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ANAIS - CASME 2018

ANAIS CASME 2018


Maceió-AL, 07 a 09 de Junho de 2018.

CASME 2018

Saúde Mental,
Reabilitação Psicossocial, Cultura e Arte.
O 2º Congresso e 4º Simpósio Alagoano de Saúde Mental (CASME 2018) foi um evento totalmente 2
multidisciplinar e que esteve repleto de atividades sobre reforma psiquiátrica e o cuidado e
tecnologia em saúde mental. "Saúde Mental, Reabilitação Psicossocial, Cultura e Arte" foi o tema
do evento este ano, que teve como objetivo apresentar aos participantes estratégias para a
reabilitação psicossocial em saúde mental através da arte e da cultura com os instrumentos que
a própria sociedade e comunidade têm para oferecer para os usuários dos serviços de Saúde Mental.
Participaram do evento 507 congressistas, 41 palestrantes e facilitadores, 22 avaliadores além de 35
pessoas envolvidas na organização.
Agradecemos a cada um de vocês!

COMISSÃO ORGANIZADORA
Presidente do Evento
John Victor dos Santos Silva

Coordenadora Geral do Evento


Thyara Maia Brandão

Coordenadora de Comunicação e Divulgação


Hillary de Andrade Pereira

Coordenadora de Secretaria
Bárbara Caroline Ferreira dos Santos

Coordenadora de Monitoria
Bruna Nunes da Silva

Coordenador de Trabalhos Científicos


Lucas Alves da Silva Santos

(INFORMAMOS QUE A RESPONSABILIDADE PELOS RESUMOS É DOS PRÓPRIOS AUTORES)

2º Congresso e 4º Simpósio Alagoano de Saúde Mental – ANAIS – Maceió, Alagoas.


ANAIS CASME 2018
Maceió-AL, 07 a 09 de Junho de 2018.

RESUMO 001_____________________________________________

A IMPORTÂNCIA DA ARTE E DA CULTURA NA REABILITAÇÃO PSICOSSOCIAL

LUANNA ATAIDE COSTA ACIOLY, RAFAELLA DA SILVA SOUZA.

Introdução: Levando em análise a proporção do transtorno psíquico como componente da


diversidade humana, os campos da arte e da cultura são formas importantes de
intervenção na luta antimanicomial e na reabilitação psicossocial. Atividades de arte e
cultura são consideradas como integrantes de um conjunto de estratégia no campo da
saúde, direcionando à produção de subjetividade, construção da cidadania dos indivíduos 3
da atenção. Atualmente, acredita-se que os direitos culturais estão intimamente ligados
aos Direitos Humanos e são pontos de referências para as políticas de avanços, até mesmo
ao SUS. Desta maneira, visa que a diversidade cultural seja não só reconhecida e
valorizada, mas também possa vicejar em condições de equidade, liberdade e dignidade.
Objetivo: Este estudo tem como objetivo realizar uma revisão de literatura sobre a
importância da arte e da cultura na reabilitação psicossocial. Métodos: A pesquisa da
literatura foi realizada na base de dados Scielo, utilizando os descritores: reabilitação
psicossocial, saúde mental, arte e cultura. Foram incluídos 11 artigos publicados entre os
anos de 2004 a 2016. Resultados: Os resultados mostraram os benefícios das oficinas
terapêuticas em pacientes portadores de saúde mental, onde oferecem a expressão dos
usuários e buscam promover autonomia, cidadania e novas relações (não asilares) entre os
sujeitos. Conclusão: Os artigos avaliados evidenciam que as oficinas terapêuticas de arte e
cultura são instrumentos importantes na reabilitação psicossocial, contribuindo para a
ressocialização do paciente, prevenção da internação, suicídio e proporcionando uma
melhor qualidade de vida.
Palavras-chave: Reabilitação psicossocial, Arte, Cultura.

RESUMO 002_____________________________________________

A ARTE NA REABILITAÇÃO PSICOSSOCIAL DOS PACIENTES COM TRANSTORNOS


MENTAIS

PAULA CARVALHO LISBOA JATOBÁ, LETÍCIA WANDERLEY DE AMORIM, MARIA INÊS COSTA MACHADO
GOMES, RAPHAEL ALFREDO MENEZES TENÓRIO, SÔNIA WANDERLEY SILVA PERSIANO,
VINÍCIUS JANUÁRIO LIRA PEREIRA.

Introdução: As pessoas com transtornos mentais ao longo da história foram qualificadas


como “anormais” e “perigosas”, onde o tratamento as submetiam à exclusão social.
Percebe-se, então, que tal grupo necessitava de uma nova concepção de cuidado,
buscando ações que melhorassem sua qualidade de vida e bem-estar. Com base nisso, os
movimentos de Reforma Psiquiátrica propiciaram, na segunda metade do século XX, uma
reconstrução de práticas assistenciais, onde a arte ocupa papel de destaque dentro das
atividades terapêuticas. Objetivo: O trabalho baseou-se em identificar na literatura a
relação da arte com a reabilitação psicossocial de pacientes com transtornos mentais.
Métodos: Tratou-se de uma revisão de literatura nas bases de dados SCIELO e LILACS, de
artigos entre 2009 e 2016. Resultados: A fim de reinserir na sociedade os pacientes com
transtornos mentais, a criação dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) mostrou-se de

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extrema importância a fim de resgatar tal convívio a partir da Terapia Ocupacional. Artes
plásticas, poesia, fotografia, teatro e música foram as modalidades artísticas mais
encontradas. Nelas, os pacientes revelam ampliação de competências pessoais,
reconquista de confiança, desenvolvimento da comunicação, minimização de sentimentos
e comportamentos negativos como agressividade e agitação, diminuição da timidez,
emponderamento, surgimento do senso de pertencimento social e relaxamento. Tais
atividades proporcionam um olhar mais amplo do ser humano por trás dos seus transtornos
psicológicos. Conclusão: Ressalta-se a importância de tratamento extra-hospitalar e a
substituição da reabilitação focada apenas em conceitos biomédicos, aplicando-se a
prática artística como recurso terapêutico relevante na saúde mental dos pacientes.
Palavras-chave: Arte, Saúde mental, Transtorno mental. 4

RESUMO 003_____________________________________________

OFICINAS EXPRESSIVAS EM UM CAPS NO MUNICÍPIO DE MACEIÓ: RELATO DE


EXPERIÊNCIA

DAYANA SARAH CORREIA MARQUES, VANINNA MÁRCIA SANTOS DA ROCHA.

Introdução: A assistência ao paciente com enfoque na saúde mental exige habilidade,


responsabilidade e humanização. O processo de aceitação do tratamento psicossocial
necessita de assistência qualificada e ferramentas que favoreçam o acolhimento e a
segurança do usuário. Buscando a socialização e a interação ativa dos usuários, as
atividades dinâmicas e participativas devem ser incluídas e incentivadas. Objetivo: Relatar
a importância das oficinas expressivas no ambiente terapêutico através da participação
grupal, proposto pelo grupo de atividade prática entre as acadêmicas de enfermagem.
Métodos: Este estudo trata-se de um relato de experiência descritivo, vivenciado por um
grupo de alunos do 7° período de uma faculdade privada, em um centro de atenção
psicossocial (CAPS) no município de Maceió. Realizado no período de março, 2018.
Resultados: As estudantes vivenciaram a partir da elaboração de uma oficina expressiva, a
participação ativa dos usuários do Caps no processo de socialização e interação no meio
terapêutico, indo além do tratamento medicamentoso e explorando as opções de
comunicação no meio social. Desta forma foi possível identificar os problemas e
sentimentos que os pacientes apresentavam naquele momento, facilitando o diálogo
interpessoal e colaborando para a formação de aconselhamento e aceitação. Conclusão: O
presente estudo evidenciou a importância da participação nas oficinas expressivas no
ambiente terapêutico. Pois busca um atendimento de qualidade e de forma singular,
atendendo as necessidades apresentadas naquele momento, com base na interação
interpessoal entre os usuários e o profissional de saúde, através do compartilhamento de
expressões e sentimentos vividos.
Palavras-chave: Oficina expressiva, Saúde mental, Enfermagem.

RESUMO 004_____________________________________________

OS EFEITOS DO USO DA ARTE NA REABILITAÇÃO PSICOSSOCIAL DE PESSOAS COM


TRANSTORNOS MENTAIS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

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Maceió-AL, 07 a 09 de Junho de 2018.

ESTEFANE FIRMINO DE OLIVEIRA LIMA, NÍVEA KELLY SANTOS DA SILVA.

Introdução: Os movimentos de Reforma Psiquiátrica na década de 70 propiciaram a


ascensão de um novo paradigma na assistência aos portadores de transtornos mentais.
Estudos apontam que as práticas artísticas ocupam papel de destaque nas atividades
terapêuticas oferecidas nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Objetivo: Descrever os
efeitos terapêuticos do uso da arte na reabilitação psicossocial de pessoas com transtornos
mentais. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática com metodologia qualitativa, nos
bancos de dados: SciELO, LILACS e Index Psi Periódicos, utilizando os descritores:
“Reabilitação Psicossocial AND arte” e “CAPS AND arte”. Foram incluídos artigos originais
em português, publicados entre 2005 a 2017 e que avaliaram os efeitos do uso da arte
5
como recurso terapêutico na reabilitação psicossocial de pessoas com transtornos mentais.
Resultados: A amostra final contou com 06 artigos, os anos de 2011 e 2016 tiveram o maior
número de publicações. Foram identificadas 03 revistas da área de Psicologia, 02 de Saúde
Pública e 01 da área Interdisciplinar. Foi observada a predominância de trabalhos na região
Sudeste do país. As atividades de arte identificadas nos artigos foram: oficina de artes,
confecção de bonecos(as) de pano, dança e teatro. Os efeitos terapêuticos encontrados
dizem respeito à inserção/ reformulação da sua vida social, autonomia, exercício dos
direitos e expressão dos sujeitos. Conclusão: A realização de atividades de arte que
produzam efeitos terapêuticos na perspectiva da reabilitação psicossocial depende do
reconhecimento dessas atividades como uma forma criativa de trabalho e principalmente
da integração e consideração de todos os atores envolvidos nessas atividades.
Palavras-chave: Arte, Reabilitação psicossocial, Saúde mental.

RESUMO 005_____________________________________________

O USO DO LÚDICO EM UM CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL INFANTO-


JUVENIL: RELATO DE EXPERIÊNCIA

DANIELLE KARLA ALVES FEITOSA, ALYNE SUELLEN SILVA PEDROSA, ISIS HOLANDA PINHEIRO VILELA,
PATRÍCIA MONTEIRO VASCO DE ALMEIDA.

Introdução: Atividades lúdicas são capazes de proporcionar uma experiência completa do


momento associando o ato, o pensamento e o sentimento, podendo ser uma brincadeira,
um jogo ou qualquer atividade que vise proporcionar interação. No âmbito da saúde
mental infantil, o lúdico incentiva a criança na construção, solução de problemas,
socialização e criatividade. Em vista disso, foi realizada uma atividade recreativa com
aplicação de um jogo lúdico, a saber, o bingo, no Centro de Atenção Psicossocial Infanto –
Juvenil (CAPSi) Dr. Luiz da Rocha Cerqueira, em Maceió. Objetivo: Teve por objetivo
promover a interação entre os acadêmicos e as crianças e adolescentes assistidos pelo
CAPSi, bem como auxiliar na promoção do bem-estar, da construção do planejamento, e
do domínio próprio destes pacientes. Métodos: Participaram da atividade 7 pacientes (com
idades de 6 a 17 anos), sendo 5 meninos e 2 meninas. Inicialmente, distribuímos kits
educativos. Em seguida, lemos um texto sobre o papel das emoções, e logo após foi
iniciado o bingo. A atividade proporcionou uma boa integração. Resultados: Foi possível
estimular a alegria, o raciocínio, concentração, trabalhar sentimentos como ganhar,
perder e o respeito ao próximo. Conclusão: Os jogos e as brincadeiras exercem um papel
extremamente importante para a aquisição do conhecimento, conceitos e habilidades,

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representando um momento que precisa ser valorizado. Ações como essas são relevantes
para a educação médica, já que possibilita o desenvolvimento de habilidades e
competências práticas e de comunicação, bem como, saber lidar com as diferentes
realidades, considerando os aspectos biopsicossociais dos usuários.
Palavras-chave: Lúdico, Recreação, Crianças.

RESUMO 006_____________________________________________

PINTANDO O SETE: CONTRIBUIÇÕES DA PINTURA NO CENTRO DE ATENÇÃO


PSICOSSOCIAL (CAPS)
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KARLA VANESSA SANTOS DE JESUS, FELLIPE NUNES ALVES, NÁIRA MARIA OLIVENSE DO CARMO CÍCERO
JOSÉ BARBOSA DA FONSÊCA, MARIA CRISTINA SOARES FIGUEIREDO TREZZA,
LUCAS KAYZAN BARBOSA DA SILVA.

Introdução: O presente estudo tem como finalidade apresentar a arte, mais


especificamente, a pintura, como possibilidade de recurso terapêutico no Centro de
Atenção Psicossocial (CAPS). Sabe-se que CAPS é um serviço de saúde que visa substituir os
hospitais psiquiátricos. É um ambiente onde é permitido ser utilizado diversas intervenções
terapêuticas. Para esse estudo, teremos como base as contribuições do filósofo Nietzsche.
Segundo ele, a arte é a “grande possibilitadora da vida, a grande aliciadora da vida, o
grande estimulante da vida” (NIETZSCHE, 1992). Objetivo: Buscou-se através dessa
experiência compreender o sentido que os participantes atribuíram a arte e ampliar as
possibilidades de recursos terapêuticos que podem ser utilizados nesses ambientes.
Métodos: Trata-se de um trabalho descritivo, desenvolvido por acadêmicos e profissionais
de Psicologia e Enfermagem, que relata uma vivência de uma atividade realizada com os
usuários de um CAPS do interior de Alagoas. A atividade proposta foi uma oficina de
pintura na cerâmica. Participaram um grupo de sete pessoas. Ao término da pintura abriu-
se espaço para roda de conversa, onde buscou saber as suas impressões, bem como os
sentimentos que a atividade proporcionou. Resultados: Foi perceptível, na roda de
conversa, ver a aproximação entre eles. Questionados sobre suas artes, todos relataram
que gostaram da pintura, trouxe lembranças da infância, além de ampliar a sensação de
alegria e prazer com a vida. Conclusão: Visualiza-se a pintura como uma possibilidade de
prática terapêutica para os usuários do CAPS, pois a arte possibilita a reorganização do ser,
estimula a criatividade, e ajuda na criação de vínculos.
Palavras-chave: Arte, Pintura, Centro de Atenção Psicossocial.

RESUMO 007_____________________________________________

BENEFÍCIOS DA DANÇA COMO TERAPIA EM PACIENTES PORTADORES DA DOENÇA


DE PARKINSON

SÔNIA WANDERLEY SILVA PERSIANO, LETÍCIA WANDERLEY DE AMORIM, MARIA INÊS COSTA MACHADO
GOMES, PAULA CARVALHO LISBOA JATOBÁ,RAPHAEL ALFREDO MENEZES TENÓRIO,
VINÍCIUS JANUÁRIO LIRA PEREIRA.

Introdução: A doença de Parkinson (DP) é uma enfermidade neurodegenerativa crônica e


progressiva dos gânglios da base que causa desordens da postura e do movimento, levando,
posteriormente, o indivíduo à inatividade. Nos últimos 30 anos, os conhecimentos sobre

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essa doença avançaram e foram estudadas novas estratégias para melhorar a qualidade de
vida desses pacientes por maior período de tempo. Uma dessas é a dança terapêutica, que
tem sido defendida como um complemento eficaz às terapias físicas convencionais para
pessoas que vivem com a doença de Parkinson. Objetivo: Apresentar a dança como recurso
fisioterapêutico e seus benefícios para indivíduos com DP. Métodos: Trata-se de uma
revisão interativa de literatura nas bases de dados LILACS, Scielo e Pubmed em artigos
publicados entre 2009 e 2017. Resultados: A dança, pode ser uma forma benéfica de
exercício para pessoas com DP leve a moderadamente grave. Além de ser uma atividade
física altamente social e envolvente, evidências científicas apontam que essa, pela
complexidade exigida pela sequência de movimentos ritmada pela música, proporciona
melhorias no que se refere ao congelamento da marcha, postura, equilíbrio estático e 7
dinâmico, mobilidade, disposição, cognição espacial, interação social, e melhor adesão ao
tratamento. Conclusão: Dessa forma, a dança é uma estratégia fisioterapêutica que traz
benefícios cognitivos e motores, promovendo também a socialização e interação, que
reflete na melhoria da qualidade de vida dos indivíduos com DP, prevenindo também
complicações secundárias.
Palavras-chave: Terapia através da dança, Doença de Parkinson, Reabilitação Psicossocial.

RESUMO 008_____________________________________________

DANÇATERAPIA COMO REABILITAÇÃO PSICOSSOCIAL: UM RELATO DE


EXPERIÊNCIA REALIZADO NO CAPS I.

JENNIFER BRUNA DOS SANTOS VIEIRA

Introdução: O presente trabalho trata-se de um relato de experiência, tendo como ponto


de partida o grupo terapêutico de dançaterapia que acontece como parte das atividades
realizadas pelo Centro de Atenção Psicossocial- CAPS no município de Teotônio Vilela no
estado de Alagoas. Objetivo: Fortalecer os vínculos entre os usuários do CAPS usando como
ferramenta a dança, processos criativos e expressões corporais, para promover trocas
biopsicossociais de afeto e cuidado. Métodos: Este relato de experiência constitui-se do
recurso de observação participativa, em que a interação grupal e a observação é o
principal recurso. Resultados: Notou-se que a partir da utilização do dispositivo
dançaterapia como atividade regular semanal do CAPS, que buscou caminhar no sentido de
fomentar ao sujeito estabelecer laços de afetividade consigo mesmo e com os outros. Os
usuários que no primeiro contato sentiam-se desmotivados a dançar, com o passar do
tempo, iniciaram uma nova linguagem de criação e expressão biopsicossocial. Com a
dançaterapia percebeu-se uma nova compreensão e dimensão, de suas capacidades.
Conclusão: A principal relação entre a Dançaterapia e a reabilitação biopsicossocial está
em promover ao usuário novo olhar para si e para o outro, as possibilidades de criação e
reconstrução do modo de ser, tornando-se ator de sua própria história, resissignicando
memórias e afetos, melhorando a autoestima.
Palavras-chave: Dançaterapia, CAPS, Psicologia.

RESUMO 009_____________________________________________

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DA FANTASIA COMO FUGA DA REALIDADE: EXPERIÊNCIA COM USUÁRIOS DE


ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS

HELISON CLEITON DOS SANTOS FERREIRA

Introdução: A compreensão acerca do usuário de álcool e outras drogas sempre foi


marcada e ainda é, por critérios construídos socioculturalmente e dessa construção a
reprodução sempre foi o motivo de julgar a relação entre o sujeito e as demais pessoas que
não fazem uso de drogas conflituoso. Nesse ínterim, será discutido neste texto de como a
fantasia, partindo da ótica psicanalista tem construído ferramentas necessários para que o
sujeito consiga suportar a realidade dentro do aspecto social vivenciado por cada um.
Objetivo: Analisar dentro da proposta em Saúde Mental como o sujeito consegue se utilizar 8
do recurso da fantasia, numa perspectiva psicanalista, no intuito de fugir de sua realidade
Métodos: O método utilizado nesta pesquisa foi a experiência vivenciada no Centro de
Atenção Psicossocial – CAPS AD III Mandacaru. Foram analisados os discursos a partir da
análise freudiana e lacaniana, tendo como pano de fundo o contexto empírico do serviço já
citado. Foi realizado análises entre a teoria e a prática numa proposta evolucionista
observando a singularidade. Resultados: O uso da fantasia como ferramenta de fuga como
traz Lacan (1969) é comumente como proposta de mostrar-se apto a realizar suas
atividades cotidianas plenamente, embora suas reais condições não condiz com sua forma
de apresentação. A fantasia nesse sentido busca-se maquiar algo e fazer-se acreditar
acerca de sua própria realidade, pois, a fantasia é a própria realidade do sujeito. Foi
percebido também que o usuário usa da ferramenta da fantasia para justificar algumas
recaídas e que dentro da proposta da saúde mental iremos entender como forma de
superar as fraquezas / falhas acometidas na vida cotidiana do usuário. Conclusão: Conclui-
se que a fantasia atrelada ao desejo de realização a partir das demandas que cada sujeito
apresenta, o modo da compreensão dentro da proposta da saúde mental é contemplar
mecanismos de encontrar caminhos que consigam instituir novas formas de laços
construídos a partir da própria realidade verbalizada e potencializada por cada sujeito.
Pois, segundo Vieira (2005) “a fantasia é uma história imaginada a partir do que se pode
apreender do Real, mas não no sentido de este poder se inscrever, pois aqui ele
permanece como uma falta absoluta”.
Palavras-chave: Saúde Mental, Dependência Química, Psicanálise.

RESUMO 010_____________________________________________

ASSISTÊNCIA À SAÚDE MENTAL ATRAVÉS DA ARTE-TERAPIA.

ALYNE SUELLEN SILVA PEDROSA, DANIELLE KARLA ALVES FEITOSA, ISIS HOLANDA PINHEIRO VILELA.

Introdução: A reabilitação psiquiátrica incorpora princípios de recuperação, os quais se


traduzem por uma jornada pessoal de esperança, capacitação, conexão com os pares e a
comunidade, desenvolvendo uma identidade além da doença e vivendo uma vida
significativa. A Arte-terapia auxiliou na separação da pessoa do diagnóstico,
proporcionando um ambiente seguro para expressar emoções, reconhecer pontos fortes
pessoais, (re) descobrir habilidades para a vida, conectar-se com os membros do grupo e
planejar metas futuras. Objetivo: Analisar, através de estudos, as principais estratégias no
processo de cuidado desenvolvido em Centros de Atenção Psicossocial através de

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atividades de Arte-terapia. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa a partir de 2


estudos publicados na base de dados US Nacional Library of Medicine National Institutes of
Health (Pubmed) e Scielo, correspondendo ao período de 2013-2015. Foram utilizados
descritores como: ‘Mental Health’, ‘Rehabilitation’ e ‘Art’. Resultados: Um estudo relatou
que a participação de arte proporcionou às pessoas um ambiente social terapêutico e
criativo, e melhorou a confiança, um senso de identidade e esperança. Outro estudo
concluiu que a participação da arte contribuiu para combater o estigma, apoio de pares e
oportunidades de identidade além da doença mental. Conclusão: Introduzir estes
programas em contextos de prática clínica pode apoiar a mudança da cultura
organizacional para uma orientação de recuperação. Este tema explora a noção de que os
programas de reabilitação voltados para a recuperação baseados na arte são benéficos 9
para os consumidores detidos no serviço e melhoram a cultura e a prática nos serviços
clínicos de saúde mental.
Palavras-chave: Saúde Mental, Reabilitação, Arte.

RESUMO 011_____________________________________________

OFICINA TERAPÊUTICA DE RECICLAGEM NO PROCESSO DE REABILITAÇÃO


PSICOSSOCIAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

MARIA CLARA LEÃO BARBOSA, MIRELA DA SILVA AMORIM, MYLENA PATRÍCIA DE QUEIROZ, NATALY
BARBOSA DE OLIVEIRA, REBECA DE MENEZES LUCENA, CÂNDIDA MARIA RODRIGUES DOS SANTOS.

Introdução: A reabilitação psicossocial constitui-se de um modelo centrado no


empoderamento e corresponsabilização do usuário em seu tratamento, por meio de
atividades que estimulam os aspectos psicoemocional, intelectual, laboral e sociocultural.
As oficinas terapêuticas de reciclagem contribuem efetivamente nesse processo, pois são
espaços de atividades grupais que otimizam a “autonomia, valorização pessoal e
desenvolvimento do potencial criativo” (MARTINS et al., 2013). Além de possibilitar a
expressão da subjetividade; evidenciar os aspectos saudáveis; estimular motricidade; o
afeto; a autoestima; e a interação social (FARIAS, 2016). Objetivo: Relatar a importância
da oficina terapêutica de reciclagem como estratégia de cuidado da Enfermagem no
processo de reabilitação psicossocial. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo
relato de experiência realizado em um Hospital Psiquiátrico em Recife/PE, no período de
maio de 2017 durante as aulas práticas da disciplina de Transtornos Mentais I da
Universidade Federal de Pernambuco. A participação na oficina se deu por livre demanda,
perfazendo um total de 10 pacientes da enfermaria masculina. Resultados: O
desenvolvimento da oficina seguiu uma sequência, com apresentação dos participantes,
problematização da temática “reciclagem” a confecção de chocalhos. Os materiais
utilizados foram: garrafas pet, grãos, tesouras e fitas adesivas. Os chocalhos embalaram as
músicas cantadas por pacientes e acadêmicos, resgatando lembranças, reduzindo a
ansiedade, agressividade oportunizando a formação de vínculo entre discente/paciente.
Conclusão: A oficina de reciclagem proporcionou uma vivência terapêutica, com espaço de
troca entre os participantes, desvelando para os acadêmicos de enfermagem uma
assistência de Enfermagem humanizada e pautada nas diretrizes da reforma psiquiátrica.
Palavras-chave: Terapia pela arte, Reabilitação Psiquiátrica, Enfermagem
Psiquiátrica.

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RESUMO 012_____________________________________________

NAS QUINTAS – PRÁTICAS EXPRESSIVAS: SAIAM DA CAIXINHA E VIVAM A


IMAGINAÇÃO!

MILENA OLIVEIRA LOPES CÂNDIA, RAFAELLA CAMPERA.

Introdução: Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) nas suas diferentes modalidades são
pontos de atenção estratégicos da RAPS: serviços de saúde de caráter aberto e comunitário
constituídos por equipe multiprofissional que atua sob a ótica interdisciplinar e realiza
prioritariamente atendimento às pessoas com sofrimento ou transtorno mental, seja em 10
situações de crise ou nos processos de reabilitação psicossocial (Brasil, 2011) e são
substitutivos ao modelo asilar. Dentre as estratégias de tratamento oferecidas no CAPS,
estão as Oficinas Terapêuticas, têm se destacado por se constituírem novas formas de
acolhimento, de convivência e mediações de diálogo, além de serem entendidas como
espaços de produção e manejo de subjetividade, de reconstrução de vínculos entre os
sujeitos em sofrimento psíquico e seus grupos sociais. Objetivo: Possibilita ampliação do
repertório comunicativo e expressivo dos usuários e favoreçam a construção e a utilização
de processos promotores de novos lugares sociais e a inserção no campo da cultura.
Métodos: Ocorrem duas vezes por semana com a duração de uma hora e meia, destinada
aos pacientes com diagnóstico de Esquizofrenia, Transtornos Esquizotípicos e Transtornos
Delirantes. São aproximadamente 50 pacientes semanalmente nas oficinas de práticas
expressivas. As atividades são realizadas pela equipe interdisciplinar do CAPS. Resultados:
As atividades propostas visam o ato criativo e a viabilização dessa criatividade é visto como
sinônimo de saúde, de modo a desviar o foco do transtorno mental. Estimulam a
expressividade, o aprendizado e o potencial de produção de cada paciente. Conclusão:
Percebe-se o comprometimento e participação ativa do pacientes em seu processo de
reabilitação psicológica e social.
Palavras-chave: Oficinas Terapêuticas, Criatividade, Reabilitação Psicossocial.

RESUMO 013_____________________________________________

REABILITAÇÃO BASEADA EM JOGOS DIGITAIS E AUTISMO: UMA ESTRATÉGIA DE


ESTIMULAÇÃO DA COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM.

MARINÍLIA CRISTINA BARBOSA FERNANDES, FELIPE MANOEL DE OLIVEIRA SANTOS, DENNIS


CAVALCANTI RIBEIRO FILHO, JÚLIA SILVA FERREIRA, JAQUELINE TEIXEIRA SILVA VALENÇA,
VIVIANNE DE LIMA BIANA ASSIS.

Introdução: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio do desenvolvimento


caracterizado por alterações em áreas nobres do desenvolvimento humano como as áreas
de comunicação, interação social, aprendizado e capacidade de adaptação. Os Jogos
Digitais são utilizados no tratamento da síndrome, pois proporcionam o desenvolvimento
de capacidades cognitivas, de comunicação e de linguagem. Objetivo: Analisar a
contribuição dos jogos digitais, por meio de sistemas de interface e de experiências
interativas e lúdicas, no estimulo ao aprendizado da comunicação e a fala em crianças com
TEA. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura. As buscas foram
realizadas nas bases de dados PubMed, Bireme, Scielo utilizando-se das combinações das

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seguintes palavras chaves “Autistic Disorder”, “Child Language” e “Video Games”. Foram
excluídos os estudos que utilizaram os jogos digitais em Autista com objetivos que não
envolveram a linguagem. Resultados: Os artigos encontrados revelaram que as crianças
tendem a escolher poucos jogos e programas de trabalho como, Word e paint- brush,
demostrando melhoras na atenção seguida da interatividade da comunicação. Afirmam que
o uso de estratégias com Habilidades Comunicativas Verbais promove evolução lenta, mas
constante e com crescimento ascendente. Apontando a importância de um ambiente
comunicativo favorável e estimulador. Conclusão: Constatou-se que os meios visuais são
um caminho eficiente para esses indivíduos compreenderem o mundo e a si mesmo. A
comunicação e a linguagem devem ser sempre estimuladas de maneira simples e
organizadas. Porem, os artigos descrevem estudos com poucos sujeitos o que dificulta 11
qualquer possibilidade de generalização de seus resultados.
Palavras-chave: Transtorno Autístico, Linguagem Infantil, Jogos de Vídeo.

RESUMO 014_____________________________________________

OSÓRIO CÉSAR: PIONEIRISMO NO USO E ESTUDO DA ARTE NO CONTEXTO DA


SAÚDE MENTAL

JAQUELINE TEIXEIRA SILVA VALENÇA, DENNIS CAVALCANTI RIBEIRO FILHO FELIPE MANOEL DE
OLIVEIRA SANTOS, RENATA VASCONCELOS DE CARVALHO, MARINA VASCONCELOS DE CARVALHO,
MARIA HELENA ROSA DA SILVA.

Introdução: Osório Thaumaturgo Cesar foi um médico Psiquiatra e anatomopatologista,


formado pela Faculdade de Medicina de Praia Vermelha (RJ), em 1925. Nesse mesmo ano
começou a trabalhar no Hospital do Juqueri (SP), onde passou a desenvolver estudos
sistemáticos sobre a arte dos alienados. Objetivo: Analisar as contribuições de Osório
César para o desenvolvimento e o estudo da arte no contexto psiquiátrico. Métodos:
Consiste em revisão bibliográfica com caráter analítico, realizada através de consultas nas
plataformas: Scielo, Pubmed e Medline. As informações foram coletadas no período de
março do ano 2018, abrangendo artigos científicos datados dos anos 2003-2014.
Resultados: Segundo Dalgalarrondo, tudo indica que, no Brasil, Osório foi o primeiro
estudioso a analisar sistematicamente a arte produzida por doentes mentais. Apesar de
mais reconhecida nessa área, a própria Nise da Silveira reconhece o pioneirismo de Cesar.
A principal diferença entre os trabalhos de ambos eram as correntes seguidas por cada um:
psicologia analítica Junguiana, por Silveira, e psicanálise Freudiana, por Cesar. O médico
passou a desenvolver e orientar atividades artísticas com os pacientes do Juqueri e com as
crianças internadas no manicômio em 1923, quando ainda era estudante interno da
instituição, prosseguindo seu trabalho de sistematização e publicação de resultados
durante quarenta anos. Conclusão: Osório Cesar foi um dos responsáveis pela promoção de
um novo olhar sobre a arte dos doentes mentais - para ele, segundo Carvalho e Andrade,
“o fazer arte já propiciava a ‘cura por si', por ser um veículo de acesso ao conhecimento
do mundo interior” (1995, p.34).
Palavras-chave: Psiquiatria, Psicanálise, Terapia pela arte.

RESUMO 015_____________________________________________

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O DIFÍCIL DIAGNÓSTICO DE ALUCINAÇÕES MUSICAIS NA ESQUIZOFRENIA

MARIANNE DE LIMA SILVA, ANY CAROLINE DA SILVA ALVES, DHAYSE SANTOS FREITAS, ELÍVIA
CARNEIRO MUNIZ, ISABEL PALHA BULCÃO TEIXEIRA PEREIRA, KAROLYNE SANNY BARROS ARAÚJO.

Introdução: As alucinações musicais são um tipo de alucinação auditiva complexa


genericamente descritas como a percepção de sons musicais na ausência de um estímulo
externo². Trata-se de um fenômeno relativamente raro e etiologicamente heterogéneo¹.
Por se tratar de um problema negligenciado na prática clínica e com maior prevalência do
que estimado, é fundamental reconhecer suas apresentações e patologias associadas.
Objetivo: O presente estudo objetiva fazer um levantamento sobre a evidência de uma
manifestação pouco documentada na esquizofrenia, as alucinações musicais. Métodos: Foi 12
realizada uma revisão integrativa de artigos das bases de dados MEDLINE, SCIELO e LILACS,
por meio dos descritores “esquizofrenia”, “alucinações musicais”, “alucinações auditivas”,
“schizophrenia”, “musical hallucinations”. Assim, foram incluídos cinco trabalhos
publicados entre os anos de 2010 e 2013. Resultados: As alucinações musicais foram
descritas pela primeira vez, no século XIX, por Baillarger (1846) e Griessinger¹ e
caracterizam- se pela audição de melodias, harmonias ou ritmos, um ou mais timbres
instrumentais ou vocais, na ausência de um estímulo exterior¹. Como principais etiologias
têm-se a idade avançada, as intoxicações, as demências, neoplasias, as lesões cerebrais
focais, a epilepsia, a tireotoxicose, e as doenças psiquiátricas. Na esquizofrenia são um
fenômeno com origem em representações da memória ou pseudo-alucinações, que
transitam para alucinações durante a progressão da doença². Mesmo as alucinações
auditivas sendo frequentes nessa psicopatologia, é fundamental pesquisar por alucinações
musicais e obsessões musicais nesses pacientes. Conclusão: O reconhecimento por
psiquiatras dessa apresentação atípica e o discernimento de todos os relatos do paciente,
são atitudes cruciais para o correto diagnóstico.
Palavras-chave: Esquizofrenia, Alucinações musicais, Neuropsiquiatria.

RESUMO 016_____________________________________________

OFICINAS EXPRESSIVAS COMO ESTRATÉGIA NA REABILITAÇÃO PSICOSSOCIAL

MYRLA LEITE OLIVEIRA FONSECA, CLEANNY SALES LIMA, LHARISSA NOGUEIRA BARBOSA DOS SANTOS,
HÉLDER DELANO BARBOZA DE FARIAS.

Introdução: Reabilitação Psicossocial trata-se de uma estratégia de cuidados para pessoas


vulneráveis que tem por finalidade devolver ao indivíduo a capacidade de exercer sua
cidadania de maneira saudável e positiva. Os Centros de Atenção Psicossocial
(CAPS) constituem o método central para a criação de uma rede substituta ao modelo
manicomial e seguem as diretrizes do SUS. As oficinas expressivas recebem destaque, pois
é um importante recurso no tratamento clínico e na reabilitação psicossocial e
compreendem atividades plásticas, corporais, verbais, musicais, fotográficas, teatrais e
culturais. Objetivo: Proporcionar conhecimento sobre as contribuições que as oficinas
expressivas podem agregar na reabilitação psicossocial. Métodos: Trata-se de um estudo
de revisão de literatura, realizado em abril de 2018. Utilizou-se artigos científicos
publicados nos anos de 2013 e 2015 nas bases de dados Scielo e Google Acadêmico.
Resultados: As oficinas expressivas surgem como uma modalidade de tratamento visando à

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potencialização e valorização de formas de livre criação dos usuários, através de um


espaço de convivência, melhorando a autoestima, desenvolvimento de habilidades,
equilíbrio emocional e social, promoção, preservação e recuperação da saúde, permitindo
a liberdade de expressão, autonomia, trabalho em grupo, minimização dos efeitos
negativos da doença. Além das oficinas que utilizam o aprendizado de uma atividade para
gerar renda para os usuários por meio de culinária, costura. Conclusão: Diversas técnicas
estão sendo construídas no cotidiano das práticas de cuidado, produzindo e idealizando
novos modos de cuidar, baseadas em relações sociais e valores que buscam reinventar a
sociedade, criando um novo lugar de acolhimento para o sofrimento.
Palavras-chave: Reabilitação, Serviços comunitários de saúde mental, Educação em saúde.
13
RESUMO 017_____________________________________________

MÚSICA COMO TERAPIA NA SAÚDE DO IDOSO

TAÍS CARDOSO BRAGA, LETÍCIA WANDERLEY DE AMORIM, MIRLA FRANCISCA ROCHA RIBEIRO, SÔNIA
WANDERLEY SILVA PERSIANO, CLARA SILVA DOS SANTOS, MARIA ROSA DA SILVA.

Introdução: Com o aumento da expectativa de vida da população mundial, o cuidado e


atenção de saúde do idoso ganha novas estratégias. Uma dessas é a música, utilizada como
recurso terapêutico. Configura-se em uma modalidade de intervenção que foge do modelo
biomédico curativista, por se tratar de uma tecnologia de cuidado que facilita a
comunicação, expressão de emoções, além de focalizar aspectos saudáveis para os idosos
como melhora do humor, aumento da autoestima e estímulo do cérebro. Objetivo:
Sensibilização quanto a importância da música na saúde do idoso como terapia
complementar. Métodos: Revisão da literatura, com consulta às bases de dados do
PubMed, Scielo e Google Acadêmico, em artigos publicados entre 2013 e 2017. Resultados:
A musicoterapia visa o tratamento global do sujeito, ajudando no desenvolvimento de
aspectos psicomotores, que consiste em mobilizar a afetividade e estimular a expressão
das emoções através da comunicação não-verbal ou analógica. Na área da geriatria e
gerontologia, o uso da música vem se sobressaindo por proporcionar efeitos significativos
nas esferas psicoemocionais, físicas e sociais, repercutindo na melhora da sociabilização e
da autoestima. Além de atuar como um poderoso estimulante para imaginação e
proporcionar a evocação de lembranças e sentimentos. Conclusão: A música é uma terapia
complementar valiosa, que exerce influência sobre os aspectos neurocognitivos,
emocionais, psíquicos e sociais do idoso. Desempenhando assim, papel importante nos
processos da plasticidade cerebral, atua na manutenção e melhora da qualidade de vida e
propicia maior interação deste com o meio social e familiar.
Palavras-chave: Música, Terapêutica, Saúde do idoso.

RESUMO 018_____________________________________________

O APOIO MATRICIAL EM SAÚDE MENTAL: MODO DE CUIDAR COMPATILHADO NO


CAPS DE LIMOEIRO DE ANADIA/AL.

ARYANA KARLLA MENEZES DA SILVA, EMYLIA ANNA FERREIRA GOMES, JULIANA FERNANDES DA SILVA,
MARIZE VIEIRA FERREIRA.

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Introdução: O relato em questão trata-se de uma experiência vivenciada a partir de um


tipo de cuidado colaborativo entre a equipe multidisciplinar do Centro de Atenção
Psicossocial e Atenção Primária do município de Limoeiro de Anadia/AL. Objetivo:
compartilhar experiências sobre o Apoio Matricial em Saúde Mental desenvolvidas no
território do município de Limoeiro de Anadia/AL. Métodos: Esse estudo apresenta um
relato de experiência de profissionais da equipe multidisciplinar do Caps de Limoeiro de
Anadia/AL ao longo de 2017, referente às ações de Apoio Matricial junto à Atenção
Primária. A equipe de Apoio Matricial realizou visitas institucionais às equipes de Estratégia
de Saúde da Família para discussão de casos, roda de conversa, troca de conhecimentos,
orientações, visitas domiciliares, intervenções conjuntas junto às demandas de Saúde
Mental dos usuários do Caps que pertenciam àquelas determinadas Unidades Básicas de 14
Saúde; estes estavam imersos em situações complexas que demandavam uma construção
de intervenções compartilhadas. Resultados: O relato demonstra que o apoio matricial se
configura como uma importante ferramenta de transformação das problemáticas e
necessidades de Saúde Mental do território, que interferem, significativamente, no
processo saúde/doença. Conclusão: É de suma importância que os profissionais que atuam
com o sofrimento mental, tenham o compromisso de desenvolver uma intervenção
profissional a partir do entendimento do processo saúde/doença como um todo
indissociável, a partir de uma perspectiva multidisciplinar, interdisciplinar, integrativa
entre o nível especializado e a atenção primária. Deseja-se que esse relato contribua com
o trabalho de outras equipes e fomente debates, aprimoramentos no âmbito da temática.
Palavras-Chave: Saúde Mental. Apoio Matricial. Integralidade.

RESUMO 019_____________________________________________

SAÚDE MENTAL COM LONGITUDINALIDADE: INTERFACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS

KLEVITON LEANDRO ALVES DOS SANTOS, JÉSSICA SANIELLY DA SILVA PEREIRA, MARIA LUANA
FAUSTINO, TAMIRIS DE SOUZA XAVIER, ANA PAULA RAMOS DA SILVA DUARTE,
VÍVIAN MARCELLA DOS SANTOS SILVA.

Introdução: Desde a implementação da Lei Federal n. 8.080/90, que instituiu o Sistema


Único de Saúde, e com a Reforma Psiquiátrica (RP), a assistência de Enfermagem vem
sofrendo alterações para atender o contexto histórico, político e social do cenário de
cuidar (RODRIGUES et al., 2018). Para Tesser e Poli Neto (2017) efetivou-se exitosa a
indução Federal de expansão e estruturação da atenção primária à saúde (APS), via
Estratégia Saúde da Família (ESF), que oferece cuidado profissional (generalista),
abrangente com acesso universal facilitando o acompanhamento da pessoa ao longo do
tempo (longitudinalidade). Caracterizando a APS como porta preferencial de entrada no
SUS e no SUAS, pela maior capilaridade territorial e cobertura populacional (CIRILO NETO;
DIMENSTEIN, 2017). Objetivo: Descrever a organização da promoção da saúde mental com
longitudinalidade. Métodos: Revisão integrativa, a partir da interrogativa: Qual a
importância da longitudinalidade na assistência multidisciplinar em saúde mental? Foi
realizada de Fevereiro á Março de 2018. Estabeleceu-se como critérios de inclusão das
publicações: artigos disponíveis eletronicamente na íntegra, gratuitos e que responderão
ao objetivo do estudo acerca do tema proposto; artigos publicados em inglês e português.
Como critério de exclusão, foi considerada a repetição dos artigos selecionados nas bases
de dados, teses ou capítulos de livro. A coleta de dados foi desenvolvida com uso da

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limitação temporal, nos últimos cinco anos. Para obter especificidade utilizaram-se os
Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e (MeSH): “Mental Health/ Saúde mental”,
“Nursing Care/ Cuidados de Enfermagem”, “Public Policies/ Políticas Públicas”. Para obter
especificidade na busca, em Inglês e Português, com o operador booleano “AND”. Ao
utilizar a combinação dos descritores ((Mental Health)) AND ((Nursing Care)) AND ((Public
Policies)), obtiveram-se: (392, PubMed) e (13, SciELO). Aplicando-se os critérios de
exclusão (10, PubMed) e (05, SciELO). 390 artigos foram descartados por não atenderem o
critério de inclusão ou se enquadrarem no critério de exclusão. Além disso, 52 artigos
encontravam-se em duplicidade. A amostra final foi constituída por quinze estudos.
Resultados: O cuidado longitudinal em saúde mental, é de suma importância pois garante
suporte multiprofissional ao cliente, permite ainda que este seja participante ativo no seu 15
tratamento, exercendo assim a humanização no cuidar. A prática assistencial do
enfermeiro, necessariamente, está voltada para o outro, e considerá-lo como ser
biograficamente situado no mundo é contribuir com a promoção da saúde pública.
Conclusão: A saúde mental ainda se encontra em metamorfose, por tanto é imprescindível
que o enfermeiro sistematize sua assistência de cuidar, em uso continuo do Processo de
Enfermagem, estando este dotado de conhecimento histórico, político e social de saúde.
Palavras-chave: Psiquiatria, Humanização, Cuidados de Enfermagem.

RESUMO 020_____________________________________________

A INCLUSÃO DAS AÇÕES DE SAÚDE MENTAL NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA


FAMÍLIA: PRÁTICAS E DESAFIOS.

DAIANE LEITE DE ALMEIDA, THALITA DA SILVA PEREIRA, ANA LÍDIA SOARES COTA,
RONALDO GOMES ALVIM.

