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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA

DE MINAS GERAIS- CAMPUS RIBEIRÃO DAS NEVES TÉCNICO EM


ELETROELETRÔNICA II

Maria Eduarda Neres De Pinho


Christian Emanuel
Ângelo Miguel Da Silva Vaz
Maria Júlia Cardoso Silva
Giovanni Ethan
João Paulo de Jesus

CHUVEIRO COM TIMER: Uma tecnologia sustentável e econômica.

Ribeirão Das Neves


2023
Maria Eduarda Neres De Pinho
Christian Emanuel
Ângelo Miguel Da Silva Vaz
Maria Júlia Cardoso Silva
Giovanni Ethan
João Paulo de Jesus

Projeto de pesquisa apresentado como


parte do desenvolvimento do Projeto
Integrador do Curso Técnico em
Eletroeletrônica Integrado ao Ensino Médio
do Instituto Federal de Minas Gerais-
Campus Ribeirão das Neves.

Professor(a) orientador(a): Letícia Martins

Ribeirão Das Neves


2023
INTRODUÇÃO
O Brasil é um país que apresenta o maior reservatório de água doce no
planeta. Dados geográficos apontam que cerca de 12% da água potável do mundo
se encontra no Brasil. Apesar da grande quantidade de reservatórios de água doce,
não possuímos uma distribuição igualitária e humanizada em todas as regiões, além
de possuir alto índice de desperdício. No geral, apenas 69,5% da população
territorial possui abastecimento de água. 
  Um grande exemplo de distribuição desigual é o Nordeste e o Norte. O
Nordeste abriga cerca de 30% da população, porém, apenas 16,61% dessa
população têm acesso ao saneamento básico, a maioria dos seus municípios não
recebem a água devidamente tratada ou nem recebem. O Norte, que contém 80%
de toda a água doce do país, também sofre com o descaso e falta de políticas
governamentais. 
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
42,6% da população do Norte não tem acesso ao saneamento básico. Sem contar
que ambas essas regiões sofrem degradação ambiental e contaminação da água
por causa do garimpo ilegal e do uso de agrotóxicos. 
 O principal motivo da distribuição não igualitária dos recursos hídricos é a
falta de investimento político. O Nordeste, principalmente o Sertão Nordestino, por
conter clima semiárido, tem longos períodos de seca, e é normalmente visto como
símbolo de pobreza e “inutilidade”. Isso faz com que esses locais fiquem à mercê do
acesso de baixa qualidade, do racionamento ou de nenhum acesso a saneamento
básico, já que grandes verbas e investimentos vão para regiões com alta
produtividade econômica. 
De acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento
(SNIS) 83,6% da população brasileira tem acesso ao serviço de abastecimento de
água, enquanto os outros 16,4% sofrem com a ausência desse recurso. Estudos
apontam que 40% de toda água potável coletada é desperdiçada. Essa quantidade
de água desperdiçada seria capaz de abastecer regiões sem acesso ou com mal
funcionamento do saneamento básico, como descrito por Aldo da Cunha Rebouças
(2003):
Mais de 40 milhões de brasileiros não recebem água de forma regular, não
podem confiar na qualidade da água que chega nas suas torneiras e vivem
num penoso regime de rodízio ou de fornecimento muito irregular da água
(CUNHA, 2003, p.342) A escassez e o desperdício d’água tem como
consequência a pobreza, a fome, a miséria, a falta de recursos econômicos,
aumento da mortalidade infantil, doenças causadas por protozoários, êxodo,
altas taxas de desemprego, baixo desenvolvimento tecnológico e industrial e
baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) regional.

Todo esse desperdício além de gerar uma distribuição não igualitária em


determinadas regiões, gera uma menor disponibilidade de água nas reservas
hídricas, acarretando em crises hídricas em tempos de seca, o que aumenta o valor
das contas e compromete o fornecimento de energia elétrica, que acaba sofrendo
também um aumento nas contas.
Além de uma questão histórica, cultural e econômica, um dos fatores para
a má distribuição é o desperdício de água. Como dito por Aldo da Cunha Rebouças
(1997):
Baixa eficiência dos serviços de saneamento básico, situação caracterizada
pelas grandes perdas de água tratada nas redes de distribuição (entre 25 e
60%), grandes desperdícios gerados pela cultura da abundância, pelo
absolutismo nas empresas e pelo obsoletismo dos equipamentos (torneiras
e descargas sanitárias em especial) (CUNHA, 1997, p.130)

Grande parte do desperdício de água é por parte das indústrias,


agronomia e pecuária, sendo responsáveis por 70% desse desperdício de água
tratada, mas, existe também o desperdício residencial, que costuma ser causado por
banhos demorados além de outras ações como, torneira ligadas sem
funcionamento, descargas, e lavagem de ambientes e carros sem usar água
reutilizável, como informa Douglas Barreto (2008): 
Pode-se comentar que o ponto de utilização de maior consumo é o
chuveiro, com 13,9% seguido sucessivamente da torneira de pia 12,0%;
máquina de lavar 10,9%; tanquinho 9,2%; torneira de tanque com máquina
de lavar 8,3%; caixa acoplada 5,5%; torneira de tanque 5,4%; e torneira de
lavatório com 4,2%. Os outros usos perfazem o restante, com 30,6%.”
(BARRETO, 2008, p.38)

