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JOSE ADRIANO MARINI

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DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

Diagnostico socioeconômico
e agrotécnico da cultura da
mandioca

JOSE ADRIANO MARINI

iii
Copyright © 2020 José Adriano Marini

All rights reserved.

ISBN: 9798655107311
Selo editorial: Independently published
DEDICATORIA

Aos mandioqueiros da Amazônia.


CONTEUDO

Apresentação Pg 03

1 A produção de mandioca na Amazônia e no Mundo Pg 05

3 Analise economica Pg 53

4 Logistica Pg 67
AGRADECIMENTOS

A toda aqueles que cooperaram de alguma forma na


concretização destes estudos

Á minha família

i
APRESENT AÇÃO

O comportamento dos preços da mandioca são


determinados pelos mercados internacionais
principalmente, devido a tratar-se de uma commodity
assim, de certa forma, a influência que os produtores
tem sobre o valor de seu produto é limitada. Este
comportamento impacta diretamente na sociedade
agrícola mandioqueira e em seus fatores de
desenvolvimento, influenciando inclusive as decisões
de plantios

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DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

I. A produção de mandioca na Amazônia e no


Mundo

Enquanto que as áreas cultivadas com mandioca


decresceram no Brasil de forma geral, no Amapá ela vem
mantendo-se estável, com poucas oscilações significativas
verificadas nos últimos dez anos sua produtividade, ou seja,
o aumento em produção sem aumentar as áreas, teve um
aumento em mais de 20 mil toneladas nos anos seguintes a
2014.
Segundo MARINI (2016), a cadeia de comercialização
agrícola da mandioca no Amapá inicia-se com os
agricultores familiares e os indígenas que, na categoria de
produtores, vendem a produção nas feiras municipais e aos
varejistas locais, estes em geral adquirem o produto na
propriedade. Por sua vez, os intermediários e os atacadistas
compram o produto através de acordos de comercialização
pré-estabelecidos com estes produtores e revendem em
estabelecimentos comerciais de pequeno e médios portes,
principalmente para o varejo urbano, que efetua a venda
para os consumidores finais.

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Varejo
Rural
Agricultores
Familiares

Feiras Consumidor
Municipais Final Local
Indígenas

Atacadistas/ Varejo
Intermediários Urbano

Figura 01. Possível estrutura do APL da Mandioca no Estado do Amapá

Tabela 01: Área plantada com mandioca no período de 2010


a 2016.
Brasil e Ano
Unidade da
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Federação
Brasil 1817055 1756686 1757734 1560263 1592907 1536161 1439754
Rondônia 29774 30599 27478 28403 25537 26024 29095
Acre 41108 49420 58507 44409 43845 41697 39832
Amazonas 89368 95586 95399 95991 80562 72431 67595
Roraima 6251 6800 6800 8225 8763 7851 7201
Pará 297482 294049 301364 302300 344323 309164 291872
Amapá 11500 13180 12800 11902 14500 12825 12016
Tocantins 20869 17632 16535 15697 12047 13847 15035
Maranhão 210060 207554 196564 191007 188080 173798 157158

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DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

Piauí 59038 46729 61183 38161 28808 38839 37518


Ceará 109155 85083 89117 66956 60747 58511 58926
Rio Grande do
30509 25714 31025 8084 15791 14944 10465
Norte
Paraíba 25783 23316 20668 15247 15366 15221 15619
Pernambuco 66670 49890 53520 39922 36511 48132 43208
Alagoas 20397 18051 20915 18411 20445 23079 21981
Sergipe 32622 32429 30730 28738 27502 25305 20845
Bahia 262025 254610 242306 185029 204058 195043 182693
Minas Gerais 55477 57220 60421 60533 60334 59459 58151
Espírito Santo 13894 11214 11714 9240 9723 8690 8242
Rio de Janeiro 13789 14814 19662 12956 13643 11132 11065
Guanabara ... ... ... ... ... ... ...
São Paulo 53300 56245 57909 54051 55303 50110 49133
Paraná 172214 184291 159115 156198 157211 159556 148598
Santa Catarina 29929 27478 29055 28564 23397 22178 20716
Rio Grande do
81714 80342 80771 72631 70485 66154 64026
Sul
Mato Grosso
26690 30338 30902 33068 39730 48025 34719
do Sul
Mato Grosso 35466 25067 23891 23236 22566 20489 19799
Goiás 21157 18315 18459 9995 12506 12721 13118
Distrito Federal 814 720 924 1309 1124 936 1128
Fonte: IBGE - Produção Agrícola Municipal (2017)

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Figura 02: Evolução da área cultivada com mandioca no


Amapá entre os anos de 2010 e 2016.

Apesar de estável as dimensões de áreas cultivadas com


mandioca no Amapá, nota-se que a partir de 2014 houve um
incremento significativo da cultura em sua produtividade,
refletindo diretamente as indicações de variedades de
mandiocas geneticamente superiores em produção de
raízes e em rendimento em farinha pela Embrapa Amapá
naquele ano, incremento este persistindo nos anos
sequentes.

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DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

Tabela 02: Quantidade produzida (toneladas) de mandioca


no Brasil e nos estados no período de 2010 a 2016.

Brasil e Ano
Unidade da
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Federação
Brasil 24967052 25349542 23044557 21484218 23253514 23059704 21082867
Rondônia 505004 513515 472207 446724 531829 573960 664928
Acre 849667 939032 897160 939178 1239731 1122578 1125439
Amazonas 778217 966341 926297 940975 846884 801299 756949
Roraima 77119 77190 77190 140342 129850 176754 151486
Pará 4596083 4647552 4617543 4621692 4914831 4695735 4263013
Amapá 138254 137141 149355 134720 159650 156875 148650
Tocantins 337026 316090 281728 244312 220232 260194 260582
Maranhão 1540586 1780279 1529579 1325328 1619342 1481907 1305850
Piauí 565659 511424 319629 156256 174931 265687 202238
Ceará 620964 836606 468724 300348 478453 358857 387831
Rio Grande
341552 305168 235855 80685 160286 146091 96544
do Norte
Paraíba 228126 220874 157876 135052 135114 131073 146889
Pernambuco 743328 520330 341901 292766 302361 388343 136985
Alagoas 318231 295096 314615 224794 250256 293129 279044
Sergipe 485360 483990 450486 433723 415910 380182 295515
Bahia 3211278 2966230 2200806 1854260 2131473 2098575 1956103
Minas
794792 816320 823983 815043 851539 851546 844308
Gerais
Espírito
240355 188102 206929 157753 163099 140952 122390
Santo
Rio de
206605 229216 324449 195343 193409 154045 156531
Janeiro
Guanabara ... ... ... ... ... ... ...
São Paulo 1169080 1321297 1354849 1323090 1316946 1171901 1158884
Paraná 4012948 4179699 3869080 3759705 3958798 4312946 3888111
Santa 540626 506280 529648 551349 443462 423706 385875

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Catarina
Rio Grande
1275655 1302929 1191202 1166363 1181422 1155247 1093135
do Sul
Mato
Grosso do 543303 630286 634529 721870 873059 1004216 739241
Sul
Mato
496621 355896 349917 335736 337456 292059 285619
Grosso
Goiás 339046 292579 303965 166622 206311 207751 212687
Distrito
11567 10080 15055 20189 16880 14096 18040
Federal
Fonte: IBGE - Produção Agrícola Municipal (2017)

Figura 03: Valor da produção de raiz de mandioca no Brasil


e nos estados no período de 2010 a 2016.

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DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

Tabela 03: Áreas colhidas de mandioca no Brasil e nos


estados no período de 2010 a 2016
Brasil e Ano
Unidade da
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Federação
Brasil 7003761 7133063 7885089 10130512 9555735 8234091 10320963
Rondônia 242682 309543 306033 309240 402071 411146 563104
Acre 284211 256919 261794 374173 450029 331840 330255
Amazonas 369759 470509 516121 669456 666228 696080 655437
Roraima 34703 45542 50174 97984 92501 150440 137012
Pará 1057077 1021089 1187507 2208029 1676500 1221060 1933296
Amapá 81005 95779 99957 68515 88602 93149 86268
Tocantins 40321 43100 40325 40797 42343 48938 57389
Maranhão 397204 453618 441068 605127 560042 464910 497537
Piauí 65979 66594 51854 42902 44419 60026 70341
Ceará 121125 175934 133807 136790 190888 137495 162186
Rio Grande
58873 49322 84818 49566 40351 38459 45275
do Norte
Paraíba 51786 43439 51543 70866 62200 62612 79228
Pernambuco 126943 110020 314278 175432 135756 124888 83717
Alagoas 43000 49560 139151 100639 85150 99377 159212
Sergipe 76818 86218 174717 234370 133688 140841 183545
Bahia 564067 518095 554338 556479 727734 702931 763283
Minas Gerais 417412 394466 362775 431327 427510 347555 379619
Espírito
43749 42474 53294 65927 35098 40058 51501
Santo
Rio de
69366 110454 129467 135334 131942 152820 167769
Janeiro
Guanabara ... ... ... ... ... ... ...
São Paulo 254617 352551 357049 485571 414283 264725 464420
Paraná 1074440 967469 978010 1458174 1178861 826180 1355810

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Santa
165540 183565 140860 179218 191407 142258 154159
Catarina
Rio Grande
852668 810195 881827 1003327 1122295 1093718 1177919
do Sul
Mato Grosso
116865 130095 147857 231407 236170 191846 295008
do Sul
Mato Grosso 296516 253528 319323 320656 327194 286628 352912
Goiás 89968 85274 98409 65337 80419 89680 94305
Distrito
7055 7711 8732 13870 12052 14432 20457
Federal
Fonte: IBGE - Produção Agrícola Municipal

Figura 04: Evolução da produção de mandioca no Amapá


entre os anos de 2010 e 2016.

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DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

PREÇOS DA FARINHA DE MANDIOCA

O comportamento dos preços da mandioca


são determinados pelos mercados internacionais
principalmente, devido a tratar-se de uma commodity
assim, de certa forma, a influência que os produtores
tem sobre o valor de seu produto é limitada. Além
disso, dada sua natureza agrícola, a precificação da
mandioca segue padrões sazonais, ou seja, o preço
final depende dos calendários de cultivo e das
condições naturais, como clima, tipo de solo,
variedades plantadas etc. As oscilações de preço nos
mercados derivados (neste caso, farinha e fécula de
mandioca) acompanham o padrão de sua matéria-
prima. Esse movimento se dá fundamentalmente pela
mudança nas condições de oferta, uma vez que a
demanda tende a ser mais estável (MATTOS et al,
2006)
De acordo com levantamentos do CEPEA/USP, as
variações nos preços da mandioca e da farinha nos últimos
anos foi a seguinte:

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JOSE ADRIANO MARINI

Figura 05. Valor da produção de farinha de mandioca nos


municípios amapaenses em 2014 (em mil reais)
Fonte: IBGE (2016) s.

De acordo com a figura 05, no ano de 2014 o estado do


Amapá obteve um rendimento com a farinha de mandioca
de R$ 88.602 mil reais, sendo o mais expressivo
contribuinte para este rendimento o município do Oiapoque
(24%), seguido por Pedra Branca do Amapari e
Tartarugalzinho (ambos com aproximadamente 10%).

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DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

CONSUMO DA FARINHA DE MANDIOCA


A farinha, principal produto da mandioca, é significativo na
região Norte, onde 64% das famílias consomem o produto,
seguido pelas pessoas da região Nordeste, que responde
por 26% do consumo nacional. Neste conjunto o consumo
do alimento é opostamente relacionado com a renda
familiar, sendo mostrado pela Figura 06 que quanto menor a
renda maior o consumo da farinha de mandioca. Nas
demais regiões do pais o consumo da farinha é muito baixo,
ficando próximo a 3% em cada uma delas.
O consumo da mandioca in natura, por sua vez é mais
significativo na região Sul ondes concentram-se 36% destes
consumidores e menos importante na região Sudeste onde
estão pouco mais de 8% deste público (Figura 07). A região
Norte, onde a farinha é uma importante fonte de
alimentação, principalmente para os extratos de rendas
mais baixos concentra 24% dos consumidores nacionais da
mandioca in natura. Interessante notar que o consumo da
mandioca in natura, de forma geral no Brasil tem uma
distribuição equilibrada entre todas as classes de renda,
mas visualizando-se regionalmente tem-se que no Norte
este consumo é mais concentrado entre as rendas
familiares médias de R$ 830,00 até R$ 2.490,00, no
Nordeste há um pequeno aumento de consumo na faixa de
R$ 4.150,00 a R$ 6.225,00 enquanto que no Sul as faixas
de consumo altas distribuem-se por todas as faixas de

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renda.

