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DEPARTAMENTO DE ENGENHARIAS E TECNOLOGIAS

CURSO DE ENGENHARIA ELECTROTECNICA

LABORATÓRIO DE CIRCUITOS
ELÉCTRICOS II

Protocolo para orientação das aulas de Laboratório de Circuitos Eléctricos

Luanda
2022
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APRESENTAÇÃO

O presente trabalho é um Manual Prático de Laboratório especificamente projectado


para a unidade de aprendizagem de Circuitos Eléctricos dada no Instituto Superior
Politécnico de Tecnologias e Ciências ” ISPTEC” que compreende práticas que
compreendem de forma geral o conteúdo da Unidade de Aprendizagem, fazendo
ênfase na aplicação prática dos teoremas dos circuitos.

Estas práticas têm como objectivo principal que o estudante de ISPTEC por meio do
experimento reafirma os conhecimentos adquiridos nas aulas teóricas de circuitos
eléctricos. As práticas são desenvolvidas de um modo metódico e sequencial de
acordo com o conteúdo da Unidade de Aprendizagem, desenvolvendo em forma
pratica os conhecimentos adquiridos teoricamente

As primeiras práticas analisam os princípios dos circuitos magneticamente


acoplados (transformadores) utilizando as leis fundamentais dos circuitos eléctricos
que são a Lei de Ohm e as Leis de Kirchhoff. Na sequência o conceito de uma rede
de duas portas, que se comprovam diversas técnicas de análise de circuitos
conhecidas geralmente como teoremas das redes que facilitam a análise de circuitos
eléctricos tanto em forma teórica como também na prática. Posteriormente análise
do funcionamento de redes eléctricas quando utilizam frequência complexa e
funções de rede que consistem um notável unificador, que permitirá integrar em um
único pacote, todas as técnicas analíticas (Análise de circuitos resistivos, Análise de
estado estacionário sinusoidal, análise transiente, resposta natural e forçada,
resposta completa, análise de circuitos excitados por funções exponenciais forçados
e funções senoidais forçadas amortecido funções exponencialmente. E finalmente a
Transformada de Laplace para análise de circuitos.

Se fomenta também o uso de simuladores para a análise de circuitos eléctricos,


especificamente o software de NI MULTISIM e Orcad Pspice. Nesta revisão de
práticas é incluído a utilização do manuseio do computador como ferramenta
auxiliar, realizando simulações de circuitos e deste modo poder obter os parâmetros
eléctricos respectivos.
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Cada prática inclui as secções seguintes:

 Objectivos: Se mencionam as aprendizagens e competências que se


esperam obter por parte dos estudantes.

 Introdução: Serve de respaldo teórico para a realização das práticas


apresentadas de um modo breve os conceitos principais, princípios e leis que
se abordarão experimentalmente e que se devem ter em conta para a
realização dos objectivos.

 Lista de material: Se indicam o material e equipamentos requeridos para a


realização da prática.

 Desenvolvimento experimental: Concebem as instruções, assim como os


passos para a seguir para seu desenvolvimento experimenta, que se devem
seguir os estudantes para ter êxito em cada um das experiências e
actividades, que têm de realizar. Também se indicam os cuidados que se
devem ter no manuseio dos equipamentos e as precauções que é necessário
observar para não causar danos físicos e materiais. No final de cada prática
se apresenta um questionário que serve para reforçar os conhecimentos e
habilidades e se pede ao aluno dar as suas conclusões.

 Resultados: Nesta secção se aparecem a tabelas onde se registam as


medidas realizadas, os gráficos e cálculos solicitados.

 Discussão: Com o propósito de que os estudantes analisam os resultados


obtidos, se apresentam uma série de perguntas que deverão ser respondidas.
Estas perguntas permitem a observação sobre os procedimentos e resultados
obtidos.

 Conclusões: Aparecem geralmente no final da secção de discussão. Aqui o


estudante descreve as suas observações e cogitações finais.

 Actividades complementar: Se apresentam uma série de exercícios,


perguntas e problemas que o estudante deve responder e resolver
respectivamente com os conhecimentos adquiridos ao longo da prática.
Também inclui perguntas que devem ser resultados da prévia investigação
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 Bibliografia: Finalmente se oferece ao estudante referências bibliográficas de


apoio e consulta para resolver de modo próspero as perguntas esboçadas ao
longo da prática.

METODOLOGIA

Cada aula se desenvolverá sob a orientação dos manuais. Quando chegar a aula o
estudante faz o devido desenvolvimento do pré-informe que envolverá uma marco
teórico mais elaborada que o manual entregue, e a resolução dos cálculos e tabelas
teóricas previstas na prática. No laboratório somente se tomarão as etapas reais, se
anotarão na tabela correspondente para conforta-los e elaborar o relatório com o
processo lógico sugerido no laboratório, os cálculos de vs de resultados, as
conclusões correspondentes e as observações pertinentes

Esperamos que este manual de práticas, advenha ser um apoio dos docentes na
actividade diária no laboratório e uma motivação aos estudantes ao adquirir
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SUMÁRIO

1. “O TRANSFORMADOR” ............................................................................................... 6
1.1 Objectivos: ............................................................................................................................. 6
1.2 Fundamentação teórica ....................................................................................................... 6
1.3 Material utilizado: .................................................................................................................. 9
1.4 Procedimento Experimental: ............................................................................................... 9
1.4.1 Prática (AP1) – Transformador regulador em vazio. .................................................. 9
1.4.2 Pratica (AP2) – Transformador regulador com carga ............................................... 11
1.4.3 Pratica (AP3) – Potência, Rendimento e Relação de Espiras. ............................... 13
1.4.4 Pratica (AP4) – Determinação das indutâncias L1 e L2 e a relação de espiras. ... 13
1.4.5 Pratica (AP5) – Indutância Mútua M e Factor de Acoplamento .............................. 14
2. “ASSOCIAÇÃO DE QUADRIPOLOS SÉRIE-PARALELO- CASCATA“ ..................... 17
2.1 Objectivos: ........................................................................................................................... 17
2.2 Fundamentação teórica ..................................................................................................... 17
2.3 Material utilizado: ................................................................................................................ 18
2.4 Procedimento Experimental: ............................................................................................. 18
2.4.1 Pratica (AP1) – Parâmetros dos Quadripolo. ............................................................. 18
2.4.2 Pratica (AP2) – Associação Série ................................................................................ 19
2.4.3 Pratica (AP3) – Associação Paralela........................................................................... 20
2.4.4 Pratica (AP4) – Associação Cascata........................................................................... 21
3. “FILTROS DE FREQUÊNCIA E DIAGRAMA DE BODE” ............................................ 22
3.1 Objectivos ............................................................................................................................ 22
3.2 Fundamentação teórica ..................................................................................................... 22
3.2.1 Diagrama de Bode.......................................................................................................... 22
3.2.2 Resposta de frequência ................................................................................................. 22
3.2.3 Análise senoidal de frequência .................................................................................... 23
3.2.4 Função de transferência ................................................................................................ 23
3.2.5 Filtro .................................................................................................................................. 24
3.3 Material utilizado: ................................................................................................................ 25
3.4 Procedimento Teórico ........................................................................................................ 25
3.4.1 Prática (AP1) – Cálculos dos parâmetros do Diagrama de Bode ....................... 25
3.4.2 Pratica (AP2) – Diagrama de Bode ......................................................................... 26
3.4.3 Prática (AP3) – Filtro Passa Altas e Diferenciador................................................ 27
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3.4.4 Prática (AP4) – Filtro Passa Baixas e Integrador .................................................. 28


