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Conheça as agressões sequenciais e comece a entender como funcionam as

operações profissionais na bolsa de valores

Agressões sequenciais são aquelas em que os investidores institucionais procuram impulsionar o


preço em determinada direção, comprando as ofertas de venda progressivamente mais caras ou, no sentido
contrário, vendendo para as ofertas de compra progressivamente mais baratas. Agressões sequenciais de
compra vão gerar uma alta nos preços e agressões sequenciais de venda tenderão a gerar uma queda.
Agressões sequenciais têm um objetivo: direcionar os preços e provocar uma reação do mercado.
Elas só acontecem em momentos específicos e geralmente são desencadeadas pelos investidores
institucionais, aqueles com poder financeiro suficiente para ter o volume de negociação necessário pra tanto.
Neste artigo vamos ver como elas funcionam e pra que servem.

1.O que são agressões sequenciais?


2.Aprenda a identificar zonas de agressões sequenciais na hora de operar
3.O que uma agressão sequencial significa?
4.Como aproveitar essas agressões na hora de operar
5.Como o Raio X preditivo pode te ajudar a identificar essas grandes Agressões Sequencias
6.Quais as ferramentas/indicadores vão me auxiliar a identificar Agressões do Mercado?
7.Conclusão

Agressões sequenciais, uma vez identificadas, podem ser indícios muito importantes de atuação
institucional e servir como apoio na hora do pequeno trader de varejo tomar as suas decisões de compra, de
venda ou de saída das operações.

1. O QUE SÃO AGRESSÕES SEQUENCIAIS?

Não basta saber diferenciar o que é uma compra e uma venda na bolsa de valores. E isso até é fácil.
Mais importante é saber se as compras e as vendas são agressões (ativas) ou absorções (passivas).
Essas informações mudam completamente a interpretação que faremos do mercado.

O que são agressões?

Entendendo o que são agressões fica fácil saber o que são agressões sequenciais.
Imagine que eu estou vendendo um livro antigo raro. Eu quero vender esse livro por R$ 9 mil. Um
comprador aceita pagar R$ 8 mil.
O melhor preço de venda é R$ 9 mil. O melhor preço de compra é R$ 8 mil. Se os dois lados não se
encontrarem em algum ponto, o negócio não acontece.
Então eu decido que quero vender de qualquer jeito e “agrido” o melhor preço de compra. E vendo
por R$ 8 mil. Essa é uma agressão de venda.
A outra possibilidade era o comprador achar que era uma oportunidade única e, por isso, aceitar meu
preço de R$ 9 mil. Ele agride o melhor preço de venda. Essa é uma compra na agressão, uma compra
agressiva.
Agora imagine que existem muitos vendedores desse mesmo livro e muitos compradores.
Tem 10 vendedores aceitando vender por R$ 9 mil. Uns 12 por R$ 10 mil e 5 por R$ 11 mil.
Então, 10 compradores agridem o preço de R$ 9 mil. Agora, só tem livros por R$ 10 mil e R$ 11 mil.
Vamos concordar que os próximos compradores vão agredir primeiro os 12 vendedores com preço de
R$ 10 mil. Não faria sentido ir direto para os de R$ 11 mil. Então primeiro é necessário esgotar a oferta no
patamar de R$ 10 mil.

Agressões sequenciais na bolsa de valores

Na bolsa de valores é a mesma coisa. As compras e as vendas agressivas, num movimento de


agressões sequenciais, visam fazer com que os preços se desloquem em determinada direção rapidamente,
esgotando a oferta (nas agressões sequenciais de compra) e a demanda (nas agressões sequenciais de venda).
Por exemplo, em agressões sequenciais de venda, o player que as estiver fazendo tem a intenção de
jogar o preço cada vez mais para baixo cedendo aos melhores preços de compra. Os melhores preços de
compra são cada vez inferiores. Tão logo acabem os compradores que aceitem comprar uma ação a R$ 10,
só restarão aqueles que aceitam comprar a R$ 9,99. Depois a R$ 9,98. E assim por diante.
Mas que objetivo teria um participante do mercado em fazer isso? Primeiro vamos saber quem são
esses.

