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comercialização da
agricultura familiar:
Frutas do Salgado
Paraense
ISBN-10: 151164382X
ISBN-13: 978-1511643825
Às minhas filhas Cheyenne Victória e Giovanna Pietra,
luzes da minha vida, amor incondicional.
A Aleandra,
minha força, meu sucesso e meu
grande amor.
INTRODUÇÃO
CAPITULO I 16
A agricultura familiar
CAPITULO II 50
CAPITULO III 74
A comercialização de frutas
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
116
REFERENCIAS 123
APENDICE 127
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INTRODUÇÃO
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Agrovila: Modelo de urbanização rural criado pela União Soviética. (Freire, 1982)
Nas agrovilas citadas enste trabalho a estrutura é composta de algunas ruas calçadas
com piçarra, casas de taipa, madeira ou alvenaria, templos Catolico e da Assembléia
de Deus (1 de cada), uma escola de ensino fundamental, um ou dois telefones
públicos, algumas “tabernas” (pequenos mercados para atender as demandas de
alimentos das famílias) e normalmente um pequeno posto de saúde que é utilizado
em campanhas de vacinação. Outro elemento presnte em todas as agrovilas é o
campo de futebol, normalmente todo gramado. Situam-se distante dos centros
urbanos e são circundadas pelas unidades de produção familiares.
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A AGRICULTURA FAMILIAR
Agricultura familiar
A sociedade brasileira, dada as suas carac terísticas históricas,
nasceu no meio rural. Foi a criação sucessiva de núcleos rurais em
diversas áreas, re presentada pel o que pode -se c hamar genericame nte
de “fazendas”, que resultou em expansão geográfica, no sentido da
ocupação da terra, e de mográfica, no sentido do crescimento da
população (SPEYER, 1983). Na época col onial observam-se os
primeiros sinai s da f ormação do campesi nato que, segundo as
relações de posse, trabal ho e uso da terra, podiam diferenciar -se em
lavradore s, mora dore s, forasteiros e posteriormente, posseiros.
A agricultura familiar é um segmento de grande i mportância
econômica e social no meio rural brasileiro, e garante a manu tenção
e recuperação do emprego, contri bui para uma distri buição mai s
homogênea da renda , proporcionando um estado de soberani a
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duas características princi pais: eles são admi nistrados pela própria
família e neles a família trabal ha diretamente, com ou sem o auxilio
de terceiros. Vale dizer: a gestão é familiar e o trabalho é
predominante mente familiar. Poder -se-ia dizer, também, que um
estabelecimento familiar é, ao mesmo tempo, uma unidade de
produção e de consumo; uma unidade de produção e reprodução
social.
Também importante é a observação de Mota et al (1998)
quando afirma ser necessário ente nder o termo exploração familiar
como equivalente à agricultura familiar e suas di versas situaçõe s,
além de constituir-se um tema de alta relevância por se tratar de um
grupo social que ocupa lugar de destaque na produ çã o agropecuária
brasileira, pela capacidade de produzir, movimentar a economia nos
âmbi tos local e naci onal , utilizar de forma suste ntada os recursos
naturais e gerar postos de trabalho em ocu pações social e
economicamente produtivas.
Homem de Melo (2006) operacionaliza o conceito de
agricultura familiar c omo sendo o universo de propriedades rurai s
com me nos de 100 hectares. Com i sso, e nglobam -se nessa categoria
as chamadas agricultura de subsistê ncia e a pequena produção.
Abramovay (2000) é mais especifico quando trata da mão de
obra afirmando que a agricultura familiar não e mprega trabalhadore s
permanentes, podendo, porem, contar com até ci nco empregados
temporários
Graziano da Silva (1996) c onsegue distinguir no Brasil trê s
grandes grupos de produtor es rurais: os grandes proprietári os e
capitalistas agrários, com propriedade real dos mei os de produção,
que não desempenham nenhuma importância para o desenvolvimento
da agricultura;
As empresas familiare s, unidades que possuem u ma série de
elementos que definem uma empre sa comercial, com a presença de
uma organização contábil e admini strativa, mas mantém ainda alguns
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F I G UR A 01: E VO L UÇ Ã O DO PIB DA A GR O P E C U ÁR I A F AM I LI AR ,
P AT R O N AL E DO B R ASI L .
15 14,3
0,5
0
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denominação utilizada pelo IBGE para designar os arquivos contendo
os dados individualizados de cada estabelecimento agropecuário
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T A BE L A 01 – B R AS I L - E ST A BE LE C I M E N TOS , Á R E A , V AL OR B R UT O D A
P R OD U Ç ÃO (VBP), S E G U N DO AS C A TE G OR I AS DE A G R IC UL T UR A .
Categorias Estab. % Área % VBP %
Total Estab. Total Área (R$ mil) VBP
s/total (mil ha) s/total s/
total
Familiar 4.139.369 85,2 107.768 30,5 18.117.725 37,9
Patronal 554.501 11,4 240.042 67,9 29.139.850 61,0
Instituições 7.143 0,2 263 0,1 72.327 0,1
Religiosas
Entidade 158.719 3,2 5.530 1,5 465.608 1,0
Pública
Não 132 0,0 8 0,0 959 0,0
identificado
Total 4.859.864 100,0 353.611 100,0 47.796.469 100,0
Fonte : Pesquisa Agricola Municipal, 2004.
T A BE L A 02 – P AR TI C I P A Ç ÃO NO S E S T A BE L E CIM E NT O S , N A Á R E A E
Á R E A M É DI A , SE G U N D O OS G R UP OS DE Á R E A T O T A L ( E M H A ).
