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Universidade Federal de Santa Maria

Centro de Ciências Rurais


Programa de Pós-Graduação em Extensão Rural

AGRICULTURA FAMILIAR E CAMPESINATO

Terças-feiras: 8:30-12:30 horas - 4 Créditos – 60 Horas

Professores: Everton Lazzaretti Picolotto – epicolotto@gmail.com


Joel Orlando Bevilaqua Marin - bevilaquamarin@gmail.com
Marcos Botton Piccin - marcospiccin@gmail.com
Objetivos:
A disciplina tem por objeto de estudo as formas sociais familiares de fazer agricultura e as dinâmicas
econômicas e culturais que orientam as ações e as estratégias familiares e individuais. Tendo como um
dos objetivos apontar para a diversidade das formas sociais incluídas nessa classificação, a disciplina
partirá de uma revisão sobre as principais questões levantadas pelo debate em torno do campesinato
e da agricultura familiar no capitalismo moderno e de sua lógica econômica específica. A seguir, serão
tratados temas relacionados à organização social e às práticas culturais das unidades familiares
camponesas, tais como: transmissão do patrimônio familiar, sucessão, casamento, sociabilidade,
relações de gênero, migração. Também serão abordados os processos de diferenciação social,
econômica e estilos de agricultura, além da sua diversidade de constituição e representação política.

Metodologia de ensino
Aulas expositivas e dialogadas, leitura de textos recomendados, elaboração de resenhas dos textos,
análise crítica de filmes e documentários, participação em fóruns e outras atividades no ambiente
virtual no Moodle e apresentação de seminários pelos alunos. A leitura prévia dos textos é
absolutamente fundamental.

Critérios de avaliação
- Apresentação seminário, resenhas, participação em aula e outras atividades.
- Trabalho Final: construção de um artigo acadêmico.
Será observado o domínio teórico do tema abordado, a apropriação da bibliografia vista na disciplina,
a qualidade argumentativa e, para o caso do artigo, a organização do texto e a entrega no prazo
estipulado.

Cronograma das aulas


Aula 1 - Apresentação do Programa e dos critérios orientadores da disciplina
Apresentação dos professores e da turma, dos conteúdos programáticos da disciplina, das
coordenadas teórico-metodológicas que norteiam o plano de ensino, de como serão realizadas as
aulas e as outras atividades complementares, bem como dos critérios de avaliação.

Unidade 1. ABORDAGENS SOBRE O CAMPESINATO E A AGRICULTURA FAMILIAR (Everton Picolotto)

Aula 2 - Desenvolvimento do capitalismo e campesinato: Marx e os marxistas


MARX, Karl. O capital. Livro 1. São Paulo: Boitempo, 2013. Cap. 24 – A assim chamada acumulação
primitiva, pp. 785-833.
VERGÉS BARTRA, Armando. Os Novos Camponeses. São Paulo: Editora da Unesp, 2013. Cap. 1 –
Economia política do campesinato e 2 – Os camponeses em questão, pp. 1-11, 66-114.
Leitura complementar:
ABRAMOVAY, Ricardo. Paradigmas do capitalismo agrário em questão. São Paulo: Hucitec/Anpocs, 1992. Cap. 1 – O saco de
batatas, pp.33-49.
ENGELS, Friedrich. O problema camponês na França e na Alemanha. In: SILVA, José G. & STOLCKE, Verena (Orgs.). A questão
agrária. São Paulo: Brasiliense, 1981, pp. 59-80.
GUIMARÃES, Alberto P. Quatro séculos de latifúndio. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1968. Cap. VI – A formação da pequena
propriedade: intrusos e posseiros, pp. 105-120.
KAUTSKY, K. A questão agrária. São Paulo: Nova Cultura, 1986. Prefácio; Introdução e Cap. II – O camponês e a indústria, pp.
07-22; Cap. VI – O grande e o pequeno estabelecimento de exploração agrícola, pp. 87-108; Cap. VIII – A Proletarização do
camponês, pp, 149-173.
LENIN, Vladimir. Capitalismo e agricultura nos Estados Unidos da América. São Paulo: Brasil Debates, 1980.
LÊNIN, Vladimir. O desenvolvimento do capitalismo na Rússia. São Paulo: Abril, 1982. Cap. 1 – Os erros teóricos dos
economistas populistas, pp. 13-16; Conclusões do capítulo II, pp. 112-121.
MALAGODI, Edgard. A correspondência de Marx com Vera Sassulitch. Raízes, v. 22, nº 02, 2003, p. 10–14.
MARX, K. Rascunhos da carta à Vera Sassulitch de 1881. Raízes, v. 24, n.01 e 02, 2005, p.110-123.
MARX, Karl. O capital. Livro 3. São Paulo: Boitempo, 2017. Seção VI – Transformação do lucro extra em renda fundiária, pp.
675-701; Cap. 47 – Gênese da renda fundiária capitalista, pp. 843-873.
MARX, Karl. Grundrisse. São Paulo: Boitempo, 2011. Cap. Formas que precederam a produção capitalista, pp. 388 – 423.
MARX, Karl. O dezoito de Brumário de Louis Bonaparte. São Paulo: Centauro, 2006. Cap. 7, pp. 127-144.
PALMEIRA, Moacir. Modernização, Estado e Questão Agrária. Estudos Avançados, 1989, p. 87-108.
PRADO JR., Caio. A questão agrária. São Paulo: Brasiliense, 1979. Cap. 1 – Contribuição para análise da questão agrária no
Brasil, pp. 15-85.
SHANIN, Teodor. A definição de camponês: conceituações e desconceituações: o velho e o novo em uma discussão marxista.
Revista NERA, v. 8, n. 7 – jul/dez., 2005. pp. 1-21.
WILKINSON, John. O Estado, a agroindústria e a pequena produção. São Paulo: Hucitec, 1986.

