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TITULO: MECÂNICA DA FRATURA E ANÁLISE DE

FADIGA: FUNDAMENTOS E MODELAGEM

INSTRUTOR: EDUARDO F.R. ARAUJO


2013
2- Introdução ao Método Stress
Life ou Vida Total ou S-N
Introdução: Método S-N

• Método padrão de projeto à fadiga durante mais de 100 anos


(a partir de 1830).

• Ainda é muito utilizado, em especial quando componentes


são projetados para terem longa duração.

• Grande quantidade de dados disponíveis devido a diversos


ensaios e campanhas realizados por diferentes instituições.
Introdução: Método S-N

• Stress Life (Vida considerando a Tensão Nominal) ou S-N ou


Fadiga de Alto Ciclo (número alto de ciclos para ocorrência
de falha) são sinônimos !

• A relação tensão-deformação é considerada elástica neste


método.

• Não é adequado para aplicações de baixo ciclo, onde pode


ocorrer deformação plástica.

• A linha divisória entre alto e baixo ciclo fica entre 10 e


100000 ciclos (depende do material).
Introdução: Método S-N

• Hipótese simplificadora (Tensões e Deformações


consideradas elásticas) válida se as deformações plásticas
são muito pequenas, i.e, efetivamente muito pequenas para
serem medidas.
Método S-N : Nomenclatura

Letras Latinas: valores nominais


Letras Gregas: valores locais
Método S-N : Processo Básico de Cálculo
Método S-N : Processo Básico de Cálculo
Método S-N : Processo Básico de Cálculo

• 1)Tem-se um componente com determinada geometria.

• 2)Aplica-se a este componente uma carga cíclica

• 3)Calculam-se as tensões no componente


Método S-N : Processo Básico de Cálculo

• 4)Supondo que a carga seja de amplitude constante, com o


valor da tensão, entra-se na curva S-N e verifica-se qual o
número de ciclos que leva a falha
• ou
• 4.1) Supondo que a carga seja de amplitude variável

• 4.1.1)A curva S-N é levantada para cargas de amplitude


constante. Então temos que organizar a carga para as
diferentes amplitudes, para poder usar a informação da curva
S-N.

• 4.1.2)Para organizar as diferentes amplitudes usamos a


contagem de ciclos.
Método S-N : Processo Básico de Cálculo

• 4.1.3)De posse das várias amplitudes de tensão (extraídas


do carga), entra-se na curva S-N e para cada valor de tensão
verifica-se qual o número de ciclos que leva a falha .

• 4.1.4)Como os ciclos aplicados foram contados, agora


podemos calcular o dano correspondente a cada nível de
tensão
Método S-N : Processo Básico de Cálculo

• 5)Aplica-se a regra de Miner de acúmulo de dano e tem-se o


valor do Dano.

• 6)O inverso do valor do dano é a vida.


Método S-N : Considerações sobre Carregamento

• Carregamento mono-tônico é aquele que é aplicado uma


única vez, com o esforço na mesma direção. Exemplo típico
deste é o carregamento num ensaio de tração estático.

• Carregamento cíclico é aquele que é aplicado de maneira


alternada, ou seja, ora traciona o componente, ora o
comprime.
Método S-N : Considerações sobre Carregamento

• Carregamento Monotônico
Método S-N : Considerações sobre Carregamento

• Carregamento Cíclico
Método S-N : Considerações sobre Carregamento

• As curvas S-N (e outras como E-N e da/dN) são geradas


para carregamentos cíclicos de amplitude constante.
Geralmente isto ocorre em laboratório, num ambiente
controlado, e em máquinas que trabalham em regime
permanente, por exemplo.
Método S-N : Considerações sobre Carregamento

• Há diversas situações onde o carregamento alternado aplicado ao


componente em estudo não é de amplitude constante.

• Por exemplo, imagine o carregamento sobre um componente da


suspensão ou do sistema de direção de um veículo.

