PROPONENTE: Prof. Dr. Jorge Vicente Valentim (UFSCar)
RESUMO: A partir da leitura da crônica “Muito além da Taprobana de Camões”, do
jornalista Renato Lemos (Jornal do Brasil, 20/03/2005), onde se expõe a idéia de uma poesia épica com apenas algumas inferências amorosas, mas praticamente sem qualquer referência ao sexo e a passagens alusivas a encontros e situações dessa ordem, pretendo discutir na presente comunicação, à luz de textos da fortuna crítica de Camões e do Renascimento português (CARVALHO, 2011; CUNHA, 1989; MACEDO, 1980; SEGRE, 1977/2012), a proposição central dessa crônica mal disposta. Diante de uma necessidade de resposta, ao contrário do afirmado no texto do jornalista brasileiro, é possível, sim, vislumbrar não só o sexo, mas situações explícitas em que os corpos se apresentam prontos para uma concretização sexual nos versos d’Os Lusíadas. Contraponho-me, portanto, a uma visão higienizadora e assexualizada do poeta e de sua obra máxima.
PALAVRAS-CHAVE: Amor; Sexo; Os Lusíadas; Luís de Camões.
“Talvez um dos Doze de Inglaterra (treze, na verdade, se a história estiver bem contada)” ou de como revisitar o cânone para reinventar outra narrativa: reflexões em torno de O Magriço, de Tiago Salazar.