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JOSE ADRIANO MARINI

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ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

O arranjo Produtivo Local da


mandioca e da farinha de
mandioca no Amapá

JOSE ADRIANO MARINI

iii
Copyright © 2017 José Adriano Marini

All rights reserved.

ISBN: 197813066X
ISBN-13: 978-1978130661
DEDICATORIA

Ao caboclo da Amazônia.
CONTEUDO

Apresentação Pg 03

1 O arranjo produtivo local de farinha de mandioca Pg 05

2 Situação da produção mundial e local de mandioca Pg 31

3 Analise economica Pg 61

4 Logistica Pg 75
AGRADECIMENTOS

A toda aqueles que cooperaram de alguma forma na


concretização destes estudos

Á minha família

i
ESTUDO TERRITORIAL ESTRATÉGICO
O APL DA MANDIOCA E DA FARINHA DE
MANDIOCA

APRESENTAÇÃO

A relação do conceito de território com o de espaço


dentro dos estudos territoriais torna -se necessária
tendo em vista que é no espaço que se organiza o
“campo operatório” de qualquer sociedade ou grupo
de indivíduos, é onde ocorrem as interações
políticas, econômicas, sociais e culturais. O
território se expressa na dimensão espacial, mas é
muito mais do que isso, pois possui as dimensões
temporal, psicológica e econômica. Compreender a
dinâmica social, os hábitos e costumes de sua
população, as interações dos grupos sociais em um
determinado espaço geográfico torna-se
fundamental para que se possa analisa r as
condições de vida e propor intervenções a partir da
identificação dos objetos geográficos, sua utilização
e sua importância para os fluxos de pessoas e
materiais.
Torna-se assim necessário a adoção de uma
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multiplicidade dimensional na análise territor ial.


Desenvolver (planejar, executar e controlar) projetos
a partir da visão de um sistema territorial torna a
tarefa menos árdua, já que oferece uma forma mais
ampla e diferenciada de compreender as relações
sociais, os processos produtivos, as configuraç ões
do espaço, os arranjos políticos, os posicionamentos
do Estado e dos diversos agentes econômicos etc.
existentes dentro do território específico em que se
vai trabalhar.
Neste estudo sobre as dinâmicas territoriais
amapaenses, apoiados em pesquisas de campo e
em informações secundárias obtidas junto ao IBGE
apresenta-se informações econômicas e espaciais
sobre a produção e comercialização da farinha de
mandioca nas regiões produtoras do estado
identificadas pelo Instituto de Desenvolvimento
Rural do Amapá - RURAP. Também, muitas destas
informações foram aferidas com resultados de
projetos da Embrapa Amapá, que possibilitaram
trabalhar com dados mais próximos a realidade.

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ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

I. O ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DE


FARINHA DE MANDIOCA NO AMAPÁ

Para os autores MANZANAL, NEIMAN e LATTUADA


(2006), a noção de território favorece o avanço nos
estudos das regiões rurais ao menos em quatro
dimensões básicas:
a) Em primeiro lugar, ela convida a que se abandone
um horizonte estritamente setorial, que considera a
agricultura como o único setor e os agricultores
como os únicos atores que importam nas regiões
rurais.
b) A segunda virtude importante da noção de
território é que ela impede a confusão entre
crescimento econômico e processo de
desenvolvimento. A abordagem terri torial, além
disso, exige a análise das instituições em torno das
quais se organiza a interação social localizada.
c) Assim, o estudo empírico dos atores e de suas
organizações torna-se absolutamente crucial para
compreender situações localizadas.
d) Por fim, o território coloca ênfase na maneira
como uma sociedade utiliza os recursos de que
dispõe em sua organização produtiva e, portanto, na

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relação entre sistemas sociais e ecológicos (Folke e


Berkes, 1998).
Territórios são resultados da maneira como as
sociedades se organizam para usar os sistemas
naturais em que se apoia sua reprodução, o que
abre um interessante campo de cooperação entre
ciências sociais e naturais no conhecimento desta
relação.
Um importante projeto financiado pela União
Europeia, dirigido pelo professor John Bryden do
Arkleton Centre for Rural Development Research, da
Universidade de Aberdeen, na Grã-Bretanha,
denominado por DORA – Dynamics of Rural Areas,
consistiu em estabelecer comparações entre regiões
uma com indicadores objetivos de desenvolvimento
positivos e outras que apresentassem dados
preocupantes quanto a seu desempenho para
verificar que fatores respondem pelo desempenho
econômico diferencial (differential economic
performance –DEP) entre elas (Bryden e Hart,
2001). As conclusões do projeto DORA são que os
territórios de melhor desempenho podem ser
explicadas por três fatores básicos: pela proporção
em que atividades da “nova economia” puderam
surgir, pela importância dos empregos no setor
público e pela acessibilidade a centros urbanos de

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ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

emprego, por parte dos habitantes rurais” (Bryden e


Hart, 2001). Além de outros fatores demográficos e
de localização, a mensagem central da pesquisa é
que “os fatores tangíveis não são os mais
importantes para o desempenho econômico e s im a
maneira pela qual as pessoas locais capacitam -se
para explorar os recursos que lhes são disponíveis
e, algumas vezes, conseguem um fluxo favorável de
transferências em suas direções” (Bryden e Hart,
2001).
Localmente algo inicial neste sentido já foi realizado
por MARINI (2015) ao descrever as dinâmicas dos
assentamentos tradicionais e induzidos do estado do
Amapá. Assim tem-se uma identificação clara de
regiões com indicadores positivos e negativos de
desempenho econômico e produtivo.
Resumidamente, Arranjo Produtivo Local (APL) é um
aglomerado de empresas localizadas em um mesmo
território, com especialização produtiva e vínculo de
aprendizagem entre si e outros agentes, como governo,
associações empresariais e instituições de crédito, ensino e
pesquisa. As empresas pertencentes ao APL compartilham
formas de cooperação e têm um mecanismo de governança
No conjunto das transformações que a sociedade e a
economia vivem na atualidade, renasceu o interesse sobre o
papel que as micro e pequenas empresas (MPEs) e, em

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regiões agrícolas os sítios e fazendas produtivos, podem ter


na reestruturação produtiva, assim como no
desenvolvimento de regiões e de países.
O reconhecimento de que o aproveitamento das sinergias
coletivas, geradas pela participação em aglomerações
produtivas locais, efetivamente fortalece as chances de
sobrevivência e de crescimento, particularmente das MPEs,
constituindo importante fonte geradora de vantagens
competitivas duradouras. Os processos de aprendizagem
coletiva, de cooperação e de dinâmica inovativa desses
conjuntos de empresas assumem importância ainda mais
fundamental para o enfrentamento dos novos desafios da
atualidade. E, finalmente, o entendimento desse conjunto de
questões passou a constituir uma das principais
preocupações e a ser alvo das novas políticas de promoção
de desenvolvimento tecnológico e industrial, com ênfase
especial nas (formas e nos instrumentos de promoção das
MPEs.
A proposta de entender sistemas e arranjos produtivos
locais fundamenta-se na visão evolucionista sobre inovação
e mudança tecnológica, a qual, segundo Cassiolato e
Lastres (1999) destaca:
• o reconhecimento de que inovação e conhecimento, cada
vez mais, se colocam visivelmente como elementos centrais
da dinâmica e do crescimento de nações, de regiões, de
setores, de organizações e de instituições (em vez de

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ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

poderem ser considerados como fenômenos marginais,


conforme colocado por teorias mais tradicionais);
• a compreensão de que a inovação e o aprendizado,
enquanto processos dependentes de interações, são
fortemente influenciados por contextos econômicos, sociais,
institucionais e políticos específicos;
• a ideia de que existem marcantes diferenças entre os
agentes e suas capacidades de aprender, as quais refletem
e dependem de aprendizados anteriores;
• a visão de que se, por um lado, informações e
conhecimentos codificados apresentam condições
crescentes de transferência- dada a eficiente difusão das
tecnologias de informação e comunicações-, conhecimentos
tácitos de caráter localizado e específico continuam tendo
um papel primordial para o sucesso inovativo e
permanecem difíceis (senão impossíveis) de serem
transferidos.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior (MDIC), o apoio a Arranjos Produtivos
Locais (APL) é fruto de uma nova percepção de políticas
públicas de desenvolvimento, em que o local passa a ser
visto como um eixo orientador de promoção econômica e
social. Seu objetivo é orientar e coordenar os esforços
governamentais na indução do desenvolvimento local,
buscando-se, em consonância com as diretrizes

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estratégicas do governo, a geração de emprego e de renda


e o estímulo às exportações.
A opção estratégica pela atuação em APL decorre,
fundamentalmente, do reconhecimento de que políticas de
fomento a pequenas e médias empresas são mais efetivas
quando direcionadas a grupos de empresas e não a
empresas individualizadas. O tamanho da empresa passa a
ser secundário, pois o potencial competitivo dessas firmas
advém não de ganhos de escala individuais, mas sim de
ganhos decorrentes de uma maior cooperação entre elas.
Em agosto de 2004, foi instalado o Grupo de Trabalho
Permanente para Arranjos Produtivos Locais (GTP APL),
pela Portaria Interministerial nº 200, de 03/08/2004,
envolvendo 23 instituições, com o apoio de uma Secretaria
Técnica, lotada na estrutura organizacional do MDIC, com o
objetivo de adotar uma metodologia de apoio integrado a
arranjos produtivos locais, com base na articulação de
ações governamentais. Essa portaria foi reeditada em
24/10/2005 (com a inclusão de mais instituições), em 2005 e
em 2008.
As atividades desse Grupo de Trabalho foram focalizadas,
inicialmente, em 11 APLs pilotos, distribuídos nas cinco
regiões do país, com o propósito de testar a metodologia de
atuação integrada.
A seleção levou em consideração os seguintes aspectos:

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• maior número de instituições atuantes no APL;


• pelo menos um APL em cada macrorregião;
• alguma diversidade setorial no conjunto de APLs
selecionados.
A atualização do Levantamento dos APLs no país, realizada
em 2010, identificou 957 arranjos, possibilitando a geração
de relatórios a partir do setor econômico, da unidade da
federação e da instituição atuante na localidade. Esse
mapeamento e as informações, que fazem parte do
desenvolvimento de Sistema de Informação para APLs, em
construção, são oriundos de 33 instituições governamentais
e não-governamentais, federais e estaduais, com atuação
nesse tema.
A intenção do governo é priorizar alguns dos arranjos
identificados e ampliar a atuação do GTP APL; uma lista de
dez APLs prioritários por Estado foi ratificada pelos
parceiros estaduais. Ela foi construída considerando-se a
maior coincidência de indicações feitas pelas instituições
parceiras do GTP APL e aplicando-se uma linha de corte
mínima por Estado o que trará vantagens para toda região
Embora o estado do Amapá não possua algum Arranjo
efetivamente registrado junto ao MDIC para apoio em ações
de pesquisa e desenvolvimento, existem pressupostos e
ações que enquadram a Cadeia Produtiva da Mandiocultura
e Farinha no conceito de APL, preconizado pelo MDIC.
Desta forma há uma forte sinergia institucional voltadas para

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a cultura como a Embrapa, as Universidades Locais (UEPA


e UNIFAP), setores de Desenvolvimento e Extensão Rural
(SDR e RURAP) entre vários outros.
Para MARINI (2016) em uma estruturação de APL de
mandioca, “os municípios de maior relevância, em termos
de produção de mandioca, no Estado do Amapá que
poderiam ser incluídos seriam: Macapá, que compreende as
microrregiões de Bailique, Fazendinha e Pacui, Porto
Grande e o município de Mazagão, as microrregiões de
Carvão e Mazagão Velho. Desse modo, a indicação para a
estruturação de um APL de Mandioca no estado deve,
obrigatoriamente, ser constituído em um destes municípios,
sendo que a opção por Macapá facilitaria o fluxo de
produtores do estado por centralizar regionalmente os polos
produtores”.
Enquanto que as áreas cultivadas com mandioca
decresceram no Brasil de forma geral, no Amapá ela vem
mantendo-se estável, com poucas oscilações significativas
verificadas nos últimos dez anos sua produtividade, ou seja,
o aumento em produção sem aumentar as áreas, teve um
aumento em mais de 20 mil toneladas nos anos seguintes a
2014.
Segundo MARINI (2016), a cadeia de comercialização
agrícola da mandioca no Amapá inicia-se com os
agricultores familiares e os indígenas que, na categoria de
produtores, vendem a produção nas feiras municipais e aos

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varejistas locais, estes em geral adquirem o produto na


propriedade. Por sua vez, os intermediários e os atacadistas
compram o produto através de acordos de comercialização
pré-estabelecidos com estes produtores e revendem em
estabelecimentos comerciais de pequeno e médios portes,
principalmente para o varejo urbano, que efetua a venda
para os consumidores finais.