• O carregamento (força, aceleração) vem do pavimento por onde o veículo


trafega. Alterações no pavimento como buracos, lombadas e outras
variações fazem com que a amplitude deste carregamento não seja
constante.

• Neste caso, para se utilizar a curva S-N disponível, é necessário contar


os ciclos que possuem a mesma amplitude.
Método S-N : Considerações sobre Carregamento

• Carregamento Cíclico – Definição de Ciclo


1 cycle = 2 reversals !!
Método S-N : Considerações sobre Carregamento

• Carregamento Cíclico – Ciclo de tensão e parâmetros


Método S-N : Diagrama de Wöhler e Curva S-N

• O diagrama de Wöhler, que plota a tensão alternada S


versus o número de ciclos até a falha N
Método S-N : Diagrama de Wöhler e Curva S-N

• Basquin percebeu que é interessante escrever a relação S-N


usando escala logaritímica ( log-log). Originou a curva S-N
Método S-N : Diagrama de Wöhler e Curva S-N

• Nos ensaios para caracterizar o material e levantar as curvas de Wöhler e


S-N o controle do ensaio é feito através da carga (ou tensões). A relação
tensão – deformação é considerada linear.

• As curvas S-N podem ser geradas para materiais. Neste caso são usados
corpos de prova padrão, pequenos, usinados, com ou sem entalhes,
dependendo do tipo de condição que se quer ensaiar. São as curvas SN
de material.

• Há também as chamadas curvas S-N de componente. Neste caso, há


alguma condição que não pode ser representada no corpo de prova
convencional ou não pode ser corrigida por um fator de correção (trata-se
destes fatores de correção mais adiante).
Método S-N : Diagrama de Wöhler e Curva S-N

• Curvas S-N para componentes. Exemplo.


Método S-N : Curva S-N para Componente

• O próximo exemplo foi extraído da palestra

SHORT COURSE LECTURE ON:

DISCUSSION OF FATIGUE LIFE PREDICTION METHODS

Norman E. Dowling
Engineering Science and Mechanics Department
Virginia Polytechnic Institute and State University
Blacksburg, VA, USA 24061

SAE Brasil Fatigue 2004


Conference and Short Course on Fatigue
June 2004, São Paulo, Brasil
Método S-N : Curva S-N para Componente :

COMPONENT TEST CURVES


Example: Bailey bridge panel

25
Método S-N : Curva S-N para Componente

26
Método S-N : Curva S-N para Componente

DESIGN CODE CURVES


Example: American Welding Society, AASHTO

27
Método S-N : Curva S-N para Componente

28
Método S-N : Curva S-N para Componente

(See recent work of P. Dong et al. on a method of collapsing to a single


master curve.)
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Método S-N : Limite de Fadiga

Endurance Limit
Limite de Fadiga (Fatigue Limit)
Resistência a Fadiga (Strength Limit)
Método S-N : Limite de Fadiga

Endurance Limit :

• Se – tensão abaixo da qual falha não ocorre . Observa-se


para aços e ligas de titânio.

• Fatores como ambiente corrosivo alteram esta característica


Método S-N : Limite de Fadiga

Limite de Fadiga (Fatigue Limit)


ou
Resistência a Fadiga (Strength Limit)
• Sf – Tensão abaixo da qual a falha ocorre somente após um
número especificado de ciclos (exemplo:5x108 ciclos )

• Ligas de alumínio e ligas de cobre por exemplo


Método S-N : Limite de Fadiga

• Há autores que não diferenciam estes limites

• Há pesquisadores que dizem, que de fato, não existe o


“limite de fadiga”, pois mesmo uma pequena tensão aplicada
ciclicamente vai levar a falha por fadiga com um número finito
(porém muito grande ) de ciclos.
Método S-N : Relação entre Endurance Limit e Propriedades Mecânicas

Relação entre Endurance Limit e Propriedades Mecânicas


Método S-N : Relação entre Endurance Limit e Propriedades Mecânicas

• Para certos metais com estrutura cristalina de corpo cúbico


centrado (B-C-C), observa-se um limite de fadiga Se
(endurance limit) . O material exibe uma vida infinita se
submetido a tensões abaixo deste valor .