Grupos de Área % nos % na Área Área Média
Total Estabelecimentos
(Hectares)
Menos de 5 39,8 3,0 1,9
5 a menos de 20 29,6 12,2 10,7
20 a menos de 50 17,2 20,4 31,0
50 a menos de 7,6 19,7 67,8
100
Acima de 100 5,9 44,7 198,0
Área média dos agricultores familiares 26,0
Fonte : MDA/INCRA, 2000.
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T A BE L A 03 – P E R CE N T U AL DO V A LOR B R U TO D A P R OD U Ç ÃO DE
P R OD U TO S S E L E CI O NA D OS P R O D UZ I D OS NO S E S T A B E LE CI M E N TOS
F AM I LI A R E S .
Produto Participação no VBP Total (%)
Fumo 97
Mandioca 84
Feijão 67
Suínos 58
Pecuária leiteira 52
Milho 49
Aves/ovos 40
Soja 32
Arroz 31
Café 25
Pecuária de corte 24
Fonte : MDA/INCRA, 2000.
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T A BE L A 04 – P AR TI C I P A Ç ÃO DE P R O D U TO S S E LE CIO N A DO S N O
V A LOR B R U TO D A P R O D UÇ Ã O T OT A L D A A GR IC U L T U R A F A M ILI AR .
Produto Participação no VBP da
Agricultura
Familiar (%)
Pecuária leiteira 13,3
Aves/ovos 10,0
Pecuária de corte 9,5
Milho 8,7
Soja 7,4
Suínos 5,6
Mandioca 5,5
Fumo 4,2
Feijão 3,8
Café 3,5
Arroz 2,7
Outros 25,4
Fonte : MDA/INCRA, 2000.
Nota-se que maiores rendas anuais, acima de R$ 1 5.000,00 é
percebida por apenas 2,5% do total deste s estabelecimentos e rendas
superiore s a R$ 27.500,00 são obtidas por 0,8% das propriedades
familiares, expondo desta f orma os bai xos re ndimentos deste ti po de
agricultura. Em termos me nsai s grande parte dos estabelecimentos
recebe em média R$ 250,00, não alcançando portanto o equivalente a
um salári o míni mo vigente.
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T A BE L A 05 – B R AS I L – A GR I C UL TO R E S F AM ILI AR E S – P E R C E NT A GE M
DE E S T AB E LE CI M E N TO S E Á R E A , S E G U N DO OS G R UP OS D E R E N D A
A GR Í C OL A T O T AL ( E M R E AIS ).
Grupos de Renda % nos Estabelecimentos % na Área
Total
Até 0 8,2 10,8
Mais de 0 a 3.000 68,9 48,9
Mais de 3.000 a 8.000 15,7 23,7
Mais de 8.000 a 15.000 4,6 9,1
Mais de 15.000 a 1,7 4,4
27.500
Mais de 27.500 0,8 3,1
Fonte : MDA/INCRA, 2000.
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T A BE L A 06 – A GR I C U L T UR A F AM I LI AR – P AR TI CIP AÇ ÃO P E R CE N T UA L
D A R E GI Ã O N OR TE E DO E S T A DO DO P A R Á N O N ÚM E R O D E
E ST A BE LE CI M E N T OS , Á R E A E V AL OR B R U T O D A P R O D UÇ Ã O (VBP ). *
% Estab. s/
Estab. Total
Categorias
% Área s/
Área total
(em ha)
1000 R$
Total
Total
VBP
85,17
30,47
4.139.369
18.117.725
107.768.450
Agricultura
Familiar
100
47.796.469
4.859.864
353.611.242
Brasil
Total
9,20
6,18
380.895
21.850.960
Agricultura
1.352.656
Familiar
9,78
16,50
446.175
2.321.939
58.358.880
Norte
Total
3,77
2,46
183.596
8.727.343
602.132
Agricultura
Familiar
4,52
6,36
206.404
1.026.711
22.520.229
Total
Pará
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T A BE L A 07: E ST A D O D O P AR Á E M U NI CÍ P IO S DE P E S Q UIS A -
E ST A BE LE CI M E N T OS , Á R E A E V AL OR B R U T O D A P R O D UÇ Ã O (VBP ),
TO T AI S E P E R TE N CE N TE S A A GR I C U L T UR A F AM I LI AR .
Estabeleci Área VBP
mentos (Ha) R$1000
Área de Agr. 1.428 17.356 3.769
Pesquisa Familiar
Total 1.612 36.051 6.041
Curuçá Agr. 209 3.811 530
Familiar
Total 232 6.990 1.233
Marapani m Agr. 953 6.980 2.532
Familiar
Total 1.073 16.735 3.214
Terra Alta Agr. 204 4.045 452
Familiar
Total 242 9.712 1.418
S. J. Ponta Agr. 62 2.520 155
Familiar
Total 65 2.614 176
Pará Agr. 183.596 8.727.3 602.132
Familiar 43
Total 206.404 22.520. 1.026.711
229
Fonte : Censo Agropecuário 1995/96 (in IBGE/SIDRA, 2007).
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Intermediários são os atores que atuam na comercialização intermediando os
contatos entre o produtor e o consumidor final. Intermediário Primário são aqueles
atores que compram a produção diretamente no meio rural. Intermediários
Secundários são aqueles que compram as produções agrícolas de um Intermediário
Primário e, finalmente, os Intermediários Terciários são aqueles que adquirem as
produções apenas dos Secundários. Estes três níveis podem ou não repassar os
produtos ao consumidor final, dependendo da finalidade para o qual atuam.
