Você está na página 1de 84

Introdução a Fadiga de Alto Ciclo

Carregamentos Cíclicos
O que é a curva SN?

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento


Método S-N ou Fadiga de Alto Ciclo

• S-N : Stress Life (Estimativa de Vida considerando a


Tensão Nominal) ou Fadiga de Alto Ciclo (número alto
de ciclos para ocorrência de falha) são sinônimos !

• Método padrão de projeto à fadiga durante mais de


100 anos (a partir de 1830).

• Grande quantidade de dados disponíveis devido a


diversos ensaios e campanhas realizados por
diferentes instituições ao longo de 170 anos.

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 3


Introdução: Método S-N

• Muito utilizado, em especial quando componentes são


projetados para terem longa duração.

• A relação tensão-deformação é considerada elástica


neste método.

• Não é adequado para aplicações de baixo ciclo, onde


pode ocorrer deformação plástica.

• O limite entre alto e baixo ciclo fica entre 10 e 100000


ciclos depende do material.
iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 4
• Nomenclatura usada é a da referência Dowling, N.E
Mechanical Behavior of Materials, Prentice Hall, 3rd
Edition 2007

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 6


Método S-N : Nomenclatura

Letras Latinas: valores nominais


Letras Gregas: valores locais

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 7


Método S-N : Processo Básico de Cálculo

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 8


Método S-N : Processo Básico de Cálculo

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 9


Método S-N : Processo Básico de Cálculo

Constat Amplitude

Fonte: Ansys Fatigue Module Training

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 10


Método S-N : Processo Básico de Cálculo

Fonte: Ansys Fatigue Module Training


iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 11
Considerações sobre Carregamento

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 12


Método S-N : Considerações sobre Carregamento

• Carregamento monotônico é aquele que é aplicado


uma única vez, com o esforço na mesma direção.
Exemplo típico deste é o carregamento num ensaio de
tração estático.

• Carregamento cíclico é aquele que é aplicado de


maneira alternada. Há mudança de direção do
carregamento durante a aplicação de carga.

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 13


Método S-N : Considerações sobre Carregamento

• Carregamento Monotônico

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 14


Método S-N : Considerações sobre Carregamento

• Carregamento Ciclico !!
1 Cycle = 2 Reversals !!

1 Cycle !

2 Reversals !!

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 15


Método S-N : Considerações sobre Carregamento

• Carregamento Cíclico – Ciclo de tensão e parâmetros

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 17


Método S-N : Considerações sobre Carregamento

Proporcionalidade
•O carregamento pode ser proporcional ou não proporcional.
•A relação entre tensões mínima e máxima principal mantém-se constante.

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento


Método S-N : Considerações sobre Carregamento

Proporcionalidade

• Chamando a razão de bi-axialidade de a (a= σ3/σ1 ), pode-se


dizer que:
• a=0 corresponde a um estado uniaxial de tensões
• a=1 corresponde a um estado equi-biaxial de tensões
• a=-1 corresponde a um estado de cisalhamento puro

• Se a é constante então o estado de tensões é proporcional

• Observe que o Ansys Workbench Fatigue informa qual o valor


do fator de baixialidade

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento


Método S-N : Considerações sobre Carregamento

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento


Método S-N : Considerações sobre Carregamento

Não Proporcionalidade

• Se não há uma relação constante entre as entre tensões


mínima e máxima principal o carregamento é não
proporcional.
• Casos típicos de não proporcionalidade:
-carregamentos simultâneos não sincronizados e/ou diferentes
casos de carregamento que se alternam,
-cargas estáticas superpostas a cargas dinãmicas,
-condições de contorno não lineares (por exemplo compression
only ou bolt load),

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento


Método S-N : Considerações sobre Carregamento

• As curvas S-N (e outras como E-N e da/dN) são em


geral levantadas para carregamentos cíclicos de
amplitude constante. Geralmente isto ocorre em
laboratório, num ambiente controlado, e em máquinas
que trabalham em regime permanente, por exemplo.