• Corrosão, altas temperaturas e sobrecargas periódicas


podem eliminar o limite de fadiga exibido pelo material.

• A maioria das ligas não-ferrosas (alumínio, titânio, etc...) não


possuem um limite de fadiga.

• Observa-se que a curva S-N é uma curva inclinada contínua.


Alguns autores tomam um “pseudo limite de fadiga” ou
resistência a fadiga como 5x108 ciclos.
Método S-N : Relação entre Endurance Limit e Propriedades Mecânicas

• Em aços, há relações empíricas entre as propriedades de


fadiga e o limite de fadiga. (Ensaio de Fadiga $$$ x Tração$)
• A maioria dos aços com tensão de ruptura abaixo dos 200
Ksi (1380 MPa) tem uma relação de 0.5 de fadiga, i.e, Se
=0.5Su.
Método S-N : Características da Curva S-N

Curva S-N : Características


Método S-N : Características da Curva S-N

A inclinação da curva S-N ,b, é dada por:

Log S
com
Método S-N : Características da Curva S-N

• Outros parâmetros como b2, SRI1 são usados para definir


completamente a curva S-N.
Método S-N : Exercícios

• 1)Tensão de Projeto
• 2)Curva S-N
Método S-N : Contabilização da dispersão estatística na curva S-N

• Ensaios de fadiga são de longa duração e demandam um


número razoável de corpos de prova.

• O custo de ensaios de fadiga é relevante.

• Há outras considerações a fazer sobre a dispersão dos


resultados de ensaios de fadiga.

• Considerem-se espécimen pequenos de material,


normalizados, polidos. A variação na vida pode ser da ordem
de 3:1 , enquanto que para ensaios de componentes esta
variação pode ser mais alta, da ordem de 10:1. [3]
Confiabilidade dos dados de ensaio
Método S-N : Contabilização da dispersão estatística na curva S-N

Esta figura foi extraída de um experimento típico para três diferentes níveis de tensão. A curva A-B corresponde
a situação em que cerca de 50% dos componentes falharam muito cedo, i.e., há probabilidade de 50% de falha
ou 50% de probabilidade de sobrevivência.

A curva C-D representa uma situação de que não há ocorrência de falha por fadiga. Entretanto, a vida esperada
pode ser muito baixa e, esta pode não ser aceitável comercialmente.

A curva E-F representa que 1 em 1000 especimén falharam( 99.99% de probabilidade de sobrevivência) o que
pode ser considerado desejável como dado básico de projeto.
Método S-N : Contabilização da dispersão estatística na curva S-N

• Há necessidade de tratar os dados estatisticamente, de


modo a se conhecer média, desvio padrão deste conjunto de
dados, e usá-los criteriosamente para projeto.

• Utiliza-se em geral a distribuição normal para tratamento


destes dados. Note que se pode utilizar outras distribuições
como Weibull.

• A referência [3] mostra que a distribuição de Gauss não é


diretamente aplicável aos dados de fadiga, mas sim ao log
dos mesmo, i.e, pode-se utilizar a distribuição normal do log
do dado. Esta se denomina distribuição “log-normal”.
Método S-N : Contabilização da dispersão estatística na curva S-N
Método S-N : Contabilização da dispersão estatística na curva S-N
Método S-N : Contabilização da dispersão estatística na curva S-N
Fatores que afetam a vida em fadiga:
Concentração de Tensão
Efeito da Tensão Média
Método S-N : Entalhes e Concentração de Tensões

• O método S-N (Stress Life) estima a vida em fadiga de


corpos de prova a princípio livre de defeitos superficiais
sujeitos a carga cíclica.

• Este método é mais adequado para fadiga de alto ciclo (HCF


– High Cycle Fatigue), onde as deformações são
predominantemente elásticas, mesmo nos entalhes.