Figura 06.Consumo de farinha de mandioca nas regiões


brasileiras dividido por classes de renda.
Fonte: IBGE (2016) m.

Figura 07. Consumo de mandioca in natura por região do

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DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

Brasil dividido por classes de renda.


Fonte: IBGE (2016) n.
Levantando-se uma análise de consumo de farinha de
mandioca anual por pessoa entre os estados brasileiros
visualiza-se que os maiores consumidores são justamente
aqueles situados na região Norte do Brasil, destacando-se o
Pará e o Amapá com um consumo de 30 kgs anuais per
capita, seguidos pelo Amazonas com 26 kgs e pelo Acre
com 21 kgs. Embora exista uma tradição nos estados do
Nordeste relativo ao consumo da farinha de mandioca, o
consumo nestes estados é relativamente baixo, conforme
apresentado pela Figura 08, sendo a Bahia o maior
consumidor per capita com 17 kgs anuais. Por sua vez os
estados do Sul e Sudeste são aqueles em que os índices
per capita de consumo anual são os mais baixos do pais.

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Figura 08. Consumo anual per capita de farinha de


mandioca por estado brasileiro em 2014.
Fonte: IBGE (2016).

Comparando-se as informações de consumo de 2014 com


os dados de 2008 (Tabela 04) advém que no período o
consumo anual de ferinha per capita pelo amapaense
manteve-se praticamente estável.

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DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

Tabela 04. Consumo de farinha de mandioca no estado do


Amapá no ano de 2008.
Forma de aquisição

Monetária Não monetária


Produtos Total
Produção
Total À vista A prazo Total Doação Outra
própria

Farinha
de
mandioca 30,555 29,149 28,655 0,494 1,406 0,030 0,894 0,482

Fonte: IBGE (2016) p.

Estes mesmos estados impactam positivamente os


consumos in natura da mandioca, junto com alguns estados
da região Norte, conforme mostrado pela Figura 09.
Roraima, o estado onde mais se consome a mandioca in
natura no pais chega a consumir mais de 8 kgs anuais por
pessoa seguido por Tocantins (6 kg per capita anuais) e
pelo Acre (5 kg per capita anuais), mesma média de
consumo identificada nos estados da região Sul. O estado
do Amapá, onde o consumo de farinha per capita é a maior
nacional, praticamente não apresenta consumo in natura da
mandioca anotado pelos institutos de pesquisas.

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JOSE ADRIANO MARINI

Figura 09. Consumo anual per capita de mandioca in natu ra


nos estados brasileiros em 2014.
Fonte: IBGE (2016) q.

Figura 10. Consumo de farinha de mandioca por região


brasileira e localidade.
Fonte: IBGE (2016) r.
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DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

Os principais consumidores da farinha de mandioca,


conforme ilustrados pela figura 10, são aqueles que moram
nas áreas rurais do pais onde concentram-se 79% destes
consumidores. Regionalmente, o Norte é aquele em que
mais farinha consome no pais ficando com 64% do total
consumido no pais e, nesta região, também o grande
destaque fica com os moradores do campo no consumo
deste produto.
A população amapaense, segundo projeções do IBGE
(2016) para o ano de 2014, era estimada em 751 mil
pessoas. O consumo anual médio por pessoa de farinha de
mandioca naquele ano, de acordo com a Figura 08 e a
Tabela 04 foi informado como sendo de 30 kg, tendo assim,
segundo cálculos simples, o estado do Amapá consome
cerca de 22.500 ton. de farinha de mandioca a cada ano.
A mandioca tem um rendimento médio em farinha, segundo
a EMATER/MG (s/d) de 25 a 30%, dependendo da
variedade da mandioca e da eficiência dos mecanismos de
fabricação utilizados.
Calculando-se a conversão média da mandioca em farinha
em 25%, tendo em vista que grande parte da farinha
amapaense é fabricada de forma rudimentar, para se suprir
inteiramente a necessidade de farinha amapaense, seriam
necessários uma produção de raízes em torno de 90 mil
toneladas.

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JOSE ADRIANO MARINI

Considerando-se a média produtiva do estado, calculada a


partir da figura 37, sendo de 10,6 ton/ha, a área necessária
para atender a demanda por farinha seria de 8.500 mil
hectares.
Somando-se os valores da Figura 05 obtém-se a produção
estadual de mandioca no estado do Amapá, que fica em
torno de 159 ton, o que daria se fosse totalmente convertida
em farinha uma quantidade aproximada de 40 ton, ou seja,
supriria com folga a demanda estadual por farinha podendo
ainda exportar os excedentes que trariam rendimentos
econômicos adicionais tanto para o produtor quanto para o
estado, que também deixaria de importar farinha das
regiões adjacentes.
No entanto, esta suposição difere da realidade no campo
onde, segundo dados de pesquisa, nem toda esta produção
de raízes de mandioca é convertida em farinha, sendo a
maior parte da produção familiar amapaense destinada a
alimentação dos animais para o abate e consumo e uma
pequena parte para o consumo in natura e até para a venda
ao consumidor final, considerando que as informações
captadas não fazem referência especificamente ao tipo de
mandioca produzida, se industrial (com altos teores de
HCN) ou para consumo (com temores de HCN baixos).
Também, segundo dados colhidos junto a feira dos
produtores locais, uma parte da farinha comercializada por
estes agricultores é fabricada ainda de modo muito

22
DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

rudimentar, com o uso de raladores manuais para a


desagregação da raiz, o que de certa forma dificulta um
aumento significativo nas produções de farinha para atender
as demandas de mercado, tendo em vista o baixo
rendimento e o grade desgaste humano nesta operação.
A mandioca se disseminou rapidamente após sua inserção
no continente africano e atualmente também é uma
importante cultura nos países do sudeste asiático.
Em 2014 o continente Africano produziu 54,73% da
mandioca no mundo sendo o continente que ainda detém
grande parte da produção, seguido pela Ásia que obteve
33,68% e por último a América Latina com 11,57% das
produções da raiz, conforme visualiza-se no Figura 11. No
entanto as altas produções na Ásia são obtidas por altas
produtividades da raiz (Figura 12), demonstrando um melhor
grau de tecnificação da cultura do que na América Latina e
na África.

23
JOSE ADRIANO MARINI

Figura 11: Comparativo de produtividade de raízes de


mandioca (t/ha) nos continentes Africano, Asiático e
Americano
Fonte: FAO (2016) a.

Figura 12: Comparativo de produtividade de raízes de


mandioca (t/ha) nos continentes Africano, Asiático e
Americano.
Fonte: FAO (2016) b.

24
DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

A forte entrada dos países do sudeste asiático na produção


de mandioca excluiu os demais países sul-americanos do
ranking dos 15 maiores produtores, sendo a produção
mundial equitativamente dividida entre os países africanos e
asiáticos, com o Brasil fazendo o contraponto do grupo,
conforme visualiza-se no Figura 13. (SEBRAE, 2008)

Figura 13 – Quinze maiores produtores mundiais de


mandioca (em ton – 2014)
Fonte: FAO (2016) c.

O maior produtor mundial de raízes de mandioca é a


Nigéria, onde são produzidas aproximadamente 54,8
milhões de toneladas de mandioca, a maior parte

25
JOSE ADRIANO MARINI

consumida no próprio país in natura. Em seguida situam-se


os asiáticos Tailândia e Indonésia, com 30,0 e 23,43 t
anuais. Estes dois países investem de forma expressiva no
aumento da produtividade agrícola e industrial, tendo como
prioridade atender a demanda asiática por fécula (Felipe,
Alves & vieira, 2013). No Brasil, o quarto maior produtor
mundial, a raiz é importante fonte de alimentação in natura,
bem como matéria-prima agroindustrial. Trata-se de uma
cultura de subsistência, que pela própria rusticidade da
planta, sempre teve pouco uso de tecnologia para o seu
cultivo (Idem). Atualmente porem a tendência do pais é
seguir os rumos de diversos países da América Latina e do
sudeste asiático ao focar sua atuação na crescente
industrialização da mandioca. Atualmente, a produção
brasileira gira em torno de 23,2 milhões de toneladas da
raiz, o equivalente a 42% da quantidade da Nigéria, no
entanto esta alta produção nigeriana não reflete, como se
observará mais adiante, um desenvolvimento ou
tecnificação da cultura, mas sim a utilização de grandes
áreas para o cultivo da mandioca.
Praticamente não há, nos países africanos, indústrias
dedicadas ao processamento da mandioca, sendo o
consumo quase que exclusivamente in natura; ela é
comercializada em pequenas quantidades nas feiras,
mercearias e propriedades produtoras. Esta produção
africana, que pouco se dedica a agregar valor ao produto,

26
DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

apresentou um crescimento significativo nas últimas


décadas, conforme ilustrado pelo Figura 14.

Figura 14: Produção de raízes de mandioca entre 1970 e


2014 no continente Africano.
Fonte: FAO (2016) d.

Na Ásia a forte expansão da cultura da mandioca expõe a


Tailândia e Indonésia como os principais produtores
regionais, seguidos pelo Vietnã, Camboja, Índia e pela
China (Figura 15), estas produções absolutas refletem de
certa forma as áreas utilizadas com a cultura (Figura 16)
onde as maiores áreas com a cultura encontram-se
justamente na Indonésia e na Tailândia. As produtividades
(Figura 17) que refletem os níveis tecnológicos adotados
são muito expressivos na Índia, porem na maioria do países

27
JOSE ADRIANO MARINI

da região do sudeste asiático todas as produtividades são


elevadas, indicando um grande avanço no desenvolvimento
da mandiocultura no local.

Figura 15: Produção de raízes mandioca pelos países


asiáticos em 2014 (t)
Fonte: FAO (2016) e.

28
DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

Figura 16: Área plantada de mandioca pelos países


asiáticos em 2014.
Fonte: FAO (2016) f.

Figura 17: Produtividade de mandioca nos países asiáticos


em 2014
Fonte: FAO (2016) g.

Na América do Sul o Brasil aparece praticamente isolado na


produção da cultura com mais de 23 milhões de
toneladas/ano, sendo que os produtores mais próximos,
Colômbia e Paraguai, registram 2,6 e 3,0 milhões de
toneladas anuais, muito abaixo portanto das produções
brasileiras (Figura 18), esta situação também se repete na
ocupação das áreas com a mandioca, onde no Brasil são
utilizados mais de 1,5 milhões de hectares (Figura 91),

29
JOSE ADRIANO MARINI

sendo a grande maioria utilizada pela categoria de


Agricultores Familiares. No entanto, embora com altas
produções absolutas, a produtividade brasileira de mandioca
ainda não supera alguns países como o Paraguai e o
Suriname (Figura 20), que alcançam uma média por hectare
de 17 e 27 toneladas, respectivamente, acima das 14
toneladas do Brasil.

Figura 18. Produção sul americana de raízes de mandioca


em 2014
Fonte: FAO (2016) h.

30
DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

Figura 19. Área cultivada com mandioca pelos países sul


americanos em 2014
Fonte: FAO (2016) i.

Figura 20. Produtividade de raízes de mandioca nos países


sul americanos em 2014
Fonte: FAO (2016) j.

31
JOSE ADRIANO MARINI

No continente africano quase todos os países produzem


mandioca, principalmente voltada ao consumo in natura. A
Nigéria se destaca como a maior produtora de mandioca em
números absolutos com uma produção anual de 54 milhões
de toneladas, seguida pelo Congo e por Gana com
produções anuais de 16 toneladas cada um (Figura 21)

Figura 21. Principais países produtores de mandioca no


continente africano em 2014.
Fonte: FAO (2016) k.

No entanto, esta alta produção de raízes por parte da


Nigéria não indica necessariamente uma alta tecnificação da
cultura naquele pais, pois observando o Figura 22 nota-se
que as áreas utilizadas pela cultura são imensas, muito

32
DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

superiores a de qualquer outro pais produtor de mandioca


naquele continente, superior a 7 milhões de hectares,
enquanto que os segundo posto de pais com maiores áreas
utiliza pouco mais de 2 milhões de hectares com a cultura.

Figura 22. Área cultivada com mandioca nos países


africanos em 2014.
Fonte: FAO (2016) l.