• Por outro lado, há diversas situações onde o


carregamento alternado aplicado ao componente em
estudo não é de amplitude constante.

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 24


Método S-N : Considerações sobre Carregamento

• Por exemplo, imagine o carregamento sobre um


componente da suspensão ou do sistema de direção
de um veículo.

• O carregamento (força, aceleração) vem do pavimento


por onde o veículo trafega. Alterações no pavimento
como buracos, lombadas e outras variações fazem
com que a amplitude deste carregamento não seja
constante.

• Neste caso, para se utilizar a curva S-N disponível, é


necessário contar os ciclos que possuem a mesma
amplitude (veja aula dedicada a contagem de ciclos)
iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 25
Diagrama de Wöhler e Curva S-N

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 29


Diagrama de Wöhler e Curva S-N

• Nos ensaios para caracterizar o material e levantar as curvas de Wöhler e S-


N o controle do ensaio é feito através da carga (ou tensões). A relação
tensão – deformação é considerada linear.

Curvas de Material

• As curvas S-N podem ser geradas para materiais. Neste caso são usados
corpos de prova padrão, pequenos, usinados, com ou sem entalhes,
dependendo do tipo de condição que se quer ensaiar. São as curvas SN de
material.

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 30


Método S-N : Diagrama de Wöhler e Curva S-N

Corpos de Prova Típicos


para ensaio de fadiga e levantamento da
curva de materiais

Normas tradicionais: ASTM, ASM, SAE

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 31


Método S-N : Diagrama de Wöhler e Curva S-N

• O diagrama de Wöhler, que plota a tensão alternada S


versus o número de ciclos até a falha N

Veja filme ilustrando o ensaio:


https://www.youtube.com/watch?v=33hB4G1JUJw

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 32


Curva S-N

• Basquin escreveu a relação S-N usando escala


logaritímica (log S-log N). Originou a curva S-N

Fonte: nCode

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 33


Método S-N : Curva S-N

• Curva S-N

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 34


Curva SN no Ansys Workbench Mechanical

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 35


Método S-N : Diagrama de Wöhler e Curva S-N

Curvas de Material
• As curvas S-N são em geral levantadas para materiais. Neste
caso são usados corpos de prova padrão, pequenos, usinados,
com ou sem entalhes, dependendo do tipo de condição que se
quer ensaiar. São as curvas SN de material.

Curvas de Componente

• Há também as chamadas curvas S-N de componente. Neste


caso, há alguma condição que não pode ser representada no
corpo de prova convencional ou não pode ser corrigida por um
fator de correção (trata-se destes fatores de correção mais
adiante).

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 36


Curvas S-N

• Curvas S-N para componentes, extraídas da norma ABS .

Fonte: ABS – American Bureau of Shipping

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 37


Curva S-N para Componente

• O próximo exemplo foi extraído da palestra

SHORT COURSE LECTURE ON:

DISCUSSION OF FATIGUE LIFE PREDICTION METHODS

Norman E. Dowling
Engineering Science and Mechanics Department
Virginia Polytechnic Institute and State University
Blacksburg, VA, USA 24061

SAE Brasil Fatigue 2004


Conference and Short Course on Fatigue
June 2004, São Paulo, Brasil

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 38


Método S-N : Curva S-N para Componente :

COMPONENT TEST CURVES


Example: Bailey bridge panel

39

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 39


Método S-N : Curva S-N para Componente

40

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 40


Método S-N : Curva S-N para Componente

DESIGN CODE CURVES


Example: American Welding Society, AASHTO

41

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 41


Método S-N : Curva S-N para Componente

42

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 42


Método S-N : Curva S-N para Componente

(See recent work of P. Dong et al. on a method of collapsing to a single


master curve.) 43

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 43


Fornecer a curva SN

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 44


Limite de Fadiga
(Endurance Limit e Fatigue Limit)

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento


Método S-N : Limite de Fadiga

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 46


Método S-N : Limite de Fadiga

Endurance Limit :

• Se – tensão abaixo da qual falha por fadiga não ocorre .


Observa-se para aços e ligas de titânio.