• Praticamente quase todos os componentes de máquinas e


membros estruturais têm alguma forma de descontinuidade
geométrica ou micro-estrutural. Estas descontinuidades
podem ser vistas como concentradores de tensão.
Método S-N : Entalhes e Concentração de Tensões

• Considerando-se o método Stress Life, o efeito dos entalhes é levado em


conta no fator de correção (redução) de limite a fadiga Kf .
• Se o limite de fadiga para o material sem descontinuidade é Sf , e S´f o
limite de fadiga para o corpo de prova com entalhe, então Kf = Sf/S’f.
Método S-N : Entalhes e Concentração de Tensões
Método S-N : Entalhes e Concentração de Tensões
Método S-N : Entalhes e Concentração de Tensões

A referência [4] apresenta a relação entre o fator de redução a fadiga Kf e o fator de redução a fadiga até 1000 ciclos,
com a tensão de ruptura.
Método S-N : Efeito da Tensão Média

• ΔS=Smax – Smin : faixa de tensão nominal (Nominal stress range)


• Sa= (Smax-Smin)/2 : amplitude de tensão
• Sm= (Smax+Smin)/2: tensão média
• R=Smin/Smax = razão de tensões
• A =Sa/Sm : razão de amplitude ( amplitude ratio)
Método S-N : Efeito da Tensão Média

• A causa primária para o início da trinca por fadiga é a variação das


cargas (tensões) [1], [2] , [4] sendo que a tensão alternada Sa é
considerada a mais importante, mas a tensão média Sm é relevante e
influi significativamente no processo de fadiga.

• As curvas de Wöhler levantadas sob flexão rotativa tem Sm=0 (R=-1).

• Observou-se que tensões médias trativas são geralmente detrimentais


para a vida em fadiga, mas as compressivas são benéficas.
Método S-N : Efeito da Tensão Média
Método S-N : Efeito da Tensão Média

• O diagrama de Haigh plota as amplitudes das tensões


alternadas versus as tensões médias (Sa x Sm).
Método S-N : Efeito da Tensão Média

• Alternativa: Diagrama de Haigh


Método S-N : Efeito da Tensão Média

• Os pontos das curvas de vida constante devem ser vistos como um lugar
geométrico das combinações Sa Sm que causam o mesmo dano ‘a peça.
Este é um conceito útil para viabilizar projetos sob cargas complexas [1].

• Os ensaios requeridos para levantar o diagrama de Haigh podem ser


considerados caros do ponto de vista econômico. Por esta razão várias
relações empíricas foram desenvolvidas para gerar uma linha que define
as regiões onde se tem vida infinita.

• Estes métodos usam várias curvas para conectar o limite de fadiga Se


(endurance limit) tomando-o no eixo das tensões alternadas do diagrama
de Haigh ‘a tensão de escoamento Sy ou ‘a de ruptura Su.
Método S-N : Efeito da Tensão Média

• Formulações de Goodman e Gerber.


Método S-N : Efeito da Tensão Média

• A relação de Sorderberg: Sa/Se + Sm/Sy =1 é análoga a de Goodman,


substituindo Su por Sy.

• Outro pesquisador, Morrow [2], USA, 1960, trouxe outra relação:


Sa/Se + Sm/Sf =1

• Onde Sf é o limite a fadiga. (Sf é mais geral que Se, pois há


metais que não exibem o “endurance limit”, i.e., não possuem
vida infinita.)
Método S-N : Efeito da Tensão Média
Método S-N : Efeito da Tensão Média

• Observações foram extraídas da referência [2]:


• - Soderberg é mais conservador é e raramente usado.
• -Dados de ensaio reais tendem a cair entre as curvas de Gerber e
Goodman
• -Para a maioria das condições de projeto R<1, i.e, pequenas tensões
médias em relação ‘a tensão alternada, há pouca diferença entre as
diferentes teorias.
• -Na região onde as diferentes teorias apresentam grandes diferenças
(quando R tende a 1), há poucos dados experimentais disponíveis. Nesta
região o escoamento deveria ser usado como critério de projeto.
• -Para aços frágeis (alta resistência, duros) onde a tensão de ruptura Su
se aproxima da tensão de ruptura verdadeira, as linhas de Goodman e
Morrow são essencialmente as mesmas. Para aços dúcteis (Sf > Su)
Morrow é menos sensível à tensão média.
Método S-N : Efeito Tensão Média