Aula 3 - A singularidade camponesa e sua inserção no capitalismo


CHAYANOV, A. V. La Organización de la Unidad Economica Campesina. Buenos Aires: Nueva Vision,
1974. Caps. 1 e 2, pp. 47-96.
MENDRAS, Henri. Sociedades camponesas. Rio de Janeiro: Zahar, 1978. Introdução, pp. 11-18.
QUEIROZ, Maria I. P. Uma categoria rural esquecida. [1963] In: WELCH, Cliffort et al. (org.) Camponeses
brasileiros: leituras e interpretações clássicas. São Paulo: UNESP, 2009. pp.57-72.

Leitura complementar:
ABRAMOVAY, Ricardo. Paradigmas do capitalismo agrário em questão. São Paulo: Hucitec/Anpocs, 1992. Cap. 2 –
Diferenciação ou identidade: quando o saco de batatas pára em pé, pp. 51-77.
BOSETTI, Cleber José. O camponês no olhar sociológico: de fadado ao desaparecimento à alternativa ao capitalismo. Revista
IDeAS, Rio de Janeiro – RJ, v. 5, n. 2, p. 08-32, 2012.
CÂNDIDO, A. Os parceiros do Rio Bonito. 9ª ed. São Paulo: Editora 34, 2001. As formas da solidariedade, pp. 87-102.
CARDOSO, Ciro Flamarion. Camponês, campesinato: questões acadêmicas, questões políticas. In: CHEVITARESE, André
(org). O Campesinato na História. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2002.
VELHO, Otávio G. A. C. O conceito de camponês e a sua aplicação à análise do meio rural brasileiro [1969]. In: In: WELCH, C.
et al. (org.) Camponeses brasileiros: leituras e interpretações clássicas. São Paulo: Unesp, 2009, pp. 89-96.
CHAYANOV, A. Sobre a teoria dos sistemas econômicos não-capitalistas. SILVA e STOLKE. 1981. Aquestão agrária. São
Paulo: Brasiliense, pp. 133-164.
CHAYANOV, Alexander. A teoria das cooperativas camponesas. Porto Alegre: Ed. UFRGS, 2017.
CHAYANOV, A; CARVALHO, H. M (Org.). Chayanov e o campesinato. São Paulo: Expressão Popular, 2016.
GARCIA JR, Afrânio. O Sul: caminho do roçado. São Paulo: Ed. Marco Zero/UNB, 1989.
MENDRAS, H. La fin des paysans. (Conclusion e Postface): Paris, Colin, 1976.
PLOEG, J. V der. Camponeses e a arte da agricultura: um manifesto chayanoviano. Porto Alegre/São Paulo, Ed.
UFRGS/UNESP, 2015.
QUEIROZ, Maria I. P. O campesinato brasileiro: ensaios sobre civilização e grupos rústicos no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1973.
Cap. 1 – O sitiante tradicional e o problema do campesinato e Cap. 2 – A posição do sitiante tradicional da sociedade
brasileira, pp. 7-32.
WANDERLEY, Maria N. B. O mundo rural como espaço de vida. Porto Alegre: Ed. UFRGS, 2009. Em busca da modernidade
social: uma homenagem a Alexander V. Chayanov, pp.137-154.
WOLF, Eric. Sociedades camponesas. Rio de Janeiro: Zahar, 1976. Cap. 1 – Campesinato e seus problemas e Cap. 3 –
Aspectos sociais do campesinato, pp. 13-34; 88-129.
Aula 4 – Debate contemporâneo: agricultura familiar e/ou campesinato I
LAMARCHE, H. (Org.). A agricultura familiar: comparação internacional - Uma realidade multiforme.
Campinas: Unicamp, 1993. (v.1). Introdução geral. pp. 13-32.
LAMARCHE, H. (Org.). A agricultura familiar: do mito a realidade. Campinas: Unicamp, 1998. (v.2). Cap.
Lógicas produtivas, pp. 61-88; Cap. Por uma teoria da agricultura familiar, pp. 303-337.
WANDERLEY, Maria N. B. Agricultura familiar e campesinato: rupturas e continuidades. Estudos
Sociedade e Agricultura, Rio de Janeiro, n. 21, 2003, pp. 42-61.