4. RESSONÂNCIA SÉRIE/PARALELA E SELETIVIDADE”. ........................................... 31
4.1 Objectivos ............................................................................................................................ 31
4.2 Fundamentação teórica ..................................................................................................... 31
4.3 Material utilizado: ................................................................................................................ 32
4.4 Procedimento Experimental: ............................................................................................. 32
4.4.1 Prática (AP1) – Circuito RLC Série - Ressonância ................................................... 32
4.4.2 Prática (AP2) – Circuito RLC Paralelo ........................................................................ 34
4.4.3 Pratica (AP3) – “Ressonância Série e Seletividade”. ............................................... 35
4.4.4 Pratica (AP2) – Ressonância Paralela e Seletividade”. ........................................... 36
4.5 . Questionário ...................................................................................................................... 38
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................. 39
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1. “O TRANSFORMADOR”

1.1 Objectivos:

a) Verificar experimentalmente o funcionamento de um transformador.


b) Fazer o levantamento dos principais parâmetros do transformador
c) Determinar a eficiência do transformador.

1.2 Fundamentação teórica

Os transformadores se definem como máquinas estáticas que têm a missão de


transmitir, por meio de um campo electromagnético alterno, a energia eléctrica de
um sistema, com determinada voltagem (tensão) para outro sistema com a voltagem
desejado. Em outras palavras, um transformador é um dispositivo que permite mudar
uma voltagem alterna sem perda apreciável de potência. Deste modo, pode
acender-se uma lâmpada de 120 V a partir da rede industrial de 240V, só com
conecta-la ao transformador apropriado, igualmente, pode obter-se uma voltagem de
10 000 V para um aparato de raios X a partir da mesma rede de 240 V com outro
transformador.
O seu princípio de funcionamento baseia-se no fenómeno da indução
electromagnética, ou seja, em um enrolamento a tensão variável aplicada origina
uma corrente, que por sua vez, cria um campo magnético variável, induzindo uma
corrente e consequentemente uma tensão no outro enrolamento próximo.
Notamos pela figura 1.1, que o transformador possui um enrolamento primário onde
é aplicada a tensão a ser convertida (Vp), e um enrolamento secundário onde é
retirado a tensão de saída (Vs).

Figura 1.1: Esquema básico de um transformador.


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Cada enrolamento é composto por um determinado número de espiras


responsáveis pela relação de conversão, ou seja, a tensão de saída será
proporcional à relação do número de espiras e ao valor da tensão de entrada. Assim
sendo, podemos escrever a relação:

(01)

Onde: Vp = tensão no primário


Vs = tensão no secundário
Np = número de espiras do primário
Ns = número de espiras do secundário

O propósito do núcleo férreo é aumentar o fluxo magnético que passa pelas bobinas
e proporcionar um meio no que quase todos os fluxos magnético que passa por uma
bobina fazem através de outra.
Se emprega um núcleo laminado com o objectivo de reduzir as perdas por correntes
parasitas e se utiliza o ferro como o material do núcleo, por ser uma substância
ferromagnético macio que reduz as por histereses. Isto faz que a maioria dos
transformadores comuns tem eficiências de potência que varia de 90 a 99%. Porém,
em um transformador ideal, eficiência é de 100%, quer dizer, não há perdas.
Se em um transformador não há perdas, então todo a potencia (energia por
segundo) proporcionada à bobina primário será entregue a bobina secundário.
Em um transformador ideal a potência obtida no secundário é igual à potência
aplicada ao primário, não existindo perdas. Efectuando-se esta igualdade tem:

(02)

Onde: Pp = potência no primário


Ps = potência no secundário
Ip = corrente no primário Is = corrente no secundário
Igualando-se as equações da relação de correntes com a do número de espiras,
podemos escrever:
. (03)
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Em um transformador real a potência obtida no secundário é menor que a potência


aplicada ao primário, existindo perdas. As principais perdas em um transformador
ocorrem nos enrolamentos e no núcleo. Nos enrolamentos, devido à resistência
ohmica do fio, parte da energia e convertida em calor por Efeito Joule, causando
perdas denominadas perdas no cobre. No núcleo, temos perdas causadas pela
reversão magnética cada vez que a corrente muda de sentido (Ciclo de Histerese),
pela dispersão de linhas de campo magnético e pelas correntes parasitas de
Foucault, que induzidas no núcleo o aquecem, reduzindo o campo principal. Para
evitar as correntes de Foucault, o núcleo é constituído por chapas laminadas,
isoladas por um verniz e solidamente agrupadas. Para diminuir as perdas por
Histerese o material das chapas é composto de aço-silício. Para reduzir a dispersão
de fluxo, todo o conjunto tem um formato apropriado, onde o enrolamento primário e
secundário são, através de um carretel, colocados na parte central, concentrando
dessa maneira as linhas de campo magnético. A Figura 1.2 mostra um
transformador com as características construtivas citadas.

Figura 1.2: Características construtivas de um Transformador

Como vimos, na prática as perdas podem ser minimizadas, aumentando assim o


rendimento do transformador (ᶯ), definido pela relação entre as potências do
secundário e do primário. Sendo assim, temos:

(03)

Existem vários tipos de transformadores, que de acordo com a aplicação a qual se


destinam, possuem aspectos construtivos apropriados. Como por exemplo, temos o
transformador de alta tensão (Fly-back), cujo núcleo de ferrite e os enrolamentos,
possuem características apropriadas para trabalhar como elevador de tensão em
altas frequências.
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Uma outra característica importante é a do tipo de enrolamento, que pode ser:


simples, múltiplos ou com derivação. A Figura 1.3 ilustra alguns tipos de
enrolamentos.

Figura1.3: Tipos de Enrolamentos

(a) Primário e secundário com enrolamento simples;


(b) Primário com enrolamento duplo e secundário com derivação central;
(c) Primário com derivação central e secundário simples;
(d) Primário com enrolamento simples e secundário com múltiplos
enrolamentos.

1.3 Material utilizado:

− Gerador de tensão senoidal.


− Transformador 110/220 V / 15+15 V 1 A ou superior.
− Resistor: 100 Ω / 20W e 1Ω / 20W.
− Multímetro digital.

