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Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua

formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema a “O
enfrentamento da crise hídrica no Brasil.”, apresentando proposta de conscientização social que respeite
os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para
defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I
A crise hídrica esteve na ordem do dia em 2021, pois enfrentamos a pior seca dos 91 anos anteriores, segundo
o Ministério de Minas e Energia (MME). Isto foi resultado de vários anos com volumes de chuvas inferiores ao
necessário nas bacias hidrológicas, principalmente as do Sudeste e Centro Oeste, que representam 70% da capacidade
de armazenamento de energia hidrelétrica do país.
Entre setembro de 2020 e abril de 2021, as bacias hidrográficas das outras regiões do país (Nordeste, Norte e Sul),
também receberam chuvas abaixo da média, agravando a situação e desencadeando emissão de alerta por parte do
Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico - CMSE,. Com os dados do CMSE, o Operador Nacional do Sistema
Elétrico (ONS) sugeriu a criação de uma sala de situação sobre as condições hidrológicas e gestão energética para
tratar do tema. O MME acatou e o processo começou em maio.
Recapitulando o histórico recente
Cerca de um mês depois (28/06), o então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, pronunciou em cadeia
nacional reconhecendo a gravidade da crise hídrica, mas ponderando que não estávamos à iminência de um
racionamento de energia, semelhante ao de 2001. “Hoje, temos um sistema de energia robusto, que nos traz a garantia
de fornecimento aos brasileiros. Ao mesmo tempo, o país reduziu a dependência da energia hidrelétrica de 85% para
61% de 2001 para cá. E isso se deu com a expansão das usinas de fontes limpas e renováveis, como a eólica, a solar e
a biomassa, além das termelétricas a gás natural e as nucleares”, disse na ocasião.
Afinal, por que crise hídrica?
Partindo do princípio de que crise hídrica é a constatação de falta de água para as atividades essenciais da vida
moderna, como a geração de energia e o saneamento básico, estávamos sim vivendo uma naquela ocasião. E o
contexto se deu justamente pelos baixos níveis de reserva e de chuvas comentados.
Como agravante, as regiões Sudeste e Centro Oeste, não apenas são as maiores geradoras de energia hidráulica como
também são as que mais consomem energia e água. Essas regiões concentram um terço da população do país e este é
outro agravante para a gestão hídrica, pois as mesmas águas que abastecem os reservatórios das hidrelétricas também
são utilizadas em outras atividades, como indústria, piscicultura, irrigação, pecuária, turismo, transporte fluvial,
residências, comércios, etc.
Os efeitos da crise hídrica, como escassez de umidade no solo, ainda tinham o risco de serem amplificadas com a
possibilidade de um novo fenômeno de “La Niña” (o que deve elevar as temperaturas) e a então previsão de chuvas
inferiores à média para o segundo semestre daquele ano de 2021, o que indicava que devíamos enfrentar a crise hídrica
pelo menos até o término do período seco, em setembro, o que acabou se confirmando.
Crise vai Além da Energia
O problema da baixa dos reservatórios não afeta somente a geração de energia. Conforme artigo publicado na revista
Exame pelo presidente da Cosan, Luís Henrique Guimarães, a operação da Hidrovia Tietê Paraná está ameaçada. Ele
lembra que esse corredor fluvial corre o risco de ser paralisado até o fim da estiagem.
Em 2014, quando aconteceu a última crise hídrica, a Hidrovia iniciou um período de paralisação de 16 meses.
Guimarães também chama a atenção para os efeitos sobre o agronegócio. “A seca já produz certos estragos no campo
e alguns produtores temem que a disputa por água com o setor elétrico prejudique os seus resultados”, disse ele no
artigo citado.
Para o professor Nivalde de Castro, do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador do Grupo de Estudos do
Setor Elétrico (Gesel-UFRJ), a preocupação da Cosan é legítima e o Gesel defende que a geração elétrica seja
mesmo privilegiada sobre qualquer outro nicho de mercado. “A importância do agronegócio para a economia
brasileira é incontestável e sabemos das imensas perdas que teremos ao atingi-lo de alguma maneira. Porém, a geração
e fornecimento de energia é ainda mais crítica, pois afeta não só o agronegócio, como toda a cadeia produtiva do país”,
diz.
(...)
Qual a diferença de racionamento e racionalização?
Diferente do racionamento, que é imposto de forma compulsória, a racionalização de energia ocorre quando o governo
cria incentivos para que o consumidor reduza o consumo por conta própria. Em ouras palavras, é possível resumir que
a racionalização não é imposta, enquanto o racionamento é.
Há várias maneiras de racionalização, começando por campanhas educacionais para ampliar a consciência dos
consumidores quanto ao desperdício de energia, e indo até o subsídio para troca de eletrodomésticos mais econômicos.
Esta última, inclusive, ocorreu em 2001, junto com o racionamento compulsório.
A situação de 2021, na qual houve aumentos na conta de energia – com acionamento da bandeira tarifária vermelha,
nível 2 (a mais cara prevista) – é de racionalização também. Afinal, o aumento de tarifas é considerado uma forma de
incentivar a economia dos consumidores.
RETIRADO DE: https://www.alemdaenergia.engie.com.br/tudo-o-que-voce-precisa-saber-sobre-a-crise-hidrica/?
gclid=Cj0KCQjworiXBhDJARIsAMuzAuyXM7r1AhrUqz4mSWp0C6seLFuTI_lqsVXw15db13eJs-Db6-
vzaeIaArzHEALw_wcB

