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Design Distribuído: novas práticas e competências para o design pós-industrial

Distributed Design: new practices and competencies for the post-industrial design
COSTA, Christiane; Mestre; UFPR & UTFPR
christiane.ogg@gmail.com
PELEGRINI, Alexandre; Doutor; UFPR & UTFPR
avpelegrini@yahoo.com

Eixo temático: Design e tecnologias


Da produção Artesanal à Pós-Industrial

Artesanato 2ª Revolução Industrial


Design centrado no produto
O artesão era o designer
A forma segue a “fabricação”
Aproximadamente até a Idade Média 1870 1970

Manufatura 3ª Revolução Industrial


Início da separação entre projeto e manufatura
Design como atividade estratégica
Aproximadamente até 1780
1970 2011

1ª Revolução Industrial 4ª Revolução Industrial


Design de sistemas complexos ,
Estética artesanal x estética da máquina centrado na transformação social,
sustentabilidade e prosperidade
1780 1870 do planeta.
2011 hoje
Mudanças de foco do Design

Estas mudanças são cumulativas, ou seja, ao passar dos anos as práticas do design
se tornam mais complexas e requerem novas competências do designer.
Mudanças de foco do Design

A mudança de foco do design, para a


transformação de contextos mais amplos e
questões sociais, também expandiu a
possibilidade de atuação do design.
O design neste contexto passa a ter outras
demandas onde os problemas não são bem
definidos, as perguntas e respostas não são
mais tão objetivas e o resultado passa a ser
um enquadramento provisório, baseado no
conhecimento possível naquele momento.
As respostas extrapolam, muitas vezes, o
âmbito do design.
As competências profissionais e as divisões
disciplinares também requerem novos
modelos, pois não atendem à atual
complexidade inerente às situações que
emergem da prática.
Convergência entre tecnologias de abordagem
distribuída e tecnologias de fabricação digital

informação Os princípios da fabricação digital


conhecimento e de código aberto potencializam
Criação a democratização do design e da
compartilhada produção, configurando de
formas diversas as práticas de
design, produção, consumo e
distribuição, misturando papéis,
processos e funções.

Crescem as possibilidades de
reconfiguração, relocalização e
calibração da produção e do
consumo possibilitando novas
formas de organização social,
comportamentos produtivos,
econômicos e de sustentabilidade.
(Smith et al., 2013)
Desafios e oportunidades para a prática do design
Relaxar ou remover as restrições impostas pela
sociedade industrial permite ao designer imaginar
possibilidades e alternativas, desafiar sistemas
e papéis estabelecidos. Nesta abordagem, a
atribuição de valor também pode ser repensada de
maneira transformativa depositando valor em
produtos, serviços, sistemas e relações humanas que
considerem objetivos sociais mais amplos.
São muitos os autores que questionam
a situação atual do ensino de design
Pós-industrial.
Questionamentos sobre a situação do ensino

Vinculação com os paradigmas da sociedade industrial (Whiteley, 1998; Buchanan, 2001)


Habilidades técnicas em detrimento do potencial reflexivo e crítico (Findeli, 2001; Manzini, 2011;
Poggenpohl, 2012).

Polarização entre dois modelos: metodologia fiel à concepção racional-funcionalista e


outro mais disruptivo pensado na renovação do sistema de produção baseada numa
redefinição dos papéis de produtor, consumidor e do designer (Celaschi e Formia, 2012).
Interferência do design nas questões sociais, estando atrelado ao sistema industrial -
Inovação com relevância social (Bonsiepe, 2013),
Repensar radical da pedagogia e do conteúdo (Loy, 2015).
Práticas criativas hibridas que transpassam fronteiras conceituais e disciplinares (Bremner
e Rodgers, 2013)
Profissionais redirecionadores, que desafiam e até subvertem o status quo (Fry, 2013),
Designer como um ativista para desenhar e controlar a tecnologia (Franzato, 2016; Guellerin, 2009;
Bonsiepe, 2013 ),

Atuar em condições de incerteza, explorar o desconhecido, onde o desafio é adquirir a


habilidade para navegar e seguir avançando o repertório. Estas habilidades não são
encontradas nos métodos objetivos, e sim num repertório de práticas situadas para
construir práticas distribuídas e reflexivas (Ehn, 2018)
Habilidades e capacidades para o ano 2030

Fonte: A autora baseada no Relatório Future of Jobs (WEF), Futures Skills (NESTA) The Future of Work: Jobs and skills in 2030 (UK Commission for
Employment and Skills), Future Work Skills 2020 (IFF), The future of skills employment in 2030 (Parson), Workforce of the future (PWC)
Competências preliminares vinculadas a um enquadramento
momentâneo das possíveis praticas do Design.
Conclusão

O ensino deve ser formativo e transformador, flexível e ágil, possibilitando sua


rápida renovação e reconfiguração para acompanhar as mudanças tecnológicas,
sociais e econômicas.
Conclui-se também que o ensino deve possibilitar e providenciar espaço para
práticas experimentais, propiciando o design de novos contextos e sistema de
produção baseado numa redefinição de papéis entre produtor, consumidor e
designer.
Por fim, a busca pela formação em design deve ser ativa e constante,
complementada por práticas, experimentações, busca por novas áreas do
conhecimento e estratégias criativas.
OBRIGADA

Christiane Maria Ogg nascimento Gonçalves Costa


Email: christiane.ogg@gmail.com

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