A tecnificação da mandiocultura no continente é refletida


principalmente pelos índices de produtividade, onde pou cas
áreas podem responder por altas produções. Neste sentido,
o Figura 23 nos mostra que a produtividade de Malawi é a

33
JOSE ADRIANO MARINI

maior da África, com 23 toneladas por hectare, seguida por


Gana e Níger com 18 toneladas. O Figura confirma a baixa
utilização de tecnologias pela Nigéria onde as
produtividades situam-se abaixo da média do continente
com 7,7 toneladas por hectare de raiz.

Figura 23. Produtividade de mandioca nos países africanos


em 2014
Fonte: FAO (2016) m.

34
DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

EVOLUÇÃO DOS MERCADOS E PRODUÇÃO NO BRASIL

A mandioca é um alimento básico de milhões de brasileiros


e é utilizado como um dos principais produtos de
subsistência por grande parte da população. Além de sua
utilização na alimentação, constitui-se em matéria prima de
amplo e diversificado emprego industrial, e é uma
excelente fonte de forragem proteica (parte aérea) e
energética (raízes) (Lorenzi e Dias, 1993). A despeito de
sua importância, ainda é muito cultivada de forma
tradicional, em pequenas propriedades, cuja mão de obra
utilizada na execução das tarefas, concernente ao
processo produtivo é predominantemente familiar e sem
uso de tecnologia adequada, apesar dela existir e estar
disponível para os produtores.
Assim, apesar do grande potencial da cultura no país, na
grande maioria das regiões são detectadas baixas
produtividades, em função, principalmente, do uso de
variedades suscetíveis à pragas e doenças, além do baixo
potencial produtivo em consequência da não adaptação às
condições de solos e da própria característica genética dos
cultivares utilizados. Apesar dos esforços da pesquisa em
todo o pais, na seleção de novas variedades de mandioca
com maior potencial produtivo e resistência a pragas e
doenças, grande parte das novas variedades não foram

35
JOSE ADRIANO MARINI

adotadas pelos produtores, e as mais comumente


utilizadas, ainda são as mesmas que vem sendo plantadas
na maioria das regiões há muitos anos. (Fukuda et al,
2000).

Este quadro descrito por Fukuda é claramente ilustrado


pelos Figuras 24, 25 e 26. No período compreendido entre
os anos de 1961 e 2014 as áreas cultivadas com a raiz
tiveram um aumento significativo entre os anos de 1970 e
1995 quando se chegou a utilizar no período
aproximadamente 2 milhões de hectares com a cultura. A
produção de raízes, no entanto, após o pico produtivo de
1970 quando alcançou 29 milhões de toneladas iniciou um
decréscimo, estabilizando-se a partir de 1980 e chegando
em 2014 com 23 milhões de toneladas produzidas,
demonstrando uma certa estabilidade produtiva nos últimos
35 anos. No entanto, a intensificação da cultura, seja de
forma sustentável ou não, obtidas com a adoção de novas
tecnologias como variedades mais produtivas, mecanização,
introdução de variedades resistentes a pragas e doenças,
entre outras, que pode ser nitidamente observada pelos
indicadores de produtividade (Figura 27) demonstra que,
excetuando-se a década de 1970, os índices produtivos
mantêm-se praticamente os mesmos. Enquanto que em
1961 as produtividades médias da cultura ficavam em 13
toneladas por hectare, em 1965 em 14, 2 ton./ha, em 2014
encontramos a média de 14,8 ton./ha, praticamente a
36
DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

mesma obtida na década de 1960.


Não se pode, na análise do indicador de produtividade,
deixar de realizar comparações com outros países que
também destacam-se no cenário mundial na produção da
raiz. Assim, considerando-se que as três maiores
produtividades da África, um continente com pouco acesso
a tecnologias, situam-se entre 23 e 18 ton/ha, nota-se que o
Brasil está, neste parâmetro, muito aquém tecnologicamente
daquele continente no desenvolvimento desta cultura.
Comparando o Brasil com os países asiáticos, onde os
cultivos ocorrem também sob condições familiares, porem
com o uso de tecnologias produtivas, visualiza-se que a
produtividade na Índia alcança 35 ton./ha, na República
Democrática do Lao 26,9 ton./ha, na Indonésia 23 ton./ha e
na Tailândia 22 ton./ha, ilustrando claramente o atraso
técnico do pais nas práticas culturais da mandioca pois,
segundo os Figuras apresentados pela FAO, em mais de 50
anos de analises praticamente nada, ou muito pouco,
mudou em relação a estas práticas (indicados pelos índices
produtivos) da mandioca no Brasil.

37
JOSE ADRIANO MARINI

Figura 24. Área cultivada com mandioca no Brasil no


período de 1961 a 2014.
Fonte: FAO (2016) a.

Figura 25. Produção bruta de raízes de mandioca no Brasil


no período de 1961 a 2014.
Fonte: FAO (2016)

38
DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

Figura 26. Variação da produtividade da mandioca no Brasil


entre os anos de 1961 e 2014.
Fonte: FAO (2016)

Dentre as regiões brasileiras, as maiores quantidades


produzidas de mandioca situam-se primeiramente no Norte,
que responde por 34,58% da produção nacional, seguida
pelas regiões Nordeste (24,38%) e Sul (24,02%), conforme
ilustra a Figura 27.

39
JOSE ADRIANO MARINI

Figura 27. Produção total de mandioca nas regiões


brasileiras em 2014.Fonte: IBGE (2016) a

Não obstante as produções absolutas, as maiores áreas


cultivadas com a mandioca concentram-se na região
Nordeste do Brasil onde estão 37,21% do total das áreas
com a cultura no pais, seguida de perto pela região Norte
com 33,27% destas áreas. A região Sul, terceira maior
produtora da raiz detém menos da metade de cada uma
destas regiões, com 15,8% de suas áreas destinadas a
cultura.

40
DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

Figura 28. Área cultivada com mandioca nas regiões


brasileiras em 2014.
Fonte: IBGE (2016) b

Esta grande diferença entre produção Norte/Nordeste e Sul


e área plantada é melhor esclarecida pelo Figura 28, onde
são mostrados os indicadores de produtividade, que é a
relação produção/área e um determinante do grau
tecnológico utilizado para a cultura na região. Desta forma
conhecemos que as tecnologias empregadas na região Sul
fazem com que sua produtividade alcance até 22,4 ton/ha
de raízes, sendo assim a maior do pais e em oposição as
produtividades Norte (15,4 ton/ha) e Nordeste (9,7 ton/ha)
situam-se nas últimas colocações neste parâmetro de
análise, indicando mais uma vez uma grande deficiência n a
utilização de tecnologias produtivas para a cultura naqu elas
regiões.

41
JOSE ADRIANO MARINI

Figura 29. Produtividade de mandioca no Brasil e em suas


regiões em 2014.
Fonte: IBGE (2016) c

Entre os municípios brasileiros que mais produzem


mandioca na forma de raiz estão aqueles situados nas
regiões Norte e Nordeste, especialmente nos estados do
Pará e Amazonas, sendo que dos vinte maiores produtores
apenas um é externo a região (Araruana, PR) (Figura 30).
Todos os municípios nortistas listados entre os vinte
maiores produtores nacionais situam-se em áreas distantes
dos grandes centros consumidores, mostrando assim a
grande importância da cultura para as comunidades
interioranas e consequentemente da renda obtida com a
transformação da raiz.

42
DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

Figura 30. Maiores produções de mandioca nos municípios


brasileiros em 2014.
Fonte: IBGE (2016) d.

Ainda a região Norte e em menor proporção a região


Nordeste concentram as maiores áreas com a cultura
destacando-se no estado do Pará os municípios de Juruti,
Acará e Santarém, conforme demonstra o Figura 31.

43
JOSE ADRIANO MARINI

Figura 31. Maiores áreas com mandioca nos municípios


brasileiros em 2014.
Fonte: IBGE (2016) e.

As maiores produtividades municipais por sua vez


deslocam-se do eixo Norte/Nordeste e concentram-se nos
estados do Sul e Sudeste, destacando-se então os
municípios de Senador José Bento (MG), Reginópolis (SP),
Marechal Candido Rondon (PR), Lajeado Grande (SC),
Agudo (RS), Jacutinga (RS) e Santa Inês (PR), todos
campeões de produtividade da mandioca com 40 toneladas
por hectare produzidas em 2014, de acordo com as
informações do Figura 32.
Dentre os vinte municípios com maiores produtividade
encontramos apenas um da região Norte (Monte Negro, RO)
44
DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

com 36,5 mil toneladas produzidas naquele ano.

Figura 32. Maiores produtividades de mandioca nos


municípios brasileiros em 2014.
Fonte: IBGE (2016) f.

45
JOSE ADRIANO MARINI

EVOLUÇÃO DOS MERCADOS E PRODUÇÃO NO


ESTADO DO AMAPÁ.

Dentre os municípios do estado do Amapá, o maior produtor


de mandioca, de acordo com os dados do Figura 33, é o
Oiapoque onde concentram-se 18,63% da produção
estadual. Logo após estão os municípios de Tartarugalzinho
(10,34%) e Pedra Branca do Amapari (9,62%).
Opostamente encontram-se os municípios de Cutias e
Itaubal, respondendo cada um por 1,45 e 1,70 % das
produções da cultura no estado.

Figura 33. Produção de mandioca (kg) nos municípios


amapaenses em 2014.Fonte: IBGE (2016) g.

As áreas com a cultura refletem os índices produtivos

46
DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

sendo que no Oiapoque estão 16,45% das áreas com a


cultura, seguidos por Pedra Branca do Amapari e
Tartarugalzinho, ambos com 9% das áreas estaduais de
mandiocultura. Cutias e Itaubal detém, relativamente as
áreas da cultura estaduais, 1,9 % cada, como pode ser
visualizado no Figura 34.

Figura 34. Área colhida de mandioca nos municípios


amapaenses em 2014.
Fonte: IBGE (2016) h.

As produtividades da cultura da mandioca no estado do


Amapá não sofrem grandes variações em função das
localidades onde são praticadas, alcançando os municípios
mais produtivos a média anual de 13, 24 ton/há no
Pracuuba, 12,4 ton/há no Oiapoque e 12,1 ton/há em Serra
do Navio enquanto que em Cutias esta média situa-se 8,1
ton/há, ficando 25% abaixo da média estadual de
47
JOSE ADRIANO MARINI

produtividade, situada em 10, 6 ton/ha, conforme Figura 35.

Figura 35. Produtividade de mandioca nos municípios


amapaenses em 2014.
Fonte: IBGE (2016) i.

Embora as produções de raízes de mandioca mantinham-se


estáveis ao longo de toda a primeira década de 2000, a
partir de 2011 estas começaram a apresentar ligeira alta,
sendo este fator mais visível no Oiapoque, conforme
visualiza-se pela figura 36. Este fator é explicado pela seca
prolongada nos anos anteriores que ocorreu na região do
Nordeste brasileiro causando uma queda na produção
regional. Assim, boa parte da farinha que viria para o Amapá
de outras localidades teve seu destino desviado causando
um aumento nos preços, tanto no Nordeste quanto na
região Norte.

48
DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

Figura 36. Variação na produção de mandioca entre os anos


de 2000 a 2014 nos municípios amapaenses maiores
produtores da raiz.
Fonte: IBGE (2016) j.

Acompanhando assim este crescimento, o valor das


produções da raiz também seguiu esta tendência, como
demonstram as figuras 37 referente ao total estadual e 38
referente aos principais municípios produtores.

49
JOSE ADRIANO MARINI

Figura 37. Variação nos valores de produção da mandioca


no Estado do Amapá, entre os anos de 2000 e 2014.
Fonte: IBGE (2016) k.

Figura 38. Variação nos valores de produção de mandioca


nos municípios maiores produtores da raiz, entre os anos de
200 e 2014.
Fonte: IBGE (2016) l.