Aula 5 - Debate contemporâneo: agricultura familiar e/ou campesinato II


PLOEG, van der J. D. Camponeses e impérios alimentares: lutas por autonomia e sustentabilidade na
era da globalização. Porto Alegre: UFRGS. 2008. Cap. 1 – Panorama geral; Cap. 2 – O que é, então, o
campesinato? pp. 17-71.
COSTA, Francisco de A.; CARVALHO, Horácio M. Campesinato. In: STEDILE, JOÃO P. (Org.). A questão
agrária no Brasil: interpretações sobre o camponês e o campesinato. vol. 9. São Paulo: Expressão
Popular, 2016, pp. 23-34.
FERNANDES, Bernardo M. Questão agrária e capitalismo agrário: o debate paradigmático de modelos
de desenvolvimento para o campo. Reforma Agrária, ano 35, v 01 n. 02, 2014, pp.41-53.

Leitura complementar:
BOLTVINIK, J. Pobreza y resistencia del campesinado. Teoría, revisión bibliográfica y debate internacional. Mundo Siglo XXI,
vol.8 (28), p.19-30, 2012.
BRUMER, A. et al. A exploração familiar no Brasil. In: LAMARCHE, H. A agricultura familiar: comparação internacional.
Campinas: Editora da Unicamp, 1993.
CARVALHO, Horácio M. (org.) O campesinato no século XXI: possibilidades e condicionantes do desenvolvimento do
campesinato no Brasil. Petrópolis: Vozes, 2005.
FAO/INCRA. Diretrizes de política agrária e desenvolvimento sustentável. Brasília, 1994 (Versão resumida do Relatório Final
do Projeto UTF/BRA/036).
FERNANDES, B. M. (org.). Campesinato e agronegócio na América Latina: a questão agrária atual. São Paulo: Expressão
Popular, 2008.
GUANZIROLI, Carlos el al. Agricultura familiar e reforma agrária no século XXI. Rio de Janeiro: Garamond, 2001.
HELFAND, S. M.; PEREIRA, V. F.; SOARES, V. L. Pequenos e médios produtores na agricultura brasileira: situação atual e
perspectivas. In: BUAINAIN, A. M. et al. (Eds.). O mundo rural no Brasil do século 21: a formação de um novo padrão agrário
e agrícola. Brasília/DF: EMBRAPA, 2014. p. 533-557.
LAMARCHE, H. (Coord.). A agricultura familiar: comparação internacional: do mito à realidade. Campinas: Editora da
Unicamp, 1998 (v. II).
NAVARRO, Z. A agricultura familiar no Brasil: entre a política e as transformações da vida econômica. In: GASQUES, J.G;
VIEIRA FILHO, J.E.R.; NAVARRO, Z. (2010), A agricultura brasileira: desempenho recente, desafios e perspectivas. Brasília:
IPEA/MAPA, pg. 185-213.
NEVES, Delma P. Agricultura familiar: quantos ancoradouros! In: FERNANDES, B. M.; MARQUES, M. I. M; SUZUKI, J. C. (orgs),
Geografia Agrária: teoria e poder. São Paulo, Expressão Popular, 2007.