Quem são os responsáveis por enviar essas grandes ordens de compra/venda

Os participantes da bolsa de valores com o poder financeiro suficiente para promover agressões
sequenciais são os chamados players institucionais.
Quem são essas entidades?
Pesquisadores do Instituto Federal de Tecnologia da Suíça, em 2011, fizeram um levantamento e
descobriram que apenas 43 mil companhias transnacionais são de fato representativas de todo capital
mundial.
Algumas estimativas dizem que o dinheiro vivo, mais o crédito e todos os bens circulantes
representariam algo em torno de 170 trilhões de dólares.
É uma estimativa, mas vamos trabalhar com esse valor hipotético que, vamos convir, não é pouco.
Essas 43 mil empresas têm em suas mãos quase que a totalidade desses 170 trilhões de dólares.
Calma que estamos quase chegando nos big players institucionais. Não. Não são esses.
A mesma pesquisa, então, foi mais a fundo e descobriu que, no fim das contas, apenas 174 empresas
controlam direta ou indiretamente quase metade dessas 43 mil.
Como a pesquisa é de 2011 não seria errado supor que a concentração de capital de lá para cá pode
ser ainda maior.
Fazendo um arredondamento didático, vamos dizer que 100 empresas têm em suas mãos, então,
metade do capital mundial.
Dessas, metade, umas 50, portanto, têm intensa participação no mercado de valores, direta ou
indiretamente. Mas certamente comprando e vendendo ações, contratos e minicontratos futuros,
commodities e outros ativos das bolsas de valores mundiais.

Por que os grandes Players deixam de absorver e passam a agredir o mercado?

Aqui está o xis da questão quando falamos de agressões sequenciais. Podemos nos perguntar por que
um investidor institucional decide fazer o preço de um determinado ativo subir ou cair de propósito.
Afinal, se eles estavam comprando até agora, por que eles querem que o preço suba?
E, se estavam vendendo até agora, por que querem que o preço caia?
A resposta para a primeira pergunta é: eles ESTAVAM comprando. Já acabaram de comprar e agora
mudaram o jeito que estão comprando. Passaram a comprar através de agressões sequenciais.
O mesmo para a segunda pergunta: eles ESTAVAM vendendo. Já acabaram de vender e passaram a
vender com agressões sequenciais.
A diferença é que, antes, dependendo do caso, estavam comprando e vendendo, mas na absorção.
Vamos usar o exemplo que antecede as agressões sequenciais de compra, que é mais simples de
entender. Para entender as agressões sequenciais de venda é só inverter o raciocínio.

Agressões sequenciais de compra

Existem algumas etapas que podem anteceder as agressões sequenciais.


Para entendermos todo o contexto, precisamos conhecer as fases do ciclo de mercado, que mostra
como os investidores institucionais agem na maioria das vezes.
Entender as agressões sequenciais isoladamente de nada adianta, mas vamos explicar brevemente
esse ciclo neste tópico.
Primeiro, temos uma tendência de baixa. Todos os participantes do mercado estão pessimistas, alguns
desesperados, se desfazendo dos ativos que compraram no topo, a preços cada vez mais baixos.
Nesse momento, os investidores institucionais estão absorvendo essas vendas. Isto é, os demais
participantes, desesperados, estão agredindo os preços dos institucionais que aproveitam para “encher o
carrinho” a preços cada vez mais baixos. Eles estão na fase que chamamos de “absorção”.
Note que os institucionais, nessa tendência de queda bem definida não fazem agressões sequenciais.
Só absorvem, comprando os ativos que ninguém quer, como se estivessem fazendo um favor ao mercado.
Acontece que, em algum momento, o mercado encontrará um relativo equilíbrio em que a oferta se
igual à demanda. O preço vai lateralizar. Os institucionais aproveitam para encher mais ainda o carrinho a
esse preço mais estável, que consideram justo. Enquanto isso, muito dinheiro e ativos vão trocando de mão.
Muitos apostam na continuidade da queda abrindo posições vendidas.
Depois de um tempo e de alguns testes de oferta, que vão garantir ao institucional que não entrará
mais nenhum player na jogada com força suficiente para dar continuidade à queda, o big player em atuação
voltará a comprar com força.
Mas, desta vez, não passivamente. E sim ativamente. Com agressões sequenciais de compra.
Esses profissionais vão, então, esgotar as ofertas de venda a preços progressivamente mais altos, de
uma maneira muito rápida. Isso vai provocar uma pancada para cima.
Quem abriu posições vendidas vai comprar porque é assim que se encerram operações de venda: eles
não querem levar prejuízos maiores do que já levaram nessa pancada para cima. Quem vir o rompimento
também vai comprar, querendo aproveitar a provável alta.
E como todo o resto do mercado passa a agredir na compra, depois das agressões sequenciais do
investidor institucional ele já não precisa mais continuar a comprar nem na absorção nem na agressão. Pelo
contrário, ele começa a vender a preços cada vez mais caros os ativos que comprou na tendência de queda
(na ocasião, a preços baixos).

Ressalva

Este é só um exemplo de agressões sequenciais. Elas podem acontecer a qualquer momento no


gráfico dos ativos e cabe a você, com o uso das ferramentas do Raio X Preditivo e os conceitos aplicados,
determinar se se trata de fato desse tipo de fenômeno e sua relevância para suas análises.