1.4 Procedimento Experimental:

1.4.1 Prática (AP1) – Transformador regulador em vazio.

1 - Passo 1: Coloca em cada extremo do suporte do apoio de núcleo laminado


um bobina de 600 espiras (ou as bobinas com igual número de espiras).
2 - Passo 2: Conecta o voltímetro nos polos da fonte de alimentação. Também,
conecta um dos terminais do amperímetro a um dos polos da fonte de
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alimentação e o outro terminal do amperímetro para um dos terminais da


bobina primário. Para o outro terminal da bobina conectá-la ao interruptor e
este por sua vez ao outro polo da fonte de alimentação, como se ilustra na
figura 1.4a.

Figura 1.4 : a) Medição da voltagem e a corrente elétrica na bobina primário do


Transformador regulador, b) medição da voltagem na bobina secundária
.

3 - Passo 3: Para o voltímetro selecciona a balança de 0-30 V de corrente


alternada ou uma escala ligeiramente maior. Para o amperímetro, selecciona
a escala 0-100mA, também em corrente alternada. Com respeito à fonte de
alimentação, ajusta-la para sua tensão de máximo seja aproximadamente
12V. Se não é tido uma fonte de alimentação que pode proporcionar 12V,
peça a seu professor que te dá as indicações pertinentes para seleccionar as
escalas do voltímetro e do amperímetro de acordo com as características da
fonte de alimentação que te foi proporcionado.
4 - Passo 4: Antes de fechar o interruptor, solicita a seu professor que revisa o
circuito.
5 - Passo 5: Uma vez que se foi fechado o interruptor, regista as medidas que
aparecem nos instrumentos de medição (corrente e voltagem na bobina
primário) na tabela 1.1.
6 - Passo 6: Sem variar o controlo da fonte de alimentação, abre o interruptor,
desconecta o voltímetro dos terminais da bobina primário e conecta-lo aos
terminais da bobina secundária (figura 1.1b). Nestas condições, fecha o
interruptor novamente e regista na tabela a voltagem (Vs) que aparece na
bobina secundário
7 - Passo 7: Efectua o quociente Vs/Vp e regista seus cálculos na tabela 1.1.
8 - Passo 8: Repete todos os passos supracitados, quatro vezes mais para
voltagens primárias de menor magnitude.
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9 - Passo 9: Determina quociente de transformação a partir do número de


espiras das bobinas e compara-lo com o quociente Vs/Vp da tabela 1.1. O que
é observado?
10 - Passo 10: O osciloscópio ajuste um sinal de 50Hz com uma amplitude de
4V pico. Proceda a satisfazer os valores da tabela 1.1. O valor rms será
medido com o multímetro digital na função de medição de voltagem alterno.

Tabela 1.1: Transformador regulador em vazio.

Medida VP (Vrms) IP (Arms) VS (Vrms)

01

02

03

04

05

1.4.2 Pratica (AP2) – Transformador regulador com carga

1 - Passo 1: Coloca em cada extremo do suporte do apoio de núcleo laminado um


bobina de 600 espiras (ou as bobinas com igual número de espiras).
2 - Passo 2: Conecta o voltímetro nos polos da fonte de alimentação. Também,
conecta um dos terminais do amperímetro a um dos polos da fonte de
alimentação e o outro terminal do amperímetro para um dos terminais da bobina
primário. Para o outro terminal da bobina conectá-la ao interruptor e este por sua
vez ao outro polo da fonte de alimentação, como se ilustra na figura 1.5a.

Figura 1.5 : a) Transformador regulador com carga, b) medição da


Voltagem e a corrente eléctrica na bobina secundário.
3- Passo 3: Para o voltímetro selecciona a balança de 0-30V de corrente
alternada ou uma escala ligeiramente maior. Para o amperímetro, seleccione a
escala 0-100 mA, também em corrente alternada. Com respeito à fonte de
alimentação, ajusta-la para sua tensão de máximo seja aproximadamente 12V.
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Se não é tido uma fonte de alimentação que pode proporcionar 12V, peça a seu
professor que te dá as indicações pertinentes para seleccionar as escalas do
voltímetro e do amperímetro de acordo com as características da fonte de
alimentação que te foi proporcionado.
4 - Passo 4: Conecta o foco da bobina secundário, como se indica na figura 1.5a.
5 - Passo 5: Antes de fechar o interruptor, solicita a seu professor que revisa o
circuito.
6 - Passo 6: Uma vez que se foi fechado o interruptor, regista na tabela 2.2 as
medidas que aparecem nos instrumentos de medição (corrente e voltagem na
bobina primário)
7 - Passo 7: Sem variar o controlo da fonte de alimentação, abre o interruptor,
desconecta o voltímetro dos terminais da bobina primário e conecta-lo aos
terminais da bobina secundária (figura 1.5b). Nestas condições, fecha o
interruptor novamente e regista na tabela 1.2 a voltagem (Vs) que aparece na
bobina secundário e a corrente (Is) que circula nesta bobina.
8 - Passo 8: Efectua o quociente Vs/Vp e regista seus cálculos na tabela 1.2.
9 - Passo 9: Efectua os produtos IpVp e IsVs e regista-los na tabela 1.2.
10 - Passo 10: Efectua o quociente IsVs/PpVp e regista-lo na tabela 1.2.
11 - Passo 11: Finalmente, calcula a eficiência do transformador. O que concluís
deste resultado?
12 - Passo 12: Repete todas as supracitadas passos quatro vezes mais para
voltagens primárias de menor magnitude. Tabela 1.2 eficiência do transformador
13 - Passo 13: Determina quociente de transformação a partir do número de espiras
das bobinas e compara-lo com o quociente Vs/Vp da tabela 1.2. O que é
observado?

Tabela 1.2: Eficiência do transformador


VP IP VS IS ISVS IPVP
Medida VSIS /VPIP Eficiência
(Vrms) (Arms) (Vrms) (Arms) (W) (W)
01
02
03
04
05
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1.4.3 Pratica (AP3) – Potência, Rendimento e Relação de Espiras.

1 - Passo 1: Conectar uma carga no secundário de 100Ω e aplicar no primário uma


tensão senoidal de 220Vrms/50Hz. Veja. Figura1.6.

Figura 1.6: Defasamento no Primário


2 - Passo 2: Medir as tensões e correntes no primário e secundário do
transformador;
3 - Passo 3: Calcular as potências, o rendimento e a relação de espiras e anotar na
Tabela 1.3. Como no secundário, a carga é puramente resistiva, o factor de
potência do secundário é 1;
4 - Passo 4: Para medir o factor de potência no primário (somente para isto), insira
um resistor de 1Ω em sério no primário e verifique o desfasamento (Lissajous)
entre a tensão no primário e a tensão no resistor de 1Ω.