Quando em uma cadeia há a presença de Intermediários Terciários (ou superior)
temos normalmente a presença dos “agentes”, que iniciam a cadeia de
intermediação sob tutela destes (ver Nível 4).
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As frutas minimamente processadas “são aquelas que após passarem
por algumas etapas de processamento são oferecidas ao mercado
consumidor de forma mais prática e atraente”
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A PRODUÇÃO DE FRUTAS NO
SALGADO PARAENSE
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Frutas tradicionais ou nativas são aquelas de ocorrência natural na região
Amazônica.
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Exotica é a denominação local das frutas que não são nativas da Região
Amazônica.
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Sergipe (3º lugar), São Paulo (2º lugar) e Bahia que mantém a
liderança. Houve uma queda na produção de 70,21 % e de 57,07% na
área col hida, o que resulta també m em diminuição da produ tividade,
saindo de 9,78 t/ha, em 1996, para 6,79 t/ha, em 1999,
representando uma per da de 30,57% (Santana & Silva, 2002).
Uma das razões para esta queda na produção e área colhida foi
a diminuição dos preços do produto comercializado na Ceagesp - SP,
caindo de US$ 0,32/kg em 1997, para US$ 0 ,15/kg em 1999, em
função do aumento de oferta l ocal, da Bahia, Sergipe e Minas Gerais,
que apresentam custo de transporte mai s compe titivo do que o
maracujá paraense, assim como a maior produtividade obtida nesses
centros produtores (Agrianual, 2003).
A partir da virada do século, a produção paraense e nsaia uma
retomada, com a v olta para o quarto lugar no ranking dos produtores,
fruto da expansão na área pl antada, colhida e na produção física.
Entretanto, o aumento da produção física não te m correspondido
necessariamente a um aumento da rentabilidade co m a cultura.
Grande maioria dos produ tore s de maracujá encontra -se na
categoria dos proprietári os de alguma parcela de terra, possui ndo e m
conjunto um total de 1.445.320 pés da fruta, q uantidade muito
superior aos produtores que declaram -se arrendatários, parceiros ou
ocupantes (2.506, 2 .336 e 328.512 pes, respectivame nte)
(IBGE/SIDRA,2007).
Dentro do Estado, a me sorregiao do Nordeste paraense (onde
os municípi os desta pesquisa estão inseridos) junto com a região
metropolitana de Belém respondem por quase 9 0% da produção
deste fruto, obtendo mai ores destaques os municípios de Curuçá e
Igarapé-Açu (Reymão & Puty, 2006).
Há inegavelmente uma grande concentração da produção de
maracujá na me sorregião Nordeste do Pará conf orme a Tabela 16,
que se somada à Metrop olitana de Belém, repre senta quase 90% da
produção do estado. Dentro desta região, existem alguns municípi os
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T A BE L A 08: M E S O E M I CR O R R E GI Õ E S P R O D U TOR AS DE M AR AC U J Á N O
E ST A DO DO PA R Á, Q U A NT I DA D E P R O D UZ I D A E V ALO R E S
R E CE BI DO S .
Maracujá
Produção (t) Valor (mil
Abs % ² Abs
reais) % ²
BRASIL 479.8 309.9
Estado do Pará ¹ 45.29
13 9,44 18.11
39 5,84
MESORREGI MICRORREGI 7 4
Metropolitana
ÕES de Belém
ÕES 2.970 6,56 1.094 6,04
Belém 270 0,60 108 0,80
Castanhal 2.700 5,96 986 5,44
Baixo Amazonas 893 1,97 558 3,08
Almerim 182 6,74 111 0,61
Óbidos 363 0,80 227 1,25
Santarém 348 0,77 220 1,21
Sudoeste Parae nse 431 0,95 312 1,72
Altamira 333 0,74 214 1,18
Itaituba 98 0,22 98 0,54
Marajó 18 0,04 7 0,04
Arari - - - -
Furo de Breves - - - -
Portel 18 0,04 7 0,04
Sudeste Paraense 1.605 3,54 618 3,41
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Conc. Araguaia - - - -
Marabá 30 1,87 11 0,06
Paraupebas 370 0,82 220 1,21
Paragominas 441 0,97 220 1,21
Redenção 24 0,05 3 0,02
S. Félix do Xingu 320 0,71 32 0,18
Tucurui 420 0,93 133 0,73
Norde ste Paraense 39.38 86,9 15.52 85,7
Bragantina 8.7280 19,24 2.7164 14,90
Cametá 10.96 24,27 3.823 21,19
Guamá 7.6929 16,92 5.168 28,51
Tomé-Açu 3.920 8,658 1.257 6,943
Salgado 8.071 17,8 2.561 14,1
¹ Percentuais relativos a participação dentro do Brasil
2 4
² Percentuais relativos a participação de ntro do Estado do Pará
Fonte : SIDRA/IBGE – 2006
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T A BE L A 18: P R O D UÇ Ã O D E M E L A NC I A S E G U N DO AS M E SO E
M I CR OR R E GIÕE S
DO E S T A DO DO P AR Á
Melancia
Produção (t) Valor (mil
Abs % ² Absreais) % ²
BRASIL 1.637.428 477.805
Estado do Pará ¹ 60.719 3,71 20.369 4,26
Mesorregiõe s Microrregiões
Metropolitana de Belém 3.444 5,67 718 3,52
Belém 144 0,24 58 0,28
Castanhal 3.300 5,43 660 3,24
Baixo Amazonas 19.597 32,27 8.079 39,66
Almerim 750 1,24 300 1,47
Óbidos 1.054 1,74 529 2,60
Santarém 4.000 9,30 1.600 5,59
Sudoeste Parae nse 8.295 13,66 3.751 18,42
Altamira 3.663 6,03 1.897 9,31
Itaituba 4.632 7,63 1.855 9,11
Marajó 290 0,48 132 0,65
Arari - - - -
Furo de Breves - - - -
Portel 290 0,48 132 0,65
Sudeste Paraense 9.073 14,94 2.979 14,63
Conc. Araguaia 88 0,14 34 0,17
Marabá - - - -
Paraupebas 390 0,64 156 0,77
Paragominas 8.325 13,71 2.669 13.10
Redenção 110 0,18 55 0,27
S. Félix do Xingu 60 0,10 15 0,07
Tucurui 100 0,16 50 0,25
Norde ste Paraense 20.020 32,97 4.710 23,12
Bragantina 2.790 4,59 558 2,74
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Edafoclimáticas refere-se às condiçoes de clima e solo favoraveis ou nao ao
cultivo de uma determinada cultura.