50
DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

De acordo com a mais recente Pesquisa de Orçamento


Familiar – POF verificou-se que o consumo per capita de
farinha de mandioca pelo Amapaense ficou em 32
kg/pessoa/ano, porém quando verificamos por município,
observamos diferenças significativas. Em Macapá, por
exemplo, o consumo fica entre 15 a 20 kg/pessoa/ano, em
Tartarugalzinho chega a 45 kg/pessoa/ano, Pedra Branca,
Oiapoque e Mazagão estão na faixa de 60 a 70 kg/pessoa
/ano.
Das quase 100 mil toneladas de raiz de mandioca colhidas
em 2008, 80 % foram para a industrialização da farinha,
que gerou 25 mil toneladas. Para suprir a necessidade de
consumo de farinha em todo o Estado, seria necessário
que 20 mil toneladas de farinha estivessem no mercado,
porém somente 15 mil toneladas chegam ao consumidor,
ficando praticamente 10 mil toneladas para o consumo nos
próprios estabelecimentos. Essa diferença de cinco mil
toneladas é que está sendo importada principalmente de
Santarém e Altamira.
A farinha produzida no Amapá é praticamente torrada
manualmente e com baixa produtividade diária. A farinha
importada é industrializada em máquinas que trabalham
todos os dias da semana com uma alta rentabilidade, o que
faz com que o preço seja bem abaixo da produzida no
Amapá, porém com uma qualidade bem inferior.
Encontramos no mercado saco de 60 kg de farinha

51
JOSE ADRIANO MARINI

amapaense por R$ 60,00 enquanto a farinha importada é


encontrada por R$ 40,00 reais o equivalente a um saco de
60 kg.

52
DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

II. ANALISE ECONOMICA

CUSTOS DE PRODUÇÃO DE RAIZ DE MANDIOCA

A. Sistema de derru ba e qu eima

O sistema de produ ção praticado pelos agricu ltores


qu e residem n a região Amazôn ica é con h ecido como
“agricu ltu ra itin eran te”, agricu ltu ra migratória” ou
como “agricu ltu ra de corte e qu eima na qu al
pequ en as áreas de men os de dois h ectares são
desmatadas, qu eimadas e logo depois cu ltivadas
(MORAN, 1990), prin cipalmen te com a man dioca. O
cu ltivo n a área é realizado du ran te três a qu atro
an os, qu an do a produ tividade se torn a baixa, sen do
en tão a área aban don ada e deixada em pou sio
(SHUBART, 1983). Esse sistema tem si do praticado
h á sécu los e con tin u a sen do a forma predomin an te
de u so de solo em 30% dos solos cu ltiváveis do
mu n do, especialmen te aqu eles cobertos por
florestas tropicais (MORAN, 1990).
A partir do primeiro an o de cu ltivo, a produ tivida de
das cu ltu ras an u ais começa a dimin u ir. Isso leva os
agricu ltores a bu scar áreas n ovas para realizar o
plan tio, e assim garan tir qu e a produ ção aten da às

53
JOSE ADRIANO MARINI

n ecessidades da família. Este fato, con statado pelos


agricu ltores em seu dia-a-dia com a agricu ltu ra n a
Amazôn ia é demon strado por trabalh os de pesqu isa
desen volvidos em vários locais da Amazôn ia, qu e
relatam qu e os cu ltivos por an os con secu tivos n a
mesma área cau sam u ma dimin u ição sign ificativa n a
qu an tidade de matéria orgân ica presen te n o solo
(LUIZÃO, COSTA, LUIZÃO, 1999)
As roças perman ecem em pou sio du ran te u m tempo
pequ en o, geralmen te de dois a cin co an os,
depen den do do taman h o da terra a disposição para
n ovos ciclos de cu ltivo, depois os agricu ltores
retorn am para u tilizar estas áreas de capoeira
reflorestadas. Esse período é in su ficien te para
regen erar a capacidade produ tiva da parcela,
cau san do u ma qu eda sign ificativa n a produ tividade
dos cu ltivos.
Na perspectiva de WOLF (1976), a su sten tabilidade
deste sistema de cu ltivo requ er qu e o agricu ltor
ten h a dispon ibilidade de terra su ficien te para qu e,
en qu an to cu ltive determin ada parcela do seu
terren o, ou tras parcelas sejam deixadas em pou sio
para a recu peração da fertilidade n atu ral do solo.
Serão abordados a segu ir os cu stos e ren dimen tos
deste sistema de plan tio, con sideran do-se para os
cálcu los do trabalh o man u al o salário mín imo

54
DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

vigen te em 2016, R$ 880,00. O valor do dia


trabalh ado será calcu lado toman do-se por base o
mês de 30 dias, qu e n os dá a qu an tia de R$ 29,33
correspon den do ao valor da diária do trabalh ador.
Acrescen tan do-se ben efícios trabalh istas aos qu ais
o trabalh ador ru ral n ão se dá ao direito, como férias
e 13º. Salário, o valor desta h ora será au men tada
para R$ 35,00.

Tabela 5: Deman da de força de trabalh o para


cu ltivar 1 h á de roça n o estado do Amapá.
Tarefas Unidade Quant Valor R$ 1,00

Unitário Total

Broca HD 06 35 210

Derruba HD 06 35 210

Aceiramento HD 1,5 35 52,5

Queimada HD 1,0 35 35

Encoivaramento HD 06 35 210

Plantio de HD 05 35
175
Mandioca

1ª. Capina HD 03 35 105

2ª. Capina HD 03 35 105

Colheita da HD 10 35
350
mandioca

TOTAL 41,5 1452,5

55
JOSE ADRIANO MARINI

An alisan do-se a Tabela 5, verifica-se qu e para


cu ltivar 1 h ectare de roça são n ecessários 45
h omen s/dia ao cu sto total de R$ 1452,5, sen do qu e
as áreas cu ltivadas totais em cada ciclo an u al
podem variar de 1 a 3 h ectares fazen do com qu e a
deman da total varie en tre 41,5 e 124,5 h /d.
No en tan to esta n ão é a deman da fin al do processo
produ tivo pois con sidera-se qu e o cu ltivo da
man dioca visa a fabricação de farin h a e qu e para
cada 1 h ectare de área cu ltivada obtém-se u m
ren dimen to médio de 12 ton eladas de raízes (IBGE
2016) qu e, após o ben eficiamen to gera
aproximadamen te 3 ton eladas de farin h a ou 60
sacas de 50 kg, com ren dimen to médio de 25%.
O sistema de ben eficiamen to da farin h a de
man dioca é composto basicamen te por du as tarefas,
o tran sporte de raizes e a fabricação da farin h a,
on de a deman da de força de trabalh o familiar é o
compon en te prin cipal na execu ção das tarefas
su peran do o trabalh o de terceiros, Geralmen te n este
processo também ocorre a cooperação de vizin h os
com aju da mu tu a n os diversos processos.
A Tabela 6 mostra qu e para se obter 60 sacas de
farin h a são n ecessários o trabalh o de 63 h omen s/dia
ao cu sto de R$ 2.205,00 por h ectare.
Assim, o cu sto total para a produ ção de 12

56
DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

ton eladas de raiz de man dioca em u m h ectare qu e


possibilita o ren dimen to 60 sacas de farin h a de 50
Kg fica em torn o de R$ 3.757 n o sistema tradicion al
de cu ltivo – corte e qu eima - adotado ain da pelos
pequ en os agricu ltores, especialmen te n as regiões
Norte e Nordeste,

Tabela 6: Deman da estimada de força de trabalh o


para ben eficiar 60 sacos de farin h a de man dioca n o
estado do Amapá.
Tarefas Unidade Quantidade Valor R$ 1,00

Unitário Total

Fabricação Lenha H/D 06 35 210


da farinha
Descascamento H/D 21 35 735

Torração H/D 15 35 525

63 1470

B. Sistema semi-mecan izado e mecan izados

Na região Norte e em especifico o estado do Amapá


a mecan ização da cu ltu ra ain da é in cipien te em
fu n ção do n ú mero de pequ en as propriedades, u ma
agricu ltu ra familiar com baixa adoção de tecn ologia
e, prin cipalmen te, por falta de in formações sobre

57
JOSE ADRIANO MARINI

altern ativas tecn ológicas. O preparo de área n o


sistema semi-mecan izado da man dioca con siste
basicamen te de roçagem da vegetação e gradagem
do solo e posteriormen te n o plan tio e adu bação n a
mesma operação. Os sistemas mecan izados por su a
vez con tam com estas operações além de aração,
gradagem, aplicação e in corporação de h erbicidas e
calcário, marcação de lin h as, capin a mecân ica, e n a
colh eita corte das h astes e afofador de solo, en tre
ou tras. Os cu stos de produ ção dos sistemas semi -
mecan izado e mecan izado foram adaptados de Alves
et al (2011) sen do qu e para todos os sistemas de
cu ltivo foram padron izados 1 ciclo vegetativo com
plan tio n o mês de fevereiro e colh eita n o mesmo
mês do an o segu in te.

Tabela 7: Cu sto de produ ção de raiz de man dioca


em sistema semi-mecan izado n o estado do Amapá.
Valor
D es crição Unid. Quant. %
Unit Total
1. Preparo do 25,71
912,54
solo
4,51
R oça g em hm 2 80 160
11,27
G ra da g em hm 4 100 400
1,48
Correçã o de s ol o hd 2 26,27 52,54
8,45
Ca l cá ri o t 1 300 300

58
DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

23,50
2. Plantio 834,05
8,88
Ma ni va s mil 12 26,27 315,24
12,40
Adubo kg 250 1,76 440

Plantio e adubação 5,92


hm 8 26,27 210,16
mecanizado
Pl a nti o 0,74
hd 1 26,27 26,27
m eca ni z a do
Aduba çã o 1,48
hd 2 26,27 52,54
( pri m ei ra )
3. Tratos 28,59
1014,99
Culturais
23,68
Ca pi na s ( 2) hd 32 26,27 840,64
2,96
Ca pi na s quí m i ca hd 4 26,27 105,08

0,70
H erbi ci da l 1 29 29
0,82
F orm i ci da kg 1 25 25

Apl i ca çã o de 0,74
hd 1 26,27 26,27
F orm i ci da
22,20
4. Colheita 788,1
22,20
Col hei ta Ma nua l t 30 26,27 788,1
100,00
Tota l 3560,68

Fon te: Adaptado de Alves (2011).

Tabela 8a. Cu sto de produ ção de raiz de man dioca


em sistema mecan izado.
Grade
Mão de Obra Roça- niv. Distrib
trator dora 3 Arado Rev. 28
comum tratorista 75 CV mts 3 Discos discos Calcario
1 - Operações

Roçada - 1,24 1,24 1,24 -- -


Aração - 2,19 2,19 - 2,19 -

59
JOSE ADRIANO MARINI

Gradeação - 0,83 0,83 - 0,83 -


Aplicação de
- 0,83 0,83 - -- -
herbicida
Incorporação
- 0,83 0,83 - 0,83 -
de herbicida
Aplicação/inco
rp. de calcário - 1,28 1,28 - -- 1,28
(3-3 anos)
Corte e
preparo de 13,96 - - - -- -
ramas
Riscação - 0,65 0,65 - -- -
Plantio 9,91 - - - -- -
Cobertura - 0,65 0,65 - -- -
Capina
- 3,31 3,31 - -- -
mecânica (4x)
Capina
21,52 - - - -- -
manual (2x)
Combate à
1,65 - - - -- -
formiga (2x)
Transp. int.
- 0,62 0,62 - -- -
de insumos
Corte das
0,45 0,45
hastes
Afofador de
2,3 2,3
solo
Colheitadeir
- 3 3 - -- -
a
Total de horas 47,04 18,18 18,18 1,24 3,85 0 1,28
Total em 1235,74
1454,4 631,755 43,09 133,7875 0 44,48
Valores 08
2 - Material Quant Valor Valor
Especificação Unidade
consumido idade Unitario total
Maniva - 2,48 m3 0
Calcário (3
Dolomítico 0,76 t 36 27,36
em 3 anos)
Herbicida Trifluralina 1,94 l 29 56,26

Formicida Mirex 1,65 kg 25 41,25

Fon te: Adaptado de Alves (2011).