Varejo
Rural
Agricultores
Familiares

Feiras Consumidor
Municipais Final Local
Indígenas

Atacadistas/ Varejo
Intermediários Urbano

Figura 01. Possível estrutura do APL da Mandioca no Estado do Amapá

Tabela 01: Área plantada com mandioca no período de 2010


a 2016.
Brasil e Ano
Unidade da
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Federação
Brasil 1817055 1756686 1757734 1560263 1592907 1536161 1439754
Rondônia 29774 30599 27478 28403 25537 26024 29095

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Acre 41108 49420 58507 44409 43845 41697 39832


Amazonas 89368 95586 95399 95991 80562 72431 67595
Roraima 6251 6800 6800 8225 8763 7851 7201
Pará 297482 294049 301364 302300 344323 309164 291872
Amapá 11500 13180 12800 11902 14500 12825 12016
Tocantins 20869 17632 16535 15697 12047 13847 15035
Maranhão 210060 207554 196564 191007 188080 173798 157158
Piauí 59038 46729 61183 38161 28808 38839 37518
Ceará 109155 85083 89117 66956 60747 58511 58926
Rio Grande do
30509 25714 31025 8084 15791 14944 10465
Norte
Paraíba 25783 23316 20668 15247 15366 15221 15619
Pernambuco 66670 49890 53520 39922 36511 48132 43208
Alagoas 20397 18051 20915 18411 20445 23079 21981
Sergipe 32622 32429 30730 28738 27502 25305 20845
Bahia 262025 254610 242306 185029 204058 195043 182693
Minas Gerais 55477 57220 60421 60533 60334 59459 58151
Espírito Santo 13894 11214 11714 9240 9723 8690 8242
Rio de Janeiro 13789 14814 19662 12956 13643 11132 11065
Guanabara ... ... ... ... ... ... ...
São Paulo 53300 56245 57909 54051 55303 50110 49133
Paraná 172214 184291 159115 156198 157211 159556 148598
Santa Catarina 29929 27478 29055 28564 23397 22178 20716
Rio Grande do
81714 80342 80771 72631 70485 66154 64026
Sul
Mato Grosso
26690 30338 30902 33068 39730 48025 34719
do Sul
Mato Grosso 35466 25067 23891 23236 22566 20489 19799
Goiás 21157 18315 18459 9995 12506 12721 13118
Distrito Federal 814 720 924 1309 1124 936 1128
Fonte: IBGE - Produção Agrícola Municipal (2017)

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ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

Figura 02: Evolução da área cultivada com mandioca no


Amapá entre os anos de 2010 e 2016.

Apesar de estável as dimensões de áreas cultivadas com


mandioca no Amapá, nota-se que a partir de 2014 houve um
incremento significativo da cultura em sua produtividade,
refletindo diretamente as indicações de variedades de
mandiocas geneticamente superiores em produção de
raízes e em rendimento em farinha pela Embrapa Amapá
naquele ano, incremento este persistindo nos anos
sequentes.

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Tabela 02: Quantidade produzida (toneladas) de mandioca


no Brasil e nos estados no período de 2010 a 2016.

Brasil e Ano
Unidade da
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Federação
Brasil 24967052 25349542 23044557 21484218 23253514 23059704 21082867
Rondônia 505004 513515 472207 446724 531829 573960 664928
Acre 849667 939032 897160 939178 1239731 1122578 1125439
Amazonas 778217 966341 926297 940975 846884 801299 756949
Roraima 77119 77190 77190 140342 129850 176754 151486
Pará 4596083 4647552 4617543 4621692 4914831 4695735 4263013
Amapá 138254 137141 149355 134720 159650 156875 148650
Tocantins 337026 316090 281728 244312 220232 260194 260582
Maranhão 1540586 1780279 1529579 1325328 1619342 1481907 1305850
Piauí 565659 511424 319629 156256 174931 265687 202238
Ceará 620964 836606 468724 300348 478453 358857 387831
Rio Grande
341552 305168 235855 80685 160286 146091 96544
do Norte
Paraíba 228126 220874 157876 135052 135114 131073 146889
Pernambuco 743328 520330 341901 292766 302361 388343 136985
Alagoas 318231 295096 314615 224794 250256 293129 279044
Sergipe 485360 483990 450486 433723 415910 380182 295515
Bahia 3211278 2966230 2200806 1854260 2131473 2098575 1956103
Minas
794792 816320 823983 815043 851539 851546 844308
Gerais
Espírito
240355 188102 206929 157753 163099 140952 122390
Santo
Rio de
206605 229216 324449 195343 193409 154045 156531
Janeiro
Guanabara ... ... ... ... ... ... ...
São Paulo 1169080 1321297 1354849 1323090 1316946 1171901 1158884
Paraná 4012948 4179699 3869080 3759705 3958798 4312946 3888111
Santa 540626 506280 529648 551349 443462 423706 385875

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ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

Catarina
Rio Grande
1275655 1302929 1191202 1166363 1181422 1155247 1093135
do Sul
Mato
Grosso do 543303 630286 634529 721870 873059 1004216 739241
Sul
Mato
496621 355896 349917 335736 337456 292059 285619
Grosso
Goiás 339046 292579 303965 166622 206311 207751 212687
Distrito
11567 10080 15055 20189 16880 14096 18040
Federal
Fonte: IBGE - Produção Agrícola Municipal (2017)

Figura 03: Valor da produção de raiz de mandioca no Brasil


e nos estados no período de 2010 a 2016.

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Tabela 03: Áreas colhidas de mandioca no Brasil e nos


estados no período de 2010 a 2016
Brasil e Ano
Unidade da
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Federação
Brasil 7003761 7133063 7885089 10130512 9555735 8234091 10320963
Rondônia 242682 309543 306033 309240 402071 411146 563104
Acre 284211 256919 261794 374173 450029 331840 330255
Amazonas 369759 470509 516121 669456 666228 696080 655437
Roraima 34703 45542 50174 97984 92501 150440 137012
Pará 1057077 1021089 1187507 2208029 1676500 1221060 1933296
Amapá 81005 95779 99957 68515 88602 93149 86268
Tocantins 40321 43100 40325 40797 42343 48938 57389
Maranhão 397204 453618 441068 605127 560042 464910 497537
Piauí 65979 66594 51854 42902 44419 60026 70341
Ceará 121125 175934 133807 136790 190888 137495 162186
Rio Grande
58873 49322 84818 49566 40351 38459 45275
do Norte
Paraíba 51786 43439 51543 70866 62200 62612 79228
Pernambuco 126943 110020 314278 175432 135756 124888 83717
Alagoas 43000 49560 139151 100639 85150 99377 159212
Sergipe 76818 86218 174717 234370 133688 140841 183545
Bahia 564067 518095 554338 556479 727734 702931 763283
Minas Gerais 417412 394466 362775 431327 427510 347555 379619
Espírito
43749 42474 53294 65927 35098 40058 51501
Santo
Rio de
69366 110454 129467 135334 131942 152820 167769
Janeiro
Guanabara ... ... ... ... ... ... ...
São Paulo 254617 352551 357049 485571 414283 264725 464420
Paraná 1074440 967469 978010 1458174 1178861 826180 1355810

18
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

Santa
165540 183565 140860 179218 191407 142258 154159
Catarina
Rio Grande
852668 810195 881827 1003327 1122295 1093718 1177919
do Sul
Mato Grosso
116865 130095 147857 231407 236170 191846 295008
do Sul
Mato Grosso 296516 253528 319323 320656 327194 286628 352912
Goiás 89968 85274 98409 65337 80419 89680 94305
Distrito
7055 7711 8732 13870 12052 14432 20457
Federal
Fonte: IBGE - Produção Agrícola Municipal

Figura 04: Evolução da produção de mandioca no Amapá


entre os anos de 2010 e 2016.

19
JOSE ADRIANO MARINI

1. PREÇOS DA FARINHA DE MANDIOCA

O comportamento dos preços da mandioca são


determinados pelos mercados internacionais principalmente,
devido a tratar-se de uma commodity assim, de certa forma,
a influência que os produtores tem sobre o valor de seu
produto é limitada. Além disso, dada sua natureza agrícola,
a precificação da mandioca segue padrões sazonais, ou
seja, o preço final depende dos calendários de cultivo e das
condições naturais, como clima, tipo de solo, variedades
plantadas etc. As oscilações de preço nos mercados
derivados (neste caso, farinha e fécula de mandioca)
acompanham o padrão de sua matéria-prima. Esse
movimento se dá fundamentalmente pela mudança nas
condições de oferta, uma vez que a demanda tende a ser
mais estável (MATTOS et al, 2006)
De acordo com levantamentos do CEPEA/USP, as
variações nos preços da mandioca e da farinha nos últimos
anos foi a seguinte:

20
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

Figura 05. Valor da produção de farinha de mandioca nos


municípios amapaenses em 2014 (em mil reais)
Fonte: IBGE (2016) s.

De acordo com a figura 05, no ano de 2014 o estado do


Amapá obteve um rendimento com a farinha de mandioca
de R$ 88.602 mil reais, sendo o mais expressivo
contribuinte para este rendimento o município do Oiapoque
(24%), seguido por Pedra Branca do Amapari e
Tartarugalzinho (ambos com aproximadamente 10%).

1. CONSUMO DA FARINHA DE MANDIOCA


A farinha, principal produto da mandioca, é significativo na
região Norte, onde 64% das famílias consomem o produto,
seguido pelas pessoas da região Nordeste, que responde
21
JOSE ADRIANO MARINI

por 26% do consumo nacional. Neste conjunto o consumo


do alimento é opostamente relacionado com a renda
familiar, sendo mostrado pela Figura 06 que quanto menor a
renda maior o consumo da farinha de mandioca. Nas
demais regiões do pais o consumo da farinha é muito baixo,
ficando próximo a 3% em cada uma delas.
O consumo da mandioca in natura, por sua vez é mais
significativo na região Sul ondes concentram-se 36% destes
consumidores e menos importante na região Sudeste onde
estão pouco mais de 8% deste público (Figura 07). A região
Norte, onde a farinha é uma importante fonte de
alimentação, principalmente para os extratos de rendas
mais baixos concentra 24% dos consumidores nacionais da
mandioca in natura. Interessante notar que o consumo da
mandioca in natura, de forma geral no Brasil tem uma
distribuição equilibrada entre todas as classes de renda,
mas visualizando-se regionalmente tem-se que no Norte
este consumo é mais concentrado entre as rendas
familiares médias de R$ 830,00 até R$ 2.490,00, no
Nordeste há um pequeno aumento de consumo na faixa de
R$ 4.150,00 a R$ 6.225,00 enquanto que no Sul as faixas
de consumo altas distribuem-se por todas as faixas de
renda.

22
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

Figura 06.Consumo de farinha de mandioca nas regiões


brasileiras dividido por classes de renda.
Fonte: IBGE (2016) m.

Figura 07. Consumo de mandioca in natura por região do


Brasil dividido por classes de renda.
Fonte: IBGE (2016) n.

23
JOSE ADRIANO MARINI

Levantando-se uma análise de consumo de farinha de


mandioca anual por pessoa entre os estados brasileiros
visualiza-se que os maiores consumidores são justamente
aqueles situados na região Norte do Brasil, destacando-se o
Pará e o Amapá com um consumo de 30 kgs anuais per
capita, seguidos pelo Amazonas com 26 kgs e pelo Acre
com 21 kgs. Embora exista uma tradição nos estados do
Nordeste relativo ao consumo da farinha de mandioca, o
consumo nestes estados é relativamente baixo, conforme
apresentado pela Figura 08, sendo a Bahia o maior
consumidor per capita com 17 kgs anuais. Por sua vez os
estados do Sul e Sudeste são aqueles em que os índices
per capita de consumo anual são os mais baixos do pais.

24
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

Figura 08. Consumo anual per capita de farinha de


mandioca por estado brasileiro em 2014.
Fonte: IBGE (2016).

Comparando-se as informações de consumo de 2014 com


os dados de 2008 (Tabela 04) advém que no período o
consumo anual de ferinha per capita pelo amapaense
manteve-se praticamente estável.

25
JOSE ADRIANO MARINI

Tabela 04. Consumo de farinha de mandioca no estado do


Amapá no ano de 2008.
Forma de aquisição

Monetária Não monetária


Produtos Total
Produção
Total À vista A prazo Total Doação Outra
própria

Farinha
de
mandioca 30,555 29,149 28,655 0,494 1,406 0,030 0,894 0,482

Fonte: IBGE (2016) p.

Estes mesmos estados impactam positivamente os


consumos in natura da mandioca, junto com alguns estados
da região Norte, conforme mostrado pela Figura 09.
Roraima, o estado onde mais se consome a mandioca in
natura no pais chega a consumir mais de 8 kgs anuais por
pessoa seguido por Tocantins (6 kg per capita anuais) e
pelo Acre (5 kg per capita anuais), mesma média de
consumo identificada nos estados da região Sul. O estado
do Amapá, onde o consumo de farinha per capita é a maior
nacional, praticamente não apresenta consumo in natura da
mandioca anotado pelos institutos de pesquisas.

26
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

Figura 09. Consumo anual per capita de mandioca in natura


nos estados brasileiros em 2014.
Fonte: IBGE (2016) q.

Figura 10. Consumo de farinha de mandioca por região


brasileira e localidade.
Fonte: IBGE (2016) r.

