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“A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens
avançadas de produção”
avançadas de produção”
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XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
“A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens
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Introdução
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2. Fundamentação Teórica
2.1. Design Thinking
O Design Thinking é uma metodologia ou, como alguns definem, um modelo mental, que
representa o modo de pensar do design viabilizando o tratamento de problemas com diferentes
graus de complexidade e a criação de soluções de negócios (BUCHANAN, 1992; DUNNE;
MARTIN, 2006; PINHEIRO; ALT, 2011).
Brown (2008) define o Design Thinking como “… uma disciplina que usa a sensibilidade do
designer e métodos para combinar a necessidade das pessoas com o que é tecnologicamente
possível e com o que uma estratégia de negócio viável consegue converter em valor para o
consumidor e oportunidade de mercado”. Esse conceito está representado na figura 1.
O Design Thinking sugere um estilo de pensar pouco intuitivo para o mundo empresarial,
chamado de pensamento abdutivo, nele o pensante é estimulado a pensar em sugestões do que
pode ser com base no valor que se deseja gerar (DORST, 2011; DUNNE; MARTIN, 2006).
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Essa linha de raciocínio leva o design thinker a fugir do pensamento lógico, também chamado
de dedução e indução (análise do que já existe, e do que deve ser com base no que já foi visto
antes) (DUNNE; MARTIN, 2006; MARTIN, 2010).
Por conta disso, pode-se encontrar aplicações do Design Thinking em áreas onde é necessário
ir além das metodologias convencionais para solucionar um problema, como por exemplo:
saúde, educação, inclusão social, desenvolvimento sustentável, produção de novos bens de
consumo e serviços, design de experiências, entre outras (PINHEIRO; ALT, 2011; BROWN,
2010; VIANNA et al., 2012).
As técnicas do Design Thinking incentivam duas fases de pensamento: a divergente e a
convergente (figura 2). O pensamento divergente é o que viabiliza a exploração do problema e
geração de novas ideias, momentos nos quais busca-se a criação de escolhas livres de
qualquer julgamento e compreensão de outros pontos de vista. Enquanto o pensamento
convergente é adequado para refinar as ideias, escolher dentre as alternativas existentes e
chegar a um ponto comum (BROWN, 2010; PINHEIRO; ALT, 2011).
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2.2.2. D.School
A D.School, é o instituto de Design Thinking de Stanford (D.SCHOOL, 2015). Conforme
Lindberg et al. (2010), a abordagem do Design Thinking na D.School mantém a flexibilidade
dos modelos, mas busca ser mais didático ao oferecer uma sequência de etapas com o intuito
de facilitar o aprendizado de alunos que ainda não incorporaram totalmente os conceitos do
Design Thinking.
A figura 6 apresenta a metodologia adotada no Bootcamp da D.School (2017), que é dividida
em 5 etapas:
Empatia: Imersão, engajamento e observação do problema e da realidade do usuário;
Definição: Síntese das informações adquiridas em necessidades e insights e definição
de um foco do problema, um ponto de vista;
Ideação: Geração de ideias e exploração das soluções;
Prototipação: Materialização e experimentações das ideias;
Teste: Avaliação das soluções propostas junto ao usuário e obtenção de feedback.
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3. Metodologia
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Neste trabalho foi adotada uma abordagem qualitativa, devido a necessidade de obter uma
primeira compreensão sobre o tema.
4. Resultados e discussão
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Fonte: Autores
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5. Conclusão
O Design Thinking é uma metodologia que permite encontrar soluções para problemas
complexos através do envolvimento direto com usuários e clientes e um processo de teste e
validação constante no desenvolvimento de uma ideia.
Este estudo retratou a aplicação de uma dinâmica na turma de Gestão da Produção
(LOQ4046). Os alunos foram guiados através dos diferentes princípios do Design Thinking:
brainstorming, trabalho em grupo, cocriação, pensamento convergente e divergente, iterações,
empatia, imersão na realidade do usuário, prototipação, testes, discussões através de
ferramentas visuais e obtenção de feedback. A estrutura da atividade foi baseada na dinâmica
The Wallet Project da D.School (2016), neste caso, os alunos foram desafiados a criar uma
opção de lanchonete para o campus da Escola de Engenharia de Lorena, mas poderia ter sido
utilizada qualquer outra temática pertencente a realidade dos alunos.
A atividade foi bem recebidas pelos alunos e cumpriu o principal objetivo do estudo,
apresentar uma atividade introdutória sobre Design Thinking para alunos de um curso de
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REFERÊNCIAS
ACAR, A. E.; ROTHER, D. Design Thinking in Engineering Education and its Adoption in Technology-driven
Startups. 8th Global Conference on Sustainable Manufacturing, v. 2, n. January 2011, p. 37–42, 2011.