60
DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

Tabela 8b. Cu sto de produ ção de raiz de man dioca


em sistema mecan izado. Con t.
Culti-
Pulveri- vador. Car-
zador 14 reta 3
Riscador 3 linhas 600 lts hastes ton
1 - Operações

Roçada - - --

Aração - - --
Gradeação - - --
Aplicação de
- 0,83 --
herbicida
Incorporação
- - --
de herbicida
Aplicação/inco
rp. de calcário - - --
(3-3 anos)
Corte e
preparo de - - --
ramas
Riscação 0,65 - --
Plantio - - --
Cobertura 0,65 - --
Capina
- - 3,31
mecânica (4x)
Capina
- - --
manual (2x)
Combate à
- - --
formiga (2x)
Transp. int.
- - - 0,62
de insumos
Corte das
hastes
Afofador de
solo
Colheitadeir
- - - 0,62
a
Total de horas 1,3 0,83 3,31 1,24
Total em 115,022
45,175 28,8425 43,09
Valores 5
2 - Material
consumido
Maniva

61
JOSE ADRIANO MARINI

Calcário (3
em 3 anos)
Herbicida

Formicida

INDICADORES DE RENTABILIDADE DA CULTURA


DA MANDIOCA NA PRODUÇÃO DE FARINHA

A produ ção média de raízes de man dioca n o sistema


de derru ba e qu eima n o estado do Amapá é de 12
ton /h a (Marin i, 2014), en qu an to qu e n os sistemas
mecan izados n a região Norte esta qu an tidade sobe
para u ma média de 37ton /h a como foi o caso
apresen tado em Tefé – AM pelo In stitu to de
Desen volvimen to da Amazôn ia (BLENK, 2016). Para
o sistem a sem i-m ecanizado será adotado as
produtividades obtidas por Alves et al (S/D) que
obteve um a m édia de 24,9 t. Os valores pagos para
a tonelada de m andioca em setembro/2016, segu n do
o CEPEA/ESALQ (2016) eram de R$ 338,49. Estas
in formações possibilitam con h ecer a ren tabilidade
da cu ltu ra n os três diferen tes sistemas produ tivos,
con forme descreve a tabela 4.

62
DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

Tabela 9. In dicadores de ren tabilidade de u m


h ectare de raiz de man dioca referen te aos diferen tes
sistemas de produ ção. Valores para u m h ectare.
Derruba e Semi-
Indicadores Mecanizada
queima mecanizada
Receita Bruta (R$) 4061,88 8428,401 12524,13
Custo operacional total (R$) 2573,19 3560,68 3900,25
Lucro Operacional (R$) 1488,69 4867,72 8623,88
Margem Bruta 57,8538701 136,7075952 221,1109544
Índice de Lucratividade 36,65027032 57,75377797 68,85811629
Ponto de Equilíbrio 7,601967562 10,51930633 11,52249697
Custo Unitário (R$/t) 214,4325 142,9991968 105,4121622

Os in dicadores de an alises de resu ltados de


ren tabilidade foram aqu eles u tilizados por
FURLANETO (2007), on de:

a) Receita Bru ta (RB): é a receita esperada para


determin ada produ ção por h ectare, para u m preço
de ven da pré-defin ido, ou efetivamen te recebido, ou
seja:

RB = Pr x Pu

on de:
Pr = produ ção da atividade por u n idade de área;
Pu = preço u n itário do produ to.

63
JOSE ADRIANO MARINI

b) Lu cro Operacion al (LO): con stitu i a diferen ça


en tre a receita bru ta e o cu sto operacion al por
h ectare. O in dicador do resu ltado do lu cro
operacion al mede a lu cratividade da atividade n o
cu rto prazo, mostran do as con dições fin an ceiras e
operacion ais da atividade. Desse modo, tem-se:

LO = RB – COT

on de:
COT = cu sto operacion al total

c) Margem Bru ta (MB): é a margem em relação ao


cu sto operacion al, isto é, o resu ltado obtido após o
produ tor arcar com o cu sto operacion al,
con sideran do determin ado preço u n itário de ven da e
a produ tividade do sistema de produ ção para a
atividade. Assim, essa margem in dica qu al a
dispon ibilidade para cobrir o risco e a capacidade
empresarial do proprietário. Formalizan do, tem-se:

MB = LO / COT x 100

d) Ín dice de Lu cratividade (IL): esse in dicador


mostra a relação en tre o lu cro operacion al e a
receita bru ta, em percen tagem. É u ma medida

64
DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

importan te de ren tabilidade da atividade


agropecu ária, u ma vez qu e mostra a taxa dispon ível
de receita da atividade após o pagamen to de todos
os cu stos operacion ais. En tão:

IL = (LO / RB) x 100

e) Pon to de Equ ilíbrio (PE): in dicador de cu sto em


relação à u n idade do produ to, ou seja, determin a
qu al é a produ ção mín ima n ecessária para cobrir o
cu sto, dado o preço de ven da u n itário. Assim,
con siderou -se o segu in te:

PE = COT / Pu

Cálcu lo da Hora-máqu in a
Para o cálcu lo padrão adotado de h ora máqu in a,
leva-se em con sideração o cu sto de man u ten ção e o
de combu stível precon izados por MOLIN; MILAN
(2002):

65
JOSE ADRIANO MARINI

Formu lação algébrica

HM = (( ViM * ( 1 – PVrM ) / Vu M ) * TxmM ) + ( HP


* 0,12 * D )

On de:
HM = Hora-Máqu in a
ViM = Valor in icial
PVrM = Percen tu al do valor residu al = 20%
Vu M = Vida ú til da máqu in a em h oras = 13100
TxmM = Taxa de man u ten ção sobre o valor da
depreciação por h ora = 50%
HP = HP (cavalos vapor) da máqu in a
D = Preço do óleo diesel

O valor 0,12 é o con su mo médio de óleo diesel em


litros por cv. Para obter este valor é preciso
con siderar u m fator para motores diesel de 0,163
LkW - 1 h - 1 e qu e 1 cv equ ivale a 0,735 kW.

O cálcu lo da h ora/dia trabalh ada levou em


con sideração o valor do salário mín imo n a época
das an álises.

66
DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

III. LOGIST ICA

A palavra logística tem a sua origem no verbo francês loger


- alojar ou acolher. Foi inicialmente usado para descrever a
ciência da movimentação, suprimento e manutenção de
forças militares no terreno. Posteriormente foi usado para
descrever a gestão do fluxo de materiais numa organização,
desde a matéria-prima até aos produtos acabados
Logística é o n ome para u ma variedade de atividade s
execu tadas com o objetivo comu m de geren ciar o
tempo, os cu stos e a dispon ibilidade de ben s e
serviços. In dú stria e até mesmo in divídu os em seu
próprio cotidian o execu tam u ma gran de qu an tidade
destas atividades (MARINI, 2015).
Colin e Porras (1996), realizaram u m levan tamen to
da evolu ção das defin ições de logística e afirmam
qu e u ma das mais an tigas foi forn ecida pelo
American Marketin g Association em 1948: “Logística
é a movimen tação e man u ten ção de mercadorias do
pon to de produ ção ao
pon to de con su mo ou de u tilização”
O papel da logística visa aten der o objetivo fin al de
proporcion ar ao clien te produ tos qu e satisfaçam
su as n ecessidades, n o men or tempo possível e ao
men or cu sto, como o tran sporte qu e é a
movimen tação extern a do produ to fin al ao clien te

67
JOSE ADRIANO MARINI

através de meios rodoviário, ferroviário, marítimo


e/ou aeroviário.

Grosso modo, os qu atro tipos de valor de u m


produ to, desde o in ício de su a produ ção até seu
con su mo são: forma (obtido com a produ ção), lu gar
(obtido como tran sporte), tempo (obtido com a
estocagem) e posse (obtido com marketin g e
ven das). O valor adqu irido por meio da fu n ção
logística é expresso prin cipalmen te em termos de
lu gar e tempo, pois para ter valor ao clien te, o
produ to deve estar dispon ível on de e qu an do o
clien te deseje con su mi-lo.
Assim, o tran sporte agrega valor de lu gar ao produ to
en qu an to a estocagem agrega valor de tempo. A
logística permite qu e certas regiões se especializem
em produ zir mais eficien temen te certos tipos de
produ tos, qu e depois são econ omicamen te
tran sportados, estocados e ven didos em ou tras
regiões.

68
DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

Figu ra 39: Cen tros produ tores e cen tros


con su midores

A crescen te globalização da econ omia apoia-se em


sistemas logísticos bem desen volvidos e
econ ômicos, qu e permitem qu e os cu stos de
comercializar produ tos em regiões distan tes sejam
cada vez mais competitivos.

Figu ra 40: Cu stos de produ ção de farin h a de


man dioca e açaí n as regiões R1 e R2.

Um sistema logístico eficien te estimu la a produ ção


de farin h a de man dioca n a Região 1 e de açaí n a

69
JOSE ADRIANO MARINI

Região 2, en corajan do a competição en tre as du as


regiões. Sistemas logísticos eficien tes permitem qu e
produ tos como por exemplo a ban an a produ zida n a
Costa Rica ou o leite produ zido n o estado de In diana
n os Estados Un idos, possam ser comercializados em
regiões relativamen te distan tes como a costa
american a.

PRINCIPAIS ÁREAS PRODUTORAS DE FARINHA


DE MANDIOCA NO AMAPÁ

A farin h a de man dioca é u m dos compon en tes


essen ciais da dieta da popu lação brasileira,
n otadamen te das regiões Norte e Nordeste. A partir
da raiz da man dioca (Man ih ot escu len ta) são
produ zidas as farin h as seca, d'águ a e mista, a goma
ou fécu la, o tu cu pi e a farin h a de tapioca. O
processamen to da raiz da man dioca é
frequ en temen te realizado segu n do métodos
tradicion ais, h erdados dos in dígen as, qu e foram os
primeiros cu ltivadores da espécie.
Nos estados do Norte e Nordeste, o processamen to
das raízes a con tece n as ch amadas Casas de
Farin h a, estru tu ras produ tivas represen tan tes do
método tradicion al, ou seja, baseado n a mão-de-o
bra familiar. No Cen tro-Su l, o processamen to

70
DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

acon tece n as farin h eiras, con sideradas


agroin dú strias, com estru tu ra de trabalh o mais
profission al (GRANÇO et al., 2005).
A agricu ltu ra familiar é u ma agricu ltu ra com base n o
u so in ten sivo de força de trabalh o (basicamen te o
emprego de familiares), pou co capital aplicado n a
produ ção e produ ção destin ada à su bsistên cia e ao
abastecimen to do mercado local. A agricu ltu ra
familiar se diferen cia da agricu ltu ra capitalista pelo
pressu posto de qu e parte da lógica de produ ção
en qu an to fartu ra, ou seja, produ z para su bsistên cia
e comércio de exceden tes e n ão à produ ção
destin ada exclu sivamen te ao mercado e reprodu ção
de capital.
A agricu ltu ra familiar n o Amapá está basicamen te
con cen trada n a produ ção de grãos e pecu ária. Na
produ ção de agrícola destaca-se a cu ltu ra do arroz,
feijão-fradin h o, man dioca, milh o em grão, café
arábica em grão e café can éfora em grão.
A man dioca (produ to u tilizado para a produ ção da
farin h a) é a maior produ ção da agricu ltu ra familiar,
sen do esta respon sável por produ zir 88,83% da
farin h a oriu n da dos estabelecimen tos agropecu ários
do Amapá. Esta produ ção é respon sável por
abastecer em gran de parte o mercado in tern o.

71
JOSE ADRIANO MARINI

Den tre os mu n icípios amapaen ses, as maiores


produ ções con cen tram-se n o Oiapoqu e segu ido por
Tartaru galzin h o e Pedra Bran ca, sen do n estes
lu gares também visu alizadas os maiores
ren dimen tos médios da raiz, con forme Tabela XXX.

Tabela 10. In dicadores produ tivos de man dioca em


raiz n os mu n icípios Amapaen ses.
Area Colhida – ha Produção – ton Rend. Médio – kg/ha
Produtos
2015 2015 2015
AMAPÁ 306 3.250 10.621
CALÇOENE 778 8.900 11.440
CUTIAS 247 2.320 9.393
F. GOMES 366 4.150 11.339
ITAUBAL 243 2.730 11.235
L. JARI 948 10.125 10.680
MACAPÁ 974 12.130 12.454
MAZAGÃO 966 12.780 13.230
OIAPOQUE 2.057 29.750 14.463
P. BRANCA 1.164 15.368 13.203
PORTO GRANDE 1.017 13.240 13.019
PRACUUBA 333 5.120 15.375
SANTANA 666 7.784 11.688
S. NAVIO 509 7.140 14.028
TARTARUGALZINHO 1.223 16.523 13.510
VITORIA 703 8.340 11.863
TOTAL 12.500 159.650 12.772

72
DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

Segu n do dados do escritório estadu al de exten são


ru ral – RURAP, as prin cipais agrovilas produ toras de
farin h a de man dioca n o estado são listadas n a
tabela 11 abaixo.

