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Comportamento Mecânico do Materiais – PM308

Nome: Leandro de Lima Ramaldes

Mestrado: Materiais e Processos

Disciplina: Comportamento Mecânico dos Materiais – PM308

Professor Dr. Gustavo Donato

Materiais e Processos – Lista 3 Pá gina 1


Comportamento Mecânico do Materiais – PM308

Ex. 1) Para as condições a seguir (w/b>6 (condição de EPD) e 2<b/t<4 (minimiza o efeito de atrito)),
carregamento aplicado pelo punção como apresentado e material isotrópico que obedece a lei σ=450ε0,28,
determinar:

a. A força F necessária para que o material entre em escoamento.

Para resolução do exercício, consideraremos as seguintes hipóteses:

- Manutenção do volume;

- Como estamos preocupados no escoamento, consideramos como na norma uma deformação para atingir o
ponto de escoamento de 0,2 %

- Considerando deformação apenas nos eixos 1 e 2, ou seja, restrição no eixo 3;

- Carregamento proporcional;

- Considerando material em aço 2Ni-18Cr com o coeficiente de Poisson de 0,283;

Deduções preliminares de forças e deformações:

ε 1≠ 0 σ 1≠ 0

ε 2≠ 0 σ 2=0

ε 3=0 σ 3≠ 0

Para atingir o escoamento do material, consideraremos como a deformação ε 1=−0,002.

Por manutenção de volume:

ε 1+ ε 2 +ε 3=0

Portanto,

ε 1=−ε 2

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ε 2=0,002

Se,

ε efe=
√ 2
3 √
. √ ε 1 ²+ ε 2 ²+ ε 3 ² →
2
3
. √ 0 , 002²+(−0,002)²+ 0²=0,002

ε efe=0,002

Se,
0 ,28
σ =450 . ε efe

Então:
0 , 28
σ =450 . 0,002

σ =78 , 98 MPa

Por Levy Mises

ε efe
ε 3= .¿
σ

Como σ 2=0

σ3
σ 3=σ 1 .0,283 ou σ 1=
0,283

1
σ= . √( σ ¿ ¿ 2−σ 3 )²+(σ ¿ ¿ 3−σ 1) ²+(σ ¿ ¿ 1−σ 2 )²=72 , 98 ¿ ¿¿
√2
Substituindo:

σ 1=88,463 MPa

σ 3=25,035 MPa

F
σ= → 91 , 98. 10 . 80=70 , 7 kN
A

Valor σ =70 , 7 kN sabendo que o material está na transição do regime elástico para o plástico assumindo
um coeficiente de Poisson de 0,283 representando esta transição, onde o material está iniciando o
mecanismo para deslocamento de discordâncias, tal que sugerimos um ε 2=0,002, primeira deformação útil
que material tende a sofrer para se situar em regime plástico.

Ex. 2) Um tubo de paredes finas é pressurizado internamente. Assumindo que o material obedece a lei
σ=450ε0,25, calcular para estas condições:

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a. Qual o valor da deformação para que ocorra a instabilidade plástica?

b. Se o tubo tinha Øinicial=100mm e espessura t=1,6mm, para qual pressão ocorrerá a instabilidade?

Para resolução do exercício, consideraremos as seguintes hipóteses:

- Manutenção do volume;

- Carregamento proporcional;

Deduções preliminares de forças e deformações:

ε 1≠ 0 σ 1≠ 0

ε 2=0 σ 2≠ 0

ε 3≠ 0 σ 3=0

Para manutenção de volume:

ε 1+ ε 2 +ε 3=0

Portanto,

ε 1=−ε 3

ε 2=dλ . [ σ 2−0 ,5 . ( σ 1+ σ 3 ) ] → 0=dλ . [ σ 2−0 , 5 . ( σ 1 +σ 3 ) ]

Como, σ 3=0, portanto:

