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Identificação do grupo:
Anna Júlia Silva Neves
Emanuélli Martins Pimenta
Luis Eduardo Gonçalves Nascimento Moreira
Vitória Guimarães Ferreira
Professoras:
Elise Marques Freire Cunha
Regina Paula de Souza Freitas
2) Situação atual
(Qual é a situação atual que queremos mudar? Qual é a percepção do
público sobre essa situação? Quais dados retratam essa realidade? Quais
comportamentos observamos que reforçam esta situação?)
Com essa explicação inicial sendo dada, nota-se a realidade à qual essa
sociedade está inserida. Todo cidadão, segundo a Constituição de 1988, tem
direito à educação, saúde, trabalho, lazer, previdência social, segurança,
proteção à maternidade e à infância e, finalmente, a assistência aos
desamparados. Esse é o tópico que deve ser levado em consideração:
assistência aos desamparados. Por meio de dados fornecidos pelo Instituto de
Energia e Meio Ambiente, no ano de 2020, cerca de 100 mil habitantes de
Rondônia não tinham acesso à energia elétrica.
Juntamente com essa falta de acesso à eletricidade, vem outro
problema: as fontes de energias não renováveis. Esse é o ponto principal dessa
situação. Mesmo que a principal fonte de energia elétrica do estado seja a
hidrelétrica, existe um grande problema, que seria o valor em dinheiro
empregado na instalação dessas fontes de energia e o preço mensal de sua
distribuição. De uma maneira mais abrangente, é válido dizer que o Brasil é
um país que apresenta grande desigualdade social, que já havia aumentado de
0,6003 para 0,6279 entre os quartos trimestres de 2014 e 2019, de acordo com
Índice de Gini. E, com o início da pandemia esse número cresceu, atingindo
0,640 no segundo trimestre de 2021, ficando acima de toda série histórica
pré-pandemia, em uma escala onde quanto maior a nota, maior a desigualdade
e a concentração de renda, de acordo com o CNN (Cable News Network).
Mas, um fato interessante, é que de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística), o estado de Rondônia é o com a menor
concentração de desigualdade social e econômica das regiões Norte e
Nordeste, com um índice de 0,472. De qualquer forma, isso mostra que, um
indivíduo, dependendo de sua condição financeira, independente do estado,
não terá condições o suficiente para comprar um painel solar, por exemplo, ou
até mesmo pagar uma conta de energia, nos casos mais graves.
Dessa forma, é possível observar que, além do aspectos prejudiciais ao
meio ambiente que a falta de energias renováveis causa (a poluição, por
exemplo), percebe-se que a diferença drástica presente entre as classes sociais
também exerce grande influência na situação atual.
3) Situação ideal
(Escreva a situação ideal que se tem como objetivo; quais dados
devem ser mudados para observarmos a mudança. Como podemos medir se
chegamos à situação ideal ou não? Queremos alcançar essa situação em
quanto tempo?)
A situação em relação a desigualdade social e econômica, no estado de
Rondônia, é bem melhor em relação aos outros estados da região norte do
Brasil, isso já é um bom passo no desenvolvimento sustentável. Mesmo
assim, o ideal seria uma pessoa ter um local para morar e um emprego para
que possa se sustentar ou cuidar da própria família. Infelizmente, isso é
algo extremamente difícil de acontecer, mas, querendo ou não, seria o
ideal.
Com isso, a diminuição das fontes de energia não-renováveis seria
necessária para reduzir os impactos ambientais. Mesmo assim, as fontes de
energia renováveis têm suas desvantagens, por exemplo, as hidrelétricas,
que tem como uma de suas desvantagens, a escassez da chuva.
Com a instalação dessas fontes, não haveria gastos de recursos
utilizados na produção de energia, já que a única preocupação seria a
manutenção.
Mesmo que atualmente, em Rondônia, a maior fonte de energia sejam
as hidrelétricas, elas acabam prejudicando o habitat dos seres vivos
presentes na água e acabam por afetar comunidades ribeirinhas, que não
têm outra opção além de saírem do local. De qualquer forma, seria possível
aproveitar essas fontes já existentes e, para evitar os prejuízos da falta de
chuva, seria muito interessante a utilização da energia solar.
Após tudo isso, a possibilidade de um indivíduo ter acesso a energia no
estado, seria altíssima, já que o foco seria distribuí-la para pessoas em
situações financeiras abaixo da média.