Tabela 11. Prin cipais agrovilas amapaen ses


produ toras de man dioca em raiz.
M A NDIOC A

Número de AREA TOTAL


COMUNIDADES MUNICIPIO PROD. (T)
produtores (HA)

I TAUBAL TARTARUGAL ZI NH O 60 60 600


SED E TARTARUGAL ZI NH O 40 40 400
L AGO D UAS BOC AS TARTARUGAL ZI NH O 15 15 150
TARTARUGAL GRAND E TARTARUGAL ZI NH O 17 17 170
L AGO NOVO TARTARUGAL ZI NH O 21 21 210
TERRA FI RME TARTARUGAL ZI NH O 15 15 150
P A BOM J ESUS TARTARUGAL ZI NH O 120 120 1200

P A GOVERNAD OR J ANARY TARTARUGAL ZI NH O 30 30 300

P A C ED RO TARTARUGAL ZI NH O 200 200 2000


P AAP OREMA TARTARUGAL ZI NH O 60 60 600
C AROBAL MAC AP A-l SJ P 26 25 550

C AMP I NA MAC AP A-l SJ P 50 40 700

C ORRE ÁGUA MAC AP A-l SJ P 30 25 250


C ANTAZAL MAC AP A-l SJ P 15 10 100
D OI S I RMÃOS MAC AP A-l SJ P 10 8 80
GARI MP O MAC AP A-l SJ P 15 10 100
L I BERD AD E MAC AP A-l SJ P 10 8 80
SANTA C ATARI NA MAC AP A-l SJ P 10 8 80
P ONTA GROSSA MAC AP A-l SJ P 10 8 80
SÃO J OAQUI M MAC AP A-l SJ P 8 5 50
SÃO FRANC I SC O AL TO MAC AP A-l SJ P 20 18 180
SÃO FRANC I SC O VI L A MAC AP A-l SJ P 8 6 60

73
JOSE ADRIANO MARINI

SÃO SEBASTI ÃO MAC AP A-l SJ P 8 6 80


SANTA L UZI A MAC AP A-l SJ P 10 8 80

SÃO TOMÉ MAC AP A-l SJ P 35 35 350


SÃO BENED I TO MAC AP A-l SJ P 40 40 700
TRAC AJ ATUBA 1 1 MAC AP A-l SJ P 20 20 500
SÃO P ED RO D OS BOI S MAC AP Á 30 20 250
C URRAL l NH O MAC A P Á 40 30 350

C ASA GRAND E MAC A P Á 12 10 120


MEL D A P ED REI RA MAC AP Á 25 20 250
TESSAL ONI C A MAC AP Á 15 12 130
C AMP I NA MAC AP Á 10 10 110
MARUANUM Mac ap á 40 60 650
AC AI ZAL L . J ARI /C AJ ARI 16 16 240
AC AMP AMENTO L . J ARI /C AJ ARI 6 6 90

AGUA BR ANC A D O C AJ ARI L . J ARI /C AJ AR I 20 20 300

ARI RAMBA L . J ARI /C AJ ARI 16 16 240


BOC A D O BRAÇ O L . J ARI I C AJ ARI 9 9 63
C ONC EI Ç ÃO D O MURI AC A L . J ARI /C AJ ARI 20 20 140
D ONA MARI A L . J ARI /C AJ ARI 10 10 150
I TABOC A L . J ARI /C AJ ARI 23 23 345
MANGUEI RO L . J ARI /C AJ ARI 8 8 120
MARI NH O L . J ARI /C AJ ARI 17 17 255
MARTI NS L . J ARI /C AJ ARI 6 6 90
P OÇ ÃO L . J ARI /C AJ ARI 6 6 90
SANTA C L ARA L . J ARI /C AJ ARI 5 5 75
SANTAREM L . J ARI /C AJ ARI 8 8 120
SÃO P ED RO L . J ARI /C AJ ARI 5 5 75
SOROROC A L . J ARI /C AJ ARI 7 7 105
P AD ARI A L ARANJ AL D O J ARI 15 20 220
TI RA C OURO L ARANJ AL D O J AR I 10 12 120
ASSENTAMENTO MARAP I VI TORI A D O J ARI 70 70 560
AGUA AZUL VI TORI A D O J ARI 15 15 120
ARAP I RANGA VI TORI A D O J AR I 5 5 40
C OL ONI A D O ARURU VI TORI A D O J ARI 10 10 80

74
DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

H ORTA VI TORI A D O J AR I 5 5 40
I G. D AS P AC AS VI TORI A D O J ARI 15 15 120
J ARI L AND I A VI TORI A D O J AR I 25 25 20
L ORA VI TORI A D O J ARI 15 15 120
MARAP I VI TORI A D O J AR I 15 15 120
MARAJ O VI TORI A D O J ARI 20 20 160
NOVA C ONQUI STA VI TORI A D O J ARI 10 10 80
P AGA D I VI D A VI TORI A D O J ARI 3 3 24
P ORÇ ÃO VI TORI A D O J AR I 5 5 40
RESERVA VI TORI A D O J AR I 70 70 600
TUC H AUA VI TORI A D O J AR I 2 2 24
TERRA C Al D A VI TORI A D O J ARI 10 10 72

TUC ANO I I P ED RA BRAN CA 70 60 720

TUC ANO I P ED RA BRAN CA 80 70 700

NOVA D I VI SÃO P ED RA BRAN CA 4 30 300


0
SETE I L H AS P ED RA BRAN CA 3 25 250
0
RI OZI NH O P ED RA BRAN CA 2 20 200
5
SÃO S. D O C AC H AÇ O P ED RA BRAN CA 1 7 70
0
C ENTRO NOVO P ED RA BRAN CA 1 6 60
0
X I VETE P ED RA BRAN CA 5 2 20

ARREP END I D O P ED RA BRAN CA 5 2 20

P ORTO AL EGRE P ED RA BRAN CA 5 2 20

AGUA FRI A P ED RA BRAN CA 1 5 50


0
P A P ED RA BRANC A P ED RA BRAN CA 1 10 100
2
C AC H ORRI NH O P ED RA BRAN CA 1 10 100
2
C AC H AÇ O SERRA D O NAVI O 9 8,0 80
P A SERRA D O NAVI O SERRA D O NAVI O 15 13,0 260
P ED RA P RETA SERRA D O NAVI O 3 3,5 28
ANTA SERRA D O NAVI O 6 5,0 40
C AP I VARA SERRA D O NAVI O 3 2,5 20
ESTEFÂNI O SERRA D O NAVI O 5 4,0 32
SU C U RI JU SERRA D O NAVI O 3 2,0 18
AG U A BRANC A - SERRA D O NAVI O 6 5,5 49,5

75
JOSE ADRIANO MARINI

SÂO JOSÉ SERRA D O NAVI O 9 8,0 72


ARAG U ARI SERRA D O NAVI O 9 7,0 84
P ERP ÉTU O SOC ORRO SERRA D O NAVI O 1 1,0 12
ESC OND I D O SERRA D O NAVI O 8 7,2 72
ASSENTAM E N TO I TAU BAL 50 50,0 500
I TAU BAL I TAU BAL 15 15,0 150
I NAJA I TAU BAL 10 10 100
C U RI C AC A I TAU BAL 10 10 100
C ONC EI Ç ÃO I TAU BAL 20 20 200
TRAC AJATU B A 1 1 1 I TAU BAL 20 20 200
SÃO M I G U EL I TAU BAL 5 5 50
RI O JORD ÃO I TAU BAL 4 3 30
I P I X U NA G RAND E I TAU BAL 4 8 80
P AU M U L ATO I TAU BAL 3 6 60
U RU A I TAU BAL 5 10 100
SÃO RAI M U ND O I TAU BAL 5 5 50
BOM SU C ESSO I TAU BAL 4 4 40
G U RU P ORA C U TI AS 60 40 150
SAG RAD O C . M ARI A C U TI AS 11 19 85,2
AREI A BRANC A C U TI AS 26 27 79,2
AL TA FL ORESTA C U TI AS 22 45 180
SÃO SEBASTI ÃO C U TI AS 20 46 200,4
L I VRAM ENTO C U TI AS 52 73 276
BOM D ESTI NO C U TI AS 11 12 43,2

RAM AL C ORAÇ ÃO D E JESU S C U TI AS 9 15 72

SÃO RAI M U ND O C U TI AS 64 44 228

RAM AL NOVA ESP ERANÇ A C U TI AS 12 12 36

P . A C U JU BI M P RAC U U BA 62 124 2700


C U JU BI M P RAC U U BA 3 3 30
P ERNAM BU C O P RAC U U BA 30 45 450
FL EX AL P RAC U U BA 5 3 30
BREU P RAC U U BA 13 15 150
P A C ARNOT AL Ç OENE 60 120 1300
P A NOVA C OL I NA P ORTO G RAND E 15 20 180

76
DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

C OL ONI A D O M ATAP I P ORTO G RAND E 40 100 900


M ANOEL JAC I NTO P ORTO G RAND E 6 10 90
TERRA P RETA FERREI RA G OM ES 15 25 220
FOZ D O M AZAG ÃO M AZAG ÃO 15 10 150
C ARVÃO M AZAG ÃO 20 15 160
P I QU I AZAL M AZAG ÃO 25 30 320
C AM AI P I M AZAG ÃO 15 20 190
AJU RU X I M AZAG ÃO 30 50 480

TOTA L 2764 2933,7 30456

Tabela 12: Logística das prin cipais localidades


produ toras de farin h a n o estado do Amapá até o
mu n icípio de Macapá.
AND I OC A
Distancias até Macapá (km)
PRODUÇÃO
LOCALIDADES MUNICIPIO
(T) Ramais sem asfalto Rodovias

Total por
municipio
SED E AMAPÁ 3.250 304
SED E CALÇOENE 376
8.900
SED E CUTIAS 150
2.320
SED E FERREIRA. GOMES 139
4.150
SED E ITAUBAL 112
2.730
SED E LARANJAL JARI 278
10.125
SED E MACAPÁ 12.130
SED E MAZAGÃO 33,7
12.780
SED E MAZAGÃO via Santana 44,2
12.780
SED E OIAPOQUE 591
29.750
SED E P. BRANCA 188
15.368
SED E PORTO GRANDE 13.240

77
JOSE ADRIANO MARINI

SED E PRACUUBA 277


5.120
SED E SANTANA 7.784
SED E S. NAVIO 208
7.140
SED E TARTARUGALZINHO 232
16.523
SED E VITORIA DO JARI 26,7 278
8.340
C o m u n i d ad e s Total por
comunidade
I TAUBAL TARTARUGAL ZI NH O 600
SED E TARTARUGAL ZI NH O 400
L AGO D UAS TARTARUGAL ZI NH O 150 237
BOC AS
TARTARUGAL TARTARUGAL ZI NH O 170 215
GRAND E
L AGO NOVO TARTARUGAL ZI NH O 210 28,6 212,4
TERRA FI RME TARTARUGAL ZI NH O 150 249
P A BOM TARTARUGAL ZI NH O 1200
J ESUS
PA
GOVERNAD OR TARTARUGAL ZI NH O 300 232
J ANARY
P A C ED RO TARTARUGAL ZI NH O 2000 232
P AAP OREMA TARTARUGAL ZI NH O 600 26,3 212,7
C AROBAL MAC AP A-l SJ P 550

C AMP I NA MAC AP A-l SJ P 700

C ORRE ÁGUA MAC AP A-l SJ P 250


C ANTAZAL MAC AP A-l SJ P 100
D OI S I RMÃOS MAC AP A-l SJ P 80
GARI MP O MAC AP A-l SJ P 100
L I BERD AD E MAC AP A-l SJ P 80
SANTA MAC AP A-l SJ P 80
C ATARI NA
P ONTA MAC AP A-l SJ P 80
GROSSA
SÃO MAC AP A-l SJ P 50 119
J OAQUI M D O
SÃO MAC AP A-l SJ P 180
P AC UI
FRANC I SC O
SÃO MAC AP A-l SJ P 60
AL TO
FRANC I SC O
SÃO
VI L A MAC AP A-l SJ P 80 150
SEBASTI ÃO
SANTA L UZI A MAC AP A-l SJ P 80 137