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T A BE L A 09: P R O D U TOR E S D E A B A CA XI NO E S T A DO DO P AR Á
SE GU N D O M E SO E M I CR OR R E GIÕ E S .
Abacaxi
Mesorregiões Microrregiões Produção (t) Valor (mil reais)
Abs %² Abs %²
BRASIL 1.528.313 814.309
Estado do Pará ¹ 268.124 17,54 140.551 17,26
Metropolitana de Belém 2.726 1,02 1.015 0,72
Belém 1.200 0,45 420 0,30
Castanhal 1.526 0,57 595 0,42
Baixo Amazonas 5.536 2,06 2.032 1,45
Almerim 408 0,15 204 0,15
Óbidos 486 0,18 295 0,21
Santarém 4.642 1,73 1.533 1,09
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F I G UR A 03: M U N I CÍ P I OS Q UE C OM P ÕE A R E GI Ã O DO S A L G A DO
P AR AE NSE
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ter iniciado bem recentemente seus cultivos da fru ta. Também estes
municípios possuem uma historia sóci o -cultural muito próxi ma,
vindo a favorec er um estreito intercambio entre si, além de estarem
interligados pela rodovia PA 136 vindo a i nte nsificar e aprofundar o
nivel das varias relacoes sócio-economicas- insti tucionais que se
estabeleceram. Este intercambio é dificultado c om outros municípi os
vizinhos por não haver nenhuma f orma de ligação direta com eles, a
exceção de Castanhal, onde se inicia a rodovia.
O município de Curuçá
A origem do municípi o de Curuçá está relacionada á presença
dos missionários da Companhi a de Jesu s na região às margen s do ri o
Curuçá, durante o século XVII, a parti r do estabelecimento de
missões religiosas naquele territóri o. Pri meiramente, os padres
jesuítas ficaram acampados na localidade hoje conhecida por Abade,
mas c omo o lugar não l hes provia das condi ções básicas de
sobrevivência (água escassa e ruim), partiram em busca de um lugar
melhor. Às margens do ri o Curuçá, encontraram uma feitoria de
pesca e, no mesmo l ocal, acabaram por fundar uma fazenda,
batizando-a com o mesmo nome do rio (que na lí ngua tupi significa
“cruz”), denomi nação esta que perdurou até 1755. A fazenda, erguida
sob a dev oção de Nossa Senhora do Rosári o, posteriormente, deu
origem à atual cidade de Curuçá. Com a expulsão dos jesuítas, em
decorrência da Lei Pombali na de 1755, o Governador e Capitã o-
General do Grão- Pará, Francisc o Xavier de Mendonça Furtado,
elevou a Fazenda Curuçá à categoria de Vila, com o nome de Vila
Nova D’El Rei, constitui ndo, assim, o Municípi o (SEPOF,2006).
A sede municipal tem as seguintes coordenadas geográficas:
00º 43’ 48” de latitude Sul e 47º 51’ 06” de longi tude a Oeste de
Greenwich. Limita-se ao Norte com o Oceano Atlântico, ao Leste
com o mu nicípio de Marapanim, ao Sul com o Município de Terra
Alta e a Oeste com os mu nicípios de São Caetano de Odivelas e São
66
CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO: FRUTAS DO SALGADO PARAENSE
O município de Marapanim
O nome Marapanim vem da língua Nheengatu que, na tradução
para o português, significa “borboleti nha da água” ou “borboletinha
do mar” e era a denomi nação que os índios da região dav am a um rio
que ali corria, em cujas margens encontrava -se grande nú mero de
pequenas borboletas.
A origem do municípi o d e Marapanim também está relacionada
à prese nça dos missi onários da Companhi a de Jesus na Região do
Salgado parae nse. Naquela região, os padres jesuítas fundaram uma
fazenda, que chamaram de Bom Intento. Com o c onfisc o dos be ns
dos jesuítas, em decorrência da Lei Pombali na de 1755, já referida, a
propriedade f oi entregue a particulares, chegando ao domíni o do
padre José Maria do Valle, que dela separou uma parte, dando -a para
criação de uma freguesia, conhecida como Freguesia do Bom Inte nto
(SEPOF, 2006).
