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PAÍS Brasil
Estação de metro impulsionada por energia solar em Brasília, Brasil. PAULO BARROS (METRO-D)
E embora o documento mostre que o mundo não está fazendo o suficiente para
cumprir essas metas até 2030, ele destaca experiências recentes que trazem
esperança, principalmente na Ásia e na África subsaariana, mas também na
América Latina.
Acendendo a luz
Até 2030, espera-se que a América Latina e o Caribe alcancem acesso quase
universal a energia. Em toda a região, o Haiti deve o único país em que menos de
90% da população estará conectada.
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Outra boa notícia vem da África, onde nos últimos anos a eletrificação
ultrapassou o crescimento populacional pela primeira vez. Entre 2010 e 2016,
Etiópia, Quênia e Tanzânia conseguiram aumentar em 3% ao ano a parcela da
população com acesso a eletricidade. No mesmo período, na Índia, 30 milhões de
pessoas conquistavam acesso a eletricidade a cada ano. Nenhum outro país fez
isso.
O relatório também destaca que, dos 20 países que mais avançaram entre 2010
e 2016, quatro deles estão na América Latina: Guiana, Peru, El Salvador e
Paraguai.
Energia renovável
Em 2015, o mundo obteve 17,5% do seu consumo total de energia final a partir de
fontes renováveis, dos quais 9,6% corresponderam a formas modernas de
energia renovável, como energia geotérmica, hidroelétrica, solar e eólica. O resto
são usos tradicionais de biomassa (como lenha e carvão).
Embora o ODS 7 não defina uma meta fixa para energia renovável, clama por um
"aumento substancial" na proporção de fontes renováveis no mix energético
global. Com base nas tendências atuais, espera-se que a participação das
renováveis chegue a apenas 21% até 2030 (ante 16,7% em 2010), sem alcançar
o aumento defendido pelas Nações Unidas.
Na América Latina, o Brasil se destaca por usar mais que o dobro da média global
de fontes renováveis em eletricidade, aquecimento e transporte.
Eficiência energética
Melhorar a eficiência energética significa ser capaz de produzir mais com menos
energia. E as evidências mostram que o crescimento econômico e o uso de
energia estão cada vez mais dissociados. Entre 2010 e 2015, o Produto Interno
Bruto (PIB) mundial cresceu quase duas vezes mais rápido que o fornecimento
de energia primária. O crescimento econômico excedeu o avanço no uso de
energia em todas as regiões, exceto na Ásia Ocidental.
Uma das métricas mais importantes para essa meta dos ODS é a intensidade
energética - a proporção de energia usada por unidade do PIB -, que caiu 2,8%
em 2015, a queda mais rápida desde 2010. No entanto, ainda é preciso avançar
mais para dobrar a taxa global de melhoria na eficiência energética até 2030.
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