Tabela 1.3: *FP = Factor de Potência

VP (Vrms) IP(Arms) VS (Vrms) IS (Arms)

PP (W) PS (W)

PP =VP IP FPP=__________________ PS =VS IS FPS=__________________

1.4.4 Pratica (AP4) – Determinação das indutâncias L1 e L2 e a relação de


espiras.

1 - Passo 1: Deixe o secundário do transformador em aberto (I2=0) e aplique uma


tensão qualquer (3 - 7Vrms) senoidal em 50Hz no primário;
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2 - Passo 2: Meça a corrente no primário (I1). Utilize a equação (1) para calcular L1 e
preencher a Tabela 1.4;
3 - Passo 3: Deixe o primário do transformador em aberto (I1=0) e aplique uma
tensão qualquer (3-7 Vrms) senoidal em 50Hz no secundário;
4 - Passo 4:Meça a corrente no secundário (I2). Utilize a equação (2) para calcular
L2 e preencher a Tabela 1.4.

Tabela 1.4: Determinação das indutâncias L1 e L2

V1 (Vrms) I1 (Arms) ω (rad/s) L1 (H)

V2(Vrms) I2 (Arms) ω (rad/s) L2 (H)

5 - Passo 5:Calcule a relação de espiras utilizando a equação (3) e (4) e verifique se


o valor se aproxima do calculado no item 1.4.4 n = __________

1.4.5 Pratica (AP5) – Indutância Mútua M e Factor de Acoplamento

a) Método 1

1 - Passo 1: Utilize o esquema indicado na Figura 1.7 para aplicar uma tensão
qualquer (3-7 Vrms) senoidal em 50Hz para Vx.

Figura 1.7:
2 - Passo 2: Meça a corrente Ix e com a equação (5) calcule o módulo de Zx. Insira
os dados na Tabela 1.5;
3 - Passo 3:Utilize o esquema indicado na para aplicar uma tensão qualquer (3-7
Vrms) senoidal em 50Hz para Vy ;
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Tabela 1.5: Determinação das indutâncias L1 e L2

Vx(Vrms) Ix (Arms) |Zx| ( Ω)

Vy(Vrms) Iy (Arms) |Zy| ( Ω)

4 - Passo 4: Meça a corrente Iy e com a equação (6) calcule o módulo de Zy. Insira
os dados na Tabela 1.5.
5 - Passo 5:Utilize a equação (7) para calcular a indutância mútua.
M = _________ H
Passo 6:Finalmente com o auxilio da equação (9) calcule o factor de acoplamento k.
k% = ________

b) Método 2

1 - Passo 1: Utilize o esquema indicado na Figura 1.8 para aplicar uma tensão
qualquer (3-7 Vrms) senoidal em 60Hz para V1;

Figura 1.8

2 - Passo 2: Meça a corrente I1 e com a equação (8) calcule o módulo de M.


3 - Passo 3: Insira os dados na Tabela 1.6;
4 - Passo 4: Finalmente com o auxílio da equação (8) calcule o factor de
acoplamento k.
k% = ________

Tabela 1.6:

V2(Vrms) I1 (Arms) ω (rad/s) M (H)


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Tabela 1.7: Equações

Equações
| | | |
| | | | | | | |

| | | | | | | |

| | | |

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2. “ASSOCIAÇÃO DE QUADRIPOLOS SÉRIE-PARALELO-


CASCATA“

2.1 Objectivos:

Em síntese, objectiva-se:
a) Verificar as propriedades do quadripolo através de seus parâmetros de
impedância, admitância e transmissão.
b) Encontrar os valores experimentais dos parâmetros citados no item acima
de dois quadripolos diferentes.
c) Associar dois quadripolos em série, paralelo e cascata de modo que o teste
de Brune seja satisfeito, e definir o novo parâmetro para o quadripolo
associado.
d) Comparar os resultados teóricos com os experimentais e verificar o erro
percentual nos parâmetros de impedância.

2.2 Fundamentação teórica

Uma rede genérica com dois pares de terminais é chamada quadripolo. Os


quadripolos são elementos fundamentais em sistemas electrónicos, tais como:
comunicação; controle automático; transmissão e distribuição ou outros sistemas em
que um sinal eléctrico, entra nos terminais de entrada; é alterado pela rede e sai
pelos terminais de saída.

Quadripolo é um circuito com dois acessos: um de entrada e outro de saída. Vários


tipos diferentes de redes e equipamentos podem ser facilmente representados e
analisados com a utilização de quadripolos, como transístores e linhas de
transmissão. A relativa facilidade que o uso de quadripolos traz está no fato de não
haver a necessidade de analisar todos os elementos da rede, que em muitos casos
é complexa e confusa para aplicação de outros métodos. Basta apenas
conhecermos as entradas e saídas do circuito para definir os parâmetros desejados.
Podem-se destacar os seguintes parâmetros:
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 Parâmetros de impedância (z);


 Parâmetros de admitância (y);
 Parâmetros híbridos (h);
 Parâmetros híbridos (g);
Parâmetros de transmissão (T).As configurações comummente utilizadas são a Pi e
a T, nas quais podem ser ligadas de diversas formas, como em série, paralelo ou
cascata.

2.3 Material utilizado:

− Gerador de tensão senoidal.


− Transformador 110/220 V / 15+15 V 1 A ou superior.
− Resistor: 100 Ω / 20W e 1Ω / 20W.
− Multímetro digital.

2.4 Procedimento Experimental:

2.4.1 Pratica (AP1) – Parâmetros dos Quadripolo.


1 - Passo 1: Monte o quadripolo A como mostrado na Figura 2.1 com os resistores
da Tabela 2.1;

Figura 2.1: Quadripolo

Tabela 2.1: Valores dos Resistores para o Quadripolo

R1 R2 R3

4,7KΩ 5,6KΩ 6,8KΩ


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2 - Passo 2: Meça as tensões e correntes segundo o requerido pela Tabela 2.2.


Tabela 2.2. Valores medidos de tensões e correntes

V1 (V) I1 (A) V2(V) I2A)

5 0 (aberto)
5 0 (curto)
0 (aberto) 5
0 (curto) 5

3 - Passo 3: Calcule os parâmetros Z, Y e T com os valores anotados na Tabela 2.3


(exp.) e também teoricamente utilizando técnicas de análise de circuitos (teo.).
Anote os valores nas matrizes Z, Y e T na Tabela 2.3.
Tabela 2.3: Parâmetros Z’, Y’ e T’

TEÓRICO EXPERIMENTAL

Z= [ ] Z= [ ]

Y= [ ] Y= [ ]

T= [ ] T= [ ]

2.4.2 Pratica (AP2) – Associação Série

1 - Passo 1: Associe em série os quadripolos A e B de modo a satisfazer o Teste de


Brune (Conhecendo a topologia do circuito dos quadripolos facilmente nota-se
que a associação série como esta mostrado na Figura 2.2, satisfaz o Teste de
Brune)

Figura 2.2: Associação Série


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2 - Passo 2: Meça as tensões e correntes segundo o requerido pela Tabela 2.4.