Introdução: A Política Nacional de Saúde Mental (PNSM) é reconhecida como um marco na


luta pelos direitos dos indivíduos em sofrimento psíquico onde a Estratégia Saúde da
Família (ESF) é considerada uma ferramenta primordial para o fortalecimento da PNSM e as
ações de SM visam garantir o direito à cidadania e acesso à saúde. Considerando que os
trabalhadores são a força motriz da efetivação de ações se faz necessário entender o
universo das equipes. Objetivos: Esse estudo é identificar e discutir quais práticas e
desafios em SM está norteando às realidades diárias dos profissionais da ESF. Metodologia:
Realizada uma revisão sistemática com publicações nacionais e internacionais de 2007 até
2017, por meio da busca nos bancos de dados da SciELO. As buscas foram guiadas pelos
termos: Saúde Mental, Estratégia Saúde da Família e Atenção Primária de Saúde.
Resultados: Quase todos os trabalhos colocaram como ações: o acolhimento, consulta
individual, grupos terapêuticos, oficinas, visita domiciliar, matriciamento,
encaminhamento e medicalização. Os profissionais realizavam ações isoladas onde a
medicalização e os encaminhamentos prevalecem. Apontaram como maior desafio o
despreparo profissional para lidar com SM. A maioria dos trabalhos não prestavam
assistência a saúde mental na comunidade promovendo assim exclusão e redirecionamento
para os hospitais psiquiátricos. Conclusão: A integração de atividades no campo de SM
ainda é um desafio e a maioria dos usuários são desassistidos na APS. Portanto, após
décadas de implantação da PNSM ainda é grande o desafio na garantia dos direitos à saúde
dessa população.
Palavras-chave: Saúde Mental, Estratégia de Saúde da Família, Inclusão Social.

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RESUMO 021_____________________________________________

PSICOLOGIA E POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO: UMA ANÁLISE DO


PROCESSO DE HUMANIZAÇÃO NO CONTEXTO DA SAÚDE MENTAL

MARIANE SILVA LIMA, WILSON DE FRANÇA MELO, KAROLLINE HÉLCIAS PACHECO ACÁCIO.

Introdução: O presente trabalho propõe a análise da Política Nacional de Humanização


(PNH), atentando-se para o processo de construção e implementação desta, discorrendo
sobre seus princípios, objetivos, bem como a sua aplicabilidade, apontando ainda para os
limites e desafios encontrados no cotidiano dos profissionais que atuam na saúde mental. 16
Objetivo: Analisar a interface entre Psicologia e Política Nacional de Humanização (PNH)
no âmbito das práticas em saúde mental. Métodos: Foi realizada uma pesquisa
bibliográfica a partir do banco de dados SciELO. Os artigos foram selecionados a partir dos
descritores: Política Nacional de Humanização, saúde mental+humanizaSus,
psicologia+saúde mental. Resultados: Verificou-se a partir do estudo dificuldades
relacionadas a insuficiência de inserção do psicólogo no âmbito da saúde, especialmente
da saúde coletiva, e na formulação/implementação das políticas públicas, implicando no
não reconhecimento do trabalho do psicólogo pelos gestores de saúde. A PNH problematiza
este lugar do psicólogo, pois a psicologia pode contribuir de maneira efetiva para a criação
de estratégias e ações de inclusão, além de modos de saber/fazer, apontando-a como
protagonista na construção das políticas públicas, pelo seu potencial transversalizador no
tocante às práticas sociais. Conclusão: De acordo com o Caderno HumanizaSus (2015) a
humanização, significa fazer avançar princípios e estratégias da Reforma Psiquiátrica
brasileira. Isso não os impede de reconhecer os impasses que o SUS tem a superar. Ao
contrário, é justamente no reconhecimento da magnitude desses desafios que se busca
subsídios, no âmbito da saúde coletiva, para qualificar o cuidado em saúde mental.
Palavras-chave: Política Nacional de Humanização-PNH, Saúde Mental, HumanizaSus.

RESUMO 022_____________________________________________

A ATUAÇÃO PROFISSIONAL NOS CAPS FUNDAMENTADA NA REFORMA


PSIQUIÁTRICA

AKYLLA CRYSLLAYNNE DA SILVA, ANA PAULA CARVALHO ROCHA, GABRIELA COSTA MOURA.

Introdução: A Reforma Psiquiátrica é um movimento que busca a implantação de ações


humanizadas nos serviços em saúde mental, onde o fator biopsicossocial se sobressai ao
fato puramente biológico. Objetivo: Analisar a importância da atuação profissional
baseada na vertente de desinstitucionalização. Métodos: Foi utilizada revisão sistemática
de literatura com pesquisas através de banco de dados Scielo e livro, cujas publicações
ocorreram no período de 2004 a 2016, bem como, a Lei 10.216/2001 e portarias que
norteiam os cuidados em saúde mental, a mencionar nº 3099/2011, GM 3088/2011,
3089/2011, 3090/2011, 245/2005, 336/2002. Resultados: Foi constatado nesta revisão
bibliográfica que os profissionais que atuam nos CAPS possuem poucos recursos materiais
para desenvolverem suas atividades. Ainda há carência de capacitação profissional, onde
boa parte dos servidores atuam sem saber ao certo qual a sua função. Diante das

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pesquisas, observa-se que Alagoas se encaixa no cenário onde teoria e prática não
convergem. Pois, foi constatado a falta de investimento financeiro direcionado ao CAPS,
fato que distancia do propósito da reforma. Conclusão: Os estudos revelam que os
profissionais estão desenvolvendo uma prática divergente da proposta da Reforma
Psiquiátrica. Contudo, não basta apenas o empenho e capacitação dos servidores, é
necessário que a gestão pública faça sua parte, administrando os recursos que propiciem
boa prestação de serviços à população, bem como fazer valer a lei e as diretrizes voltadas
para o processo da consolidação da humanização na saúde mental.
Palavras-chave: Saúde Mental, Centro de Atenção Psicossocial, Profissionais.

RESUMO 023_____________________________________________ 17

A ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL PÓS REFORMA PSIQUIÁTRICA: REVISÃO


INTEGRATIVA

ADRIANA ESTEVAM DOS SANTOS, MIKAEL FERREIRA COSTA, VÂNIA REGINA MOURA FARIAS.

Introdução: No Brasil, a Reforma Psiquiátrica (RP), surgiu em um período onde houve


grande mobilização social em busca da democracia, e está foi influenciada, fortemente,
pelo movimento da reforma italiana. A RP é baseada nos princípios de
desinstitucionalização e reabilitação, onde garante o direito de cidadania da pessoa com
transtorno mental, e a enfermagem que passou e passa por essa transformação desde o
inicio. Objetivo: Tem-se como objetivo verificar o panorama atual da enfermagem
psiquiátrica/saúde mental no contexto atual após a reforma psiquiátrica. Métodos: Trata-
se de uma pesquisa de revisão integrativa, descritiva e de abordagem qualitativa, baseada
nas produções científicas nacionais, que tem como objetivo proporcionar informações
sobre o assunto que será investigado, possibilitando sua definição e delineamento.
Resultados: Através da busca na base de dado da BVS utilizando os descritores associados
juntamente ao operador boleano:“Enfermagem em saúde mental OR Enfermagem
psiquiátrica AND reforma psiquiátrica.” foram encontrados 575 (100%) trabalhos científicos
que após passar pelo refinamento restaram 11 (1,91%) para realizar a leitura e análise,
Levando em consideração os indexos na base de dados da BVS, onde os artigos são
indexadas, têm-se um perfil de 1 no index psicologia, 5 no LILACS e 5 na BDENF.
Conclusão: É possível conclui que com essa mudança de panorama do cenário da saúde
mental a enfermagem assumiu papel importante tanto na consolidação da RP quanto nas
mudanças das práticas em saúde mental. Fazendo assim da enfermagem uma profissão tida
atualmente como protagonista em todos os serviços substitutivos de atenção psicossocial.
Palavras-chave: Enfermagem em saúde mental, Enfermagem psiquiátrica, Reforma
psiquiátrica.

RESUMO 024_____________________________________________

A RECONSTRUÇÃO DA VIDA FORA DOS MUROS DOS MANICÔMIOS E O PAPEL DA


ENFERMAGEM: UMA REVISÃO INTEGRATIVA.

JULIANA ANDRADE DOS SANTOS, LIGIANE JOSEFA DA SILVA, SIMONE SOUZA DE FREITAS, ANA PAULA
DIAS DE MORAES, EZEQUIEL MOURA DOS SANTOS, JOSIANA MARTINS DA SILVA.

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Introdução: A atenção à saúde mental vem passando por importantes transformações em


relação a saberes e práticas, voltadas à superação do modelo asilar que durante muitos
anos submeteu os sujeitos em sofrimento psíquico à violência e iatrogenia dos manicômios.
Os profissionais de enfermagem estão presentes na preparação desses usuários para a vida
extramuros, uma vez que nem sempre a saída do asilo garante a desinstitucionalização do
sujeito. Objetivo: Descrever a atuação da enfermagem no processo de
desinstitucionalização no âmbito da saúde mental. Métodos: Trata-se de uma revisão
integrativa da literatura realizada a partir de busca on-line de estudos nas bases de dados
LLILACS e SCIELO. Foram encontrados 20 artigos publicados de 2015 a 2017 que abordam a
temática em questão. Excluídos da análise 2 por estarem anexados às duas bases de
dados.Resultados: Identificou-se que a atuação da enfermagem frente ao processo de 18
desinstitucionalização em saúde mental tem priorizado atividades terapêuticas
interdisciplinares voltadas à reinserção dos pacientes com transtornos mentais no convívio
familiar e na sociedade. Conclusão: Observou-se que no enfoque da mudança de
paradigma, fica evidente a modificação de postura do enfermeiro para uma abordagem
holística, considerando a individualidade do ser humano, o contexto de saúde e doença em
que ele está inserido, o relacionamento interpessoal, permeando a co-participação no
processo da reabilitação e a promoção do autocuidado como forma de responsabilizar o
sujeito pela sua saúde. No entanto, o suporte familiar é de suma importância neste
processo de adaptação assim como atuação profissional que deve ser de caráter
interdisciplinar.
Palavras-chave: Reforma Psiquiátrica, Enfermagem psiquiátrica, Reforma dos Serviços de
Saúde.

RESUMO 025_____________________________________________

A CONTEMPORANEIDADE DA SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE:


POTENCIALIDADES E DESAFIOS.

TATIANA MEDEIROS SOUSA, ANA CAMILA DE SOUSA OLIVEIRA,


CONCEIÇÃO DE MARIA CASTRO DE ARAGÃO.

Introdução: Atualmente observa-se um aumento da procura por atendimentos de saúde


mental (SM) na atenção primária (AP), visto que é a porta de entrada preferencial para os
serviços de saúde, faz-se imprescindível que a mesma seja composta por uma equipe
qualificada para um efetivo acolhimento e resolutividade da demanda. Levando em
consideração o contexto atual, quais as dificuldades e competências da AP como porta de
entrada para a SM? Objetivo: Analisar a conjuntura da SM inserida na AP; sendo os
objetivos específicos: Compreender as potencialidades da atenção básica e seus principais
entraves para a qualidade do atendimento de SM; Refletir sobre a importância do apoio
matricial na AP e sua correlação com o efetivo cuidado da demanda de SM. Métodos:
Trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica sistemática, onde realizou-se busca de
artigos em bancos de dados científicos. Resultados: Após análise dos artigos, observou-se
que a atenção básica exerce papel fundamental nas demandas de SM, atuando desde o
acolhimento a reinserção do indivíduo na sociedade, com ações que visam: referência de
casos para apoio matricial e atenção especializada; cuidado longitudinal; estratégias para
diminuição do estigma e preconceito relacionados a doença. Para tais ações faz-se
necessário o investimento na capacitação dos profissionais da AP, objetivando o cuidado

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efetivo do paciente e seus familiares. Como também aquisição de materiais necessários e


organização da rede de apoio. Conclusão: Embora notórios os avanços da SM na atenção
básica, muitos são os desafios a serem enfrentados para uma efetiva resolubilidade.
Palavras-chave: Saúde Mental, Atenção Primária à Saúde.

RESUMO 026_____________________________________________

IDENTIFICAÇÃO DOS BENEFICIOS PARA OS PACIENTES PSIQUIATRICOS COM O


PROCESSO DE DESINSTITUCIONALIZAÇÃO

JENNIFER SANTOS ROCHA, DAYSE JULIANE SILVA VASCONCELOS, HUGO DE LIRA SOARES, 19
ANDRÉA CARLA DE ALMEIDA BARROS.

Introdução: A desinstitucionalização traz uma ideia de desconstrução do aparato


manicomial, o que inclui transformação das práticas de cuidado, construção de novos
modelos assistenciais, produção de vida e de sentido na relação com o diferente, tanto
para usuários como para a sociedade. Objetivo: Mencionar os benefícios do processo de
desinstitucionalização nos pacientes psiquiátricos. Métodos: No alcance deste estudo,
sucedeu-se por revisão integrativa de literatura com base nos dados Scientific Eletronic
Library Online (SCIELO), Biblioteca Virtual da Unicamp (SBU) e Biblioteca Virtual em Saúde
(BVS-BIREME). Para a coleta das informações, encontrou-se sobre o assunto 12 materiais,
porém somente 03 se enquadravam no contexto. Os critérios de inclusão foram artigos já
publicados em português, inglês e espanhol e com recorte temporal de 2 anos,
compreendendo assim de 2015 a 2017, porém, nos critérios de exclusão, deu-se por
incompatibilidade do tema e que não fornecia gratuitamente. Resultados: Após
reconhecer que a institucionalização da pessoa doente mental os isolava da comunidade e
familiares e que não evoluía para uma melhor qualidade de vida, iniciou-se o plano de
desinstitucionalização, encerrando assim os hospitais psiquiátricos, passando a inserir o
indivíduo na sociedade e preferencialmente no seio da sua família, perfazendo uma
evolução e benefícios aos usuários e a construção de redes de serviços estratégicos para a
coletividade. Conclusão: Portanto, o presente estudo possibilitou reconhecer evidências
relacionadas as benesses do processo de desinstitucionalização, que contribui para um
cuidado pautado na humanização e na integralidade do indivíduo.
Palavras-chave: Desinstitucionalização, Institucionalização, Hospitais Psiquiátricos.

RESUMO 027_____________________________________________

SAÚDE MENTAL E A ATENÇÃO PSICOSSOCIAL: VIVÊNCIA PRÁTICA AO CAPS


ÁLCOOL E DROGAS.

GIULIA ÁVILA CAVALCANTE, RENATA CRISTINA CAETANO BARBOSA, SOPHIA BRANDÃO GONÇALVES,
KLAYNE CRISTIANE MARTINS, TAYZA RIBEIRO OLIVEIRA PEIXOTO, VIVIANNE DE LIMA BIANA ASSIS.

Introdução: O centro de atenção psicossocial (CAPS) é uma estratégia utilizada pela rede
pública de saúde, que visa uma melhoria da qualidade de vida em pacientes portadores de
transtornos mentais. O CAPS AD, é um serviço destinado para acolher usuários de álcool e
drogas. Objetivo: Relatar a vivência prática ao CAPS AD para conhecer o funcionamento e
reflexo desse centro para os usuários. Métodos: O presente trabalho consiste em um relato

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de experiência de uma vivência prática ao CAPS AD dos estudantes do sexto período curso
de Medicina da UNIT – AL em março de 2018. Resultados: A experiência vivenciada no
CAPS AD (álcool, crack e outras drogas) possibilitou conhecer à realidade dos usuários e as
condições as quais os mesmos estão inseridos. Observou-se um maior número de adultos,
que para lá se deslocam de forma voluntária. O acompanhamento dos colaboradores
permitiu conhecer as oficinas interativas e atividades que estimulam tanto a
espiritualidade e criatividade quanto a saúde física e a socialização de pessoas que muitas
vezes são marginalizadas. Conclusão: A estratégia de trazer os CAPS para a realidade do
estado de Alagoas é claramente uma ferramenta de grande utilidade, onde os estudantes
de medicina podem ser inseridos ajudando não só de maneira farmacológica ou técnica,
mas sim participando das oficinas e vivenciando o dia a dia e as dificuldades dos usuários, 20
trazendo uma oportunidade a estes de visualizar que uma chance de melhoria de qualidade
de vida pode ser proporcionada, se desvencilhando de alguns vícios autodestrutivos.
Palavras-chave: Serviços de Saúde Mental, Assistência à Saúde Mental

RESUMO 028_____________________________________________

DESINSTITUICIONALIZAÇÃO PSIQUIÁTRICA: VIVÊNCIA PRÁTICA NO CAPS DR.


ROSTAN SILVESTRE EM MACEIÓ - AL

SOPHIA BRANDÃO GONÇALVES, GIULIA ÁVILA CAVALCANTE, KLAYNE CRISTIANE MARTINS, RENATA
CRISTINA CAETANO BARBOSA, TAYZA OLIVEIRA RIBEIRO PEIXOTO, VIVIANNE DE LIMA BIANA ASSIS.

Introdução: A desinstitucionalização constitui a principal meta a ser alcançada por meio


da reforma psiquiátrica. Sendo a principal ferramenta contra a luta antimanicomial, o
cuidado em liberdade garante a devolução da cidadania ao reinserir o usuário em convívio
social por meio de atividades integrativas interpessoais e funcionais. Objetivo: O presente
trabalho visa apresentar os impactos do processo de desinstitucionalização do indivíduo
portador de transtorno mental inserido em atividades multidisciplinares em um Centro de
Atenção Psicossocial (CAPS). Métodos: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de
experiência da visita realizada por estudantes do sexto período do curso de medicina, ao
CAPS Dr. Rostan Silvestre em março de 2018. Nesta ocasião, foram coletadas informações a
respeito do funcionamento da instituição em parceria com colaboradores do serviço,
avaliação de estrutura física, dinâmica assistencial e análise de impressão de usuários em
relação às atividades de auxílio biopsicossocial. Resultados: A visita ressaltou a
importância das atividades de reinserção do indivíduo em sociedade por meio de atividades
lúdicas, físicas e funcionais através de assistência multiprofissional concentradas em um
mesmo ambiente. Conclusão: Esta vivência proporcionou a constatação de que o processo
de reinserção do paciente psiquiátrico em convívio social é crucial para a recuperação da
funcionalidade e comunicação do indivíduo. As atividades realizadas no serviço através de
oficinas permitem um contato social que exigem a adequação pessoal fundamental às
dinâmicas sociais, simulando ocasiões rotineiras e assegurando o usuário de que não mais à
margem, encontra-se inserido novamente em sociedade.
Palavras-chave: Desinstitucionalização, Serviços de Saúde Mental, Assistência à Saúde
Mental.

RESUMO 029_____________________________________________

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A IMPORTÂNCIA DA ATENÇÃO Á FAMÍLIA DA PESSOA PORTADORA DE


TRANSTORNO MENTAL NOS SERVOÇOS TERAPÊUTICOS.

VERONICA BARBOSA DE ANDRADE, KARLEANE PRISCILA POSSIDONIO DA PAIXÃO, KEYLA DE


ALBUQUERQUE CARVALHO, MARIA DAYANE CONCEIÇÃO DA SILVA, WEDJA MARIA DA SILVA,
CAMILA DA PAZ SANTOS.

Introdução: Com a reforma psiquiátrica foi estabelecido os direitos das pessoas portadoras
de transtornos mentais. Os pacientes com transtornos mentais eram isolados do meio
familiar e social antes da lei 10/216 (MATEUS, 2013). O artigo 3º refere que é dever do
Estado a assistência e a promoção de ações de saúde com a devida participação da família
21
e da sociedade e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. Objetivo:
demonstrar a importância da atenção dada à família da pessoa com transtorno mental nos
serviços terapêuticos. Métodos: Refere-se a uma revisão de literatura integrativa,
pesquisado nas bases de dados: MEDLINE/SCIELO com artigo em português, de 2013 a 2017,
totalizando 8. Resultados: além do paciente com transtorno mental, a família também
deve ter assistência dos serviços que são coordenados por membros da equipe
multidisciplinar, por consequência da sobrecarga de ser o cuidado no intuito de melhorar
as condições psicológicas e consequentemente, a condição física, para prevenir o
adoecimento do cuidador e a ensinar a conviver e a cuidar melhor do paciente, fazendo
com que as famílias se interessem mais pelo conhecimento teórico para poder por em
prática os seus cuidados diários (Nolasco, 2013). Conclusão: Pode-se afirmar que a inclusão
do cuidado à família é importante para prevenir o adoecimento e devem ser tratadas como
parceiras no cuidado a pessoa em sofrimento psíquico, especialmente na fase inicial do
transtorno mental, uma vez que aquela tem um papel fundamental de construção de uma
nova trajetória para si e seu ente enfermo.
Palavras-chave: Psiquiátrica, Família, Paciente.

RESUMO 030_____________________________________________

O PAPEL DO ENFERMEIRO NA SAÚDE MENTAL APÓS A REFORMA PSIQUIÁTRICA

IARA SANTOS RODRIGUES, MARYANNA ÁLANA BEZERRA DE LIMA, TÂNIA MARIA ALVES BENTO.

Introdução: A Reforma Psiquiátrica teve início no Brasil na década de 1970, embasada na


desinstitucionalização do doente mental, envolvendo desde a desconstrução de
manicômios até o cuidar em enfermagem, excluindo assim o modelo hospitalocêntrico. Por
muito tempo, as habilidades de enfermagem psiquiátrica só foram consideradas
necessárias quando se estava lidando com os insanos. Comitantemente o emprego dessas
habilidades em outras áreas da enfermagem não era levado em consideração. Objetivo:
Mostrar o papel do enfermeiro na saúde mental após a reforma psiquiátrica. Métodos:
Trata-se de uma revisão de integrativa, realizada através de pesquisa das bases de dados
Lilacs e MEDLINE. Resultados: Após a reforma psiquiátrica o enfermeiro passou a ter papel
fundamental na saúde mental, trabalhando na promoção e prevenção de pacientes
portadores de transtornos mentais. Conclusão: Nessa perspectiva, conclui-se que não se
deve resolver os problemas do sujeito, mas deve trabalhar com ele, buscando soluções que
sejam adequadas para a sua condição, utilizando-se de suas habilidades e de seu
conhecimento, oferecendo intervenção terapêutica, sabendo ouvir e intervindo por meio

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de instrumentos e ações que visem uma melhor qualidade de vida para o paciente portador
de transtorno mental.
Palavras-chave: Reforma Psiquiátrica, Enfermagem Psiquiátrica, Saúde Mental.

RESUMO 031_____________________________________________

REFORMA PSIQUIÁTRICA: O QUE MUDOU COM SUA CRIAÇÃO

ISIS HOLANDA PINHEIRO VILELA, ALYNE SUELLEN SILVA PEDROSA, DANIELLE KARLA ALVES FEITOSA,
ANY CAROLINE DA SILVA ALVES, ELIVIA CARNEIRO MUNIZ.

Introdução: A Reforma Psiquiátrica (RP) é um conjunto de iniciativas políticas, sociais, 22


culturais e jurídicas, que tem como finalidade transformar a relação da sociedade com o
doente mental. A RP no Brasil deu seus primeiros passos em 1989, com o projeto de Lei
que propunha a regulamentação dos direitos da pessoa com transtornos mentais e a
extinção progressiva dos manicómios no país. Em 2001, houve a aprovação da Lei Federal
10.216, que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos
mentais. Objetivo: Analisar, através de estudos, a evolução da Reforma psiquiátrica no
Brasil e seus benefícios. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa a partir de 3 estudos
publicados na base de dados Scielo no período de 2007 a 2015. Resultados: O cenário da
saúde mental no Brasil antes da RP era considerado desolador, com internamentos em
ambientes com estrutura física opressiva, isolamento social e maus tratos. Com a Lei
10.216 houve a abertura de serviços públicos de base comunitária, redução do número de
leitos psiquiátricos, e uma maior atenção aos direitos dos pacientes. Os Centros de
Atenção Psicossocial (CAPS) vêm modificando a estrutura da assistência à saúde mental,
substituindo progressivamente o modelo hospitalocêntrico e manicomial, através de
projetos de reinserção social através da produção de cultura visando à melhoria da
sociabilidade e qualidade de vida. Conclusão: Apesar das dificuldades enfrentadas ao
longo dos anos para a implementação da RP, o cenário psiquiátrico brasileiro vem
mudando, através de tratamentos humanizados, visando à reinserção dos indivíduos na
sociedade.
Palavras-chave: Psiquiatria, Saúde mental, Reforma Psiquiátrica.

RESUMO 032_____________________________________________

COMPORTAMENTO SUICIDA NO BRASIL, POLÍTICAS PÚBLICAS E SUAS AUSÊNCIAS.

MAÍRA CONCEIÇÃO DOS SANTOS, WELLINGTA DOS SANTOS SABINO,


KAROLLINE HÉLCIAS PACHECO ACÁCIO.

Introdução: O presente trabalho buscou ressaltar a importância da efetivação de políticas


públicas no favorecimento da saúde mental da população brasileira, com a finalidade de
inibir e combater o comportamento suicida, sendo esse um problema de saúde pública,
constatado pela Organização Mundial da Saúde. Reduzir os índices de suicídio é um desafio
coletivo, e as discussões abordadas nesse trabalho vêm com intuito de usufruir da
visibilidade social para evidenciar a relevância do tema. Objetivo: Objetivou-se mostrar
através das pesquisas epidemiológicas, as altas taxas de suicídio no Brasil, fazendo-se
necessário trazer a atenção da agenda governamental para a efetivação de políticas

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públicas de prevenção ao suicídio. Métodos: Os dados foram coletados através de uma


pesquisa investigativa de revisão bibliográfica. Resultados: Em decorrência da apuração de
informações para a conclusão deste trabalho, ficou constatado que o suicídio é uma
problemática epistemológica que carece da atenção governamental no cumprimento de
suas politicas publicas. No Brasil, embora aja a elaboração de diretrizes que definem
caminhos de estratégias para prevenção do suicídio, o ato de por em prática através da
execução das politicas publicas é ineficiente. Conclusão: Analisando meticulosamente o
suicídio e os tabus em torno do tema, foi visto a necessidade de chamar atenção das
autoridades para tomar medidas que criem mecanismo dentro da saúde pública,
objetivando a realizações de promoção a saúde e a vida.
Palavras-chave: Suicídio, Prevenção, Políticas Públicas. 23

RESUMO 033_____________________________________________

ASSISTÊNCIA PRESTADA A PESSOA COM TRANSTORNOS MENTAIS EM TEMPOS DE


REFORMA PSIQUIÁTRICA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA.

ÉRICA SHYRLEI DA SILVA MELO, MARIANE FERNANDES DOS SANTOS, MONIQUE ASSIS DE MOURA,
MARIA DA PIEDADE GOMES DE SOUZA MACIEL.

Introdução: A Reforma psiquiátrica no Brasil ganhou força com a criação da Lei 10. 216
após projeto do Deputado Paulo Delgado (1989), que redireciona o modelo de cuidados
psiquiátricos, tendo regulamentado o acesso ao melhor tratamento de acordo as
necessidades da pessoa, sua integração na família e comunidade, dentre outros direitos
(FILHO, et al, 2015). Objetivo: Relatar a assistência prestada a pessoa com transtornos
mentais em tempos de reforma psiquiátrica. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa
da literatura, com base em treze artigos publicados em periódicos entre os anos 2013 a
2017, acessados nas bases de dados do Scientific Eletronic Library Online (SciELO) e
Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). A busca foi realizada a partir dos descritores: Promoção
da saúde, Saúde Mental, Transtornos Mentais. Resultados: A assistência prestada a pessoas
com transtornos mentais vem sendo marcada pela transição gradual do modelo
hospitalocêntrico para o modelo comunitário fundado na atenção psicossocial, proposto
pela Reforma Psiquiátrica, no qual ainda verificam-se práticas do modelo médico, herança
da longa tradição manicomial (SILVA, 2014). Soma-se a dificuldade de romper com esse
modelo hospitalocêntrico, a falta de expansão e fortalecimento dos serviços de atenção
psicossocial e de preparo ou enrijecimento de alguns profissionais que não compreendem o
modelo de atenção sinalizado pela Política de Saúde Mental (SOUZA; MIRANDA, 2015).
Conclusão: Evidencia-se então, a necessidade de investimentos em formação dos
profissionais que atuam em saúde mental, como também na ampliação dos serviços
substitutivos e inclusão da família e sociedade na assistência a pessoa com transtorno
mental.
Palavras-chave: Promoção da Saúde; Saúde Mental; Transtornos Mentais.

RESUMO 034_____________________________________________

REABILITAÇÃO DOS PORTADORES DE DOENÇA MENTAL NO PROCESSO DE


DESINSTITUCIONALIZAÇÃO

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EDIVAN OLIVEIRA DA CUNHA, EMILY CAROLINE PINTO SANTOS, CÍCERO VALTER DA SILVA, DOUGLAS
VINÍCIUS DOS SANTOS FEITOSA, MIKAEL FERREIRA COSTA, VÂNIA REGINA MOURA FARIAS.

Introdução: No Brasil e em Portugal após a Reforma Psiquiátrica houve a criação de


Moradias Terapêuticas com o objetivo de desinstitucionalizar e reabilitar o paciente em
âmbito extra-hospitalar. Objetivo: Conhecer através da literatura como ocorre o processo
de reabilitação dos portadores de transtorno mental. Métodos: Trata-se de uma revisão
integrativa descritiva onde foram incluídos artigos originais entre os anos de 2013 a 2017.
As buscas foram realizadas na Biblioteca Virtual de Saúde e nas bases de dados LILACS,
SciELO e PubMed. Resultados: Durante a busca, foram encontrados um total de 11 (100%)
artigos, sendo três na BVS, no SciELO e LILACS e dois no PubMed. No ano de 2017 houve
24
três publicações (27,27%), em 2016 e 2015 houveram duas publicações para cada ano
(36,36%), 2014 com uma publicação (9,09%) e 2013 apresentando três publicações
(27,27%). Estes artigos foram classificados em três temáticas: Primeiro serviço de
assistência extra-hospitalar contendo quatro artigos (36,36%); Inclusão da população
usuária de álcool e outras drogas no tratamento abrangendo dois artigos (18,18%); Práticas
e experiência após desvinculação manicomial com cinco artigos (45,45%). Conclusão: Os
acontecimentos na recuperação psicossocial que passam pela desospitalização contam com
um novo modelo de moradia, tratamento e serviços. Conclui-se que a intersetorialidade e
a integridade existente na criação de redes de atenção, reafirmam as políticas
fundamentais da Reforma Psiquiátrica no Brasil, e do atual sistema de saúde mental, a
desinstitucionalização e a inserção social dos seus usuários.
Palavras-chave: Desinstitucionalização, Reabilitação, Saúde Mental.

RESUMO 035_____________________________________________

VIVÊNCIAS E ESTÁGIOS NA REALIDADE DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (VER-SUS)


COMO INSTRUMENTO DE APRENDIZAGEM NA FORMAÇÃO EM SAÚDE MENTAL

STEPHANIE DE LIMA CAVALCANTE, AMAURI DOS SANTOS ARAUJO.

Introdução: O advento da Reforma Psiquiátrica provocou uma ampla mudança nos modos
de se conceber práticas em saúde mental na assistência em saúde. A partir desse novo
olhar, foi pensada e instituída no Brasil a Lei 10.216 de 6 de abril de 2001, que garante
direitos às pessoas com transtornos mentais e embasa uma série de ações e toda a Rede de
Atenção Psicossocial (RAPS) do Sistema Único de Saúde (SUS). Estas mudanças requerem do
profissional de saúde novas competências, habilidades e deslocamentos em suas práticas,
pautadas nesse novo modelo de atenção. Neste sentido, o programa Vivências e Estágios na
Realidade do SUS (VER-SUS), desenvolvido pelo Ministério da Saúde em parceria com a
Rede Unida, apresenta-se como uma ferramenta importante para a formação profissional
em saúde mental, uma vez que promove espaços de trocas de saberes e reflexões por uma
viés interdisciplinar e antimanicomial. Objetivo: Relatar a experiência de uma roda de
conversa ocorrida no programa VER-SUS Alagoas 2016.2 sobre visitas realizadas pelos
estudantes participantes a serviços de saúde mental de Maceió e suas reverberações na
formação em saúde mental. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, realizado a partir
de visitas a serviços de saúde mental de Maceió em subgrupos de 5 a 10 estudantes e
posterior roda de conversa para discussão ampliada. Resultados: A partir da roda de
conversa foi possível discutir questões relacionadas à Reforma Psiquiátrica, Luta

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Antimanicomial, medicalização, controle de corpos, impasses políticos, dificuldades e


enfrentamentos dos profissionais nos serviços substitutivos do município, bem como
potencialidades e avanços nesse tipo de assistência. Pôde-se discutir, também, alguns
conceitos ainda cristalizados nos discursos dos estudantes, que foram repensados e
desconstruídos. Conclusão: As aproximações com a rede de saúde mental do município de
Maceió, bem como as discussões promovidas pela roda de conversa contribuíram para uma
formação em saúde para além do modelo prescritivo biomédico, implicada com processos
políticos e sociais e comprometida com a garantia de direitos das pessoas com transtornos
mentais.
Palavras-chave: Formação Profissional; Políticas Públicas de Saúde; Saúde Mental.
25
RESUMO 036_____________________________________________

OS FATORES QUE CAUSAM SOBRECARGAS E AS CONSEQUÊNCIAS DESTAS NO(A)


CUIDADOR(A) FAMILIAR DE PARENTES ESQUIZOFRÊNICOS
LÍDIA MICAELY FERREIRA DA SILVA MORAES, ANA CAROLINA SILVESTRE, NARA ADRIANNE RUFINO LIMA,
SHEYLA CRISTINE SANTOS FERNANDES.

Introdução: A reforma psiquiátrica conduziu a novos métodos em saúde mental por meio
da desospitalização. O cuidador-familiar ganhou um lugar central, tendo que adaptar-se a
rotina de cuidados do portador de esquizofrenia e/ou outras doenças mentais, gerando
sobrecargas objetivas e subjetivas. Sobrecargas essas, geradas devido a negligência e a
falta de suporte adequado ao cuidador. Objetivos: Geral –Averiguar quais os fatores que
geram as sobrecargas no familiar cuidador de pacientes esquizofrênicos; Específicos – 1º as
consequências que as sobrecargas acarretam na vida e na saúde desse familiar 2º quais
são/seriam as formas de atenuar as sobrecargas nos familiares cuidadores. Métodos:
Realizou-se um levantamento bibliográfico em periódicos online. Os critérios de inclusão
foram: artigos em língua portuguesa, publicados após a lei N° 10.216, DE 6 DE ABRIL DE
2001 (Que propôs uma nova forma de tratar sujeitos em sofrimento psíquico). Os critérios
de exclusão foram: artigos que não tratava o cuidador como ator central do estudo e que
não contemplasse ao menos duas palavras-chaves relacionadas à pesquisa. Resultados:
Foram encontrados 20 artigos, 8 da psicologia, 6 da enfermagem e 6 da psiquiatria. Foram
analisados os seguintes tópicos: Fatores relacionados as sobrecargas, as consequências e as
formas de atenuar as sobrecargas. Conclusão: As sobrecargas acarretam diversas
consequências, não só para a saúde do familiar, como também na relação
cuidador/paciente e na qualidade dos cuidados prestados pelo cuidador familiar,
prejudicando o tratamento. É preciso incluir o familiar cuidador na atenção básica a saúde
mental e inserir esse cuidador em uma rede de apoio.
Palavras-chave: Esquizofrenia; Cuidador; Transtornos Mentais; Saúde Mental.

RESUMO 037_____________________________________________

O CUIDADO EM SAÚDE MENTAL: TRANSFORMANDO PRÁTICAS PROFISSIONAIS EM


UM HOSPITAL REGIONAL DE PERNAMBUCO

ELAINE CAMÊLO CARNEIRO, ROBERVAM DE MOURA PEDROZA, DANIELA ROMEIRO DE AZEVEDO SOUTO.

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Introdução: O cuidado em Saúde Mental no Brasil ainda é marcado por estigmas


resultantes do modelo asilar (MACEDO et al., 2017). A equipe multiprofissional tem papel
fundamental na efetivação de um cuidado humanizado e integral no hospital geral, o que
demanda reflexão constante acerca das práticas profissionais cotidianas (CAMELO, 2011).
Objetivo: Relatar experiência a partir de oficinas temáticas direcionadas às equipes
multiprofissionais acerca do cuidado em Saúde Mental em um Hospital Regional de
Pernambuco. Métodos: Trata-se de um Relato de Experiência realizado com equipes
multiprofissionais do Hospital Regional Dom Moura – Garanhuns/PE, em dezembro de 2017.
A amostra foi de conveniência, sendo convidados todos os profissionais da instituição.
Foram realizadas oficinas temáticas buscando-se incitar transformação das práticas a partir
da aquisição de conhecimentos e reflexão crítica por parte dos profissionais. Resultados: 26
Foram realizadas duas oficinas temáticas, com duração média de três horas. No total,
participaram oitenta profissionais de diferentes categorias. Foi possível promover diálogo
acerca do cuidado em Saúde Mental no âmbito do hospital geral. As equipes puderam
apreender o conteúdo teórico-técnico apresentado nas oficinas, além de refletir sobre suas
práticas, o que fortalece a possibilidade de mudança dos processos de trabalho.
Conclusão: Foi possível constatar a necessidade de repensar as práticas em Saúde Mental
pela equipe multiprofissional do Hospital Regional, sobretudo diante dos discursos que
remetem ao modelo manicomial. Neste contexto, faz-se necessária a continuidade destas
ações, de modo permanente, na perspectiva de favorecer a melhora do cuidado ofertado a
partir da integralidade e humanização das práticas profissionais.
Palavras-chave: Saúde Mental, Assistência à Saúde, Prática Profissional.

RESUMO 038_____________________________________________

O NASF E A SAÚDE MENTAL: O CASO DE UMA CIDADE DO AGRESTE MERIDIONAL


PERNAMBUCANO

THYALE DE VASCONCELOS VELOZO, MÁRIO MEDEIROS DA SILVA, ANTÔNIO PEREIRA FILHO.

Introdução: O Núcleo de Apoio a Saúde da Família- NASF vislumbra um trabalho de


atenção e promoção a saúde corroborando com a qualidade de vida e bem-estar do
indivíduo e sua relação social. A dimensão epistemológica por apresentar uma série de
conceitos no campo teórico-prático passa a influenciar todo percurso nas tomadas de
decisões do fazer saúde de maneira ética. A correlação desse dispositivo, com a prática
dos profissionais que correspondem a este locus, foi o objeto de estudo desta pesquisa de
mestrado profissional em Psicologia e Saúde Mental. Objetivo: No contexto geral promover
a reflexão prática desenvolvida pelos profissionais e avaliar a correspondência entre a
dimensão da promoção da saúde mental proposta na legislação e na literatura
especializada do NASF, na cidade de Canhotinho - PE. Métodos: Foram estabelecidos pela
pesquisa de caráter quantitativo e qualitativo (Serapione, 2000), por meio da pesquisa-
ação (Thiollent, 2011), direcionados pela Psicologia Social e da Saúde (Lane, 2012),
(Spink,2009) e amparados pela análise de categorias de Bardin (1997). Resultados:
Mudanças nas dificuldades oriundas da intersetoralidade que comprometiam os serviços
desenvolvidos por este setor no munícipio, através de modificações sobre os conceitos em
promoção da saúde mental, a partir da visão ética espinoziana. Conclusão: Dessa forma a
culminância dos trabalhos desenvolvidos nesta pesquisa, resultou em um protocolo da

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sistematização da rede municipal de atenção básica enfatizando o papel do NASF diante


das demandas recebidas, criação de um grupo proposto pelos técnicos e vínculos
fortalecidos com a atenção básica, através das Unidades Básicas de Saúde.
Palavras-chave: Epistemologias, Promoção de Saúde Mental, Ética.

RESUMO 039_____________________________________________

CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL: O PAPEL DA EQUIPE DE ENFERMAGEM

CLEANNY SALES LIMA, LHARISSA NOGUEIRA BARBOSA DOS SANTOS, MYRLA LEITE OLIVEIRA FONSECA,
ALICE CORREIA BARROS, LUCAS KAYZAN BARBOSA DA SILVA. 27
Introdução: A Reforma psiquiátrica propõe a mudança no modelo hospitalocêntrico pela
criação de uma rede de serviços, onde a abordagem seja sustentada na Atenção
Psicossocial, promovendo aos portadores de sofrimento psíquico um novo espaço social,
respeito, dignidade, onde serão sujeitos de sua história de vida. Um dos serviços
estratégicos desta rede são os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), dispositivos eficazes
na substituição dos internamentos psiquiátricos. Neste contexto, o cuidado prestado pelos
profissionais antes da reforma era privado de humanização, estando atrelado a
internações, contenções, estímulos elétricos e excesso de medicamentos. Para tanto, faz-
se necessário que a equipe de enfermagem trabalhe de forma interdisciplinar, garantindo a
estes usuários cenários de produção de acolhimento, afetividade, compreensão e
autonomia. Objetivo: Descrever quais as atribuições da equipe de enfermagem nos CAPS.
Métodos: Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica, realizado no mês de março de
2018. Para tal, foram utilizados artigos científicos publicados entre os anos de 2004 a 2013
nas bases de dados SCIELO, LILACS e MS. Resultados: O comprometimento da enfermagem
com o processo de reabilitação psicossocial é estratégico para a mudança no cuidado em
saúde mental desde que suas atribuições sejam colocadas em prática. São elas:
atendimento individual, em grupo, familiar e comunitário, assistência em casos de
intoxicação, consulta de enfermagem, visita domiciliar, oficinas terapêuticas e apoio
matricial. Conclusão: Portanto, a reforma psiquiátrica contribuiu de forma positiva na
assistência aos portadores de transtorno mental, permitindo melhoria na qualidade de
vida, formação de vínculo entre profissionais/usuários, favorecendo a inclusão social.
Palavras-chave: Saúde Mental, Equipe de Enfermagem, Serviços de Saúde.

RESUMO 040_____________________________________________

USO DA MÚSICA COMO RECURSO DE INTERVENÇÃO TERAPÊUTICA: RELATO DE


EXPERIÊNCIA

CRISTIANE ELIAS DE JESUS, JESSICA LIMA BRITO, GEICIELLE SANTOS PAIXÃO, CRISTIAN VALÉRIA MELO
OLIVEIRA, AGLAÉDNA OLIVEIRA BRITO, TAÍS BRACHER ANNOROSO SOARES.

Introdução: A música enquanto recurso terapêutico visa facilitar e promover melhorias


psíquicas e corporais, aprimorando as capacidades físicas e emocionais do indivíduo. No
contexto de atenção aos usuários dos Centro de Atenção Psicossociais (CAPs), a música
pode ser utilizada como instrumento no cuidado realizado à pessoa em sofrimento mental,
como promotora da expressão e do autoconhecimento, melhora na estratégia de

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socialização, relaxamento, ampliando assim, o protagonismo no tratamento e na


convivência cotidiana. Objetivo: Relatar os benefícios do uso da música como um recurso
terapêutico a partir das experiências vivenciadas. Métodos: Este estudo trata-se de um
relato de experiência, o qual retrata as vivências de acadêmicos de Terapia ocupacional da
Universidade Federal de Sergipe (UFS), realizada entre os meses de Agosto a Outubro de
2017, durante a oferta da Subunidade Prática de Integração Ensino – Serviço em Terapia
Ocupacional II. A prática é baseada através da observação direta aos usuários e registros
em diário de campo das discussões desenvolvidas, visando uma melhor reflexão e
avaliação, para posteriormente planejamento de novas ações, considerando-se as
sugestões dos usuários e equipe que compõem o CAPS. Resultados: A experiência nos
mostrou que a música enquanto recurso terapêutico no tratamento de indivíduos em 28
sofrimento mental, proporciona benefícios nas capacidades físicas, mentais, emocionais e
sociais, melhorando o bem-estar do indivíduo e o reintegrando ao convívio social.
Conclusão: Essa experiência possibilitou que os acadêmicos deixassem de lado a visão
estereotipada da sociedade diante das pessoas com sofrimento mentais. Além disso, pode
ressaltar a importância da música como recurso terapêutico no tratamento dos usuários do
CAPS.
Palavras-chave: Saúde mental, Musicoterapia, Terapia Ocupacional.

RESUMO 041_____________________________________________

ACOMPANHAMENTO TERAPÊUTICO: UMA NOVA ESTRATÉGIA CLÍNICA DA


ATENÇÃO PSICOSSOCIAL INFANTIL
MARIANNA LIMA DE ROLEMBERG FIGUEIRÊDO, HELIANE DE ALMEIDA LINS LEITÃO.

Nas últimas décadas, a partir do movimento da Reforma Psiquiátrica, a política de saúde


mental no Brasil, que possuía tendências à exclusão, se transformou numa proposta
sustentada nos princípios antimanicomiais e focada, principalmente, na atenção e
reabilitação psicossocial. Um dos mais importantes resultados deste movimento foi a
criação de serviços substitutivos, especialmente os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).
Porém, a assistência a crianças e adolescentes que sofrem com transtorno mental continua
precária e escassa, em comparação com os serviços oferecidos ao público adulto, apesar
de efetivos avanços com a criação dos Centros de Atenção Psicossocial Infantojuvenil
(CAPSi). O Acompanhamento Terapêutico (AT) surge nesse contexto, como uma
modalidade de intervenção que tem por objetivo promover a reinserção psicossocial de
sujeitos em sofrimento mental. O presente estudo visa apresentar e discutir a proposta do
Acompanhamento Terapêutico com crianças como uma estratégia na clínica da atenção
psicossocial infantil, discutindo, principalmente, suas possibilidades, a partir de uma
pesquisa bibliográfica. O AT enquadra-se na clínica do ‘fora’, aproveitando qualquer lugar
como espaço de tratamento. Os resultados evidenciam a ausência de estudos sobre o AT
em contextos de CAPSi, enquanto vários trabalhos o inserem na escola, relacionado à
educação inclusiva. Portanto, as possibilidades do AT no tratamento oferecido nos CAPSi
remetem à sua inserção no ambiente escolar – pois a escola dá um lugar social à criança –,
no qual o profissional precisa transitar entre as posturas pedagógica e terapêutica,
considerando o caráter interdisciplinar e intersetorial desta prática.
Palavras-chave: Acompanhamento terapêutico, Crianças, Atenção Psicossocial.