A sede municipal tem as seguintes coordenadas geográficas:
00o 2’42” de latitude Sul e 47o 41’45” de longi tude a Oeste de
Greenwich. Limita-se ao Norte com o Oceano Atlântico, ao Leste
67
JOSE ADRIANO MARINI
68
CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO: FRUTAS DO SALGADO PARAENSE
69
JOSE ADRIANO MARINI
faz-se à região das praias) devido á sua col onização, onde cada
agrovila f oi formada por u ma, duas ou no máximo três grupos
familiares que, com seus descendentes, hoje pov oam as referidas
agrovilas. As áreas produ tivas, que via de regra circundam as
agrovilas, eram a pri ncipi o grandes posses de florestas destes
mesmos colonizadores haja vi sto que no período de ocupação não
havia quem as reclamasse. Com o tempo estas áreas foram sendo
divididas para os filhos e posteriormente estes fi lhos dividiam -na
com os netos, que é a geração predominante em todas as agrovilas
pesquisadas. Com esta divisão, hoje o tamanho das propriedade s
ficam em tono de 10 ha e muito raramente estes grupos possuem
algo maior que esta área. Tamanhos maiores que os 10 ha aparecem
apenas sob a guarda da geração dos pais, que ainda não repartiram
oficialmente com os filhos suas áreas de produção. Mesmo que estes
descendentes possuam áreas maiore s, o excedente aos 10 ha ou são
mantidos como reservas de floresta para extração de madeira quando
precisarem ou cedem-na a parentes (geralmente pri mos e sobrinhos)
que por algum motiv o já não possuem terras; os filhos que não
possuem propriedade s trabal ham nas mesmas áreas que os p ais. Isto
se explica pela atividade produtiva que usa estritamente a mão de
obra da família, sem empregados assalariados (mesmo que
temporários) e pri ncipalme nte sem o auxili o de qualquer tipo de
maquinári o.
Áreas maiore s e produções maiore s do que a médi a
microrregional ficam a cargo dos “novos moradores”, comumente
reformados das forças militares ou pensi onistas e aposentados dos
serviços públicos que ou ainda moram e m Belém ou cidades
próximas ou mudaram -se em definitivo para suas áre as nos chamados
“interiores”, quando dedicam-se a atividade agrícola.
Dessa forma, os limite s territoriais oficialmente estabelecidos
não são percebidos na vida quotidiana de seus moradores. Apenas as
agrovilas e a sede dos mu nicípios c onstituem -se em marcos de
70
CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO: FRUTAS DO SALGADO PARAENSE
71
JOSE ADRIANO MARINI
72
CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO: FRUTAS DO SALGADO PARAENSE
A COMERCIALIZAÇÃO DE FRUTAS DA
AGRICULTURA FAMILAR DO SALGADO
PARAENSE
Este capítulo foi elaborado com base nas observa ções colhidas na
região do Salgado Paraense junto aos núcleos agrícolas familiares;
observações e stas siste matizadas em 160 questionários respondidos
por 97 famílias de agricultores nas agrovil as perte ncentes
geograficamente ao território de Curuçá e mais 63 famílias
localizadas em agrovilas perte ncentes aos ou tros municípi os
abrangidos por este estudo. Também fazem parte deste capi tulo as
informações obtidas com os agentes responsáveis pela aquisição das
frutas produzidas no Salgado Paraense, com os distr ibuidores
varejistas situados nos municípios de Belém e Castanhal e também
aquelas colhidas junto aos permissionários sediados nas CEASAS dos
municípios de São José do Rio Preto, Ri beirão Preto e Campinas, no
interior do Estado de São Paulo além daqueles s ituados na
CEAGESP da capital paulista.
Cada familia que contribuiu para esta pesquisa possui entre 6 e
11 membros, tendo-se maiores núcleos familiares na região de
Marapani m, na média há, na região de estudo, 8,5 pessoas que
constituem este núcleo. Com exceção da mãe e de alguma filha mais
nova, todos as pe ssoas da familia que residem na mesma casa
trabalham nas mais variadas atividades agrícolas dentro da unidade
de produção, exceção a esta regra é Marapanim, que por ser uma
cidade litorânea, faz com qu e muitos membros da familia deixem a
área rural para trabal har de venderor ambulante nas praias. Desta
forma há em média por gru po familiar constituí do na região de
pesquisa 5,75 pessoas que residem na casa e trabalham no campo
(Tabela 10).
73
JOSE ADRIANO MARINI
T A BE L A 10 N ÚM E R O DE M E M BR OS D AS F AM Í LI A S P E S Q UIS A D A S E DE
M E M BR OS F AM I L I A R E S Q UE T R A B A LH AM N A A G R IC U L T UR A N OS
M U NI CÍ P I O S D E C UR U Ç Á , M AR AP A NI M , T E R R A A L T A E S ÃO
J O ÃO DA PO NT A.
Nº. Total de Membros Nº. de pessoas da
por família pesquisada familia que
trabalham na
agricultura
Curuçá 8 6
Marapani m 11 4
Terra Alta 9 8
S. J. Ponta 6 5
74
CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO: FRUTAS DO SALGADO PARAENSE
T A BE L A 11: N UM E R O DE A G R O VI L A S E P R O D U TOR E S F AM I LI AR E S NO S
M U NI CÍ P I O S D E C UR U Ç Á , M AR AP A NIM , T E R R A A L T A E
S Ã O J O ÃO DA P O NT A
Nº. de Famílias
Nº. de Agrov.
Pesquisados³
Agricultores
Nº Total de
Nº. total de
Familiares²
Produtores
% s/ total
% s/ total
Agrov.¹
Pesq.
Pesq.