SÃO TOMÉ MAC AP A-l SJ P 350 f l u vi al 67,8


SÃO MAC AP A-l SJ P 700 214
BENED I TO
TRAC AJ ATUBA MAC AP A-l SJ P 500 139
II

78
DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

SÃO P ED RO MAC AP Á 250


D OS BOI S
C URRAL l NH O MAC A P Á 350
C ASA MAC A P Á 120
GRAND E
MEL D A MAC AP Á 250 56,9
P ED REI RA
TESSAL ONI C A MAC AP Á 130 49,8
C AMP I NA MAC AP Á 110 197
MARUANUM Mac ap á 650 60,6
AC AI ZAL L . J ARI /C AJ ARI 240
AC AMP AMEN L . J ARI /C AJ ARI 90
TO
AGUA
BRANC A D O L . J ARI /C AJ AR I 300
C AJ ARI
ARI RAMBA L . J ARI /C AJ ARI 240
BOC A D O L . J ARI I C AJ ARI 63
BRAÇ O
C ONC EI Ç ÃO L . J ARI /C AJ ARI 140
D O MURI AC A
D ONA MARI A L . J ARI /C AJ ARI 150
I TABOC A L . J ARI /C AJ ARI 345
MANGUEI RO L . J ARI /C AJ ARI 120
MARI NH O L . J ARI /C AJ ARI 255
MARTI NS L . J ARI /C AJ ARI 90
P OÇ ÃO L . J ARI /C AJ ARI 90
SANTA C L ARA L . J ARI /C AJ ARI 75
SANTAREM L . J ARI /C AJ ARI 120
SÃO P ED RO L . J ARI /C AJ ARI 75
SOROROC A L . J ARI /C AJ ARI 105
P AD ARI A L ARANJ AL D O J ARI 220
TI RA C OURO L ARANJ AL D O J AR I 120
ASSENTAME VI TORI A D O J ARI 560
NTO MARAP I
AGUA AZUL VI TORI A D O J ARI 120
ARAP I RANGA VI TORI A D O J ARI 40
C OL ONI A D O VI TORI A D O J ARI 80
ARURU
H ORTA VI TORI A D O J AR I 40
I G. D AS VI TORI A D O J ARI 120
P AC AS
J ARI L AND I A VI TORI A D O J AR I 20
L ORA VI TORI A D O J ARI 120

79
JOSE ADRIANO MARINI

MARAP I VI TORI A D O J AR I 120


MARAJ O VI TORI A D O J ARI 160
NOVA VI TORI A D O J ARI 80
C ONQUI STA
P AGA D I VI D A VI TORI A D O J ARI 24
P ORÇ ÃO VI TORI A D O J AR I 40
RESERVA VI TORI A D O J AR I 600
TUC H AUA VI TORI A D O J AR I 24
TERRA C Al D A VI TORI A D O J ARI 72

TUC ANO I I P ED RA BRAN CA 720 471

TUC ANO I P ED RA BRAN CA 700 189


NOVA P ED RA BRAN CA 300 189
D I VI SÃO
SETE I L H AS P ED RA BRAN CA 250 189

RI OZI NH O P ED RA BRAN CA 200 236


SÃO S. D O P ED RA BRAN CA 70 223
C AC H AÇ O
C ENTRO P ED RA BRAN CA 60 396
NOVO
X I VETE P ED RA BRAN CA 20
ARREP END I D P ED RA BRAN CA 20
O
P ORTO P ED RA BRAN CA 20
AL EGRE
AGUA FRI A P ED RA BRAN CA 50 193
P A P ED RA P ED RA BRAN CA 100 9,1 184,9
BRANC A
C AC H ORRI NH P ED RA BRAN CA 100 177
O
C AC H AÇ O SERRA D O NAVI O 80 5,0 218
P A SERRA D O SERRA D O NAVI O 260
NAVI O
P ED RA P RETA SERRA D O NAVI O 28 8,2 201
AN TA SERRA D O NAVI O 40
C AP I VARA SERRA D O NAVI O 20
ESTEFÂNI O SERRA D O NAVI O 32
SU C U RI JU SERRA D O NAVI O 18
AG U A BRANC A
SERRA D O NAVI O 49,5 13,7 201
-
SÂO JOSÉ SERRA D O NAVI O 72
ARAG U ARI SERRA D O NAVI O 84
P ERP ÉTU O SERRA D O NAVI O 12
SOC ORRO
ESC OND I D O SERRA D O NAVI O 72 17,5 187

80
DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

ASSENTAM E N T I TAU BAL 500


O
I TAU BAL I TAU BAL 150
I NAJA I TAU BAL 100
C U RI C AC A I TAU BAL 100 7,1 97,5
C ONC EI Ç ÃO I TAU BAL 200
TRAC AJATU B A I TAU BAL 200 137
III
SÃO M I G U EL I TAU BAL 50
RI O JORD ÃO I TAU BAL 30
I P I X U NA I TAU BAL 80 fl u vi al 53,4
G RAND E
P AU M U L ATO I TAU BAL 60
U RU A I TAU BAL 100
SÃO I TAU BAL 50
RAI M U ND O
BOM SU C ESSO I TAU BAL 40
G U RU P ORA C U TI AS 150 140
SAG RAD O C . C U TI AS 85,2
M ARI A
AREI A BRANC A C U TI AS 79,2
AL TA C U TI AS 180
FL ORESTA
SÃO C U TI AS 200,4 8,41 133
SEBASTI ÃO
L I VRAM ENTO C U TI AS 276 S e strad a
BOM D ESTI NO C U TI AS 43,2
RAM AL
C ORAÇ ÃO D E C U TI AS 72
JESU S
SÃO C U TI AS 228
RAI M U ND O
RAM AL NOVA
C U TI AS 36
ESP ERANÇ A
P . A C U JU BI M P RAC U U BA 2700
C U JU BI M P RAC U U BA 30
P ERNAM BU C O P RAC U U BA 450
FL EX AL P RAC U U BA 30
BREU P RAC U U BA 150
P A C ARNOT C AL Ç OENE 1300 439
P A NOVA P ORTO G RAND E 180
C OL I NA
C OL ONI A D O P ORTO G RAND E 900
M ATAP I
M ANOEL P ORTO G RAND E 90
JAC I NTO
TERRA P RETA FERREI RA G OM ES 220

81
JOSE ADRIANO MARINI

FOZ D O M AZAG ÃO 150


M AZAG ÃO
C ARVÃO M AZAG ÃO 160
P I QU I AZAL M AZAG ÃO 320
C AM AI P I M AZAG ÃO 190
AJU RU X I M AZAG ÃO 480

TOTAL 30456

82
DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

REFERENCIAS

ALVES, R. N. B.; MODESTO JUNIOR, M. de S.; CARDOSO, C. E. L.;


NASCIMENTO, R. P. do Sistemas e custos de produção de raiz de
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CONGRESSO BRASILEIRO DE MANDIOCA, 14.; FEIRA BRASILEIRA
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energia: anais. Maceió: ABAM: SBM, 2011

BLENK. A.P. Agricultores avaliam plantio de mandioca após


aplicação de técnicas de mecanização e adubação realizado pelo
Idam/Tefé. TeféNews agosto 16, 2016. Disponivel em :
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FOLKE, Carl e Fikret BERKES, orgs (1998) Linking Social and


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Cambridge: Cambridge University Press.

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GRANÇO, G.; ALVES, L. R. A.;FELIPE, F. I. Descrição de alguns


entraves na comercialização da farinha de mandioca no Brasil.
In: CONGRESSO BRASILEIRO DE MANDIOCA, 11., 2005, Campo
Grande. Anais...Campo Grande, 2005. p. 30.

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Agregados. Tabela 1612: área plantada, área colhida, quantidade
produzida e rendimento médio da mandioca {Rio de Janeiro,
2016} Disponível em:
<http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/protabl.asp?c=1612&z

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JOSE ADRIANO MARINI

=t&o=11&i=P> Acesso em 15 mar/2017

LUIZÃO, C. C. R.; COSTA, E. S.; LUIZÃO, F. J. Mudanças na


biomassa microbiana e transformações de nitrogênio no solo em
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v. 1, p. 43–56, 1999.

MANZANAL, Mabel; Guillermo NEIMAN e Mario LATTUADA–


Desarrollo rural – Organizaciones, instituciones y territorios,
Ediciones Ciccus, Buenos Aires pp. 51-70 (2006)

MARINI, J. A. Arranjo Produtivo Local de mandioca no Estado do


Amapá. Macapá: Embrapa Amapá, 2016. 21 p. (Embrapa Amapá.
Documentos, 98).

MARINI, J.A. Diversidade e estilos de agricultura


familiar: Uma análise a partir de dois tipos de
assentamentos, induzido e tradicional, no estado do
Amapá. Amazon, Charleston, USA, 2015.

MORAN, E. F. A Ecologia humana das populações da Amazônia.


Petrópolis: Vozes, 1990. 368 p.

MOLIN, J.P.; MILAN, M. Trator implemento :


dimensionamento, capacidade operacional e custo. In.:
GONÇALVES, J.L. de M.; STAPE, J.L. (Editores)
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SHUBART, H. O. Ecologia e utilização de floresta. In: SALATI, E.


Amazônia: integração, desenvolvimento e ecologia. Brasília:
Conselho de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, 1983. p.
132-133.

84
DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

APENDICE

85
JOSE ADRIANO MARINI

86
DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

ROTAS GEOGRÁFICAS DE ALGUMAS


COMUNIDADES PRODUTORAS DE FARINHA NO
ESTADO DO AMAPÁ ATÉ O MUNICÍPIO DE
MACAPÁ

A. COMUNIDADES AGRICOLAS
MANDIOQUEIRAS

1. Rota Distrito de São Joaqu im do Pacu i –


Macapá
Distan cia aproximada: 128 km
Tempo de percu rso: 01h 49 min .

87
JOSE ADRIANO MARINI

2. Rota mu n icípio de Itau bal – Macapá


Distan cia aproximada: 242 km
Tempo de percu rso: 03h 04 min .

3. Rota mu n icípio de Trataru galzin h o – Macapá


Distan cia aproximada: 232 km
Tempo de percu rso: 02h 58 min .

88
DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

4. Rota Comu n idade Lago Du as Bocas – Macapá


Distan cia aproximada: 237 km
Tempo de percu rso: 03h 00 min .

5. Rota Comu n idade de Tartaru gal Gran de –


Macapá
Distan cia aproximada: 215 km
Tempo de percu rso: 02h 43 min .

89
JOSE ADRIANO MARINI

6. Rota Comu n idade de Lago Novo – Macapá


Distan cia aproximada: 241 km
Tempo de percu rso: 03h 31 min .

7. Rota Comu n idade de Lago Novo – Rodovia BR


156
Distan cia aproximada: 28,6 km
Tempo de percu rso: 00h 50 min .

90
DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

8. Rota Comu n idade de Terra Firme


(Tartaru galzin h o) – Macapá
Distan cia aproximada: 249 km
Tempo de percu rso: 03h 48 min .

9. Rota Comu n idade Govern ador Jan ary –


Macapá
Distan cia aproximada: 232 km
Tempo de percu rso: 02h 57 min .

91
JOSE ADRIANO MARINI

10. Rota Comu n idade do Cedro (Tartaru galzin h o)


– Macapá
Distan cia aproximada: 232 km
Tempo de percu rso: 02h 57 min .

11. Rota Comu n idade Aporema – Macapá


Distan cia aproximada: 239 km
Tempo de percu rso: 03h 27 min .

92
DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

12. Rota Comu n idade Aporema – Rodovia BR


156 (km 18)
Distan cia aproximada: 26,3 km
Tempo de percu rso: 00h 46 min .

13. Rota Rodovia BR 156 (km 18) – Macapá


Distan cia aproximada: 215 km
Tempo de percu rso: 02h 41 min .

93
JOSE ADRIANO MARINI

14. Rota Comu n idade São Sebastião do Pacu i –


Macapá
Distan cia aproximada: 150 km
Tempo de percu rso: 02h 11 min .

94
DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

15. Rota Comu n idade de San ta Lu zia do Pacu i –


Macapá (camin h o 1)
Distan cia aproximada: 137 km
Tempo de percu rso: 02h 11 min .

16. Rota Comu n idade de San ta Lu zia do Pacu i –


Macapá (camin h o 2)
Distan cia aproximada: 128 km
Tempo de percu rso: 02h 27 min .

95
JOSE ADRIANO MARINI

17. Rota Comu n idade de São Tomé – Macapá


Distan cia aproximada: 67,8 km

18. Rota Comu n idade de São Ben edito – Macapá


Distan cia aproximada: 214 km
Tempo de percu rso: 03h 33 min .

96
DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

19. Rota Comu n idade de Tracajatu ba – Macapá


Distan cia aproximada: 128 km
Tempo de percu rso: 01h 49 min .

20. Rota Comu n idade Qu ilombola Mel da


Pedreira – Macapá
Distan cia aproximada: 30 km
Tempo de percu rso: 00h 40 min .

97
JOSE ADRIANO MARINI

21. Rota Comu n idade Tessalon ica – Macapá


Distan cia aproximada: 50,8 km
Tempo de percu rso: 00h 49 min .