σ 2=0 , 5 .σ 1

Ou ,

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P.r t . σ1
σ 1= → P=
t r

E,

P.r 2t . σ 2
σ 2= → P=
2.t r

t . σ 1 2 t . σ2
P=P →= =
r r

σ 1=2 σ 2 ou σ 2=0 , 5 .σ 1

Tensão efetiva

σ=
1
√2 √ 1
. (σ ¿ ¿ 2−σ 3 )²+(σ ¿ ¿ 3−σ 1)²+(σ ¿ ¿ 1−σ 2 )² → σ = . √ (σ ¿¿ 1 .0 , 5)²+(−σ ¿¿ 1)²+(σ ¿ ¿ 1−σ 1 .0 , 5)² ¿
√2

σ=
1
.
3
√2 2 1 √
. σ ² → σ1.
3
2


. σ ouσ = √ 3 . σ 1
2
σ 1=
√3 2

Deformação efetiva

ε efe=
√ 2
3
d ε 1 ²+ dε 2 ²+d ε 3 ² →
2

d ε ²+0²+(−d ε 1)²
3 1

ε efe=
√ 2
3
. 2 d ε1 ² →

4
3
. d ε1 ²

. ε 1 ε 1= √ 3 . ε efe
2
ε efe=
√3 2

− √3
ε 3= . ε efe
2

Para ocorrência da instabilidade, dP = 0

P.r t . σ1
Como, σ 1= → P=
t r

Então: dP = 0

t . d σ 1 r dt . σ 1 r t . σ 1 dr t . d σ 1 dt . σ 1 t . σ 1 . dr
dP= . + . − . → + − 2
=0
r r r r r r r r r

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t . d σ 1 −dt . σ 1 t . σ 1 . dr d σ 1 −dt . r t . dr . r
= + 2
→ = + 2
r r r σ1 r .t t.r

d σ 1 dr d t
= −
σ1 r t

dr dt
Como, =ε 1 e =ε 3
r t

d σ1
Portanto: =d ε 1 – d ε 3
σ1

Se, ε 1=¿
√3 . ε e ε 3=
− √3
. ε efe
efe
2 2

Então:

d σ 1 √3
σ1
=
2 efe
− 3
2 (
. ε − √ . ε efe → √ 3 . ε efe )
d σ1 d σ1
=√3 . ε efe ou =√ 3 . σ 1
σ1 ε efe

Como segue a equação:


0 , 25
σ =450. ε efe

√3 . σ =K . ¿
1
2

d σ1
Na instabilidade plástica =√ 3 . σ 1
ε efe

d σ1
Então a derivada de é:
ε efe

2 2 2
K . ε efe = √ 3 . σ 1 →n .
n−1 n−1
n. K . ε efe = K .¿
√3 √3 √3
=ε efe . √3
n−1 n
n . ε efe

n
n=ε efe . √ 3ou ε efe=
√3
a. Qual o valor da deformação para que ocorra a instabilidade plástica?

n 0 ,25
ε efe= → =0,144
√3 √3

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b. Se o tubo tinha Øinicial=100mm e espessura t=1,6mm, para qual pressão ocorrerá a instabilidade?

2
Como, σ 1= K .¿
√3

Se, d ε 1=¿
√3 . ε e d ε3 =
− √3
. ε efe
efe
2 2

ε 1=ln ( rr )→ √23 .0,144=ln ¿


0

ε 2=ln
( tt ) →− √23 . 0,144=ln ¿
0

t.σ1
P=
r
−√ 3 n
.
2 √3
t . σ 1 t0 . e 2
P= → . K .¿
r √3 . n
√ 3
r 0 .e 2 √ 3

t . σ 1 t 0 −n 2
P= → .e . K .¿
r r0 √3
Pressão máxima 7 , 98 MPa encontrada na instabilidade plástica, ponto no qual ocorre a máxima
deformação plástica alcançada pelo tubo antes da falha. Podemos também comentar sobre a máxima
deformação na instabilidade plástica que está diretamente dependente da tensão efetiva que o material
absorve que é determinado pela tensõe: σ cir e σ long que foram informada ao longo do exercício.