MARQUES, Marta I. M. Atualidade do uso do conceito de camponês. In: STEDILE, JOÃO P. (Org.). A questão agrária no
Brasil: interpretações sobre o camponês e o campesinato. vol. 9. São Paulo: Expressão Popular, 2016, pp. 35-53.
PAULINO, Eliane T.; FABRINI, João E. Campesinato e Território em disputas. São Paulo: Expressão Popular, 2008.
PICOLOTTO, Everton L. Os atores da construção da categoria agricultura familiar no Brasil. Revista de Economia e Sociologia
Rural, v. 52, p. 63-84, 2014.
PICOLOTTO, Everton L.; MEDEIROS, Leonilde S. A formação de uma categoria política: os agricultores familiares no Brasil
contemporâneo. In: Delgado, Guilherme C; Bergamasco, Sonia M.P.P. (Org.). Agricultura Familiar Brasileira: desafios e
perspectivas de futuro. 1ed.Brasília: Ministério do Desenvolvimento Agrário, 2017, p. 342-366.
PLOEG, Jan D. van der. Sete teses sobre a agricultura camponesa. Agriculturas: experiências em agroecologia, Edição
Especial, 2009.
SCHNEIDER, S.; e CASSOL, A.P. Diversidade e heterogeneidade da agricultura familiar no Brasil e implicações para políticas
públicas. Seminário Nacional Agricultura Familiar Brasileira – desafios e perspectivas de futuro. Brasília, 13-15 agosto 2014.
SEYFERTH, Giralda. Campesinato e o Estado no Brasil. MANA, n. 17(2), 2011, pp. 395-417.
SEVILLA GUSMÁNN, Eduardo; GONZÁLEZ DE MOLINA, Manuel. Sobre a evolução do conceito de campesinato. São Paulo:
Expressão Popular, 2005.
SOLDERA, Denis; NIEDERLE, Paulo André. O meio do campo em disputa e as implicações da 'nova' classe média rural na ação
pública. Redes, v. 21, p. 93-116, 2016.
VEIGA, J. E. Agricultura familiar e sustentabilidade. Cadernos de Ciência & Tecnologia, Brasília, v.13, n.3, 1996, p.383-404.
WANDERLEY, Maria N. B. O campesinato brasileiro: uma história de resistência. Revista de Economia e Sociologia Rural, v. 52,
2014.
WANDERLEY, M. N. B. Raízes históricas do campesinato brasileiro. XX Encontro Anual da ANPOCS. Caxambu, 1996.

Aula 6 – Representação classista de camponeses e agricultores familiares: sindicatos e movimentos


PICOLOTTO, Everton L. A formação da agricultura familiar no país da grande lavoura: as mãos que
alimentam a nação. Curitiba: Appris, 2022. Caps. 4, 5, 6 e 7, pp. 157-347.
ALMEIDA, Alfredo W. B. Terras tradicionalmente ocupadas: processos de territorialização e
movimentos sociais. Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais, v. 6, n. 1, p. 9-32, 2004.

Sugestão de filme: Terra para Rose, Tetê Moraes, 1987. Ver e fazer um resumo sobre o documentário.