• Exercício : Tensão Média


Fatores que Modificam o Limite de Fadiga
Método S-N : Fatores que Modificam o Limite de Fadiga

• Filme: fatores que influenciam o limite de fadiga


Método S-N : Fatores que Modificam o Limite de Fadiga

• Os fatores investigados são:

• -Tamanho do corpo de prova


• -tipo de carregamento,
• -acabamento superficial,
• -tratamento superficial,
• -tratamento térmico
• -ambiente,
• -temperatura,
• -outros
Método S-N : Fatores que Modificam o Limite de Fadiga
Método S-N : Fatores que Modificam o Limite de Fadiga

• Efeito do tamanho do corpo de prova


– Espera-se um número maior de defeitos num corpo de prova maior (área superficial e
volumes são maiores).
– Pode-se considerar que por causa do tamanho (imagine um componente em flexão) a
região sujeita a altas tensões num corpo de prova grande é maior que a de um menor.
Método S-N : Fatores que Modificam o Limite de Fadiga

• Acabamento Superficial
– Marcas de usinagem, arranhões, pontos de corrosão e outras marcas na superfície do
material adicionam concentradores de tensão aos que já podem estar presentes devido
à geometria por exemplo.
– A influência do acabamento na estimativa de vida é mais importante em aços de alta
resistência (os grãos são finos) do que, por exemplo, em ferro fundido (grãos mais
grosseiros).
Método S-N : Fatores que Modificam o Limite de Fadiga

• Tratamentos superficiais e térmicos


– Como as trincas devidas à fadiga quase sempre começam na superfície livre do
material, qualquer tratamento térmico pode ter um efeito significativo na vida em fadiga.
 1)Tratamentos mecânicos
 -Shot Peening : tensão residual compressiva
 -laminação a frio: tensão residual compressiva

 2)Tratamentos térmicos
 -Nitretação: tensão residual compressiva
 -Cementação (barburising): tensão residual compressiva
 Por outro lado, se o tratamento induz tensões residuais trativas, então seus efeitos podem ser
considerados detrimentais. Por exemplo:
 -Deposição de material
 -Cromeação: tensão residual trativa
 -Niquelação: tensão residual trativa
Método S-N : Fatores que Modificam o Limite de Fadiga
Método S-N : Fatores que Modificam o Limite de Fadiga

• Tipos de carregamento
Contagem de Ciclos : Rainflow Counting
Método S-N : Carregamentos de Amplitude váriavel e Contagem de Ciclos

• As curvas de propriedade de material S-N para o método Stress Life ou


E-N para o método Strain Life são levantadas considerando-se que o
carregamento é de amplitude constante.

• Para estimar a vida de um componente sujeito a carga ou histórico de


carga com amplitudes variáveis, é necessário reduzir o histórico
complexo a um número de eventos que poderão ser comparados com os
resultados dos ensaios (as curvas S-N ou E-N por exemplo).

• O processo que reduz um histórico de cargas a um número de eventos de


carga de amplitude constante envolve a contagem de ciclos (cycle
counting).

• O método de contagem considerado padrão e aceito, e que é aqui


descrito e geralmente usado é o chamado Rainflow Cycle counting. Este
método foi criado pelos pesquisadores Matsuichi e Endo .
Método S-N : Carregamentos de Amplitude váriavel e Contagem de Ciclos

• A contagem de ciclos foi inspirada nas gotas de chuva que caem num
telhado de um pagode, uma construção típica japonesa.
• A água da chuva flui de um telhado para outro.
Método S-N : Carregamentos de Amplitude váriavel e Contagem de Ciclos

• Um histórico irregular de carregamento (tensão, deformação, esforço) é


constituído de picos e vales, ou seja, pontos onde a direção de
carregamento muda de direção.