Esses banhos demorados além de gerar alto desperdício hídrico acaba


por fazer com que a demanda energética aumente. A necessidade de aumentar a
produção energética faz com que Usinas de produção de energia sejam construídas
ou reativas. No Brasil existem cerca de 187 Usinas Hidrelétricas. Por mais que a
energia elétrica seja categorizada como limpa, ela gera impactos que interferem na
preservação do meio ambiente. 
Os impactos da construção de hidrelétricas são o desmatamento,
alteração na fauna de na flora, desvio de curso e nível de rios, desapropriação de
comunidades ribeirinhas, diminuição da oxigenação da água, aumento da produção
de metano pela vegetação submersa em decomposição, alteração no regime de
chuva e outras consequências
 O desperdício residencial de água e o gasto energético desnecessário é
de responsabilidade individual, e a conscientização deve ser introduzida desde a
infância. Analisando o problema e buscando uma solução tecnológica percebemos
que se a redução do tempo de banho médio no país caísse para cinco minutos, o
que é orientado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), até mesmo por
questões de saúde e não só ambientais, já que banhos demorados fazem mal pra
pele e para os cabelos.
 Dessa forma ia haver uma economia de cerca de 90 litros de água por
banho.  Considerando que em média o banho do brasileiro é de 15 minutos, em sete
dias, a economia de água e de energia seria suficiente para outros 14 banhos.
Pensando nisso, criamos um projeto que objetiva a redução do tempo de banho,
reduzindo o gasto de água e de energia.
 Esse projeto tem como principal objetivo desenvolver o protótipo de um
chuveiro, que através de um sistema Bluetooth ligado a um smartphone, fosse capaz
de impedir a passagem de água quando o tempo de banho estimado acabasse.
Com esse projeto não só reduziríamos o desperdício de água como também o gasto
excessivo de energia de chuveiros elétricos, que acabam aumentando a produção
energética, que hoje em dia, é o que mais consome energia em residências, e o
valor das respectivas contas. 
OBJETIVOS GERAIS
Dos objetivos gerais, temos:
 A redução do consumo e desperdício de água potável;
 A redução do consumo de energia elétrica produzida em usinas hidrelétricas;
 Diminuir a necessidade de construção e reativação de hidrelétrica;
 Diminuir impactos populacionais e ambientais, causados pela produção de
energia hidrelétrica, como:
- desmatamento;
- alteração na fauna e na flora;
- mudança do curso e nível de rios;
- desapropriação de habitantes ribeirinhos;
- diminuição da oxigenação da água;
- aumento da produção de metano pela vegetação submersa em
decomposição.
 Alterações nos regimes de chuva, causados pela produção de energia;
 Incentivar a educação e conscientização ambiental por parte da população, em
especial a urbana, para a redução dos gastos e da degradação;
 Promover maior igualdade e qualidade na distribuição de água;
 Promover a preservação de recursos naturais e a sustentabilidade.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
 Dos objetivos específicos, temos:
 Redução do tempo de banho;
 Redução do valor da conta de luz;
 Diminuição do gasto energético;
 Redução do valor da conta de água;
 Aumentar o tempo livre, já que reduzir o tempo de banho pode otimizar o tempo;
 Melhora a saúde cutânea, tendo em vista que excesso de limpeza faz com que
óleos e gorduras naturais que protegem a derme sejam retirados, deixando-a
mais sensível;
 Melhora a saúde capilar, já que ele acaba sofrendo um ressecamento excessivo
causado pela alta temperatura da água do chuveiro;
 Contribuição ambiental, tendo em vista que a consciência de cada indivíduo
conta na redução do desperdício.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
(REBOUÇAS, A da C. (1997). Água na região Nordeste: desperdício e escassez.
(Dossiê Nordeste I • Estud. av. 11, 127-154 [Internet])) Disponível em:
https://doi.org/10.1590/S0103-40141997000100007 
(BARRETO, D. (2008). Perfil do consumo residencial e usos finais da água.
(Programa de Mestrado em Habitação Instituto de Pesquisas Tecnológicas do
Estado de São Paulo)) Disponível em:
https://www.seer.ufrgs.br/index.php/ambienteconstruido/article/view/5358/3280 
(REBOUÇAS, A da C. (2003). Água no Brasil: abundância, desperdício e escassez.
(BAHIA ANÁLISE & DADOS Salvador, v. 13, n. ESPECIAL. p.341-345)) Disponível
em: https://repositorio.usp.br/bitstreams/e9f86 828-38da- 470 1-890 5-a7b1   0ff7 
775f 

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