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FACULDADE DE ENGENHARIA DE MINAS GERAIS

ENGENHARIA CARTOGRÁFICA E DE AGRIMENSURA EAD

MIRIAM MADUREIRA DE SOUSA - RA 122107193

OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 7 BRASIL:


ENERGIA ACESSÍVEL E LIMPA

Capão Bonito - SP
2022
MIRIAM MADUREIRA DE SOUSA - RA 122107193

OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 7 BRASIL:


ENERGIA ACESSÍVEL E LIMPA

Atividade de pesquisa apresentada ao curso de


Engenharia Cartográfica e de Agrimensura
EAD da Faculdade de Engenharia de Minas
Gerais para a disciplina de Gestão Ambiental.

Professora Danielle Saranh

Capão Bonito - SP
2022
PNUD. Documentos Temáticos, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 7. Brasília,
DF, 2018. Diponível em: <https://www.undp.org/pt/brazil/publications/documentos-
tem%C3%A1ticos-ods-6-ods-7-ods-11-ods-12-e-ods-15>. Acesso em: 01 de set. 2022.

O Documento Temático “Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 7” - ODS 7 têm como


tema: “Energia acessível e limpa” e pretende "assegurar a todos o acesso confiável,
sustentável, moderno e a preço acessível à energia", foi elaborado pela Comissão Nacional
das Organizações das Nações Unidas - ONU, no Brasil, dentro do Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento - PNUD em âmbito nacional quanto regional e global com
Objetivos e metas até 2030.
A publicação afirma que a matriz energética do Brasil possui 42,8 % de sua produção
proveniente de fontes renováveis. Enfatiza que o setor energético possui potencial para
aumentar as emissões de gases de efeito estufa na medida que o crescimento da população
continuará crescendo até o ano de 2040 e o aumento da renda também. O desafio, nesse
contexto, é manter o percentual de fontes renováveis de energia na sua matriz energética
tornado importante o incentivo de medidas para aumentar as fontes de origem não fóssil até
2030.
Alguns dos dados importantes que foram apresentados é o de que o Brasil possui 42,8 % de
sua produção proveniente de fontes renováveis dentre elas os recursos hídricos, biomassa e
etanol, energia eólica e energia solar e a proporção de Oferta Interna de Energia elétrica –
OIEE estava acima de 80% em 2017 e a Oferta Doméstica de Energia aumentou em até 1,7%
e observou-se um crescimento de mais de 1% das fontes de energia solar se comparadas ao
ano anterior.
As dificuldades com a falta de energia e do monitoramento e controle do sistema levou a
apresentação de um Plano Nacional de Energia – PNE 2030 com o objetivo de evolução da
Matriz Energética e sua diversificação no período 2005/2030 na Oferta Interna de Energia
para que chegue a 28% de petróleo e derivados e 18,5% de produtos da cana-de-açucar.
Nas negociações do Acordo de Paris, o Brasil, para combater à mudança do clima,
comprometeu-se a:
 aumentar a utilização de fontes renováveis, de modo que a matriz energética
brasileira atinja, em 2030, uma participação de 28% a 33% de fontes renováveis
(eletricidade e biocombustíveis) além da geração hidráulica;
 dobrar a participação de fontes renováveis (excetuando a geração hidráulica),
atingindo cerca de 23% da matriz elétrica brasileira até 2030;
 expandir o consumo de biocombustíveis, aumentando a oferta de etanol até 2030
em pelo menos 85%, ampliando o percentual de biocombustíveis avançados na
oferta de combustíveis e aumentando a quota de biodiesel na mistura do diesel para
pelo menos 10% até 2030;
 aumentar em mais de três vezes até 2030 a participação de energia eólica de 4%
(níveis de 2015) para 13% na matriz elétrica;
 alcançar 10% de ganhos de eficiência no uso de eletricidade até 2030. (PNUD,
2018)

Dentre as iniciativas do governo para o setor elétrico, com objetivo do crescimento das
energias renováveis no Brasil apontou-se: a Lei n. 12.783/2013 (proveniente da Medida
Provisória 579/2012); o Programa de Desenvolvimento da Geração Distribuída de Energia
Elétrica, ProGD (2015); a chamada pública da ANEEL "Arranjos Técnicos e Comerciais para
Inserção da Geração Solar Fotovoltaica"; o Convênio ICMS 101/97 (isenção de impostos até
31/12/2021); Plano Inova Energia (2013); a legislação federal e as regulamentações da
ANEEL.
As circunstâncias nacionais em relação ao ODS 7 mais importantes para o país são:
Acesso "universal" de energia no país: "não deixar ninguém para trás" (ref.
meta 7.1);
Nexo água-energia e o acesso confiável (ref. meta 7.1);
Participação de energias renováveis na matriz energética (ref. meta 7.2);
Assegurar preços acessíveis a serviços de energia (ref. meta 7.1);
Melhorias referentes à conservação de energia, à eficiência energética e
promoção de pesquisa e tecnologias de energia limpa (ref. metas 7.3 e 7.a).
(PNUD, 2018)

Para o Brasil o documento aponta os seguintes "Caminhos para a ação":


Enfrentar o desafio de assegurar energia para todos e todas em um país grande e
heterogênio como o Brasil;
Honrar o princípio de 'não deixar ninguém para trás' e se buscar atingir a 'última
milha' (last mile), por meio do acesso de energia moderna e acessível às populações
mais vulneráveis e/ou que moram em áreas remotas;
Tomar medidas adicionais para que as emissões de gases de efeito estufa por
unidade de energia consumida no Brasil sejam reduzidas;
Elevar a participação de fontes de origem não fóssil na matriz energética até 2.030;
Medidas (como redução de tributos, por exemplo) para reduzir o preço de energia no
país;
Promover Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), bem como maiores informações e
melhor conhecimento técnicos acerca dos temas referentes ao ODS7;
Promover maior engajamento da sociedade nos temas relevantes à energia e a
modernização do setor;
Ações na área de conservação de energia e eficiência energética, que possuem
caráter de aperfeiçoamento de comportamentos mais sustentáveis; (PNUD, 2018)

Enfim, em relação a Energia Acessível e Limpa, o Brasil não está com uma posição
desconfortável no mundo industrializado, porém, sempre pode e deve avançar e vencer os
problemas estruturais existentes nas áreas de infraestrutura, na geração e distribuição e nos
altos preços de energia. Um grande desafio é o de assegurar energia aos mais vulneráveis e
em localidades remotas respeitando os conhecimentos tradicionais. Considerando que, na
visão das Nações Unidas, a disponibilidade de energia no Brasil "depende de efetivas
mudanças de comportamento humano".
Analisando os "Caminhos para a Ação" apontados no Documento podemos concluir que é
grande o desafio inicialmente apresentado de assegurar uma Energia acessível e ao mesmo
tempo limpa. Porém, vemos que é possível. A ação referente a redução de tributos para
reduzir o preço da energia e a ação de promover engajamento da sociedade, por exemplo, não
são ações tão complicadas e que possivelmente trarão grandes resultados positivos para
aumentar a eficiência energética e a conservação de energia em nosso país.

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