• As faixas (“ranges”) são as diferenças de carga ( tensão, deformação ou


esforço) entre picos e vales ou vice-versa.

• Um range simples é medido entre um pico e o próximo vale ou entre o


vale e o próximo pico.

• Um “range overall” ou range macro é medido entre um pico e um vale que


não é o próximo, mas que ocorre posteriormente, ou é medido entre um
vale e um pico que não é o próximo.
Método S-N : Carregamentos de Amplitude váriavel e Contagem de Ciclos
Método S-N : Fatores que Modificam o Limite de Fadiga

• Considera-se que uma combinação X-Y-Z pico-vale-pico ou vale-pico-


vale , como mostrado no slide a seguir , contém um ciclo se o segundo
range Delta_Sigma_YZ é maior ou igual ao primeiro range
Delta_Sigma_XY. Se o segundo range é maior ou igual ao primeiro, então
o primeiro ciclo Delta_Sigma_XY é contado. A média SigmaX+SigmaY/2
é de especial interesse e é registrada.
Método S-N : Fatores que Modificam o Limite de Fadiga

• Filme: fatores que influenciam a vida em fadiga


Método S-N : Fatores que Modificam o Limite de Fadiga

• Por hipótese, presuma que o histórico dado será aplicado repetidamente


e que se pode iniciar o processo de contagem a partir de qualquer pico.
• Reposicione-se, iniciando pelo pico com maior valor absoluto.
• Comece a contagem conforme Delta_Sigma_XY menor ou igual a
Delta_Sigma_YZ .
• Se um ciclo é contado, armazena-se a informação e remove-se este ciclo
da contagem.
Método S-N : Fatores que Modificam o Limite de Fadiga

• Filme: fatores que influenciam a vida em fadiga


Método S-N : Fatores que Modificam o Limite de Fadiga

• Alternativa: pensar na drenagem


Regra de Palmgreen-Miner: acúmulo de dano linear
Método S-N : Regra de PalmGreen Miner – Acúmulo de Dano

• A regra de dano linear, conhecida hoje como regra de Miner, foi


originalmente proposta por Palmgreen e mais tarde aperfeiçoada por
Miner.
• Aplicável tanto ao método S-N (Stress life) quanto ao método E-N (Strain
Life).
Método S-N : Regra de PalmGreen Miner – Acúmulo de Dano

Range = 2 X Amplitude
Método S-N : Regra de PalmGreen Miner – Acúmulo de Dano

Para Deformação
Método S-N : Regra de PalmGreen Miner – Acúmulo de Dano

• Na regra de Miner, a falha ocorre quando o dano é maior ou igual a 1.

• Em laboratório, o que se observa é que a falha ocorre geralmente para


danos acumulados entre 0.6 e 1.4, ou seja, em média 1.

• A regra de Miner supõe que o acúmulo de dano é linear. E, importante, o


efeito da sequência de aplicação de carga não é levado em conta.
Método S-N : Outras Regras de Acúmulo de Dano

• Várias teorias de dano não linear foram propostas para eliminar as


limitações da regra de Miner
• Entretanto:
– a)necessitam de constante de material e de forma que devem ser determinadas a partir
de uma série de ensaios. Isto implica uma considerável quantidade de ensaios,
– b)alguns destes métodos levam em conta a sequência de aplicação de carga. O
registro e análise destes dados podem se tornar problemáticos para históricos de carga
complexos.
– Não é garantido que estas regras não lineares estimem com maior precisão a vida do
que a regra de Miner, em especial para históricos complexos
Método S-N : Regra de PalmGreen Miner – Acúmulo de Dano

• Teoria proposta por Marco e Starkey


Método S-N : Exercícios

• Análise S-N
• Exemplo: simulação de fadiga com o Ansys Fatigue Tools
• Exemplo: simulação de fadiga com o Ansys Design Life

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