BROWN, Tim. Design Thinking: uma metodologia poderosa para decretar o fim das velhas ideias. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2010.
BROWN, Tim. Design thinking. Harvard Business Review, v. 86, n. 6, p. 84-92, 2008.
BUCHANAN, Richard. Wicked Problems in Design Thinking. Design Issues, v. 8, n. 2, p. 5–21, 1992.
DAVIS, Brooke. M. Creativity & Innovation in Business 2010 Teaching the Application of Design Thinking to
Business. Procedia Social and Behavioral Sciences, v. 2, n. 4, p. 6532– 6538, 2010.
DESIGN COUNCIL. Eleven lessons: managing design in eleven global brands. Londres: [s.n.]. Disponível em:
<http://www.designcouncil.org.uk/resources/report/11-lessons-managing-design-global-brands>. Acesso em: 4
maio. 2016a.
DORST, Kees. The core of “design thinking” and its application. Design Studies, v. 32, n. 6, p. 521–532, 2011.
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DUNNE, David; MARTIN, Roger. Design thinking and how it will change management education: an interview
and discussion. Academy of Management Learning & Education, v. 5, n.4, p. 512-523, 2006.
GLEN, Roy et al. Teaching design thinking in business schools. The International Journal of Management, v.
13, p. 182-192, 2015.
KATZ, Reuven. Integrating analysis and design in mechanical engineering education. Procedia CIRP, v. 36, p.
23–28, 2015.
LEVINE, David I.; AGOGINO, Alice M.; LESNIEWSKI, Martha A. Design Thinking in Development
Engineering. International Journal of Engineering Education, v. 32, n. 3, p. 1396–1406, 2016.
LINDBERG, Tilmann et al. Is there a need for a design thinking process?. Proceeding at Design Thinking
Research Symposium 8, Sydney, Australia, out 2010.
MARTIN, Roger. Design thinking: achieving insights via the “knowledge funnel”. Strategy & Leadership, v.
38, n. 2, p. 37–41, 2010.
MELLES, Gavin; HOWARD, Zaana; THOMPSON-WHITESIDE, Scott. Teaching design thinking: expanding
horizons in design education. Procedia Social and Behavioral Sciences, v. 31, p. 162-166, 2012.
MIGUEL, Paulo. A. C.; SOUZA, Rui. O Método do Estudo de Caso na Engenharia de Produção. In MIGUEL,
Paulo A. Cauchick - Metodologia de Pesquisa em Engenharia de Produção e Gestão de Operações. 2.ª ed.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.
PINHEIRO, Tennyson; ALT, Luis. Design Thinking Brasil: empatia, colaboração e experimentação para
pessoas, negócios e sociedade. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
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VASCONCELOS, Catharina Teston; PEREIRA, Marco Antonio Carvalho. As práticas do Design Thinking
visando a solução de problemas. In: SIMPEP - Simpósio de Engenharia de Produção, XXIII, Bauru, 2016.
VIANNA, Maurício et al. Design thinking: Inovação em negócios. Rio de Janeiro: MJV, 2012.
WERKEMA, Maria C. C. Criando a Cultura Seis Sigma. Belo Horizonte: Editora Qualitymark, vol.1, 2010.
YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.
ZUPAN, Blaž; NABERGOJ, Anja SVETINA. Developing Design Thinking Skills in Entrepreneurship
Education. Leading through design, p. 525, 2012.
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ANEXO A
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ANEXO B
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Descrição: A turma deve ser dividida em dois grupos diferentes: os “projetistas” (design
thinkers) e os “clientes”. Os projetistas formarão equipes com cinco ou seis alunos. (Obs.:
O número de clientes deve ser igual ao número de equipes para que nenhuma equipe fique
ociosa no decorrer da atividade.)
Os alunos devem criar uma opção de LANCHONETE para o campus da EEL, produzindo
como produto final um protótipo da ideia.
Etapa divergente – Entender (10 min) Após apresentar o problema aos alunos, os
grupos devem se reunir com pelo menos 2 clientes, no tempo previsto. (Obs.: Lembrar os
alunos que esse é o momento de ouvir o cliente para obter o maior número de informações
possíveis sobre suas preferencias, hábitos e necessidades sem interferir ou tendenciar suas
opiniões.)
Etapa convergente – Definir (15 min) Nesse momento os grupos devem analisar os
dados obtidos para identificar padrões e pontos de vista.
Materiais Disponível para cada Grupo: Placa de Isopor, Tubo de cola e Tesoura.
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