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1.

Okanran Meji
ITAN TI ODÙ OKANRAN
postado em 19 de fev. de 2012, 17:16 por Usuário desconhecido

Havia um homem que não tinha paradeiro, não conseguia fixar-se em nenhum lugar,  por mais que para i
            Sempre que se estabelecia em algum lugar, depois de trabalhar a terra e fazer sua plantação, acaba
beneficiava de seu trabalho, ficando dono de tudo o que por direito deveria ser dele.
            Certo dia, desesperado com sua sina, foi consultar Ifá e na consulta surgiu Okanran Meji que lhe d
em honra de Ogun, o que deveria ser feito no interior de uma floresta ou mata fechada.
            Logo que o sacrifício foi feito, ouviu-se um barulho ensurdecedor, e diante do homem, surgiu Og
            Apavorado diante da terrível visão do Orishá, o homem lançou-se ao chão  implorando misericórd
Agricultura.
            Ogun, penalizado pela sua situação e pelo respeito demonstrado, concedeu-lhe permissão para est
propriedade.
            A partir de então, o lavrador pode trabalhar a terra: plantar e colher, usufruindo assim, o resultado
mais apossar-se do que era seu conhecendo então, a fartura e a riqueza.

Buru, Boye e Boshe, eram os nomes dos Babalawo que consultaram Ifá para os macacos.

Naquela época, os macacos possuíam penas muito fracas, o que os impediam de


trepar em árvores, permitindo-lhes apenas movimentarem-se com muita dificuldade sobre o
solo.

Expostos a perigos constantes, resolveram consultar os três adivinhos, para saberem


o motivo de tanta adversidade e de que forma poderiam fortalecer-se um pouco mais.

Quando foi feita a consulta para os macacos, surgiu Okanran Meji, que os mandou
recolher todas as frutas que encontrassem e que as trouxessem junto com duas cabaças, duas
galinhas, uma pequena talha com alças, uma outra de igual tamanho sem alça, duas estacas de
madeira do tamanho de pernas humanas e oferecessem a Elegbara todas estas coisas, para
que pudessem se tornar semelhantes aos homens.

Imediatamente os macacos saíram em busca do material necessário, voltando pouco


depois com tudo, que entregaram aos adivinhos para procederem ao ebó.

Os adivinhos fizeram o ebó e recomendaram aos macacos, que voltassem no dia


seguinte.
No outro dia, os adivinhos entregaram aos macacos um amasi, para que fosse
utilizado em banhos durante 15 dias, garantindo que no décimo sexto dia, tudo estaria
mudado, suas pernas estariam tão fortes que poderiam andar sobre dois pés como qualquer
ser humano.

Acontece que os homens, dando falta das frutas da floresta e preocupados com o
procedimento dos macacos foram também consultar os adivinhos, para saberem o que estava
acontecendo.

Na consulta surgiu novamente Okanran Meji, que ordenou que fossem trazidas duas
galinhas, duas cabaças e todas as frutas encontradas, para que fosse feita uma oferenda, que
deveria ser transportada por duas pessoas.

As duas cabaças foram repartidas em dezesseis pedaços e, em cada um desse


pedaços, foram colocadas as frutas mais deliciosas. Um homem foi encarregado de oferecer
um pedaço a Mawu-Ji (Oeste) e se esconder nas proximidades. Um outro pedaço foi oferecido
por outro homem, a Lisa-Ji (Leste), e o ofertante se escondeu ali por perto. Um terceiro e um
quarto pedaços foram oferecidos, respectivamente a Vovoliwe e a Xu-Ji (Norte e Sul),
restando, portanto, doze pedaços, dos quais, quatro deveriam ser colocados da seguinte
maneira: um entre Mawu-Ji e Lisa-Ji, um entre Lisa-Ji e Vovoliwe, um entre Vovoliwe e Xu-Ji e o
quarto entre Xu-Ji e Lisa-Ji.

Os oito pedaços restantes foram dispostos, simetricamente, entre cada um dos


pedaços já oferecidos, permanecendo um homem escondido, perto de cada um deles.

Quando Ifá concedeu aos macacos a graça desejada, obrigou-os a jurar que jamais
revelariam aos homens o ocorrido e também que jamais ficariam de pé diante deles, até que
se passassem dezesseis dias, sob pena de nada dar certo.

Os macacos, sempre que encontravam um seu humano, punham-se de quatro, a fim


de manter em segredo a dádiva recebida.

No décimo sexto dia, os macacos resolveram a se reunir, para fazerem o ultimo


preceito e, antes da cerimônia, encontram os pedaços de cabaça com as frutas que os homens
haviam sacrificado, sem saber, no entanto, que cada um estava sendo vigiado por um humano.
Neste momento, o macaco Lwe, chamou o macaco Xã e disse: “Xã, veja o que os
nossos Bokono fizeram para nós! Está tudo bem, amanhã teremos o que comer em nossa
floresta”, Xã passou a notícia a Kran, que avisou a Tokran, que comunicou a Ziwo, que avisou a
todos os macacos: “Falta apenas um dia para que possamos fazer tudo na frente de todo
mundo!”.