TEXTO II
Crise hídrica é como tem sido chamada a falta de água para abastecimento humano em grandes cidades
brasileiras, principalmente na Região Metropolitana de São Paulo, entre 2013 e 2015, e no Distrito Federal, desde o
final de 2016 até o presente. Embora essas cidades situem-se em regiões de altos índices de pluviosidade anual, elas
foram atingidas por secas extremas, que colapsaram seus reservatórios de abastecimento hídrico, e seus moradores
foram submetidos a estratégias de racionamento de água. 
    As causas dessas crises não se resumem à falta irregular de chuvas. Elas são o resultado de um somatório de fatores,
que incluem as anomalias meteorológicas, mas envolvem, também, má gestão dos recursos hídricos, falta de
infraestrutura de abastecimento capaz de acompanhar o aumento da demanda, educação para um consumo racional de
água, redução de desperdícios, uso de fontes alternativas aos reservatórios e controle de problemas ambientais,
especialmente o desmatamento e a poluição.
    A escassez de água também atinge, de forma crônica, o semiárido nordestino, onde as secas são fenômenos naturais
recorrentes. A seca que assola a região desde 2011 é considerada a mais forte dos últimos sessenta anos. Nessa região,
a atuação governamental tem se pautado em ações emergenciais, de suprimento de água e assistência social. Os
esforços no sentido de promover atividades econômicas adaptadas às condições climáticas regionais têm sido
insuficientes.
   Eventos extremos vêm se acumulando no Brasil, nas últimas duas décadas. Além da crise hídrica no Sudeste e no DF
e a forte seca que assola o Nordeste, acrescentem-se secas intensas em 2005 e 2010 e enchentes em 2009, 2012, 2014 e
2015 na Amazônia; chuvas extremas e consequentes deslizamentos de terra em 2011 e 2013, na Região Serrana do Rio
de Janeiro, que deixaram centenas de mortos; tornado de Xanxerê (SC), em 2015; e inúmeros outros desastres
registrados em todo território nacional pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil. Esses eventos enquadram-
se nas projeções de aumento da frequência e da intensidade dos eventos extremos decorrentes das mudanças
climáticas, do Intergovenmental Panel on Climate Change (IPCC). Portanto, não se pode negligenciar a possível
correlação entre os desastres ocorridos nos últimos anos e as mudanças climáticas. Medidas adaptativas precisam ser
adotadas, de forma a evitar que eventos extremos ocasionem desastres.
RETIRADO DE: https://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/estudos-e-notas-tecnicas/fiquePorDentro/temas/crise-hidrica-
mar-2018

TEXTO III
CAUSAS DA CRISE HÍDRICA NO BRASIL
Existem várias causas para a falta de água no Brasil, as principais são: aumento do consumo de água, desperdício de
água, diminuição do nível de chuvas.
Aumento do consumo de água
Apesar da água possuir capacidade de renovação, o seu consumo ainda é maior do que essa capacidade.
No Brasil, o aumento do consumo de água deve-se ao crescimento populacional, industrial e da agricultura.
Para se ter um exemplo, segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), de cada cem litros de água consumidos, 72 são
usados na irrigação agrícola.
Desperdício de água
Como vimos, grande parte do consumo de água no Brasil deve-se à irrigação na agricultura. Porém, o setor também é
um dos maiores responsáveis pelo desperdício de água.
O desperdício também ocorre no cotidiano das pessoas, por exemplo: ao deixar torneiras abertas por muito tempo,
banhos prolongados e vazamentos.
Diminuição do nível de chuvas
O desmatamento na floresta amazônica é também diretamente relacionado a falta de chuva no país.
Mas qual é a relação entre a falta de chuvas e a Amazônia?
Isso ocorre devido ao fenômeno dinâmico dos "rios voadores", que leva umidade a várias regiões da América do Sul.
O processo ocorre da seguinte forma:
 O vapor de água formado nas águas tropicais do oceano Atlântico encontra-se e é alimentado pela umidade da
floresta amazônica;
 Toda essa umidade atravessa a Amazônia até encontrar o paredão da Cordilheira dos Andes;
 Ali, uma parte da umidade transforma-se em chuva e alimenta nascentes de grandes rios, como o Rio Amazonas;
 A outra parte é direcionada para as regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil, ocasionando as chuvas.
Regiões afetadas pela crise hídrica
A região Sudeste foi a mais afetada pela crise da falta de água em 2014 e 2015. O sistema Cantareira, em São Paulo,
foi o que mais sofreu com a estiagem. Ele atende mais de 9 milhões de pessoas.
A capacidade do sistema é de 1,46 trilhão de litros, dos quais 973 bilhões constituem o chamado "volume útil". Esse
volume corresponde a reserva de água acumulada acima do nível das comportas. Foi esse volume que se esgotou em
2014.
Passou a ser usado, então, o chamado "volume morto", que se situa abaixo do nível das comportas e que nunca havia
sido utilizado. Em 2016, o volume do sistema Cantareira começou a retornar à normalidade.
Os reservatórios dos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais também apresentaram níveis preocupantes.
A região Nordeste também enfrenta a crise hídrica, inclusive, há mais tempo do que os estados da região Sudeste e que
dura até o momento.
Enquanto a região Sudeste recuperou os níveis de água de seus reservatórios, o Nordeste é afetado pela pior seca do
século. Essa situação levou várias cidades nordestinas a declarar estado de emergência ou calamidade pública entre
2015 a 2017.
RETIRADO DE: todamateria.com.br/crise-hidrica-no-brasil/

TEXTO IV

TEXTO V

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