53
14
97
698
26,4
79,9
557,75
Curuçá
49
36
207
18,3
4.732
4,37
Marapani m
37
604
14
24,3
80,5
13,3
Terra Alta
75
JOSE ADRIANO MARINI
08
459
13
62,5
74,75
16,2
S. J. Ponta
37
920
138
26,8
160
6.493
14,1
Totais
A cultura do maracujá
76
CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO: FRUTAS DO SALGADO PARAENSE
T A BE L A 12. N UM E R O DE A G R O VI L A S V OL T A D AS A A T IVI D A DE
A GR Í CO LA ,.
familiar (ha)
de Maracujá
de maracujá
por unidade
/ Agrovila ¹
Área média
agricultura
Nº total de
Produtoras
produtoras
voltadas a
Agrovilas
Famílias
famílias
50Nº. de
65
3
3.650
Curuçá
33
264
1
Marapani m
37
12
444
0,6
Terra Alta
08
24
1
S. J. Ponta
4328
-
88
128
Totais
77
JOSE ADRIANO MARINI
T A BE L A 13: Q U A N TI D A DE DE M AR AC U J Á P OR CL A SSIF IC AÇ ÃO , P OR
U NI D A DE F AM I LI AR E T OT A L P R O D UZ I D O N OS M U NI C ÍP IOS DE
C UR UÇ Á , M AR AP A N I M , T E R R A A L T A E S Ã O J O ÃO DA P ON T A .
unidade
familiar
Borréia
Total
AAA
AA
400
415
1,10
2.000
1.200
4.015,00
Curuçá
125
75
25
25,8
0,95
250,80
Marapani m
78
CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO: FRUTAS DO SALGADO PARAENSE
200
120
50
29,6
0,90
399,6
Terra
Alta
10
1,20
2,00
7,2
0,85
20,40
Ponta
S. J.
-
477,00
477,60
4.685,8
2.335,00
1.396,20
Totai s
79
JOSE ADRIANO MARINI
F I G UR A 05. P L A NT I O T Í P I C O DE M AR A C UJ Á N A R E GI Ã O DO S A L G A DO
P AR AE NSE , LO C ALI D A D E DE BO A VIS T A, M U NIC ÍP IO DE M AR AP A NIM .
80
CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO: FRUTAS DO SALGADO PARAENSE
81
JOSE ADRIANO MARINI
F I G UR A 06: R AM AL DE UM SI TI O O N D E S Ã O CO LO CA D AS AS C AI X AS DE
M AR A C UJ Á A BE I R A D A E S T R A D A N A A GR O VIL A DE B E LA V IS T A ,
M U NI CÍ P I O DE M AR AP A NIM
82
CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO: FRUTAS DO SALGADO PARAENSE
F I G UR A 07: E S TR A D A VI C I N AL P OR O N DE E SC OA A P R OD U Ç ÃO DE
M AR A C UJ Á SI T U A D A E N T R E A S A GR O VIL AS DE N AZ A R É
DO T I JOC A E ÁGUA BO A, N O M U N ICÍP I O D E C UR U Ç Á
83
JOSE ADRIANO MARINI
8
Designação dos frutos que não se prestam para a comercialização in natura.
84
CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO: FRUTAS DO SALGADO PARAENSE
valores bru tos). De stes valores são desc ontados pel o i ntermediário o
valor de cada caixa de madeira e ntregue (de smontada) fixado e m R$
2,00, o kilo do prego R$ 3 ,50 (que dá para fechar 20 caixas, e ntão R$
0,175 por cai xa) mai s R$ 2,00 por descarga de cada caixa na
CEAGESP-SP (o val or real desta operação na C EAGESP fica em
torno de R$ 0,29 por caixa), e a comi ssão do atacadista, que fica em
torno de 15% segundo i nformaçõe s col hidas in loc o. Acrescenta -se a
isto u m frete de R$ 3,00 por caixa ( Tabela 14). Tem-se um total de
descontos em torno de R$ 10,175 por caixa, o que dá em valores
líquidos R$ 9,825 pelo campeão, ou R$ 0,755 por kilo da fruta.
Todos os débitos são pagos com 30 a 45 dias de prazo.
T A BE L A 14: C A TE G OR I AS DE DE S CO N T OS P OR C AI X A DO M AR A C UJ Á
TI P O CA M P E ÃO P R O D U Z I DO N A R E GI AO D A P E SQ UIS A E E N VI A DO
P AR A C OM E R CI ALI Z A Ç ÃO N A CEAGESP/SP.
Salgado a São
Madeira para
Descarga na
Comissão¹
CEAGESP
Frete do
Pregos
Paulo
Total
3,00
0,175
2,00
2,00
3,00
10,175
Valore s
85
JOSE ADRIANO MARINI
COM E R CI ALI Z AÇ ÃO DO M AR AC U J Á P R O D UZ I D O NO S A L G A DO
P AR AE NSE
86
CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO: FRUTAS DO SALGADO PARAENSE
87
JOSE ADRIANO MARINI
P E R M I SSI O N ÁR I O N A CEAGESP/SP
88
CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO: FRUTAS DO SALGADO PARAENSE
F I G UR A 10: C AI X AS DE M AR AC U J Á OR I U N DO S DE T E I XE IR A DE
F R E I T AS (B A ) D I SP O NÍ V E I S P AR A COM E R CI A LIZ AÇ Ã O E M UM
P E R M I SSI O N ÁR I O N A CEAGESP/SP
89
JOSE ADRIANO MARINI
90
CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO: FRUTAS DO SALGADO PARAENSE
91
JOSE ADRIANO MARINI
T A BE L A 15: O P R I M E I R O C A N AL DE CO M E R C I A LIZ A Ç ÃO P AR A Q U AL É
DE STI N A D O O M AR AC UJ Á P R O D UZ I DO N A R E GI ÃO DE P E SQ UI S A :
V AL OR E S DE C OM P R A E V E N D A , U NI D A DE DE CO M E R CI AL IZ A Ç ÃO E
V AL OR E S P A GO E DE VE N D A P OR K G D O F R U TO .