Tabela 2.4: Valores medidos de tensões e correntes (Associação Série)

Vs1 (V) Is1 (A) Vs2(V) Is2A)

5 0 (aberto)
0 (aberto) 5

3 - Passo 3:Calcule os parâmetros Zs com os valores anotados na Tabela 2.4 (exp.)


e também teoricamente utilizando (Zs = Z+ Z’) das matrizes teóricas (teo.). Anote
os valores da Matriz Zs na Tabela 2.5.
Tabela 2.5: Parâmetros (Zs = Z+ Z’)

TEORICO EXPERIMENTAL

[ ] z= [ ]

2.4.3 Pratica (AP3) – Associação Paralela

Figura 2.3: Associação Paralela

1 - Passo 1:Associe em paralelo os quadripolos A e B de modo a satisfazer o Teste


de Brune (Conhecendo a topologia do circuito dos quadripolos facilmente nota-se
que a associação paralela como esta mostrado na Figura 2.3, satisfaz o Teste de
Brune).
2 - Passo 2:Meça as tensões e correntes segundo o requerido pela Tabela 2.6.
Tabela 2.6: Valores medidos de tensões e correntes (Associação Paralela)

Vp1 (V) Ip1 (A) Vp2(V) Ip2A)


5 0 (curto)
0 (curto) 5
P á g i n a | 21

3 - Passo 3:Calcule os parâmetros Yp com os valores anotados na Tabela 2.6 (exp.)


e também teoricamente utilizando (Yp =Y+Y’) das matrizes teóricas (teo.). Anote
os valores da Matriz Yp na Tabela 2.7.
Tabela 2.7: Parâmetros (Yp =Y+Y’)

TEÓRICO EXPERIMENTAL

[ ] [ ]

2.4.4 Pratica (AP4) – Associação Cascata

1 - Passo 1: Associe em cascata os quadripolos A e B do modo mostrado na Figura


2.4

Figura 2.4: Associação Cascata

2 - Passo 2:Meça as tensões e correntes segundo o requerido pela Tabela 2.8.


Tabela 2.8: Valores medidos de tensões e correntes (Associação Cascata)

Vc1 (V) Ic1 (A) Vc2(V) cp2A)

5 0 (curto)

5 0 (aberto)

3 - Passo 3:Calcule os parâmetros Tc com os valores anotados na Tabela 7 (exp.) e


também teoricamente utilizando (Tc =T.T’ ) das matrizes teóricas (teo.). Anote os
valores da Matriz Tc na Tabela 2.9.
Tabela 2.9: Parâmetros (Tc =T.T’ )

TEÓRICO EXPERIMENTAL

[ ] [ ]
P á g i n a | 22

3. “FILTROS DE FREQUÊNCIA E DIAGRAMA DE BODE”

3.1 Objectivos

Em síntese, objectiva-se:
a) Fazer uma análise teórica e experimental do filtro proposto
b) Função de Transferência.
c) Tipo de Filtro (quanto à faixa de passagem)
d) Ordem do filtro
e) Diagrama de Bode com tratamento assintótico, exato e experimental.

3.2 Fundamentação teórica

3.2.1 Diagrama de Bode

O Diagrama de Bode ou Curva de Bode é a ferramenta visual mais utilizada para o


estudo de uma resposta em frequência. Pode-se obtê-la de duas formas diferentes,
medindo-se ponto a ponto o ganho de um sistema, amplificador como exemplo ou
tendo em mãos a função de transferência (fórmula do ganho) teórica do sistema,
pode-se facilmente desenhar um diagrama de Bode correspondente.

3.2.2 Resposta de frequência

Resposta em frequência é, basicamente, a análise do comportamento de um


sistema quanto ao seu ganho numa certa faixa de frequência (ou em alguns casos,
velocidade angular).
O gráfico onde é analisada a resposta em frequência de uma rede é geralmente uma
curva de Bode, em homenagem a H.W. Bode que usou sistematicamente em seus
estudos de amplificadores no Bell Telephone Laboratories, na década de 1930 e
1940.
P á g i n a | 23

Figura 3.1:Resposta de um filtro passa-baixas em um diagrama de Bode

A curva de Bode consiste de um diagrama com uma escala linear de ganho na


ordenada (em decibéis (dB) ou em Volt por Volt (V/V). como está disposto na Figura
3.1. A unidade mais utilizada é dB) e uma escala logarítmica na abcissa de
frequência (em Hertz (Hz) ou em velocidade angular (rad/s)) pois assim aumentamos
sensivelmente a faixa de frequências que podem ser representadas no eixo
horizontal.

3.2.3 Análise senoidal de frequência

Embora existam casos específicos em que uma rede opera somente em uma dada
frequência (por exemplo, numa rede de transmissão de potência), em geral estamos
interessados em determinar o comportamento de uma dada rede em função de um
espectro de frequências (uma soma infinita de senoides de diversas frequências -
que pode se representada por uma série de Fourier).
Como estamos tratando de senoides e outros pulsos variantes no tempo, a função
de transferência de uma análise senoidal de frequência é uma relação de fasores,
ou seja um vetor girante, e portanto é um número complexo que possui magnitude e
fase. Nesses casos, deve-se representar a resposta em frequência do sistema por
duas curvas de bode: uma representando a magnitude e outra representando a fase.

3.2.4 Função de transferência

Em um diagrama de blocos, todas as variáveis do sistema são ligadas umas às


outras através de cada bloco. Assim, cada bloco pode ser representado por uma
operação matemática
P á g i n a | 24

Relacionando os sinais de entrada e de saída. Por exemplo, no bloco da figura 3.2 é


aplicado um sinal de tensão na entrada e estamos interessados no valor de tensão
que teremos na saída. Este valor depende da função que o bloco desempenha, ou
melhor, da função que desempenha o circuito que o bloco representa.

Figura 3.2

A expressão que relaciona o sinal de saída com o sinal de entrada em um bloco, em


função da frequência angular ω é chamada de Função de Transferência H(ω).