27
JOSE ADRIANO MARINI

Os principais consumidores da farinha de mandioca,


conforme ilustrados pela figura 10, são aqueles que moram
nas áreas rurais do pais onde concentram-se 79% destes
consumidores. Regionalmente, o Norte é aquele em que
mais farinha consome no pais ficando com 64% do total
consumido no pais e, nesta região, também o grande
destaque fica com os moradores do campo no consumo
deste produto.
A população amapaense, segundo projeções do IBGE
(2016) para o ano de 2014, era estimada em 751 mil
pessoas. O consumo anual médio por pessoa de farinha de
mandioca naquele ano, de acordo com a Figura 08 e a
Tabela 04 foi informado como sendo de 30 kg, tendo assim,
segundo cálculos simples, o estado do Amapá consome
cerca de 22.500 ton. de farinha de mandioca a cada ano.
A mandioca tem um rendimento médio em farinha, segundo
a EMATER/MG (s/d) de 25 a 30%, dependendo da
variedade da mandioca e da eficiência dos mecanismos de
fabricação utilizados.
Calculando-se a conversão média da mandioca em farinha
em 25%, tendo em vista que grande parte da farinha
amapaense é fabricada de forma rudimentar, para se suprir
inteiramente a necessidade de farinha amapaense, seriam
necessários uma produção de raízes em torno de 90 mil
toneladas.

28
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

Considerando-se a média produtiva do estado, calculada a


partir da figura 37, sendo de 10,6 ton/ha, a área necessária
para atender a demanda por farinha seria de 8.500 mil
hectares.
Somando-se os valores da Figura 05 obtém-se a produção
estadual de mandioca no estado do Amapá, que fica em
torno de 159 ton, o que daria se fosse totalmente convertida
em farinha uma quantidade aproximada de 40 ton, ou seja,
supriria com folga a demanda estadual por farinha podendo
ainda exportar os excedentes que trariam rendimentos
econômicos adicionais tanto para o produtor quanto para o
estado, que também deixaria de importar farinha das
regiões adjacentes.
No entanto, esta suposição difere da realidade no campo
onde, segundo dados de pesquisa, nem toda esta produção
de raízes de mandioca é convertida em farinha, sendo a
maior parte da produção familiar amapaense destinada a
alimentação dos animais para o abate e consumo e uma
pequena parte para o consumo in natura e até para a venda
ao consumidor final, considerando que as informações
captadas não fazem referência especificamente ao tipo de
mandioca produzida, se industrial (com altos teores de
HCN) ou para consumo (com temores de HCN baixos).
Também, segundo dados colhidos junto a feira dos
produtores locais, uma parte da farinha comercializada por
estes agricultores é fabricada ainda de modo muito

29
JOSE ADRIANO MARINI

rudimentar, com o uso de raladores manuais para a


desagregação da raiz, o que de certa forma dificulta um
aumento significativo nas produções de farinha para atender
as demandas de mercado, tendo em vista o baixo
rendimento e o grade desgaste humano nesta operação.

30
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

II. SITUAÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL E


LOCAL DE RAIZ DE MANDIOCA E FARINHA

A mandioca se disseminou rapidamente após sua inserção


no continente africano e atualmente também é uma
importante cultura nos países do sudeste asiático.
Em 2014 o continente Africano produziu 54,73% da
mandioca no mundo sendo o continente que ainda detém
grande parte da produção, seguido pela Ásia que obteve
33,68% e por último a América Latina com 11,57% das
produções da raiz, conforme visualiza-se no Figura 11. No
entanto as altas produções na Ásia são obtidas por altas
produtividades da raiz (Figura 12), demonstrando um melhor
grau de tecnificação da cultura do que na América Latina e
na África.

31
JOSE ADRIANO MARINI

Figura 11: Comparativo de produtividade de raízes de


mandioca (t/ha) nos continentes Africano, Asiático e
Americano
Fonte: FAO (2016) a.

Figura 12: Comparativo de produtividade de raízes de


mandioca (t/ha) nos continentes Africano, Asiático e
Americano.
Fonte: FAO (2016) b.

32
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

A forte entrada dos países do sudeste asiático na produção


de mandioca excluiu os demais países sul-americanos do
ranking dos 15 maiores produtores, sendo a produção
mundial equitativamente dividida entre os países africanos e
asiáticos, com o Brasil fazendo o contraponto do grupo,
conforme visualiza-se no Figura 13. (SEBRAE, 2008)

Figura 13 – Quinze maiores produtores mundiais de


mandioca (em ton – 2014)
Fonte: FAO (2016) c.

O maior produtor mundial de raízes de mandioca é a


Nigéria, onde são produzidas aproximadamente 54,8
milhões de toneladas de mandioca, a maior parte

33
JOSE ADRIANO MARINI

consumida no próprio país in natura. Em seguida situam-se


os asiáticos Tailândia e Indonésia, com 30,0 e 23,43 t
anuais. Estes dois países investem de forma expressiva no
aumento da produtividade agrícola e industrial, tendo como
prioridade atender a demanda asiática por fécula (Felipe,
Alves & vieira, 2013). No Brasil, o quarto maior produtor
mundial, a raiz é importante fonte de alimentação in natura,
bem como matéria-prima agroindustrial. Trata-se de uma
cultura de subsistência, que pela própria rusticidade da
planta, sempre teve pouco uso de tecnologia para o seu
cultivo (Idem). Atualmente porem a tendência do pais é
seguir os rumos de diversos países da América Latina e do
sudeste asiático ao focar sua atuação na crescente
industrialização da mandioca. Atualmente, a produção
brasileira gira em torno de 23,2 milhões de toneladas da
raiz, o equivalente a 42% da quantidade da Nigéria, no
entanto esta alta produção nigeriana não reflete, como se
observará mais adiante, um desenvolvimento ou
tecnificação da cultura, mas sim a utilização de grandes
áreas para o cultivo da mandioca.
Praticamente não há, nos países africanos, indústrias
dedicadas ao processamento da mandioca, sendo o
consumo quase que exclusivamente in natura; ela é
comercializada em pequenas quantidades nas feiras,
mercearias e propriedades produtoras. Esta produção
africana, que pouco se dedica a agregar valor ao produto,

34
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

apresentou um crescimento significativo nas últimas


décadas, conforme ilustrado pelo Figura 14.

Figura 14: Produção de raízes de mandioca entre 1970 e


2014 no continente Africano.
Fonte: FAO (2016) d.

Na Ásia a forte expansão da cultura da mandioca expõe a


Tailândia e Indonésia como os principais produtores
regionais, seguidos pelo Vietnã, Camboja, Índia e pela
China (Figura 15), estas produções absolutas refletem de
certa forma as áreas utilizadas com a cultura (Figura 16)
onde as maiores áreas com a cultura encontram-se
justamente na Indonésia e na Tailândia. As produtividades
(Figura 17) que refletem os níveis tecnológicos adotados
são muito expressivos na Índia, porem na maioria do países

35
JOSE ADRIANO MARINI

da região do sudeste asiático todas as produtividades são


elevadas, indicando um grande avanço no desenvolvimento
da mandiocultura no local.

Figura 15: Produção de raízes mandioca pelos países


asiáticos em 2014 (t)
Fonte: FAO (2016) e.

36
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

Figura 16: Área plantada de mandioca pelos países


asiáticos em 2014.
Fonte: FAO (2016) f.

Figura 17: Produtividade de mandioca nos países asiáticos


em 2014
Fonte: FAO (2016) g.

Na América do Sul o Brasil aparece praticamente isolado na


produção da cultura com mais de 23 milhões de
toneladas/ano, sendo que os produtores mais próximos,
Colômbia e Paraguai, registram 2,6 e 3,0 milhões de
toneladas anuais, muito abaixo portanto das produções
brasileiras (Figura 18), esta situação também se repete na
ocupação das áreas com a mandioca, onde no Brasil são
utilizados mais de 1,5 milhões de hectares (Figura 91),

37
JOSE ADRIANO MARINI

sendo a grande maioria utilizada pela categoria de


Agricultores Familiares. No entanto, embora com altas
produções absolutas, a produtividade brasileira de mandioca
ainda não supera alguns países como o Paraguai e o
Suriname (Figura 20), que alcançam uma média por hectare
de 17 e 27 toneladas, respectivamente, acima das 14
toneladas do Brasil.

Figura 18. Produção sul americana de raízes de mandioca


em 2014
Fonte: FAO (2016) h.

38
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

Figura 19. Área cultivada com mandioca pelos países sul


americanos em 2014
Fonte: FAO (2016) i.

Figura 20. Produtividade de raízes de mandioca nos países


sul americanos em 2014
Fonte: FAO (2016) j.

39
JOSE ADRIANO MARINI

No continente africano quase todos os países produzem


mandioca, principalmente voltada ao consumo in natura. A
Nigéria se destaca como a maior produtora de mandioca em
números absolutos com uma produção anual de 54 milhões
de toneladas, seguida pelo Congo e por Gana com
produções anuais de 16 toneladas cada um (Figura 21)

Figura 21. Principais países produtores de mandioca no


continente africano em 2014.
Fonte: FAO (2016) k.

No entanto, esta alta produção de raízes por parte da


Nigéria não indica necessariamente uma alta tecnificação da
cultura naquele pais, pois observando o Figura 22 nota-se
que as áreas utilizadas pela cultura são imensas, muito

40
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

superiores a de qualquer outro pais produtor de mandioca


naquele continente, superior a 7 milhões de hectares,
enquanto que os segundo posto de pais com maiores áreas
utiliza pouco mais de 2 milhões de hectares com a cultura.

Figura 22. Área cultivada com mandioca nos países


africanos em 2014.
Fonte: FAO (2016) l.

A tecnificação da mandiocultura no continente é refletida


principalmente pelos índices de produtividade, onde poucas
áreas podem responder por altas produções. Neste sentido,
o Figura 23 nos mostra que a produtividade de Malawi é a

41
JOSE ADRIANO MARINI

maior da África, com 23 toneladas por hectare, seguida por


Gana e Níger com 18 toneladas. O Figura confirma a baixa
utilização de tecnologias pela Nigéria onde as
produtividades situam-se abaixo da média do continente
com 7,7 toneladas por hectare de raiz.

Figura 23. Produtividade de mandioca nos países africanos


em 2014
Fonte: FAO (2016) m.

42
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

2.1 EVOLUÇÃO DOS MERCADOS E PRODUÇÃO NO


BRASIL

A mandioca é um alimento básico de milhões de brasileiros


e é utilizado como um dos principais produtos de
subsistência por grande parte da população. Além de sua
utilização na alimentação, constitui-se em matéria prima de
amplo e diversificado emprego industrial, e é uma
excelente fonte de forragem proteica (parte aérea) e
energética (raízes) (Lorenzi e Dias, 1993). A despeito de
sua importância, ainda é muito cultivada de forma
tradicional, em pequenas propriedades, cuja mão de obra
utilizada na execução das tarefas, concernente ao
processo produtivo é predominantemente familiar e sem
uso de tecnologia adequada, apesar dela existir e estar
disponível para os produtores.
Assim, apesar do grande potencial da cultura no país, na
grande maioria das regiões são detectadas baixas
produtividades, em função, principalmente, do uso de
variedades suscetíveis à pragas e doenças, além do baixo
potencial produtivo em consequência da não adaptação às
condições de solos e da própria característica genética dos
cultivares utilizados. Apesar dos esforços da pesquisa em
todo o pais, na seleção de novas variedades de mandioca
com maior potencial produtivo e resistência a pragas e

43
JOSE ADRIANO MARINI

doenças, grande parte das novas variedades não foram


adotadas pelos produtores, e as mais comumente
utilizadas, ainda são as mesmas que vem sendo plantadas
na maioria das regiões há muitos anos. (Fukuda et al,
2000).

Este quadro descrito por Fukuda é claramente ilustrado


pelos Figuras 24, 25 e 26. No período compreendido entre
os anos de 1961 e 2014 as áreas cultivadas com a raiz
tiveram um aumento significativo entre os anos de 1970 e
1995 quando se chegou a utilizar no período
aproximadamente 2 milhões de hectares com a cultura. A
produção de raízes, no entanto, após o pico produtivo de
1970 quando alcançou 29 milhões de toneladas iniciou um
decréscimo, estabilizando-se a partir de 1980 e chegando
em 2014 com 23 milhões de toneladas produzidas,
demonstrando uma certa estabilidade produtiva nos últimos
35 anos. No entanto, a intensificação da cultura, seja de
forma sustentável ou não, obtidas com a adoção de novas
tecnologias como variedades mais produtivas, mecanização,
introdução de variedades resistentes a pragas e doenças,
entre outras, que pode ser nitidamente observada pelos
indicadores de produtividade (Figura 27) demonstra que,
excetuando-se a década de 1970, os índices produtivos
mantêm-se praticamente os mesmos. Enquanto que em
1961 as produtividades médias da cultura ficavam em 13
toneladas por hectare, em 1965 em 14, 2 ton./ha, em 2014
44
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

encontramos a média de 14,8 ton./ha, praticamente a


mesma obtida na década de 1960.
Não se pode, na análise do indicador de produtividade,
deixar de realizar comparações com outros países que
também destacam-se no cenário mundial na produção da
raiz. Assim, considerando-se que as três maiores
produtividades da África, um continente com pouco acesso
a tecnologias, situam-se entre 23 e 18 ton/ha, nota-se que o
Brasil está, neste parâmetro, muito aquém tecnologicamente
daquele continente no desenvolvimento desta cultura.
Comparando o Brasil com os países asiáticos, onde os
cultivos ocorrem também sob condições familiares, porem
com o uso de tecnologias produtivas, visualiza-se que a
produtividade na Índia alcança 35 ton./ha, na República
Democrática do Lao 26,9 ton./ha, na Indonésia 23 ton./ha e
na Tailândia 22 ton./ha, ilustrando claramente o atraso
técnico do pais nas práticas culturais da mandioca pois,
segundo os Figuras apresentados pela FAO, em mais de 50
anos de analises praticamente nada, ou muito pouco,
mudou em relação a estas práticas (indicados pelos índices
produtivos) da mandioca no Brasil.