• Fatores como ambiente corrosivo alteram esta


característica

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 47


Método S-N : Limite de Fadiga

Limite de Fadiga (Fatigue Limit)


• Sf – Valor limite de tensão para um número
especificado de ciclos (exemplo:5x108 ciclos ).
Carregamento com amplitude abaixo deste valor não
causa dano.
• Ligas de alumínio e ligas de cobre por exemplo

Sf=14.5
N=5e8

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 48


Método S-N : Relação entre Endurance Limit e Propriedades Mecânicas

• Corrosão, altas temperaturas e sobrecargas periódicas podem


eliminar o limite de fadiga exibido pelo material.

• A maioria das ligas não-ferrosas (alumínio, cobre, etc...) não


possuem um limite de fadiga.

• Observa-se que a curva S-N é uma curva inclinada contínua.


Alguns autores tomam um “pseudo limite de fadiga” ou
resistência a fadiga como 5x108 ciclos.

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 50


Relação entre Limite de Fadiga e Propriedades
Mecânicas

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 51


Método S-N : Relação entre Endurance Limit e Propriedades Mecânicas

• Em aços, há relações empíricas entre as propriedades


de fadiga e o limite de fadiga. (Ensaio de Fadiga $$$ x
Tração$)
• A maioria dos aços com tensão última abaixo dos 200
Ksi (1380 MPa) tem uma relação de 0.5 de fadiga, i.e,
Se =0.5Su.

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 52


Método S-N : Relação entre Endurance Limit e Propriedades Mecânicas

Se = me * Su

Fonte: Dowling, Mechanical behavior of materials 3rd. Edition

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 53


Limite de fadiga no Ansys Workbench Mechanical

• Se a carga é de amplitude constante e as tensões calculadas são


inferiores ao limite inferior definido na curva S-N, observe que o
último ponto definido tensão (S) vida (N) será usado como
limite de fadiga.

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 54


Limite de fadiga no Ansys Workbench Mechanica

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 55


Limite de fadiga no Ansys Workbench Mechanica

• Considerando carregamentos de amplitude variável, o


histórico de carregamento será dividido em intervalos de
tensões médias e amplitudes (veja a aula dedicada a
contagem do ciclo).
• O dano é cumulativo. Então pequenas tensões podem
causar efeitos consideráveis, mesmo se o número de ciclos
seja alto.
• Deste modo, um valor de “vida infinita” pode ser fornecido
no campo Details para definir o valor do número de ciclos
que será usado se a tensão for inferior ‘a tensão do ponto
inferior definido na curva.

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 58


Limite de fadiga no Ansys Workbench Mechanica

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 59


Aula 7
Fatores que modificam o limite de fadiga

Efeito da tensão média na estimativa de vida

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento


Método S-N : Contabilização da dispersão estatística na curva S-N

• Ensaios de fadiga são de longa duração e demandam


um número razoável de corpos de prova.
• O custo de ensaios de fadiga é relevante.
• Há outras considerações a fazer sobre a dispersão dos
resultados de ensaios de fadiga.
• Considerem-se espécimen pequenos de material,
normalizados, polidos. A variação na vida pode ser da
ordem de 3:1 , enquanto que para ensaios de
componentes esta variação pode ser mais alta, da
ordem de 10:1. [3]

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 64


Fatores que Modificam o Limite de Fadiga

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 81


Método S-N : Fatores que Modificam o Limite de Fadiga

• Os fatores investigados são:

-Concentração de tensões
-Tamanho do corpo de prova
-tipo de carregamento,
-acabamento superficial,
-tratamento superficial,
-tratamento térmico
-ambiente,
-temperatura,
-outros
iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 82
Método S-N : Entalhes e Concentração de Tensões

• Considerando-se o método Stress Life, o efeito dos entalhes é levado em


conta no fator de correção (redução) de limite a fadiga Kf .
• Se o limite de fadiga para o material sem descontinuidade é Sf , e S´f o
limite de fadiga para o corpo de prova com entalhe, então Kf = Sf/S’f.