pago(R$) / kg
venda(R$) /
Come rc. p/
Come rc. p/
Unidade de
Unidade de
agric. R$ ¹
kg de fruto
Compra do
Vende R$
de fruto
compra
venda
Valor
Valor
Caixa/13 kg
Caixa/13 kg
Atacadi sta
10,00
15,00
0,769
1,15
Distribuidor
Caixa/13 kg
Caixa/13 kg
15,00
32,00
1,15
2,50
Despolpador
Caixa/13 kg
Sache/1 kg
15,00
1,50²
4,50
1,15
¹ Valores líquidos
92
CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO: FRUTAS DO SALGADO PARAENSE
93
JOSE ADRIANO MARINI
T A BE L A 16: O SE G U N DO C A N A L DE COM E R CI AL IZ AÇ ÃO P AR A Q U AL É
DE STI N A D O O M AR AC UJ Á P R O D UZ I DO N A R E GI ÃO DE P E SQ UI S A :
V AL OR E S DE C OM P R A E V E N D A , U NI D A DE DE CO M E R CI AL IZ A Ç ÃO E
V AL OR E S P A GO E DE VE N D A P OR K G D O F R U TO .
(R$) / kg de
(R$) / kg de
Valor ve nda
Come rc. p/
Come rc. p/
Unidade de
Unidade de
agric. R$ ¹
Compra do
Valor pago
Vende R$
compra
venda
fruto
fruto
Concentrado
Tela/13 kg
Tambor
240 kg
6,00²
5,85
0,55
2,50
Tela/13k
Tambor
190 kg
Polpas
2,40²
5,85
0,45
4,84
g
¹ Valores líquidos
94
CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO: FRUTAS DO SALGADO PARAENSE
95
JOSE ADRIANO MARINI
F I G UR A 11: S AC A DE M AR A CU J Á N A A GR O VI L A N AZ A R É DO T I JOC A -
C UR UÇ Á , E M B A LA D O P A R A VE N D A A V AR E JI ST A S .
96
CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO: FRUTAS DO SALGADO PARAENSE
T A BE L A 17: O TE R CE I R O C A N AL DE C O M E R CI ALIZ A Ç ÃO P AR A Q U AL É
DE STI N A D O O M AR AC UJ Á P R O D UZ I DO N A R E GI ÃO DE P E SQ UI S A :
V AL OR E S DE C OM P R A E V E N D A , U NI D A DE DE CO M E R CI AL IZ A Ç ÃO E
V AL OR E S P A GO E DE VE N D A P OR K G D O F R U TO .
Come rc. p/
Come rc. p/
Unidade de
Unidade de
pago(R$) /
agric. R$ ¹
Compra do
kg de fruto
venda(R$)
Vende R$
/ kg de
compra
venda
Valor
Valor
fruto
Saco/20
12,00
Ruas
2,00
kg
-
-
Saco/20 kg
Feirantes²
Tela/1 kg
12,00
20,00
0,60
2,00
Saco/20 kg
Tela/1 kg
20,00
4,00
0,20
2,00
Ceasa/Belém
Saco/20 kg
Saco/20 kg
18,00
15,50
0,775
0,90
¹ Valores Liquidos
² Produto entregue no l ocal de venda
o na unidade produtora
97
JOSE ADRIANO MARINI
98
CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO: FRUTAS DO SALGADO PARAENSE
A cultura da melancia
99
JOSE ADRIANO MARINI
100
CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO: FRUTAS DO SALGADO PARAENSE
T A BE L A 18: N UM E R O DE A G R O VI L A S , F AM ÍL IA S P R O D U TOR A S DE
M E L A NCI A P OR A GR O VI L A E T O TA L DE F A M ÍLI A S Q UE P R O D UZ E M
M E L A NCI A P OR A GR O VI L A LO C ALI Z A DA S N OS M U NIC Í P IOS DE
C UR UÇ Á , M AR AP A N I M , T E R R A A L T A E S Ã O J O ÃO D A P ON T A .
de melancia
Melancia /
agricultura
Nº total de
Produtoras
produtoras
voltadas a
Agrovilas
Famílias
Agrovila
famílias
Nº. de
de
50
22
1.100
Curuçá
33
41
1.353
Mara
pani
m
37
10
370
Terra
Alta
08
12
96
Ponta
S. J.
-
128
2.919
Totais
101
JOSE ADRIANO MARINI
T A BE L A 19: N UM E R O DE P R O D U TOR E S , P R O D UÇ ÃO E V AL OR M É D IO
R E CE BI DO P E LOS P R O D U TOR E S E M D U AS É P OC A DIF E R E N TE S D E
P LA N TI O D E M E L A NC I A
Época de Plantio
Maio Outro
Nº. de Unidades
recebido (R$)
recebido (R$)
Valor médio
Valor médio
Produtoras¹
% s/ Total
Familiares
% s/ total
Prod. (t)²
Prod. (t)²
Produtoras¹
Nº. total de
Familiares
Unidades
2.168,1
Curuçá
216,8
1000
0,60
0,25
100
90
10
Mara
1290
139,
pani
2.85
0,50
1,00
0,7
95
63
m
2
Terra
821,6
150,5
0,25
0,80
Alta
320
86
50
14
Ponta
288,9
0,25
S. J.
100
96
102
CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO: FRUTAS DO SALGADO PARAENSE
103
JOSE ADRIANO MARINI
104
CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO: FRUTAS DO SALGADO PARAENSE
T A BE L A 20: Á R E A M É D I A P OR U N I D A D E F A M ILI AR , Á R E A TO T AL P O R
M U NI CÍ P I O , P R O D U TI VI D A DE E TO T A L P R O D U Z I DO D E M E L A N CI A NOS
M U NI CÍ P I O S D E C UR U Ç Á , M AR AP A NI M , T E R R A A L T A E S ÃO J O ÃO DA
P ON T A .
