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19/02/2023 12:17 Lava Jato passa a limpo o Brasil - Jornal Opção

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PONTO DE PARTIDA

Lava Jato passa a limpo o Brasil


Cezar Santos 19 março 2016 às 11h43

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Sérgio Moro: no encalço dos corruptos, juiz federal vira alvo de campanha difamatória dos petistas | Foto:
Fabio Pozzebom / Fotos Públicas
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Operação completou dois anos na semana passada, com saldo de
93 condenações e R$ 2,9 bilhões recuperados aos cofres
públicos

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políticas voltaram a
ser pautas

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19/02/2023 12:17 Lava Jato passa a limpo o Brasil - Jornal Opção
Compensação de Sérgio Moro: no encalço dos corruptos, juiz federal vira alvo de campanha
perdas do ICMS é ação
de pacificação política
difamatória dos petistas | Foto: Fabio Pozzebom / Fotos Públicas

Vitória de Lira e
Na quinta-feira, 17, a operação Lava Jato fez aniversário de dois São Paulo para Recife
Pacheco indica que
bolsonaristas não anos. Não é unanimidade, claro. Não gostam dela os que estão
serão protagonistas no sob investigação, correndo o risco de serem condenados, e mais Voe de São Paulo a Recife por R$ 522 em
Congresso LATAM.com
um monte de gente que já foi condenada.
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Também não gosta dela — e aí é impressionante — o governo


federal do PT. Impressionante porque era justamente o PT, antes
São Paulo para Petrolina
de tomar o poder, que vivia gritando por punição aos corruptos. Voe de São Paulo a Petrolina por R$ 431 em
No poder, com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal LATAM.com

investigando corrupção, o PT caiu na rede. Já há petistas presos e A partir de R$431 Reserva aquí

outros na iminência de prisão, como o ex-presidente Lula da


Silva. São Paulo para Rio de Janeiro
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Brasília para São Paulo


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São Paulo para Salvador São Paulo para Brasília Salvador para São Paulo
Voe de São Paulo a Salvador por R$ 37… Voe de São Paulo a Brasília por R$ 184… Voe de Salvador a São Paulo por R$ 3…
As verdadeiras políticas
A partir de R$375 Reserva aquí A partir de R$184 Reserva aquí A partir de R$386 voltaram a ser pautas
Reserva aquí

Por Marcos Aurélio Silva

A Operação Lava Jato é um marco na história do Brasil. No


trabalho destaca-se o juiz federal do Paraná Sérgio Moro. Ele não Compensação de perdas
é um herói solitário. A ação da Lava Jato tem dezenas de do ICMS é ação de
pacificação política
delegados e agentes da PF, promotores e juízes. Não por acaso,
Por Marcos Aurélio Silva
Moro é alvo da fúria dos petistas, que promovem uma sórdida
campanha de desqualificação, com deslavadas mentiras sobre
sua atividade profissional e vida pessoal. Vitória de Lira e Pacheco
indica que bolsonaristas
não serão...
No dia do aniversário da Ope­ração Lava Jato, o G1 Paraná Por Marcos Aurélio Silva

publicou uma extensa reportagem com o ba­lanço da maior


investigação realizada no País. Os números são im­pressionantes,
como 990 anos em penas acumuladas, 134 mandados de prisão
expedidos, 93 condenações criminais e R$ 2,9 bilhões
recuperados para os cofres públicos. Segue um resumo.

As investigações começaram em um posto de gasolina de Brasília


e chegaram à Praça dos Três Poderes, também em Brasília.
Doleiros, operadores financeiros, deputados, senadores e o ex-
presidente Luiz Inácio Lula da Silva integram a lista de
investigados. A operação também já investigou empresas com
atuação no Brasil e no exterior e seus executivos, além de ex-
diretores da Petrobrás.

As condenações mais recentes ocorreram no dia 8 de março,


quando executivos e ex-funcionários da maior empreiteira do
Brasil, a Ode­brecht, foram considerados culpados por crimes
como corrupção, organização criminosa e lavagem de di­nhei­ro.
Presidente afastado da empresa, Marcelo Odebrecht foi
condenado a 19 anos e 4 meses de prisão.