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RESUMO 042_____________________________________________

CAPS: A RESTRUTURAÇÃO DO MODELO ASSISTENCIAL EM SAÚDE MENTAL

MONALISE LACERDA MALTA BRANDÃO, ALICE MARIA PLÁCIDO CALDAS GITAÍ,


PAULA CARVALHO LISBOA JATOBÁ.

Introdução: Os Centros de Atenção Psicossociais (CAPS) são serviços de atenção diária em


saúde mental, com caráter substitutivo ao hospital psiquiátrico. Têm a responsabilidade de
atender pessoas com transtornos mentais, trabalhando sob a lógica da territorialidade. Eles
fazem parte de importantes ações e intervenções que vêm se consolidando desde a 29
Reforma Psiquiátrica. Todavia, observa-se em muitas situações a formação acadêmica
ainda centralizada no modelo hospitalocêntrico, com profissionais exercendo um modo
tradicional de cuidar do paciente psiquiátrico. Objetivo: O trabalho baseou-se em
identificar na literatura o papel do CAPS na restruturação do modelo assistencial em saúde
mental. Métodos: Tratou-se de uma revisão de literatura nas bases de dados BVS e SCIELO.
Resultados: No CAPS, o tratamento torna possível a interação do indivíduo com a família e
com a sociedade em que se vive. Para isso, utiliza-se uma equipe multiprofissional que
oferece atividades terapêuticas além da medicação, o que antes era a principal forma de
tratamento. O atendimento dessas pessoas acontece o mais próximo da sua residência,
com serviços funcionando em regime de “portas abertas” na comunidade. Nesse contexto,
tais profissionais entendem o cuidado em saúde mental como uma ação abrangente, com a
valorização das atividades em grupo, que propõem e facilitam a interação social e que
compreendem a reabilitação psicossocial como o centro do cuidado. Conclusão: As
mudanças nesses paradigmas no âmbito da saúde mental permitiram ao CAPS desenvolver
as ações psicossociais não mais focadas na doença, mas no sofrimento existencial do
sujeito e na sua relação com o corpo social.
Palavras-chave: CAPS, Saúde mental, Psicossocial.

RESUMO 043_____________________________________________

O ESTÁGIO DE SAÚDE MENTAL NA PERCEPÇÃO DE GRADUANDAS DE


ENFERMAGEM: RELATO DE EXPERIÊNCIA

MARIANA BIONE DE MAGALHÃES, FLÁVIA GABRIELLE BORGES SANTIAGO, RAISSA BEZERRA BARROS,
LARISSA MARIA BEZERRA ALVES DA SILVA, LUZIA PIMENTEL DE ANDRADE, LÍGIA MARIA DE ALMEIDA.

Introdução: O campo da Saúde Mental vive atualmente intensa revisão teórico-prática e


novas propostas terapêuticas vêm ganhando espaço para a superação do modelo
manicomial. A Rede de Atenção Psicossocial demanda a circulação das pessoas com
transtornos mentais pelos serviços de saúde, promovendo a reinserção da vida comunitária
e a autonomia do indivíduo inserido em seu território. Objetivo: Relatar a experiência
vivenciada por graduandas de enfermagem durante o estágio de saúde mental. Métodos:
As informações foram adquiridas durante as vivências no estágio em saúde mental, do
curso de enfermagem, tendo como instrumento um estudo descritivo, de caráter
exploratório, realizado no mês de abril de 2018, em um Hospital Psiquiátrico de Referência
em Pernambuco e em um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), na cidade do Recife, PE.
Resultados: Durante o período do estágio no CAPS, observou-se um contato dinâmico e de

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“portas abertas”, com o qual os clientes dispunham de autonomia, acesso aos meios de
comunicação, atividades terapêuticas e sentiam-se confortáveis em um ambiente
acolhedor. Entretanto, com os usuários do hospital psiquiátrico, foram constatadas
diversas situações que vão contra ao que preconiza a lei nº 10.216, de 6 de abril de 2001,
no que se refere aos direitos da pessoa portadora de transtorno mental, tais como
isolamento social, inacessibilidade aos meios de comunicação e pouca ou nenhuma
interação familiar. Conclusão: As experiências vivenciadas no estágio foram
enriquecedoras no processo de formação das graduandas, sendo possível vivenciar a
realidade além da teoria, identificando os fatos que refletem pontos ainda ineficazes da
reforma psiquiátrica.
Palavras-chave: Assistência em Saúde Mental, Enfermagem Psiquiátrica, Serviços de 30
Saúde.

RESUMO 044_____________________________________________

APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMA E A FORMAÇÃO MÉDICA: AMPLIAÇÃO DO


OLHAR PARA A SAÚDE MENTAL

MAÍRA MARIA DANTAS RAMALHO, ISABELLA DE MELO LINHARES, VIVIANNE DE LIMA BIANA ASSIS.

Introdução: A aprendizagem baseada em Problemas (ABP) consiste no ensino centrado no


estudante e na solução de problemas através da integração entre teoria e prática. Esta
metodologia proporciona a inserção do aluno a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) e
estimula a interação do conhecimento cientifico e observação direta da realidade. Assim,
busca a formação de um profissional humanizado, ético e preparado para prestar cuidados
com resolutividade, vivenciando novas situações e tendo a oportunidade de atuar como
futuros profissionais na saúde mental. Objetivo: Apresentar as vivências desenvolvidas nos
cenários da RAPS, no contexto da metodologia ABP. Métodos: Trata-se de um relato de
experiência das atividades desenvolvidas por estudantes do curso de medicina no ano de
2018, nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e Unidades de Saúde da Família (USF) do
município de Maceió. Resultados: É perceptível que, através do acompanhamento das
atividades desenvolvidas na USF e CAPS e da realização de ações educativas, promove-se a
integração entre o conhecimento científico e a metacognição desenvolvida a partir da
interação com a vida real, ampliando o olhar acerca da saúde mental, para além da práxis
centrada na doença. Conclusão: A inserção dos alunos de Medicina às práticas
desenvolvidas ao longo do curso no contexto de saúde mental é de fundamental relevância
já que permite ao aluno programar politicas de saúde mental proporcionando uma atenção
integral à saúde além de melhorar a qualidade de saúde e de vida dos pacientes, tornando
os recursos de atenção mais acessíveis àqueles que deles necessitam.
Palavras-chave: Aprendizagem baseada em problemas, saúde mental, Integração Ensino
Serviço Comunidade.

RESUMO 045_____________________________________________

NISE DA SILVEIRA E A PSICOLOGIA DE GRUPO: REFLEXÕES EM SAÚDE MENTAL E


ATENÇÃO PSICOSSOCIAL

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CARLA MILENE SILVA LINS, LINO JOSÉ DA SILVA, TAYNÁ CAROLINE SILVA SOUSA,
HAÍDA RAIRA DAMASCENO RAMALHO.

Introdução: Ao pensarmos nas práticas em saúde mental, Nise da Silveira constitui um


ponto de reflexão indispensável, e os processos grupais na Psicologia, em sua relevância,
muito podem dialogar com suas contribuições. Objetivo: Intenciona-se proporcionar
reflexões acerca da psicologia de grupo em saúde mental e a atenção psicossocial em
conexão com o legado de Nise da Silveira. Métodos: Através de um levantamento
bibliográfico, foram construídas pontes nessas áreas de conhecimento, mapeando
convergências e possíveis conexões a serem exploradas. Devido à amplitude do que se
propõe, foram escolhidos trabalhos específicos para fundamentar a discussão. Resultados:
31
Pôde-se perceber que a Psicologia, partindo do trabalho revolucionário da alagoana Nise da
Silveira, tem diversas possibilidades para pensar as múltiplas formas de existência e, no
que se refere aos processos grupais nessa ciência, suas produções mostraram-se
relevantes, seja no fortalecimento de vínculos, seja nas consequentes contribuições às
realidades psicossociais dos sujeitos, aumentando as construções de redes de estratégias
para o fortalecimento de/para vidas autônomas e usufruidoras de suas cidadanias.
Conclusão: Portanto, a multidisciplinaridade que o âmbito solicita, fortalece a
imprescindibilidade do diálogo entre as referidas formas de trabalhos-implicações, para a
constante elaboração de novos olhares em saúde mental.
Palavras-chave: Nise da Silveira, Psicologia de Grupo, Saúde mental.

RESUMO 046_____________________________________________

A PSICOEDUCAÇÃO COMO PROMOÇÃO DA SAÚDE MENTAL: PREVENÇÃO AO USO


DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS

JOSÉ EMANUEL SEBASTIÃO DA SILVA PEREIRA, VERONICA BERNADETE DE FREITAS, MARIA DE FÁTIMA
CORDEIRO DE LIMA, DAYANE GERUSA BENÍCIO, SEVERINO MARCOS DE OLIVEIRA CARNEIRO.

Introdução: Este trabalho aborda os tópicos estruturais e práticos que permeiam os


estudos de integração da teoria acadêmica e da prática através da psicoeducação na
promoção da Saúde Mental no campo da atenção primária. Tendo em vista que na
contemporaneidade o consumo de drogas tem provocado prejuízos biopsicossociais.
Objetivo: Ressaltar a importância da psicoeducação na atenção primária à promoção da
Saúde Mental, possibilitando uma melhor sensibilização na comunidade ao uso abusivo de
álcool e outras drogas. Métodos: Utilizou-se do recurso da revisão literária em livros,
revistas científicas, artigos científicos, apoiando-se nos pressupostos teóricos da
aprendizagem e desenvolvimento humano trazidos por Bronfenbrenner e Vigotyski.
Resultados: A prevenção primária tem se mostrado, ser uma ferramenta psicoeducativa
relevante, quando envolve os sujeitos nos espaços sociais os quais estejam inseridos,
como: escolas, templos e associações, possibilitando uma integração teórico-prática,
favorecendo o potencial desenvolvimental dos sujeitos atingidos. A psicoeducação é um
importante apoio à prevenção primária, o que favorece ao desenvolvimento de
mecanismos humanizados contra círculos viciosos de efeitos negativos ou situações
estressantes de vida, o que pode ajudar a modificar o ambiente, reduzindo as
circunstâncias prejudiciais e o desenvolvimento de sistemas de apoio. Conclusão: Conclui-
se a relevância da intervenção psicoeducacional na prevenção acerca do álcool e outras

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drogas. Assim, possibilitando a partir da metodologia, um novo olhar para esse mal-estar
social. A necessidade de interação social é algo fundamental para a promoção da Saúde
Mental do sujeito, haja vista, que existem contínuas mudanças no comportamento do
indivíduo quando em uso de substâncias psicoativas.
Palavras-chave: Álcool e outras drogas, Psicoeducação, Saúde Mental.

RESUMO 047_____________________________________________

O CAPS E O TRABALHO EM REDE: A IMPORTÂNCIA DO APOIO MATRICIAL NA


ATENÇÃO BÁSICA
32
STEFANIE SILVA VIEIRA, MARIA GRAZIELA GOMES ALVES.

Introdução: A Política Nacional de Saúde Mental frisa que para a desistitucionalização é


necessário que os serviços substitutivos, tal como os Centros de Referência Psicossocial
(CAPS) ofereçam também suporte e assistência à Atenção Básica. A atenção em saúde
mental não atinge seus objetivos isoladamente, sendo viável a inclusão do principio da
intersetorialidade e com isso, o apoio matricial surge como arranjo de organização e de
gestão dos serviços de saúde. Objetivo: Apresentar a experiência do apoio matricial
realizado pelo CAPS “Acordar para a vida” do município de Carira-SE. Métodos: Tratou-se
de um estudo descritivo, exploratório com abordagem qualitativa realizado com 33
profissionais da atenção primária presentes no momento da realização do apoio matricial
(mês de Julho do ano de 2017), dentre os cargos destacaram-se: Enfermeiros (05), Agentes
Comunitários de Saúde (27) e Auxiliar de Enfermagem (1). Utilizou-se uma abordagem
explanatória com parte da equipe Técnica do CAPS (Psicóloga, Enfermeiro, Assistente
Social e Psicopedagoga) e a coordenação da instituição. Resultados: Os profissionais
configuraram de maneira clara as potencialidades do apoio matricial no que diz respeito ao
cuidado integral e compartilhado do usuário com transtorno mental e como a estratégia
enriquece as possibilidades de composição interdisciplinar do Projeto Terapêutico Singular
e desconstrói a lógica dos encaminhamentos intermináveis, melhorando o fluxo do usuário
de transtorno mental na rede. Conclusão: Observou-se que apesar de incipiente é de
extrema importância o desenvolvimento de propostas de avaliação de intersetorialidade,
uma vez que o apoio matricial se constitui uma estratégia privilegiada para transformações
políticas e assistenciais da Saúde Mental que no Município de Carira está em
desenvolvimento.
Palavras-chave: Apoio Matricial, Atenção Básica e Saúde Mental.

RESUMO 048_____________________________________________

GRUPO DE FAMÍLIA EM UM CAPS-AD: RELATO DE EXPERIÊNCIA

LAURA GABRIELLY PORTO DIAS, NÁIRA MARIA OLIVENSE DO CARMO.

Introdução: O Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS-ad) presta


atendimento a pessoas em sofrimento psíquico decorrente do uso de substâncias
psicoativas, realizando ações que promovam a reinserção social e fortalecimento do
vínculo familiar dos usuários. Buscando os fatores de proteção para o uso dessas
substâncias e minimizando a influência dos fatores de risco, trabalha também a diminuição

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dos estigmas e preconceitos relativos ao uso de drogas, mediante atividades de cunho


educativo e preventivo. Oferecendo serviços que intervêm na rede social através da
família, pois esta é vista como uma forma de suporte no enfrentamento de situações.
Objetivo: Relatar experiência em grupo de famílias, realizado durante estágio no CAPS-ad,
analisando como o grupo de família auxilia seus membros na redução de tensões e
sofrimento. Métodos: Descrever através de relatos de experiências a vivência em grupo de
famílias, no CAPS-ad, Amor e Esperança, localizado na cidade de Arapiraca-AL.
Resultados: Conseguimos analisar o grupo como importante estratégia de suporte
emocional necessário ao cuidador do dependente químico, possibilitando o enfrentamento
de momentos de crise, amenizando seu sofrimento e ansiedade. Também, foi possível
observar a visão da família sobre dependência, e de que forma são afetados. Conclusão: 33
Verificou-se diante dos relatos dos familiares que estes também passam por um processo
de sofrimento, tendo o grupo como uma atividade terapêutica, de apoio, esclarecimento e
troca de experiências. Desse modo, conclui-se a importância de pensar no cuidado aos
familiares de usuários de drogas, pois estes podem ser considerados alicerces para sua
recuperação e reabilitação social.
Palavras-chave: Grupo de Família, CAPS-ad, Reabilitação.

RESUMO 049_____________________________________________

FAMÍLIA E PACIENTE COM TRANSTORNO MENTAL DE COMPORTAMENTO:


O DESAFIO DE CONVIVER COM O DIFERENTE.

TIAGO ANDRADE SILVA, ÉLLEN ÁUREA BATISTA MARQUES, SABRINA DA SILVA, ELISAMA PAULA ALVES
DOS SANTOS, ANDRÉ REIS MIRANDA, HUMBERTO APARECIDO FARIA.

Introdução: Os transtornos mentais são distúrbios caracterizados por uma combinação de


ideias, emoções e comportamentos anormais com outras pessoas. Muitos usuários
enfrentam dificuldades com os familiares não tem condições e preparo necessário para
auxiliá-lo na assistência à saúde mental. Objetivos: identificar as dificuldades enfrentadas
pelas famílias dos usuários com transtorno mental e de comportamento. O estudo foi
qualitativo, descritivo, de caráter exploratório de campo. Os sujeitos dessa pesquisa foram
os familiares dos usuários do CAPS da cidade de Monte Santo-BA. A coleta foi por
conveniência, total de10 usuários e o familiar que é o cuidador foram entrevistados.
Utilizaram questionários e formulários impressos. Resultados e Discussão: Obteve-se os
resultados, 10% dos usuários alega falta de interação familiar, 20% dos usuários alega que a
família não é importante no momento de dificuldade e 40% dos familiares sentem
constrangidos por ter um parente com transtorno mental. Conclusão: esse estudo aponta
para tais dificuldades enfrentadas diariamente pelo familiar que tem como membro da
família usuário com transtorno mental, dessa forma, há necessidade que instituições de
saúde, como ESF e CAPS fazem atividades que levem a inserção social e cultural.
Palavras-chave: Família, Transtornos mentais, CAPS, ESF.

RESUMO 050_____________________________________________

O PAPEL DOS SERVIÇOS DE EMERGÊNCIA PSIQUIÁTRICA DENTRO DA REDE DE


ATENÇÃO PSICOSSOCIAL

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DIEGO ARMANDO COIMBRA DE MELO, THIAGO ARAÚJO PONTES,


THIAGO ROBERTO SARMENTO DE MORAES.

Introdução: A psiquiatria mudou bastante seus moldes de meados do século XX até os dias
de hoje, buscando melhorias no manejo do paciente de forma extra-hospitalar, como os
centros de atenção psicossocial. A criação dos serviços de emergência psiquiátrica foi de
fundamental importância para a melhoria do atendimento, pois se tornou a porta principal
de entrada no sistema, organização do fluxo de internações e maior sinergia entre as
diversas áreas do sistema de saúde. Objetivo: Revisão de dados de literatura relativos ao
papel dos serviços de emergência psiquiátrica em ação na rede de atenção psicossocial.
Métodos: Foi realizado uma busca em banco de dados (PubMed e SciELO) de artigos e
34
revisões sobre rede de atenção psicossocial e serviços de emergência psiquiátrica.
Resultados: A prevalência de quadros psiquiátricos em contextos clínicos é elevada,
particularmente em serviços de emergência, representando um desafio para os
profissionais da saúde e um elemento essencial no funcionamento da rede de saúde
mental. A ação conjunta entre a saúde mental e a atenção básica é uma realidade que se
tornou necessária diante do contingente de pessoas que sofrem com transtorno
psiquiátrico. Conclusão: Os serviços de emergências psiquiátricas são fundamentais diante
do atual cenário de prevalência de quadros psiquiátricos em contextos clínicos. A
ampliação desses serviços representa a diminuição de hospitalizações desnecessárias, o
aumento da qualidade do sistema de saúde e o uso eficiente de leitos. Esses serviços
devem ser valorizados e integrados, com investimento necessário em hospitais gerais, no
objetivo de aprimorar a atenção na saúde mental.
Palavras-chave: Serviços de Saúde Mental, Política de Saúde, Serviços de
Emergência Psiquiátrica.

RESUMO 051_____________________________________________

O PBL (PROBLEM BASED LEARNING) ENVOLVIDO NO DESENVOLVIMENTO DA


ANSIEDADE SOCIAL NO ESTUDANTE DE MEDICINA

PAULO ANDRÉ DUQUE WANDERLEY FILHO, THIAGO BRAGA BATISTA, KARLA SILVA BESERRA,
PEDRO VITOR NUNES E SILVA, LAURA SANTANA DE ALENCAR.

Introdução: O acadêmico de medicina geralmente sofre com a falta de tempo. Essa


questão, além de prejudicar a qualidade de vida, pode precipitar transtornos mentais,
como ansiedade social. Esta é caracterizada pelo medo persistente e acentuado de
situações de desempenho em que o indivíduo é exposto à constante avaliação de outrem.
No método PBL de ensino, além da avaliação cognitiva, há a formativa, onde o aluno é
conjecturado de forma individual e coletiva quanto à responsabilidade, atitude e
comunicação. O foco individual que esta metodologia possui tem ação direta no
desenvolvimento ou progressão do transtorno. Objetivo: Resumo embasado em
referenciais teóricos e análise dos principais artigos publicados referentes a esta temática,
de modo a extrair conclusões sobre a relação do PBL com a ansiedade social. Métodos: A
busca dos artigos científicos foi realizada nas bases de dados eletrônicas SciELO e PubMed,
a partir dos últimos cinco anos e nos idiomas português/inglês. Resultados: Dentro do
estudo realizado, observou-se que as universidades que utilizam o método PBL possuem
uma parcela maior de alunos com sinais e/ou sintomas de ansiedade social quando

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comparado com o ensino tradicional, visto que, estes são cobrados através de uma
pontuação processual. Conclusão: A prevalência de psicopatologias encontradas em
estudantes de medicina por si só é muito superior à média da população geral, pois, esses
lidam com questões subjetivas. Além disso, a metodologia PBL é fator precipitante para o
surgimento dos sinais e/ou sintomas de ansiedade social entre esses alunos, haja vista,
estes são submetidos a avaliações quantitativas.
Palavras-chave: Aprendizagem baseada em problemas, Educação médica, Transtornos de
Ansiedade.

RESUMO 052_____________________________________________
35
INTEGRAÇÃO DA SAÚDE MENTAL COM A ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
ATRAVÉS DO APOIO MATRICIAL

KELLY GÉSSYCA COUTINHO DOS SANTOS, FÁBIA REGINA DOS SANTOS, ALEXANDRE AGACIR SILVEIRA,
SILVIA S. NASCIMENTO.

Introdução: O apoio Matricial é uma metodologia de gestão do trabalho em saúde que tem
por objetivo a ampliação das possibilidades de desenvolver o cuidado na lógica da clínica
ampliada e integrar de forma dialógica as distintas especialidades e profissões. Em saúde
ele deve assegurar, de modo dinâmico e interativo, retaguarda especializada as equipes de
referência de um determinado serviço. Objetivo: relatar a experiência de integração do
cuidado, por meio do Apoio Matricial, do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Jael
Patrício de Lima e a Unidade Básica de Saúde José Machado de Souza, ambos localizados
em Aracaju Métodos: Os encontros ocorreram mensalmente no período de 2009 no CAPS,
tendo a participação das seis equipes de Saúde. Alguns critérios foram definidos:
planejamento prévio das ações a serem desenvolvidas, levantamento conjunto de temas
pertinentes ao cuidado Saúde Mental. Inicialmente fazia-se uma dinâmica de grupo,
relacionado ao tema a ser discutido. No segundo momento era abordada uma temática,
além de compartilhamento de casos trazidos pela equipe Resultados: O resultado dessa
intervenção foi satisfatório, pois houve quebra de tabus em relação ao usuário em
sofrimento psíquico, maior resolutividade dos casos relacionados à sofrimento psíquico e a
consequente diminuição de encaminhamentos ao CAPS; fortalecimento do sistema de
referência e contra referência; trabalho integrado entre as equipes dos serviços
Conclusão: O matriciamento mostrou resultados positivos, permitindo uma melhor
integração entre as equipes, co-responsabilização e cuidado integral dos usuários em
sofrimento psíquico, focando no sujeito e não na doença.
Palavras-chave: Apoio matricial, Saúde Mental, Atenção Básica.

RESUMO 053_____________________________________________

SAÚDE MENTAL E EDUCAÇÃO FINANCEIRA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

MARIA GRAZIELA GOMES ALVES, STEFANIE SILVA VIEIRA.

Introdução: Um tema importante a ser desenvolvido com os usuários de CAPS é a educação


financeira, por ser um fator relevante na qualidade de vida dos indivíduos, levando o
sentimento de autonomia aos usuários, com a tomada de decisões financeiras pessoais na

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busca de criar hábitos saudáveis de consumo. Objetivo: Apresentar a experiência de


educação financeira com os usuários do CAPS – “Acordar Para a Vida” do município de
Carira-SE, como forma de reabilitação psicossocial. Métodos: Como estratégia de
reabilitação psicossocial os técnicos do CAPS, Assistente Social, Psicólogo, Enfermeiro,
Pedagoga, coordenação e oficineiros, desenvolveram o I Bazar do CAPS, através da criação
de uma moeda própria: o Real CAPS (desenvolvida pelos técnicos), cada usuário tinha
direito a uma quantidade da moeda e podia ir até a loja do CAPS, fazer suas compras por
livre escolha, comprando diversos itens expostos, trabalhando desta maneira a autonomia.
A ação aconteceu em Outubro de 2017 com a participação de 33 usuários. Resultados: Foi
observado o entusiasmo dos usuários ao escolher seus itens, apresentando o sentimento de
empoderamento relacionado com a sua vida. Cada usuário pôde levar para sua casa os 36
itens escolhidos, reforçando a inclusão da autonomia no CAPS. Conclusão: Observou-se
através da ação de reabilitação psicossocial que os usuários tornaram-se protagonistas de
suas atitudes e decisões a partir do gerenciamento de seu dinheiro e suas escolhas.
Puderam aprender operações matemáticas simples que utilizarão no dia a dia para um
melhor planejamento financeiro e qualidade de vida.
Palavras-chave: Saúde Mental; Reabilitação psicossocial; Autonomia.

RESUMO 054_____________________________________________

TRATAMENTO DA ESQUIZOFRENIA: INTERFACES ENTRE O PAPEL DA FAMÍLIA E


DOS ENFERMEIROS

JENNIFER SANTOS ROCHA, DAYSE JULIANE SILVA VASCONCELOS, HUGO DE LIRA SOARES,
ANDRÉA CARLA DE ALMEIDA BARROS.

Introdução: A desinstitucionalização traz uma ideia de desconstrução do aparato


manicomial, o que inclui transformação das práticas de cuidado, construção de novos
modelos assistenciais, produção de vida e de sentido na relação com o diferente, tanto
para usuários como para a sociedade. Objetivo: Mencionar os benefícios do processo de
desinstitucionalização nos pacientes psiquiátricos. Métodos: No alcance deste estudo,
sucedeu-se por revisão integrativa de literatura com base nos dados Scientific Eletronic
Library Online (SCIELO), Biblioteca Virtual da Unicamp (SBU) e Biblioteca Virtual em Saúde
(BVS-BIREME). Para a coleta das informações, encontrou-se sobre o assunto 12 materiais,
porém somente 03 se enquadravam no contexto. Os critérios de inclusão foram artigos já
publicados em português, inglês e espanhol e com recorte temporal de 2 anos,
compreendendo assim de 2015 a 2017, porém, nos critérios de exclusão, deu-se por
incompatibilidade do tema e que não fornecia gratuitamente. Resultados: Após
reconhecer que a institucionalização da pessoa doente mental os isolava da comunidade e
familiares e que não evoluía para uma melhor qualidade de vida, iniciou-se o plano de
desinstitucionalização, encerrando assim os hospitais psiquiátricos, passando a inserir o
indivíduo na sociedade e preferencialmente no seio da sua família, perfazendo uma
evolução e benefícios aos usuários e a construção de redes de serviços estratégicos para a
coletividade. Conclusão: Portanto, o presente estudo possibilitou reconhecer evidências
relacionadas as benesses do processo de desinstitucionalização, que contribui para um
cuidado pautado na humanização e na integralidade do indivíduo.
Palavras-chave: Desinstitucionalização, Institucionalização, Hospitais Psiquiátricos.

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RESUMO 055_____________________________________________

VIVÊNCIAS NO CAPS TRANSTORNO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

LUÍSA CARNEIRO VIEIRA SANTOS, BRUNA BASTOS MAZULLO MARTINS, NICOLE CANDEIA DE
ALBUQUERQUE, SÉRGIO HENRIQUE SANGUINETTI GOUVEIA, THALYTA DANIELLE PINTO DA SILVA,
MICHELE GOMES TARQUINO.

Introdução: Em 1987, a luta antimanicomial e a reforma psiquiátrica surgiram como uma


nova forma de enxergar o sujeito e a doença, favorecendo a consolidação de um modelo
de atenção integrado, buscando humanização no tratamento. Criou-se o CAPS, Centro de
Atenção Psicossocial, que favorece um tratamento multidisciplinar, a 37
desinstitucionalização e desospitalização, voltando-se para o indivíduo. A inserção do
estudante na prática deste serviço favorece um contato maior com os equipamentos frutos
da reforma, possibilitando uma construção acadêmica mais completa e articulada.
Objetivo: Relatar as experiências vividas no CAPS por estudantes do curso de graduação
em psicologia. Método: A vivência prática aconteceu no CAPS Acolher, em Moreno-PE, nos
meses de setembro e outubro de 2017, durante a prática de oficina mental. Os estudantes
participaram de uma reunião técnica, uma reunião de orientação a cuidadores e fizeram
intervenções em dois grupos terapêuticos. As intervenções consistiram em uma contação
de história e a utilização de recursos expressivos para construir imagens coletivas,
proporcionando um momento de fala, reflexão e compartilhamento. Resultados: Os
estudantes encontraram dificuldades para a atuação, como estrutura física e grandes
demandas do serviço, por ser o único CAPS do município. Em contrapartida, a equipe
mostrou-se eficiente e compromissada, atuando de forma articulada e facilitando a
compreensão integral do sujeito. Como reflexo desse movimento, os usuários
demonstraram cuidado e apreço pela instituição. Conclusão: A entrada de estudantes
neste cenário propicia um crescimento e aprendizado para estes, podendo desde a sua
graduação articular prática a teoria, conhecendo a realidade deste sistema.
Palavras-chave: Estudantes; Prática (Psicologia); Saúde mental.

RESUMO 056_____________________________________________

FORMAÇÃO DO PSICÓLOGO NA SAÚDE MENTAL: ANÁLISE DAS MATRIZES


CURRICULARES DOS CURSOS SERGIPANOS DE PSICOLOGIA

CLAUDSON RODRIGUES DE OLIVEIRA

Introdução: A inserção dos psicólogos no campo da saúde pública e saúde mental ocorreu
por volta da década de 1970. Em 2004, com a aprovação das Diretrizes Curriculares
Nacionais (DCNs), as formações dos cursos de psicologia passaram a contemplar a saúde de
forma mais ampla, não apenas individual (RIBEIRO; LUZIO, 2008. p 206-207). Considerando
as mudanças da reforma psiquiátrica e os avanços dos dispositivos de atenção psicossocial,
Carneiro e Porto (2014, p. 159) considera indiscutível a importância do conhecimento
desta rede durante a formação de graduação do psicólogo. Objetivo: este trabalho tem o
objetivo de analisar a inserção da saúde mental/reforma psiquiátrica nas disciplinas dos
cursos de psicologia das faculdades sergipanas. Métodos: Foi feito o levantamento das
grades curriculares dos 05 (cinco) cursos de psicologia das faculdades e Universidades

2º Congresso e 4º Simpósio Alagoano de Saúde Mental – ANAIS – Maceió, Alagoas.


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(públicas e privadas) de Sergipe. Foram analisadas as grades curriculares disponíveis nos


sites das respectivas instituições, levando em consideração as disciplinas obrigatórias e
optativas. Resultados: Após análise, observou-se que durante a graduação existe, em
média, 01 (uma) uma disciplina obrigatória de saúde (geral e/ou coletiva), a qual aborda,
também, a saúde mental. Não existe disciplina que contemple exclusivamente a temática.
Quanto às disciplinas optativas, poucos cursos ofertam disciplinas voltadas para saúde
mental. Conclusão: A formação dos psicólogos em Sergipe atende as normas das Diretrizes
Curriculares Nacionais (DCNs), abrangendo a saúde mental; porém, conforme o estudo de
Macedo e Dimenstein (2011, p. 1152), os cursos acabam valorizando o modelo clássico da
psicologia atendendo à prática do psicodiagnóstico e da psicoterapia individual.
Palavras-chave: Saúde Mental, Formação, Psicólogo. 38

RESUMO 057_____________________________________________

MATRICIAMENTO E SUAS AÇÕES CONTRIBUINDO PARA


AUTONOMIA E MELHOR ACESSIBILIDADE

BÁRBARA GOMES DOS SANTOS, MARIA SIMONE GOUVEIA DE OLIVEIRA, MIRELLA DOS SANTOS REIS,
SABRINA EUFRAZIO DO NASCIMENTO SANTOS.

Introdução: Matriciamento ou apoio matricial é um novo modo de produzir saúde em que


duas ou mais equipes, num processo de construção compartilhada, criam uma proposta de
intervenção pedagógico-terapêutica. Esse apoio matricial, formulado por Gastão Wagner
Campos (1999), tem estruturado em nosso país um tipo de cuidado colaborativo entre a
saúde mental e a atenção primária. O matriciamento propõe que o usuário seja inserido
em outros serviços como Unidade Básica de Saúde, CRAS, igrejas, assim, tira o foco e o
olhar de um paciente psiquiátrico restrito ao convívio social. Objetivo: Difundir
conhecimento sobre o apoio matricial. Métodos: Utilizou-se como recurso de pesquisa o
Google acadêmico, LILACS e MEDLINE, foram encontrados artigos publicados no período
entre 2010 até 2017. Resultados: Este novo modelo de atenção na saúde mental, visa
maior independência e autonomia por parte de seus usuários, procurando, promover um
atendimento humanitário, diferente do antigo conceito hospitalocêntrico, buscando
parcerias junto com ESF, transformando o olhar do trabalhador no processo saúde/doença,
além de garantir cuidados voltados à promoção da saúde, para atendimentos com equipes
multiprofissionais engajadas no atendimento de forma holística e efetiva. Conclusão:
Através desse novo modelo de atenção, tem-se observado transformações relacionadas
tanto na autonomia e autoestima dos usuários como também entre suas redes de atenção,
adquirindo um conhecimento maior desse cliente, para melhor atendimento sem
preconceitos, para ofertar um atendimento de qualidade a seus usuários.
Palavras-chave: Saúde mental, Saúde pública, Transtornos mentais.

RESUMO 058_____________________________________________

A PERSPECTIVA DE AUTONOMIA PARA AUTISTAS SAVANT: UMA REVISÃO


INTEGRATIVA DE LITERATURA

ARTHUR HENRIQUE FERNANDES RODRIGUES, MARIA HELENA ROSA DA SILVA.

2º Congresso e 4º Simpósio Alagoano de Saúde Mental – ANAIS – Maceió, Alagoas.


ANAIS CASME 2018
Maceió-AL, 07 a 09 de Junho de 2018.

Introdução: A síndrome de Savant é caracterizada por “ilhas de genialidade”: habilidade


extraordinária em memorização, cálculo ou artes em pacientes com severo déficit
intelectual. Estima-se que 10% das pessoas com autismo possuem habilidades savant e há
uma predominância de estudos com essa associação, especialmente quanto ao manejo das
deficiências que dificultam a integração social. Nessa perspectiva, a terapia ocupacional se
mostra uma grande ferramenta para buscar o máximo de normalidade possível, reduzindo
essas limitações. Objetivo: Fomentar a discussão acerca da referida síndrome associada ao
transtorno do espectro autista – TEA, relacionando terapias comportamentais com objetivo
de reduzir as limitações de ordem social e de comunicação desses pacientes. Métodos: O
trabalho consiste uma revisão integrativa da literatura nas bases de dados PubMed e
SciElo. Foram considerados oito artigos publicados entre 2012 e 2018. Resultados: A 39
terapia ocupacional é amplamente utilizada no tratamento de pacientes com autismo,
especialmente na evolução da capacidade de interação. Atividades como a arteterapia,
treinamento de memória, habilidades sociais, estimulação sensorial e vocacional precisam
ser associadas a aptidão savant do indivíduo, estimulando-a. Portanto, essa abordagem
favorece a reabilitação social e incita a perspectiva de maior autonomia desses pacientes.
Conclusão: Existem ferramentas eficazes para minorar as deficiências inerentes ao TEA
que, aliados as peculiaridades da síndrome de Savant, tem imenso potencial de
reabilitação psicossocial , já que esses pacientes estarão aptos a participar ativamente do
contexto social em que estão inseridos. Ainda, é fundamental que mais sobre casos e
procedimentos sejam publicados para o aperfeiçoamento da atenção a este público.
Palavras-chave: Transtorno autístico, Terapia Ocupacional, Reabilitação.

RESUMO 059_____________________________________________

HÁ UM SOL PARA ALÉM DA FRESTA

MARIA JOSÉ DAS NEVES SILVA, NARA JÚLIA LOPES SANTANA.

Introdução: A reabilitação psicossocial do portador de transtorno mental é um processo de


reconstrução de habilidades e o fortalecimento da autonomia para a vivência em
sociedade. Tem sido um dos maiores desafios da saúde mental na atualidade. À medida
que os serviços substitutivos são implantados, novas estratégias vão sendo implementadas
objetivando facilitar tal processo. Objetivo: Analisar a percepção dos usuários sobre
reabilitação psicossocial de um Centro de Atenção Psicossocial /CAPS, no município de
João Pessoa - PB. Métodos: Pesquisa qualitativa, em que participaram 03 usuários,
cadastrados e em tratamento regular no serviço. Os dados foram coletados através de
entrevista semiestruturada gravada. Depois de transcritas as entrevistas foram analisadas
através da análise do discurso. Resultados: Os discursos analisados foram unanimes em
reconhecer a reabilitação psicossocial como um processo direcionado à conquista da
cidadania, considerando o tratamento e as atividades proporcionadas pelo CAPS como
relevantes para a efetivação da sua reabilitação e reinserção de forma digna junto a
família e sociedade. Entretanto, reconhecem a urgência de políticas de incentivo aos
CAPS, aos familiares e aos próprios usuários. Conclusão: A reabilitação psicossocial é um
processo em andamento e para sua efetivação são importantes ações integradas entre
instituição, usuários, família e sociedade.
Palavras-chave: Reabilitação psicossocial, Portador de transtorno mental, Saúde mental,

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ANAIS CASME 2018
Maceió-AL, 07 a 09 de Junho de 2018.

RESUMO 060_____________________________________________

DESENVOLVIMENTO DA REABILITAÇÃO PSICOSSOCIAL NO CENTRO DE ATENÇÃO


PSICOSSOCIAL CAPS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

SABRINA EUFRAZIO DO NASCIMENTO SANTOS, MIRELLA DOS SANTOS REIS,


BARBARA GOMES DOS SANTOS.

Introdução: O CAPS pode articular cuidado clínico e programas de reabilitação


psicossocial. Assim, os projetos terapêuticos devem incluir a construção de trabalhos de
inserção social, respeitando as possibilidades individuais e os princípios de cidadania que 40
minimizem o estigma e promovam o protagonismo de cada usuário frente a sua vida.
Objetivo: Explorar a evolução dos trabalhos desenvolvidos no CAPS e as técnicas utilizadas
para reabilitação, utilizando arte e cultura. Métodos: Estudo integrado à pesquisa de
avaliação do Centro de Atenção Psicossocial em Maceió/AL. Foi analisado o Centro de
Atenção Psicossocial, relatos de profissionais e atividades grupais, desenvolvidas dentro e
fora do CAPS, no período entre Fevereiro e Março de 2018. A análise incluiu depoimento
dos usuários e dos profissionais, que participam das atividades. Baseado em referências
teóricos, utilizou-se técnicas para verificar conteúdos e sua relação com o meio
terapêutico. Resultados: No CAPS, referência para o presente relato, foi visto a oferta das
demais atividades: exercício físico, pintura, leitura e roda de conversa. As atividades
contribuem para interação com os demais usuários, possibilita o crescimento e
aprendizagem, bem como, a reinserção na sociedade. Durante o período de análise
observou que a variedade das atividades trabalha a autonomia, uma vez que, cada usuário
escolhe aquela que melhor se encaixa. Conclusão: A partir da experiência vivenciada e
com base nas referências científicas, observou que o CAPS garante aos indivíduos bem-
estar: físico, psíquico e motor, além do convívio com outros usuários e profissionais que
atuam de modo interdisciplinar garantindo uma assistência de qualidade.
Palavras-chave: CAPS, Reabilitação, Psicossocial.

RESUMO 061_____________________________________________

CENTRO DE REABILITAÇÃO E REINTEGRAÇÃO DE CRIANÇAS COM AUTISMO: UM


RELATO DE EXPERIÊNCIA

HELOISA ANTUNES ARAUJO, BRUNA BRANDÃO DOS SANTOS, HIDYANARA LUIZA DE PAULA, KAMILLA
LOPES DOS SANTOS, GLICYA MONALY CLAUDINO DOS SANTOS, ANDREIVNA KHARENINE SERBIM.

Introdução: O autismo é considerado uma doença multifatorial, caracterizando-se como


um transtorno comportamental, o qual compromete a interação social, comunicação,
apresentando padrões repetitivos de comportamento, além de interesse restrito por
atividades¹. Assim, a reabilitação visa recuperar física e psicologicamente, possuindo como
objetivo a reintegração social². Objetivo: relatar a experiência vivenciada por acadêmicas
de enfermagem durante visitas técnicas a um centro de referência de cuidados a crianças
autistas em Arapiraca. Métodos: estudo de caráter descritivo, do tipo relato de
experiência, realizado a partir de visitas técnicas a um centro de referência de cuidados a
crianças autistas em Arapiraca. Resultados: O serviço atende exclusivamente às crianças

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ANAIS CASME 2018
Maceió-AL, 07 a 09 de Junho de 2018.

com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
Observou-se que o perfil dos usuários é majoritariamente de meninos, com atendimento às
crianças de até 12 anos, dessa forma o usuário tem seu acompanhamento comprometido
nas outras fases da vida. As crianças recebem atendimento multiprofissional
semanalmente, além do trabalho individual de reintegração e reabilitação, através das
terapias de estimulação, integração sensorial e oficinas. Ademais, ainda existe o grupo de
pais, instrumento fundamental no fortalecimento do vínculo família-criança, haja vista a
dificuldade de aceitação da família às especificidades do filho autista. Conclusão:
Enfatiza-se a importância da terapia multiprofissional para o fortalecimento do vínculo
com a criança e a família, contribuindo para a estimulação adequada com vista ao
desenvolvimento das capacidades físicas, mentais e sociais das crianças. Ademais, é 41
imprescindível que os serviços proporcionem a continuidade do atendimento independente
de qualquer faixa etária.
Palavras-chave: Transtorno do Espectro Autista, Reabilitação, Estimulação Precoce.

RESUMO 062_____________________________________________

A DEPRESSÃO COMO UM DESENCADEADOR DA DOENÇA DE PARKINSON: UMA


REVISÃO INTEGRATIVA

ARTHUR AZEVEDO FERREIRA, CRISTIAN LIMA DUARTE, GUILHERME AUGUSTO MOREIRA LUCA,
VINÍCIUS CAMILO SILVA DE ALENCAR, GABRIELLA DE ARAÚJO GAMA.

Introdução: A depressão é um achado comum na Doença de Parkinson (DP) e em outras


doenças neurodegenerativas, fato que leva a uma piora nos resultados dos tratamentos.
Assim, a depressão exerce influência nos sintomas, risco e progressão da DP, sendo
tratamentos voltados para melhoria do quadro depressivo um possível caminho para a
postergação dessa doença. Objetivo: Este trabalho teve como objetivo realizar uma
revisão integrativa em prol do que se discute atualmente sobre o tema e quais as novas
abordagens para tratamento antidepressivo como redutor na incidência da DP. Métodos:
Realizou-se uma busca na base de dados PubMed utilizando os descritores cadastrados no
DECS: Depression, Parkinson Disease e Major Depressive Disorder, o operador Booleano
“AND” e filtros: últimos 5 anos, pesquisa realizada apenas com humanos e com texto
disponível na íntegra. Resultados: Foram encontradas diversas relações entre Depressão e
DP, sendo observadas algumas teorias que explicariam essa correspondência. Embora os
estudos acerca desse tema sejam escassos, foi possível determinar que a depressão
contribui para alguns sintomas da DP, como dificuldades motoras e comprometimento
cognitivo. Ademais, estudos longitudinais sugerem que a depressão e seu tratamento
influenciam o curso dos sintomas, denotando que o tratamento antidepressivo pode
contribuir para a remissão da DP. Conclusão: Foi consumado que, dada a relação entre as
duas patologias que fizeram parte do tema deste trabalho, é crucial o desenvolvimento de
medidas visando eliminar ou minimizar possíveis agravos gerados pela depressão,
colocando, nesse âmbito, a DP. Tais medidas incluem tanto cuidados clínicos como
também práticas preventivas.
Palavras-chave: Depression, Parkinson Disease, Major Depressive Disorder.

RESUMO 063_____________________________________________

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Maceió-AL, 07 a 09 de Junho de 2018.

USO DE BENZODIAZEPÍNICO NO TRATAMENTO DE DEPRESSÃO

ARTHUR AZEVEDO FERREIRA, CRISTIAN LIMA DUART, GUILHERME AUGUSTO MOREIRA LUCAS,
VINICIUS CAMILO SILVA DE ALENCAR, MADILEIDE DE OLIVEIRA DUARTE.