45
JOSE ADRIANO MARINI

Figura 24. Área cultivada com mandioca no Brasil no


período de 1961 a 2014.
Fonte: FAO (2016) a.

Figura 25. Produção bruta de raízes de mandioca no Brasil


no período de 1961 a 2014.
Fonte: FAO (2016)

46
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

Figura 26. Variação da produtividade da mandioca no Brasil


entre os anos de 1961 e 2014.
Fonte: FAO (2016)

Dentre as regiões brasileiras, as maiores quantidades


produzidas de mandioca situam-se primeiramente no Norte,
que responde por 34,58% da produção nacional, seguida
pelas regiões Nordeste (24,38%) e Sul (24,02%), conforme
ilustra a Figura 27.

47
JOSE ADRIANO MARINI

Figura 27. Produção total de mandioca nas regiões


brasileiras em 2014.Fonte: IBGE (2016) a

Não obstante as produções absolutas, as maiores áreas


cultivadas com a mandioca concentram-se na região
Nordeste do Brasil onde estão 37,21% do total das áreas
com a cultura no pais, seguida de perto pela região Norte
com 33,27% destas áreas. A região Sul, terceira maior
produtora da raiz detém menos da metade de cada uma
destas regiões, com 15,8% de suas áreas destinadas a
cultura.

48
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

Figura 28. Área cultivada com mandioca nas regiões


brasileiras em 2014.
Fonte: IBGE (2016) b

Esta grande diferença entre produção Norte/Nordeste e Sul


e área plantada é melhor esclarecida pelo Figura 28, onde
são mostrados os indicadores de produtividade, que é a
relação produção/área e um determinante do grau
tecnológico utilizado para a cultura na região. Desta forma
conhecemos que as tecnologias empregadas na região Sul
fazem com que sua produtividade alcance até 22,4 ton/ha
de raízes, sendo assim a maior do pais e em oposição as
produtividades Norte (15,4 ton/ha) e Nordeste (9,7 ton/ha)
situam-se nas últimas colocações neste parâmetro de
análise, indicando mais uma vez uma grande deficiência na
utilização de tecnologias produtivas para a cultura naquelas
regiões.

49
JOSE ADRIANO MARINI

Figura 29. Produtividade de mandioca no Brasil e em suas


regiões em 2014.
Fonte: IBGE (2016) c

Entre os municípios brasileiros que mais produzem


mandioca na forma de raiz estão aqueles situados nas
regiões Norte e Nordeste, especialmente nos estados do
Pará e Amazonas, sendo que dos vinte maiores produtores
apenas um é externo a região (Araruana, PR) (Figura 30).
Todos os municípios nortistas listados entre os vinte
maiores produtores nacionais situam-se em áreas distantes
dos grandes centros consumidores, mostrando assim a
grande importância da cultura para as comunidades
interioranas e consequentemente da renda obtida com a
transformação da raiz.

50
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

Figura 30. Maiores produções de mandioca nos municípios


brasileiros em 2014.
Fonte: IBGE (2016) d.

Ainda a região Norte e em menor proporção a região


Nordeste concentram as maiores áreas com a cultura
destacando-se no estado do Pará os municípios de Juruti,
Acará e Santarém, conforme demonstra o Figura 31.

51
JOSE ADRIANO MARINI

Figura 31. Maiores áreas com mandioca nos municípios


brasileiros em 2014.
Fonte: IBGE (2016) e.

As maiores produtividades municipais por sua vez


deslocam-se do eixo Norte/Nordeste e concentram-se nos
estados do Sul e Sudeste, destacando-se então os
municípios de Senador José Bento (MG), Reginópolis (SP),
Marechal Candido Rondon (PR), Lajeado Grande (SC),
Agudo (RS), Jacutinga (RS) e Santa Inês (PR), todos
campeões de produtividade da mandioca com 40 toneladas
por hectare produzidas em 2014, de acordo com as
informações do Figura 32.
Dentre os vinte municípios com maiores produtividade
encontramos apenas um da região Norte (Monte Negro, RO)
52
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

com 36,5 mil toneladas produzidas naquele ano.

Figura 32. Maiores produtividades de mandioca nos


municípios brasileiros em 2014.
Fonte: IBGE (2016) f.

53
JOSE ADRIANO MARINI

2.2 EVOLUÇÃO DOS MERCADOS E PRODUÇÃO NO


ESTADO DO AMAPÁ.

Dentre os municípios do estado do Amapá, o maior produtor


de mandioca, de acordo com os dados do Figura 33, é o
Oiapoque onde concentram-se 18,63% da produção
estadual. Logo após estão os municípios de Tartarugalzinho
(10,34%) e Pedra Branca do Amapari (9,62%).
Opostamente encontram-se os municípios de Cutias e
Itaubal, respondendo cada um por 1,45 e 1,70 % das
produções da cultura no estado.

Figura 33. Produção de mandioca (kg) nos municípios


amapaenses em 2014.Fonte: IBGE (2016) g.

54
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

As áreas com a cultura refletem os índices produtivos


sendo que no Oiapoque estão 16,45% das áreas com a
cultura, seguidos por Pedra Branca do Amapari e
Tartarugalzinho, ambos com 9% das áreas estaduais de
mandiocultura. Cutias e Itaubal detém, relativamente as
áreas da cultura estaduais, 1,9 % cada, como pode ser
visualizado no Figura 34.

Figura 34. Área colhida de mandioca nos municípios


amapaenses em 2014.
Fonte: IBGE (2016) h.

As produtividades da cultura da mandioca no estado do


Amapá não sofrem grandes variações em função das
localidades onde são praticadas, alcançando os municípios
mais produtivos a média anual de 13, 24 ton/há no
Pracuuba, 12,4 ton/há no Oiapoque e 12,1 ton/há em Serra
do Navio enquanto que em Cutias esta média situa-se 8,1
55
JOSE ADRIANO MARINI

ton/há, ficando 25% abaixo da média estadual de


produtividade, situada em 10, 6 ton/ha, conforme Figura 35.

Figura 35. Produtividade de mandioca nos municípios


amapaenses em 2014.
Fonte: IBGE (2016) i.

Embora as produções de raízes de mandioca mantinham-se


estáveis ao longo de toda a primeira década de 2000, a
partir de 2011 estas começaram a apresentar ligeira alta,
sendo este fator mais visível no Oiapoque, conforme
visualiza-se pela figura 36. Este fator é explicado pela seca
prolongada nos anos anteriores que ocorreu na região do
Nordeste brasileiro causando uma queda na produção
regional. Assim, boa parte da farinha que viria para o Amapá
de outras localidades teve seu destino desviado causando
um aumento nos preços, tanto no Nordeste quanto na

56
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

região Norte.

Figura 36. Variação na produção de mandioca entre os anos


de 2000 a 2014 nos municípios amapaenses maiores
produtores da raiz.
Fonte: IBGE (2016) j.

Acompanhando assim este crescimento, o valor das


produções da raiz também seguiu esta tendência, como
demonstram as figuras 37 referente ao total estadual e 38
referente aos principais municípios produtores.

57
JOSE ADRIANO MARINI

Figura 37. Variação nos valores de produção da mandioca


no Estado do Amapá, entre os anos de 2000 e 2014.
Fonte: IBGE (2016) k.

Figura 38. Variação nos valores de produção de mandioca


nos municípios maiores produtores da raiz, entre os anos de
200 e 2014.
Fonte: IBGE (2016) l.

58
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

De acordo com a mais recente Pesquisa de Orçamento


Familiar – POF verificou-se que o consumo per capita de
farinha de mandioca pelo Amapaense ficou em 32
kg/pessoa/ano, porém quando verificamos por município,
observamos diferenças significativas. Em Macapá, por
exemplo, o consumo fica entre 15 a 20 kg/pessoa/ano, em
Tartarugalzinho chega a 45 kg/pessoa/ano, Pedra Branca,
Oiapoque e Mazagão estão na faixa de 60 a 70 kg/pessoa
/ano.
Das quase 100 mil toneladas de raiz de mandioca colhidas
em 2008, 80 % foram para a industrialização da farinha,
que gerou 25 mil toneladas. Para suprir a necessidade de
consumo de farinha em todo o Estado, seria necessário
que 20 mil toneladas de farinha estivessem no mercado,
porém somente 15 mil toneladas chegam ao consumidor,
ficando praticamente 10 mil toneladas para o consumo nos
próprios estabelecimentos. Essa diferença de cinco mil
toneladas é que está sendo importada principalmente de
Santarém e Altamira.
A farinha produzida no Amapá é praticamente torrada
manualmente e com baixa produtividade diária. A farinha
importada é industrializada em máquinas que trabalham
todos os dias da semana com uma alta rentabilidade, o que
faz com que o preço seja bem abaixo da produzida no
Amapá, porém com uma qualidade bem inferior.
Encontramos no mercado saco de 60 kg de farinha

59
JOSE ADRIANO MARINI

amapaense por R$ 60,00 enquanto a farinha importada é


encontrada por R$ 40,00 reais o equivalente a um saco de
60 kg.

60
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

III. ANALISE ECONOMICA

1. Custos de produção de raiz de mandioca


A. Sistema de derruba e queima

O sistema de produção praticado pelos agricultores


que residem na região Amazônica é conhecido como
“agricultura itinerante”, agricultura migratória” ou
como “agricultura de corte e queima na qual
pequenas áreas de menos de dois hectares são
desmatadas, queimadas e logo depois cultivadas
(MORAN, 1990), principalmente com a mandioca. O
cultivo na área é realizado durante três a quatro
anos, quando a produtividade se torna baixa, sendo
então a área abandonada e deixada em pousio
(SHUBART, 1983). Esse sistema tem si do praticado
há séculos e continua sendo a forma predominante
de uso de solo em 30% dos solos cultiváveis do
mundo, especialmente aqueles cobertos por
florestas tropicais (MORAN, 1990).
A partir do primeiro ano de cultivo, a produtividade
das culturas anuais começa a diminuir. Isso leva os
agricultores a buscar áreas novas para realizar o
plantio, e assim garantir que a produção atenda às
necessidades da família. Este fato, constatado pelos

61
JOSE ADRIANO MARINI

agricultores em seu dia-a-dia com a agricultura na


Amazônia é demonstrado por trabalhos de pesquisa
desenvolvidos em vários locais da Amazônia, que
relatam que os cultivos por anos consecutivos na
mesma área causam uma diminuição significativa na
quantidade de matéria orgânica presente no solo
(LUIZÃO, COSTA, LUIZÃO, 1999 )
As roças permanecem em pousio durante um tempo
pequeno, geralmente de dois a cinco anos,
dependendo do tamanho da terra a disposição para
novos ciclos de cultivo, depois os agricultores
retornam para utilizar estas áreas de capoeira
reflorestadas. Esse período é insuficiente para
regenerar a capacidade produtiva da parcela,
causando uma queda significativa na produtividade
dos cultivos.
Na perspectiva de WOLF (1976), a sustentabilidade
deste sistema de cultivo requer que o agricultor
tenha disponibilidade de terra suficiente para que,
enquanto cultive determinada parcela do seu
terreno, outras parcelas sejam deixadas em pousio
para a recuperação da fertilidade natural do solo.
Serão abordados a seguir os custos e rendimentos
deste sistema de plantio, cons iderando-se para os
cálculos do trabalho manual o salário mínimo
vigente em 2016, R$ 880,00. O valor do dia

62
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

trabalhado será calculado tomando-se por base o


mês de 30 dias, que nos dá a quantia de R$ 29,33
correspondendo ao valor da diária do trabalhador.
Acrescentando-se benefícios trabalhistas aos quais
o trabalhador rural não se dá ao direito, como férias
e 13º. Salário, o valor desta hora será aumentada
para R$ 35,00.