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 83


Método S-N : Contabilização da dispersão estatística na curva S-N

Esta figura foi extraída de um experimento típico para três diferentes níveis de
tensão. A curva A-B corresponde a situação em que cerca de 50% dos
componentes falharam muito cedo, i.e., há probabilidade de 50% de falha ou 50%
de probabilidade de sobrevivência.

A curva C-D representa uma situação de que não há ocorrência de falha por
fadiga. Entretanto, a vida esperada pode ser muito baixa e, esta pode não ser
aceitável comercialmente.
iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 84
Método S-N : Contabilização da dispersão estatística na curva S-N

A curva E-F representa que 1 em 1000 especimén falharam( 99.99% de


probabilidade de sobrevivência) o que pode ser considerado desejável como
dado básico de projeto.

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 85


Método S-N : Contabilização da dispersão estatística na curva S-N

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 86


Método S-N : Fatores que Modificam o Limite de Fadiga

Limite de fadiga “ideal”

No Ansys Fatigue
Details: Kf

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 87


iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 88
Fatores que afetam a vida em fadiga:

Efeito da Tensão Média

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 95


Método S-N : Efeito da Tensão Média

• ΔS=Smax – Smin : faixa de tensão nominal (Nominal stress range)


• Sa= (Smax-Smin)/2 : amplitude de tensão
• Sm= (Smax+Smin)/2: tensão média
• R=Smin/Smax = razão de tensões
• A =Sa/Sm : razão de amplitude ( amplitude ratio)

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 96


Método S-N : Efeito da Tensão Média
2
Amplitude Constante Sa ,
Média nula Sm>0

1,5

Amplitude Constante Sa ,
Média nula Sm=0
1

0,5
S
Sa + Sm
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5

-0,5

-1

-1,5

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 97


Método S-N : Efeito da Tensão Média

• A causa primária para o início da trinca por fadiga é a variação das cargas
(tensões) [1], [2] , [4] sendo que a tensão alternada Sa é considerada a mais
importante, mas a tensão média Sm é relevante e influi significativamente
no processo de fadiga.

• Observa-se que tensões médias de tração são geralmente detrimentais para


a vida em fadiga. As compressivas são benéficas.

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 98


Método S-N : Efeito da Tensão Média

• Os ensaios requeridos para levantar o diagrama de Haigh podem ser


considerados caros do ponto de vista econômico. Por esta razão várias
relações empíricas foram desenvolvidas para gerar uma linha que define as
regiões onde se tem vida infinita.

• Estes métodos usam várias curvas para conectar o limite de fadiga Se


(endurance limit) tomando-o no eixo das tensões alternadas do diagrama de
Haigh ‘a tensão de escoamento Sy ou ‘a de ruptura Su.

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 103


Método S-N : Efeito da Tensão Média

• Formulações de Goodman e Gerber.

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 104


Mean Stress Effects
• The Goodman theory is suitable for
low-ductility metals. No correction is
done for compressive mean stresses.

• The Soderberg theory tends to be more


conservative than Goodman and is
sometimes used for brittle materials.

• The Gerber theory provides good fit


for ductile metals for tensile mean
stresses, although it incorrectly predicts
a harmful effect of compressive mean
stresses, as shown on the left side of the graph

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento


… Mean Stress Effects
• It is advisable to use multiple S-N curves if the test
data is available (Mean Stress Curves)
• However, if multiple S-N curves are not available,
one can choose from three mean stress correction
theories. The idea here is that the single S-N curve
defined will be ‘shifted’ to account for mean stress
effects:
1. For a given number of cycles to failure, as the mean
stress increases, the stress amplitude should decrease
2. As the stress amplitude goes to zero, the mean stress
should go towards the ultimate (or yield) strength
One can consider this graph to be a
3. Although3 ‘multiplier’
compressive mean stress to the single
usually defined S-N
provide
curve. The horizontal line is 1.0, but for
benefit, it is conservative
1 to assume that
tensile mean they the
stresses, dodefined
not S-N
(scaling=1=constant) curve will shift down.