3.2.5 Filtro

Um filtro electrónico é um dispositivo capaz de atenuar determinadas frequências do


espectro do sinal de entrada e permitir a passagem das demais, fazendo assim, uma
espécie de selecção das mesmas. Chama-se de espectro de um sinal a sua
decomposição numa escala de amplitude versus frequência.
O filtro passivo é um circuito de filtragem de sinais AC que não emprega
componentes activos. Ou seja, o filtro passivo não amplifica qualquer faixa de
frequência e é capaz apenas de atenuar sinais de acordo com sua configuração.
Assim como os filtros activos, os filtros passivos podem ser classificados como:
 Filtro de passa alta: Permite a passagem de todas as frequências acima
de um ponto, impedindo a passagem de todas as mais baixas
 Filtro de passa baixa: Permite a passagem de baixas frequências,
rejeitando todas as frequências acima de um ponto
 Filtro de banda passante ou Filtro passa faixa: Permite a passagem de
uma faixa de frequências e rejeita todas as outras.
 Filtro rejeita-faixa: É o oposto do filtro de banda passante. Ele rejeita uma
faixa e permite a passagem de todas as outras.
 Filtro passa tudo: Este filtro é útil quando se quer reproduzir um
determinado desfasamento no sinal a filtrar sem variar a sua amplitude.
P á g i n a | 25

3.3 Material utilizado:

3.4 Procedimento Teórico

3.4.1 Prática (AP1) – Cálculos dos parâmetros do Diagrama de Bode

1 - Passo 1: Calcule a função de transferência do filtro da Figura 3.3

Figura 3.3: Filtro Proposto

H(s)= ___________________________________________________

2 - Passo 2: Calcule os polos e zeros da função H(s) e preencha somente o


necessário na Tabela 3.1.
Tabela 3.1: Polos e Zeros

Ordem Polos Zeros

p1 = __________________________ z1 = ___________________________

p2 = __________________________ z2 = ___________________________

______ p3 = __________________________ z3 = ___________________________

p4 = __________________________ z4 = ___________________________

p5 = __________________________ z5 = ___________________________

3 - Passo 3: Classifique o tipo de filtro quanto a função executada e tecnologia


empregada.
Função executada ________________________________________
Tecnologia empregada _____________________________________
4 - Passo 4: Escreva H(s) utilizando o conceito introduzido no item 3.4.
P á g i n a | 26

5 - Passo 5: Faça um tratamento assintótico na função H(jω) e esboce o Diagrama


de Bode Assintótico (use um único papel monolog para módulo e fase –
frequência em Hz).
6 - Passo 6: Calcule o valor máximo em dB do módulo de H(jω)
| | ____________________________________________
7 - Passo 7: Utilizando o valor calculado do item anterior calcule a frequência de
corte do filtro.
ωc = _____________________________________ rad/s
fc = _______________________________________ Hz
8 - Passo 8: Trace o Diagrama de Bode (teórico) utilizando a função H(jω) obtida.
(Use o mesmo papel monolog utilizado para o tratamento assintótico – frequência
em Hz).
9 - Passo 9: Preencha a Tabela 3.2.
Tabela 3.2: Valores Exactos para o Diagrama de Bode

fc/10 fc/5 fc/4 fc/3 fc/2 fc 2fc 3fc 4 fc 5 fc 10 fc

f(Hz)

G(dB)

θ(º)

3.4.2 Pratica (AP2) – Diagrama de Bode


1 - Passo 1: Montar o circuito mostrado na Figura 3.3
2 - Passo 2: Ajustar o gerador de sinal para senoidal e amplitude para qualquer
valor diferente de zero.
3 - Passo 3: Ajustar a frequência para que se obtenha um ganho máximo Gmáx.
4 - Passo 4: Ajustar a amplitude nesta frequência para 8Vpp.
5 - Passo 5: Variar a frequência de tal maneira que o ganho máximo seja reduzido
de um factor de ⁄ =______, pois neste caso temos a freqüência de corte (fc).

6 - Passo 6: Medir o módulo e fase do ganho de modo a preencher a seguinte
Tabela 3.3.
7 - Passo 7: Esboçar o diagrama de bode experimental obtido através da Tabela 3.3
(Sobrepor os gráficos obtidos no mesmo papel monolog utilizado na parte teórica
- frequência em Hertz).
P á g i n a | 27

Tabela 3.3: Valor Experimentais para o Diagrama de Bode.

fc/10 fc/5 fc/4 fc/3 fc/2 fc 2fc 3fc 4 fc 5 fc 10 fc


f (Hz)
Vi
Vs
G
G(dB)
t(s)
θ(º) *

3.4.3 Prática (AP3) – Filtro Passa Altas e Diferenciador

1 - Passo 1: Para o circuito da Figura 3.4 calcule a frequência de corte e o valor da


tensão de saída na frequência de corte.

Figura 3.4: Circuito FPA experimental.

Anote.

2 - Passo 2: Monte o circuito da Figura 2.1de acordo com o layout da Figura 3.5.
Ajuste o gerador de funções em 2VPP/1kHz/senoidal e para cada um dos valores
de frequência da Tabela 3.1 meça a tensão na saída (VSpp), calcule o ganho

( ) e o ganho em dB 20log( ).

Figura 3.5: FPA layout na placa


P á g i n a | 28

Tabela 3.4: Medida do ganho para várias frequências no FPA

20k 10k 2k 800 500 200 100 50

Ganho ( )

Ganho 20log( )

OBS: A amplitude da entrada deve ser sempre a mesma para todas as frequências.

3 - Passo 3: Com os dados obtidos na Tabela 3.4, desenhe o gráfico do ganho em


dB em função da frequência, e para isso use papel monolog, indicando no eixo
vertical o ganho em dB e no eixo horizontal a frequência. Determine a frequência
de corte a partir do gráfico (frequência na qual o ganho cai 3dB em relação ao
patamar).
4 - Passo 4:Escreva as suas conclusões baseado nas medidas e no gráfico obtido
no item 3.
5 - Passo 5: Monte o circuito da figura 3.6 ajustando o gerador de funções em onda
quadrada, máxima saída, 100Hz. Anote as formas de onda de saída (VS) e
entrada (Ve).

Figura 3.6: Circuito RC com diferenciador.

6 - Passo 6: Mude a onda para senoidal e repita o item 5. O que muda?


7 - Passo 7: Baseado nas medidas e observações efetuadas escreva as suas
conclusões.

3.4.4 Prática (AP4) – Filtro Passa Baixas e Integrador

1 - Passo 1: Para o circuito da Figura 3.7 calcule a frequência de corte e o valor da


tensão de saída na frequência de corte.
P á g i n a | 29

Figura 3.7: Circuito FPB experimental

Anote.

2 - Passo 2: Monte o circuito da figura 3.7 de acordo com o layout da figura 3.8.
Ajuste o gerador de funções em 2VPP/1kHz/senoidal e para cada um dos valores
de frequência da tabela 3.5 meça, com o osciloscópio, a tensão na saída (VSpp),

calcule o ganho ( ( ) e o ganho em dB ( )

OBS: A resistência é obtida ajustando um potenciômetro em 10K (faça o ajuste em


vazio).

3 - Passo 3: Ligue o canal 1 do osciloscópio na entrada e o canal 2 na saída. O


ajuste de frequência pode ser feito pelo frequencímetro do multímetro ou
osciloscópio.

Figura 3.8: FPA layout sugerido.