Introdução: Benzodiazepínicos constituem uma classe de fármacos que atuam nas sinapses
químicas, potencializando a ação do ácido-gama-amino-butírico (GABA). Estes são
utilizados como ansiolíticos hipnóticos e sedativos, além de poderem ser utilizados
associados a antidepressivos, tendo Clonazepam e Diazepam como representantes usados
na prática clínica. Objetivo: Discutir o uso de benzodiazepínicos e sua associação com
outros medicamentos aplicados em pacientes na depressão. Métodos: Revisão de literatura
na base de dados do Pubmed, através do National Center for Biotechnology Information 42
(NCBI), utilizando os descritores Depression, Benzodiazepines e Treatment associados ao
operador booleano AND. Além disso, foi utilizado um livro de referência em farmacologia.
Resultados: Pesquisas são feitas no sentido de estudar a associação de benzodiazepínicos
com outros medicamentos no tratamento da depressão, mas seu valor no tratamento ainda
é controverso. Quando esse medicamento for utilizado, o profissional deve considerar
possíveis benefícios e riscos ao decidir sobre as opções iniciais de tratamento do paciente,
pois sua utilização conjunta deve ser pensada, uma vez que pode desempenhar um papel
importante nos sintomas de ansiedade e na melhora no quadro de insônia, e apresentar
possíveis efeitos colaterais em longo prazo, como dependência e abstinência. Conclusão:
Uma das dificuldades ainda reside no fato de não haver um limite claro entre ansiedade e
depressão, pois esses sintomas podem atuar simultaneamente. A prescrição desses
remédios em associação parece resultar em uma melhor adequação do tratamento, em
comparação ao uso de antidepressivos isolados, pois diminuem o abandono ao tratamento
e contribuem para tratar outros efeitos colaterais da doença.
Palavras-chave: Depressão, Benzodiazepínicos, Tratamento.

RESUMO 064_____________________________________________

PROCESSAMENTO AUDITIVO EM CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO DÉFICIT DE


ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE: UMA REVISÃO DE LITERATURA

LAURIANE FERREIRA DA SILVA, ARIANA VITÓRIA DOS SANTOS TEIXEIRA, LETÍCIA SAMANTHA AMARAL
ALMEIDA SANTANA, NATHÁLIA TORQUATRO DE ALBUQUERQUE, PAULO ROBERTO LIMA DA SILVA,
ANA PAULA MONTEIRO RÊGO.

Introdução: o transtorno do déficit de atenção/hiperatividade, caracteriza-se como uma


desordem comportamental neurobiológica, de fatores genéticos e ambientais, que envolve
uma desordem no domínio do comportamento do indivíduo, causando desatenção,
inquietude e hiperatividade. Devido a essas alterações neurocomportamentais, a
habilidade de perceber ou distinguir os estímulos sonoros que lhes são apresentados, torna-
se alterado, uma vez que a percepção auditiva depende de respostas comportamentais
para que sejam discriminadas. Objetivo: este trabalho tem como objetivo realizar uma
revisão de literatura sobre o processamento auditivo temporal em crianças com transtorno
do déficit de atenção. Métodos: foi realizado um levantamento bibliográfico do período de
2001 a 2015 nas bases de dados Bvs, Scielo e Lilac. Foram utilizadas as palavras-chave
“processamento auditivo”, “transtorno do déficit de atenção” e “hiperatividade”. Foram
selecionados os artigos que se referiam ao processamento auditivo em crianças com

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ANAIS CASME 2018
Maceió-AL, 07 a 09 de Junho de 2018.

transtorno do déficit de atenção e hiperatividade. Resultados: de acordo com a literatura,


foram verificadas diferenças expressivas no processamento auditivo das crianças
diagnosticadas com tdah, mostrando que as mesmas apresentam resultados inferiores no
processamento auditivo, em relação as que não possuem o tdah. Conclusão: conclui-se,
portanto, que as crianças diagnósticadas com tdah possuem alterações comportamentais
que as impedem de receber com eficácia o estímulo sonoro, gerando uma falha na
discriminação dos sons e, posteriormente, falha na comunicação.
Palavras-chave: processamento auditivo, transtorno do déficit de atenção, hiperatividade.

RESUMO 065_____________________________________________
43
RELATO DE EXPERIÊNCIA: PROJETO SEMENTES E SEUS FRUTOS.

HUGO DE LIRA SOARES, PRISCILA JUCIELE MOREIRA DA SILVA, RACLAS FARIAS DA SILVA,
RICHARDSON DE LIRA SOARES, MARIA ELISABETE DE LIRA.

Introdução. Trata-se de um Projeto Social sem fins lucrativos, que busca o realce do
sentido existencial e regaste da motivação. Segundo Waldow (2010, pág. 27), a cada ano
cresce o número de pessoas que sofrem com dores psíquicas, para tal se faz necessário
uma eficiente política pública para atender as necessidades do SER, nesta dimensão as
pessoas dessas dores aterrorizantes necessitam de locais que tratem, estabilizem, mas
também o escutem com atenção devida e não é a grande realidade do sistema púbico,
deste contexto nasceu o projeto em questão, como colaborador no alívio a dor humana de
tantas raízes. Objetivo é relatar a experiência vivida neste projeto social. Metodologia:
Tratando-se de um relato de experiência em um projeto inovador chamado SEMENTES,
geralmente frequentando por 20 pessoas fixas e/ou novas em Arapiraca na Associação do
Capiatã, com encontros quinzenais às sextas-feiras das 19:30’ às 22h. São realizadas
atividades para estimular, motivar, escutar, apoiar a emoção de cada indivíduo, através de
roda de conversas, dinâmicas inovadoras e motivacionais , reflexões para buscar saídas
novas, partilhas, músicas, momento espiritual e por fim o abraço que cura. Resultados
Percebeu-se que desde 21 de julho de 2017 quando houve o primeiro encontro, muitas
mudanças ocorreram positivamente com a maioria dos integrantes, e a medida que os
encontros aconteciam, a evolução se firmava e a maturidade se instalava. Conclusão: no
contexto vivenciado, experimentou-se a relevância deste projeto e o bem que proporciona
a sociedade, estimulando a satisfação para obtenção da saúde mental e integral
fortalecida.
Palavras-chave: Motivação. Emoção. Saúde Mental.

RESUMO 066_____________________________________________

HUMANIZAÇÃO DAS PRÁTICAS DE ENFERMAGEM QUANTO À ABORDAGEM DE


DEPENDENTES QUÍMICOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA

LÍVIA MARIA NASCIMENTO DE QUEIROZ, LARISSA CAVALCANTE CARNEIRO, ANDRESSA PEREIRA DAS
MERCÊS SANTANA, CINDY CAMPÊLO DE ARAÚJO, LUANA RODRIGUES DE ALMEIDA.

Introdução: A Política Nacional de Humanização, criada pelo Ministério da Saúde, atua de


forma transversal às demais políticas de saúde, a fim de impactá-las e interferir na

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ANAIS CASME 2018
Maceió-AL, 07 a 09 de Junho de 2018.

qualificação da atenção e gestão do SUS. A Atenção Primária (AP), além de ser uma
estratégia para reorientação do modelo de atenção em saúde, é a base para a realização
de práticas humanizadas, uma vez que proporciona ao profissional maior vínculo e
conhecimento da realidade do usuário e oportuniza mudanças nesse contexto. Objetivo:
Considerando as suas competências, esse estudo objetivou identificar as potencialidades
das ações de saúde desenvolvidas pelos profissionais da enfermagem, na perspectiva da
humanização da assistência, junto a dependentes químicos (DP) na AP. Métodos: Trata-se
de uma revisão sistemática de abordagem qualitativa, desenvolvida através da pesquisa de
artigos indexados nas bases de dados acessadas via BVS, com os descritores: Humanização
da assistência, Dependência Química e Enfermagem na Atenção Primária à Saúde.
Resultados: Os artigos encontrados discutem que a falta de práticas humanizadas, 44
desenvolvidas por muitos profissionais, impacta negativamente no cuidado aos DQ,
afetando não só o atendimento, mas repercutindo no baixo acesso e adesão ao serviço,
diminuindo, assim, as possibilidades de reinserção na sociedade. Conclusão: A análise
desses resultados confirma a necessidade de investimento em capacitação e educação
permanente dos profissionais envolvidos no processo de cuidado do DQ, a fim de
desenvolver abordagem e conduta qualificada, integral e humanizada para esses usuários
na AP.
Palavras-chave: Humanização da assistência; Dependência Química; Enfermagem na
Atenção Primária à Saúde.

RESUMO 067_____________________________________________

CONSTELAÇÃO FAMILIAR NA SAÚDE MENTAL

MATEUS SILVA ALMEIDA, MELLANY ANDRADE FARIA, THAÍSA LINS MORETTI, ANA CAROLINA BARCELOS,
JOSÉ EDVILSON CASTRO BRASIL JUNIOR.

Introdução: A constelação familiar é um método psicoterapêutico criado por Bert Hellinger


que utiliza o regate de histórias passadas dos familiares do paciente, sejam eles falecidos
ou vivos, no intuito de expor sistemas de crença e esquemas de comportamento que
tendem a se repetir. Esse método tem impactado e levantado questionamentos em áreas
como no judiciário e saúde mental. Objetivo: Analisar a eficácia da constelação familiar
no cuidado da saúde mental. Métodos: Esse artigo disserta sobre a revisão de algumas
evidências sobre constelação familiar e seu papel no cuidado da saúde mental. Foi
realizada uma revisão simples através das bases de dados SCIELO, NCBI e PUBMED,
selecionando todos os estudos encontrados através dos descritores “constelação familiar”,
“constelação familiar e saúde mental”. Resultados: A busca evidenciou 3 artigos, 2
encontrados na base de dados da SCIELO e 1 na NCBI. Dentre os artigos, apenas 1 era
nacional. Cada artigo abordou um tipo de transtorno mental diferente, sendo eles
Transtorno obsessivo compulsivo (TOC), Esquizofrenia e Transtornos depressivos, e sua
relação com a constelação familiar. Conclusão: Uma abordagem longitudinal familiar
revelou-se necessária na abordagem de pacientes com transtornos depressivos. O
criticismo observado nos pais durante as terapias tem sido relacionado com melhor eficácia
do tratamento do TOC. Em relação a esquizofrenia, estudos sobre a estrutura do grupo
familiar demonstraram-se indispensáveis no campo terapêutico. Especialmente estudos
retrospectivos que possam ilustrar como era o meio familiar de um esquizofrênico e as
manifestações psicopatológicas de seus integrantes.

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ANAIS CASME 2018
Maceió-AL, 07 a 09 de Junho de 2018.

Palavras-chave: Constelação familiar, Saúde mental; Transtorno Obsessivo Compulsivo;


Esquizofrenia; Transtornos Depressivos.

RESUMO 068_____________________________________________

SAÚDE MENTAL E LIMITAÇÕES PARA A INSERÇÃO SOCIAL

CLARA SILVA DOS SANTOS, TAIS CARDOSO BRAGA.

Introdução: O processo de inserção social da pessoa com transtorno mental na vida pública
45
e coletiva junto a assistência psiquiátrica no mundo contemporâneo tem provocado
complexas mudanças estruturais. Levantando discussões sobre a necessidade de
reorganização da prática dos profissionais da equipe multidisciplinar de Saúde Mental,
frente às novas formas de assistência adotadas. A reabilitação psicossocial configura-se
como conjunto de estratégias direcionadas a aumentar as possibilidades de trocas, a
valorização das subjetividades e a proporcionar contratualidade e solidariedade. Objetivo:
Identificar os benefícios da reabilitação dos portadores de transtorno mental no trabalho
através de programas assistenciais e terapêuticos Métodos: Trata-se de um estudo de
revisão integrativa de literatura com utilização de duas bases de dados eletrônicas: LILACS
e BDENF, em artigos publicados entre 2010 e 2016. Resultados: As atividades
multidciplinares podem ser utilizadas como forma complementar de tratamento não
farmacológico para auxiliar no restabelecimento do equilíbrio psíquico e emocional do
indivíduo portador de transtorno mental. A criação de novos serviços ligados às redes
municipais e estaduais não significou somente alternativa à internação, mas a abertura de
possibilidades de trabalho comunitário reintegrador ao contexto social, capaz de dar nova
significação individual e social para as pessoas acometidas pelo transtorno mental como
também para suas famílias. Conclusão: Atividades cotidianas significativas, sejam elas
individuais ou em grupo promovem grandes melhorias na saúde mental, independência,
sociabilidade com os demais indivíduos dentre outros benefícios.
Palavras-chave: Saúde Mental, Reabilitação, inserção social

RESUMO 069_____________________________________________

INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA E SAÚDE MENTAL: A IMPORTÂNCIA DA


ASSISTÊNCIA PSICOLÓGICA JUNTO AO PACIENTE EM HEMODIÁLISE

KARLA KAROLYNE VIANA GOMES, CLAUDIANA FARIAS SANTOS.

Introdução: Consiste em relato de experiência acerca dos aspectos relacionados à saúde


mental de pessoas em tratamento hemodialítico. A insuficiência renal é a condição na qual
os rins perdem a capacidade de efetuar funções básicas, sendo sintomas mais comuns a
diminuição da produção de urina, sonolência, falta de apetite, náuseas etc. Diante desse
diagnóstico, quando os sintomas são incontroláveis por dieta ou outras formas de
tratamento, é necessário realizar sessões de hemodiálise, esta provoca uma mudança
brusca na vida dos pacientes, que repercutem diretamente em sua saúde mental, o que
torna obrigatória, em serviços de hemodiálise, a presença do(a) Psicólogo(a). Objetivo:
Caracterizar os aspectos emocionais de pessoas que fazem hemodiálise e discutir a

2º Congresso e 4º Simpósio Alagoano de Saúde Mental – ANAIS – Maceió, Alagoas.


ANAIS CASME 2018
Maceió-AL, 07 a 09 de Junho de 2018.

importância da atuação da Psicologia nesses serviços. Métodos:Relato baseado na


experiência profissional em um serviço de hemodiálise, embasado por revisão de literatura
nos bancos de dados Lilacs, Scielo e Pubmed, utilizando como descritores: insuficiência
renal crônica, hemodiálise, saúde mental e psicologia. Resultados:Diante do diagnóstico
de insuficiência renal e da necessidade de fazer hemodiálise, é comum deparar-se com
sentimentos como medo, angústia e desesperança. É importante ressaltar a função do(a)
psicólogo(a) como parte integrante da equipe de saúde e como este trabalho é
fundamental para melhor adaptação, aceitação e bem-estar do paciente. Conclusão:A
presença do(a) psicólogo(a) em serviços de hemodiálise é necessária para garantir um
atendimento mais humanizado, que reconheça a singularidade de cada paciente,
compreenda a fragilidade submetida pela doença e que faça emergir, dentro dos recursos 46
pessoais destes, a capacidade de ressignificação da própria vida.
Palavras-chave: Insuficiência Renal. Diálise Renal. Saúde Mental.

RESUMO 070_____________________________________________

PROMOÇÃO À SAÚDE MENTAL ATRAVÉS DO APEGO SEGURO

GUSTAVO SANTOS DE OLIVEIRA, MILLENA CYARA SANTOS E SILVA, EVANISA HELENA MAIO DE BRUM.

Introdução: O apego é o estabelecimento de um vínculo afetivo entre o bebê e uma figura


de apego, comumente a mãe. A importância da construção de um padrão de Apego Seguro
nos primeiros anos de vida do bebê tem sido considerado um importante fator de
promoção à saúde mental ao longo do ciclo vital. Assim torna-se importante avaliar o
apego nos primeiros anos de vida, para intervir nos casos de padrões de apego inseguro.
Desta forma, o presente estudo objetivou avaliar o padrão de apego de um bebê de 2 anos
e quatro meses. Método: Trata-se de um estudo de caso único, com a utilização de método
observacional para fins de análise do comportamento do bebê. O experimento foi
estruturado de acordo com o modelo desenvolvido por Ainsworth, chamado de situação
estranha. Nele o bebê e a mãe são testados em 7 etapas que incluem variações da criança
com a mãe, sozinha e na presença de um estranho. O comportamento do bebê em cada
uma das etapas foi cuidadosamente registrado e posteriormente analisado
qualitativamente. Resultados: Foi possível observar que o bebê apresentou reações de
receio, medo e insegurança ao ficar apenas com o estranho; quando sozinho estes
comportamentos se acentuaram. Além disto, foi rapidamente confortado pela mãe quando
ela retornou. Conclusão: Desta forma, foi possível observar que o bebê apresentou Apego
Seguro, pois demonstrou ter a mãe como uma figura de apego que lhe proporciona
segurança, este padrão de apego promoverá sua saúde mental ao longo de seu
desenvolvimento biopsicossocial.
Palavras-chave: apego, desenvolvimento infantil, saúde mental.

RESUMO 071_____________________________________________

O SOFRIMENTO PSÍQUICO DO ENFERMEIRO NOS CENTROS DE ATENÇÃO


PSICOSSOCIAL.

MARÍLIA DE OLIVEIRA MINEIRO, THAYSE TENÓRIO DO NASCIMENTO, EDVANIO COSTA DO NASCIMENTO,


ANA CAROLINA DOS SANTOS VILELA SANTIAGO DE MELO, RAQUEL FERREIRA LOPES.

2º Congresso e 4º Simpósio Alagoano de Saúde Mental – ANAIS – Maceió, Alagoas.


ANAIS CASME 2018
Maceió-AL, 07 a 09 de Junho de 2018.

Introdução: O trabalho de enfermagem em saúde mental pode ser considerado


desgastante, justamente pela aproximação do sofrimento decorrente do adoecimento, a
constante morte de clientes e o desempenho de atividades consideradas repulsivas,
desgastantes e atemorizadoras (BIANCHINI, 1999). Objetivo: verificar como a vivência com
os problemas dos usuários do CAPS podem afetar a saúde mental dos profissionais
enfermeiros. Neste sentido, cabe ao profissional enfermeiro cuidar de indivíduos adoecidos
e promover o seu bem-estar geral (BRITTO, 2006). Métodos: Pesquisa bibliográfica, nas
bases MEDLINE, LILACS E SCIELO, no período de 2009, utilizam-se os descritos: CAPS,
Enfermeiro, Estresse, Saúde Mental. Resultados: Os resultados da pesquisa mostram que os
enfermeiros envolvidos com o sistema psicossocial compartilham de sentimentos, aflições e
sofrimentos relacionados as suas atividades laborais, logo, o envolvimento desses 47
profissionais com atividades específicas de saúde mental vem se destacando em
decorrência do trabalho intenso a ponto dos mesmos não identificarem suas
vulnerabilidades e sua saúde mental precocemente, ou quando o fazem, deixam-nas de
lado e, com isso, tornam-se mais expostos aos efeitos negativos do estresse e de outros
agravantes mentais que podem gerar neles. Conclusão: Através desse contexto, viu-se que
a rotina do enfermeiro em saúde mental expõe o trabalhador a demandas emocionais
importantes e partindo dessa avaliação, comprovou-se a necessidade de analisar quais as
maiores prevalências desses transtornos mais comuns desses enfermeiros do CAPS ao cuidar
de pacientes portadores de transtornos mentais.
Palavras-chave: CAPS, Enfermeiro, Saúde Mental.

RESUMO 072_____________________________________________

PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM E O ESTRESSE OCUPACIONAL EM CENTROS DE


ATENÇÃO PSICOSSOCIAL

THAYSE TENÓRIO DO NASCIMENTO, MARÍLIA DE OLIVEIRA MINEIRO, EDVANIO COSTA DO NASCIMENTO,


ANA CAROLINA DOS SANTOS VILELA SANTIAGO DE MELO, RAQUEL FERREIRA LOPES.

Introdução: A análise da saúde dos enfermeiros de saúde mental ainda é tema pouco
estudado. Embora exista um considerável número de estudos de avaliação de serviços em
saúde mental, de maneira geral, poucos preocuparam-se com a saúde dos trabalhadores
desta área. Objetivo: Analisar na literatura científica o tipo de estresse ocupacional
expostos aos enfermeiros que atuam em Centros de Atenção Psicossocial – CAPS. Métodos:
Pesquisa bibliográfica, nas bases MEDLINE, LILACS E SCIELO, no período entre 1991 a 2009.
Resultados: Os estudos têm evidenciado que os enfermeiros representam uma classe
profissional particularmente exposta a elevados níveis de pressão e estresse (CABANELAS,
2009) que são de ordem física e psíquica. O enfermeiro ao lidar com essa situação de
estresse pode desenvolver doenças psíquicas, desse modo, afetando seu desempenho
profissional, o que pode levar até mesmo ao afastamento de suas atividades. A dupla
jornada de trabalho, vivenciada por grande parte destes profissionais, que pode favorecer
a diminuição do tempo dedicado ao autocuidado e ao lazer, potencializando o cansaço e,
consequentemente desenvolvendo agravos psíquicos (MONTANHOLI; TAVARES; OLIVEIRA,
2006, p. 662). Conclusão: Nos dados obtidos nesta pesquisa, foi possível compreender que
a enfermagem enfrenta uma sobrecarga, visto o número considerável de clientes
frequentadores dos CAPS´s, bem como a exposição a diversos estressores de ordem física e

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psíquica.
Palavras-chave: CAPS, Estresse, Saúde do Trabalhador doenças ocupacionais e
enfermagem.

RESUMO 073_____________________________________________

O TRATAMENTO DA DEPRESSÃO PÓS-PARTO COMO UM AGENTE DE PROMOÇÃO À


SAÚDE MENTAL INFANTIL

QUEZIA ACIOLY DE CASTRO OMENA, LARISSA BARROS XAVIER, LUCIANA BELO DA SILVA, JANNE EYRE
ARAÚJO DE MELO SARMENTO, EVANISA HELENA MAIO DE BRUM. 48
Introdução: A Depressão Pós-Parto (DPP) é um transtorno emocional que afeta tanto a
saúde da mãe quanto o desenvolvimento infantil. Identificar e tratar a DPP tem sido
apontado como um fator de promoção à saúde mental infantil. Desta forma, este trabalho
objetivou revisar a literatura nacional sobre o impacto da DPP no desenvolvimento infantil.
Método: A busca e seleção da literatura baseou-se em trabalhos científicos publicados em
periódicos nacionais, nas bases de dados LILACS, Scielo, MEDLINE, COCHRANE e PePsic, nos
últimos cinco anos, com os descritores: depressão pós-parto AND desenvolvimento infantil
e depressão AND puerpério AND desenvolvimento infantil. Resultados: A busca identificou
12 trabalhos. Após a leitura dos resumos para seleção dos trabalhos restaram 5 trabalhos.
A maioria destes trabalhos (4) avaliaram mais de uma forma de impacto da DPP no
desenvolvimento infantil, sendo a mais frequente a interação mãe-bebê (3); seguida da
linguagem (2); do desenvolvimento emocional/psicológico (2); do desenvolvimento
neuropsicológico (1), e, do desenvolvimento cognitivo (1). Apenas um dos artigos focou um
único tipo de impacto: o comportamento empático da criança. Conclusão: Desta forma, foi
possível verificar que a DPP tende a impactar de forma adversa a interação mãe-bebê,
bem como o desenvolvimento da empatia na criança. Além disto, filhos de mães
deprimidas tendem a apresentar atrasos em diversas áreas do desenvolvimento, tais como
linguagem, neuropsicológico, cognitivo e emocional. Portanto, tratar a DPP não só é uma
ação de saúde mental para a mãe como uma ação de promoção de saúde mental para o
bebê.
Palavras-chave: desenvolvimento infantil, saúde mental, depressão pós-parto.

RESUMO 074_____________________________________________

LAÇOS DE AFETO: DO NÓ AO LAÇO COMO FORMA DE PREVENÇÃO EM SAÚDE


MENTAL

DAIANE TABTA SAMPAIO, MELIANE MAOSKI DE BASTOS.

Introdução: Este resumo relata a construção e aplicação de um projeto piloto de um grupo


em saúde mental e qualidade de vida. Realizado por uma psicóloga e uma enfermeira, de
uma unidade básica de saúde de um município de pequeno porte do estado do Paraná, cujo
os temas abordados favorecem aos indivíduos refletirem e, em alguns casos,
ressignificarem sua vida e sua dor. Objetivo: Promover, através do encontro no grupo,
atividades alinhadas com o processo de prevenção, desenvolvimento da autonomia e
socialização, favorecendo assim a promoção de saúde mental. Métodos: Trata-se do relato

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de uma experiência em saúde coletiva, de características empíricas. Tendo como respaldo


teórico os conceitos basilares da psicologia e a enfermagem, alinhadas com as
preconizações do sistema único de saúde em saúde mental, implementados em um
município de pequeno porte da região metropolitana de Curitiba. Resultados: A partir das
observações realizadas in loco, podemos inferir que: A atividade grupal promoveu o
encontro entre os seus participantes, favorecendo a comunicação e o desenvolvimento de
habilidades sociais; a frequência do número de participantes (entre 09 e 11 pessoas) nos
levou a hipótese de que houve adesão por parte da comunidade, visto que em sua grande
maioria, os participantes se mantiveram os mesmos. Assim consideramos como positivos os
resultados. Conclusão: Trabalhos em grupo na atenção primária necessitam de uma larga
investigação técnico cientifica, porém a partir desta experiência concluímos que nos níveis 49
bio, psico e sociocultural da comunidade atendida e aqui relatada parece favorecer a
efetividade de tais estratégias.
Palavras-chave: Saúde Mental, Atenção Primária à Saúde, Educação em Saúde.

RESUMO 075_____________________________________________

EXAUSTÃO PROFISSIONAL NO CONTEXTO DA ENFERMAGEM O PERCURSOR PARA


SÍNDROME DE BURNOUT: UMA REVISÃO INTEGRATIVA.

MARIA LUZINEIDE BIZARRIA PINTO, SIMONE SOUZA DE FREITAS, ANA PAULA DIAS DE MORAES, JULIANA
NDRADE DOS SANTOS, LARISSA REGINA ALVES DE MORAES PINHO, JAQUELINE SANTOS VALENÇA.

Introdução: A síndrome de Burnout vem sendo considerada um problema de saúde pública,


acometendo vários profissionais de enfermagem, que, estão suscetíveis a várias situações
estressantes em sua jornada seja ela profissional, pessoal ou familiar. Na enfermagem
todas essas situações são agravadas pela sobrecarga física, como extensas horas de
trabalho, ou mental onde a equipe é exposta a uma gama de emoções como dor, alegria,
morte e superação. Objetivo: Descrever a relação entre a exaustão do trabalho e a
Síndrome Burnout em profissionais de enfermagem. Métodos: Trata-se de uma revisão
integrativa da literatura realizada a partir da busca on-line de estudos nas bases de dados
LLILACS e SCIELO. Foram encontrados 20 artigos publicados de 2015 a 2017 que abordam a
temática em questão. Excluídos da análise 2 por estarem anexados às duas bases de dados.
Resultados: Identificou-se que 98% dos profissionais de enfermagem apresentaram:
exaustão emocional, despersonalização e a baixa realização profissional. Sendo a mais
evidente a exaustão emocional que se relaciona com a sensação de esgotamento físico e
mental e ao sentimento de falta de energia e entusiasmo. Conclusão: Observou-se que o
alto índice da síndrome de Burnout nos profissionais de enfermagem vem ganhando cada
vez mais destaques no meio da saúde. Estão presentes co morbidades, como os transtornos
psiquiátricos, principalmente a depressão. A carga horária trabalhada, condições de
trabalho, conflitos com a equipe, rotatividade, condições individuais (físico, mental,
familiar), profissional (realização, produtividade lenta ou rápida, atendimento negligente,
contato impessoal, falta de emoções com a equipe/paciente) são fatores que levam ao
absenteísmo profissional.
Palavras-chave: Saúde do trabalhador, Enfermeiro, Saúde Mental.

RESUMO 076_____________________________________________

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PRÁTICA DO CANTO CORAL NA PROMOÇÃO DE SAÚDE MENTAL EM ACADÊMICOS


DA SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA

EFRISIA PIMENTEL DOS SANTOS, HELLEM DA SILVA TENÓRIO, JANSSEN MACDOWELL CAVALCANTE DA
SILVA KAROLINE MARIA DE MELO FERREIRA, LETYCIA OLIVEIRA DO NASCIMENTO,
RODRIGO ANDRADE TEIXEIRA.

Introdução: O cotidiano acadêmico na esfera da saúde traz diversos sentimentos e


sensações, gerando insegurança, ansiedade e estresse para os acadêmicos, acometendo a
saúde mental, pela rotina da universidade, causando um desgaste físico e psicológico.
Pesquisas relacionam o efeito positivo da música através de estudos de imagens do cérebro
que mostraram atividades, no córtex auditivo e no sistema límbico, em resposta a essa 50
linguagem, baixando os níveis elevados de estresse (TODRES, 2006). O canto coral é capaz
de proporcionar vários efeitos positivos na qualidade de vida dos envolvidos, tais como:
bem-estar psicológico, fortalecimento da autoestima, convívio social e resgate da memória
(PRAZERES et al, 2013). Objetivo: Descrever a vivência de acadêmicos da saúde na
participação do canto coral, observando os benefícios desta prática em relação a saúde
mental. Métodos: Trata-se de um relato de experiência vivenciado por acadêmicos da
saúde em um projeto de extensão que visa a qualidade de vida de discentes e comunidade.
Resultados: A prática do canto coral foi considerada uma atividade com resultados
terapêuticos para os acadêmicos, sendo observada a diminuição de ansiedade e estresse,
melhorando também a concentração, trazendo como consequência, uma melhora no
desempenho acadêmico. Conclusões: A prática do coral trouxe consideráveis melhoras
para os acadêmicos, como o bem-estar, melhora da autoestima, concentração. Sendo a
saúde mental, bastante beneficiada por trazer mais qualidade a vida acadêmica e pessoal
do discente.
Palavras-chave: Estresse, Saúde Mental, Música.

RESUMO 077_____________________________________________

DEPRESSÃO PÓS-PARTO: COMO DIAGNOSTICAR?

YNGRIDY DANDARA MENDES DE BARROS, ANA CAROLINE FRAGOSO DE M. CAVALCANTE, GABRIELA


STEFANY FERREIRA DE A. LOURENÇO, ISABELLE ANNE SILVA,
JANNE EYRE ARAÚJO DE MELO SARMENTO, EVANISA HELENA MAIO DE BRUM.

Introdução: A Depressão Pós-Parto (DPP) tem sido considerada um problema de saúde


pública, devido à sua elevada prevalência, à dificuldade de ser diagnosticada, aos danos
causados à mãe, bem como ao seu impacto no desenvolvimento infantil. Assim diagnosticar
a DPP precocemente é uma ação de promoção à saúde mental infantil. Dessa forma, este
trabalho objetivou revisar sistematicamente a literatura brasileira sobre o diagnóstico de
DPP. Método: A busca e seleção da literatura baseou-se em artigos publicados em
periódicos nacionais, nas bases de dados eletrônicas LILACS, Scielo, MEDLINE, COCHRANE e
PePsic, nos últimos 5 anos, com os descritores: depressão pós-parto AND diagnóstico;
depressão AND periparto AND diagnóstico. Resultados: A busca eletrônica identificou 25
artigos, destes 10 apresentavam relação com o tema. A maioria dos artigos apresentou o
delineamento transversal e foi publicado nos dois últimos anos. Somente 2 dos 10 artigos
realizaram a avaliação da DPP dentro do período estabelecido nos manuais oficiais, que
seria de até 4 semanas após o parto para o CID-10 e de até 6 semanas depois do parto para

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o DSM-V. Por fim, somente 1 dos 10 artigos realizou o rastreamento através de entrevista
diagnóstica, a maioria utilizou a escala de DPP de Edinburg. Conclusão: Dessa forma, os
manuais oficiais que norteiam a prática clínica para a realização de diagnósticos parecem
não refletir os avanços obtidos nas pesquisas científicas publicadas na área. As
divergências na forma de realizar o diagnóstico colocam em risco o desenvolvimento
infantil, pois muitos casos podem acabar não sendo diagnosticados.
Palavras-chave: Desenvolvimento Infantil, Saúde Mental, Depressão pós-parto.

RESUMO 078_____________________________________________

TRANSIÇÃO E ADAPTAÇÃO ACADÊMICA: UM ESTUDO SOBRE A QUALIDADE DE VIDA 51


DE ESTUDANTES DA UPE

DANIEL DE ALBUQUERQUE BARAUNA, LUANA BIONE MENDES LIRA, MARIA EDUARDA CAMPOS BORGES
DE PAULA, CHARMÊNIA MARIA BRAGA CARTAXO.

Introdução: Pesquisas realizadas na última década, indicam uma preocupante


interferência na qualidade de vida dos estudantes universitários, durante todo o processo
de formação profissional, principalmente nos cursos de saúde. Objetivo: Analisar o
processo de transição e adaptação e a qualidade das vivências acadêmicas de estudantes
cursando o segundo período dos cursos localizados no Campus Santo Amaro da UPE.
Métodos: Trata-se de um estudo quantitativo, de delineamento transversal onde aplicou-se
o Questionário de Vivências Académicas (QVA) utilizado pela Universidade do Minho em
Portugal e validado no Brasil em 2005. O instrumento usado é de caráter autorreferente
para avaliar dimensões pessoais, relacionais e institucionais referentes ao contexto
universitário. O estudo é orientado conforme a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de
Saúde, sob o CAAE: 61651416.3.0000.5192. Resultados: Foram analisados 226
questionários, onde, 61,9% são do sexo feminino, situados na faixa etária 18 a 21 anos
(71%). Elencou-se os fatores que estão diretamente ligados a qualidade de vida: A renda
familiar onde predominou a faixa salarial de 1 a 3 salários mínimos (36,7%), a escassez de
tempo, 89,9% estudam em turno integral, 64,2% não concordam em ter um excelente
planejamento do tempo e 52,2% não concordam em ter um ótimo padrão de sono.
Consequentemente 35,4% não concordam em possuir uma boa qualidade de vida e 27,9%
não concordarem em estar satisfeitos com a vida. Conclusão: Considerou-se extremamente
importante a analise desses fatores para direcionar o fortalecimento da política de
assistência estudantil promotora da qualidade de vida de jovens e adultos no ensino
superior.
Palavras-chave: Qualidade de Vida, Saúde Mental, Educação Superior.

RESUMO 079_____________________________________________

BRINQUEDOTECA HOSPITALAR COMO VAZÃO PARA O ESTRESSE ACADÊMICO:


RELATO DE EXPERIÊNCIA

ITALA LETICE PEREIRA LESSA, JÉSSICA KELLY MACHADO DA SILVA, VANESSA FERRY DE OLIVEIRA
SOARES, LUCIANO DOMINGUES BUENO, SARAH LINS DE BARROS MOREIRA.

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Introdução: Situações de estresse vivenciadas na graduação, seja devido aos mecanismos


estressores da universidade ou do ambiente social, geram reflexos na qualidade de saúde
mental de estudantes, sendo essencial buscar maneiras de relaxamento e harmonização
para equilibrar desenvolvimento pessoal e profissional (MONTEIRO et al, 2009; PADOVANI
et al, 2014). Objetivo: Relatar como as práticas desenvolvidas por extensionistas de uma
brinquedoteca hospitalar interferem no estresse acadêmico. Métodos: Relato de
experiência realizado a partir da leitura dos diários de campos (DIEHL; MARASCHIN;
TITONI, 2006) de acadêmicos/as do projeto de extensão “T.E.C.A. – Território Encantado
de Crianças e Adolescentes: Tecnologias leves e o cuidado multiprofissional em saúde em
uma brinquedoteca hospitalar.” Resultados: Apesar das exigências físicas e mentais da
universidade, os diários mostram haver entusiasmo em dedicar um turno para práticas na 52
brinquedoteca. A compreensão de participar da promoção de saúde e qualidade de vida
durante a hospitalização das crianças, adolescente e seus familiares desperta sensações de
realização, dever cumprido e pertencimento ao grupo. Além disso, a utilização da
ludicidade pelos/as extensionistas possibilita momentos de prazer, conexão com o outro e
impulsiona a reflexão sobre a humanização. As ações despertam sensações de acolhimento
e conforto, assim como vivências de felicidade, tranquilidade e satisfação após o horário
dedicado às atividades do projeto. Conclusão: A brinquedoteca hospitalar é um espaço que
promove o relaxamento e a sensação de bem-estar perante a rotina estressante da
universidade, contribuindo para promoção e manutenção da saúde mental de
acadêmicos/as.
Palavras-chave: Estudantes, Estresse Ocupacional, Saúde Mental.

RESUMO 080_____________________________________________

PERCEPÇÃO DE SUPORTE SOCIAL EM MÃES COM DEPRESSÃO PÓS-PARTO


JANNE EYRE SARMENTO, ADRIANA SILVA, ALINE ARAUJO, BRUNO BARROS,
SÔNIA HELENA LIMA, EVANISA BRUM.

Introdução: Baixo Suporte Social (SS) tem sido correlacionado negativamente com
Depressão Pós-Parto (DPP). Dessa forma, o objetivo deste estudo foi investigar a relação
do SS com DPP em mães que estavam com seus filhos em atendimento pediátrico de rotina
na saúde pública em Maceió, Alagoas. Método: Foi utilizado um delineamento de estudo de
caso coletivo para se investigar a DPP e o SS de duas mães. As mães foram avaliadas
quanto a DPP com o Inventário Beck de Depressão (BDI) e o SS com a Escala de Percepção
Social (EPSUS-A). A pesquisa foi aprovada pela CEP do Cesmac. Resultados: A mãe 1 tinha
38 anos, dois filhos, vivia em união estável, tinha 8 anos de estudo e pertencia a classe
social C1. Apresentou depressão moderada (26 pontos) e baixo SS (37 pontos). Já a mãe 2
tinha 26 anos, um filho, não residia com o companheiro, tinha 11 anos de estudo e sua
classe social era D. Apresentou depressão moderada (20 pontos) e baixo SS (53 pontos).
Conclusão: A mãe 1 apresentou maior gravidade no quadro de DPP quando comparada à
mãe 2, pois sua pontuação no BDI foi maior, assim como apresentou SS mais baixo quando
comparado à mãe 2, pois sua pontuação na EPSUS-A foi menor. Dessa forma, nossos dados
corroboram com a literatura por apresentar uma relação negativa entre DPP e SS. Estes
dados iluminam a importância de ações de promoção de saúde mental materna que
foquem o SS, para assim evitar ou dirimir quadros de DPP.
Palavras-chave: suporte social, saúde mental, depressão pós-parto.

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RESUMO 081_____________________________________________

A RECONSTRUÇÃO PERCEPTIVA DA LOUCURA COMO BASE PARA REPENSAR


ESTRATÉGIAS DE PROMOÇÃO A SAÚDE MENTAL.

SILVANEIDE MARIA DA CONCEIÇÃO FREITAS

Introdução: Sabe-se que a saúde mental compreende um conjunto “biopsicosociocutural”


(ARAÚJO, 2016), envolvendo questões filogenéticas, ontogenéticas e sociogênicas. O
sofrimento psíquico teve diversas compreensões como, “loucura, alienação, doença
mental, transtorno mental, sofrimento psíquico (SILVEIRA & BRAGA, 2005) ”, contribuindo 53
para o campo da exclusão/segregação dos marginalizados. A medicalização é uma forma
mais prática/imediata de inibir comportamentos “inadequados”, não permitindo que o
sujeito elabore estratégias de enfrentamento para mudanças de comportamentos. Propõe-
se como alternativa o investimento em práticas que promova o cuidado na saúde para a
qualidade de vida da sociedade. Objetivo: Objetiva-se contextualizar a história da loucura
desde a idade média até os dias atuais, fazendo-se refletir práticas de promoção à saúde
como estratégia para minimizar o uso de psicofármacos. Métodos: A pesquisa tem base
bibliográfica, com principal fundamentação em Foucault (1972) e Pessotti (1996). O
procedimento inicial foi fazer uma apresentação do cenário da loucura desde a idade
média, e em seguida buscou-se contextualizar o processo de exclusão social da loucura e
as práticas de reforma psiquiátricas no Brasil como forma de viabilizar a saúde da
população. Resultados: Espera-se, da pesquisa, a contribuição para uma visão
metodológica de projetos que priorize o bem estar da sociedade, expandindo a percepção
para quebrar padrões estigmatizados do sofrimento psíquico. Conclusão: O processo de
segregação social a partir do estigma de loucura é portanto, uma imagem construída desde
outrora. Assim, o atual cenário requer discussões que tanto fragmente essa ideia, como
também ofereça práticas para resignificar o perceber social para essas pessoas.
Palavras-chave: Loucura, Exclusão, Sofrimento.

RESUMO 082_____________________________________________

MORBIDADE HOSPITALAR POR TRANSTORNOS MENTAIS E COMPORTAMENTAIS


DEVIDO AO USO DO ÁLCOOL EM ALAGOAS.

RAIANE JORDAN DA SILVA ARAÚJO, JANAÍNA PAULA CALHEIROS PEREIRA SOBRAL, MARCELA ARAÚJO
GALDINO CALDAS, ROBERTA VIRTUOSO DE SOUSA, JAQUELINE MARIA DA SILVA,
YASMIN VIRTUOSO DE SOUSA.

Introdução: Os Transtornos Mentais Comportamentais – TMC devido ao uso do álcool são


responsáveis por hospitalizações psiquiátricas em todo território brasileiro, inclusive em
Alagoas- AL. Objetivo: Analisar os dados sobre a morbidade hospitalar em Alagoas por TMC
devido ao uso do álcool. Métodos: Trata-se de uma pesquisa transversal, com dados
secundários extraídos do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde
(DATA/SUS) no Sistema de Informações Hospitalares (SIH), sendo utilizado como critério de
busca os dados referente a morbidade hospitalar por TMC especificamente os decorrentes
do uso do álcool no período de 2008 a 2017 em Alagoas. Resultados: No período analisado

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ocorreram 6595 internações hospitalares psiquiátricas devido ao uso do álcool


correspondendo a 13% de todas as hospitalizações por TMC em AL, dessas 92% foram
internações de homens, e mais de 98% em caráter de atendimento de urgência, sendo
prevalente a faixa etária entre 40 a 49 anos e regime de internação pública,
correspondendo ao custo de mais de 10 milhões de reais nos últimos 10 anos. Conclusão:
Os danos à saúde mental decorrente do uso do álcool foi explicita nos últimos 10 anos em
Alagoas, sendo responsáveis por uma quantidade considerável de internações hospitalares
e consequentemente impactando nos gastos públicos. Tornando-se evidente a necessidade
de investimentos em ações de saúde pública voltadas a questão do uso no álcool
principalmente em homens na idade adulta.
Palavras-chave: Transtornos Relacionados ao Uso de Substâncias, Hospitalização, Saúde 54
Mental.

RESUMO 083_____________________________________________

O BRINCAR E A PROMOÇÃO DA SAÚDE MENTAL INFANTO-JUVENIL: UM RELATO DE


EXPERIÊNCIA

VANESSA FERRY DE OLIVEIRA SOARES, SARAH LINS DE BARROS MOREIRA, ALANDA MARIA FERRO
PEREIRA, ESTEFANE FIRMINO DE OLIVEIRA LIMA, LARISSA LIMA GOMES, LORENA MAIA SILVA.

Introdução: A hospitalização inclui aspectos como procedimentos invasivos e


distanciamento social, que podem desencadear angústia em crianças e adolescentes. Pode,
ainda, gerar ruptura no desenvolvimento e na conquista de individualidade. O brincar
possibilita a criança e ao adolescente o exercício da criatividade e construção de sua
personalidade (GIARDINETTO et al, 2009; WINICOTT, 1975). Objetivo: Refletir sobre o
brincar na promoção da saúde mental a crianças e adolescentes hospitalizados. Métodos:
Este relato de experiência se deu a partir da vivência dos/as autores/as na extensão
universitária “T.E.C.A. – Território Encantado de Crianças e Adolescentes: Tecnologias
leves e o cuidado multiprofissional em saúde em uma brinquedoteca hospitalar”, situada
na clínica pediátrica de um hospital universitário em Maceió. Foram construídos diários de
campo (DIEHL; MARASCHIN; TITTONI, 2006) que auxiliaram na compreensão do impacto do
brincar na saúde mental dos sujeitos atendidos. Resultados: A realização da extensão na
brinquedoteca do hospital oportunizou uma agenda regular que inclui brincar livre e
dirigido. Os diários convergem que o lúdico favorece estratégias de enfrentamento. Há
reflexos de ganhos na autonomia dessas crianças e adolescentes, bem como no bem-estar
emocional. Compreende-se este espaço lúdico no hospital como uma possibilidade de
exercício da criatividade e fortalecimento da personalidade. Conclusão: A partir deste
relato, os/as pesquisadores/as puderam observar diferenças no comportamento de
pacientes e na dinâmica do hospital, demonstrando as potencialidades que o brincar possui
para a promoção da saúde mental desse público. Apontam também para a importância da
equipe multidisciplinar no desenvolvimento das atividades.
Palavras-chave: Jogos E Brinquedos, Saúde Mental, Qualidade De Vida.

RESUMO 084_____________________________________________

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AUTISMO: NECESSIDADES ESPECIAIS E DESAFIOS DURANTE O TRATAMENTO


ODONTOLÓGICO

KELLY RODRIGUES MOTA, DIOGO GOMES BRANDÃO, ÉRIKA PRISCILA SANTOS MELO,
CARLOS EDUARDO DOS SANTOS, IRIS MARÍLIA ALVES DA SILVA, SÍLVIA GIRLANE NUNES DA SILVA.