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento


Contagem de Ciclos : Rainflow Counting

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 113


Método S-N : Carregamentos de Amplitude váriavel e Contagem de Ciclos

• As curvas de propriedade de material S-N para o método Stress Life para o


método Strain Life são levantadas considerando-se que o carregamento é de
amplitude constante.

• Para estimar a vida de um componente sujeito a carga ou histórico de carga


com amplitudes variáveis, é necessário reduzir o histórico complexo a um
número de eventos que poderão ser comparados com os resultados dos
ensaios (as curvas S-N ou E-N por exemplo).

• O processo que reduz um histórico de cargas a um número de eventos de


carga de amplitude constante envolve a contagem de ciclos (cycle counting).

• O método de contagem considerado padrão e aceito, e que é aqui descrito e


geralmente usado é o chamado Rainflow Cycle counting. Este método foi
criado pelos pesquisadores Matsuichi e Endo , e é o que está implementado
no Ansys Workbench Fatigue.

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 114


Método S-N : Carregamentos de Amplitude váriavel e Contagem de Ciclos

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 117


Método S-N : Fatores que Modificam o Limite de
Fadiga
• Filme: fatores que influenciam a vida em fadiga

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 119


Método S-N : Fatores que Modificam o Limite de
Fadiga
• Filme: fatores que influenciam a vida em fadiga

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 121


Resultado da contagem de ciclos

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 122


Regra de Palmgreen-Miner: Acúmulo de Dano Linear

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento


Método S-N : Regra de PalmGreen Miner – Acúmulo de Dano

• A regra de acúmulo de dano linear, conhecida hoje como regra de Miner, foi
originalmente proposta por Palmgreen e mais tarde aperfeiçoada por Miner.
• Aplicável tanto ao método S-N (Stress life)

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 125


Método S-N : Regra de PalmGreen Miner – Acúmulo de Dano

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento 126


Combinação de Tensões

Combinação de tensões
• Porque combinar tensões?

• Será necessário utilizar propriedades do material a partir das curvas S-N. O dado a
monitorar é a tensão.

Set up a stress analysis Define fatigue material Specify loading type and
(linear, proportional properties, including S-N treatment of mean stress
loading) curve(s) effects

Solve and postprocess


fatigue results

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento


Combinação de Tensões

• Porque combinar tensões?

• A tensão deveria representar o estado de tensão do componente.

• Se o carregamento e estado de tensões são uniaxiais, e a geometria e condições de contorno


não alteram os valores e direções das tensões, então basta usar a tensão na direção do
carregamento.

• Caso contrário pode ser necessário usar uma combinação de tensão para representar o
estado de tensões do local.

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento


Combinação de Tensões
• Porque combinar tensões?
Combinações típicas no Ansys Fatigue – Componentes x,y,z,xy,yz,zx,Von Mises,
Signed Von Mises, Max Shear, Max Prin, AbsMaxPrin

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento


Combinação de tensões : Critério de seleção

• A escolha da combinação de tensões pode ser baseada no


maior esforço calculado.

• No exemplo, um quarto do componente é modelado devido a


simetria geométrica e de carregamento. O maior esforço
ocorre na borda do furo.

• As candidatas são as tensões Sx e S1 (máxima principal)

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento


Combinação de Tensões :critério de seleção

Extraído de

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento


Combinação de Tensões

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento


Combinação de Tensões

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento


Combinação de Tensões

Escolha da tensão

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento


Resultados no Ansys Wb Fatigue
• There are several types of Fatigue results available for
constant amplitude, proportional loading cases:
• Life
• Contour results showing the number of
cycles until failure due to fatigue
• If the alternating stress is lower than the
lowest alternating stress defined in the
S-N curves, that life (cycles) will be used
(in this example, max cycles to failure in
S-N curve is 1e6, so that is max life shown) Life Design
Damage 
• Damage Life Available

• Ratio of design life to available life


• Design life is specified in Details view
• Default value for design life can be
specified under “Tools menu > Options…
> Simulation: Fatigue > Design Life”

iESSS | Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e Desenvolvimento

Você também pode gostar