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19/02/2023 12:17 Lava Jato passa a limpo o Brasil - Jornal Opção

As investigações da Lava Jato são divididas em três etapas. A


primeira delas apurou crimes financeiros praticados por
organizações criminosas lideradas por doleiros. Na sequência o
foco esteve em atos de corrupção e lavagem de di­nheiro
praticados no âmbito da Petrobrás. As propinas pagas no
esquema somam, pelo menos, R$ 6,2 bilhões.

Na fase atual, as investigações focam outros órgãos públicos


federais, como o Ministério do Planejamento, Eletronuclear e
Caixa Econômica Federal. Na 24ª fase da operação, os
procuradores apontaram suspeitas de irregularidades em
pagamentos feitos para o Instituto Lula e uma empresa de
palestras do ex-presidente.

Também foram levantadas suspeitas de que um sítio em Atibaia


(SP) e um tríplex no Gua­rujá, no litoral paulista, são
propriedades de Lula, mas no nome de laranjas.

A nomeação de Lula como ministro chefe da Casa Civil foi


claramente uma manobra para dar foro privilegiado ao ex-
presidente. As investigações sobre Lula devem sair da primeira
instância e passarem à competência da Procuradoria-Geral da
República (PGR), responsável pelos casos que envolvem
autoridades com foro privilegiado.

Rio de Janeiro para Salvador

Voe de Rio de Janeiro a Salvador por R$ 389 em LA...

A partir de R$389 Reserva aquí

São Paulo para Salvador Manaus para Brasília Brasília para Vitória
Voe de São Paulo a Salvador por R$ 37… Voe de Manaus a Brasília por R$ 563 e… Voe de Brasília a Vitória por R$ 346 e…

A partir de R$375 Reserva aquí A partir de R$563 Reserva aquí A partir de R$346 Reserva aquí

Os prejuízos estimados com o esquema de corrupção, segundo o


Tribunal de Contas da União (TCU), chegam a R$ 29 bilhões. A
Polícia Federal (PF), no entanto, estima que esse valor pode
chegar a R$ 42 bilhões. A força-tarefa já pediu o ressarcimento
de R$ 21,8 bilhões.
Deste montante, foi recuperado até o momento R$ 2,9 bilhões,
sendo que réus de processos criminais tiveram R$ 2,4 bilhões em
bens bloqueados.

Trinta e sete ações penais foram propostas contra 179 pessoas,


além de 6 ações de improbidade administrativa contra 49
pessoas – 33 físicas e 16 jurídicas. As 93 condenações criminais,

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incluindo casos de pessoas condenadas mais de uma vez, somam


990 anos e sete meses de prisão.

Nas investigações foram executados 484 mandados de busca e


apreensão, 117 de condução coercitiva e 134 de prisão – destes
são 64 preventivas e 70 temporárias. Segundo o MPF, 8% dos 179
acusados estão presos preventivamente, e 3% deles estão presos
ainda sem condenação.

Os acordos de delação premiada foram um dos mecanismos que


contribuiu para o avanço das investigações da Lava Jato. Já foram
firmados 49 desses acordos, sendo 5 com pessoas jurídicas e 44
com pessoas físicas – deste total, 40 são públicos e os demais são
sigilosos. Dois terços destes acordos foram feitos com os
colaboradores soltos.

Também contribuíram para as investigações os acordos de


cooperação internacional, possibilitando a obtenção de provas,
bloqueio e repatriação de recursos. Foram 97 pedidos de
cooperação ativos para 28 países, e mais 11 passivos com 11
países.