2. APRENDA A IDENTIFICAR ZONAS DE AGRESSÕES SEQUENCIAIS


NA HORA DE OPERAR
Identificar agressões sequenciais pode ser fundamental para o sucesso de seus trades na bolsa de
valores.
Infelizmente, boa parte das metodologias difundidas no mercado brasileiro e mundial não abordam
esse conceito.
Uma das consequências mais imediatas e óbvias de agressões sequenciais é que, a partir delas,
costumam se desenvolver suportes e resistências que, para pessoas que não conhecem esse conceito,
permanecem invisíveis.
É de se imaginar que, a partir de agressões sequenciais de compra, o preço a partir do qual elas
surgiram se transformam num suporte: os players vão defender aquela região pois colocaram muitas “fichas”
ali.
E, do mesmo modo, a partir de agressões sequenciais de venda, define-se uma região de resistência,
pois os players que venderam agressivamente nessa região não vão querer que o preço fique acima dela.
As agressões sequenciais são facilmente identificadas pelo volume dilatado de negócios facilmente
identificado com indicadores como o Sato’s Bar, de que falaremos mais abaixo.

3. O QUE UMA AGRESSÃO SEQUENCIAL SIGNIFICA?

Uma agressão sequencial significa que um player de maior porte, provavelmente um investidor
institucional, com poder financeiro suficiente, identificou que o mercado está em equilíbrio, com baixa
demanda ou oferta, conforme o caso, e está pronto pra sofrer um desequilíbrio.
As agressões sequenciais nada mais são do que um “empurrãozinho” que o investidor institucional dá
pra que o mercado pegue no tranco e vá na direção desejada. A partir daí, se for uma agressão de compra, ele
poderá vender ativos passivamente cada vez mais caros e, se for uma agressão de venda, poderá comprar
ativos cada vez mais baratos.

4. COMO APROVEITAR ESSAS AGRESSÕES NA HORA DE OPERAR

Se temos agressões sequenciais de compra, validadas por outros conceitos e ferramentas do Raio X
Preditivo, podemos nos posicionar na compra também, pois é o desejo do investidor institucional em
atuação que o valor do ativo suba. E ele tem cacife financeiro para conseguir isso. Não há razão pra que nos
posicionemos na direção contrária. Nosso stop de proteção pode ficar abaixo do candle em que as agressões
sequenciais aconteceram. Ou em outro ponto, como abaixo da acumulação que antecedeu as agressões
sequenciais. As agressões sequenciais, com muita probabilidade, marcam um ponto que esses institucionais
vão defender com todas as forças. Uma vez perdidas, é prudente sair delas, pois, supostamente o player
desistiu de defendê-la.
Nas agressões de venda, podemos entrar em posições vendidas, com o stop de proteção acima delas
ou acima da lateralização que definiu uma zona de distribuição de ativos. O player em atuação não deseja
que os preços fiquem acima dessa região e, se ela for perdida, é prudente que se abandone a operação.
No entanto, esse tipo de critério, mesmo havendo a probabilidade de a operação ir pra região de
perdas, têm grande probabilidade. Além disso a relação risco ganho é boa: baixo risco (stop loss curto) e
altas probabilidades de ganho (stop gain longo).
Além disso, as ferramentas do Raio X Preditivo permitem a saída das operações antes dos stops sem
peso na consciência através da validação da permanência ou não a partir da observação do comportamento
do volume: se o volume das pernadas na direção de nossa operação estiver diminuindo é provável que o
mercado esteja perdendo a força. Da mesma forma, um ritmo de subida ou de queda muito forte pede
prudência.
5. COMO O RAIO X PREDITIVO PODE TE AJUDAR A IDENTIFICAR
ESSAS GRANDES AGRESSÕES SEQUENCIAS

O Raio X Preditivo é uma metodologia que considera o volume como a causa dos movimentos de
preço e, por consequência, o principal fator a ser analisado pelos traders.
O volume é o combustível do mercado e é ele que move a cotação dos ativos, seja pra baixo, seja pra
cima. O preço, nesse contexto, é mero efeito, consequência. Ora, se queremos antecipar os efeitos,
precisamos analisar e acompanhar as causas.
Para isso, o Raio X Preditivo se vale de ferramentas e conceitos voltados para o volume. No entanto,
percebemos que muitos, se não a maioria, dos cursos ministrados no Brasil continuam a seguir o preço,
através de padrões e indicadores do preço derivados.
Outra forma de definir o Raio X Preditivo é como o estudo da atuação dos grandes players
institucionais, pois são eles os participantes que são responsáveis pela maior parte do volume da bolsa de
valores.

Liquidez para se posicionar no mercado. Acumulações e distribuições do mercado. São os processos de


consolidação de máxima e mínima do mercado.(Alguém monta uma posição ou distribui uma posição).

Tape reading

Montando um Candle:

Abertura + Fechamento (independente se a ordem do candle corresponde à baixa ou alta de mercado) =


Corpo

O resto que sobra, (máxima ou a mínima), se torna pavio.

Como analisar o contexto de formação de gatinho?

Estudar a chamada de fluxo.

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