Tabela 5: Demanda de força de trabalho para


cultivar 1 há de roça no estado do Amapá.
Tarefas Unidade Quant Valor R$ 1,00

Unitário Total

Broca HD 06 35 210

Derruba HD 06 35 210

Aceiramento HD 1,5 35 52,5

Queimada HD 1,0 35 35

Encoivaramento HD 06 35 210

Plantio de HD 05 35
175
Mandioca

1ª. Capina HD 03 35 105

2ª. Capina HD 03 35 105

Colheita da HD 10 35
350
mandioca

TOTAL 41,5 1452,5

63
JOSE ADRIANO MARINI

Analisando-se a Tabela 5, verifica-se que para


cultivar 1 hectare de roça são necessários 45
homens/dia ao custo total de R$ 1452,5, sendo que
as áreas cultivadas totais em cada ciclo anual
podem variar de 1 a 3 hectares fazendo com que a
demanda total varie entre 41,5 e 124,5 h/d.
No entanto esta não é a demanda final do processo
produtivo pois considera-se que o cultivo da
mandioca visa a fabricação de farinha e que para
cada 1 hectare de área cultivada obtém-se um
rendimento médio de 12 toneladas de raízes (IBGE
2016) que, após o beneficiamento gera
aproximadamente 3 toneladas de farinha ou 60
sacas de 50 kg, com rendimento médio de 25%.
O sistema de beneficiamento da farinha de
mandioca é composto basicamente por duas tarefas,
o transporte de raizes e a fabricação da farinha,
onde a demanda de força de trabalho familiar é o
componente principal na execução das tarefas
superando o trabalho de terceiros, Geralmente neste
processo também ocorre a cooperação de vizinhos
com ajuda mutua nos diversos processos.
A Tabela 6 mostra que para se obter 60 sacas de
farinha são necessários o trabalho de 63 homens/dia
ao custo de R$ 2.205,00 por hectare.

64
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

Assim, o custo total para a produção de 12


toneladas de raiz de mandioca em um hectare que
possibilita o rendimento 60 sacas de farinha de 50
Kg fica em torno de R$ 3.757 no sistema tradicional
de cultivo – corte e queima - adotado ainda pelos
pequenos agricultores, especialmente nas regiões
Norte e Nordeste,

Tabela 6: Demanda estimada de força de trabalho


para beneficiar 60 sacos de farinha de mandioca no
estado do Amapá.
Tarefas Unidade Quantidade Valor R$ 1,00

Unitário Total

Fabricação Lenha H/D 06 35 210


da farinha
Descascamento H/D 21 35 735

Torração H/D 15 35 525

63 1470

B. Sistema semi-mecanizado e mecanizados

Na região Norte e em especifico o estado do Amapá


a mecanização da cultura ainda é incipiente em
função do número de pequenas propriedades, uma
agricultura familiar com baixa ado ção de tecnologia

65
JOSE ADRIANO MARINI

e, principalmente, por falta de informações sobre


alternativas tecnológicas. O preparo de área no
sistema semi-mecanizado da mandioca consiste
basicamente de roçagem da vegetação e gradagem
do solo e posteriormente no plantio e adubação n a
mesma operação. Os sistemas mecanizados por sua
vez contam com estas operações além de aração,
gradagem, aplicação e incorporação de herbicidas e
calcário, marcação de linhas, capina mecânica, e na
colheita corte das hastes e afofador de solo, entre
outras. Os custos de produção dos sistemas semi -
mecanizado e mecanizado foram adaptados de Alves
et al (2011) sendo que para todos os sistemas de
cultivo foram padronizados 1 ciclo vegetativo com
plantio no mês de fevereiro e colheita no mesmo
mês do ano seguinte.

Tabela 7: Custo de produção de raiz de mandioca


em sistema semi-mecanizado no estado do Amapá.
Valor
Descrição Unid. Quant. %
Unit Total
1. Preparo do 25,71
912,54
solo
4,51
Roçagem hm 2 80 160
11,27
Gradagem hm 4 100 400

1,48
Correção de s olo hd 2 26,27 52,54
8,45
Calcário t 1 300 300

66
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

23,50
2. Plantio 834,05
8,88
M anivas mil 12 26,27 315,24
12,40
Adubo kg 250 1,76 440

Plantio e adubação 5,92


hm 8 26,27 210,16
mecanizado
Plantio 0,74
hd 1 26,27 26,27
mecanizado
Adubação 1,48
hd 2 26,27 52,54
(primeira)
3. Tratos 28,59
1014,99
Culturais
23,68
Capinas (2) hd 32 26,27 840,64
2,96
Capinas química hd 4 26,27 105,08
0,70
Herbicida l 1 29 29
0,82
Formicida kg 1 25 25

Aplicação de 0,74
hd 1 26,27 26,27
Formicida
22,20
4. Colheita 788,1
22,20
Colheita M anual t 30 26,27 788,1
100,00
Total 3560,68

Fonte: Adaptado de Alves (2011).

Tabela 8a. Custo de produção de raiz de mandioca


em sistema mecanizado.
Grade
Mão de Obra Roça- niv. Distrib
trator dora 3 Arado Rev. 28
comum tratorista 75 CV mts 3 Discos discos Calcario
1 - Operações

Roçada - 1,24 1,24 1,24 -- -

Aração - 2,19 2,19 - 2,19 -

67
JOSE ADRIANO MARINI

Gradeação - 0,83 0,83 - 0,83 -


Aplicação de
- 0,83 0,83 - -- -
herbicida
Incorporação
- 0,83 0,83 - 0,83 -
de herbicida
Aplicação/inco
rp. de calcário - 1,28 1,28 - -- 1,28
(3-3 anos)
Corte e
preparo de 13,96 - - - -- -
ramas
Riscação - 0,65 0,65 - -- -
Plantio 9,91 - - - -- -
Cobertura - 0,65 0,65 - -- -
Capina
- 3,31 3,31 - -- -
mecânica (4x)
Capina
21,52 - - - -- -
manual (2x)
Combate à
1,65 - - - -- -
formiga (2x)
Transp. int.
- 0,62 0,62 - -- -
de insumos
Corte das
0,45 0,45
hastes
Afofador de
2,3 2,3
solo
Colheitadeir
- 3 3 - -- -
a
Total de horas 47,04 18,18 18,18 1,24 3,85 0 1,28
Total em 1235,74
1454,4 631,755 43,09 133,7875 0 44,48
Valores 08
2 - Material Quant Valor Valor
Especificação Unidade
consumido idade Unitario total
Maniva - 2,48 m3 0
Calcário (3
Dolomítico 0,76 t 36 27,36
em 3 anos)
Herbicida Trifluralina 1,94 l 29 56,26

Formicida Mirex 1,65 kg 25 41,25

Fonte: Adaptado de Alves (2011).

68
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

Tabela 8b. Custo de produção de raiz de mandioca


em sistema mecanizado. Cont.
Culti-
Pulveri- vador. Car-
zador 14 reta 3
Riscador 3 linhas 600 lts hastes ton
1 - Operações

Roçada - - --

Aração - - --
Gradeação - - --
Aplicação de
- 0,83 --
herbicida
Incorporação
- - --
de herbicida
Aplicação/inco
rp. de calcário - - --
(3-3 anos)
Corte e
preparo de - - --
ramas
Riscação 0,65 - --
Plantio - - --
Cobertura 0,65 - --
Capina
- - 3,31
mecânica (4x)
Capina
- - --
manual (2x)
Combate à
- - --
formiga (2x)
Transp. int.
- - - 0,62
de insumos
Corte das
hastes
Afofador de
solo
Colheitadeir
- - - 0,62
a
Total de horas 1,3 0,83 3,31 1,24
Total em 115,022
45,175 28,8425 43,09
Valores 5
2 - Material
consumido
Maniva

69
JOSE ADRIANO MARINI

Calcário (3
em 3 anos)
Herbicida

Formicida

3.1 INDICADORES DE RENTABILIDADE DA


CULTURA DA MANDIOCA NA PRODUÇÃO DE
FARINHA

A produção média de raízes de mandioca no sistema


de derruba e queima no estado do Amapá é de 12
ton/ha (Marini, 2014), enquanto que nos sistemas
mecanizados na região Norte esta quantidade sobe
para uma média de 37ton/ha como foi o caso
apresentado em Tefé – AM pelo Instituto de
Desenvolvimento da Amazônia ( BLENK, 2016). Para
o sistema semi-mecanizado será adotado as
produtividades obtidas por Alves et al (S/D) que
obteve uma média de 24,9 t. Os valores pagos para
a tonelada de mandioca em setembro/2016, segundo
o CEPEA/ESALQ (2016) eram de R$ 338,49. Estas
informações possibilitam conhecer a rentabilidade
da cultura nos três diferentes sistemas produtivos,
conforme descreve a tabela 4.

70
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

Tabela 9. Indicadores de rentabilidade de um


hectare de raiz de mandioca referente aos diferentes
sistemas de produção. Valores para um hectare.
Derruba e Semi-
Indicadores Mecanizada
queima mecanizada
Receita Bruta (R$) 4061,88 8428,401 12524,13
Custo operacional total (R$) 2573,19 3560,68 3900,25
Lucro Operacional (R$) 1488,69 4867,72 8623,88
Margem Bruta 57,8538701 136,7075952 221,1109544
Índice de Lucratividade 36,65027032 57,75377797 68,85811629
Ponto de Equilíbrio 7,601967562 10,51930633 11,52249697
Custo Unitário (R$/t) 214,4325 142,9991968 105,4121622

Os indicadores de analises de resultados de


rentabilidade foram aqueles utilizados por
FURLANETO (2007), onde:

a) Receita Bruta (RB): é a receita esperada para


determinada produção por hectare, para um preço
de venda pré-definido, ou efetivamente recebido, ou
seja:

RB = Pr x Pu

onde:
Pr = produção da atividade por unidade de área;
Pu = preço unitário do produto.

71
JOSE ADRIANO MARINI

b) Lucro Operacional (LO): constitui a diferença


entre a receita bruta e o custo operacional por
hectare. O indicador do resultado do lucro
operacional mede a lucratividade da atividade no
curto prazo, mostrando as condições financeiras e
operacionais da atividade. Desse modo, tem-se:

LO = RB – COT

onde:
COT = custo operacional total

c) Margem Bruta (MB): é a margem em relação ao


custo operacional, isto é, o resultado obtido após o
produtor arcar com o custo operacional,
considerando determinado preço unitá rio de venda e
a produtividade do sistema de produção para a
atividade. Assim, essa margem indica qual a
disponibilidade para cobrir o risco e a capacidade
empresarial do proprietário. Formalizando, tem-se:

MB = LO / COT x 100

d) Índice de Lucratividade (IL): esse indicador


mostra a relação entre o lucro operacional e a
receita bruta, em percentagem. É uma medida

72
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

importante de rentabilidade da atividade


agropecuária, uma vez que mostra a taxa disponível
de receita da atividade após o pagamento de todo s
os custos operacionais. Então:

IL = (LO / RB) x 100

e) Ponto de Equilíbrio (PE): indicador de custo em


relação à unidade do produto, ou seja, determina
qual é a produção mínima necessária para cobrir o
custo, dado o preço de venda unitário. Assim,
considerou-se o seguinte:

PE = COT / Pu

Cálculo da Hora-máquina
Para o cálculo padrão adotado de hora máquina,
leva-se em consideração o custo de manutenção e o
de combustível preconizados por MOLIN; MILAN
(2002):

73
JOSE ADRIANO MARINI

Formulação algébrica

HM = (( ViM * ( 1 – PVrM ) / VuM ) * TxmM ) + ( HP


* 0,12 * D )

Onde:
HM = Hora-Máquina
ViM = Valor inicial
PVrM = Percentual do valor residual = 20%
VuM = Vida útil da máquina em horas = 13100
TxmM = Taxa de manutenção sobre o valor da
depreciação por hora = 50%
HP = HP (cavalos vapor) da máquina
D = Preço do óleo diesel

O valor 0,12 é o consumo médio de óleo diesel em


litros por cv. Para obter este valor é preciso
considerar um fator para motores diesel de 0,163
LkW -1 h -1 e que 1 cv equivale a 0,735 kW.

O cálculo da hora/dia trabalhada levou em


consideração o valor do salário mínimo na época
das análises.

74
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

IV. LOGISTICA

A palavra logística tem a sua origem no verbo francês loger


- alojar ou acolher. Foi inicialmente usado para descrever a
ciência da movimentação, suprimento e manutenção de
forças militares no terreno. Posteriormente foi usado para
descrever a gestão do fluxo de materiais numa organização,
desde a matéria-prima até aos produtos acabados
Logística é o nome para uma variedade de ativida des
executadas com o objetivo comum de gerenciar o
tempo, os custos e a disponibilidade de bens e
serviços. Indústria e até mesmo indivíduos em seu
próprio cotidiano executam uma grande quantidade
destas atividades (MARINI, 2015).
Colin e Porras (1996), realizaram um levantamento
da evolução das definições de logística e afirmam
que uma das mais antigas foi fornecida pelo
American Marketing Association em 1948: “Logística
é a movimentação e manutenção de mercadorias do
ponto de produção ao
ponto de consumo ou de utilização”
O papel da logística visa atender o objetivo final de
proporcionar ao cliente produtos que satisfaçam
suas necessidades, no menor tempo possível e ao
menor custo, como o transporte que é a
movimentação externa do produto final ao cliente

75
JOSE ADRIANO MARINI

através de meios rodoviário, ferroviário, marítimo


e/ou aeroviário.

Grosso modo, os quatro tipos de valor de um


produto, desde o início de sua produção até seu
consumo são: forma (obtido com a produção), lugar
(obtido como transporte), tempo (obtido com a
estocagem) e posse (obtido com marketing e
vendas). O valor adquirido por meio da função
logística é expresso principalmente em termos de
lugar e tempo, pois para ter valor ao cliente, o
produto deve estar disponível onde e quando o
cliente deseje consumi-lo.
Assim, o transporte agrega valor de lugar ao produto
enquanto a estocagem agrega valor de tempo. A
logística permite que certas regiões se especializem
em produzir mais eficientemente certos tipos de
produtos, que depois são economicamente
transportados, estocados e vendidos em outras
regiões.