4) Atores do Problema
(Quem está envolvido de alguma forma com esse problema? Qual é o
recorte da sociedade que mais sofre com ele? Há alguém tentando resolvê-lo)
Os principais envolvidos com este problema são as pessoas que não
tem acesso qualquer ou de forma correta a energia que é classificada pela
agenda internacional como condição vital para a dignidade humana e para o
crescimento do país e também o governo que tem a obrigação e o dever de
melhorar a situação do país e a condição de vida da população.
São mais de 107 mil pessoas, o que corresponde a 6,1% da população
do estado de Rondônia, que é o terceiro na lista de estados que têm mais
pessoas em situação de exclusão elétrica, ficando apenas atrás do Pará de
Amazonas. Quase 40 mil possíveis consumidores se encontram em áreas
remotas. A Amazônia tem ao todo 990 mil pessoas nessa situação.
O governo federal, com o programa Luz para Todos, fez 26.371
ligações que entregam luz no estado de Rondônia entre 2011 e 2018 e lançou
o programa Mais Luz para a Amazônia em 2020 para entrar em vigor até o
fim de 2022 com o objetivo de atender comunidades remotas da região. Em
nota, Energisa , a empresa de energia do estado, afirmou que já investiu R$ 1
bilhão no estado e até o fim do ano investirá mais R$ 747 milhões, afirmou
também que em 2020, apesar da pandemia, 57 mil novos clientes foram
atendidos, sendo a maioria deles em áreas rurais e com ligações irregulares e
em 2020 serão realizadas 25 mil novas ligações, 6 mil delas sendo subsidiadas
pelo governo através dos programas anteriormente citados. Também há o
Grupo Rovema que, através da Rovema Energia produz energia fotovoltaica
em uma fazenda solar de 60.000 metros quadrados com 5.700 placas solares
na cidade de São Francisco do Guaporé que atende aproximadamente 250
famílias com energia limpa produzida na Amazônia.
6) Agenda
(Quem enxerga esse problema? Já está na Agenda de alguma força
política? Já há algo previsto no programa do governo? A mídia tem
noticiado?)
Segundo o Portal do Governo do Estado de Rondônia, a Entidade
Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural de Rondônia (Emater)
tem incentivado o desenvolvimento da agricultura familiar rondoniense,
por meio de projetos de implantação de sistema de energia solar renovável
nas propriedades rurais. Agricultores familiares de Rondônia têm
procurado os extensionistas da Emater para ajudá-los na elaboração de
projetos técnicos para o financiamento de sistemas elétricos com placas
fotovoltaicas. O financiamento tem o incentivo do Programa Nacional de
Desenvolvimento da Agricultura Familiar (Pronaf), na modalidade Pronaf
Eco, uma linha específica para agricultores familiares interessados em
desenvolver projetos sustentáveis, visando a melhoria da capacidade
produtiva.
O Pronaf Eco oferece financiamento de até R$ 165 mil, com juros de
2,75% ao ano para instalação dos projetos de energia limpa e renovável,
com prazo de até 10 anos para pagamento e carência de cinco anos. Para ter
acesso à esse crédito subsidiado, o agricultor familiar deve ter uma
Declaração de Aptidão do Pronaf (DAP), que pode ser emitida em qualquer
escritório da Emater, onde o produtor tem o auxílio na elaboração de seu
projeto técnico para encaminhamento à instituição financeira credenciada.
No mês de março de 2021, o governo de Rondônia anunciou, por meio
da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (SEDAM), que
implantaria um sistema fotovoltaico na Escola Municipal João da Mata,
localizada na Reserva Extrativista do Rio Pacaás Novos.
A iniciativa faz parte do projeto “Luz para a Educação” e beneficiaria
a comunidade com a instalação de 15 painéis solares. De acordo com a
Secretaria, a escola foi a primeira instituição educacional do estado de
Rondônia a contar com 100% de energia solar.
O projeto “Luz para Educação” é financiado pelos governos da
Coalizão Under2, composta pelo Quebec, Escócia, País de Gales e
Baden-Wuerttemberg, por meio do Future Fund, que foi criado para
aumentar a participação das regiões emergentes e em desenvolvimento.
A coalizão reúne mais de 220 governos que representam mais de 1,3
bilhão de pessoas e 43% da economia global. “Ficamos particularmente
impressionados com as múltiplas vantagens apresentadas pelo programa
desenvolvido pela Sedam, como energia limpa, benefícios educacionais e
contribuição para gestão de áreas protegidas”, apontou Martine Crowe,
coordenadora de engajamento da Under2 Global.