Produtividade
Produzido (t)
familiar (kg)
familiar (ha)
Total por
unidade
unidade
kg/ha
Total
1
1.100
2.385
2.168,1
2.168,1
Curuçá
2.706
2.990
2.209,9
1.104,9
Marapani m
370
950
2.567,5
2.567,5
Terra
Alta
96
289
3.010,4
3.010,4
Ponta
S. J.
4272
-
6.614
1.548,2
Totais
105
JOSE ADRIANO MARINI
106
CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO: FRUTAS DO SALGADO PARAENSE
107
JOSE ADRIANO MARINI
T A BE L A 21: V A LOR DE C OM P R A E VE N D A , Q U A N TI D A DE
COM E R CI ALI Z AÇ ÃO D A M E L A N CI A
alizada /
Valor de
Rendime
Come rci
Valor de
Safra (t)
Quantid
(R$/kg)
(R$/kg)
Compra
Venda
Total
(R$)
ade
nto
400.000
Interme
2.000
diários
0,20
0,40
500.000
1.000
0,50
0,75
Praias
Permissi n
CEASA –
300.000
Venda a
1.500
0,20
0,40
ários
108
CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO: FRUTAS DO SALGADO PARAENSE
CEASA –
Produtor
360.000
0,40
900
Direta
Venda
-
pelo
Rodovia
30.000
0,30
100
-
s
222.800¹
Comerci
alizadas
1.114
-
-
Não
1.367.200
6.614
Total
A Cultura do Abacaxi
109
JOSE ADRIANO MARINI
A GR O V IL A E N UM E T O T O TA L DE F A M ÍLI AS P R O D UT O R AS DE A B AC A XI
N A R E GI ÃO DE C UR UÇ Á , M AR AP A N IM , TERR A A L TA E S ÃO JO Ã O DA
PON T A.
Curuçá 50 - 35
Marapani m 33 - 53
Terra Alta 37 - 30
S. J. Ponta 08 15 120
110
CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO: FRUTAS DO SALGADO PARAENSE
P R O D UÇ ÃO , P R O D UÇ Ã O TO T A L P OR U N I D AE F AM ILI A R ,
P R O D UT I V I D A DE E TO T A L P R O D UZ I D O D A C U L T U R A DO A B AC A XI N OS
M U NI CÍ P I O S D E C UR U Ç Á , M AR AP A NI M , T E R R A A L T A E S ÃO J O ÃO DA
P ON T A .
Área Área Prdução Produtividade Total
média Total Total Produzido
por (ha) por t/ha (t)
unidade unidade
familiar familiar
(ha) (t)
111
JOSE ADRIANO MARINI
112
CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO: FRUTAS DO SALGADO PARAENSE
F I G UR A 12: C U LT U R A DE A B AC A XI N A A GR O V IL A DE P IQ UI A TE U A ,
M U NI CÍ P I O DE C UR UÇ Á ,
C OM O M A TO DOM I NA N D O O P L A N TIO .
113
JOSE ADRIANO MARINI
DE C OM E R CI ALI Z A Ç ÃO E XI S TE N TE S N A R E GI Ã O DE P E SQ U IS A .
Outro canal existe nte par a a distri buição das frutas consi ste na
venda direta ao consumi dor, quando os produ tore s ou seus familiares
montam bancas da fruta nos pri ncipais centros consumidores (e mai s
populosos). Ne stes locai s o val or por unidade é de R$ 1,00
principalmente por se tratar de frutos me nores, c ujo peso unitário
fica em torno de 1 Kg. O transporte dos produ tores e das fru tas
ocorre por conta da prefeitura municipal de São João da Ponta, sem
quaisquer ônus para o agricultor.
Nas agrovilas pertencente s aos ou tros municí p ios cujas
produções iniciaram no ano de 2006 o ú nico canal de distri buição até
então, é a venda a um único i ntermediário, Sr. Cleidson, que possui
114
CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO: FRUTAS DO SALGADO PARAENSE
115
JOSE ADRIANO MARINI
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
116
CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO: FRUTAS DO SALGADO PARAENSE
117
JOSE ADRIANO MARINI
118
CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO: FRUTAS DO SALGADO PARAENSE
119
JOSE ADRIANO MARINI
120
CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO: FRUTAS DO SALGADO PARAENSE
121
JOSE ADRIANO MARINI
122
CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO: FRUTAS DO SALGADO PARAENSE
REFERENCIAS
123
JOSE ADRIANO MARINI
124
CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO: FRUTAS DO SALGADO PARAENSE
125
JOSE ADRIANO MARINI
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CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO: FRUTAS DO SALGADO PARAENSE
APENDICE
Nesse sentido, aprese nta -se nessa parte fi nal do e studo u ma análi se
das fraquezas, ameaças, forças e oportunidades da fruticultura no
Pará.
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produtores.
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