76
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

Figura 39: Centros produtores e centros


consumidores

A crescente globalização da economia apoia -se em


sistemas logísticos bem desenvolvidos e
econômicos, que permitem que os custos de
comercializar produtos em regiões distantes sejam
cada vez mais competitivos.

Figura 40: Custos de produção de farinha de


mandioca e açaí nas regiões R1 e R2.

Um sistema logístico eficiente estimula a produção


de farinha de mandioca na Região 1 e de açaí na

77
JOSE ADRIANO MARINI

Região 2, encorajando a competição entre as duas


regiões. Sistemas logísticos eficientes permitem que
produtos como por exemplo a banana produzida na
Costa Rica ou o leite produzido no estado de Indiana
nos Estados Unidos, possam ser comercializados em
regiões relativamente distantes como a costa
americana.

3.1 PRINCIPAIS ÁREAS PRODUTORAS DE


FARINHA DE MANDIOCA NO AMAPÁ

A farinha de mandioca é um dos componentes


essenciais da dieta da população brasileira,
notadamente das regiões Norte e Nordeste. A partir
da raiz da mandioca (Manihot esculenta) são
produzidas as farinhas seca, d'água e mista, a goma
ou fécula, o tucupi e a farinha de tapioca. O
processamento da raiz da mandioca é
frequentemente realizado segundo métodos
tradicionais, herdados dos indígenas, que foram os
primeiros cultivadores da espécie.
Nos estados do Norte e Nordeste, o processamento
das raízes a contece nas chamadas Casas de
Farinha, estruturas produtivas representantes do
método tradicional, ou seja, baseado na mão -de-o
bra familiar. No Centro-Sul, o processamento

78
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

acontece nas farinheiras, consideradas


agroindústrias, com estrutura de trabalho mais
profissional (GRANÇO et al., 2005).
A agricultura familiar é uma agricultura com base no
uso intensivo de força de trabalho (basicamente o
emprego de familiares), pouco capital aplicado na
produção e produção destinada à subsistência e ao
abastecimento do mercado local. A agricultura
familiar se diferencia da agricultura capitalista pelo
pressuposto de que parte da lógica de produção
enquanto fartura, ou seja, produz para subsistência
e comércio de excedentes e não à produção
destinada exclusivamente ao mercado e reprodução
de capital.
A agricultura familiar no Amapá está basicamente
concentrada na produção de grãos e pecuária. Na
produção de agrícola destaca-se a cultura do arroz,
feijão-fradinho, mandioca, milho em grão, café
arábica em grão e café canéfora em grão.
A mandioca (produto utilizado para a produção da
farinha) é a maior produção da agricultura familiar,
sendo esta responsável por produz ir 88,83% da
farinha oriunda dos estabelecimentos agropecuários
do Amapá. Esta produção é responsável por
abastecer em grande parte o mercado interno.

79
JOSE ADRIANO MARINI

Dentre os municípios amapaenses, as maiores


produções concentram-se no Oiapoque seguido por
Tartarugalzinho e Pedra Branca, sendo nestes
lugares também visualizadas os maiores
rendimentos médios da raiz, conforme Tabela XXX.

Tabela 10. Indicadores produtivos de mandioca em


raiz nos municípios Amapaenses.
Area Colhida – ha Produção – ton Rend. Médio – kg/ha
Produtos
2015 2015 2015
AMAPÁ 306 3.250 10.621
CALÇOENE 778 8.900 11.440
CUTIAS 247 2.320 9.393
F. GOMES 366 4.150 11.339
ITAUBAL 243 2.730 11.235
L. JARI 948 10.125 10.680
MACAPÁ 974 12.130 12.454
MAZAGÃO 966 12.780 13.230
OIAPOQUE 2.057 29.750 14.463
P. BRANCA 1.164 15.368 13.203
PORTO GRANDE 1.017 13.240 13.019
PRACUUBA 333 5.120 15.375
SANTANA 666 7.784 11.688
S. NAVIO 509 7.140 14.028
TARTARUGALZINHO 1.223 16.523 13.510
VITORIA 703 8.340 11.863
TOTAL 12.500 159.650 12.772

80
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

Segundo dados do escritório estadual de extensão


rural – RURAP, as principais agrovilas produtoras de
farinha de mandioca no estado são listadas na
tabela 11 abaixo.

Tabela 11. Principais agrovilas amapaenses


produtoras de mandioca em raiz.
M ANDI OCA

Número de AREA TOTAL


COMUNIDADES MUNICIPIO PROD. (T)
produtores (HA)

IT AU B AL T AR T ARU GAL Z IN H O 60 60 600


SE D E T AR T ARU GAL Z I N H O 40 40 400
L AGO D U AS B O CAS T AR T ARU GAL Z IN H O 15 15 150
T AR T ARU GAL GR AN D E T AR T ARU GAL Z IN H O 17 17 170
L AGO N O VO T AR T ARU GAL Z I N H O 21 21 210
T E RR A FIR ME T AR T ARU GAL Z IN H O 15 15 150
P A B O M J E SU S T AR T ARU GAL Z IN H O 120 120 1200

P A GO V E RN AD OR J AN ARY T AR T ARU GAL Z IN H O 30 30 300

P A CE D R O T AR T ARU GAL Z IN H O 200 200 2000


P AAP O RE MA T AR T ARU GAL Z IN H O 60 60 600
CAR O B AL MACAP A -lSJ P 26 25 550

CAMP IN A MACAP A -lSJ P 50 40 700

CO R R E ÁGU A MACAP A -lSJ P 30 25 250


CAN T AZ AL MACAP A -lSJ P 15 10 100
D O IS IR MÃO S MACAP A -lSJ P 10 8 80
GAR IMP O MACAP A -lSJ P 15 10 100
L IB E R D AD E MACAP A -lSJ P 10 8 80
SAN T A CAT AR IN A MACAP A -lSJ P 10 8 80
P O NT A GR O SSA MACAP A -lSJ P 10 8 80
SÃO J O AQ U IM MACAP A -lSJ P 8 5 50
SÃO FR AN CISCO AL T O MACAP A -lSJ P 20 18 180
SÃO FR AN CISCO V IL A MACAP A-lSJ P 8 6 60

81
JOSE ADRIANO MARINI

SÃO SE B AST IÃO MACAP A -lSJ P 8 6 80


SAN T A L U Z IA MACAP A -lSJ P 10 8 80

SÃO T O MÉ MACAP A -lSJ P 35 35 350


SÃO B E N ED ITO MACAP A -lSJ P 40 40 700
T R ACAJ AT U B A 11 MACAP A -lSJ P 20 20 500
SÃO P E D RO DO S B O IS MACAP Á 30 20 250
CU R R AL lN H O MACA P Á 40 30 350

CASA GR AN D E MACA P Á 12 10 120


ME L D A P ED RE IR A MACAP Á 25 20 250
T E SSAL O N ICA MACAP Á 15 12 130
CAMP IN A MACAP Á 10 10 110
MAR U AN U M Mac apá 40 60 650
ACAIZ AL L . J AR I/CAJ AR I 16 16 240
ACAMP AME N T O L . J AR I/CAJ AR I 6 6 90

AGU A B R AN CA D O CAJ AR I L . J AR I/CAJ AR I 20 20 300

AR IR AMB A L . J AR I/CAJ AR I 16 16 240


B O CA D O BR AÇO L . J AR I ICAJ AR I 9 9 63
CO N CE IÇÃO D O MUR IACA L . J AR I/CAJ AR I 20 20 140
D O N A MAR IA L . J AR I/CAJ AR I 10 10 150
IT AB O CA L . J AR I/CAJ AR I 23 23 345
MAN GU E IR O L . J AR I/CAJ AR I 8 8 120
MAR IN H O L . J AR I/CAJ AR I 17 17 255
MAR T IN S L . J AR I/CAJ AR I 6 6 90
P O ÇÃO L . J AR I/CAJ AR I 6 6 90
SAN T A CL AR A L . J AR I/CAJ AR I 5 5 75
SAN T AR E M L . J AR I/CAJ AR I 8 8 120
SÃO P E D RO L . J AR I/CAJ AR I 5 5 75
SO R O RO C A L . J AR I/CAJ AR I 7 7 105
P AD AR IA L AR AN J AL DO J AR I 15 20 220
T IR A CO U RO L AR AN J AL DO J AR I 10 12 120
ASSE N T AME N TO MAR AP I V IT OR IA D O J AR I 70 70 560
AGU A AZ U L V IT OR IA D O J AR I 15 15 120
AR AP IR AN GA V IT OR IA D O J AR I 5 5 40
CO L O N I A DO AR U RU V IT OR IA D O J AR I 10 10 80

82
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

HORTA V IT OR IA D O J AR I 5 5 40
IG. D AS P ACAS V IT OR IA D O J AR I 15 15 120
J AR IL AN D IA V IT OR IA D O J AR I 25 25 20
LORA V IT OR IA D O J AR I 15 15 120
MAR AP I V IT OR IA D O J AR I 15 15 120
MAR AJ O V IT OR IA D O J AR I 20 20 160
N O V A CO N QU IST A V IT OR IA D O J AR I 10 10 80
P AGA D IV ID A V IT OR IA D O J AR I 3 3 24
P O R ÇÃO V IT OR IA D O J AR I 5 5 40
R E SE R V A V IT OR IA D O J AR I 70 70 600
T U CH AU A V IT OR IA D O J AR I 2 2 24
T E RR A CAlD A V IT OR IA D O J AR I 10 10 72

T U CAN O II PED R A BR AN CA 70 60 720

T U CAN O I PED R A BR AN CA 80 70 700

N O V A D IV ISÃO PED R A BR AN CA 4 30 300


0
SE T E IL H AS PED R A BR AN CA 3 25 250
0
R IO Z IN HO PED R A BR AN CA 2 20 200
5
SÃO S. D O CACH AÇO PED R A BR AN CA 1 7 70
0
CE N T RO N OV O PEDR A BR AN CA 1 6 60
0
X IV E TE PED R A BR AN CA 5 2 20

AR R E PE N D ID O PED R A BR AN CA 5 2 20

P O RT O ALE GR E PEDR A BR AN CA 5 2 20

AGU A FR IA PED R A BR AN CA 1 5 50
0
P A P E DR A B R AN CA PED R A BR AN CA 1 10 100
2
CACH O R R IN H O PED R A BR AN CA 1 10 100
2
CA CH A ÇO SE R R A D O N A V IO 9 8,0 80
P A SE R R A D O N A V IO SE R R A D O N A V IO 15 13,0 260
P E D R A PR E T A SE R R A D O N A V IO 3 3,5 28
ANTA SE R R A D O N A V IO 6 5,0 40
CA P IV A R A SE R R A D O N A V IO 3 2,5 20
E ST E FÂ N IO SE R R A D O N A V IO 5 4,0 32
SU CU R IJ U SE R R A D O N A V IO 3 2,0 18
A G U A B R A N CA - SE R R A D O N A V IO 6 5,5 49,5

83
JOSE ADRIANO MARINI

SÂ O J O SÉ SE R R A D O N A V IO 9 8,0 72
ARAGUARI SE R R A D O N A V IO 9 7,0 84
P E R P É TU O SO CO R R O SE R R A D O N A V IO 1 1,0 12
E SCO N D ID O SE R R A D O N A V IO 8 7,2 72
A SSE N T A M E N T O IT A U B A L 50 50,0 500
IT A U B A L IT A U B A L 15 15,0 150
IN A J A IT A U B A L 10 10 100
CU R ICA CA IT A U B A L 10 10 100
CO N CE IÇÃ O IT A U B A L 20 20 200
T R A CA J A T UB A 111 IT A U B A L 20 20 200
SÃ O M IG U E L IT A U B A L 5 5 50
R IO J O R D Ã O IT AU B A L 4 3 30
IP IX U N A G R AN DE IT A U B A L 4 8 80
P A U M U LA T O IT A U B A L 3 6 60
U RU A IT A U B A L 5 10 100
SÃ O R A IM U N D O IT A U B A L 5 5 50
B O M SU CE S SO IT A U B A L 4 4 40
G U RU P O R A CU T IA S 60 40 150
SA G R A D O C . M A R IA CU T IA S 11 19 8 5, 2
A R E IA B R A N CA CU T IA S 26 27 7 9, 2
A LT A FLO R E ST A CU T IA S 22 45 180
SÃ O SE B A ST IÃ O CU T IA S 20 46 2 0 0, 4
LIV R A M E N T O CU T IA S 52 73 276
B O M D E ST IN O CU T IA S 11 12 4 3, 2

R A M A L CO R A ÇÃ O D E J E SU S CU T IA S 9 15 72

SÃ O R A IM U N D O CU T IA S 64 44 228

R A M A L N O V A E SP E R A N ÇA CU T IA S 12 12 36

P .A CU J U B IM P R A CU UB A 62 124 2700
CU J UB IM P R A CU UB A 3 3 30
P E R N A M BU CO P R A CU UB A 30 45 450
FLE X A L P R A CU UB A 5 3 30
BREU P R A CU UB A 13 15 150
P A CA R N O T A LÇO E N E 60 120 1300
P A N O V A CO LI N A P O R T O G R A ND E 15 20 180