Empolgado, Kran ficou de pé. Como Lwe o reprovasse, afirmou em altos brados:
“Não! Acabou! Nós podemos fazer tudo o que quisermos diante de todo mundo!” e caminhou
imponente, apoiado nas pernas traseiras... e todos os macaco o imitaram, marchando e
cantando:

“Meu Ashe disse que me levantarei amanhã,

Eu me levantarei amanhã,

Sim, eu me levantarei amanhã...”

Os homens que a tudo assistiam, de repente se mostraram: “Então é assim? Vocês


são animais peludos, não são como nós! Se desejam ser semelhantes a nós, preferimos voltar a
nossa origem em Mawu!”

E os macacos somente puderam ficar um pouco parecido com os homens, esboços de


seres humanos, dos quais só tem semelhanças nos membros e nas nádegas.

Ainda hoje, cheios de inveja, os macacos gritam pela floresta:

“Kran we!

Kran we!

Akran we”!

(Foi Kran que errou! Foi Kran que errou! Foi Okanran que puniu!)!
Este Itan determina que a pessoa tem a sua posição ameaçada por outras pessoas
que lhe tem inveja e querem vê-la derrotada. Um ebó deverá ser oferecido, para que o mal
que lhe desejam, volte para quem o desejar.

Ler mais: https://orisaimole.webnode.pt/news/itan-ti-od%C3%B9-okanran/

Itan de Okanran Meji (Fonte: Abimbola. Ifá Divination Poetry)

Oya é Mais Perigosa do Que Sàngó;

A Esposa é Mais Perigosa

Do Que o Marido

Quando nós vemos um Òkànràn neste caminho, e vemos um outro Òkànràn naquele caminho,

A marca é de Òkànràn Méjì

que significa boa sorte.

Foi quem jogou Ifá para Sàngó,

apelidado Olúòrójò. Bámbí,

fonte daqueles que usam duzentas pedras de raio para vencer seus inimigos. Quando ele
estava indo tomar Oya, como esposa.

Foi dito a Sàngó para ser cuidadoso.

Porque a esposa com a qual ele estava indo se casar

Seria mais bem sucedida que ele.

Mas, Sàngó recusou-se a fazer sacrifício.

Ele estava curioso de como sua própria esposa

Poderia ser mais bem sucedida que ele.

Se Sàngó jogar pedras de raio em algum lugar,

Todo mundo começaria a gritar o seu nome.

Mas, se Oya,sua esposa,

Matasse duas pessoas no mesmo dia,

Ninguém ouviria sobre o incidente.

Se ela quisesse, Ela sopraria um vento forte contra uma parede,

E a parede cairia sobre as pessoas e matá-las.


Se ela quisesse derrubaria àrvores em cima das pessoas e as as mataria.

Mas, se Sàngó mata uma só pessoa,

Todo mundo vai ouvir do incidente.

Ele disse que foi exatamente como seus sacerdotes de Ifá Usaram suas boas vozes para louvar
Ifá.

“Quando nós vemos um Òkànràn na direita,

E nós vemos outro Òkànràn na esquerda,

A marca é de Òkànràn Méjì, que é sinal de boa sorte.

Foi quem jogou Ifá para Sàngó, apelidado Olúòrójò, Bámbí, fonte para aqueles que usam
duzentas pedras de raio para

vencer seus inimigos. Quando ele estava indo para tomar Oya como esposa. A esposa é mais
perigosa que o marido. a esposa é mais perigosa que o marido. Oya é mais perigosa que
Sàngó. A esposa é mais perigosa que o marido.”

ITÁN EM OKARAN-MEJI

Shangô, queria ser muito poderoso e respeitado e para isto consultou Ifá. Na consulta surgiu
Okanran Meji, que determinou um sacrifício, que iria garantir ao orixás, tudo que desejava.

Feito o ebó, todas as vezes que Shangô abria a boca para falar, sua voz saia possante como um
trovão e inúmeras labaredas acompanhavam suas palavras.

Diante do poder de seu marido Oya resolveu consultar o Oráculo com a finalidade de se tornar
tão poderoso quanto ele.

Na consulta surgiu Okanran Meji, que lhe determinou o mesmo ebó.

Quando Shangô descobriu que sua mulher havia adquirido um poder igual ao seu, ficou furioso
e começou a maldizer Ifá por haver proporcionado tamanho poder a uma simples mulher.

Humilhada, Oya recorreu a Olorun para que desse um paradeiro ao impasse. Olorun
determinou então que a partir daquele dia, a vóz de Shangô soaria como o trovão e que
provocaria incêndios onde ele bem intendesse, mas para que isto pudesse acontecer, seria
necessário que Oya, falasse primeiro, para que o fogo de suas palavras (os raios) provocassem
o surgimento do som das palavras de Shangô (o trovão), assim como o fogo que elas produzem
sobre a terra (os incêndios provocados pelos raios que se projetam sobre a terra).

E por este motivo até hoje, não se pode ouvir o ribombar do trovão sem que antes, um raio
ilumine o céu.

Este Ifá garante bom resultado naquilo que se pretende, por mais difícil que possa parecer
principalmente se que se apresentar para solucionar o problema, for Shangô ou Oya.

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