Introdução: A odontologia tem um papel muito importante na atenção à saúde dos


pacientes autistas, porém, esbarra em uma grande dificuldade na hora de encontrar um
atendimento odontológico personalizado, sendo necessário que o profissional conheça e
compreenda esse universo para saber de que forma agir, evitando que descompensem e
facilitando, dessa forma, a execução do tratamento. Objetivo: Esta revisão sistemática de
literatura tem por objetivo relacionar atitudes e comportamentos de pacientes autistas a 55
consultas odontológicas; manejos e condicionamento para o atendimento desses pacientes;
e discutir sobre avaliação clínica das suas condições de saúde bucal. Métodos: O presente
estudo foi desenvolvido por meio da análise documental da produção bibliográfica obtida
nas seguintes bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) – Medline, LILACS e BBO-
Odontologia, BBO – PubMed, entre os anos de 2012 e 2017. Foram identificados 90 artigos,
dos quais 16 foram considerados relevantes para o presente trabalho. Resultados: Embora
diversos estudos apontem para a importância da qualificação dos cirurgiões-dentistas e o
uso de técnicas e métodos para o atendimento de pacientes com ASD, esta revisão
sistemática de literatura encontrou poucos resultados científicos dessa proposta.
Conclusão: Verificou-se que métodos podem ser adotados, como TEACCH e o Programa
SON RISE, a fim de que haja cooperação do paciente com autismo em consultas
odontológicas. Dessa forma, o cirurgião-dentista possui a capacidade de atender esses
pacientes, possibilitando-os uma boa experiência sem lhes ocasionar danos físicos ou
mentais.
Palavras-chave: Transtorno Autístico, Saúde Bucal, Comportamento.

RESUMO 085_____________________________________________

ATUAÇÃO PROFISSIONAL DA EQUIPE PRÉ-HOSPITALAR NO ATENDIMENTO DE


CRISE PSIQUIÁTRICA

VALQUÍRIA MACIEL SILVA, MARIA EYSIANNE ALVES SANTOS, JANYNE ALINE CORREIA DE LIMA GARCIA,
KESLEY GARCIA DE OLIVEIRA, LUCAS KAYZAN BARBOSA DA SILVA,
KLEYTONN GIANN SILVA DE SANTANA.

Introdução: O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) no Brasil é um ponto de


atenção que integra a Rede de Urgência e Emergência (RUE) e a Rede de Atenção
Psicossocial (RAPS). Está instituído legalmente pela Portaria n. 2048/GM, de 05 de
novembro de 2002, e nas suas atribuições consta o cuidado nas urgências psiquiátricas
(ALMEIDA, 2015). Para atuar nesses casos é necessária uma equipe de profissionais
preparada, qualificada e conhecedora de uma série de aspectos e interfaces que rege os
pacientes psiquiátricos. Objetivo: Verificar a atuação profissional da equipe pré-hospitalar
no atendimento de crise psiquiátrica. Métodos: Trata de uma revisão de literatura do tipo
narrativa onde foi utilizado as bases de dados Scielo, PubMed, Lilacs. Foram adotados tais
critérios de inclusão: artigos nas línguas portuguesa e inglesa publicados entre os anos de
2010 a 2018. Resultados: Os profissionais de saúde que atuam na área pré-hospitalar

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permanecem com a concepção patologizante e estigmatizante sobre as práticas


assistenciais ao paciente em crise psiquiátrica. A atuação profissional executada para o
atendimento às urgências psiquiátricas também divergem segundo as concepções dos
profissionais inseridos na assistência, pois poucos conhecem a reforma psiquiátrica
Brasileira. Conclusão: Portanto, atuação profissional da equipe pré-hospitalar no
atendimento de crise psiquiátrica é comprometida e há um enorme desafio que precisa ser
enfrentado para concretizar os princípios e diretrizes da proposta da reforma psiquiátrica.
Palavras-chave: Urgência, Emergência, Saúde mental.

RESUMO 086_____________________________________________
56
RESSIGNIFICANDO O ENVELHECIMENTO: UMA REFLEXÃO PARA O CUIDADO EM
SAÚDE MENTAL DE IDOSOS(AS) INSTITUCIONALIZADOS(AS)

CLAUDIANA FARIAS SANTOS, KARLA KAROLYNE VIANA GOMES.

Introdução: O envelhecimento populacional brasileiro é um fenômeno que não está


desvinculado do cenário mundial. Devido à diminuição da mortalidade infantil e das taxas
de natalidade vem ocorrendo com uma significativa rapidez (Neri, 2004). Assim, conhecer
os aspectos biológicos, psicológicos e sociais que permeiam o envelhecimento é
fundamental, para que seja possível articular serviços e políticas públicas que proponham
qualidade de vida a esse grupo. Objetivo: Compreender os significados e significantes
atribuídos ao envelhecimento a partir da experiência do indivíduo institucionalizado. Como
objetivos específicos, busca-se contextualizar a saúde do idoso com ênfase na saúde
mental; levantar circunstâncias pessoais e sociais que possibilitam a inserção de idosos em
instituições; e, identificar de que modo ocorre o processo de envelhecimento nesse
público. Métodos: Foi realizada uma revisão de literatura nos bancos de dados Lilacs,
Scielo e Medline, usando como descritores: idosos institucionalizados, saúde mental do
idoso e envelhecimento. Após seleção e leitura do material, optou-se por realizar uma
reflexão teórico-conceitual acerca do que se concebe por envelhecimento. Resultados: A
compreensão da condição do envelhecer é um conceito multidimensional e subjetivo
associado às histórias de vida e a relação das pessoas com experiências cotidianas.
Conclusão: O ambiente institucional e a qualidade de vida no processo de envelhecimento
dará ao idoso um suporte para novas criações, assim como um melhor enfrentamento a
fase de transformações. Entender que as condições de saúde mental irão determinar a
saúde física, a vulnerabilidade e mortalidade é uma tarefa dos profissionais de saúde, dos
gestores, mas principalmente da sociedade.
Palavras-chave: Envelhecimento, saúde mental, idosos institucionalizados.

RESUMO 087_____________________________________________

SÍNDROME DE BURNOUT: FATORES DE RISCO PARA ENFERMEIROS NUMA


UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA E EMERGÊNCIA

RUBENS DA SILVA ALVES, ILKA VALÉRIA BARBOSA AMORIM, JONATHAN MAGALHÃES FERREIRA LUZ,
KEILA ESTANISLAU BATISTA SILVA, MARIA DAS GRAÇAS NOGUEIRA DE MELO MACIEIRA,
RÊNEIS PAULO LIMA SILVA.

2º Congresso e 4º Simpósio Alagoano de Saúde Mental – ANAIS – Maceió, Alagoas.


ANAIS CASME 2018
Maceió-AL, 07 a 09 de Junho de 2018.

Introdução: A idade moderna possibilitou o desenvolvimento de impactos à saúde mental e


do trabalhador, originando diversas doenças, entre elas a Síndrome de Burnout, que é um
fenômeno biopsicossocial vivenciado pelos profissionais que mantêm relacionamento
constante com os pacientes, caracterizando um conjunto de sinais e sintomas, devido à má
adaptação ao trabalho (carga emocional), acompanhado de decepção em relação a si e ao
trabalho. Objetivo: identificar os principais fatores de riscos ligados à Síndrome de
Burnout nos enfermeiros da Emergência e UTI, num hospital público em Pernambuco.
Métodos: estudo transversal, descritivo e quantitativo, realizado em novembro de 2015,
usando-se o questionário de Maslach Burnout Inventory (MBI), com 37 enfermeiros, lotados
na Emergência e UTI do Hospital Getúlio Vargas, em Recife/PE. A análise dos dados foi
calculada por frequência simples e estatística descritiva, e teve aprovação pelo CEP com 57
CAAE 51102115. 2.0000.5640. Resultados: 14(38%) tinham faixa etária de 46 a 55anos,
33(89%) eram do sexo feminino, 23(62,16%) eram casados, 33(89,12%) possuíam nível
econômico médio, 25(68%) tinham pós-graduação e 12(32,43%) tinham de 1 a 5anos de
formados, 28(75%) eram da emergência e 15(40,54%) tinham de 1 a 5 anos em um dos
setores, sendo 12(80%) na emergência e 3(20%) na UTI, 23(60,52%) tinham outros vínculos
empregatícios, 45,64% estavam na fase inicial de Burnout e 40,54% com a síndrome
instalada. Conclusão: Percebeu-se que ainda é insuficiente o conhecimento dessa
síndrome no local do estudo pelos profissionais. Boa parte dos indivíduos, já se encontrava
numa das fases de Burnout, necessitando de assistência de saúde.
Palavras-chave: Esgotamento Profissional. Enfermeiros. Emergência/Unidade de Terapia
Intensiva.

RESUMO 088_____________________________________________

TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS DE UM INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO NO


NORDESTE: A PRODUÇÃO DO SOFRIMENTO NO PROCESSO DE TRABALHO

NAILENA MAIKA DA ROCHA VIEIRA, RENATA GUERDA DE ARAÚJO SANTOS,


PAULO ROBERTO LIMA DA SILVA, FRANCISCA DA SILVA PAES, MARA CRISTINA RIBEIRO.

Introdução: Os Técnico-Administrativos em Educação (TAEs) fazem parte do corpo de


servidores dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs). A gestão de seu
processo de trabalho é atravessada por uma complexidade de questões que envolvem
prazer, sofrimento e adoecimento. Este trabalho trata-se de uma pesquisa desenvolvida no
Mestrado Profissional Pesquisa em Saúde, e tem como referencial teórico a Psicodinâmica
do Trabalho. Objetivo: Considerando o adoecimento no campo da Saúde Mental do
trabalhador, o estudo busca compreender quais questões, associadas aos processos de
trabalho, geram sofrimento nos TAEs. Métodos: Abordagem qualitativa por triangulação
(entrevista semiestruturada, grupo focal e diário de campo). A pesquisa foi realizada na
Reitoria de um Instituto Federal no Nordeste, e contou com a participação de 22
servidores. Resultados: Estimulados a falar sobre o sofrimento psíquico nos processos
laborais, os participantes destacaram intensificação de trabalho, regras institucionais
inflexíveis, pouca liberdade na organização do trabalho e falta de
reconhecimento/valorização do trabalho. Conclusão: Compreendendo a intensificação do
trabalho como uma dimensão social de exploração do trabalhador, há sobrecarga de
atribuições dos servidores da Reitoria. A falta de reconhecimento contribui para a

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ANAIS CASME 2018
Maceió-AL, 07 a 09 de Junho de 2018.

construção de percepções distorcidas sobre o trabalho dos TAEs. Parece ser bastante
significativo para os TAEs falar sobre sofrimento, corroborando com os estudos da
Psicodinâmica do Trabalho. Manifestações coletivas de mal-estar merecem um olhar atento
para que se proponham mudanças. Compartilhar experiências sobre a realidade local
contribuirá para a construção de uma rede de colaboração envolvendo tanto os TAEs
quanto a gestão institucional.
Palavras-chave: Trabalho, Estresse Psicológico, Instituições de Ensino Superior.

RESUMO 089_____________________________________________

A CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA E O IMPACTO NA SAÚDE MENTAL DO FAMILIAR 58


CUIDADOR

BRENDA ROBERTA DA SILVA PEREIRA, KARINA DYANNA SALVADOR CABRAL, VALDIRENE PEREIRA DA
SILVA CARVALHO, MARIA JUCICLEIDE JUVENCIO BEZERRA CAVALCANTI, DANIELLE BEZERRA CALADO,
FERNANDA KALLINE BEZERRA DA SILVA.

Introdução: O nascimento de um filho com deficiência leva a frustração de muitos desejos.


Vindo a produzir uma dor intolerável, de difícil e lenta recuperação (SANTOS; FEITOSA,
2016). Considera-se cuidador o interlocutor mais próximo à criança ou aquele que exerce
alguma atenção à mesma, sendo os pais ou não (MEDINA, 2014). A sobrecarga resulta de
uma perturbação ao lidar com a dependência física e a incapacidade intelectual, incluindo
alterações gerais em sua rotina, como diminuição na vida social e supervisão do indivíduo a
ser cuidado (MARRON et. al., 2013). Objetivo: Identificar o impacto da deficiência da
criança na saúde mental do cuidador. Métodos: Revisão integrativa da literatura. Pergunta
norteadora: Como o cuidar de uma criança com deficiência impacta na saúde mental do
cuidador? Critérios de inclusão: artigos publicados entre os anos de 2013 e 2017, idioma
português, e possuir os objetivos referentes ao tema. Sendo excluídos os artigos repetidos
em mais de uma base de dados e que não contemplassem os objetivos do estudo.
Selecionou-se 10 artigos, os quais foram lidos na íntegra e, responderam a questão
norteadora. Resultados: 80% dos artigos analisados evidenciaram que a saúde mental dos
cuidadores é um importante fator de risco para o desenvolvimento infantil saudável. 20%
apontaram que, devido à sobrecarga social e os afazeres maternos, as mulheres estão mais
propicias a desenvolver os Transtornos Mentais Comuns (TMC). Conclusão: A atenção à
saúde mental dos cuidadores repercute diretamente em sua saúde como um todo, bem
com no desenvolvimento saudável da criança portadora de deficiência.
Palavras-chave: Saúde mental, Cuidador, Criança.

RESUMO 090_____________________________________________

IMPORTÂNCIA DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL NA PROMOÇÃO A SAÚDE MENTAL


E QUALIDADE DE VIDA DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA MENTAL

GEICIELLE SANTOS PAIXÃO, CRISTIANE ELIAS DE JESUS, CRISTIAN VALÉRIA MELO OLIVEIRA,
AGLAÉDNA OLIVEIRA BRITO, TAÍS BRACHER ANNOROSO SOARES.

Introdução: Segundo a OMS a Qualidade de Vida foi definida como “[...] a percepção do
indivíduo sobre a sua posição na vida, no contexto da cultura e dos sistemas de valores nos

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Maceió-AL, 07 a 09 de Junho de 2018.

quais ele vive, e em relação a seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”. A


saúde mental constitui um campo de exclusão com discussões sobre o modelo biomédico,
não reinserção social, violação dos direitos humanos, surgindo iniciativas políticas,
científicas e sociais que trouxeram estratégias à esses indivíduos com transtorno mental,
propondo a valorização do cuidar e do orientar como uma nova forma de pensar no
processo saúdedoença. Objetivo: Realizar revisão integrativa que abordem a efetividade
do acolhimento na promoção a saúde e qualidade de vida das pessoas com deficiência
mental. Método: Trata-se de uma revisão integrativa, realizada entre 08 a 12 de Março de
2018, com busca nas bases de dados SCIELO e BVS utilizando as palavras-chave. Adotou-se
como critério de exclusão: idiomas que não sejam o português e ano de publicação a partir
de 2009. Resultados: Encontrou-se, a partir do uso dos descritores “Saúde Mental” e 59
“Qualidade de Vida” na base SCIELO 6 artigos, e utilizando “Saúde Mental”, “Qualidade de
Vida” e “Promoção da Saúde” na base BVS 7 artigos. Conforme a literatura notou-se que o
acolhimento funciona como um dispositivo capaz de (re) estruturar o cuidado integral em
saúde mental, transpondo os conceitos de patologia e de diagnóstico da doença mental.
Conclusão: Assim o vínculo favorece o cuidado integral, propiciando o desenvolvimento da
parceria desses sujeitos para a melhoria da qualidade de vida do deficiente mental.
Palavras-chave: Saúde Mental, Qualidade de Vida e Promoção da Saúde.

RESUMO 091_____________________________________________

APLICAÇÃO DE MODELO DIALÓGICO EM IDOSOS DO NORDESTE BRASILEIRO PARA


SUPERAÇÃO DE DEPRESSÃO E ANSIEDADE

FELIPE JOSÉ DE SOUZA MAFRA, MILLENE FERREIRA GOMES, JOSINEIDE FRANCISCO SAMPAIO.

Introdução: Consideradas as maiores causas de sofrimento emocional e diminuição da


qualidade de vida, a ansiedade e os transtornos depressivos são alterações que acontecem
com bastante frequência entre os idosos, constituindo um problema de relevância para a
saúde pública, devido à sua alta morbidade e mortalidade ¹. Assim, realizou-se abordagem
sobre características que refletem indivíduo ansioso e/ou depressivo em roda de conversa.
Objetivo: Instruir os idosos atendidos no Denisson Menezes, a respeito da ansiedade e
depressão, e promoção da autoestima. Métodos: A atividade contou com imagens de
aspectos associados a depressão, como: isolamento, baixa autoestima, fuga da realidade,
utilização de drogas sociais, ansiedade. Utilizou-se a dinâmica “Para quem você tira o
chapéu?” que consiste na utilização de um chapéu espelhado ao fundo. Resultados: A
ressocialização do idoso com a prática desenvolvida permitiu vivência renovadora para os
idosos. Em geral, antes da morte física, convivem com a morte social pelo descrédito. De
acordo com Blank, a perda do significado da vida não poupa nem mesmo a questão da
morte do ser humano; pelo contrário, a consequência de uma vida sem sentido, é uma
morte também sem sentido” ². Assim, o empoderamento dos idosos aos preconceitos da
sociedade, é fundamental no resgaste da autoestima e das relações de convivência.
Conclusão: A proposta esclareceu a superação de preconceitos e estigmas que aprisionam
o idoso, produtores de problemas de saúde como a depressão e a ansiedade. Isso, pode ser
matriz substancial para a superação destas patologias apontadas.
Palavras-chave: Idosos, Ansiedade, Depressão

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RESUMO 092_____________________________________________

O PASSE ESPÍRITA PARA SAÚDE MENTAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA

MARIA EYSIANNE ALVES SANTOS, LUCAS KAYZAN BARBOSA DA SILVA, JANYNE SANTOS NUNES,
MARIANA DA SILVA ACÁCIO, FLAVIANE MARIA PEREIRA BELO,
JANYNE ALINE CORREIA DE LIMA GARCIA.

Introdução: A importância da saúde mental é reconhecida pela Organização Mundial da


Saúde, onde define que saúde não é apenas ausência de enfermidades, mas bem-estar
físico, psíquico e social. A religião entra na vida do homem como um suporte que preenche 60
e impulsiona-o a aceitação das dificuldades. A técnica do passe espírita, originada das
práticas de cura do cristianismo primitivo, consiste basicamente na imposição de mãos
sobre uma pessoa, a fim de transferir energias e tratar o lado espiritual de quem o recebe.
Objetivo: Descrever o passe espírita como um tratamento alternativo para síndrome do
pânico. Métodos: A instituição comporta 20 pessoas, destas, 4 são os
passistas/magnetizadores e 2 são pacientes diagnosticados com síndrome do pânico, as
sessões de imposição de mãos acontece uma vez na semana por 10 minutos e o estudo
ocorreu entre os períodos de março de 2017 à janeiro de 2018, num centro espírita de
Maceió-AL, situado no bairro do Barro Duro. Resultados: Ao decorrer dos meses de
tratamento observou-se que houve diferenças em aspectos físico e mental, os pacientes
apresentavam-se mais serenos, comunicativos e seguros, relatando a diminuição dos
sintomas em geral. Conclusão: O passe espírita é uma prática que observa o homem de
maneira holística, não existe qualquer contra indicação para realização da terapia, porém
àqueles que apresentem patologias diagnosticadas necessitará de uma assistência
sequenciada, para que seus sintomas sejam aliviados, não curados, isso porque segundo a
literatura codificada por Allan Kardec, o paciente é responsável pelas ondas que emerge.
Palavras-chave: Passe espírita, Religião, Saúde mental.

RESUMO 093_____________________________________________

ANSIEDADE E QUALIDADE DE VIDA EM DISCENTES DE ENFERMAGEM

LEILANE CAMILA FERREIRA DE LIMA FRANCISCO, VANESSA CHRISTINNE NAZÁRIO TENÓRIO, LARISSA DE
MORAIS TEIXEIRA, CLARICE ISABEL ROSA DOS SANTOS, VALÉRIA ELIAS ARAÚJO BICHARA,
VERONICA DE MEDEIROS ALVES.

Introdução: A demanda acadêmica na universidade contribui com o agravamento de


sintomas de ansiedade e traz prejuízo na qualidade de vida do discente. Objetivo: Avaliar
prevalência da ansiedade e a qualidade de vida em discentes de enfermagem da
Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Métodos: Trata-se de estudo descritivo,
transversal e quantitativo. A coleta ocorreu entre setembro e dezembro de 2017. Os
instrumentos utilizados foram: Questionário de Identificação, IDATE (ansiedade traço-
estado), WHOQOL (qualidade de vida) e MINI (Mini International Neuropsychiatric
Interview). Foram incluídos os discentes com idade igual ou superior a 18 anos,
matriculados entre 1º e 8º períodos de enfermagem. Foram excluídos os que não optaram
por participar do estudo, desistiram do curso durante a coleta e os que estavam no 9º e 10º
períodos, por estagiarem fora da UFAL. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da

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UFAL. Resultados: Foram entrevistados 142 discentes, de 17 a 47 anos, 121 (85,2%)


mulheres e 21 (14,8%) homens. Todos apresentaram ansiedade, 118 (83,1%) alta e 24
(16,9%) moderada. Mediante MINI, 73 (51,4%) apresentaram transtorno de ansiedade
generalizada (TAG). O domínio físico da qualidade de vida apresentou menor média (45,3 ±
16,7), caracterizado por fadiga, sono prejudicado, insônia, dificuldade para realizar
trabalhos acadêmicos, dentre outros. Conclusão: A presença de ansiedade moderada/alta
e TAG traz prejuízos na qualidade de vida, refletindo no enfrentamento da vida e na
realização das atividades acadêmicas. Isso reforça a necessidade de intervenções em saúde
para discentes desta universidade, contribuindo com a melhora da ansiedade e qualidade
de vida.
Palavras-chave: Ansiedade, Qualidade de vida, Discentes de Enfermagem. 61

RESUMO 094_____________________________________________

PROJETO RESGATAR: FANTOCHES COMO RECURSO LÚDICO E SEU EFEITO NA


SAÚDE MENTAL DO INFANTE INTERNO

FERNANDO IAGO RODRIGUES DE FARIAS, MARIA EDNA BEZERRA DA SILVA, ALLYSSON JOSÉ ALVES DE
LIMA, ANGÉLICA THAYLA DOS SANTOS VILA NOVA, CAMILLA DA COSTA PIMENTEL SAMPAIO.

Introdução: Segundo Masetti (1998), o humor e o bem-estar são fundamentais na


recuperação do paciente, por relaxarem o corpo de tensões, tornando-o mais propício a
reagir bem ao tratamento. Com crianças, isso está diretamente ligado a brincar, por
distraí-las e aproximar o ambiente hospitalar de suas respectivas realidades (MOTTA,
ENUMO; 2004). Objetivo: Analisar o uso de fantoches como recurso de estratégia educativa
com os pacientes pediátricos do HGE. Métodos: O presente projeto desenvolve ações de
promoção à saúde através de estratégias educativas, utilizando o lúdico como uma de suas
ferramentas, levando temas importantes para os pacientes e seus acompanhantes. São
empregados cartazes, jogos, fantoches, música, pintura e, em alguns momentos, apenas a
escuta aos usuários. Na ação da Páscoa, com o tema Alimentação saudável, foi realizada
uma apresentação fazendo uso do teatro de fantoches. A peça abordou pontos sobre
impactos da alimentação na recuperação e saúde. Resultados: Logo antes da
apresentação, as crianças que podiam sair do leito pintavam desenhos relativos aos temas.
As crianças ficaram muito entusiasmadas quando viram os fantoches, se animaram
instantaneamente e pediram para brincar com eles. Durante a encenação elas riram
bastante, enquanto eram reforçados hábitos de alimentação saudável. Ao fim, a animação
das crianças e também dos seus acompanhantes continuou. Conclusão: Percebe-se que os
pacientes ficaram bem mais à vontade após a ação, mesmo se tratando de um tema que
não costumam gostar; riram e se divertiram o que pode contribuir nos aspectos emocionais
e psíquicos, refletindo na saúde mental e física dos envolvidos.
Palavras-chave: Saúde Mental, Ludoterapia, Promoção da Saúde.

RESUMO 095_____________________________________________

QUALIDADE DE VIDA DE ACADÊMICOS DE MEDICINA DE UMA UNIVERSIDADE


ESTADUAL DE ALAGOAS

ALINE MARIA FATEL DA SILVA PIRES, WALÉRIA DANTAS PEREIRA.

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Introdução: O conceito de saúde está ampliado para além da ausência de doença e envolve
atualmente todos os aspectos de qualidade de vida dos indivíduos, inclusive sua percepção
em relação à condição de vida, contexto cultural e sistema de valores sob os quais vive.
Objetivo: Avaliar a qualidade de vida de acadêmicos de medicinada Universidade Estadual
de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal). Métodos: Trata-se de um estudo do tipo
censitário descritivo, de corte transversal. Os acadêmicos de medicina matriculados na
Uncisal, no ano de 2017, foram avaliados a partir World Health Organization Quality Of Life
abreviado (Whoqol – Bref), instrumento validado internacionalmente. O Whoqol-Bref possui
24 questões distribuídas em domínios e 2 questões são perguntas gerais sobre a qualidade de
vida e a saúde do indivíduo. Realizou-se a tabulação em programa Microsoft Excel 2013 das
questões gerais, dividindo a amostragem em três partes: discentes dos 1º e 2º; 3º e 4º; e 5º e 62
6º anos; pela proximidade de disciplinas e estresses a que estão submetidos. Resultados:
Dos 300 acadêmicos matriculados, 190 responderam ao instrumento. 118 (62%) alunos
consideram sua qualidade de vida como “boa” ou “muito boa”. Entretanto, no quesito
“saúde”, 104(54,7%) alunos estão “nem satisfeito nem insatisfeito”, “insatisfeito” ou “muito
insatisfeito”. Conclusão: Assim, os futuros médicos estão suscetíveis a desenvolverem a
esgotamento físico e mental. Por isso, é tão necessário que se desenvolvam intervenções
capazes de oferecer apoio aos acadêmicos de medicina, ajudando-os a conseguirem lidar
com as dificuldades que enfrentarão durante o curso.
Palavras-chave: Qualidade de Vida, Saúde, Estudantes.

RESUMO 096_____________________________________________

TENDÊNCIA À DISFORIA OU DEPRESSÃO ENTRE OS ACADÊMICOS DO CURSO DE


ENFERMAGEM

FABIANA SANTOS DA SANTOS SILVA, DENES GLAWCO PEREIRA DE MELO GALINDO,


CLÁUDIA DANIELE LEITE, CLÁUDIA FABIANE GOMES GONÇALVES.

Introdução: A depressão e a ansiedade são transtornos muito comuns, em termos


cognitivos estas psicopatologias, se caracterizam por uma tendência do indivíduo a se
subestimar, criticar, e interpretar suas experiências de modo a adotar uma perspectiva
negativa sobre o seu futuro. Os estudantes da área da saúde enfrentam, a cada dia, forte
pressão, ocasionada por um alto nível de cobrança por parte da sociedade e do próprio
curso, e pelo fato de estar em contato próximo com pacientes doentes. Objetivo:
identificar a tendência à disforia ou depressão entre os estudantes do curso de
bacharelado em enfermagem, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
(IFPE), Campus Pesqueira. Métodos: Trata-se de um estudo de caráter descritivo,
exploratório, com uma abordagem que associa as formas qualitativas e quantitativas. A
coleta de dados ocorreu no período de agosto a outubro de 2017, utilizando-se um
instrumento de autorrelato ou auto-aplicação: O Inventário de Depressão de Beck – BDI II.
Resultados: Na população estudada, notou-se que 58,8% dos graduandos não apresentam
indicativo de disforia, 26,16 % situam-se na faixa de depressão leve a moderada, e apenas
7,2% da população estudada apresentava tendência à depressão. Conclusão: Os resultados
obtidos nos mostram que a população acadêmica é um grupo vulnerável a fatores
estressantes com tendência a adquirir disforia e sintomas depressivos, dessa forma, faz-se
necessário investir em novas formas de cuidado, que visem à qualidade de vida do discente

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e a sua integralidade.
Palavras-chave: Ansiedade, Depressão, Estudantes de enfermagem.

RESUMO 097_____________________________________________

PROMOÇÃO DE SAÚDE ATRAVÉS DE ATIVIDADES LÚDICAS EM CRIANÇAS E


ADOLESCENTES DE UM ABRIGO EM MACEIÓ

MARIANA DA SILVA ACÁCIO, MILLENA VANUSA CAVALCANTE DE MACÊDO, MARIA BÁRBARA MESSIAS DA
SILVA OLIVEIRA, MILEYSE DA SILVA ACÁCIO, LUCAS KAYZAN BARBOSA DA SILVA,
JANYNE ALINE CORREIA DE LIMA GARCIA.
63
Introdução: A institucionalização de crianças e adolescentes é uma medida extrema de
proteção social legítima do Estado em face às vulnerabilidades familiares. São vários os
motivos que podem levar ao acolhimento institucional, entre eles a negligência, o
abandono, os maus-tratos e o alcoolismo dos pais e responsáveis. Objetivo: Apresentar a
vivência de um grupo composto por sete acadêmicas de Terapia Ocupacional, do módulo
de Bases do desenvolvimento Humano I, promovendo educação em saúde. As atividades
objetivavam a estimulação do cognitivo, promover a socialização, trabalhar a atenção,
concentração e coordenação motora. O local escolhido foi um abrigo provisório para
crianças e adolescente do sexo masculino, e que não aplica a privação de liberdade.
Métodos: Foram usadas as seguintes atividades: Morto- vivo; corrida de cabo de vassoura,
caça ao tesouro, jogo da memória, caixa sensorial, tinta nas mãos (não tóxicas),
amarelinha, e muitas outras. Todas essas atividades foram desenvolvidas ao longo de
quatro práticas, de uma hora e meia cada, com a supervisão da monitora e da professora
do módulo, como também do diretor do local. Resultados: Através das atividades lúdicas e
interativas, no final das práticas foi notório o quanto tinha ajudado, tanto no social,
cognitivo e comportamental. Na primeira prática houve pouca participação, contudo, a
partir das práticas subsequentes passaram a participar das atividades propostas.
Conclusão: Pode-se concluir que atividades lúdicas, jogos e brincadeiras, pode facilitam
em todas as áreas do indivíduo. Muitas vezes o convívio de crianças em um lugar onde não
seja o ambiente familiar, pode trazer angústia.
Palavras-chave: Promoção de Saúde, Terapia Ocupacional, Lúdico.

RESUMO 098_____________________________________________

TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO E ACOMODAÇÃO FAMILIAR: UMA REVISÃO


DE LITERATURA

JOÃO PEDRO MATOS DE SANTANA, INGRID ROCHA ANTUNE, JOSÉ ANDRÉ BERNARDINO DOS SANTOS.

Introdução: O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) é um distúrbio psiquiátrico


caracterizado por obsessões e/ou compulsões em que costumam se manifestar nos mais
diversos aspectos emocionais. A maioria dos familiares dos pacientes com TOC amolda-se
aos rituais, numa tentativa de aliviar ou evitar a angústia sentida pela pessoa que sofre do
transtorno, processo conhecido como acomodação familiar. Objetivo: Analisar estudos
acerca da relação entre acomodação familiar e transtorno obsessivo-compulsivo, de
maneira a elencar a influência desse fenômeno no tratamento. Métodos: Foi realizada uma

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Maceió-AL, 07 a 09 de Junho de 2018.

revisão de literatura por meio de pesquisa bibliográfica utilizando o Scielo e PubMed.


Resgatou-se um total de 44 artigos, dos quais 10 (22,72%) foram utilizados e 34 (77,27%)
excluídos. Fez-se uso das seguintes palavras-chave: transtorno obsessivo-compulsivo,
relação familiar e terapia comportamental. Resultados: A acomodação familiar cursa com
envolvimento excessivo dos parentes, processo que ocorre entre 88,2 e 98,2% das
situações. Algumas formas de acomodação familiar incluem, por exemplo, fornecer
garantias excessivas e assistir aos rituais. Acredita-se que esse processo influencia
negativamente no tratamento, haja vista que reforça os comportamentos compulsivos e
contribui na atenuação da ansiedade. Dessa forma, a acomodação contrapõe-se ao que é
preconizado pela terapia cognitivo-comportamental, que é padrão ouro no tratamento do
transtorno. Conclusão: A acomodação familiar possui correlação relevante com a 64
gravidade do TOC. Nesse sentido, é necessário desenvolver mais estudos que realizem uma
abordagem profunda e esclarecedora acerca do grau de interferência do fenômeno de
acomodação em relação aos pacientes com o transtorno obsessivo-compulsivo.
Palavras-chave: Transtorno obsessivo-compulsivo, Relação familiar, Terapia
comportamental.

RESUMO 099_____________________________________________

AVALIAÇÃO DE SINTOMAS ANSIOSOS E DEPRESSIVOS EM UNIVERSITÁRIOS COM


UTILIZAÇÃO DOS INVENTÁRIOS DE BECK

THAÍSSA DE ARAÚJO FERREIRA MARQUES SANTOS, MÁRCIA ASTRÊS FERNANDES,


FRANCISCA EMANUELLE ROCHA VIEIRA, JOYCE SOARES E SILVA.

Introdução: O Inventário de Beck para Ansiedade (BAI) e Inventário de Beck para


Depressão (BDI) são questionários autoaplicáveis, constituídos de 21 itens cada um e tem
por finalidade medir a gravidade de sintomas de ansiedade e depressão nos indivíduos.
Objetivo: Objetivou-se identificar a gravidade de sintomas de ansiedade e depressão em
universitários de uma Instituição Pública. Métodos: Trata-se de um estudo censitário
transversal analítico, desenvolvido com estudantes de enfermagem de uma universidade
pública federal do nordeste do Brasil, nos meses de setembro e outubro de 2016, por meio
da aplicação dos BAI e BDI. Resultados: Participaram 205 universitários pertencentes a
todos os períodos do curso. A maioria apresentou quantidade mínima ou ausência 143
(69,8%) de sintomas depressivos, sendo que 40 (19,6%) tiveram sintomas depressivos leves,
14 (6,8%) moderados e 8 (3,9%) grave. Houve maior distribuição nos níveis dos sintomas de
ansiedade: mínimo 76 (37,1%), leve 62 (30,2%), moderada 44 (21,5%) e grave 23 (11,2%).
Em relação aos sintomas mais relatados tiveram destaque o nervosismo, a sensação de
estar assustados, a indigestão ou desconforto abdominal, o medo de acontecimento do
pior, fadiga e irritabilidade. Conclusão: Chama-se a atenção para a expressiva prevalência
dos sintomas de ansiedade e depressão na população estudada, carecendo, portanto, de
melhor atenção e promoção à saúde mental deste público alvo.
Palavras-chave: Ansiedade; Depressão; Estudantes de Enfermagem.

RESUMO 100_____________________________________________

2º Congresso e 4º Simpósio Alagoano de Saúde Mental – ANAIS – Maceió, Alagoas.


ANAIS CASME 2018
Maceió-AL, 07 a 09 de Junho de 2018.

A ESPIRITUALIDADE EM PACIENTES COM CÂNCER DE MAMA: UM OLHAR PARA A


SAÚDE MENTAL

GIOVANA PRADO ASSUNÇÃO, LUCAS MATHEUS RODRIGUES SANTOS,


VALDELAINA RODRIGUES PEIXOTO SANTOS, TEREZA ANGÉLICA LOPES DE ASSIS.

Introdução: O termo espiritualidade envolve questões quanto ao significado da vida e à


razão de viver (PANZINI, 2007). Nesse aspecto, a espiritualidade exerce forte influência na
retomada do bem-estar mental de pacientes diagnosticadas com câncer de mama por meio
do exercício de práticas como a religiosidade, o “Mindfulness” e a Terapia Cognitiva
Comportamental. Objetivo: Compreender a influência da espiritualidade na saúde mental
de pacientes acometidas com câncer de mama. Metodologia: Trata-se de uma revisão 65
integrativa. O levantamento bibliográfico foi realizado através de consulta ao portal da
Biblioteca Virtual de Saúde incluindo as fontes de informações LILACS, MEDLINE e SciELO.
Para constituir a amostra foram selecionados artigos científicos publicados nos últimos 5
anos utilizando os descritores “saúde mental”, “espiritualidade” e “câncer de mama”.
Resultados: Um estudo abordou uma relação significativa entre a religiosidade e a saúde
mental de pacientes com câncer de mama, de modo que a prática religiosa deve ser
considerada no tratamento oncológico (ZARGANI, 2018). Outra análise evidencia que o
“Mindfulness” tem mostrado eficácia na diminuição da aflição e angústia dessas pacientes
(BISSELING, 2017). Além disso, uma meta-análise demonstrou que a Terapia Cognitiva
Comportamental possui efeitos significantes nos sintomas psicológicos dessas mulheres
(MENGFEI, 2018). Conclusão: Portanto, entende-se a relevância da espiritualidade para
tais pacientes em virtude do fortalecimento de seu equilíbrio mental que geralmente
encontra-se fragilizado devido a uma nova realidade marcada por dúvidas, angústias e
temores. Logo, enxerga-se a necessidade do exercício dessas terapias aliadas ao
tratamento oncológico padrão com auxílio integrado de equipes multidisciplinares.
Palavras-chave: Saúde mental, Espiritualidade, Câncer de mama.

RESUMO 101_____________________________________________

SÍNDROME DE BURNOUT: QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS QUE PODEM TRAZER PARA


OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE?

FELIPE MANOEL DE OLIVEIRA SANTOS, DENNIS CAVALCANTI RIBEIRO FILHO, RENATA VASCONCELOS DE
CARVALHO, JAQUELINE TEIXEIRA SILVA VALENÇA, MARINA VASCONCELOS DE CARVALHO,
NAYARA MARIA DE OLIVEIRA SANTOS.

Introdução: O trabalho ocupa parcela do tempo e convívio em sociedade. Sua execução


poderia, inicialmente, ser percebida prazerosamente. Contudo, ocasionalmente, está
associada ao estresse e ao surgimento de patologias, acarretando desequilíbrio da saúde
mental. A Síndrome de Burnout (SB) é um conjunto de sintomas caracterizado por sinais de
exaustão emocional, despersonalização e reduzidas realizações particulares e profissionais,
devido à má adaptação a atividades exaustivas. Tal enfermidade é muito relacionada aos
profissionais da saúde, vez que estes trabalham em ambiente com grande pressão por lidar
com o sofrimento dos indivíduos o que prejudicando o biopsicossocial. Objetivo:
Compreender e identificar as principais consequências da SB no bem-estar dos atuantes na
área da saúde. Métodos: Revisão de literatura, através de busca na plataforma SciELO no

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período de fevereiro a abril. Resultados: O surgimento da SB ocorre lenta e gradualmente,


apresentando sintomas físicos, psíquicos, comportamentais e defensivos. Dos diversos
sintomas encontrados na literatura, os principais são: dores osteomusculares; distúrbios
respiratórios; perturbações gastrointestinais; imunodeficiência; transtornos
cardiovasculares; cefalalgia; hipoprosexia; alterações de memória; labilidade emocional;
psicopatologias; ansiedade; baixa autoestima; disforia e dentre outros. Conclusão: Burnout
tem sido considerada uma questão de saúde pública, por ser um agravo ocupacional de
caráter psicossocial. É notório, que a síndrome tem efeitos negativos, necessitando de
precaução para a realização de investigações complementares, além de ações de
prevenção e promoção da saúde. Fica evidente, a imprescindibilidade da assistência a
esses profissionais, para que o ato de cuidar da saúde do próximo não seja causa de 66
doenças nos profissionais atuantes na área.
Palavras-chave: Esgotamento Profissional, Burnout, Saúde Mental.

RESUMO 102_____________________________________________

A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO SOCIAL DOS INTERNOS DE UM HOSPITAL


PSIQUIÁTRICO

LUCAS LIMA DE MEDEIROS, DÉBORAH SAYONARA TÉNORIO MESSIAS, JÉSSICA SOUZA SANTOS,
ELÂNIA VANDERLEI DA SILVA, LARISSA FERNANDA ALMEIDA COSTA MELO,
THALIA BIANCA GUEDES DE SOUZA.

Introdução: A saúde mental sofreu grandes transformações durante sua história, assim
como a Terapia Ocupacional também evoluiu na forma de cuidado. Desde a década de 90 a
saúde mental muda a sua perspectiva de cuidado, focalizando no sujeito de forma mais
singular e humana. O modelo promulgado na reforma psiquiátrica exclui o modelo
hospitalocêntrico por uma prática mais humanizada, como o SUS preconiza, fazendo com
que o indivíduo exercite o seu protagonismo e a sua participação social. Objetivo: Relatar
a importância da socialização nos internos do hospital escola Portugal Ramalho em Maceió
- AL. Métodos: Trata-se da vivência observacional, proporcionada por uma liga acadêmica
de uma universidade pública estadual. Durante a visita foi feita a apresentação do
hospital, dos profissionais de saúde que formavam a equipe e as práticas diárias dos
internos. Resultados: A visita ao hospital contribuiu para aprendizado teórico-prático com
temas tratados na liga acadêmica. Permitiu reconhecer a importância da participação
social dos usuários de saúde mental, mesmo levando em consideração os poucos momentos
de socialização que acontece no hospital psiquiátrico. Conclusão: A forma manicomial de
atendimento ao doente mental traz prejuízos relacionados à ocupação, autonomia e
funcionalidade, ficando ainda mais visível a ineficácia desse modelo retrógrado de
cuidado. Mesmo assim, os momentos de socialização são de grande importância para a
evolução da saúde do sujeito. Nota-se também a importância do profissional de Terapia
Ocupacional na saúde mental, por estar diretamente ligada a atividade humana, com o
objetivo de reestruturação do cotidiano e melhor qualidade de vida.
Palavras-chave: Saúde mental. Terapia Ocupacional. Participação Social

RESUMO 103_____________________________________________

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A LUDICIDADE NA PROMOÇÃO DE SAÚDE MENTAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES


DE UM ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL

MILLENA VANUSA CAVALCANTE DE MACÊDO, KARINA SANTOS DE MOURA,


MARIA EDUARDA MENDONÇA DO SANTOS, MARIANA DA SILVA ACÁCIO, MARIA APARECIDA DE SOUZA,
LUCAS KAYZAN BARBOSA DA SILVA.

Introdução: Crianças e adolescentes que vivem em acolhimento institucional são,


frequentemente, alvos de experiências de vidas traumáticas, podendo acarretar alterações
na saúde mental e em seus comportamentos sociais (WENDT, 2017). Surge o brincar
através de atividades lúdicas, como recurso indispensável à saúde mental nesse processo
(SAURA, 2014). Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicos em atividades lúdicas 67
direcionadas a este público. Métodos: Trata- se de um trabalho descritivo, no qual as
atividades ocorreram no segundo período de terapia ocupacional da Universidade Estadual
de Ciências da Saúde, durante as aulas práticas do módulo de Bases do desenvolvimento,
em um acolhimento institucional que abriga meninos, crianças e adolescentes. Resultados:
As práticas foram desenvolvidas em cinco sessões, através de brincadeiras lúdicas, como:
jogo da memória, caça ao tesouro e morto vivo, nos quais seis meninos participaram,
enfatizando a promoção da interação social e desenvolvimento de habilidades. Mediante as
atividades propostas, foi notório que o público se mostrou ansioso e irritado. Assim, os
estudantes adequaram as atividades para que todos pudessem participar, resultando no
interesse e entendimento da proposta das atividades usadas. Desta forma, foi possível
visualizar a necessidade de intervenções que promovam melhoria na atenção psicossocial e
qualidade de vida desse público, tanto por proporcionar sensações de entretenimento com
as brincadeiras, como investigar seus problemas comportamentais. Conclusão: As práticas
do módulo proporcionaram experiências humanizadas para os acadêmicos, na qual pode-se
retomar os conhecimentos passados em aula, desenvolvendo habilidades lúdicas no
decorrer da graduação.
Palavras-chave: Saúde Mental. Ludicidade. Saúde da Criança e do Adolescente.

RESUMO 104_____________________________________________

HUMANIZAÇÃO: INSTRUMENTO DE MELHORIA À SAÚDE METAL DE CRIANÇAS


HOSPITALIZADAS.

THALIA BIANCA GUEDES DE SOUZA, LUCAS LIMA DE MEDEIROS,


DÉBORAH SAYONARA TENÓRIO MESSIAS, JÉSSICA SOUZA SANTOS, MARIA MONNICK RAYANE DA SILVA,
ANTÔNIO LEONEL DE SOUZA NETO.