Leitura complementar:
ACSELRAD, H. Ambientalização das lutas sociais: o caso do movimento por justiça ambiental. Estudos Avançados, v. 24, n. 68,
p. 103-119, 2010.
ANDRADE, Maristela P. De pretos, negros, quilombos e quilombolas - notas sobre a ação oficial junto a grupos classificados
como remanescentes de quilombos. Boletim Rede Amazônia, Rio de Janeiro, v. 02, p. 37-44, 2003.
ANDRADE, Maristela P. Mediação e conflitos agrários? uma reflexão sobre processos de mediação entre quilombolas e
aparelhos de Estado. Antropolítica (UFF), v. 27, p. 15-27, 2009.
ALMEIDA, Alfredo W. B. Quilombolas, Quebradeiras de Coco Babaçu, Indígenas, Ciganos, Faxinalenses e Ribeirinhos:
movimentos sociais e a nova tradição. Proposta (Rio de Janeiro), Rio de Janeiro, v. 29, n.107/108, p. 25-38, 2006.
ALMEIDA, Alfredo W. B. Terra de quilombo, terras indígenas, “babaçuais livre”, “castanhais do povo”, faixinais e fundos de
pasto: terras tradicionalmente ocupadas. 2.ª ed, Manaus: PGSCA–UFAM, 2008.
CARTER, M. (org.) Combatendo a desigualdade social: o MST e a reforma agrária no Brasil. São Paulo: Ed. Unesp, 2010.
FAVARETO, Arilson. S. Agricultores, trabalhadores: os trinta anos do novo sindicalismo rural no Brasil. Revista brasileira de
ciências sociais, v. 21 n. 62 out. 2006.
MEDEIROS, Leonilde S. de. História dos movimentos sociais no campo. Rio de Janeiro: Fase, 1989. Introdução e Cap. 1-4.
MEDEIROS, Leonilde S. “Sem terra”, “assentados”, “agricultores familiares”: considerações sobre os conflitos sociais e as
formas de organização dos trabalhadores rurais brasileiros. In: GIARRACCA, N. (org.) ¿Una nueva ruralidad en América Latina?
Buenos Aires: CLACSO, 2001.
PALMEIRA, Moacir. A diversidade da luta no campo: Luta camponesa e diferenciação do campesinato. In: Vanilda Paiva.
(Org.). Igreja e questão agrária. São Paulo: Loyola, 1985.
PICOLOTTO, E. L. Pluralidade sindical no campo? Agricultores familiares e assalariados rurais em um cenário de disputas. Lua
Nova, n. 104, p. 201-238, 2018.
PICOLOTTO, Everton L. Gigante com pés de barro: o trabalho rural como elo frágil do agronegócio em tempos de reformas
trabalhistas. Dados-Revista de Ciências Sociais, v. 67, p. e20210247, 2024.
ROSA, Marcelo. A “forma movimento” como modelo contemporâneo de ação coletiva rural no Brasil. In: Fernandes, Bernardo
et al. Lutas camponesas contemporâneas: condições, dilemas e conquistas. São Paulo: Ed. Unesp, 2009. Vol. II, pp. 95-111.
ROSA, Marcelo Carvalho. Engenho dos movimentos sociais. Reforma agrária e significação social na zona canavieira de
Pernambuco. Rio de Janeiro: Garamond, 2011.
SIGAUD, Lygia M. A luta de classes em dois atos: notas sobre um ciclo de greves camponesas. Dados, v. 29 (3), 1986.
VIEIRA, Flávia Braga. Dos proletários unidos à globalização da esperança: um estudo sobre internacionalismos e a Via
Campesina. Rio de Janeiro: Alameda, 2011.

Unidade 2. REPRODUÇÃO SOCIAL E PRÁTICAS SOCIAIS: O GRUPO FAMILIAR (Joel Marin)

Aula 7 - Família e grupo doméstico


GALESKI, Boguslaw. Sociología del campesinado. Barcelona: Ediciones Península, 1977.
CANDIDO, Antônio. Os parceiros do Rio Bonito. São Paulo: Editora Duas Cidades, 1971.
ALMEIDA, Mauro W. Barbosa. Redescobrindo a família rural. Revista Brasileira de Ciências Sociais, São
Paulo, v. 1, n. 1, p. 66-93, 1986.
MENDRAS, H. La fin des paysans. Arles: Babel, 1992. Chapitre 3.
QUEIROZ, M. I. P. de. O campesinato brasileiro: ensaios sobre civilização e grupos rústicos no Brasil.
Petrópolis: Ed. Vozes, 1973.
SEGALEN, M. Mari et femme dans la societé paysanne. Paris: Flammarion, 1980.
WOORTMAN, K. Migração, família e campesinato. Revista Brasileira de Estudos de População, Rio de
Janeiro, v. 7, n. 1, p.35-51, jan./jun.1990.
Aulas 8-9 - Juventude e infância rural: gerações e processos de sucessão na agricultura familiar
MARIN, J. O. B. Infância rural e trabalho infantil: concepções em contexto de mudanças. Desidades -
Revista eletrônica de divulgação científica da infância e juventude, n. 21, a 6, out-dez, 2018
MARIN, J. O. B. Juventud rural: una invención del capitalismo industrial, Estudios Sociológicos, v.
XXVII: 80, 2009.
MARIN, J. O. B.; FROEHLICH, J. M. (Orgs.). Juventudes rurais e desenvolvimento territorial. Santa
Maria: Editora da UFSM, 2019.
STROPASOLAS, V. L. Redefinições nos processos de socialização das crianças rurais. Raízes, v.31, n.2,
jul-dez / 2011.