Tabela 3.5: Medida do ganho para várias frequências no FPB

20k 10k 2k 800 500 200 100 50

Ganho ( )

Ganho 20log( )
P á g i n a | 30

OBS: A amplitude da entrada deve ser sempre a mesma para todas as freqüências.

4 - Passo 4 :Com os dados obtidos na Tabela 3.5 desenhe o gráfico do ganho em


dB em função da frequência, e para isso use papel monolog, indicando no eixo
vertical ganho em dB e no eixo horizontal a frequência. Determine a frequência
de corte a partir do gráfico (frequência na qual o ganho cai 3dB em relação ao
patamar).
5 - Passo 5 :Escreva as suas conclusões baseado nas medidas e no gráfico obtido
em 4.
6 - Passo 6 : Monte o circuito da Figura 3.9 ajustando o gerador de funções em onda
quadrada, máxima saída, 20kHz. Anote as formas de onda de saída (VS) e
entrada (Ve).

Figura 3.9: Circuito RC como integrador.

7 - Passo 7: Mude a onda para senoidal e repita o item 6. O que muda?


8 - Passo 8: Baseado nas medidas efetuadas escreva as suas conclusões.
P á g i n a | 31

4. RESSONÂNCIA SÉRIE/PARALELA E SELETIVIDADE”.

4.1 Objectivos

Em síntese, objectiva-se:
a) Nesta experiência será montado um circuito RLC série ressonante, a fim de
obter parâmetros necessários para caracterizar a frequência de ressonância,
seletividade e largura de banda.
b) Nesta experiência será montado um circuito RLC paralelo ressonante, a fim
de obter parâmetros necessários para caracterizar a frequência de
ressonância, seletividade e largura de banda.

4.2 Fundamentação teórica

O fenômeno da ressonância é característico de sistemas oscilatórios sujeitos à uma


perturbação periódica. Quando a frequência desta perturbação se aproxima de uma
das frequências preferenciais de oscilação do sistema, observa-se um significativo
aumento da amplitude de oscilação. As frequências para as quais observa-se este
aumento na resposta do sistema são chamadas de frequências de ressonância. Se
uma perturbação excita o sistema numa destas frequências, mesmo forças de baixa
intensidade são capazes de produzir oscilações de grande amplitude.
Ressonância é um fenômeno muito importante que pode ocorrer em circuitos que
contêm, ao mesmo tempo indutores e capacitores. Pode ser descrito, sem rigor,
como a condição que existe em qualquer sistema físico quando uma função
excitação senoidal de amplitude fixa produz uma resposta de máxima amplitude.
Em uma rede elétrica com dois terminais contendo pelo menos um indutor e um
capacitor, ressonância é a condição que existe quando a impedância de entrada da
rede é puramente resistiva. Assim, uma rede é dita em ressonância (ou ressonante)
quando a tensão e corrente nos terminais de entrada da rede estão em fase.
Quando tal fato ocorre dizemos que o circuito se encontra em ressonância. Nesta
situação, a frequência que isto ocorre é chamada de frequência de ressonância
fo(Hz) ou ωo(rad/s).
P á g i n a | 32

4.3 Material utilizado:

− Gerador de Sinal Senoidal


− Resistor: 10Ω, 47 Ω e 100Ω.
− Capacitor: 100nF
− Indutor: 470μH ou 820μH ou 330μH ou 270μH.
− Osciloscópio (2 canais)
− Multímetro digital.

4.4 Procedimento Experimental:

4.4.1 Prática (AP1) – Circuito RLC Série - Ressonância

1 - Passo 1 :Para o circuito da figura 4.1 calcule a frequência de ressonância e


anote.

2 - Passo 2: Para o circuito da Figura 4.1 calcule a tensão na resistência para as


frequências: 5kHz,20kHz, 30kHz, 35kHz, 40kHz, 50kHz e 65kHz. Anote na
Tabela 4.1, considerar que o gerador tem Vg=1VPP.

Figura 4.1: Circuito RLC série experimental.

Tabela 4.1: Resposta de um circuito RLC a diversas frequências – Valores calculados

5 20 30 40 50 65
P á g i n a | 33

3 - Passo 3 :Monte o circuito da figura 4.1 de acordo com layout da figura 4.2.
Ajuste o gerador defunções em 1 VPP e para cada frequência da tabela 4.2 meça,
com o osciloscópio, o valor da tensão de pico a pico na resistência equivalente
de 560 em paralelo como potenciômetro de 1k (33 Ohms).

Obs: o resistor de 33 Ohms é obtido ajustando um potenciômetro de 1K em paralelo


com o resistor de 560 Ohms fixo (R4), podendo ser um valor entre 30Ohms e
40Ohms.
4 - Passo 4: A partir das medidas calcule o ganho em dB G=20log( ) anote na

Tabela 4.2.

Figura 4.2: Layout do circuito da Figura 4.1.

Tabela 4.2: Resposta de um circuito RLC série a diversas frequências - Valores medidos

5 20 30 35 40 50 65

5 - Passo 5 :Com os dados da Tabela 4.2 levante o gráfico do ganho em função da


frequência e para isso use papel monolog indicando no eixo vertical o ganho e no
eixo horizontal a frequência.
6 - Passo 6: A partir do gráfico determine o valor da frequência de ressonância e
compare com o valor calculado.
Escreva as suas conclusões baseados nas medidas efectuadas.
P á g i n a | 34

4.4.2 Prática (AP2) – Circuito RLC Paralelo

1 - Passo 1: Para o circuito da Figura 4.3 calcule a frequência de ressonância e


anote.

Figura 4.3: Circuito RLC série experimental

OBS: o resistor de 33 Ohms é obtido ajustando um potenciômetro de 1K em paralelo


com o resistor de 560 Ohms fixo (R4), podendo ser um valor entre 30 Ohms e
40Ohms.

2 - Passo 2 :Monte o circuito da Figura 4.3 de acordo com layout da Figura 4.4.
Ajuste o gerador defunções em 1VPP e para cada frequência da Tabela 4.3 meça,
com o osciloscópio, o valor da tensão de pico a pico no capacitor.

3 - Passo 3: A partir das medidas calcule o ganho em dB G=20log( ) anote na

tabela 4.3.

Figura 4.4: Layout do circuito da Figura

Tabela 4.3: Resposta de um circuito RLC série a diversas frequências - Valores medidos

5 20 30 35 40 50 65
P á g i n a | 35

4 - Passo 4:Com os dados da Tabela 4.3 levante o gráfico do ganho em função da


frequência e para isso use papel monolog indicando no eixo vertical o ganho e no
eixo horizontal a frequência.
5 - Passo 5: A partir do gráfico determine o valor da frequência de ressonância e
compare com o valor calculado.
Escreva as suas conclusões baseado nas medidas efectuadas.