Introdução: A internação é um momento de stress para a criança e a família, a


hospitalização de crianças, além de ter uma interrupção extrema das ocupações diárias,
pode trazer outros problemas como riscos de transtornos emocionais e de conduta. A
hospitalização na maioria das vezes pode ser uma experiência traumática por causa do
ambiente hostil, de pessoas desconhecidas e de procedimentos que causam sofrimento. A
humanização em saúde é um aglomerado de ideias, contudo, na criança algumas medidas
particulares podem ser essenciais na construção desse ambiente hospitalar menos hostil, a
participação do país ou parentes mais próximos é o pilar da humanização na pediatria, a
criação de espaços lúdicos no contexto pediátrico tem vindo a ser apontada como essencial

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ao bem-estar, desenvolvimento e distração da criança hospitalizada. Objetivo: Relatar a


importância da humanização na pediatria do Hospital Geral do Estado de Maceió – AL.
Métodos: Trata-se da vivência de alunos dos cursos da Universidade Estadual de Ciências
de Saúde de Alagoas, proporcionada por um projeto de extensão. Durante todas as
vivencias foram realizadas atividades lúdicas com o objetivo de melhorar qualidade de
vida. Resultados: As vivencias do projeto de extensão acolher contribui para a melhoria da
saúde mental, emocional e social das crianças do hospital geral do estado, transformando
sua internação menos traumática. Conclusão: A assistência à criança hospitalizada tem
como principal intuito a transformação do ambiente hospitalar pediátrico em locais mais
acolhedores, alegres, e que permitam a estimulação e o convívio entre família, crianças e
equipe de saúde. 68
Palavras-chave: Humanização, Saúde Mental, Criança Hospitalizada.

RESUMO 105_____________________________________________

O IMPACTO DA ATIVIDADE FÍSICA NA QUALIDADE DE VIDA E MENTAL DE CRIANÇAS


E ADOLESCENTES

MARIA INÊS COSTA MACHADO GOMES, LETÍCIA WANDERLEY DE AMORIM,


PAULA CARVALHO LISBOA BARBOSA, RAPAHAEL ALFREDO MENEZES TENÓRIO,
SÔNIA WANDERLEY SILVA PERSIANO, VINICIUS JANUÁRIO LIRA PEREIRA.

Introdução: Com a globalização, os hábitos de vida dos indivíduos, principalmente os


relacionados a nutrição e atividade física, sofreram mudanças. É notório, que com o
avanço das tecnologias e a velocidade nas trocas de informações faz com que diversos
setores da sociedade, principalmente, as escolas, adotem um padrão de acessibilidade
menos ativo, fazendo uso de tablets, computadores, louça tridimensional em sala de aula.
Objetivo: Identificar na literatura e descrever aspectos relacionados a atividade física na
melhoria da qualidade de vida e mental em crianças e adolescentes. Métodos: Revisão
literária nas bases de dados PubMED e SciELO aplicando-se termos como: esporte,
atividade física, qualidade de vida, criança, adolescentes. Resultados: A inclusão da
atividade física na rotina de crianças e adolescentes além de ajudar na qualidade de vida
desse público, contribui na diminuição ou controle do peso corporal evitando a obesidade,
proporciona uma interação social com o próximo. Além disso, proporcionar um momento
de relaxamento diante de um apertado cronograma que essa faixa etária vive
sobrecarregados de estudo na busca de uma vaga numa faculdade pública e a cobrança dos
pais. Conclusão: Dessa forma, fica evidentes os benefícios que a atividade física traz para
melhorar a qualidade de vida e mental de crianças e adolescentes, visto que, é nessa faixa
etária que acontece as várias mudanças do desenvolvimento do corpo humano.
Palavras-chave: Atividade Física, Crianças e Adolescentes, Esporte.

RESUMO 106_____________________________________________

O SOFRIMENTO PSÍQUICO DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE NO ATENDIMENTO PRÉ-


HOSPITALAR

LHARISSA NOGUEIRA BARBOSA DOS SANTOS, CLEANNY SALES LIMA,


MYRLA LEITE OLIVEIRA FONSECA, EWERTON AMORIM DOS SANTOS.

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Introdução: O atendimento pré-hospitalar se caracteriza pela excessiva carga de trabalho,


alto nível de tensão, riscos e contatos com situações limitantes tendo como consequência o
sofrimento psíquico que acomete os profissionais da saúde diante da alta pressão
psicológica a que estão submetidos, de conflitos, frustações, insatisfação com o trabalho
por possuir uma rotina intensa. Objetivo: Descrever o sofrimento psíquico nos profissionais
de saúde. Métodos: Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica, realizado em abril de
2018. Utilizou-se artigos científicos publicados nos anos de 2011 à 2015, na base do
SCIELO. Resultados: Os profissionais de saúde estão mais suscetíveis à manifestação de
patologias psíquicas relacionadas ao trabalho, devido a grandes jornadas contínuas e
plantões noturnos, que acarretam uma série de alterações no ritmo biológico, as quais se
manifestam por meio de sintomas físicos, do adoecimento, resultando na Síndrome de 69
Burnout que tem três componentes relacionados: exaustão emocional, despersonalização e
diminuição da realização pessoal, surgindo sintomas psicológicos e comportamentais, como
fadiga, cefaleias, distúrbios gastrintestinais, insônia, dispneia, humor depressivo,
irritabilidade, ansiedade, rigidez, negativismo, ceticismo e desinteresse podendo levar o
profissional a cometer erros. Conclusão: A Equipe de saúde do atendimento Pré-Hospitalar
que lida diariamente com pessoas em situações graves e constantes condições de estresse
potencializam as possibilidades de adoecimento psíquico. Portanto, é necessário que as
condições de trabalho sejam favoráveis de forma que oportunize novas estratégias e
mudanças, resultando numa melhoria na qualidade de vida e consequentemente na sua
saúde física e mental desses trabalhadores.
Palavras-chave: Estresse psicológico, Ambiente de trabalho, Saúde mental.

RESUMO 107_____________________________________________

EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM GRUPO OPERATIVO POR ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM


EM UM CAPS

MAX SANTOS PINHEIRO, LÍVIA MARIA DO NASCIMENTO QUEIROZ,


RAISSA SILVA DO NASCIMENTO, SANDRA APARECIDA DE ALMEIDA.

Introdução: Grupo operativo é pratica de conjunta, que objetiva relacionar conhecimento


conjunto, popular dos participantes, realidade científica e/ou fatos reais sobre o tema
sugerido, numa dinâmica de troca, o grupo é um espaço de discussão e levantamento de
questões (BASTOS, 2010). Nessa esfera, o grupo operativo também é um espaço
terapêutico e de ensino-aprendizagem, por isso a inclusão de temas relevantes de
educação em saúde que interessem os usuários e que sejam necessários de acordo com a
realidade e exposição a riscos desses membros possibilita um maior autocuidado (CASSOL
et al., 2012). Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem em
organização de grupo operativo. Métodos: Trata-se de um relato de experiência de
acadêmicos de enfermagem, o cenário foi um CAPS II na cidade de João Pessoa – PB,
realizado durante o decorrer do componente curricular: Saúde Mental II do curso de
enfermagem da UFPB. Resultados: A inclusão de temas relacionados a saúde num grupo
operativo com usuários de CAPS II é uma experiência complexa: os usuários tinham
conhecimentos distorcidos dos temas abordados e não aceitavam a correção, temas como
práticas sexuais de risco e autocuidado foram difíceis de serem discutidos, por pudor dos
usuários, porém houve grande assertividade nos temas e no resultado final dos grupos,
onde configurou-se a obtenção do conhecimento a partir de uma recapitulação dos

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assuntos abordados. Conclusão: Grupo operativo com temas de educação em saúde é uma
excelente maneira de transmissão de conhecimento e redução de danos e prevenção de
riscos aos usuários do serviço.
Palavras-chave: Educação em saúde, Redução do dano, Aprendizagem

RESUMO 108_____________________________________________

DEPRESSÃO E A ENFERMAGEM: A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL


DE ENFERMAGEM NO ATENDIMENTO DE PACIENTES COM TRANSTORNOS MENTAIS

LÁZARO HELENO SANTOS DE OLIVEIRA, ELLEN BEATRIZ MOURA BARBOSA, JOICIELLY FRANÇA BISPO, 70
MAYLA CAVALCANTE DE LIMA, TALÃINE LARISSA DOS SANTOS CÉSAR, WBIRATAN DE LIMA SOUZA.

Introdução: Historicamente, os cuidados com os pacientes portadores de transtornos


mentais sofreram muitas metamorfoses, visando atender as necessidades das políticas
públicas e alterações nacionais e internacionais. No Brasil a principal porta de entrada das
pessoas que buscam atendimento para necessidades de saúde é a atenção básica, mais
especificamente com as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Estratégia de Saúde da Família
(ESF). Cabe-se destacar que, neste modo de assistência, existe uma grande importância no
papel da enfermagem em relação a prevenção e promoção de saúde. Objetivo: Apresentar
uma reflexão do que são transtornos mentais, com ênfase na depressão, demonstrando a
atuação do profissional de enfermagem diante de pacientes depressivos. Métodos: Trata-
se de um relato de experiência, desenvolvido após uma visita técnica à secretaria
municipal de saúde de Maceió - AL, solicitada na disciplina Práticas de Enfermagem I do
curso de graduação em Enfermagem do UNIT/Maceió, no dia 27/09/2017, acompanhado de
um estudo exploratório e descritivo através de artigos acadêmicos referentes ao tema.
Resultados: Evidenciou-se que apesar da existência de dificuldades para os enfermeiros
trabalharem com saúde mental na atenção básica, o atendimento ao usuário com
transtorno mental é uma realidade. Sendo assim esses profissionais precisam estar
preparados para atender esses pacientes e suas famílias. Conclusão: De acordo com essa
pesquisa, conclui-se, que o profissional de enfermagem é de extrema importância no
trabalho com pacientes que sofrem com problemas mentais, principalmente no que se
refere ao cuidado, prevenção e promoção de saúde em todos os diferentes níveis de
atenção.
Palavras-chave: Enfermagem, Saúde Mental, Depressão.

RESUMO 109_____________________________________________

O BRINCAR COMO ESTRATÉGIA MINIMIZADORA DO IMPACTO DA INTERNAÇÃO DE


CRIANÇAS HOSPITALIZADAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

LAURA FERNANDES COSTA , MARIA EDUARDA MENDONÇA DOS SANTOS, KARINA SANTOS DE MOURA,
MILLENA VANUSA CAVALCANTE DE MACÊDO, MARIA CRISTINA SOARES FIGUEIREDO TREZZA,
LUCAS KAYZAN BARBOSA DA SILVA.

Introdução: Na infância, um dos pesadelos contraditos nesta fase de desenvolvimento, é a


hospitalização. A hospitalização é uma experiência desagradável, pois determina
processos de perda, independentemente do tempo de internação. (MORAES, COSTA, 2009;

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MITRE et al., 2004) . É sabido que, o estresse e a ansiedade de retomar o quanto antes a
rotina, acaba gerando consequências no tratamento. Objetivo: Relatar os efeitos
terapêuticos por meio do brincar, dentro do ambiente hospitalar para que sejam
amenizadas as consequências que possam prejudicar no processo de internação das
crianças. Métodos: Refere-se a um trabalho descritivo, do tipo relato de experiência. As
atividades ocorreram duas vezes ao mês, no período de março à abril de 2018, das 10:00 às
12:00 horas, no Hospital Geral do Estado de Alagoas, com estudantes universitários de
Terapia Ocupacional, membros do Projeto Acolher que tem como finalidade desenvolver
atividades lúdicas com crianças hospitalizadas. Resultados: Foram realizadas brincadeiras,
leituras infantis e pinturas, quebrando a rotina nas enfermarias pediátricas. Com as
atividades, foi possível desenvolver uma interação lúdica benéfica, trabalhando de diversas 71
maneiras os enfrentamentos do processo de hospitalização com as crianças, no qual elas
participaram das dinâmicas. Com esse brincar, a maioria delas aceitaram de forma mais
segura as medicações e as intervenções dos profissionais. Conclusão: O projeto Acolher
oferece recursos humanizados para a melhoria de qualidade de vida do paciente sem que
prejudique no tratamento advertido, o indivíduo passa a ter uma visão mais acolhedora,
para que possa ser contribuído um tratamento adequado e que amenize as sensações
desagradáveis da hospitalização.
Palavras-chave: Hospitalização infantil. Promoção do brincar. Saúde da Criança.

RESUMO 110_____________________________________________

IMPACTO DO ASSÉDIO MORAL NA SAÚDE MENTAL DO PRECEPTOR

CAMILLE LEMOS CAVALCANTI WANDERLEY, NATÁLIA MOURA PEREIRA.

Introdução: No cenário hospitalar, a preceptoria em saúde executa de acordo com as


normativas da profissão, diversas funções, tanto as de trabalhador da área da saúde, na
prática preventiva e curativa, quanto de docente, que atua na inclusão dos alunos no
processo de trabalho. Estando esse trabalhador inserido em um ambiente complexo e
permeado por riscos psicossociais, onde o assédio moral ganha espaço, devido à grande
vulnerabilidade desse cenário profissional. De modo geral, assédio moral é um fenômeno
de violência psicológica grave, que provoca danos muitas vezes irreversíveis na saúde do
sujeito. De acordo com Hirigoyen (2015), o assédio moral é toda e qualquer conduta
abusiva que se manifeste através de comportamentos, atos, palavras, gestos, que podem
afetar a personalidade, a dignidade ou a integridade física e/ou psíquica de uma pessoa.
Objetivo: Analisar as condutas do assédio moral na saúde mental dos preceptores de
instituições de ensino superior no Hospital Geral do Estado de Alagoas. Métodos: O
presente estudo constituiu em uma pesquisa qualitativa com natureza descritiva-
exploratória. Resultados: Diante dos dados obtidos, percebe-se que os preceptores
participantes da pesquisa compreendem o assédio moral como toda ação e situação que
envolve insinuações, atitudes, falas e brincadeiras agressivas que acabam constrangendo e
desvalorizando o indivíduo enquanto profissional. Além disso, o assédio está presente na
preceptoria e provoca sérias consequências na saúde mental desses profissionais.
Conclusão: Sendo assim, conclui-se a importância da divulgação e discussão do assédio
moral tanto em contextos hospitalar e educacional, como na sociedade.
Palavras-chave: Assédio moral; saúde mental; preceptores.

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RESUMO 111_____________________________________________

CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL E SUAS CONTRIBUIÇÕES AOS USUÁRIOS:


RELATO DE EXPERIÊNCIA

MIRELLA DOS SANTOS REIS, BÁRBARA GOMES DOS SANTOS, MARIA SIMONE GOUVEIA DE OLIVEIRA,
SABRINA EUFRAZIO DO NASCIMENTO SANTOS, MARYA TAYNAH FRANÇA GOMES.

Introdução: Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são unidades de atendimento em


saúde mental que oferecem aos usuários cuidados elaborados por uma equipe
multidisciplinar. As diferentes tipologias de CAPS que atuam no território estão articuladas
as unidades de atenção básica, hospitais gerais, serviços emergências, residências 72
terapêuticas e ambulatórios. Os profissionais tem o desafio de compor um cuidado
realizado a partir de um Projeto Terapêutico Singular que considere a história dos
usuários, oferecendo respostas capazes de redimensionar sua situação de vida. Objetivo:
Relatar as atividades desenvolvidas com os usuários em um Centro de Atenção Psicossocial
destinado ao tratamento de pessoas com transtornos mentais. Métodos: Trata-se de um
relato de experiência realizado por graduandas de enfermagem em um Centro de Atenção
Psicossocial – CAPS II, de Maceió/AL. Resultados: As atividades desenvolvidas promoveram
aos usuários o exercício da autonomia, colocando-os no lugar de sujeito ativo na
construção de soluções para seus problemas, expressão dos sentimentos e interação social.
Essa prática foi observada durante as oficinais terapêuticas realizadas no serviço.
Conclusão: Os profissionais do CAPS prestam assistência respeitando a individualidade,
diversidade e capacidade de todos os usuários. A equipe não mantém seu foco apenas na
doença, mas sim, em proporcionar uma melhora na qualidade de vida destes indivíduos. O
bem estar e felicidade são notáveis em pessoas com transtorno mental que frequenta e faz
uso dos serviços desenvolvidos no CAPS.
Palavras-chave: Saúde Mental, Reabilitação Psiquiátrica, Desinstitucionalização.

RESUMO 112_____________________________________________

CUIDANDO DO CUIDADOR NUM AMBIENTE HOSPITALAR: UM RELATO DE


EXPERIÊNCIA

ALEXANDRE AGACIR SILVEIR, FÁBIA REGINA DOS SANTOS, TEREZA CECILIA COSTA NASCIMENTO. KELLY
GÉSSYCA COUTINHO DOS SANTOS.

Introdução: Estudos apontam o adoecimento e sofrimento psíquico das esquipes de


trabalhadores da área de saúde. Diante desta preocupante realidade, torna-se perceptível
a necessidade do desenvolvimento de atividades no ambiente de trabalho, visando o apoio
às equipes de saúde e também a prevenção do adoecimento. Objetivo: Promover a
integração no ambiente de trabalho, visando contribuir com o bem-estar, o
autoconhecimento e a qualidade de vida dos colaboradores da equipe de saúde, com a
finalidade principal de “cuidar de quem cuida”. Métodos: Foram realizados 03 encontros
com as equipes multidisciplinares seguindo a metodologia da Oficina Criativa, trabalho
grupal, composto por determinadas etapas nas quais os sujeitos expressaram criativamente
uma imagem interna por meio de uma experiência artística para, posteriormente,
organizar o conhecimento ao fazer expressivo. Resultados: O resultado dessa intervenção

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foi satisfatório, pois houve melhora na integração da equipe, ruptura das resistências
iniciais por alterar as rotinas de trabalho, reconhecimento da história de cada colega de
trabalho. Conclusão: Com esse trabalho espera-se propiciar uma vivência saudável onde
todos possam sentir a possibilidade de uma maior integração profissional, diminuição do
estresse oriundo das demandas de trabalho, refletindo em um atendimento mais
humanizado dentro do campo de atuação de cada profissional.
Palavras-chave: Cuidador, Saúde do Trabalhador, Adoecimento Psiquico.

RESUMO 113_____________________________________________

FUXICANDO NA RODA: PROMOVENDO SAÚDE NA ATENÇÃO BÁSICA 73

MARCELLY ALPIANO ROCHA, AMANDA TAYNÁ TAVARES DE FIGUEIREDO, ANA LÚCIA DA SILVA LIRA,
LILYBETHE FERNANDES DA SILVA, TAYZA MIRELLA DE SANTANA.

Introdução: Apresenta-se um relato de experiência do Grupo Fuxicando, realizado entre


agosto e dezembro de 2017, em uma Unidade de Saúde da Família (USF) do Recife-PE. A
partir da avaliação da crescente demanda em saúde mental das usuárias, a estratégia de
cuidado proposta por Residentes Multiprofissionais em Saúde da Família e as duas equipes
da USF foi a construção de um grupo, considerando sua dimensão integrativa e de troca de
experiências, potencializando a promoção da saúde e a prevenção de agravos (BRASIL,
2014). Objetivo: Promover espaços terapêuticos de cuidado e diálogo com usuárias em
sofrimento psíquico. Métodos: O grupo era facilitado por cinco residentes e uma Agente
Comunitária de Saúde, participante ativa na condução dos encontros. Ocorria
quinzenalmente, com duração média de três horas, estruturados com uma dinâmica de
aquecimento, apresentação e construção do produto do dia, previamente discutido, e
fechamento. Fundamentou-se na perspectiva Construcionista, estimulando-se conversações
dialógicas e a co-construção do conhecimento (GERGEN; KAYE, 1998). Resultados:
Participaram do grupo oito mulheres, predominantemente idosas, sugeridas inicialmente
em reuniões de discussão de casos. Houve construção de vínculos horizontais, permitindo o
diálogo sobre o cotidiano, perdas e/ou conflitos familiares, questões sociais da
comunidade e ciclos de vida. Notou-se cooperação entre as participantes no
reconhecimento e melhora das dificuldades operativas e relacionais. As equipes da USF
relataram melhora do estado de saúde e redução de medicação, em alguns casos.
Conclusão: Baseado nos relatos das profissionais da USF e das usuárias, o grupo foi
reconhecido como uma potente ferramenta de cuidado e atuação interdisciplinar.
Palavras-chave: Saúde mental, Saúde da Família, Promoção da saúde.

RESUMO 114_____________________________________________

APORIA E BURNOUT: UM TEMPO DE NEGAÇÃO E ESGOTAMENTO DO HUMANO.


CONTRIBUIÇÕES PARA A SAÚDE MENTAL

CICERO JOSÉ BARBOSA DA FONSECA, FELLIPE NUNES ALVES, KARLLA VANESSA SANTOS DE JESUS,
LUCAS KAYZAN BARBOSA DA SILVA, LUCAS MAGNO DOS SANTOS, NÁIRA MARIA OLIVENSE DO CARMO.

Introdução: Vivemos um tempo profundamente marcado pela presença do Burnout nos


diversos contextos de trabalho do século XXI, fazendo-nos pensar que até ultrapassou o

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mundo do trabalho afetando a todos nós humanos. Sendo assim, podemos afirmar que o
Burnout é uma condição contemporânea do humano nos dias atuais, que de acordo com
Bauman (1999) pode ser compreendida como uma condição caracterizada por experiências
individuais de exaustão psíquica, física e emocional. Objetivos: Propomo-nos a desvelar
essa realidade de forma a compreender que a maneira de enxergar e viver o mundo parece
já não ajudar como outrora, fazendo muitas vezes o sujeito sentir que não há saída para a
situação vivída, e assim indicar possibilidade de enfrentamento dessa situação. Métodos:
Revisão bibliográfica dos autores: Fônseca (2017) com o Burnout e Aporia; Bauman (2001) e
a concepção de modernidade e ambivalência; e Unger (2009) como intermédio para novas
possibilidades de vida além da aporia e burnout, visando a saúde mental. Resultados:
Mesmo percebendo que não há saída, continuamos forçando um meio de evasão a partir do 74
mesmo script atitudinal, o que nos leva à uma racionalidade excessivamente destituída de
sensibilidade, tendo como consequência o desenvolvimento de uma vida que nega
basicamente nossa condição humana como sujeito paradoxal. O resultado desse forçar é
uma vida que demarcara profundas defesas contra a tensão, o mistério. Conclusão: Em
suma, "Talvez o desafio maior dos dias de hoje não está em encontrar respostas, mas em
aceitar conviver com a tensão da própria pergunta." (UNGER, 2009).
Palavras-chave: Burnout, Aporia, Paradoxo.

RESUMO 115_____________________________________________

BLACK MIRROR: UMA ANÁLISE DA TRIPLA TIRANIA DA TECNOLOGIA, CONSUMO E


INFORMAÇÃO E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA A SAÚDE MENTAL

CICERO JOSÉ BARBOSA DA FONSECA, FELLIPE NUNES ALVES, KARLLA VANESSA SANTOS DE JESUS,
LUCAS KAYZAN BARBOSA DA SILVA, LUCAS MAGNO DOS SANTOS, NÁIRA MARIA OLIVENSE DO CARMO.

Introdução: A série Black Mirror criada por Charlie Brooker teve seu lançamento oficial no
ano de 2011. Trata-se de uma antologia, formada por episódios que não se relacionam
entre si em uma história ininterrupta, mas que se conectam a partir de um mesmo pano de
fundo: a relação entre o gênero humano e o avanço perturbador das tecnologias em um
cenário não tão distante. Essa série é hoje referência quando se fala em novas tecnologias
e seu impacto no cotidiano humano e balizará o presente trabalho especificamente a partir
do episódio Nosideve (no Brasil, "Queda livre") juntamente com um texto do autor Fonsêca
(2013). Objetivos: Traçar um panorama analítico e crítico acerca da relação entre a
sociedade moderna e as novas tecnologias, possíveis desdobramentos e mal-estar
contemporâneo. Métodos: Pesquisa bibliográfica a partir de Fônseca (2013) “Mal-estar
contemporâneo: o advento de um novo sujeito caracterizado pela tripla tirania da
tecnologia, do consumo e da informação." e análise da série Black Mirror, apropriando-nos
da ideia de modernidade líquida do autor Bauman (2001). Resultados: Constatamos que
estamos diante do advento de um novo sujeito, com características do consumo e
informação em demasia e uma tecnologia tirana. E, a partir disso, desvelamos parte de
uma realidade adoecedora, apontando caminhos para a promoção da saúde mental.
Conclusão: Consoante ao que foi exposto, percebemos a urgência em expor uma realidade
consumida, e a partir disso pensarmos caminhos para a potencialização do ser humano e
uso da tecnologia para concretude da vida.
Palavras-chave: Tecnologia, Modernidade, Consumo.

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RESUMO 116_____________________________________________

RELAÇÃO ENTRE PERDA AUDITIVA E COGNIÇÃO: REVISÃO INTEGRATIVA

BRUNA KALIELÂNIA DA SILVA, GISLAYNE PEREIRA RODRIGUES, MARIANA HELOIZA RIBEIRO CARVALHO,
MIRELA BARBOZA GOMES, LAURALICE RAPOSO MARQUES.

Introdução: As disfunções auditivas estão entre as doenças crônicas que mais prejudicam a
qualidade de vida dos idosos. A presbiacusia, que se define por deficiência auditiva
neurossensorial recrutante, apresenta baixa resolução de frequência e de duração que
afetam a discriminação de fala1, esta pode gerar forte efeito na autonomia e
75
independência do idoso, representando uma das numerosas síndromes geriátricas, a
Incapacidade Cognitiva2. Infere-se que a população idosa consigam aumentar a
compreensão de fala com o uso de próteses auditivas3. Objetivo: Identificar, por meio de
uma revisão integrativa, a relação entre a presbiacusia com a saúde mental do idoso e sua
cognição. Métodos: Realizou-se uma busca nas bases de dados do SCIELO, utilizando os
descritores: saúde mental OR cognição AND presbiacusia. Foram incluídos artigos
publicados no período de 2010 a 2018; em português. Foram excluídos artigos que não
relacionem a presbiacusia à saúde mental e/ou à cognição: artigos sem resumo.
Resultados: Observou-se uma relação entre cognição e perda auditiva, tendo em vista que
usuários do AASI apresentaram melhora em seus aspectos cognitivos. Conclusão: Conclui-
se então, que houve associação entre grau da perda e cognição, quanto maior o grau da
perda, menor a capacidade de cognição, influenciando na saúde mental, interferindo na
qualidade de vida do idoso.
Palavras-chave: cognição, perda auditiva, saúde mental.

RESUMO 117_____________________________________________

IMPORTÂNCIA DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM NOS CUIDADOS AO PACIENTE


COM TRANSTORNO MENTAL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

MATEUS D. CAVALCANTI, LIDIANE M. GOMES DA SILVA, PATRÍCIA C. GALVÃO DE FRANÇA,


MARCELA K. BEZERRA DE VASCONCELOS, ANGÉLICA XAVIER DA SILVA.

Introdução: A assistência de enfermagem ao paciente com transtorno mental deve ser


desenvolvida respeitando os princípios da dignidade, interação com o outro, isenção de
preconceitos, crendices pessoais e valores, com isso a enfermagem tem procurado ofertar
um cuidado individualizado em suas ações mais complexas e principalmente na promoção à
saúde desses indivíduos. Objetivo: analisar a assistência de enfermagem ao portador de
transtorno mental, e as mudanças que têm ocorrido ao passar dos anos e as novas políticas
públicas. Métodos: O presente estudo utiliza o método de revisão integrativa da literatura.
Foi realizada a busca de artigos nas bases de dados: Portal Regional da BVS, com os
descritores de saúde (DeCS/MESH): assistência de enfermagem, enfermeiro e transtorno
mental e operador boleano “AND”. Apresentaram-se 11 artigos com elegibilidade, no
período de 2010 a 2017. Para o mesmo. Resultados: Observou-se que a inserção do modelo
das Redes de Atenção à Saúde e os Centros de Atenção Psicossocial promoveram a
reabilitação e o resgate da história da família e da vida no contexto da assistência aos

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pacientes, pois possibilita uma prática humanizada e holística. Conclusão: Dessa forma,
destaca-se que para se viabilizar bons resultados na atuação do enfermeiro é importante
que exista uma relação de proximidade entre a pessoa, seus familiares e o profissional,
permitindo um atendimento integral, pois já não se baseia somente nos cuidados técnicos,
sendo necessário ter um olhar amplo para trabalhar a relação equipe/comunidade/família.
Palavras-chave: Assistência de enfermagem, Enfermeiro, Transtorno Mental.

RESUMO 118_____________________________________________

CUIDADOS PRIMÁRIOS DA EQUIPE DE SAÚDE NA ASSISTÊNCIA DE SAÚDE MENTAL


76
ANA CLÁUDIA PEREIRA DA SILVA, FABIANA SANTOS LIMA, ESVALDO DOS SANTOS SILVA, THASSYANA
BÁRBARA FERREIRA DE ALMEIDA, MAIARA RAFAELA DA SILVA SANTOS.

Introdução: Ao falar de inclusão das ações de saúde mental na atenção primária, é


importante destacar dois movimentos: a Reforma Psiquiátrica e a Reforma Sanitária.
Historicamente, no Brasil, o termo saúde mental era visto como doença mental, associando
imediatamente saúde à concepção de ausência de doenças, provocando a escassa procura
de assistência na atenção primária, destituindo a população do suporte básico em
decorrência dos estigmas sociais. Objetivo: Este trabalho busca analisar e descrever o
papel da equipe no âmbito da assistência em saúde mental. Métodos: Esta pesquisa
constitui-se como um estudo descritivo e qualitativo cuja finalidade é a compreensão do
fenômeno a ser investigado. Foi realizada uma revisão sistémica de literatura,
identificando artigos científicos que descrevam as intervenções de prevenção primária, a
conduta das Políticas de Saúde Mental e da equipe que atua nessa área, bem como o
suporte técnico fornecido. Resultados: Nota-se que assistência à saúde mental de
qualidade é um problema recorrente. O transtorno mental é visto com indiferença,
considerado em sua maioria irrelevante. Soma-se a isso a lotação na atenção terciária e os
agravos recorrentes de doenças mentais, podendo a depressão ser a maior causa de
incapacidades, quando, em contra partida, a maioria destes transtornos tem tratamentos
eficazes. Conclusão: Diante do exposto, observa-se a importância da veiculação de
informações associado a uma discussão construtiva que vise apontar os pontos positivos e
negativos da atuação da equipe de assistência em saúde mental, para que possamos
refletir de forma crítica sobre um serviço que a população tem como direito.
Palavras-chave: Saúde Mental, Atenção primária, Saúde Pública.

RESUMO 119_____________________________________________

A QUALIDADE DO SONO ENTRE ESTUDANTES DE MEDICINA

BEATRIZ LINS PEREIRA, LAYS BEZERRA MADEIRO, LAÉRCIO POL FACHIN.

Introdução: O ritmo circadiano é controlado pelo núcleo supraquiasmático e é alterado por


fatores externos, como: luminosidade, horários de afazeres diários e uso de drogas
sedativas ou estimulantes. Nesse sentido, a exaustiva carga horária dos estudantes de
Medicina, juntamente com atividades extracurriculares, afeta a qualidade do sono desses
acadêmicos e, consequentemente, gera irritabilidade, ansiedade, falta de concentração e
angústia. Objetivo: Analisar a qualidade do sono dos estudantes de Medicina e, por

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conseguinte, suas repercussões no âmbito acadêmico e psicossocial. Métodos: Realizou-se


uma revisão bibliográfica, com busca de dados nas bases Scielo, Medline,
Pubmed. Resultados: Observou-se que, nos estudantes de Medicina, prevalece uma
qualidade de sono ruim e taxa abaixo da normalidade de horas de sono. Mesmo tendo em
vista a variação individual da necessidade de sono, essa parcela da população
possui aumento do tempo de latência, fragmentação do sono e sonolência diurna
excessiva. Nessa perspectiva, a privação do sono a que esses discentes se submetem leva à
queda da produtividade, déficit cognitivo, desmotivação, e baixa qualidade de vida. A
saúde mental desses alunos, nesse contexto, está completamente fragilizada e propícia a
desenvolver patologias psíquicas como depressão, síndromes do sono e insônia. Além do
descrito, o estudante de Medicina está mais propenso que a maioria da população a utilizar 77
e depender de drogas para equilibrar esse déficit no sono. Conclusão: Faz-se necessário
medidas de prevenção à saúde mental, bem como de melhoria da qualidade do sono,
reavaliar a exaustiva grade curricular da Medicina e buscar melhor qualidade de vida
desses acadêmicos.
Palavras-chave: Qualidade do sono, Estudantes de medicina, Sono.

RESUMO 120_____________________________________________

PRÁTICAS DE SAÚDE MENTAL DESENVOLVIDAS PELO NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE


DA FAMÍLIA

CONCEIÇÃO DE MARIA CASTRO DE ARAGÃO, TATIANA MEDEIROS SOUSA,


ANA CAMILA DE SOUSA OLIVEIRA.

Introdução: A Estratégia de Saúde da Família (ESF) é um cenário favorável para promover


saúde mental; primeiro contato da população com o sistema de saúde, havendo integração
entre usuários, profissionais, família e redes de suporte para o bem-estar biopsicossocial.
Para apoiar a implantação da ESF e aumentar a resolutividade das ações da Atenção Básica
(AB), o Ministério da Saúde criou os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF). Equipes
multiprofissionais que trabalham de acordo com as diretrizes da AB, um trabalho
continuado e integral; realizando ações como: agenda compartilhada, projeto terapêutico
singular, promoção de saúde mental, atendimento individual, visita domiciliar, grupos,
etc. Objetivos: analisar as atividades de promoção de saúde mental realizadas pelos
profissionais do NASF em Domingos Mourão – PI e verificar a participação desses nas ações.
Métodos: Trata-se de um estudo descritivo sobre as experiências do NASF em ações de
saúde mental. Realizou-se coleta de dados com base na análise documental; foram
analisadas as produções mensais de fevereiro a dezembro de 2017. Resultados: A realidade
demonstra pouca aproximação dos profissionais com ações de saúde mental na AB; as
ações restringiam-se à cura de doenças, atendimentos individuais, visitas domiciliares e
ações pontuais no CRAS e nas Escolas. Conclusão: Poucas ações de promoção de saúde
mental foram realizadas em 2017; para aumentar o escopo dessas ações realizou-se
reuniões e construção de cronogramas para que em 2018 haja maior adesão dos
profissionais às ações de saúde mental na AB, uma vez que tais ações são relevantes para o
empoderamento dos sujeitos.
Palavras-chave: Saúde Mental, NASF, Atenção Básica.

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RESUMO 121_____________________________________________

BENEFÍCIOS DE ATIVIDADES INTEGRATIVAS COM CRIANÇAS PORTADORAS DE


TDAH: RELATO DE EXPERIÊNCIA EM CAPSi

RENATA CRISTINA CAETANO BARBOSA, GIULIA ÁVILA CAVALCANTE, KLAYNE CRISTIANE MARTINS,
SOPHIA BRANDÃO GONÇALVES, TAYZA OLIVEIRA RIBEIRO PEIXOTO, VIVIANNE DE LIMA BIANA ASSIS.

Introdução: O TDAH é caracterizado clinicamente por desatenção, hiperatividade e


impulsividade  sintomas presentes desde a idade pré-escolar. Desse modo, o diagnóstico
precoce favorece a ágil aplicação e consequente eficiência da psicoterapia antes da 78
inicialização da terapia farmacológica. Objetivo: Apresentar as vantagens e impactos
causados pelo tratamento não farmacológico dos portadores de TDAH participantes das
atividades realizadas no CAPSi de Maceió. Métodos: Trata-se de um relato de experiência
de uma vivência prática dos discentes do curso de medicina ao CAPSi de Maceió em abril
de 2018. Foram coletadas informações a respeito do funcionamento da instituição,
avaliação de estrutura física, dinâmica assistencial e a impressão de usuários e familiares
relacionada às atividades de auxílio biopsicossocial. Resultados: A aproximação com o
cotidiano do CAPSi evidenciou o quão importante é o incentivo à integração social entre
crianças portadoras de TDAH junto da mediação multiprofissional para o desenvolvimento
de um indivíduo mais funcional, capaz de estabelecer uma boa relação com a família e
com outros componentes de sua vida diária. Conclusão: Essa experiência confirmou a
importância do estímulo constante à integração social de crianças com TDAH, tanto em
âmbito familiar quanto no CAPS, permitindo o desenvolvimento de uma maior
funcionalidade e consequentemente formando um indivíduo mais independente, capaz de
se inserir em atividades sociais cotidianas e formar laços. As reuniões em grupos, oficinas e
o próprio convívio mediado por profissionais entre essas crianças atuam como formas de
exercitar situações cotidianas e a melhor forma de lidar com elas, compreendendo um
processo educativo e gradual.
Palavras-chave: Transtorno do Deficit de Atenção com Hiperatividade, Serviços de Saúde
Mental, Socialização.

RESUMO 122_____________________________________________

SAÚDE MENTAL EM UNIVERSITÁRIOS COM PRIVAÇÃO DO SONO

JÚLIA SILVA FERREIRA, KARLA SILVA BESERRA, FELIPE MANOEL DE OLIVEIRA SANTOS,
DENNIS CAVALCANTI RIBEIRO FILHO, MARINÍLIA CRISTINA BARBOSA FERNANDES,
MARIA HELENA ROSA DA SILVA.

Introdução: Remoção parcial ou supressão do sono em um organismo é conhecida como


privação de sono. Para muitos, a transição entre ensino médio e universidade é a conquista
da independência, mas, também um período crítico de adaptação ao novo ambiente e
demandas. A saúde mental está intimamente associada com a qualidade e quantidade de
sono, cujas alterações acarretam em prejuízo da clareza, o que representa um fator para o
comprometimento do desempenho físico e psíquico. Esse conjunto compromete a saúde e
a qualidade de vida do sujeito. Objetivo: Estimular iniciativas institucionais que auxiliem
os alunos a refletir o prejuízo da privação do sono em sua vida acadêmica e pessoal,

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atentando-os ao esgotamento acadêmico. Métodos: Pesquisa construída embasada em


plataformas, como PubMed e SciELO. As informações foram coletadas de 20 artigos
científicos, entre os anos de 2007 a 2015. Resultados: A supressão do sono provoca
diversos déficits no desempenho físico e cognitivo. Tarefas complexas sofrem danos, bem
como há redução do tempo de reação a estímulos, prejuízo na memória, aumento da
irritabilidade, cansaço, náuseas, dores de cabeça, entre outros. Além disso, há uma
diminuição significativa no rendimento individual. Conclusão: A privação de sono em
discentes representa uma realidade disseminada, devido também à má condução do tempo
– rotineiramente negligencia-se o lazer, contribuinte de uma saúde mental efetiva. Diante
do fato desse evidente prejuízo, há a necessidade da implantação, na vida acadêmica, de
uma política de atenção à saúde mental que destaque esses malefícios e que promova 79
melhorias na qualidade de vida.
Palavras-chave: Saúde mental, Sono, Estudantes.

RESUMO 123_____________________________________________

AUTO-ENUCLEAÇÃO E DISTÚRBIO DO SONO: RELATO DE CASO

JÚLIO CÉSAR MARQUES GOUVEIA DE MELO, HEULLYS FERNANDO DA SILVA,


JOSÉ IGOR DA SILVA BATISTA, VINÍCIUS BATISTA VIEIRA.

Introdução: A automutilação é um evento psiquiátrico raro, com sequelas persistentes na


vida do indivíduo. A revisão mostra o perfil do quadro de auto-enucleação e alterações no
ritmo circadiano. Objetivos: Compreender o tema da auto-enucleação e suas
consequências. Método: Revisão de literatura e relato de caso de um usuário acompanhado
no CAPS III de Caruaru-PE. Resultado: R.M.S, 46 anos, homem, divorciado, desempregado,
católico. Relata que em junho/2016 escutava vozes conversando entre si, dizendo que
iriam pegá-lo, referindo que as pessoas na rua o perseguiam. Em maio/2017, acordou com
as vozes dizendo que ele precisava provar seu amor à Deus, buscando um garfo e
realizando a auto-enucleação bilateral. Foi encaminhado à Fundação Altino Ventura, sendo
realizada a evisceração cirúrgica, encaminhado ao CAPS com diagnóstico de Espectro da
Esquizofrenia e iniciado Risperidona 2mg/dia e Zolpidem 10mg/dia. Após nova consulta,
apresentou sintomas depressivos e insônia terminal, sendo substituído Zolpidem por
Agomelatina 25mg/dia, evoluindo com melhora do quadro. Discussão: Um estudo de
revisão mostrou que dos casos de automutilação grave, a automutilação ocular foi a
segunda mais comum (39,6%), perdendo para a amputação peniana. Outro estudo
constatou que a maioria dos casos de auto-enucleação relatados foram resultado de
psicoses, com metade ocorrendo no primeiro episódio psicótico. Quando uma pessoa é
privada das pistas ambientais sobre o horário do dia, seu ritmo circadiano desregula,
passando a um ciclo de não 24 horas. Um estudo com cegos demonstrou que 50% dos
pacientes apresentavam distúrbios do sono. O tratamento é realizado com agonistas dos
receptores de melatonina.
Palavras-chaves: Auto-enucleação, Automutilação, Circadiano.

RESUMO 124_____________________________________________

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PALESTRA SOBRE DEPRESSÃO E TRANSTORNO DE ANSIEDADE: RELATO DE


EXPERIÊNCIA

JANSSEN MACDOWELL CAVALCANTE DA SILVA, EFRISIA PIMENTEL DOS SANTOS, HELLEM TENÓRIO DA
SILVA, KAROLINE MARIA DE MELO FERREIRA, LETYCIA DE OLIVEIRA NASCIMENTO.

Introdução: A depressão é um transtorno mental comum, de acordo com Organização Pan-


Americana da Saúde (OPAS), em se caracteriza por uma tristeza constante e uma perca de
interesse nas atividades. A ansiedade é sentimento vago e desagradável de medo, podendo
estar interligado a depressão, devido aos seus aspectos. Objetivo: Relatar experiências de
uma palestra organizada por acadêmicos da saúde, onde aborda os assuntos relacionados a
saúde mental para esclarecer e mostrar a importância de conhecer tais assuntos. Métodos: 80
Trata-se de um relato de experiência embasado na abordagem dos palestrantes sobre
assuntos relacionados a saúde mental para explanar as questões norteadoras e para o
tratamento desses transtornos. Resultados: A palestra abordou os aspectos desses
transtornos mentais e como ocorre essa interferência no cotidiano e nas atividades diárias.
A princípio foi explanando sobre a diferenciação sobre ter depressão e o transtorno de
ansiedade, após foi feito um relato de experiência e superação de um profissional,
impactando aos ouvintes sobre a real importância desses transtornos mentais. Conclusão:
A palestra teve grande importância na desmitificação de muitos aspectos relacionados a
depressão e ansiedade, que vale salientar que é interessante a realização desses eventos
com os assuntos que estão presentes na vida dos acadêmicos. Portanto, abordar sobre
saúde mental é enriquecedor, a proporcionar maior direcionamento sobre as políticas
públicas e os serviços existentes na saúde para tratar essas doenças mentais.
Palavras-chave: Saúde mental, Transtornos, Tratamento.

RESUMO 125_____________________________________________

RELAÇÃO DOS ASPECTOS LINGUÍSTICOS NA ESQUIZOFRENIA: REVISÃO


INTEGRATIVA

BRUNA KALIELÂNIA DA SILVA, GISLAYNE PEREIRA RODRIGUES, MARIANA HELOIZA RIBEIRO CARVALHO,
MIRELA BARBOZA GOMES, IARA MARIA FERREIRA SANTOS.

Introdução: A partir dos fenômenos fonológicos, psíquicos e de saúde, a linguagem exerce


papel fundamental na comunicação humana. As ordens biológicas da relação da linguagem
podem partir do vínculo cérebro-linguagem, comportamental, ou psicodinâmica, sendo
nesta impossível dissociar o funcionamento da linguagem e do pensamento 1. O
funcionamento linguístico pode apresentar déficit tanto na forma, quanto na cognição,
deste modo interferindo no conteúdo. Assim, na esquizofrenia, as modificações dessa
linguagem ocorrem na falta de coerência, bloqueio no diálogo quando este apresenta mais
de um tema e pobreza no discurso2. Objetivo: Analisar os dados disponíveis nos artigos
científicos a respeito do desenvolvimento da linguagem pragmática em pacientes
esquizofrênicos. Métodos: Revisão integrativa, na base de dados do SCIELO, propondo a
seguinte indagação <<Como se dá o processo da linguagem pragmática em esquizofrênicos?
>>. Os critérios de inclusão foram: artigos científicos no período de 2005 a 2017; em inglês,
português ou espanhol; e de exclusão: artigos sem resumo. Resultados: A analise dos
artigos determinou os aspectos que influenciavam esse desenvolvimento linguístico e o

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modo pelo qual foi concluída a pesquisa. Conclusão: Conclui-se então como o presente
trabalho nos leva a entender o funcionamento da linguagem na esquizofrenia, no qual os
aspectos mais prejudicados foram o discurso e a pragmática.
Palavras-chave: Comunicação, esquizofrenia, linguagem.

RESUMO 126_____________________________________________

SOFRIMENTO PSÍQUICO EM DOENÇAS NEURODEGENERATIVAS

LAYANE EMÍLIA COSTA MARTINS PRUDÊNCIO, PAULO CÉSAR OLIVEIRA DE SOUZA.


