural: tipo de tiragem onde o deslocamento dos produtos da combustão é


feito através da conversão natural.

 Tomada de pressão: tubo que transmite a pressão do gás de um ponto onde deva ser
controlada ao atuador do regulador, manômetro ou outro dispositivo.

 Transformação e conversão de energia: embora muitas vezes utilizados de forma


equivalente, a rigor, a transformação se aplica à produção de energia sem mudança do
estado físico da fonte geradora, mudança essa que ocorre no caso da conversão.

 Tratamento ou Processamento de Gás Natural: conjunto de operações destinadas a


permitir o seu transporte, distribuição e utilização.

 Trocador de calor (heat exchange): equipamento destinado à transferência de calor de


fluido em movimento para outro, sem contato direto entre ambos. Existem dois tipos;
contínuos e descontínuos ou de batelada.

 Tubo camisa: Tubo, no interior do qual a tubulação é montada, cuja finalidade é


proteger a rede de distribuição em locais com riscos de impactos mecânicos, tais como
cruzamentos, travessias, etc.

 Tubo flexível: usado para ligar um aparelho de queima a outro tubo rígido de
alimentação de gás.

 Tubo rígido: tubo que durante a construção de tubulações não pode ser dobrado ou
curvado.

 Tubo sem costura: tubo fabricado sem junta soldada e normalmente feito por extrusão.

 Tubo semi-rígido: tubo que durante a construção de tubulações, pode ser dobrado ou
curvado, desde que a temperatura seja adequada e dentro dos limites estabelecidos
pelas respectivas normas técnicas de sua fabricação.

 Turbina a gás: turbina propulsionada pela combustão de uma mistura comprimida de ar


e gás natural, usada na geração de energia elétrica.

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U
 UPGN: Unidade de Processamento de gás natural, instalada com a finalidade de
remover GLP, gasolina e outros líquidos de valor comercial presentes no gás natural
bruto.

V
 Vala: nome dado às escavações longas e estreitas executadas no solo para a
colocação das tubulações de gás.

 Válvula de alívio: dispositivo que permite reduzir a pressão interna da instalação,


através da liberação direta de gás para o exterior, quando se atinge um valor pré-
determinado.

 Válvula de Bloqueio Intermediária: Dispositivo que restringe, total ou parcialmente, o


fluxo de gás e é instalado ao longo da rede de distribuição.

 Válvula de medidor: dispositivo de corte situado o mais próximo possível da entrada do


medidor de gás.

 Válvula de prumada coletiva: dispositivo de corte que permite interromper a passagem


de gás no trecho da instalação comunitária, que abastece vários consumidores.

 Válvula de ramal: dispositivo de corte mais próximo ou no limite da propriedade,


acessível pelo exterior da propriedade e identificável, que pode interromper a
passagem total gás para o consumidor.

 Válvula de segurança: válvula instalada na calçada. É o mesmo que válvula de ramal.


Em casos de emergência é fechada imediatamente.

 Vaporização: passagem do estado líquido para o estado gasoso.

 Vazão nominal: é a vazão volumétrica máxima do gás que pode ser consumida por um
aparelho de utilização.

 Ventilação permanente: é um dos principais itens de segurança para ambientes que


contenham aparelhos a gás. Existem vários modos de se obter ventilação permanente:
janelas com básculas fixas, portas com grades de ventilação e outros.

 Volátil: líquido que, nas condições ambientes, se torna gasoso.

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 Conversão de Unidades

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