84
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

CO LO N IA D O M A T A P I P O R T O G R A ND E 40 100 900
M A N O E L J A CIN T O P O R T O G R A ND E 6 10 90
T E R R A P R ET A FE R R E IR A G O M E S 15 25 220
FO Z D O M A Z A G Ã O MAZAGÃO 15 10 150
CA R V Ã O MA ZA GÃ O 20 15 1 60
P I QUI A ZA L MA ZA GÃ O 25 30 3 20

CA M A I P I MA ZA GÃ O 15 20 1 90

AJURUXI MAZAGÃO 30 50 4 80

T OT AL 2 76 4 2 93 3 , 7 3 04 5 6

Tabela 12: Logística das principais localidades


produtoras de farinha no estado do Amap á até o
município de Macapá.
AN D IO CA
Distancias até Macapá (km)
PRODUÇÃO
LOCALIDADES MUNICIPIO
(T) Ramais sem asfalto Rodovias

Total por
municipio
SE D E AMAPÁ 3.250 304
SE D E CALÇOENE 376
8.900
SE D E CUTIAS 150
2.320
SE D E FERREIRA. GOMES 139
4.150
SE D E ITAUBAL 112
2.730
SE D E LARANJAL JARI 278
10.125
SE D E MACAPÁ 12.130
SE D E MAZAGÃO 3 3, 7
12.780
SE D E MAZAGÃO via Santana 4 4, 2
12.780
SE D E OIAPOQUE 591
29.750
SE D E P. BRANCA 188
15.368
SE D E PORTO GRANDE 13.240

85
JOSE ADRIANO MARINI

SE D E PRACUUBA 277
5.120
SE D E SANTANA 7.784
SE D E S. NAVIO 208
7.140
SE D E TARTARUGALZINHO 232
16.523
SE D E VITORIA DO JARI 2 6, 7 278
8.340
Comunidade s Total por
comunidade
IT AU B AL T AR T ARU GAL Z IN H O 600
SE D E T AR T ARU GAL Z I N H O 400
L AGO D U AS T AR T ARU GAL Z IN H O 150 237
B O CAS
T AR T ARU GAL T AR T ARU GAL Z IN H O 170 215
GR AN D E
L AGO N O VO T AR T ARU GAL Z I N H O 210 2 8, 6 2 1 2, 4
T E RR A FIR ME T AR T ARU GAL Z IN H O 150 249
PA BOM T AR T ARU GAL Z IN H O 1200
J E SU S
PA
GO V E RN AD OR T AR T ARU GAL Z IN H O 300 232
J AN AR Y
P A CE D R O T AR T ARU GAL Z IN H O 2000 232
P AAP O RE MA T AR T ARU GAL Z IN H O 600 2 6, 3 2 1 2, 7
CAR O B AL MACAP A -lSJ P 550

CAMP IN A MACAP A -lSJ P 700

CO R R E ÁGU A MACAP A -lSJ P 250


CAN T AZ AL MACAP A -lSJ P 100
D O IS IR MÃO S MACAP A -lSJ P 80
GAR IMP O MACAP A -lSJ P 100
L IB E R D AD E MACAP A -lSJ P 80
SAN T A MACAP A -lSJ P 80
CAT AR IN A
P O NT A MACAP A -lSJ P 80
GR O SSA
SÃO MACAP A -lSJ P 50 119
J O AQ U IM DO
SÃO MACAP A -lSJ P 180
P ACU I
FR AN CISCO
SÃO MACAP A -lSJ P 60
AL T O
FR AN CISCO
SÃO MACAP A -lSJ P 80 150
V IL A
SE B AST IÃO
SAN T A L U Z IA MACAP A -lSJ P 80 137

SÃO T O MÉ MACAP A -lSJ P 350 fl u vi al 67,8


SÃO MACAP A -lSJ P 700 214
B E N ED ITO
T R ACAJ AT U B A MACAP A -lSJ P 500 139
II

86
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

SÃO P E D RO MACAP Á 250


D O S B O IS
CU R R AL lN H O MACA P Á 350
CASA MACA P Á 120
GR AN D E
ME L D A MACAP Á 250 5 6, 9
P E D RE IR A
T E SSAL O N ICA MACAP Á 130 4 9, 8
CAMP IN A MACAP Á 110 197
MAR U AN U M Mac apá 650 6 0, 6
ACAIZ AL L . J AR I/CAJ AR I 240
ACAMP AME N L . J AR I/CAJ AR I 90
TO
AGU A
B R AN CA D O L . J AR I/CAJ AR I 300
CAJ AR I
AR IR AMB A L . J AR I/CAJ AR I 240
B O CA D O L . J AR IICAJ AR I 63
B R AÇO
CO N CE IÇÃO L . J AR I/CAJ AR I 140
D O MU R IACA
D O N A MAR IA L . J AR I/CAJ AR I 150
IT AB O CA L . J AR I/CAJ AR I 345
MAN GU E IR O L . J AR I/CAJ AR I 120
MAR IN H O L . J AR I/CAJ AR I 255
MAR T IN S L . J AR I/CAJ AR I 90
P O ÇÃO L . J AR I/CAJ AR I 90
SAN T A CL AR A L . J AR I/CAJ AR I 75
SAN T AR E M L . J AR I/CAJ AR I 120
SÃO P E D RO L . J AR I/CAJ AR I 75
SO R O RO CA L . J AR I/CAJ AR I 105
P AD AR IA L AR AN J AL DO J AR I 220
T IR A CO U RO L AR AN J AL DO J AR I 120
ASSE N T AME V IT OR IA D O J AR I 560
N T O MAR AP I
AGU A AZ U L V IT OR IA D O J AR I 120
AR AP IR AN GA V IT OR IA D O J AR I 40
CO L O N IA DO V IT OR IA D O J AR I 80
AR U R U
HORTA V IT OR IA D O J AR I 40
IG. D AS V IT OR IA D O J AR I 120
P ACAS
J AR IL AN D IA V IT OR IA D O J AR I 20
LORA V IT OR IA D O J AR I 120

87
JOSE ADRIANO MARINI

MAR AP I V IT OR IA D O J AR I 120
MAR AJ O V IT OR IA D O J AR I 160
NOVA V IT OR IA D O J AR I 80
CO N Q U IST A
P AGA D IV ID A V IT OR IA D O J AR I 24
P O R ÇÃO V IT OR IA D O J AR I 40
R E SE R V A V IT OR IA D O J AR I 600
T U CH AU A V IT OR IA D O J AR I 24
T E RR A CAlD A V IT OR IA D O J AR I 72

T U CAN O II PED R A BR AN CA 720 471

T U CAN O I PED R A BR AN CA 700 189


NOVA PED R A BR AN CA 300 189
D IV ISÃO
SE T E IL H AS PED R A BR AN CA 250 189

R IO Z IN HO PED R A BR AN CA 200 236


SÃO S. D O PED R A BR AN CA 70 223
CACH AÇO
CE N T RO PED R A BR AN CA 60 396
N O VO
X IV E TE PED R A BR AN CA 20
AR R E PE N D ID P E D R A B R A N C A 20
O
P O RT O PED R A BR AN CA 20
AL E GR E
AGU A FR IA PED R A BR AN CA 50 193
P A P E DR A PED R A BR AN CA 100 9, 1 184,9
B R AN CA
CACH O R R IN H P E D R A B R A N C A 100 177
O
CA CH A ÇO SE R R A D O N A V IO 80 5,0 218
P A SE R R A D O SE R R A D O N A V IO 260
N A V IO
P E D R A PR E T A SE R R A D O N A V IO 28 8,2 201
ANTA SE R R A D O N A V IO 40
CA P IV A R A SE R R A D O N A V IO 20
E ST E FÂ N IO SE R R A D O N A V IO 32
SU CU R IJ U SE R R A D O N A V IO 18
A G U A B R A N CA
SE R R A D O N A V IO 49,5 13, 7 20 1
-
SÂ O J O SÉ SE R R A D O N A V IO 72
ARAGUARI SE R R A D O N A V IO 84
P E R P É TU O SE R R A D O N A V IO 12
SO CO R R O
E SCO N D ID O SE R R A D O N A V IO 72 17,5 187

88
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

A SSE N T A M E N T IT A U B A L 500
O
IT A U B A L IT A U B A L 150
IN A J A IT A U B A L 100
CU R ICA CA IT A U B A L 100 7,1 97,5
CO N CE IÇÃ O IT A U B A L 200
T R A CA J A T UB A IT A U B A L 200 137
III
SÃ O M IG U E L IT A U B A L 50
R IO J O R D Ã O IT A U B A L 30
IP IX U N A IT A U B A L 80 f luv ial 53,4
G R A N DE
P A U M U LA T O IT A U B A L 60
U RU A IT A U B A L 100
SÃ O IT A U B A L 50
R A IM U ND O
B O M SU CE S SO IT A U B A L 40
G U RU P O R A CU T IA S 150 140
SA G R A D O C . CU T IA S 8 5, 2
M A R IA
A R E IA B R A N CA CU T IA S 7 9, 2
A LT A CU T IA S 180
FLO R E ST A
SÃ O CU T IA S 2 0 0, 4 8, 4 1 133
SE B A ST IÃ O
LIV R A M E N T O CU T IA S 276 S es t r a d a
B O M D E ST IN O CU T IA S 4 3, 2
RAMAL
CO R A ÇÃ O D E CU T IA S 72
J E SU S
SÃ O CU T IA S 228
R A IM U ND O
RAMAL NOVA
CU T IA S 36
E SP E R A N ÇA
P .A CU J U B IM P R A CU UB A 2700
CU J UB IM P R A CU UB A 30
P E R N A M BU CO P R A CU UB A 450
FLE X A L P R A CU UB A 30
BREU P R A CU UB A 150
P A CA R N O T CA LÇO E N E 1300 439
PA NOVA P O R T O G R A ND E 180
CO LIN A
CO LO N IA D O P O R T O G R A ND E 900
MATAPI
MANOEL P O R T O G R A ND E 90
J A CIN T O
T E R R A P R ET A FE R R E IR A G O M E S 220

89
JOSE ADRIANO MARINI

FO Z D O MAZAGÃO 150
MAZAGÃO
CA R V Ã O MA ZA GÃ O 1 60
P I QUI A ZA L MA ZA GÃ O 3 20
CA M A I P I MA ZA GÃ O 1 90

AJURUXI MAZAGÃO 4 80
T OT AL 3 04 5 6

90
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

REFERENCIAS

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Agregados. Tabela 1612: área plantada, área colhida, quantidade
produzida e rendimento médio da mandioca {Rio de Janeiro,
2016} Disponível em:
<http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/protabl.asp?c=1612&z

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92
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

APENDICE

93
JOSE ADRIANO MARINI

94
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

ROTAS GEOGRÁFICAS DE ALGUMAS


COMUNIDADES PRODUTORAS DE FARINHA NO
ESTADO DO AMAPÁ ATÉ O MUNICÍPIO DE
MACAPÁ

A. COMUNIDADES AGRICOLAS
MANDIOQUEIRAS

1. Rota Distrito de São Joaquim do Pacu i –


Macapá
Distancia aproximada: 128 km
Tempo de percurso: 01h 49 min.

95
JOSE ADRIANO MARINI

2. Rota município de Itaubal – Macapá


Distancia aproximada: 242 km
Tempo de percurso: 03h 04 min.

3. Rota município de Tratarugalzinho – Macapá


Distancia aproximada: 232 km
Tempo de percurso: 02h 58 min.

96
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

4. Rota Comunidade Lago Duas Bocas – Macapá


Distancia aproximada: 237 km
Tempo de percurso: 03h 00 min.

5. Rota Comunidade de Tartarugal Grande –


Macapá
Distancia aproximada: 215 km
Tempo de percurso: 02h 43 min.

97
JOSE ADRIANO MARINI

6. Rota Comunidade de Lago Novo – Macapá


Distancia aproximada: 241 km
Tempo de percurso: 03h 31 min.

7. Rota Comunidade de Lago Novo – Rodovia BR


156
Distancia aproximada: 28,6 km
Tempo de percurso: 00h 50 min.

98
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

8. Rota Comunidade de Terra Firme


(Tartarugalzinho) – Macapá
Distancia aproximada: 249 km
Tempo de percurso: 03h 48 min.

9. Rota Comunidade Governador Janary –


Macapá
Distancia aproximada: 232 km
Tempo de percurso: 02h 57 min.

99
JOSE ADRIANO MARINI

10. Rota Comunidade do Cedro (Tartarugalzinho)


– Macapá
Distancia aproximada: 232 km
Tempo de percurso: 02h 57 min.

11. Rota Comunidade Aporema – Macapá


Distancia aproximada: 239 km
Tempo de percurso: 03h 27 min.

100
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

12. Rota Comunidade Aporema – Rodovia BR


156 (km 18)
Distancia aproximada: 26,3 km
Tempo de percurso: 00h 46 min.