Aula 10-11 - Gênero, Campesinato e Agricultura familiar


NEVES, D. P.; MEDEIROS, L. S.. (Orgs.). Mulheres camponesas: trabalho produtivo e engajamentos
políticos. Niterói: Alternativa, 2013.
PAULILO, M. I. S. Mulheres rurais: quatro décadas de diálogo. Florianópolis: Ed. UFSC, 2016.
SCOTT, J. Gênero: uma categoria útil para análise histórica. Educação e realidade, Porto Alegre, RS, v.
20, n. 2, p. 71-99, jul./dez., 1995.
SCOTT, P.; MENEZES, M. A.; CORDEIRO, R. Gênero e gerações em contextos rurais. Porto Alegre:
Editora das Mulheres, 2010.

Unidade 3. A DIFERENCIAÇÃO SOCIAL E ECONÔMICA (Marcos Piccin)


Aula 12 - A diferenciação econômica e social em debates internacionais
SCHNEIDER, Sergio. A pluriatividade na agricultura familiar. 2. ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS,
2009. (Capítulo I. Teoria Social, Capitalismo e agricultura familiar)
NEVES, Delma Pessanha. Diferenciação socioeconômica do campesinato. Revista Ciências Sociais Hoje,
1985, p. 220-241.

Bibliografia complementar
ABRAMOVAY, R. Paradigmas do capitalismo agrário em questão. 2 ed. Campinas: Hucitec, 1998.
BERNSTEIN, H. Capitalism and petty commodity production. Social Analysis: The International Journal of Cultural and Social
Practice, New York, n. 20, p. 11-28, Dec. 1986.
BERNSTEIN, H. African peasantries: a theoretical framework. Journal of Peasant Studies, London, v. 6, n. 4, p. 420-444, 1979.
EIKLAND, S. New rural pluriactivity? Household strategies and rural renewal. In: Norway. Sociologia Ruralis, Oxford, v.39, n.3,
1999, pp.359-376.
ELLIS, F. Rural livelihoods and diversity in developing countries. Oxford: Oxford University, 2000.
ELLIS, F. Household strategies and rural livelihood diversification. Journal of development studies, London (UK), v. 35, n. 1,
p. 1-38, 1998.
ELLIS, F.; BIGGS, S. Evolving themes in rural development 1950s-2000s. Development policy review, Oxford (UK), v. 19, n. 4,
p. 437-448, 2001.
FRIEDMANN, H. Patriarchal commodity production. Journal of Cultural and Social Practice, New York, n. 20, p. 47-55, Dec.
1986.
FRIEDMANN, H. Simple commodity production and wage labour in the American plais. Journal of Peasant Studies, London,
v. 6, n. 1, p. 71-100, 1978.
GOODMAN, D., WATTS, M. (Eds.). Globalizing Food: agrarian questions and global restructuring. London, Routledge, 1997.
GOODMAN, D.; WATTS, M. Reconfiguring the rural or fording the divide? Capitalista reestructuring and the global agro-food
system. The Journal of Peasant Studies, v. 22, n. 1, p. 1-49, 1994.
GOODMANN, D.; REDCLIFF, M. Capitalism, petty commodity production, and the farm enterprise. Sociologia Ruralis, Oxford,
v. 15, n. 3/4, p. 231-247, 1985.
LLAMBI, L. La Economia Politica del Campesiando: apuntes para una nueva agenda teórica y de investigación. Estudios Rurales
Latinoamericanos, Vol. 13, nº 3, 1990.
LLAMBI, L. Las unidades de producción campesina en el sistema capitalista: un intento de teorización. Estudios rurales
latinoamericanos, Vol. 4, nº 2, 1981.
LONG, N. Introdução à Sociologia do Desenvolvimento Rural. Rio de Janeiro: ZAHAR Editora, 1980.
MARSDEN, T. The condition of rural sustainability. Assen, The Netherlands, Van Gorcun, 2003._
MARSDEN, T. Reestructuting Rurality: from order to desorder in agrarian political economy. Sociologia Ruralis, Netherlands,
v.29, n.3/4, p.312-317, 1989.
MARSDEN, T. et al. Beyond Agriculture? Regulating the new rural spaces. Journal of Rural Studies, Great Britain, v.11, n.03,
1995, p.285-296.
MARSDEN, T. et al. Rural Reestructuring: global processos and their responses. London: David Fulton Publishers, 1991.
MENDRAS, H. Sociedades camponesas. São Paulo: Zahar, 1978.