Presos preventivamente:
Marcelo Bahia Odebrecht, Márcio Faria da Silva, Rogério
Santos de Araújo, José Dirceu de Oliveira e Silva, José Carlos
Costa Marques Bumlai, Renato de Souza Duque, Jorge Luiz
Zelada, Pedro da Silva Correa de Oliveira Andrade Neto,
André Luiz Vargas Ilário, João Augusto Rezende Henriques,
João Luiz Argolo dos Santos, João Vaccari Neto, Iara Galdino
da Silva e Nelma Mitsue Penasso Kodama.Delatores da Lava
Jato:
São delatores da Lava Jato: Paulo Roberto Costa, Shanni
Azevedo Costa Bachmann, Marici da Silva Azevedo Costa,
Márcio Lewcowicz, Humberto Sampaio de Mesquita, Arianna
Azevedo Costa Bachmann, Luccas Pace Júnior, Alberto
Youssef, Júlio Camargo, Augusto Ribeiro de Mendonça, Pedro
Barusco, Rafael Ângulo Lopez, Shinko Nakandakari, Luis
Fernando Nakandakari, Fernanda Nakandakari, Eduardo
Leite, Dalton Avancini, João Procópio e Maria Cristina
Mazzei, Ricardo Pessoa, Rodrigo Morales, Roberto Trombeta,
Milton Pascowitch, José Adolfo Pascowitch, Hamylton
Padilha, Mário Góes, Victor Colavitti, Eduardo Musa, João
Carlos de Medeiros Ferraz, Fernando Horneaux de Moura,
Fernando Soares, Ricardo Pernambuco, Ricardo Pernambuco
Júnior, Alexandre Romano, João Bernardi Filho, Salim
Schahin, Agosthilde Mônaco de Carvalho, Nestor Cerveró,
Luis Eduardo Campos Barbosa da Silva, além das empresas
SOG Óleo e Gás e a Camargo Corrêa.

Petrobrás já recuperou R$ 230 milhões

Em nota à imprensa, a Petrobrás divulgou que vem adotando


medidas jurídicas contra pessoas jurídicas e físicas que causaram
danos financeiros e à imagem da empresa. Estas ações estão
sendo alinhadas com as autoridades públicas para maior
efetividade. Segundo a empresa, a companhia recuperou R$ 230
milhões por meio dos acordos de colaboração premiada de
pessoas físicas com o Ministério Público Federal (MPF).

A área de Governança também reforçou os treinamentos de


compliance para os integrantes do Conselho de Administração e
da Diretoria Executiva da Petrobras, além de gerentes executivos

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19/02/2023 12:17 Lava Jato passa a limpo o Brasil - Jornal Opção

e de presidentes de outras subsidiárias. Até o fim de 2016, a meta


é treinar 100% dos empregados da Petrobras por diversos meios,
inclusive e-learning.

Também foram implementadas mudanças no Conselho de


Administração, incluindo os novos Comitês de Assessora­mento
do Conselho de Admi­nistração. A Petrobras implantou um novo
Canal de Denúncia independente, além de redefinir o processo de
escolha do Auditor e do Ouvidor Geral.

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PONTO DE PARTIDA

A voz rouca das ruas mete medo


Cezar Santos 12 março 2016 às 10h22

Tamanho das manifestações deste domingo pode selar definitivamente o fim


de um governo que na prática já acabou há meses

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Tamanho das manifestações deste domingo pode selar
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definitivamente o fim de voltaram a ser pautas
um governo que na prática já acabou há meses Por Marcos Aurélio Silva

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Vitória de Lira e Por Marcos Aurélio Silva
Pacheco indica que
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serão protagonistas no
Congresso

Manifestação de março | Foto: Fernando Leite / Jornal Opção

Dilma Rousseff, Lula da Silva e mais um monte de políticos —-


especialmente do PT, mas não só —- amanheceram neste
domingo, 13, com muito medo. A razão é simples: a única coisa
que mete medo em político é a voz rouca das ruas. A frase é do
finado Ulysses Guimarães, o prócer peemedebista, e não tem
como não lembrá-la nestas ocasiões.

A voz rouca do povo vai ecoar neste domingo, que pode entrar
para a história como o dia em que os brasileiros simbolicamente
despacharam o governante (no caso, a governante) mais fraco da
nossa história.

Obviamente que este texto foi escrito antes (mais precisamente,


na sexta-feira, 11) e não havia como sa­ber o tamanho da adesão
dos brasileiros aos protestos marcados para ho­je. A mobilização
para as manifestações nas redes sociais era intensa, o que
atestava a possibilidade de sucesso.