81
Introdução: as doenças neurodegenerativas são resultados da degeneração progressiva
e/ou morte de neurônios, podendo afetar pessoas de todas as idades. O sofrimento
psíquico das pessoas que são afetadas pela neurodegeneração é uma dimensão a ser
considerada pela Psicologia, uma vez que a qualidade de vida dessas pessoas ficam
bastante comprometida, podendo variar de pessoa para pessoa e a depender de como a
subjetividade é percebida, frente à carga emocional vivenciada no universo da doença.
Objetivo: relatar uma experiência acadêmica de contato com os aspectos fundamentais do
sofrimento psíquico encontrado nas doenças neurodegenerativas, especificamente na
Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), realizador por meio de leituras, discussões e
orientações de um seminário na disciplina Psicopatologia: Sofrimento Psíquico, com base
em visitações com pessoas acometidas pela doença. Método: foi utilizado a História Oral e
a Entrevista Semi-estruturada que ajudaram a compor o campo da pesquisa qualitativa,
que propõe analisar os significados e sentidos das ações e relações entre pessoas ou
grupos. Resultados: a fundamentação dos conhecimentos teorético aliado com as visitas
que foram feitas aos pacientes e familiares de ELA, resultaram no Seminário: Sofrimento
Psíquico em doenças neurodegenerativas, realizado na Universidade Federal de Alagoas-
UFAL. Conclusão: os depoimentos adquiridos durante o trabalho foi de um conteúdo
riquíssimo de impressões, emoções e realidade que auxiliou a manter claro para os
estudantes de Psicologia que a subjetividade no sofrimento psíquico é o objeto próprio das
ações e intervenções dos saberes científicos que têm a ciência psicológica como agente.
Palavras Chaves: Psicologia; Subjetividade; Esclerose Lateral Amiotrófica.

RESUMO 127_____________________________________________

DEPRESSÃO E ANSIEDADE EM INDIVÍDUOS AMPUTADOS

KARLA SILVA BESERRA, LAURA SANTANA DE ALENCAR, PAULO ANDRÉ DUQUE WANDERLEY FILHO,
PEDRO VITOR NUNES E SILVA, THIAGO BRAGA BATISTA.

Introdução: Amputação é a perda total ou parcial de uma parte do corpo, resultante de


trauma ou cirurgia. Associa-se com frequência à causa vascular, assim como situações
traumáticas em pessoas em idade produtiva e por tumores. O indivíduo amputado tem seus
estados psicológico, social e motor afetados, sendo comum surgir sintomas de ansiedade e
depressão, tal qual atinge 5,8% dos brasileiros. A limitação funcional exige adaptação à
nova realidade, com variação da dependência e autonomia e fortalecimento da
importância da participação do indivíduo em atividades sociais, com vista à melhora do seu

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aspecto psicossocial. Objetivo: Avaliar a epidemiologia de patologias de caráter mental em


pacientes amputados, como ansiedade e depressão. Métodos: Realizou-se busca de artigos
nas bases de dados eletrônicos LILACS e BVS, com os descritores “amputação”, “qualidade
de vida” e “depressão”, publicados entre 2012 e 2018, selecionando-se artigos com
metodologia quantitativa. Resultados: Foram identificados dois artigos dentro dos critérios
escolhidos. No primeiro, de 31 pacientes amputados, encontraram-se 48,4% com
depressão. A ansiedade acometeu 35,4% destes, e a desesperança acometeu 29,0%. O
segundo artigo estudou 11 casos (73% sexo masculino). 36,4% consideraram sua qualidade
de vida boa, enquanto 27,3% consideraram-na ruim; 36,4% não a consideraram boa nem
ruim. Conclusão: Na análise feita, a depressão entre os amputados foi cerca de nove vezes
maior que a população geral, entretanto, a qualidade de vida foi definida como “boa”, 82
superando a definida como “ruim”. É provável que o apoio social e familiar interfira
positivamente na saúde mental e qualidade de vida dos pacientes.
Palavras-chave: Amputação, Depressão, Qualidade de vida.

RESUMO 128_____________________________________________

PERCEPÇÕES DA ENFERMAGEM SOBRE A SEXUALIDADE DE PESSOAS PORTADORAS


DE TRANSTORNOS MENTAIS

GABRIELA CALDAS PEDROSA, JOSILENE DA SILVA SANTOS, STEPHANNY HELLEN ALENCAR DE ANDRADE,
YEVENNA NIELLY DOS SANTOS, GIVÂNYA DE MELO BEZERRA.

Introdução: O conceito de sexualidade refere-se à expressão da afetividade, à capacidade


de estar e manter-se em contato consigo e com o outro, perpassando assim a edificação da
autoestima e do bem-estar pessoal. Entre os obstáculos para a promoção da saúde sexual
no campo da saúde mental encontram-se dificuldades dos profissionais para lidar com a
temática da sexualidade, por acreditarem em uma sexualidade sem controle ou por
negarem-na como real na vida dessas pessoas. Objetivo: Identificar as percepções dos
profissionais de enfermagem sobre a sexualidade de pessoas portadoras de transtornos
mentais e quais fatores interferem nisso. Métodos: Consiste uma revisão de literatura,
através de artigos científicos extraídos das bases eletrônicas LILACS, MEDLINE e BDENF.
Resultados: As maiorias dos trabalhos analisados retratam que os profissionais de
enfermagem comumente associam o desejo sexual do portador de transtorno psíquico às
manifestações decorrentes da doença psiquiátrica. Reconheceu-se o quanto preconceito,
crenças, juízos de valor e estigma de trabalhadores interferem de forma negativa na
qualidade da assistência de enfermagem prestada. O fato é que pessoas com transtornos
mentais pensam e vivem suas sexualidades, representando-as como qualquer outro sujeito
da população em geral. Conclusão: Concluímos que o preconceito ainda é a maior
dificuldade quando se fala da sexualidade de portadores de transtornos mentais. Então é
de tamanha importância que os profissionais da enfermagem tenham um olhar ampliado
para lidar também com a temática sexualidade na atuação com as pessoas em sofrimento
psíquico.
Palavras-chave: Sexualidade, Transtorno mental, Assistência da enfermagem.

RESUMO 129_____________________________________________

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O FORTALECIMENTO DA REDE PSICOSSOCIAL COMEÇA COM UM OLHAR PARA À


SAÚDE MENTAL DO TRABALHADOR

ISABELA ARAÚJO TEIXEIRA, MAÍRA MARIA DANTAS RAMALHO, PATRÍCIA GURGEL LUZ,
CAMILLE LEMOS CAVALCANTI WANDERLEY.

Introdução: Muitos autores asseguram que o trabalho pode ser um desencadeador de saúde
ou de doença, de bem-estar e satisfação, e até mesmo de desestruturação mental
e sanidade. Nesse sentido, a prática laboral pode desencadear ao indivíduo diversos
transtornos mentais. Portanto, é de fundamental importância realizar ações de promoção à
saúde mental do trabalhador. Objetivo: Fortalecer a Rede de Atenção Psicossocial com
83
foco na equipe multidisciplinar. Métodos: Trata-se de um relato de experiência de
atividades desenvolvidas por estudantes do curso de medicina no ano de 2018, na da
Unidade Docente Assistencial (UDA) do município de Maceió. Foi realizada uma roda de
conversa com os profissionais de saúde e os alunos de medicina, para avaliar o autocuidado
e a repercussão na saúde mental dos profissionais. Resultados: Através da atividade
realizada foi comprovado que tanto os profissionais de saúde quanto os alunos de medicina
apresentam um grau elevado de estresse e ansiedade. Inquestionavelmente, isso se deve a
sobrecarga de trabalho e estudo, além do abandono de atividades de lazer em detrimento
das atividades laborais. Nota-se também que a atuação do profissional de saúde mental
está permeada de notável envolvimento pessoal e interpessoal com os pacientes, o que
pode gerar desgaste emocional. Conclusão: Ações psicoeducativas devem ser realizadas,
visando potencializar o bem-estar emocional dos trabalhadores de saúde. Possibilitando,
por fim, a percepção de que além de cuidadores os profissionais de saúde também
necessitam de cuidados, podendo ser esse o primeiro ponto de fortalecimento da Rede de
Atenção Psicossocial.
Palavras-chave: Sanidade, Profissionais, Saúde.

RESUMO 130_____________________________________________

ESTRESSE DOS ESTUDANTES DE MEDICINA: CUIDAR OU SER CUIDADO?

ISABELA ARAÚJO TEIXEIRA, MAÍRA MARIA DANTAS RAMALHO, PATRÍCIA GURGEL LUZ,
CAMILLE LEMOS CAVALCANTI WANDERLEY.

Introdução: É de conhecimento acadêmico que muitos Estudantes de Medicina apresentam


algum transtorno psiquiátrico na sua formação. Elevada carga horária, contato com
pacientes, autocobrança, imposições da sociedade, colaboram com a instabilidade mental
dos discentes. Todavia, a dificuldade mora na reduzida procura por ajuda. Objetivo:
Analisar causas e efeitos da prevalência de transtornos mentais em estudantes de
Medicina. Métodos: Foram realizadas pesquisas sistematizadas em três bases de dados
eletrônicas (MEDLINE via PUBMED, SCIELO e LILACS). Os termos de busca
utilizados foram “anxiety students” e “medicine”. Utilizou-se como critério de inclusão
publicações de 2010 a 2018. Resultados: Em um estudo realizado na Faculdade de
Medicina do ABC Paulista, 30.9% dos graduandos de Medicina apresentaram traços alto de
ansiedade, e os demais ansiedade moderada. De modo geral, as cobranças, pouco tempo
para o lazer, privação de sono, colaboram com a instabilidade da saúde mental dos

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estudantes. Poucos buscam tratamento, por temerem o estigma associado à procura de


ajuda. Consequentemente, os estudantes podem apresentar sentimentos de medo,
incompetência, raiva e culpa que, eventualmente, se relacionam com o adoecimento.
Ademais, pode ocorrer prejuízo no desempenho acadêmico, redução da empatia, abuso de
substâncias e suicídio. Conclusão: A formação em médica busca preservar, recuperar e
promover a saúde de seus pacientes é, portanto, contraditório atentar contra a sua própria
saúde. Logo, acredita-se que a busca por melhorar essa questão deve ser contínua, pois as
consequências do estresse podem gerar implicações negativas tanto para a saúde e
desempenho acadêmico, como para o atendimento ao paciente.
Palavras-chave: saúde, medicina, estudantes.
84
RESUMO 131_____________________________________________

EFEITOS PSICOSSOCIAIS DA UNIVERSIDADE ABERTA À TERCEIRA IDADE: RELATO


DE EXPERIÊNCIA

CLARA BEATRIZ CARDOSO DE MELO, JULYA THEREZA DOS SANTOS PAIXÃO,


MARIA ANDREZA MARQUES DA SILVA, YHASMIN SANTOS SILVA, CYNARA MARIA DA SILVA SANTOS.

Introdução: com o avanço da idade os indivíduos vivenciam seus limites, déficit de


cognição e a sensação de não serem úteis socialmente, afetando a saúde mental que
ocasiona à tristeza, angústia e a depressão. O uso da tecnologia oferece uma melhoria na
autoestima por possibilitarem novas amizades e auxiliarem na melhora da saúde mental no
âmbito do envelhecimento por construírem laços sociais. Objetivo: relatar a participação
nas temáticas desenvolvidas em um Projeto de Extensão sobre os efeitos psicossociais da
Universidade aberta à terceira idade. Métodos: trata-se de um relato de experiência de
acadêmicos de uma IES pública na capital Maceió. Partindo de uma observação-
participante, foram utilizadas temáticas práticas mostrando recursos de como utilizarem
as tecnologias móveis, preparando para o momento em que os alunos reproduzam o que foi
passado. A facilitadora trabalha com um método de feedback para que sejam avaliadas as
capacidades mentais e cognitivas. Resultados: as oficinas desenvolvidas permitem extrair
as potencialidades dos idosos para que estes enxerguem que os limites podem ser
quebrados, que são úteis e que possam se sentirem incluídos no meio social, ocasionando
numa melhor qualidade de vida e restaurando a saúde mental através da afetividade.
Conclusão: as aulas práticas ministradas despertaram o interesse na compreensão do
mundo tecnológico, favoreceram o fortalecimento de vínculos sociais e o processo
regenerativo das emoções, demonstraram que as dificuldades e os limites impostos são
interrompidos e que houve uma mudança de vida após o conhecimento da internet, do
acesso as redes sociais e dos recursos oferecidos pela tecnologia.
Palavras-chave: efeitos psicossociais, idosos, tecnologia.

RESUMO 132_____________________________________________

MANEJO DO TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR COM TUMOR CEREBRAL

ANA REGINA DE BULHÕES ROCHA, JÚLIO CÉSAR MARQUES GOUVEIA DE MELO,


SILVANA CARDOSO GALDINO DE LIMA, VINÍCIUS BATISTA VIEIRA.

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Introdução: Os tumores cerebrais podem abrir o quadro clínico com diversos quadros
psiquiátricos, sendo importante a investigação clínica em casos atípicos e o devido manejo
terapêutico. Objetivo: Relatar o caso e o manejo clínico de paciente com transtorno
afetivo bipolar (TAB) e tumor cerebral. Método: Relato de caso de uma usuária
acompanhada no CAPS III de Caruaru-PE e revisão de literatura sobre tumores cerebrais em
indivíduos com TAB. Resultados: M.S.B., 40 anos, natural e procedente de Caruaru, com
diagnóstico de TAB, trazida por familiares ao CAPS III com quadro de agitação psicomotora
e agressividade há um mês, após suspensão do Haloperidol. Ao exame apresentava-se
irônica e reivindicativa, com excesso de maquiagem, taquipsíquica, com fuga de ideias,
logorreica e hipertímica. Em 2014, foi diagnosticada com microadenoma hipofisário após
exame de imagem, administrando dose semanal de Cabergolina 0,5mg. Obteve melhora 85
clínica com Carbonato de Lítio 900mg/dia e redução da prolactina com a Cabergolina.
Conclusão: Os sintomas psiquiátricos podem ser a única manifestação dos tumores
cerebrais. Os tumores hipofisário representam 10% dos tumores intracranianos e são
sintomáticos em 0,05%, geralmente apresentando depressão, mania, psicose e ansiedade.
O tratamento farmacológico segue os mesmos princípios dos pacientes sem tumores
cerebrais, porém, estes podem ter mais suscetibilidade a delirium e convulsão. A
Cabergolina tem sido usada no tratamento da hiperprolactinemia, mas é relacionada com
sintomas psiquiátricos, como oscilação do humor, ansiedade e insônia. Quanto aos
psicofármacos, a maioria dos antipsicóticos pode elevar a prolactina, dando-se preferência
aos de atípicos. O Lítio pode causar delirium e convulsão, sendo preferível Valproato e
Carbamazepina.
Palavras-chaves: Microadenoma, Bipolar, Manejo.

RESUMO 133_____________________________________________

O PAPEL DO PSICÓLOGO PELA ÓPTICA DE PROFISSIONAIS DA REDE PÚBLICA DE


EDUCAÇÃO DE ARAPIRACA

MARIA JULIA DA SILVA NETA, HANDRYELLY KÉRCYA DE PAULA LIMA SILVA,


JAQUELINE CESÁRIO TENORIO GOMES, RODRIGUES TENÓRIO CAVALCANTE FILHO,
GABRIELLE FLORENCE DOS SANTOS ALMEIDA, CAMILA SOUZA CHAGAS DA ROCHA.

Introdução: Enquanto agentes de influência direta na vida de estudantes, professores e


coordenadores de quatro escolas públicas de Arapiraca foram entrevistados sobre o papel
do psicólogo escolar/educacional na escola e suas contribuições. Objetivo: Conhecer,
analisar e pontuar causas e consequências de como esses profissionais educadores pensam,
traçando os fatores históricos contribuintes para tais formas de pensar e as questões
sociais que interferem diretamente no modo como o psicólogo é visto, questões essas que
podem ser causadoras de danos na saúde mental dos alunos, prejudicando sua qualidade
de vida. Métodos: A entrevista foi usada enquanto ferramenta de coleta de dados, sendo
direcionada a professores ou coordenadores das escolas, contendo cinco perguntas: 1) Qual
o papel do Psicólogo na Escola?, 2) Como ele pode colaborar com as atividades educativas?,
3) Quais os principais problemas que acometem os alunos?, 4) Existem dificuldades quanto
ao ensino-aprendizagem? e 5) Como a escola lida com essas dificuldades? Resultados:
Todos os profissionais assumiram que a escola precisa de um psicólogo com urgência; todos
afirmaram que o papel do psicólogo é aconselhar a fim de corrigir e padronizar os alunos.

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Foi constatada ainda negligência pela falta de práticas de promoção a saúde mental e pela
necessidade histórica de culpar os alunos ou seus familiares pelos problemas. Conclusão:
Há urgência em demarcar o papel do psicólogo para erradicar equívocos, e em evidenciar o
papel fundamental da escola na saúde mental dos indivíduos, atenuar suas
responsabilidades e promover estratégias de intervenção que aumentem a qualidade de
vida dos estudantes.
Palavras-chave: Psicologia, Escola, Saúde Mental.

RESUMO 134_____________________________________________
86
PROMOÇÃO À SAÚDE MENTAL DO DOCENTE DE ENSINO FUNDAMENTAL

MARIA CLEIDE VICENTE DA SILVA, EGNALDO MANOEL DA SILVA,


GABRIELLA ANACLETO TORRES LOPES, LUIZ WILSON MACHADO DA COSTA SILVA E NETO.

Introdução: A profissão docente envolve diversas responsabilidades e rotinas estressantes,


variáveis as quais interferem na saúde desses profissionais, consequentemente, no
processo de ensino e aprendizagem. A promoção à saúde mental do docente de ensino
fundamental perpassa por dificuldades cotidiana e alerta sobre a importância de investir
em ações voltadas ao cuidado da saúde psíquica, uma vez que, a saúde mental deve ser
uma parte integrante e essencial da saúde do docente. Objetivo: Apresentar a importância
de promover a saúde mental do docente inserido no ensino fundamental. Métodos: O
trabalho tem como caráter discursivo, tendo como base uma revisão bibliográfica
exploratória. O processo de busca se deu a partir de produção científica disponível em
livros, nas bases de dados: Scielo e Pepsic. Resultados: No que se refere às variáveis que
instituem a importância de promover a saúde mental de docentes atuantes no ensino
fundamental, foi possível constatar a importância de investir em políticas públicas voltadas
para promoção à saúde psíquica desses especialistas, uma vez que o ambiente de trabalho
o qual está inserido tem influenciado diretamente a sua saúde. Conclusão: Nesse
contexto, conclui-se que o aparecimento de doenças relacionadas ao trabalho é cada vez
maior, acometendo tanto a saúde física quanto mental do profissional docente. Dessa
forma, é de suma importância a formulação de políticas baseadas em informações
atualizadas e íntegras com respeito às dificuldades enfrentadas por tal cargo. Levantando
dessa forma, os possíveis problemas e falhas, bem como os meios eficazes na promoção à
saúde mental desses profissionais.
Palavras-chave: Saúde Mental, Docente, Ensino Fundamental.

RESUMO 135_____________________________________________

A ATIVIDADE FÍSICA COMO MEDIDA TERAPÊUTICA PARA OS TRANTORNOS


MENTAIS

VINÍCIUS JANUÁRIO LIRA PEREIRA, SÔNIA WANDERLEY SILVA PERSIANO,


PAULA CARVALHO LISBOA JATOBÁ, RAPHAEL ALFREDO MENEZES TENÓRIO,
MARIA INÊS COSTA MACHADO GOMES, LETÍCIA WANDERLEY DE AMORIM.

Introdução: A atividade física é um comportamento complexo e multidimensional utilizado


como modalidade terapêutica no contexto de vida das pessoas com transtorno mental. A
eficácia terapêutica da prática do exercício físico por essas pessoas, traz importantes
benefícios, individuais e coletivos, à promoção da saúde, refletindo na mudança do estilo

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de vida, redução da ansiedade e estratégia para favorecer a reinserção social,


repercutindo no aumento dos níveis de qualidade de vida do paciente. Objetivo: Esse
trabalho possui como objetivo, realizar uma revisão dos artigos científicos mais relevantes
sobre a temática, já que é de grande importância para a terapêutica dos pacientes que
sofrem de transtornos mentais. Métodos: Foi realizado uma busca nas plataformas do
SCIELO E PUBMED, utilizando como descritores: Saúde Mental e exercício físico, foram
encontrados 33 artigos, sendo utilizados 8 de maior pertinência. Resultados: A prática
regular do exercício físico possui benefícios para a população que sofre dos transtornos do
humor, com destaque aos efeitos dos exercícios aeróbicos sobre os sintomas de depressão,
amenizando a sensação de isolamento, tornando a pessoa mais envolvida e cooperativa nas
atividades em que participa. Conclusão: Verifica-se que o exercício físico sistematizado 87
pode acarretar diversos benefícios tanto na esfera física quanto mental do ser humano,
proporcionando uma melhor qualidade de vida. Devido a isso, o incentivo a prática de
atividades físicas deve ser incorporado ao cotidiano assistencial dos profissionais de saúde,
por intermédio de uma abordagem motivacional como estratégia para a compreensão da
importância do exercício físico em portadores de transtornos mentais.
Palavras-chave: Saúde Mental, Exercício, Transtornos Mentais.

RESUMO 136_____________________________________________

MORBIDADE HOSPITALAR POR TRANSTORNOS MENTAIS E COMPORTAMENTAIS


DEVIDO AO USO DO ÁLCOOL EM ALAGOAS.

RAIANE JORDAN DA SILVA ARAÚJO, JANAÍNA PAULA CALHEIROS PEREIRA SOBRAL,


MARCELA ARAÚJO GALDINO CALDAS, ROBERTA VIRTUOSO DE SOUSA,
JAQUELINE MARIA DA SILVA, YASMIN VIRTUOSO DE SOUSA.

Introdução: Os Transtornos Mentais Comportamentais – TMC devido ao uso do álcool são


responsáveis por hospitalizações psiquiátricas em todo território brasileiro, inclusive em
Alagoas- AL. Objetivo: Analisar os dados sobre a morbidade hospitalar em Alagoas por TMC
devido ao uso do álcool. Métodos: Trata-se de uma pesquisa transversal, com dados
secundários extraídos do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde
(DATA/SUS) no Sistema de Informações Hospitalares (SIH), sendo utilizado como critério de
busca os dados referente a morbidade hospitalar por TMC especificamente os decorrentes
do uso do álcool no período de 2008 a 2017 em Alagoas. Resultados: No período analisado
ocorreram 6595 internações hospitalares psiquiátricas devido ao uso do álcool
correspondendo a 13% de todas as hospitalizações por TMC em AL, dessas 92% foram
internações de homens, e mais de 98% em caráter de atendimento de urgência, sendo
prevalente a faixa etária entre 40 a 49 anos e regime de internação pública,
correspondendo ao custo de mais de 10 milhões de reais nos últimos 10 anos. Conclusão:
Os danos à saúde mental decorrente do uso do álcool foi explicita nos últimos 10 anos em
Alagoas, sendo responsáveis por uma quantidade considerável de internações hospitalares
e consequentemente impactando nos gastos públicos. Tornando-se evidente a necessidade
de investimentos em ações de saúde pública voltadas a questão do uso no álcool
principalmente em homens na idade adulta.
Palavras-chave: Transtornos Relacionados ao Uso de Substâncias, Hospitalização, Saúde
Mental.

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RESUMO 137_____________________________________________

GESTANTES USUÁRIAS DE DROGAS E SUAS COMPLICAÇÕES

JANDSON DE OLIVEIRA SOARES, JAIR KLEYSON SOUZA LEITE, BEATRIZ SANTANA DE LIMA SOUZA,
ESVALDO DOS SANTOS SILVA.

Introdução: Os efeitos do crack são imediatos, as substâncias agem por 10 minutos


gerando uma diversidade de reações como: agitação, prazer, euforia e irritação. Isso é
suficiente para aparecer o vicio, agindo de forma sistemática (DO NASCIMENTO, 2013). Nas
gestantes, esse problema ganha ainda mais importância, pois a exposição dessas pacientes 88
às drogas pode levar ao comprometimento irreversível da integridade do binômio- mãe-
feto (FERREIRA, 2016). Foi feita a seguinte questão: Quais são as complicações congênitas
que ocorrem na gestação com uso drogas? O uso abusivo de álcool e drogas é considerado
um problema de saúde pública, e o mais lastimável é que durante os últimos anos houve
um aumento progressivo do número de gestantes em uso de álcool e drogas (LOPES, 2010).
Objetivo: Descrever as complicações congênitas ocorridas devido ao uso de crack e outras
drogas no período gravídico. Metodologia: Estudo descritivo do tipo revisão literária na
base de dados SciELO e Medline com os seguintes descritores: efeitos; ilícitas; usuárias,
utilizando o operador DeCS. Buscaram-se artigos em português publicados integralmente
no período de 2010 a 2016. Foram incluídos 20 artigos que tinham relevância com o tema.
Resultados: Por atravessar a barreira placentária sem sofrer metabolização, age
diretamente na vascularização fetal e provocando vasoconstrição. Assim, insuficiência
uteroplacentária, hipoxemia e acidose fetal desencadeiam abortos espontâneos,
prematuridade, diminuição no crescimento do feto (LOPES, 2011). Conclusão: Devido o uso
de drogas principalmente na gestação, mais especificamente no primeiro trimestre leva-se
a um dano que por sua vez pode ser até irreversível, levando a morte.
Palavras-chave: Efeitos, Ilícitas, Usuárias.

RESUMO 138_____________________________________________

ADESÃO AO PRÉ-NATAL DE GESTANTES DEPENDENTES DE DROGAS ILÍCITAS


JOÃO PAULO TENÓRIO VAZ, MARIANA CAVALCANTI NOVAES FERRAZ, MIRELY ARCANJO GOMES,
BEATRIZ DE ALMEIDA PINTO, ANA CAROLINA GAMA CARVALHO, MARIA ALCINA TERTO LINS.

Introdução: O consumo de drogas ilícitas durante a gestação é um grave problema de


saúde pública que necessita de estudos epidemiológicos, entretanto a baixa adesão das
usuárias dessas drogas ao pré-natal tem impossibilitado a realização dessas pesquisas.
Objetivo: Evidenciar as razões da dificuldade de adesão de grávidas dependentes de
drogas ilícitas ao pré-natal e as propostas de intervenção nesses casos. Métodos: Revisão
sistemática sobre a dificuldade de adesão das dependentes de drogas ilícitas ao pré-natal,
considerando a metodologia e os resultados alcançados nos estudos. Textos publicados nas
bases de dados Scielo e LILACS. Resultados: As baixas taxas de adesão ao pré-natal das
gestantes dependentes de drogas estão relacionadas à dificuldade de acesso aos serviços
de saúde, a preocupação com o estigma social, e principalmente, à perda da custódia dos
filhos. Entretanto, é válido ressaltar que os estudos também demonstraram que as
mulheres que aderiram ao pré-natal diminuíram o uso de drogas ilícitas. Conclusão: Os

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estudos consideram que há necessidade de ampliar a oferta de atendimento pré-natal para


a população, associada à criação de legislações que garantam a guarda dos filhos às
mulheres que estão fazendo o pré-natal e buscam superar a dependência química. Assim,
haverá uma redução do número de usuárias de drogas ilícitas durante e após a gestação,
reduzindo os danos à saúde das gestantes, dos fetos e das crianças e potencializando a
qualidade da assistência materno-infantil.
Palavras-chave: Drogas ilícitas, Gestantes, Cuidado pré-natal.

RESUMO 139_____________________________________________
89
REDUÇÃO DOS DANOS ASSOCIADOS À DEPENDÊNCIA AO ÁLCOOL ATRAVÉS DA
PROMOÇÃO EM SAÚDE

KALYNNE CIBELLY LINS SILVA, SYUMAURA APOLIANE, CONCEIÇÃO DE ARAÚJO, KETLENN FRANCIELLEN
OLIVEIRA DE LIMA, JOYCE ROBERTA MATIAS, MARIA DA PIEDADE GOMES DE SOUZA MACIEL.

Introdução: O relato foi desenvolvido através da vivência acadêmica no curso de


enfermagem da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas-UNCISAL na
disciplina de Bases de Intervenção na Atenção a Saúde I, no dia 31 de maio de 2017. A
promoção em saúde foi desenvolvida através de ação educativa sobre o alcoolismo e suas
consequências com um grupo de pacientes em tratamento de dependência química.
Partindo do pressuposto que a promoção a saúde consiste em ações voltadas em evitar
danos e incentiva condutas adequadas à melhoria da qualidade de vida (BRASIL, 2005).
Objetivo: Reduzir os danos associados ao uso abusivo do álcool. Métodos: Foi realizada
uma roda de conversa, que se iniciou com uma música, levando-os a refletir sobre suas
vidas, relatar experiências e de que forma o álcool tem interferido em suas relações
familiares, sociais e em sua saúde. Finalizou-se, mostrando-lhes como o alcoolismo pode
agir patologicamente e um momento de confraternização com todos integrantes.
Resultados: Constatou-se na ação, grande participação dos usuários na escolha das metas
do tratamento, aumentando a motivação e engajamento no processo. Visto que, as
estratégias de cuidados não são impostas, mas discutidas com o usuário, objetivando
interromper o uso do álcool, e valorizar outras dimensões, como familiares, clínicas,
psíquicas e profissionais (CRUZ, 2017). Conclusão: As lições apreendidas ressalvam a
importância de recolocar os usuários no lugar de cidadãos, com direito a vida e a saúde,
incentivando-os a práticas de cuidados pessoais para que possam ter uma vida social
independente da abstinência do álcool.
Palavras-chave: Redução de danos, alcoolismo, educação em saúde.

RESUMO 140_____________________________________________

LIVRO DA VIDA: O TRABALHO COM NARRATIVAS DE JOVENS EM UMA


COMUNIDADE TERAPÊUTICA

KENEDY ÂNDERSON DA SILVA, EDJA DE OLIVEIRA MIRANDA,


HUMBERTO LUIZ DOS SANTOS SARMENTO FILHO.

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Introdução: O presente trabalho consiste em um relato de experiência que parte da


construção de narrativas de vida, do compartilhamento de histórias e experiências entre
jovens em uma comunidade terapêutica de um município do interior de Alagoas. Segundo
de Weyler, Vale e Martins (2010) o narrar histórias permite ao sujeito reviver memórias e
dar um novo significado a aspectos que já foram vividos. Objetivo: Criar um espaço de
elaboração de experiência pessoal e coletiva por meio de oficinas autobiográficas com
jovens dependentes químicos em uma comunidade terapêutica. Métodos: As oficinas
autobiográficas foram desenvolvidas por dois acadêmicos do curso de Psicologia e um
Psicólogo supervisor que acompanhou as atividades. Dividindo-se em quatro encontros
mensais, sendo o primeiro para a apresentação da proposta, observações da dinâmica da
comunidade e uma conversa preliminar com os coordenadores da instituição. O segundo, 90
terceiro e quarto encontros foram destinados às oficinas. Foram realizadas dinâmicas e
rodas de conversas com partilhas de histórias de vida. Por ultimo foi aplicado um
questionário, como forma de avaliar a eficácia da intervenção. Resultados: Observou-se
através do questionário de avaliação, que as oficinas autobiográficas, proporcionaram:
uma ampliação do autoconhecimento e a construção/apropriação de história pessoal;
favoreceu a integração entre o grupo e possibilitou momentos para a fala e a escuta.
Conclusão: As oficinas autobiográficas tornam-se dispositivos fundamentais para os jovens
que buscam nomear suas experiências, dar voz ao seu próprio mundo e se afirmar como
agentes sociais ativos, re(construindo) e res(significando) o vivido.
Palavras-chave: Narrativas, Comunidade Terapêutica, Dependência Química.

RESUMO 141_____________________________________________

ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NA REDUÇÃO DE DANOS À PESSOA EM USO DE


ÁLCOOL E DROGAS

KARLEANE PRISCILA POSSIDONIO DA PAIXÃO, KEYLA DE ALBUQUERQUE CARVALHO, MARIA DAYANE


CONCEIÇÃO DA SILVA, VERÔNICA BARBOSA DE ANDRADE, WEDJA MARIA DA SILVA,
CAMILA DA PAZ SANTOS.

Introdução: O uso abusivo de substância química como álcool e outras drogas apresenta-se
como um grave problema de saúde pública, aumentando o risco de morbimortalidade e
reduzindo o tempo de vida dos usuários (KESSLER; PECHANSKY, 2008). O grande consumo
deste fenômeno traz prejuízo e dano mental, físico, social, deixando o indivíduo vulnerável
e exposto a acidentes, violências, práticas sexuais desprotegidas, afastamento familiar,
propagação de infecção sexualmente transmissível e ruptura social (VILLAR et al., 2005).
Objetivo: Identificar as ações realizadas pela enfermagem na Redução de Danos (RD) à
pessoa que faz uso de álcool e drogas. Métodos: Trata-se de um estudo de revisão
integrativa de literatura nas bases de dados: SCIELO/BVS, artigos em português, 2012-
2017, totalizando 10. Resultados: Nos serviços de atenção psicossocial a enfermagem vem
ocupando seu espaço através de suas ações no cotidiano voltadas para RD, tais como o
desenvolvimento de grupos sobre educação em saúde e outras técnicas, como: conversa,
escuta e consulta de enfermagem. Neste contexto, durante as práticas da enfermagem é
importante que estes profissionais fiquem atentos para a detecção precoce do uso
maléfico de substância química para, então, minimizar os possíveis danos causados, as
quais devem ser realizadas em qualquer meio de cuidado em saúde (CARVALHO, 2010).

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Conclusão: Diante disso, se percebe a importância da atuação da enfermagem sobre a RD


aos usuários de álcool e drogas, atuando na prevenção de possíveis complicações à saúde
dessas pessoas. Ressalta-se que as práticas de RD devem ser enfatizadas em todos os níveis
de atenção à saúde.
Palavras-chave: Redução de danos, Drogas, Enfermagem.

RESUMO 142_____________________________________________

ADMINISTRAÇÃO DE FATORES DE RISCO E PROTEÇÃO: MEDIANDO CONFLITOS DE


USUÁRIOS DE UM CAPS AD 91
CLAUDIA CRISTINA ROLIM DA SILVA, ANDRÉA CARLA DE ALMEIDA BARROS,
JOSEFA ROUSIMEIRE DE SOUZA, DAYSE JULIANE SILVA VASCONCELOS.

Introdução: Estudos apontam a importância dos grupos como espaços capazes de promover
diálogo e compreensão sobre os danos ocasionados pelo uso de drogas, impulsionando-os a
repensar as ações e hábitos que levam aos prejuízos nos diferentes eixos de sua vida e das
pessoas que o cercam. Objetivo: Relatar a experiência de profissionais na facilitação no
grupo de prevenção de recaídas no CAPS AD. Métodos: Estudo de abordagem descritiva na
forma de um relato de experiência sobre a facilitação de profissionais em um grupo
terapêutico em CAPS AD. Os grupos foram realizadas em formato de roda de conversa,
propondo-se 3 encontros. Resultados: No primeiro encontro foi realizada uma reflexão
sobre o momento atual de cada usuário e os desejos a serem alcançados, sendo proposto
como atividade para casa a partilha com familiares sobre o planejamento diante da
proposta de tratamento. No segundo, realizouse explicações para o preenchimento com a
família/amigo de um quadro“Aprendendo a administrar sinais de aviso de recaída” para
favorecer autopercepção; compreensão dos sinalizadores de uma recaída; os recursos
individuais para evitar; o resgate de vínculos com os familiares. No terceiro encontro, cada
participante, a partir do quadro preenchido expôs o resultado da atividade. Após o
compartilhamento, houve a produção coletiva de um mural. E a partir da escuta da música
de Gonzaguinha “O que é, o que é? Foi promovido reflexões. Conclusão: O grupo permitiu
o incentivo e a valorização do convívio familiar, o amadurecimento de decisões e
crescimento pessoal, respeitando o espaço de convivência entre os pares.
Palavras-chave: Saúde mental, Transtornos relacionados ao uso de substâncias, Terapia de
grupo.

RESUMO 143_____________________________________________

O COMPARTILHAMENTO DE VIVÊNCIAS COMO ESTRATÉGIA EDUCATIVA NA


REDUÇÃO DE DANOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

YHASMIN SANTOS SILVA, CLARA BEATRIZ CARDOSO DE MELO, JULYA THEREZA DOS SANTOS PAIXÃO,
MARIA ANDREZA MARQUES DA SILVA, NATÁLIA DOS SANTOS REZENDE,
GEÓRGIA MARIA RICARDO FÉLIX DOS SANTOS .

Introdução: a redução de danos busca atenuar os impactos do consumo de álcool e drogas


tanto na saúde do indivíduo como no meio em que ele se insere. Desse modo, é de

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fundamental importância propagar tais práticas a fim melhorar a qualidade de vida dos
usuários, facilitando também o processo de reabilitação. Objetivo: relatar a participação
em uma atividade educativa norteada pelo compartilhamento de vivências, com propósito
de introduzir o conceito de redução de danos a um grupo de seis dependentes em
reabilitação no CAPS-AD. A ação foi realizada no Hospital Escola Portugal Ramalho no
primeiro semestre de 2017, durante a disciplina Bases para Intervenção na Atenção à
Saúde I. Métodos: trata-se de um relato de experiência, baseado em uma ação educativa
organizada por meio de uma roda de conversa a fim de criar um ambiente acolhedor,
promovendo uma esfera de igualdade entre os participantes. Para conduzir o momento,
utilizou-se de uma dinâmica voltada para o compartilhamento de vivências, a qual
permitiu que os participantes relatassem experiências pessoais ou familiares acerca do 92
alcoolismo e do conceito de redução de danos. Resultados: constatou-se uma maior
facilidade em expor o conceito de redução de danos ao público alvo. O compartilhamento
de experiências aproximou os participantes, permitindo que a mensagem fosse passada de
maneira natural e clara. Conclusão: a utilização de metodologias ativas, bem como o
acolhimento, aceitação e a criação de vínculos rompem estigmas de superioridade
facilitando o diálogo contribuindo, assim, para a efetividade da ação.
Palavras-chave: Redução de danos. Educação em saúde. Reabilitação.

RESUMO 144_____________________________________________

ESTRATÉGIAS PREVENTIVAS AO USO DE DROGAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE

Introdução: A dependência química é um problema de saúde publica, atingindo pessoas de


distintas classes sociais, gênero e idade. Sendo de suma importância o trabalho de
promoção em saúde. Assim, como as ações preventivas na Atenção Primaria a Saúde (APS)
podem provocar uma diminuição no uso e dependência de drogas? Objetivo: Analisar o
impacto positivo de ações de prevenção para o uso de drogas, sendo os objetivos
específicos: Observar os benefícios promovidos por ações de prevenção na diminuição do
consumo de drogas; Analisar os modelos atuais de estratégias existentes na atenção
primária. Métodos: Trata-se de uma pesquisa bibliografia sistemática, onde buscou-se
artigos científicos nacionais em bancos de dados de saúde. Resultados: Cabe aos gestores
da APS promoverem a realização de educação permanente para os profissionais que estão à
frente da execução do cuidado primário da sociedade. Deste modo estarão capacitados
para ações efetivas de prevenção ao uso, abuso e dependência química. Por meio de
estratégias de promoção em saúde a população toma conhecimento a cerca dos malefícios
provocados pelas drogas, o que resulta na sensibilização sobre possíveis consequências,
levando assim, a uma diminuição da iniciação, como também do uso e consequentemente
da dependência. Conclusão: Considerando a resolubilidade da APS, são imprescindíveis
ações voltadas à promoção e prevenção ao uso de drogas, visando uma redução das
consequências do uso abusivo de drogas, o que proporciona melhorias na qualidade de vida
da população.
Palavras-chave: Atenção Primaria à Saúde, Dependência Química. Saúde Pública.

RESUMO 145_____________________________________________

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ANAIS CASME 2018
Maceió-AL, 07 a 09 de Junho de 2018.

RODA DE CONVERSA COMO INSTRUMENTO TERAPÊUTICO NA REDUÇÃO DE


DANOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

JULYA THEREZA DOS SANTOS PAIXÃO, ANDREZA MARIA DE MELO BARROS, CLARA BEATRIZ CARDOSO
DE MELO, MARIA ANDREZA MARQUES DA SILVA, YHASMIN SANTOS SILVA,
AMANDA CAVALCANTE DE MACÊDO.

Introdução: o crescente número de usuários de substâncias psicoativas evidencia a


necessidade de potencializar estratégias que possibilitem a intervenção eficaz através da
redução de danos. Nesse sentido, as rodas de conversa têm permitido trocas de
experiências, discussões e construção de conhecimentos entre os envolvidos, no que diz
respeito à promoção à saúde. Objetivo: relatar a participação em uma roda de conversa 93
sobre redução de danos com usuários do CAPS-AD. Métodos: trata-se de um relato de
experiência de acadêmicos de Enfermagem de uma IES pública que ocorreu em uma
unidade hospitalar do município de Maceió. Partindo de uma observação-participante,
foram utilizados como recursos metodológicos a roda de conversa, músicas e dinâmicas,
que após o acolhimento, prepararam os sujeitos para o momento seguinte. A atividade foi
dirigida a pessoas que estavam em processo de reabilitação. Resultados: a atividade
desenvolvida tinha como objetivo sensibilizar usuários do CAPS-AD, sobre a importância e
práticas relacionadas à redução de danos. Através da roda de conversa, os estudantes
estabeleceram escuta qualificada e diálogo profícuo, permitindo o envolvimento e
participação do público alvo no compartilhamento de experiências. Além disso, ficou
evidenciado que por romper com o método cartesiano, a roda de conversa enquanto
instrumento terapêutico demonstrou-se eficaz para um diálogo integralizador e de alcance
educacional. Conclusão: as rodas de conversa permitem que os indivíduos expressem seus
pensamentos e simultaneamente sejam sensibilizados através da educação em saúde de
modo fluido e efetivo, possibilitando a reflexão e aproximação entre público e
interlocutor, mas sem negligenciar os objetivos da ação.
Palavras-chave: educação em saúde, redução de danos, reabilitação.

RESUMO 146_____________________________________________

ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS: USO E CONSEQUÊNCIAS

GEISSY KELLY DA CONCEIÇÃO, EDICLAUDIA INÁCIA DE ALBUQUERQUE SOUZA,


ANA CLÁUDIA SANTOS DA SILVA, TAMIRIS MARIA DA SILVA, MANALIVIA MARIA DE SOUZA.

Introdução: Vários estudos associam a inserção no âmbito acadêmico com a facilitação do


acesso às diversas drogas, destacando a vulnerabilidade deste grupo, que vem sendo
evidenciada pelo crescimento significativo do consumo de álcool e drogas após o ingresso
na vida acadêmica. Quando se enfatiza as atribuições que serão designadas aos futuros
profissionais de saúde, como a promoção de saúde e prevenção de várias morbidades,
entre elas a dependência química e demais comorbidades oriundas dessa dependência,
percebe-se que os estudantes da área de saúde necessitam de uma maior atenção, no que
se refere ao consumo de álcool e/ou outras drogas. Objetivo: Verificar a opinião dos
graduandos de enfermagem sobre o uso e as consequências do álcool e outras drogas.
Métodos: Estudo descritivo, exploratório, transversal de abordagem quantitativa.
População - graduandos do Curso de Bacharelado em Enfermagem de uma Instituição de

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Maceió-AL, 07 a 09 de Junho de 2018.

Ensino Superior particular. Resultados: Após os resultados foi verificado que as opiniões
dos estudantes entrevistados apresentaram-se negativas quanto ao abuso de álcool e
outras drogas. Conclusão: Conclui-se que os graduandos entrevistados compreendem como
sendo extremamente danoso e integralmente prejudicial o uso de álcool e/ou outras
drogas e as consequências relacionadas ao abuso dessas substâncias. Acredita-se que o
consumo abusivo de álcool e drogas por este grupo estudado está descartado. Ainda assim,
recomenda-se novos estudos que busquem avaliar os programas de prevenção e
conscientização do uso de álcool e drogas existentes no âmbito acadêmico, que venham a
contribuir com estratégias de combate ao consumo.
Palavras-chave: Enfermagem, Álcool e Drogas, Graduandos.
94
RESUMO 147_____________________________________________

A EFETIVIDADE NA APLICAÇÃO DAS NOVAS TÉCNICAS DE REDUÇÃO DE DANOS NAS


POLÍTICAS PÚBLICAS DO BRASIL

MARINA VASCONCELOS DE CARVALHO, RENATA VASCONCELOS DE CARVALHO,


JAQUELINE TEXEIRA VALENÇA, FELIPE MANOEL DE OLIVEIRA SANTOS,
DENNIS CAVALCANTI RIBEIRO FILHO, MARIA HELENA ROSA E SILVA.