13. Rota Rodovia BR 156 (km 18) – Macapá


Distancia aproximada: 215 km
Tempo de percurso: 02h 41 min.

101
JOSE ADRIANO MARINI

14. Rota Comunidade São Sebastião do Pacui –


Macapá
Distancia aproximada: 150 km
Tempo de percurso: 02h 11 min.

102
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

15. Rota Comunidade de Santa Luzia do Pacui –


Macapá (caminho 1)
Distancia aproximada: 137 km
Tempo de percurso: 02h 11 min.

16. Rota Comunidade de Santa Luzia do Pacui –


Macapá (caminho 2)
Distancia aproximada: 128 km
Tempo de percurso: 02h 27 min.

103
JOSE ADRIANO MARINI

17. Rota Comunidade de São Tomé – Macapá


Distancia aproximada: 67,8 km

18. Rota Comunidade de São Benedito – Macapá


Distancia aproximada: 214 km
Tempo de percurso: 03h 33 min.

104
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

19. Rota Comunidade de Tracajatuba – Macapá


Distancia aproximada: 128 km
Tempo de percurso: 01h 49 min.

20. Rota Comunidade Quilombola Mel da


Pedreira – Macapá
Distancia aproximada: 30 km
Tempo de percurso: 00h 40 min.

105
JOSE ADRIANO MARINI

21. Rota Comunidade Tessalonica – Macapá


Distancia aproximada: 50,8 km
Tempo de percurso: 00h 49 min.

22. Rota Comunidade de Maruanun – Macapá


Distancia aproximada: 60,6 km
Tempo de percurso: 01h 13 min.

106
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

23. Rota Comunidade da Campina – Macapá


Distancia aproximada: 197 km
Tempo de percurso: 02h 56 min.

24. Rota Comunidade Cachorrinho (Pedra


Branca) – Macapá
Distancia aproximada: 177 km
Tempo de percurso: 02h 29 min.

107
JOSE ADRIANO MARINI

25. Rota Comunidade do Tucano (Pedra Branca)


– Macapá
Distancia aproximada: 189 km
Tempo de percurso: 02h 41 min.

26. Rota Comunidade Nova Divisão (Pedra


Branca) – Macapá
Distancia aproximada: 189 km
Tempo de percurso: 02h 41 min.

108
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

27. Rota Comunidade Sete Ilhas – Macapá


Distancia aproximada: 189 km
Tempo de percurso: 02h 41 min.

28. Rota Comunidade do Tucano II – Macapá


Distancia aproximada: 471 km
Tempo de percurso: 06h 53 min.

109
JOSE ADRIANO MARINI

29. Rota Comunidade do Riozinho – Macapá


Distancia aproximada: 236 km
Tempo de percurso: 03h 23 min.
Riozinho, Pedra Branca – Macapá

30. Rota Comunidade São Sebastião do Cachaço


– Macapá
Distancia aproximada: 223 km
Tempo de percurso: 03h 14 min.

110
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

31. Rota Comunidade do Cupixi – Macapá


Distancia aproximada: 161 km
Tempo de percurso: 02h 19 min.

32. Rota Comunidade Agua Fria – Macapá


Distancia aproximada: 193 km
Tempo de percurso: 02h 47 min.

111
JOSE ADRIANO MARINI

33. Rota Comunidade Centro Novo – Macapá


Distancia aproximada: 396 km
Tempo de percurso: 05h 42 min.

34. Rota Assentamento Pedra Branca – Macapá


Distancia aproximada: 194 km
Tempo de percurso: 02h 51 min.

112
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

35. Rota Comunidade Cachorrinho – Macapá


Distancia aproximada: 177 km
Tempo de percurso: 02h 30 min.

113
JOSE ADRIANO MARINI

36. Rota Comunidade Agua Branca do Amapari –


Rodovia BR 210
Distancia aproximada: 13,7 km
Tempo de percurso: 00h 26 min.

114
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

37. Rota BR 210 (Serra do Navio) – Macapá


Distancia aproximada: 201 km
Tempo de percurso: 02h 57 min.

38. Rota Comunidade Pedra Preta (Serra do


Navio) – Rodovia BR 210
Distancia aproximada: 8,2 km
Tempo de percurso: 00h 14 min.

115
JOSE ADRIANO MARINI

39. Rota Comunidade Escondido (Serra do


Navio) – Rodovia BR 210
Distancia aproximada: 17,5 km
Tempo de percurso: 00h 34 min.

116
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

40. Rota Comunidade Curicaca (Itaubal) –


Macapá
Distancia aproximada: 97,5 km
Tempo de percurso: 01h 24 min.

41. Rota Comunidade Curicaca (Itaubal) – AP


070
Distancia aproximada: 7,1 km
Tempo de percurso: 00h 06 min.

117
JOSE ADRIANO MARINI

42. Rota Comunidade Santo Antônio da Pedreira


– Macapá
Distancia aproximada: 59,7 km
Tempo de percurso: 01h 20 min.

118
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

43. Rota Comunidade Tracajatuba – Macapá


Distancia aproximada: 137 km
Tempo de percurso: 02h 12 min.

119
JOSE ADRIANO MARINI

44. Rota Comunidade Ipixuna Grande – Macapá


Distancia aproximada: 53,4 km
Tempo de percurso:

45. Rota Comunidade Gurupora (Cutias) –


Macapá
Distancia aproximada: 140 km
Tempo de percurso: 02h 00 min.

120
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

46. Rota Comunidade São Sebastião – Trevo


Rodovia AP 070
Distancia aproximada: 8,41 km
Tempo de percurso:

47. Rota Trevo Rodovia AP 070 – Macapá


Distancia aproximada: 133 km
Tempo de percurso: 01h 54 min

121
JOSE ADRIANO MARINI

48. Rota Área Indígena Cunani – Macapá


Distancia aproximada: 425 km
Tempo de percurso: 06h 26 min.

122
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

54. Rota Comunidade Agua Branca do Amapari –


Macapá
Distancia aproximada: 215 km
Tempo de percurso: 03h 22 min.

49. Rota Comunidade Cupixi – Macapá


Distancia aproximada: 160 km
Tempo de percurso: 02h 18 min.

123
JOSE ADRIANO MARINI

55. Rota Comunidade do Pracuuba – Macapá


Distancia aproximada: 277 km
Tempo de percurso: 03h 49 min.

124
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

56. Rota Comunidade indígena do Carnot –


Macapá
Distancia aproximada: 439 km
Tempo de percurso: 05h 55 min.

125
JOSE ADRIANO MARINI

57. Rota Comunidade do Aporema – Macapá


Distancia aproximada: 239 km
Tempo de percurso: 03h 28 min.

126
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

58. Rota Comunidade do Curicaca – Macapá


Distancia aproximada: 98,3 km
Tempo de percurso: 01h 26 min.

127
JOSE ADRIANO MARINI

B. MUNICIPIOS AMAPAENSES

01. Rota Município Oiapoque – Macapá


Distancia aproximada: 591 km
Tempo de percurso: 08h 06 min.

128
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

02. Rota Município Amapá – Macapá


Distancia aproximada: 304 km
Tempo de percurso: 03h 55 min.

129
JOSE ADRIANO MARINI

03. Rota Município Tartarugalzinho – Macapá


Distancia aproximada: 231 km
Tempo de percurso: 02h 56 min.

130
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

04. Rota Município Ferreira Gomes – Macapá


Distancia aproximada: 139 km
Tempo de percurso: 01h 50 min.

131
JOSE ADRIANO MARINI

05. Rota Município Pedra Branca do Amapari –


Macapá
Distancia aproximada: 188 km
Tempo de percurso: 02h 43 min.

132
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

06. Rota Município Serra do Navio – Macapá


Distancia aproximada: 208 km
Tempo de percurso: 03h 06 min.

133
JOSE ADRIANO MARINI

07. Rota Município Itaubal – Macapá


Distancia aproximada: 112 km
Tempo de percurso: 01h 43 min.

134
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

08. Rota Município Cutias – Macapá


Distancia aproximada: 150 km
Tempo de percurso: 02h 11 min.

135
JOSE ADRIANO MARINI

09. Rota Município Mazagão – Macapá


Distancia aproximada: 33,7 km
Tempo de percurso: 01h 02 min.

136
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

10. Rota do distrito de Mazagão Velho – Macapá


Distancia aproximada: 63,0 km
Tempo de percurso: 01h 35 min.

137
JOSE ADRIANO MARINI

11. Rota Município de Laranjal do Jari – Macapá


Distancia aproximada: 278 km
Tempo de percurso: 04h 32 min.

12. Rota estrada Vitoria do Jari – Laranjal do Jari


Distancia aproximada: 26,7 km

138
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

13. Rota Município de Calçoene– Macapá


Distancia aproximada: 376 km
Tempo de percurso: 05h 01 min.

139
JOSE ADRIANO MARINI

140
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

OUTRAS OBRAS DO AUTOR

As relações de mercado
existentes para os principais
frutos produzidos na região do
Salgado Paraense pela
agricultura familiar permitirá
estabelecer linhas norteadoras
ao desenvolvimento rural,
procurando estabelecer uma
maior integração entre aqueles
produtores e o mercado final de
seus produtos

O ponto referencial desta análise


são os agricultores familiares
dos assentamentos rurais
induzidos do Estado do Amapá,
suas praticas agrícolas e suas
interações com o meio em que
estão inseridos, tendo como
contraposição os assentamentos
tradicionais do Estado do
Amapá.

Este estudo relata as diversas


formas de auxilio fornecidos pelos
governos federal e estadual do
Amapá aos agricultores familiares
e seus impactos na renda familiar
e na produtividade agrícola.

141
JOSE ADRIANO MARINI

Logística é o processo de gerir


estrategicamente a aquisição,
movimentação e estocagem
de materiais, partes e
produtos acabados (com os
correspondentes fluxos de
informações) através da
organização e de seus canais
de marketing, para satisfazer
as ordens da forma mais
efetiva em custos

Gestão Ambiental é o conjunto


de metodologias e práticas,
que concorrem para a
preservação da qualidade do
meio ambiente saudável.
Promove a elaboração de
alternativas de gestão
ambiental, que constituem
modelos de desenvolvimento
estruturados no controle social
da produção e no respeito ao
meio ambiente.

Coronelzinho relata a saga de


uma tradicional família dos
sertões paulista, suas
intrincadas relações com os
bandoleiros e a sociedade da
época e seus desfechos
surpreendentes

142
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

Imigranti relata a saga dos


primeiros italianos que partiram
de seu pais para ajudarem a
construir o Brasil, contando a
história de uma família que fugiu
da fome do Século XIX para se
aventurar e construir com sua
coragem e dedicação o próspero
Estado de São Paulo.

Em Nome do Filho é a história de


superação e conquistas de um
compositor na Alemanha Nazista,
sua tentativa para salvar uma
família de judeus do holocausto e
a superação para conquistar seu
grande sonho.

Mon PETIT Amour é uma linda e


envolvente história erótica sobre o
amor vivo e sem fronteiras. Vale a
pena mergulhar neste mundo de
aventuras vividos por um casal no
sul da Itália.

143
JOSE ADRIANO MARINI

Este livro apresenta os principais


mecanismos de comercialização
utilizados em sistemas agrícolas e
agroindustriais possibilitando
assim a elaboração de estratégias
de comercialização. Também
apresenta procedimentos para
analises de mercados de futuros e
de opções, utilizados para a
redução do risco de preços.
.

Mercados é a esfera de
influência onde ocorrem
as transações
comerciais, e constitui
parte integrante dos
diferentes processos por
meio dos quais se
transfere a propriedade
dos bens e serviços.

Um sistema agroindustrial deve ser gerido de


forma eficiente e eficaz. A eficiência de um
sistema agroindustrial pode ser entendida
como a capacidade que ele possui de atender
às necessidades do consumidor. Para isso, é
fundamental que todos os agentes que o
compõem conheçam profundamente os
atributos de qualidade que os consumidores
buscam nos produtos e serviços
disponibilizados por este mesmo sistema

144
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

Para os pequenos agricultores de mandioca,


que se dedicam à agricultura de subsistência,
ocupam áreas marginais e têm pouco ou
nenhum acesso a novas tecnologias, os
programas de melhoramento convencional
não têm demonstrado os impactos desejados
pela pesquisa. Este livro vai orientar como se
proceder a técnicas de melhoramento da
cultura de forma que seja aceita e adotada por
todos os agricultores
S

145
JOSE ADRIANO MARINI

146
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA FARINHA DE MANDIOCA

SOBRE O AUTOR

José Adriano Marini, autor dos livros Os Canais de Comercialização:


frutas do Salgado Paraense; Diversidade e Estilos de Agricultura
Familiar e Efeito das políticas públicas sobre a agricultura familiar, é
paulista de São José do Rio Preto, Engenheiro Agrônomo formado
pela Universidade Estadual Paulista, Mestre MSc. em Engenharia
Agrícola pela Universidade Estadual de Campinas, Mestre MSc. em
Planejamento do Desenvolvimento Sustentável pela Universidade
Federal do Pará e Doutor PhD. em Desenvolvimento Sócio
Ambiental pela Universidade Federal do Pará. Atua como
Pesquisador na área de Agricultura Familiar e Desenvolvimento
Sustentável na Embrapa Amapá

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