Ex. 3) Um tubo de paredes finas é feito a partir de uma chapa calandrada e posteriormente soldada
longitudinalmente. A direção de laminação se torna a direção axial do tubo e a direção transversal original
se torna a direção circunferencial. O tubo tem Ø=5 polegadas e espessura t=0,025 polegadas. As razões de
deformação plástica são: R0=2,5, R45=1,8, e R90=P=0,8. A tensão de escoamento na direção de laminação é
100000 psi. Desconsiderar efeitos elásticos e calcular:

a.Se o tubo for tampado e submetido a pressão interna, qual será a pressão que provocará o escoamento.

b.O comprimento do tubo aumentará, diminuirá ou permanecerá constante. Calcule a relação εaxial/εcircunferencial.

c.Se o tubo é extendido axialmente por uma força de tração o volume dentro do tubo aumentará, diminuirá
ou permanecerá constante?

d.Se o tubo for cheio com um fluido incompressível e for puxado em tração, qual será a tensão no
escoamento?

Deduções preliminares de forças e deformações:

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εx≠ 0 σx≠ 0

ε y =0 σ y≠0

εz ≠ 0 σ z =0

P .r P .63 ,5
σ cir=σ y = = → σ y =100. P
t 0,635

P .r P .63 ,5
σ long=σ x = = → σ x =50. P
2. t 2.0,635

Como σ x e σ y são tensões principais, portantoτ xy =τ xz =τ zy =0

Assim da equação de Hill, temos:

F . ( σ y −σ z ) ²+G . ( σ z −σ x ) ²+ H . ( σ x −σ y ) ²+2. L . τ zy ²+2. M . τ xz ²+2. N . τ yz ² =1

F . ( σ y ) ²+G . ( σ x ) ²+ H . ( σ x −σ y ) ²=1

Cálculo de Y e Z, onde X=10000 PSI, P=0,8 e R0 =2 ,5

Z=X . P .
√ (1+ R)
( P+ R)
→100000. 0 , 8.

(1+ 2 ,5)
( 0 , 8+2 ,5)
→ Z =92113 , 2 PSI

Z 92113 , 2
Y= → →Y =78881 PSI

√ R.
(1+ P)
(P+ R)
2 , 5.
√ (1+0 , 8)
(0 ,8+ 2, 5)

Com os valores X,Y,Z, determinaremos F,GeH :

2 F=
( Y1 + Z1 − X1 )=( 78881
2 2
1
2
+
92113 ,2² 100000 )
1

1
2
=F =8,929.10 2
−11

2 G=
( 1 1
2
Z X Y
1
+ 2− 2 =
1
92113 , 2 )(
2
+
1
100000²

1
78881
2
=G=2,857. 10
−11
)
2 H=
( X1 + Y1 − Z1 )=( 100000
2 2
1
2
+
78881² 92113 , 2 )
1

1
2
=H =7,143.10 2
−11

Como, F . ( σ y ) ²+G . ( σ x ) ²+ H . ( σ x −σ y ) ² =1

−11 −11 −11


8,929. 10 . 10000. P ²+ 2,857.10 .2500. P ²+7,143. 10 .2500 . P ²=1
−6
1,1429 . 10 . P ²=1→ P=935,397 PSI

Como,

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P .r P .63 ,5
σ cir=σ y = = → σ y =100. P
t 0,635

P .r P .63 ,5
σ long=σ x = = → σ x =50. P
2. t 2.0,635

σ y =100.935,397=93539 , 7 PSI

σ x =50.935,397=46769 , 85 PSI

Lei de escoamento para Plasticidade de Mises:

d ε long d ε x
= =dλ . ¿ ¿
d ε cir d ε y

d ε long
=−0,1090 O tubo sofrerá diminuição em seu comprimento.
d ε cir

d ε long d ε x
= =¿ ¿
d ε cir d ε y

d ε long
= -1,3999
d ε cir

Calculando d ε cir e adotando d ε axial =1 ,temos :

1
d ε cir = =−0,7142
−1,3999

Estabelecendo relações:

d ε long =d ε x =ln ( ll )=1→ l=e ¹ .l =2,719 .l


o
o o

d ε cir =d ε y =ln
( rr )=−0,71429 → r=e
o
−0,71429
. r o =0,4895. r o

Para encontrar o volume aplicado após a tração e dado por:

2
V trac =l . r ² . π →2,719 . l o . ( 0,4895.r o ) . π=0 ,65 . l o .r o ² . π

Logo o volume dentro do tubo diminuirá pelo fator de 0,65.

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