Introdução: Redução de danos (RD) consiste em uma nova maneira de tratar e dar suporte
ao usuário de substâncias psicoativas, sem a necessidade da abstinência, e com o intuito
reduzir as comorbidades associadas ao uso da droga, garantindo assim o direito à
reinserção social e uma melhor qualidade de vida para estes indivíduos. Apesar de, por lei,
ser a medida de tratamento oficial brasileira, na pratica, sua efetividade apresenta falhas,
prevalecendo à política de guerra às drogas anteriormente implantada. Objetivo:
Compreender o funcionamento da estratégia de RD em território nacional, relatar suas
falhas e associar aos seus efeitos no contexto da saúde pública. Métodos: Consiste em uma
revisão crítica de literatura, de caráter analítico. O presente trabalho foi construído por
consultas em diversas plataformas como Pubmed, SciELO e MedLine. As informações foram
coletadas de artigos científicos datam 2011 a 2013, no período de março do ano de 2018.
Resultados: Através da análise, pode-se observar que as medidas de reinserção social não
conseguem sua devida aplicação nos centros de reabilitação, assim como o tratamento
desses pacientes no âmbito judicial ainda sofre forte influência de comportamentos
impositivos e intolerantes, o que culmina na marginalização social desses usuários.
Conclusão: É notória uma forte resistência na aplicação das estratégias de RD devido a
uma construção histórica, na qual tanto o governo quanto a população tratam a
problemática como uma medida de segurança e não de saúde publica, com planos de ações
baseados no proibicionismo e culpabilizaçao desse indivíduo.
Palavras-chave: Redução de Danos; Dependência Química; Saúde Mental.

RESUMO 148_____________________________________________

A IMPORTÂNCIA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS NO CONTEXTO DA REDUÇÃO DE


DANOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

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Maceió-AL, 07 a 09 de Junho de 2018.

MARIA ANDREZA MARQUES DA SILVA, CLARA BEATRIZ CARDOSO DE MELO, JOANA MYLLENA OLIVEIRA
MESSIAS, JULYA THEREZA DOS SANTOS PAIXÃO, YHASMIN SANTOS SILVA, SÓCRATES JOSÉ DA SILVA.

Introdução: a política de redução de danos (PRD) se constitui como um conjunto de ações


que visam minimizar os riscos e efeitos prejudiciais causados pelo uso abusivo de drogas.
Dessa maneira, a criação de vínculos torna-se um fator importante para o processo de
recuperação desse indivíduo, pois facilita a relação de respeito, diálogo e cuidado.
Objetivo: relatar a participação em um grupo de apoio sobre redução de danos com
usuários de um CAPS-AD. Método: trata-se um relato de experiência, realizado no primeiro
semestre do ano de 2017 com 10 indivíduos em um centro de atenção psicossocial do
município de Maceió. Partindo de uma observação participante, foi utilizado como recurso
95
a roda de conversa, sendo uma metodologia capaz de estimular o compartilhamento de
experiências entre os usuários e a equipe de saúde e consequentemente a criação de um
vínculo entre eles. Resultados: a formação de um vínculo nas relações interpessoais entre
os profissionais de saúde e o paciente promove uma maior facilidade no processo de
adesão terapêutica, uma vez que este passa a entender a importância do seu tratamento e
serve de incentivo ao autocuidado, conferindo-lhe autonomia para gerenciar suas próprias
decisões com relação à melhoria de sua qualidade de vida. Conclusão: elementos como
escuta qualificada e rodas de conversa potencializam as relações interpessoais dos
profissionais com os pacientes residentes no CAPS-AD, promovendo uma maior facilidade
na introdução de temáticas voltadas para redução de danos e com isso uma maior
efetividade da ação.
Palavras-chave: vínculo, redução de danos, escuta qualificada.

RESUMO 149_____________________________________________

REDUÇÃO DE DANOS: CONSTRUÇÃO DE UM PARADIGMA APORÉTICO

ANDERSON DURVAL PEIXOTO DE LIMA, KARLA VANESSA SANTOS DE JESUS,


NÁIRA MARIA OLIVENSE DO CARMO, FELLIPE NUNES ALVES, CÍCERO JOSÉ BARBOSA DA FONSÊCA,
LUCAS KAYZAN BARBOSA DA SILVA.

Introdução: Uma perspectiva que nasce e se desenvolve com a preocupação em


compreender a complexidade que cerca o fenômeno das substâncias psicoativas na
sociedade contemporânea, propondo um paradigma liberto de idealismos, que não tem
como meta fixa a eliminação de comportamentos, por meio de técnicas hostis e /ou
confrontativas, mas sim, a construção de atitudes e posturas responsáveis e saudáveis que
minimizem as consequências adversas do consumo de drogas, visando estimular práticas de
cuidado de si para quem está prestes a perder os vínculos afetivos. Objetivo: Propomo-nos
a apresentar uma proposição de Redução de Danos (RD) enquanto um paradigma apor
ético. Não enquanto uma apreensão objetivista do outro, não enquanto uma atitude
reducionista, não enquanto um esforço cognitivo, abstrato, asséptico, e sim, uma
concepção ontológica do humano. Métodos: Revisão bibliográfica dos autores: Fonseca
(2012) e sua perspectiva da redução de danos; Derrida (2018) e concepção de aporia e
Safra (2004) como autores que possibilitam reflexões sobre novas possibilidades de

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compreensão e atuação acerca da redução de danos, visando a saúde mental. Resultados:


Desenvolvimento de uma aporética permitindo compreensões para além do binarismo, da
oposição fla-flu contemporânea, tendo como responsabilidade não deixar o pensamento e
a atitude estacionar, gerando impedimentos e suspensões atitudinais. Paradigma que se
liberta de idealismos, como possibilidade de criar novos valores, novos modos de ser, estar
e entender a vida. Conclusão: Em suma, uma perspectiva que questiona a si própria, que
questiona o modo como lidamos com as drogas.
Palavras-chave: Redução de danos; Aporia; Cidadania

RESUMO 150_____________________________________________
96
ASSISTÊNCIA DA ENFERMAGEM FRENTE À DEPRESSÃO PÓS-PARTO NA ATENÇÃO
BÁSICA

JOSÉ WELLINGTON LIMA DE ARAÚJO.

Introdução: A Depressão pós-parto (DPP) é considerada um grave problema de saúde


pública, visto que, sua prevalência atinge de 10% a 20% das puérperas, a depender da
região e dos instrumentos utilizados para sua detecção. É um problema de saúde frequente
para as mulheres na fase puerperal, tendo seu inicio entre as primeiras quatro semanas,
podendo se estender até um ano após o parto. Objetivo: Diante disso, esse estudo,
procurou aprofundar-se sobre essa patologia, objetivando analisar os cuidados e a
assistência de enfermagem para prevenção a depressão pós-parto, às mulheres atendidas
na atenção básica. Métodos: Trata-se de uma revisão bibliográfica, na qual foram usados
10 artigos, publicado entre os anos de 2001 a 2013, retirados das seguintes bases, Google
acadêmico, Lilacs e Scielo. Resultados: A enfermagem tem papel fundamental na
assistência, pois a mesma atua como facilitadora e colaboradora no atendimento, na
prevenção, no planejamento familiar e nas intervenções, dando apoio à família e a
gestante desde a primeira consulta no Planejamento Familiar, no pré-natal através da
consulta de enfermagem e/ou de suporte antes da crise, no caso da DPP depois de
instalada. Conclusão: Os estudos analisados mencionam que a DPP tem etiologia
multifatorial, nota-se que as questões que contribuem para o desenvolvimento da doença
são primeiramente psicossociais, embora haja a presença evidente de fatores familiar, na
atenção básica, a terapêutica realizada para a DPP é basicamente a mesma utilizada na
depressão clássica, sendo feita através de antidepressivos e psicoterapias.
Palavras-chave: Depressão pós-parto, Assistência de enfermagem, Escala de Edinburgh.

RESUMO 151_____________________________________________

O AMOR DOENTIO; EXPOSIÇÃO Á VIOLÊNCIA POR PARCEIRO ÍNTIMO E A REPERCUSSÃO


NA SAÚDE MENTAL DAS VÍTIMAS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA.

SIMONE SOUZA DE FREITAS, ANA RAQUEL XAVIER RAMOS, LARISSA REGINA ALVES DE MORAES PINHO,
DÉBORA GALDINO DE OLIVEIRA, ROZANGELA CHAVES DE OLIVEIRA, MARIA LUZINEIDE BIZARRIA PINTO.

Introdução: A violência é um processo norteado a partir de diferentes causas,


gerando conseqüências imediatas ou tardias. A fragilização dessas vítimas pode

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incluir efeitos permanentes na auto-estima e auto-imagem, deixando-as com menos


possibilidade de se proteger, menos seguras do seu valor e dos seus limites
pessoais, e mais propensas a aceitar a vitimização como sendo parte de sua
condição de mulher. Neste cenário, a violência de modo geral, acontece
lentamente, em espaços privados transformando-se em uma das principais causas
de sofrimento psíquico, de adoecimento físico e mental, tais como lesões,
ansiedade, depressão e suicídio. Objetivo: Identificar a relação entre a exposição e
problemas mentais em mulheres vítimas de violência. Métodos: Trata-se de uma
revisão integrativa da literatura realizada a partir de busca on-line de estudos nas
bases de dados LLILACS e SCIELO. Foram encontrados 20 artigos publicados de 2015 97
a 2017 que abordam a temática em questão. Excluídos da análise 2 por estarem
anexados às duas bases de dados, totalizando18 trabalhos. Resultados: Os
principais fatores que provocam agressões são álcool e ciúme. O motivo das
mulheres não deixarem o parceiro no início das agressões é por dependência
financeira, filhos, medo, paixão pelo parceiro e o fato dos agressores prometerem
melhorar. Essas mulheres apresentam 78% sintomas de ansiedade e insônia; 26% em
distúrbios sociais; 40% depressão e 38% pensamento suicida. Conclusão: Observou-
se que vítimas de violência convivem com elevada carga de estresse, gerando
sofrimento psíquico, favorecendo o surgimento do adoecimento mental, nos níveis
individuais e coletivos.
Palavras-chave: Saúde Mental, Violência contra a mulher, Estresse psicológico

RESUMO 152_____________________________________________

INCIDÊNCIA DE ÓBITOS POR LESÕES AUTOPROVOCADAS VOLUNTARIAMENTE NO BRASIL


NOS ANOS DE 2010 E 2015 NAS DIVERSAS ETNIAS

MARIANA GAMA FERNANDES, LISSA ÁVILA BARBOSA CARNAÚBA, ROBERTA LINS REIS,
JULIANA SALES ALMEIDA, GIULIA ÁVILA CAVALCANTE.

Introdução: O presente estudo visou relacionar o suicídio causado por lesões


autoprovocadas voluntariamente, fazendo uso de dados disponibilizados através do
TABNET, afim de concluir a influência das raças nessa forma de óbito. Objetivo: Identificar
a incidência dos óbitos por lesões autoprovocadas voluntariamente no Brasil, em suas
diversas raças, nos anos de 2010 e 2015. Métodos: Foi realizada uma Análise Estatística
Descritiva através do sistema de dados online, TABNET, disponibilizado pelo Ministério da
Saúde, sendo utilizado como filtro Estatísticas Vitais, Mortalidade (CID-10), Óbitos por
Causas Externas, Brasil, Anos de 2010 e 2015, Lesões Autoprovocadas Voluntariamente e
Raças: Branca, Preta, Amarela, Parda e Indígena. Resultados: O número de óbitos por
lesões autoprovocadas voluntariamente é maior na raça branca e menor na raça amarela,
com uma diferença percentual aproximada de 13000% em 2010 e 11000% em 2015.
Comparando as raças entre si, temos tais diferenças percentuais aproximadas: Branca:
aumento de 15% no número desses óbitos; Preta: aumento de 11%; Amarela: aumento de
38%; Parda: aumento de 28%; Indígena: aumento de 42%. Conclusão: Mesmo com o
aumento de ações preventivas para redução dos óbitos causados pelo suicídio, tais como

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criação de campanhas e aumento do número de instituições de apoio para o público


portador de doenças psicológicas, o número de vítimas de suicídio aumentou em todas as
raças. Tal fato pode estar relacionado ao desconhecimento da população das medidas
preventivas ou da falha de encaminhamento para estes setores. Sendo assim, faz-se
essencial aumentar a divulgação de tais ações para uma possível redução dessas vítimas em
datas futuras.
Palavras-chave: Suicídio, Raça, Etnia.

RESUMO 153_____________________________________________
98
O DÉFICIT NA ATENÇÃO À SAÚDE MENTAL DOS CUIDADORES FAMILIARES DE
IDOSOS: REVISÃO DA LITERATURA

RAQUEL GOUVEIA RAMOS, KRISLEYNNE JULIANA DA SILVA, CLÁUDIA DANIELE LEITE.

Introdução: Os idosos são mais vulneráveis para o aparecimento de patologias e junto com
o envelhecimento muitas alterações fisiológicas acontecem, com isto, muitos acabam
ficando dependentes e necessitando de cuidados e auxílio de outra pessoa para a
realização de suas atividades básicas, o cuidador abre mão das suas atividades diárias
comuns para assumir esta responsabilidade. Objetivo: Identificar como os estudos
científicos têm abordado a saúde mental do cuidador de idosos e a relação disto com a
sobrecarga de atividades. Métodos: O estudo trata-se de uma revisão integrativa da
literatura, para a realização da pesquisa foi utilizado as bases de dados da Biblioteca
virtual em saúde (BVS), com o critério de possuir informações essenciais e relevantes sobre
o tema. Resultados: A responsabilidade e sobrecarga do cuidador colocam sua qualidade
de vida em segundo plano, gerando grande encargo psicológico, podendo afetar seu ser
biopsicossocial e desenvolver sintomas como estresse e ansiedade, e consequentemente,
uma doença mental. A situação se agrava devido à falta de interesse dos profissionais da
Atenção Básica relacionado aos sinais de declínio de saúde mental apresentada por este
público. Conclusão: Por meio deste estudo constatou-se a escassez de pesquisas nacionais
sobre os cuidadores de idosos, pois são poucas as que têm base exploratória e resolutiva do
problema, assim como um déficit em programas de saúde voltados para essa população e
com isso a necessidade de políticas públicas e capacitações dos profissionais para que
trabalhem na melhoria da saúde destas pessoas, diminuindo o estresse e a sobrecarga.
Palavras-chave: Cuidador, idosos, saúde mental.

RESUMO 154_____________________________________________

CORRELAÇÃO ENTRE SINTOMAS DEPRESSIVOS, DEPENDÊNCIA QUÍMICA E


TENTATIVAS DE SUICÍDIO EM INDIVÍDUOS DO SEXO MASCULINO.

LIRANI FIRMO DA COSTA SOUZA, JUCÉLIA GONÇALVES DE SOUZA ALVES,


TEREZA ANGÉLICA LOPES DE ASSIS.

Introdução: O suicídio é um fenômeno humano complexo, universal e representa um


grande problema de saúde pública em todo o mundo. O uso de substâncias psicoativas,
principalmente o álcool, pode potencializar e aumentar a probabilidade de tentativas de

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suicídio e até do próprio suicídio, principalmente em indivíduos do sexo masculino.


Objetivo: Apresentar o relato de experiência de uma ação de extensão realizada com
homens dependentes de álcool e outras drogas, residentes de uma casa de acolhimento de
Maceió. Métodos: Foi realizada uma ação com a finalidade de prevenção do suicídio e
identificação de comportamentos de risco. Assim, os homens experienciaram por meio dos
sentidos vários sabores, texturas, cheiros, áudios e imagens. Em seguida foi explicitado
como o uso de substâncias psicoativas e a presença de sintomas depressivos podem afetar
negativamente a qualidade de vida da pessoa, impedindo que a mesma veja outras
perspectivas para a vida. Resultados: Constatou-se a presença de indícios de sintomas
depressivos tais como: comportamento de choro constantes, aumento da irritabilidade e
isolamento social justificado pelo comportamento agressivo, corroborando com a literatura 99
que afirma que o uso abusivo de álcool e outras drogas pode afastar as pessoas e dificultar
as relações sociais afetivas, contribuindo para o isolamento e comportamento suicida.
Conclusão: Conclui-se que a dependência química aliada à sintomas depressivos, pode
interferir significativamente na vida dos usuários e contribuir para potencializar o
comportamento suicida, sendo necessário estudos e estratégias para prevenção do suicídio
nesta parcela da população.
Palavras-chave: Dependência Química, Transtorno Depressivo, Suicídio.

RESUMO 155_____________________________________________

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PESSOAS COM ALZHEIMER

FLAMEL DA SILVA, KARLA THAISA FULCO CARVALHO, ERICO RAFAEL BARROS DE GUSMÃO VERÇOSA,
KEYSSE SUELEN FIDELIS DE MESQUITA, GIVÂNYA BEZERRA DE MELO.

Introdução: A doença de Alzheimer é um tipo de demência neurodegenerativa cujo início é


lento, insidioso e que acomete as áreas temporoparietais do cérebro, afetando, assim, a
memória, linguagem e demais funções cognitivas (NUNES et al., 2012, 129 - 130). Segundo
o Alzheimer’s Disease International (2016), Alega que 47 milhões de pessoas vivem com
demência em todo o mundo, este número deverá aumentar para mais de 131 milhões até
2050, Objetivo: Identificar o papel do enfermeiro na assistência a pessoas com Alzheimer.
Métodos: Foi realizada revisão integrativa com busca de informações na Biblioteca Virtual
de Saúde, bem como no manual Alzheimer’s Disease International, no mês abril de 2018.
Os termos utilizados na pesquisa foram os seguintes: Alzheimer, Saúde mental e Assistência
de enfermagem. Resultados: Os cuidados prestados pela enfermagem às pessoas com
doença de Alzheimer são: estimular a função cognitiva, analisar as alterações no
comportamento e na capacidade de realizar funções diárias, como higienização e cuidados
pessoais, avaliar a dieta e a hidratação, proporcionar conforto ao paciente, acolher o
cliente em suas necessidades e respeitar o paciente, entre outros. Conclusão: O estudo
demonstrou a necessidade de avaliar a compreensão da doença de Alzheimer pelos
pacientes e profissionais de saúde e evidenciou a importância da assistência de
enfermagem durante o processo de análise das intervenções, que deve ser realizada
através de um plano de cuidado individual, promovendo a aceitação e adesão ao
tratamento por parte do paciente, objetivando a reabilitação do mesmo.
Palavras-chave: Doença de Alzheimer, Saúde mental, Assistência de Enfermagem.

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RESUMO 156_____________________________________________

INTERDEPENDÊNCIA ENTRE O ADOECIMENTO MENTAL E USO DE SUBSTÂNCIAS


QUÍMICAS EM HOMENS DA CASA DO SERVO SOFREDOR: UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA

DÉBORA CARLA LOPES DO NASCIMENTO, GIOVANA PRADO ASSUNÇÃO,


TEREZA ANGÉLICA LOPES DE ASSIS.

Introdução: A entidade filantrópica Juvenópolis, oferece tratamento para dependentes


químicos através da Casa do Servo Sofredor que fornece abrigo para homens voluntários. 100
Mediante aplicação de questionários, foi constatado um significante número de indivíduos
que fazem uso de medicamentos psiquiátricos e percebeu-se uma interdependência entre
adoecimento mental e utilização de substâncias entorpecentes. Objetivo: Relatar a
experiência dos autores na visita a um grupo de dependentes químicos em tratamento sob
a perspectiva da saúde mental. Metodologia: Este estudo consiste em um relato de
experiência vivenciado pelos membros da ação de extensão AMAR: Cidadãos Invisíveis, do
curso de Medicina da Universidade Federal de Alagoas, no período de março de 2018.
Foram aplicados questionários de Acompanhamento de População Adulta para traçar o
perfil de saúde dos entrevistados. Resultados: Ao analisar os dados obtidos, percebeu-se
uma relação entre o comprometimento da saúde mental com o uso de drogas. Foi
constatada uma porcentagem significante de 46,66% de indivíduos que relataram
adoecimento mental e uso de ansiolíticos ou antidepressivos. Alguns desses indivíduos, ao
serem perguntados sobre o vício, relataram problemas relacionados à saúde mental como
propulsores deste, além de agravamentos psíquicos resultantes do uso das drogas, sendo
tais observações compatíveis com os achados na literatura científica. Conclusão: Com a
visita, houve uma percepção da relevância da saúde mental, observando a perturbação
desta como etiologia, repercussão ou agravo do processo de abuso de substâncias
químicas. Logo, foi proporcionada uma mudança de visão dos membros participantes,
evidenciando uma maior necessidade de abordagem psicossocial a este grupo social
vulnerável.
Palavras-chave: Saúde mental, Dependência química, Reabilitação.

RESUMO 157_____________________________________________

GRAVIDEZ NÃO PLANEJADA NA ADOLESCÊNCIA E AS IMPLICAÇÕES NA SAÚDE


MENTAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA

JÉSSICA KELLY ALVES MACHADO DA SILVA, ITALA LETICE PEREIRA LESSA, ESTHERFANE RIBEIRO DE
LIMA, NATHALYA ANASTACIO DOS SANTOS SILVA, CLARICE ISABEL ROSA DOS SANTOS,
TÂNIA MARIA BENTO.

Introdução: Considerando as alterações psicológicas, hormonais e físicas que ocorrem no


processo de gravidez e as particularidades da adolescência, a gestação precoce é um
fenômeno gerador de transformações psicofisiológicas que podem interferir na saúde
mental das adolescentes. Objetivo: Caracterizar a gravidez na adolescência e suas
consequências na saúde mental da jovem durante a gravidez e no pós-parto. Métodos:
Relato de experiência realizado por acadêmicas de enfermagem durante um estágio

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ANAIS CASME 2018
Maceió-AL, 07 a 09 de Junho de 2018.

extracurricular a partir do acompanhamento às consultas pré-natais de jovens grávidas em


uma Unidade Básica de Saúde de um município de Alagoas. Resultados: Dentre os achados
mais importantes e que explicam as alterações de cunho psíquico dessas jovens, encontra-
se a ausência ou pouco apoio familiar; o isolamento social correspondente à sensação de
abandono do núcleo de amigos; o desprovimento financeiro e despreparo para cuidar de
uma criança sozinha, medo defronte à primeira maternidade e angústia pela negação da
paternidade por partes dos parceiros. Como última instância, a falta de informação sobre o
parto acarreta apreensão perante parto natural, levando a optarem por cesarianas eletivas
como meio rápido e indolor. Tais questões desencadearam episódios de ansiedade e
depressão na gestação e puerpério. Conclusão: As gestantes adolescentes requerem aporte
psicológico e informativo na gravidez e no pós-parto, pois são períodos no qual a mulher 101
tem alterações psicofisiológicas que pode trazer sofrimento ou desencadear
psicopatologias no período gravídico-puerperal. A enfermagem possui papel efetivo no pré-
natal, devendo informar, esclarecer dúvidas e servir como aporte à gestante, reduzindo os
riscos à saúde mental destas.
Palavras-chave: Saúde da Mulher, Gravidez na Adolescência, Saúde Mental.

RESUMO 158_____________________________________________

FISIOTERAPIA E ESPIRITUALIDADE EM SAÚDE NO CENTRO PSIQUIÁTRICO


JUDICIÁRIO DE ALAGOAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA.

LARA VICTORIA MARTINS CORRÊA, ARALYNE MIZAEL DE OMENA, ANA PAULA MONTEIRO RÊGO.

Introdução: Com base nas experiências durante a extensão na Liga de Saúde e


Espiritualidade (LIASE), vimos que as implicações da espiritualidade a vida humana trazem
à tona novos desafios para os profissionais da saúde acerca das inter-relações entre saúde
e espiritualidade, demonstrando a sua relação com a saúde física e mental do paciente.
Objetivo: Descrever a vivencia acadêmica dos discentes do curso de graduação em
fisioterapia UNCISAL no uso de práticas integrativas em saúde no Centro Psiquiátrico
Judiciário de Alagoas. Métodos: Foram utilizadas terapias integrativas como a biodança e a
musicoterapia. No primeiro momento, os integrantes formaram um círculo a fim de
promover intimidade verbal entre os mesmos, etapa na qual esses se apresentam e,
individualmente, escolhem uma canção. No segundo momento, a dança, hora de expressão
da emoção pelos movimentos e encontros estimulando a comunicação do grupo com o
próprio corpo e com os outros participantes. Resultados: Segundo a Organização Mundial
de Saúde (OMS), “Saúde é um estado completo de bem-estar físico, mental e social”. As
técnicas utilizadas promoveram a integração corpo, mente e emoções possibilitando
resultados positivos no grupo que demonstraram maior disposição física, melhora na
socialização e redução do estresse proporcionando uma melhor qualidade de vida.
Conclusão: Tendo em vista a importância do olhar integral à saúde, a espiritualidade surge
como um fator essencial que promove através da arte elementos importantes na saúde e
no bem-estar de muitos pacientes.
Palavras-chave: Espiritualidade, Saúde, fisioterapia.

RESUMO 159_____________________________________________

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ANAIS CASME 2018
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IMPACTO DA QUALIDADE DO SONO EM MULHERES QUE VIVEM EM SITUAÇÃO DE CÁRCERE

NATHALYA ANASTACIO DOS SANTOS SILVA, JÉSSICA KELLY ALVES MACHADO DA SILVA,
MARIANNY DE MEDEIROS DE MORAIS, JÉSSICA DE MELO ALBUQUERQUE, LUCAS CANDIDO DA SILVA,
AMUZZA AYLLA PEREIRA DOS SANTOS.

Introdução: As mulheres encarceradas convivem com violação de direitos, afastamento da


família e instalações superlotadas e insalubres, essas condições do ambiente prisional,
agravadas pelo barulho constante, alteram o padrão de sono dessas mulheres. Assim, pode-
se dizer que esse sono demasiado seja a uma forma de fugir da realidade no cotidiano da
prisão, o que faz com que as mulheres recorram ao uso de psicotrópicos para manter o
sono. Objetivo: analisar o impacto na qualidade de sono das mulheres que vivem em 102
situação de cárcere. Métodos: Trata-se de uma pesquisa descritiva, qualitativa, realizada
através de formulário semiestruturado aplicado entre julho de 2017 à Março de 2018, com
109 mulheres. Resultados: Foram encontrados os seguintes dados, 67,88% das mulheres
entrevistadas possuem distúrbios do sono, dessas 48,62% fazem uso de algum psicotrópico
como forma de aliviar os distúrbios do sono e que 95,41% das mulheres não receberam
nenhuma assistência qualificada para este agravo. Conclusão: Evidenciou-se que é grande
o número de mulheres que sofrem com o padrão de sono prejudicado por causa do
ambiente prisional, o que faz com que essas mulheres façam uso exacerbado de
medicamentos psicotrópicos, prejudicando assim sua saúde mental e física e as tornando
dependentes destes medicamentos mesmo após a sua liberdade.
Palavras-chave: Saúde mental, Prisão, Enfermagem.

RESUMO 160_____________________________________________

OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE ENTREVISTA SEMIESTRUTURADA COMO


INSTRUMENTO INVESTIGATIVO NA SAÚDE PÚBLICA E MENTAL: RELATO DE
EXPERIÊNCIA

SÓCRATES JOSÉ DA SILVA, BIANCA DE CARLA CARVALHO LEMOS, MARIA ANDREZA MARQUES DA SILVA,
JULYA THEREZA DOS SANTOS PAIXÃO, YHASMIN SANTOS SILVA.

Introdução: Através da observação participante, graduandos construíram olhar holístico da


relação indivíduo versus saúde pública. Percebido que a ausência do profissional de
psicologia em uma das unidade de saúde, esta relacionado com o número crescente de
usuários de medicações anti-ansiolítica. Dificuldade da delimitação de perímetro pelos
profissionais de saúde, classifica forte desintegração identitária do sujeito, sendo esta,
característica reducionista. Objetivo: relatar observação à luz da visão da saúde, junto a
futuras intervenções no campo da psicologia comunitária, com usuários e profissionais das
unidades da saúde pública da Grota do Rafael, e da UDA - Unidade Docente Assistencial, do
Centro Universitário Tiradentes. Métodos: trata-se de um relato de experiência de
acadêmicos de Psicologia e Enfermagem das IES particular e pública, realizada em duas
unidades de saúde do município de Maceió. Partindo de uma observação-participante,
utilizados como recursos metodológicos, entrevistas semiestruturadas, dirigidas aos
moradores e aos profissionais da saúde. Valendo-se de questionários previamente
construídos. Resultados: ação desenvolvida teve por objetivo colher informações a cerca
do perímetro, necessidades de insumos e atendimentos nas unidades. Sobre a importância

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das práticas do profissional de saúde. Através das entrevistas os acadêmicos conseguiram


que os indivíduos partilhassem suas vivencias no âmbito da saúde pública e mental,
compartilhando sua construção identitária. Conclusão: entrevistas semiestruturadas
permitem previa construção do que será pesquisado. Aplicação dos conhecimentos na
observação participante, permite que o entrevistador se valha de técnicas para que o
entrevistado possa se aproximar do pesquisador, bem como o pesquisador possa se integrar
ao contexto qual resolveu minerar seus conhecimentos.
Palavras-chave: Vulnerabilidade Social, Psicologia Comunitária, Saúde Pública

RESUMO 161_____________________________________________
103
A IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PARA IDENTIFICAÇÃO DE
PESSOAS COM IDEAÇÃO SUICIDA

KARLA THAISA FULCO CARVALHO, ALÉXIA BEATRIZ SILVA SANTOS, KÉSIA DANIELE DA SILVA,
KEYSSE SUELEN FIDELIS DE MESQUITA, CRISTINE MARIA PEREIRA GUSMÃO.

Introdução: O suicídio é um fenômeno complexo que pode afetar indivíduos de diferentes


origens, classes sociais, idades, orientações sexuais e identidades de gênero (BRASIL,
2018). Objetivo: Identificar importância da enfermagem na identificação do
comportamento suicida, na classificação de risco e na realização das intervenções.
Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura. As produções científicas foram
pesquisadas nas bases de dados BDENF, MEDLINE e LILACS, assim como no portal do
Ministério da Saúde, no período de abril de 2018. A estratégia de busca foi realizada com
cruzamentos dos descritores suicídio, ideação suicida e enfermagem com auxílio do
operador booleano AND. Resultados: Os estudos demonstraram que a assistência de
enfermagem é de suma importância para identificar se há ideação suicida, quais os riscos e
que as intervenções de enfermagem devem ser realizadas através de um plano de cuidado
individual. As intervenções da equipe de enfermagem frente a situações de risco para o
suicídio consistem em acolher o paciente em local seguro para ambos, fazer a anamnese, o
exame do estado mental, avaliar e classificar o risco para o suicídio, construir uma rede de
apoio juntamente com serviços especializados, familiares/cuidadores e administrar terapia
medicamentosa, se houver necessidade. O plano de tratamento deve ser flexível e passar
por revisões periódicas (REISDORFER et al, 2015). Conclusão: Insere-se que o enfermeiro
ao prestar assistência à pessoa com ideação suicida deve estar permeado por
conhecimento científico, ser conduzido com atitudes éticas e resolutivas, exercendo assim
um papel crucial nessa situação.
Palavras-chave: Suicídio, Ideação suicida, Enfermagem.

RESUMO 162_____________________________________________

RESIDENTES DE INSTITUIÇÕES ASILARES, POSSÍVEIS VÍTIMAS DE MAUS TRATOS:


SOB A ÓTICA DA SAÚDE MENTAL

LORRAINE EVILIN TAVARES, CARLA SUÉLLEN GONÇALVES DA SILVA, LUAN ALVES DE FREITAS,
LUCICLEIDE SANTOS TRINDADE, MAYARA MAGLY ALVES,
LUIZ WILSON MACHADO DA COSTA E SILVA NETO.

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Introdução: Embora a literatura acerca deste alvo seja escassa, tem-se que a OMS delimita
como maus tratos, o ato único e/ou repetido, ou ainda como ausência de conduta condigna
fomentadores de avaria biopsicossocial, sobrevindo de um relacionamento leal. Onde tal
exiguidade é oriunda da complexidade em diagnosticar uma conjuntura agressiva, seja
qual for o seu eixo, exceto quando conspícua, em virtude de esta agremiação subsistir
vulneravelmente, por vezes, experienciando situações de abandono familiar, que implica
na inexistência tanto de ocasiões oportunas quanto de entidades as quais o idoso possa
relatar sua vivência, isso quando este é possuidor de suas faculdades cognitivas. Objetivo:
Revisar a produção científica acerca do tema mencionado. Métodos: Trata-se de uma
revisão integrativa da literatura a partir dos dados oriundos da base de Publicações (Scielo)
com corte temporal de 2008 a 2017, com amostragem constituída por duas publicações, 104
disponibilizadas na íntegra e no idioma Inglês. Tendo como critério de inclusão, artigos
com texto completo que evidenciassem a temática em questão. Resultados: A análise
evidenciou que, violência contra o idoso subdivide-se em violência física e psicológica;
abuso financeiro e material; abuso sexual; negligência e abandono, e devem ser
denunciadas por quaisquer pessoas que identificá-las, vigente pena de prisão ao agressor e
caso haja omissão à lei de proteção ao idoso, multa ao indivíduo/órgão negligente.
Conclusão: Ressalta-se a importância aplicável da lei de proteção ao idoso, além de um
monitoramento externo contínuo às condições biopsicossociais dos residentes, a fim de
minimizar os danos acarretados às suas vidas pela institucionalização.
Palavras-chave: Idoso, Violência, Instituições De Longa Permanência.

RESUMO 163_____________________________________________

VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR NA INFÂNCIA E SUAS CONSEQUÊNCIAS PSICOLÓGICAS:


REVISÃO DA LITERATURA

MICAELE MARIA SILVA DE LIMA, KRISLEYNNE JULIANA DA SILVA.

Introdução: A violência intrafamiliar que atinge o público infantil cometida por seus pais,
membros da família ou pelos responsáveis revela uma transgressão dos adultos, pois além
do não cumprimento dos deveres de proteger e promover os direitos de seus tutelares, são
os autores da violência (AZEVEDO, GUERRA, 2005). O Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA), ampara a denúncia e estabelece princípios para o enfrentamento da violência
intrafamiliar, bem como para a atenção psicossocial da família (BRASIL,1990). Objetivo:
Detectar as consequências psicológicas causadas pela violência em crianças no âmbito
familiar por meio de evidências científicas. Métodos: Para guiar o estudo, buscou-se
responder a questão norteadora: quais as consequências psicológicas decorrentes da
violência intrafamiliar na infância? Para seleção dos artigos foram utilizadas três bases de
dados, MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval Sistem on-line), SciELO
(Scientific Electronic Library Online) e Lilacs (Literatura Latino-Americano e do Caribe em
Ciências da Saúde). Afim de minimizar possíveis vieses foram adotados critérios de inclusão
e exclusão. Resultados: Toda violência sofrida pela criança gera agravos físicos ou
psicológicos, como problemas de desenvolvimento, hiper ou hipoativo, atitudes de adulto,
alternância de humor e tendências suicidas. A violência na infância pode comprometer o
desenvolvimento cerebral, atingindo o sistema nervoso que sofrerá alterações, resultando
em impactos na interação social, e cognitiva. Conclusão: A violência na infância pode

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prejudicar o desenvolvimento psicossocial, sendo assim é necessário medidas de prevenção


e proteção, bem como tratar e assistir as crianças que sofreram esse tipo de abuso.
Palavras-chave: Violência Infantil, Saúde Mental, Saúde da Criança.

RESUMO 164_____________________________________________

SOFRIMENTO PSÍQUICO EM REFUGIADOS DE GUERRA SÍRIOS EXILADOS NO BRASIL

HANDRYELLY KÉRCYA DE PAULA LIMA SILVA, JAQUELINE CESÁRIO TENORIO GOMES,


MARIA JULIA DA SILVA NETA, MONIQUE SANDRIELLY MENDES DOS SANTOS.
105
Introdução: A guerra na Síria completou 11 anos. É por causa da dimensão dessa tragédia
que se faz necessário compreender o sofrimento psíquico que acomete os sírios,
especialmente os exilados no Brasil, que, segundo o Comitê Nacional para os Refugiados
(CONARE, 2015), acolhe mais sírios do que os países na rota européia de refugiados, tendo
emitido, segundo a organização internacional Human Rights Watch (HRW, 2016), 8.450
vistos humanitários a sírios desde o início do conflito. Objetivo: Compreender como e de
que forma a guerra atinge psicologicamente os sírios, levantar problemáticas relacionadas
a identidade, religião, preconceito e refúgio e analisar as políticas públicas brasileiras
Métodos: A pesquisa foi feita com levantamento bibliográfico de relatos e pesquisas de
instituições humanitárias, especialmente a pesquisa com mais de 450 crianças sírias,
realizada pela ONG Save The Children, de 2017, com o título Invisible Wounds. Resultados:
Foi constatado que a guerra na síria está criando uma geração com problemas mentais, por
motivos que vão além da guerra e envolvem descaso, preconceito, xenofobia, excesso de
burocracia que, juntos, acarretam em mais insegurança e desestruturação emocional.
Conclusão: É imprescindível conhecer a guerra e seus destrinchamentos para compreender
o que os refugiados sofreram e ainda sofrem, somente com essa compreensão é que
práticas de intervenção poderão ser feitas com eficácia, com ações que promovam o
cuidado com a saúde mental em suas formas múltiplas: acompanhamento psicológico e
psiquiátrico, inclusão social, garantia dos direitos humanos, assim como políticas públicas
de conscientização a população que os acolhe.
Palavras-chave: Sofrimento psíquico, Refugiados, Síria.

RESUMO 165_____________________________________________

A RELAÇÃO ENTRE SINTOMAS DEPRESSIVOS E A PRÁTICA SEXUAL COMO


PROFISSÃO

BRUNA KÍVIA DA SILVA CÂNDIDO, DIEGO DE OLIVEIRA SOUZA.

Introdução: Esse estudo propõe uma revisão de literatura sobre a relação dos sintomas
depressivos com a prática sexual como profissão. Sabendo-se que a prostituição é uma
criação social significativa à complexidade da vida em comunidade e que a depressão é
considerada o mal do século, pretende-se encontrar na vivência do trabalho da prostituta,
e todos os estigmas que a envolve, esta associação. A prostituta, discriminada e
marginalizada, inclusive por serviços e profissionais de saúde, é o sujeito deste problema.
Objetivo: Analisar a literatura sobre a prostituição, a fim de identificar relação com

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sintomas depressivos já referidos nos estudos científicos. Métodos: Trata-se de revisão de


literatura realizada na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) utilizando busca por assunto
“saúde dos profissionais do sexo” e complementada por uma segunda busca “depressão e
profissionais do sexo”. Resultados: O desgaste emocional causado pela naturalização e
relativização do senso comum, de acordo com Swain (2008), acerca da prostituição, pode
acarretar em sintomas depressivos, sendo estes sintomas considerados através da descrição
de Del Porto (1999). O estigma social que cerca a prostituta leva à restrição de acesso a
serviços públicos, inclusive na assistência básica de saúde, agravado pelo mau atendimento
prestado a ela por muitos profissionais de saúde. Conclusão: A partir da análise da
literatura acerca do tema, é perceptível que a saúde mental da prostituta é negligenciada
e o sintomas depressivos estão presentes no cotidiano dela. Mostra-se necessário a 106
intensificação de estudos e discussões nessa temática e o empenho dos profissionais em
atender com visão holística.
Palavras-chave: Prostituição, sintomas depressivos, profissionais do sexo.

RESUMO 166_____________________________________________

ABORDANDO ESPIRITUALIDADE COM OS PACIENTES NO CENTRO PSIQUIÁTRICO


JUDICIÁRIO DE ALAGOAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA
TAINÁ DE CARVALHO GONÇALVES, VITOR LÚCIO BARBOSA SANTOS,
JAQUELINE GISELLE FARIAS FERNANDES, DÉBORA COSTA DA SILVA FERREIRA,
NATANIELE SILVA CANUTO, EFRISIA PIMENTEL DOS SANTOS.

Introdução: Qual teu sentido de vida? Questionamentos deste tipo corroboram no indivíduo
o pensar sobre sua espiritualidade. O coping religioso/espiritual (CRE), quando positivo,
ajuda a promover o equilíbrio no âmbito da saúde mental. Nesse sentido, abordar a
espiritualidade em um Centro Psiquiátrico Judiciário (CPJ) pode potencializar o processo
terapêutico de seus internos, um público de alta vulnerabilidade social. Objetivo: Abordar
a temática da Espiritualidade promovendo reflexões acerca de suas inúmeras definições e
diferenciações. Métodos: Relato de experiência sobre intervenções realizadas por
membros da Liga de Saúde e Espiritualidade (LIASE) da Universidade de Ciências de Saúde
de Alagoas (UNCISAL) no segundo semestre de 2017. Foram realizadas quatro intervenções
envolvendo as seguintes temáticas: Conceitos em Espiritualidade, Música e Arte como
instrumentos de reflexão e o Sentido de Vida. O público alvo escolhido foram os pacientes
do Centro Psiquiátrico Judiciário interessados em participar das atividades. Foram reunidos
em uma sala do próprio CPJ e as atividades realizadas em roda de conversa com a
utilização de dispositivos como som, microfone e materiais de colorir. Resultados: O grupo
da LIASE construiu um vínculo positivo com esse público, o que foi evidenciado por meio da
satisfação dos pacientes em participar das atividades realizadas, bem como no interesse na
temática. Através da música, arte e diálogo os pacientes expressaram medos, inseguranças
e metas para o futuro. Conclusão: Os membros da LIASE demonstraram enorme gratidão
em participar das intervenções, evidenciando o aprendizado adquirido quanto a saúde
psíquica e a importância de voltar o olhar para grupos em vulnerabilidade.
Palavras-chave: Espiritualidade, Psiquiatria, Judiciário

RESUMO 167_____________________________________________

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RELATO DE EXPERIÊNCIA ACERCA DA PREVALÊNCIA DE SINTOMAS DEPRESSIVOS


EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM MACEIÓ

ANA MARIA DE LIMA SANTOS, BRENDA GUIMARÃES, DENIS MELO, SIDLAYNE DOS SANTOS, MARIA
DAYANE CONCEIÇÃO DA SILVA, ESVALDO DOS SANTOS SILVA.

Introdução: A depressão é uma doença mental prevalente entre idosos institucionalizados,


caracterizada como um problema crônico, causando mudanças no humor. no
comportamento e nas atividades diárias, como pensamentos negativos, fadiga, abandono
de atividades antes prazerosas e isolamento. Além dos exemplos citados anteriormente, a
institucionalização por si só é considerada um fator estressante e desencadeador dessa
patologia. Os idosos, por estarem separados do ambiente no qual estavam habituados, 107
apresentarem maior comprometimento das habilidades funcionais e morando com pessoas
com as quais não tem intimidade, por vezes vivem com a sensação de abandono,
dependência e inutilidade. Objetivo: Mostrar a perspectiva de acadêmicos de enfermagem
a respeito dos sinais de depressão em idosos residentes de Instituição de Longa
Permanência para Idosos. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, realizado no Lar Mãe
das Graças, bairro Cidade Universitária, localizado no município de Maceió-AL. Durante a
realização de atividades recreativas de lazer com o grupo estudado, foram observados
aspectos comportamentais e sinais da doença em questão. Resultados: Foi possível
identificar em alguns idosos sinais que indicam presença de depressão, tais como reclusão,
irritabilidade, inquietação e queixas relacionadas a autoimagem. Conclusão: É importante
ficar alerta para os sinais que indicam depressão e salientar que o conhecimento prévio por
parte da enfermagem acerca das mudanças é de extrema importância para um
planejamento e implementação efetivos para a assistência prestada ao idoso. A detecção
precoce dos sintomas ajuda a evitar o desenvolvimento dessa patologia e prevenir seus
efeitos à saúde e qualidade de vida de idosos.
Palavras-chave: Idosos, depressão, instituição de longa permanência para idosos.

RESUMO 168_____________________________________________

A FRAGILIDADE DOS VÍNCULOS FAMILIARES COMO PREDISPONENTES AO ATO


INFRACIONAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

GABRIELLE SANTOS SALGUEIRO CANUTO, LUANA DIÓGENES HOLANDA.

Introdução: São muitos os fatores que levam adolescentes a cometerem atos infracionais,
dentre eles a má estruturação nas relações familiares. Segundo Freud, a presença de
modelos referenciais é determinante para o desenvolvimento da personalidade e
comportamento humano. Quando esses referenciais estão fragilizados surgem conflitos,
frustrações e privações, nesse contexto a delinquência infanto-juvenil pode ser
compreendida como mecanismo compensatório ou “via de solução” às privações
emocionais (SÁ, 2001). Objetivo: Relatar a experiência de estudantes de Terapia
Ocupacional em uma prática acerca da influência dos vínculos familiares em adolescentes
que cumprem medidas socioeducativas na Unidade Feminina de Internação de Maceió/AL.
Métodos: Em discussão apresentou-se o tema às adolescentes e pediu-se para que
elaborassem desenho, frase ou palavra sobre qual significado da família para cada uma.
Foram distribuídas folhas de papel A4, caneta, lápis e giz de cera. Ao longo do processo de

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construção observou-se as singularidades expostas, e aconteceram diálogos espontâneos.


Quando concluíram, formou-se uma roda de exposição e discussão sobre os materiais
produzidos. Resultados: As adolescentes relataram vínculos familiares pouco estabelecidos
e/ ou inexistentes, mas demonstravam dificuldade em perceber que as ausências
familiares pudessem ser determinantes para seus atos. Conclusão: Os atos infracionais por
vezes são demonstração das necessidades de afeto e referências não correspondidas.
Identificar como aconteciam as relações familiares e refletir sobre seu significado foi
relevante para alertá-las sobre a importância de repensar e refletir sobre seus conflitos e
as dificuldades da família suprir as ausências ulteriores.
Palavras-chave: família; medida socioeducativa; adolescência.
108
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