Aula 13 - A diferenciação econômica e social tendo como foco o caso brasileiro


WANDERLEY, Maria de Nazareth Baudel. Um saber necessário: os estudos rurais no Brasil. Campinas:
Unicamp, 2011. (Capítulo I)
WANDERLEY, Maria de Nazareth Baudel. O mundo rural como espaço de vida: reflexões sobre a
propriedade da terra, agricultura familiar e ruralidade. Porto Alegre: UFRGS, 2009 (Segunda Parte: O
Camponês, um trabalhador para o capital p. 71-136)
NEVES, Delma Pessanha. Constituição e reprodução do campesinato no Brasil: legado dos cientistas
sociais. NEVES, Delma Pessanha (Org.) Processos de constituição e reprodução do campesinato no
Brasil, v.2: formas dirigidas de constituição do campesinato. São Paulo: Editora UNESP; Brasília, DF:
Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural, p. 303-324, 2009.

Bibliografia complementar
CONTERATO, Marcelo Antonio. Dinâmicas regionais do desenvolvimento rural e estilos de agricultura familiar: uma análise
a partir do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2008. Tese (Doutorado em Desenvolvimento Rural) - Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, Faculdade de Ciências Econômicas, Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural, Porto Alegre,
2008.
GARCIA-PARPET, Marie-France. Mercado e modos de dominação: a feira e as vinculações de trabalhadores na plantation
açucareira nordestina. In: NEVES, Delma Pessanha; SILVA, Maria Aparecida de Moraes. Processos de constituição e
reprodução do campesinato no Brasil: Formas tuteladas de condição camponesa. Vol. 1. São Paulo: Editora UNESP; Brasília,
DF: Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural, 2009. p. 69-88
HEREDIA, Beatriz M. Alasia de. O campesinato e a plantation. A história e os mecanismos de um processo de expropriação.
In: NEVES, Delma Pessanha; SILVA, Maria Aparecida de Moraes. Processos de constituição e reprodução do campesinato no
Brasil: Formas tuteladas de condição camponesa. Vol. 1. São Paulo: Editora UNESP; Brasília, DF: Núcleo de Estudos Agrários
e Desenvolvimento Rural, 2009. P. 39-68
MOREIRA, Roberto José. Agricultura familiar: processos sociais e competitividade. Rio de Janeiro: Mauad, 1999.
MOREIRA, Roberto José. Terra, poder e território. Rio de Janeiro: Edur; São Paulo: Expressão Popular, 2007.
MOREIRA, Roberto José. Uma visão do papel da agricultura familiar no Brasil. Novos Cadernos NAEA, v. 12, n. 2, p. 57-88,
2009.
SILVA, José Graziano da. Tecnologia e agricultura familiar. Porto Alegre: UFRGS, 1999 (Capítulo 6. Diferenciação camponesa
e mudança tecnológica: um estudo de caso p. 175-208

Aula 14 - A diferenciação econômica e social como especificidade da lógica econômica camponesa


GARCIA JR., Afrânio Raul. Terra de trabalho. Trabalho familiar e pequenos agricultores. Rio de Janeiro:
Paz e Terra, 1983. Capítulo 2.
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Aula 15 - Diferenciação como um processo multidimensional


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