4.4.3 Pratica (AP3) – “Ressonância Série e Seletividade”.

1 - Passo 1: Monte o circuito ressonante série da Figura 4.5 com os componentes


indicados na Tabela 4.4.

Figura 4.5: Representação esquemática de um circuito RLC em série.

2 - Passo 2: Ajuste o gerador de sinais (senoidal sem componente DC) para


qualquer valor de amplitude diferente de zero para a entrada V i.
3 - Passo 3: Com o Osciloscópio no Canal 1 na entrada e Canal 2 na saída, varie a
frequência do sinal de entrada desde 1 kHz até 1 MHz de modo a encontrar a
ressonância (sinal de entrada em fase com a saída). Utilizar a figura de Lissajous
para um ajuste mais preciso.
4 - Passo 4: Com o frequencímetro meça a frequência na entrada do circuito e
anote na Tabela 5.1 no lugar apropriado. Esta frequência é chamada de
frequência de ressonância do circuito (fo). Ajuste a amplitude de entrada do
circuito através do gerador para 4 Vpp (pico a pico). Caso o circuito esteja
realmente em ressonância não haverá desfasamento entre os sinais de entrada e
saída.
5 - Passo 5: Ainda nesta situação, calcule o módulo do ganho Gmáx do circuito
| |
| | (razão entre os módulos das tensões de saída pela
| |

entrada) e anote na Tabela 4.4 no lugar apropriado.


P á g i n a | 36

6 - Passo 6: Varie a frequência de modo a identificar as frequências de corte do


circuito (superior ωs e inferior ωi). (Quando o | | ___________).

Calcule: a largura de banda BW = (ωs - ωi) e o factor de qualidade Q


(seletividade) do circuito Q = ωo/(ωs - ωi) . Todos estes valores devem ser
anotados na Tabela 4.4.
Tabela 4.4: Resultado para as medidas de um circuito RLC em série

Valores Medidos Valores Calculados


C = 100nF
L=_____ μH

BW=_____ Rad/s

BW=_____ Rad/s
| | | |
(graus) (graus)
o o

Q= ______

Q= ______
0 1 0
R=10Ω

o o
0 ⁄ 45

o
⁄ -45

o o
Q= ______

Q= ______
BW=_____

BW=_____
0 1 0
R=47Ω

o
⁄ 45

o
⁄ -45

o o
Q= ______

Q= ______
BW=_____

BW=_____
0 1 0
R=100Ω

o
⁄ 45

o
⁄ -45

Obs: Para melhor entendimento consultar a nota no final

4.4.4 Pratica (AP2) – Ressonância Paralela e Seletividade”.

1 - Passo 1:Monte o circuito ressonante série da Figura 4.6 com os componentes


indicados na Tabela 4.5.

Figura 4.6 : Representação esquemática do circuito RLC paralelo.

2 - Passo 2: Ajuste o gerador de sinais (senoidal sem componente DC) para


qualquer valor de amplitude diferente de zero para a entrada Vi.
3 - Passo 3:Com o Osciloscópio no Canal 1 na entrada e Canal 2 na saída, varie a
frequência do sinal de entrada desde 1kHz até 1MHz de modo a encontrar a
P á g i n a | 37

ressonância (sinal de entrada em fase com a saída). Utilizar a figura de Lissajous


para um ajuste mais preciso.
4 - Passo 4:Com o frequencímetro meça a frequência na entrada do circuito e anote
na Tabela 4.5 no lugar apropriado. Esta frequência é chamada de frequência de
ressonância do circuito (fo). Ajuste a amplitude de entrada do circuito através do
gerador para 4 Vpp (pico a pico). Caso o circuito esteja realmente em ressonância
não haverá defasamento entre os sinais de entrada e saída.
5 - Passo 5: Ainda nesta situação, calcule o módulo do ganho Gmáx do circuito
| |
| | (razão entre os módulos das tensões de saída pela
| |

entrada) e anote na Tabela 4.5 no lugar apropriado.


Tabela 4.5: Resultado para as medidas de um circuito RLC em série

Valores Medidos Valores Calculados


C = 100nF
L=_____ μH
BW=_____ Rad/s

BW=_____ Rad/s
| | | |
(graus) (graus)
o o
Q= ______

Q= ______
0 1 0
R=10Ω

o
0 ⁄ 45
o

⁄ -45
o

o o
Q= ______

Q= ______
BW=_____

BW=_____
0 1 0
R=47Ω

⁄ 45
o

⁄ -45
o

o o
Q= ______

Q= ______
BW=_____

BW=_____

0 1 0
R=100Ω

⁄ 45
o

⁄ -45
o

6 - Passo 6: Varie a frequência de modo a identificar as frequências de corte do


circuito (superior ωs e inferior ωi). (Quando o | | ___________),

calcule: a largura de banda BW = (ωs - ωi) e o factor de qualidade Q


(seletividade) do circuito Q = ωo/(ωs - ωi) . Todos estes valores devem ser
anotados na Tabela 4.5.
Obs: Para melhor entendimento consultar a nota no final
P á g i n a | 38

Nota: Para verificar a fase de H(jω) pode-se utilizar a figura de lissajous ou através
da escala de tempo com os dois canais na mesma referência e visualizados
simultaneamente, calcular a fase baseado na seguinte formula:

Onde é o defasamento entre a saída e a entrada em segundos. Para melhor


entendimento observar a Figura 4.7.

Figura 4.7: Tela do Osciloscópio

4.5 . Questionário

c) . O experimento se mostrou válido? Explique por que?


_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
________________________________________________________________

d) Comente os resultados, erros encontrados e possíveis fontes de erros.


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
P á g i n a | 39

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SADIKU, M. N. O. Alexander, C. K. Fundamentals of electric circuits. Sixth edition.


New York, NY: McGraw-Hill Education; 2017.

SADIKU, M. N. O. Alexander, C. K. Fundamentos de Circuitos Elétricos. 5ª Edição.


M Graw Hill. 2013.

IRWIN, J.D. Basic Engineering Circuit Analysis, 10 Edition. Wiley.2011

IRWIN, J.D. Análise de circuitos em engenharia. São Paulo: 10th. Ed Makron, 2015.

HAYT Jr., William H. Engineering Circuit Analysis, 8 Edition. McGraw-Hill, 2008.

NILSSON, J. W.; RIEDEL, S. A. Electric Circuits, 10th Edition. Pearson Education.


2015.

NILSSON, J. W.; RIEDEL, S. A. Circuitos Eléctricos, 10. Ed. São Paulo: Pearson
Education do Brasil, 2015.

EDMINISTER, J. A; NAHVI M. Circuitos Eléctricos. Bookman. 1999.

DORF, R. C. Introdução aos Circuitos Elétricos. 5ª Edição. Editora: LTC. 2003.

BOYLESTAD, R. Introdução à análise de circuitos. 8. ed. Rio de Janeiro: Prentice-


Hall

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