22. Rota Comu n idade de Maru an u n – Macapá


Distan cia aproximada: 60,6 km
Tempo de percu rso: 01h 13 mi n .

98
DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

23. Rota Comu n idade da Campin a – Macapá


Distan cia aproximada: 197 km
Tempo de percu rso: 02h 56 min .

24. Rota Comu n idade Cach orrin h o (Pedra


Bran ca) – Macapá
Distan cia aproximada: 177 km
Tempo de percu rso: 02h 29 min .

99
JOSE ADRIANO MARINI

25. Rota Comu n idade do Tu can o (Pedra Bran ca)


– Macapá
Distan cia aproximada: 189 km
Tempo de percu rso: 02h 41 min .

26. Rota Comu n idade Nova Divisão (Pedra


Bran ca) – Macapá
Distan cia aproximada: 189 km
Tempo de percu rso: 02h 41 min .

100
DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

27. Rota Comu n idade Sete Ilh as – Macapá


Distan cia aproximada: 189 km
Tempo de percu rso: 02h 41 min .

28. Rota Comu n idade do Tu can o II – Macapá


Distan cia aproximada: 471 km
Tempo de percu rso: 06h 53 min .

101
JOSE ADRIANO MARINI

29. Rota Comu n idade do Riozin h o – Macapá


Distan cia aproximada: 236 km
Tempo de percu rso: 03h 23 min .
Riozin h o, Pedra Bran ca – Macapá

30. Rota Comu n idade São Sebastião do Cach aço


– Macapá
Distan cia aproximada: 223 km
Tempo de percu rso: 03h 14 min .

102
DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

31. Rota Comu n idade do Cu pixi – Macapá


Distan cia aproximada: 161 km
Tempo de percu rso: 02h 19 min .

32. Rota Comu n idade Agu a Fria – Macapá


Distan cia aproximada: 193 km
Tempo de percu rso: 02h 47 min .

103
JOSE ADRIANO MARINI

33. Rota Comu n idade Cen tro Novo – Macapá


Distan cia aproximada: 396 km
Tempo de percu rso: 05h 42 min .

34. Rota Assen tamen to Pedra Bran ca – Macapá


Distan cia aproximada: 194 km
Tempo de percu rso: 02h 51 min .

104
DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

35. Rota Comu n idade Cach orrin h o – Macapá


Distan cia aproximada: 177 km
Tempo de percu rso: 02h 30 min .

105
JOSE ADRIANO MARINI

36. Rota Comu n idade Agu a Bran ca do Amapari –


Rodovia BR 210
Distan cia aproximada: 13,7 km
Tempo de percu rso: 00h 26 min .

106
DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

37. Rota BR 210 (Serra do Navio) – Macapá


Distan cia aproximada: 201 km
Tempo de percu rso: 02h 57 min .

38. Rota Comu n idade Pedra Preta (Serra do


Navio) – Rodovia BR 210
Distan cia aproximada: 8,2 km
Tempo de percu rso: 00h 14 min .

107
JOSE ADRIANO MARINI

39. Rota Comu n idade Escon dido (Serra do


Navio) – Rodovia BR 210
Distan cia aproximada: 17,5 km
Tempo de percu rso: 00h 34 min .

108
DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

40. Rota Comu n idade Cu ricaca (Itau bal) –


Macapá
Distan cia aproximada: 97,5 km
Tempo de percu rso: 01h 24 min .

41. Rota Comu n idade Cu ricaca (Itau bal) – AP


070
Distan cia aproximada: 7,1 km
Tempo de percu rso: 00h 06 min .

109
JOSE ADRIANO MARINI

42. Rota Comu n idade San to An tôn io da Pedreira


– Macapá
Distan cia aproximada: 59,7 km
Tempo de percu rso: 01h 20 min .

110
DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

43. Rota Comu n idade Tracajatu ba – Macapá


Distan cia aproximada: 137 km
Tempo de percu rso: 02h 12 min .

111
JOSE ADRIANO MARINI

44. Rota Comu n idade Ipixu n a Gran de – Macapá


Distan cia aproximada: 53,4 km
Tempo de percu rso:

45. Rota Comu n idade Gu ru pora (Cu tias) –


Macapá
Distan cia aproximada: 140 km
Tempo de percu rso: 02h 00 min .

112
DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

46. Rota Comu n idade São Sebastião – Trevo


Rodovia AP 070
Distan cia aproximada: 8,41 km
Tempo de percu rso:

47. Rota Trevo Rodovia AP 070 – Macapá


Distan cia aproximada: 133 km
Tempo de percu rso: 01h 54 min

113
JOSE ADRIANO MARINI

48. Rota Área In dígen a Cu n ani – Macapá


Distan cia aproximada: 425 km
Tempo de percu rso: 06h 26 min .

114
DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

54. Rota Comu n idade Agu a Bran ca do Amapari –


Macapá
Distan cia aproximada: 215 km
Tempo de percu rso: 03h 22 min .

49. Rota Comu n idade Cu pixi – Macapá


Distan cia aproximada: 160 km
Tempo de percu rso: 02h 18 min .

115
JOSE ADRIANO MARINI

55. Rota Comu n idade do Pracu u ba – Macapá


Distan cia aproximada: 277 km
Tempo de percu rso: 03h 49 min .

116
DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

56. Rota Comu n idade in dígen a do Carn ot –


Macapá
Distan cia aproximada: 439 km
Tempo de percu rso: 05h 55 min .

117
JOSE ADRIANO MARINI

57. Rota Comu n idade do Aporema – Macapá


Distan cia aproximada: 239 km
Tempo de percu rso: 03h 28 min .

118
DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

58. Rota Comu n idade do Cu ricaca – Macapá


Distan cia aproximada: 98,3 km
Tempo de percu rso: 01h 26 min .

119
JOSE ADRIANO MARINI

B. MUNICIPIOS AMAPAENSES

01. Rota Mu n icípio Oiapoqu e – Macapá


Distan cia aproximada: 591 km
Tempo de percu rso: 08h 06 min .

120
DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

02. Rota Mu n icípio Amapá – Macapá


Distan cia aproximada: 304 km
Tempo de percu rso: 03h 55 min .

121
JOSE ADRIANO MARINI

03. Rota Mu n icípio Tartaru galzin h o – Macapá


Distan cia aproximada: 231 km
Tempo de percu rso: 02h 56 min .

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DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

04. Rota Mu n icípio Ferreira Gomes – Macapá


Distan cia aproximada: 139 km
Tempo de percu rso: 01h 50 min .

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JOSE ADRIANO MARINI

05. Rota Mu n icípio Pedra Bran ca do Amapari –


Macapá
Distan cia aproximada: 188 km
Tempo de percu rso: 02h 43 min .

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DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

06. Rota Mu n icípio Serra do Navio – Macapá


Distan cia aproximada: 208 km
Tempo de percu rso: 03h 06 min .

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JOSE ADRIANO MARINI

07. Rota Mu n icípio Itau bal – Macapá


Distan cia aproximada: 112 km
Tempo de percu rso: 01h 43 min .

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DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

08. Rota Mu n icípio Cu tias – Macapá


Distan cia aproximada: 150 km
Tempo de percu rso: 02h 11 min .

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JOSE ADRIANO MARINI

09. Rota Mu n icípio Mazagão – Macapá


Distan cia aproximada: 33,7 km
Tempo de percu rso: 01h 02 min .

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DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

10. Rota do distrito de Mazagão Velh o – Macapá


Distan cia aproximada: 63,0 km
Tempo de percu rso: 01h 35 min .

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JOSE ADRIANO MARINI

11. Rota Mu n icípio de Laran jal do Jari – Macapá


Distan cia aproximada: 278 km
Tempo de percu rso: 04h 32 min .

12. Rota estrada Vitoria do Jari – Laran jal do Jari


Distan cia aproximada: 26,7 km

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DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

13. Rota Mu n icípio de Calçoen e– Macapá


Distan cia aproximada: 376 km
Tempo de percu rso: 05h 01 min .

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JOSE ADRIANO MARINI

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DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

OUTRAS OBRAS DO AUTOR

As relações de mercado
existentes para os principais
frutos produzidos na região do
Salgado Paraense pela
agricultura familiar permitirá
estabelecer linhas norteadoras
ao desenvolvimento rural,
procurando estabelecer uma
maior integração entre aqueles
produtores e o mercado final de
seus produtos

O ponto referencial desta análise


são os agricultores familiares
dos assentamentos rurais
induzidos do Estado do Amapá,
suas praticas agrícolas e suas
interações com o meio em que
estão inseridos, tendo como
contraposição os assentamentos
tradicionais do Estado do
Amapá.

Este estudo relata as diversas


formas de auxilio fornecidos pelos
governos federal e estadual do
Amapá aos agricultores familiares
e seus impactos na renda familiar
e na produtividade agrícola.

133
JOSE ADRIANO MARINI

Logística é o processo de gerir


estrategicamente a aquisição,
movimentação e estocagem
de materiais, partes e
produtos acabados (com os
correspondentes fluxos de
informações) através da
organização e de seus canais
de marketing, para satisfazer
as ordens da forma mais
efetiva em custos

Gestão Ambiental é o conjunto


de metodologias e práticas,
que concorrem para a
preservação da qualidade do
meio ambiente saudável.
Promove a elaboração de
alternativas de gestão
ambiental, que constituem
modelos de desenvolvimento
estruturados no controle social
da produção e no respeito ao
meio ambiente.

Coronelzinho relata a saga de


uma tradicional família dos
sertões paulista, suas
intrincadas relações com os
bandoleiros e a sociedade da
época e seus desfechos
surpreendentes

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DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

Imigranti relata a saga dos


primeiros italianos que partiram
de seu pais para ajudarem a
construir o Brasil, contando a
história de uma família que fugiu
da fome do Século XIX para se
aventurar e construir com sua
coragem e dedicação o próspero
Estado de São Paulo.

Em Nome do Filho é a história de


superação e conquistas de um
compositor na Alemanha Nazista,
sua tentativa para salvar uma
família de judeus do holocausto e
a superação para conquistar seu
grande sonho.

Mon PETIT Amour é uma linda e


envolvente história erótica sobre o
amor vivo e sem fronteiras. Vale a
pena mergulhar neste mundo de
aventuras vividos por um casal no
sul da Itália.

135
JOSE ADRIANO MARINI

Este livro apresenta os principais


mecanismos de comercialização
utilizados em sistemas agrícolas e
agroindustriais possibilitando
assim a elaboração de estratégias
de comercialização. Também
apresenta procedimentos para
analises de mercados de f uturos e
de opções, utilizados para a
redução do risco de preços.
.

Mercados é a esf era de


inf luência onde ocorrem
as transações
comerciais, e constitui
parte integrante dos
dif erentes processos por
meio dos quais se
transf ere a propriedade
dos bens e serviços.

Um sistema agroindustrial deve ser gerido de


forma eficiente e eficaz. A eficiência de um
sistema agroindustrial pode ser entendida
como a capacidade que ele possui de atender
às necessidades do consumidor. Para isso, é
fundamental que todos os agentes que o
compõem conheçam profundamente os
atributos de qualidade que os consumidores
buscam nos produtos e serviços
disponibilizados por este mesmo sistema

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DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

Para os pequenos agricultores de mandioca,


que se dedicam à agricultura de subsistência,
ocupam áreas marginais e têm pouco ou
nenhum acesso a novas tecnologias, os
programas de melhoramento convencional
não têm demonstrado os impactos desejados
pela pesquisa. Este livro vai orientar como se
proceder a técnicas de melhoramento da
cultura de forma que seja aceita e adotada por
todos os agricultores

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JOSE ADRIANO MARINI

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DIAGNOSTICO SOCIOECONOMICO E AGROTECNICO DA CULTURA DA MANDIOCA

SOBRE O AUTOR

José Adriano Marini, autor dos livros Os Canais de Comercialização:


frutas do Salgado Paraense; Diversidade e Estilos de Agricultura
Familiar e Efeito das políticas públicas sobre a agricultura familiar , é
paulista de São José do Rio Preto, Engenheiro Agrônomo formado
pela Universidade Estadual Paulista, Mestre MSc. em Engenharia
Agrícola pela Universidade Estadual de Campinas, Mestre MSc. em
Planejamento do Desenvolvimento Sustentável pela Universidade
Federal do Pará e Doutor PhD. em Desenvolvimento Sócio
Ambiental pela Universidade Federal do Pará. Atua como
Pesquisador na área de Agricultura Familiar e Desenvolvimento
Sustentável na Embrapa Amapá

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