E a depender do resultado, a repercussão vai apontar para o


agravamento da crise política que tirou da presidente Dilma a
condição de mandatária do País. O volume da voz rouca das ruas
pode ejetar de vez a petista da cadeira presidencial, que ela ainda
ocupa apenas formalmente.
Uma coisa é certa: independentemente do tanto de gente que
esteja nas ruas neste domingo, a imensa maioria dos brasileiros
quer a saída de Dilma do governo. Não só pelas agora fartas
evidências de dinheiro do petrolão em sua campanha, mas
porque ficou nu o cinismo, as mentiras, a incompetência e a
corrupção que assola o país.

A pressão do povo nas ruas é legítima, muito embora os petistas


digam que é apenas um movimento de “coxinhas” tucanos. Os
petistas sabem que não é assim. Por isso eles têm medo. Por isso,
tentaram num primeiro momento assustar os brasileiros
pacíficos que se dispõem a ir para as ruas, ameaçando colocar sua
milícia para o confronto, a título de manifestação a favor do
governo e de Lula.

Aliás, Lula, neste momento, passou a ser mais um caso de polícia.


Lula é um cadáver político ambulante, que admitiu estar com
medo da prisão. Não foi à toa que ele, após prestar depoimento
no Ministério Público de São Paulo, “subiu” no palanque para

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19/02/2023 12:17 Lava Jato passa a limpo o Brasil - Jornal Opção

mais uma vez esgrimir o argumento da luta de classes, do nós


contra eles, como se o fato de haver uma investigação sobre a
mais tenebrosa corrupção da história estivesse dividindo o Brasil.

O Brasil não está dividido. Há milhões de pessoas que estão


indignadas com a crise que tira empregos, que encarece os
produtos, que faz a classe média regredir e os pobres se
depauperarem mais. Há um tanto que mesmo sentindo os efeitos
da crise, não se importa em se manifestar. Há os desinformados.
Há muitos que não entendem bem o que está acontecendo.

E há os que ganham com essa situação, uma nova classe política


assentada em bons empregos em cargos comissionados,
militantes pe­tistas, esses sim, têm medo de per­der o que
ganharam nestes 13 anos. Esses não querem o povo nas ruas. Para
esses, os brasileiros que estarão hoje nas praças em cores verde e
amarela são apenas “coxinhas”.

“Não renuncio”
Na antevéspera da manifestação gigante contra o governo e o PT
em todo o Brasil, Dilma convocou a imprensa ao Palácio do
Planalto (o que ela faz raramente) para afirmar: “Não tenho cara
de quem vai renunciar. Resignação não é comigo, não”.

A presidente fazia referência a notícias de que estaria “apática”


diante da gravidade da crise política. Conforme reportagem de
Veja, Dilma esteve firme e demonstrou uma articulação rara a
seus discursos — qualidades que, se vistas mais vezes, talvez
tivessem evitado que seu governo tivesse chegado tão perto do
abismo.

“Solicitar minha renúncia é reconhecer que não há base para o


impeachment, não há base para qualquer ato contra minha
pessoa. Tenho cara de quem está resignada? Tenho gênio de
quem está resignada? É impossível quem me conhece achar que,
pela minha trajetória, eu renuncie, eu me resigne diante de
tamanho desrespeito à lei. Não tenho essa atitude diante da vida.
E é por isso que eu represento o povo brasileiro, que também não
é um povo resignado”, disse a petista.

Dilma foi a Dilma de sempre quando reagiu com irritação ao ser


questionada sobre uma eventual renúncia: “Isso para mim é
ofensa”. E desconversou sobre a nomeação do ex-presidente
Lula para um ministério de seu governo — não negou que a ideia
possa ser de fato levada adiante.

Essa é outra loucura que alguns petistas estão engendrando: um


cargo ministerial para dar foro privilegiado a Lula. Dessa forma,
o ex-presidente estaria livre de ser julgado pelo juiz Sérgio Moro,
que conduz os processos relativos à Lava Jato em Curitiba.
Dilma tergiversou ao ser questionada se tomaria a medida.
“Teria o maior orgulho de ter Lula como mi­nis­tro. Ele daria uma
imensa contribuição para qualquer governo”, afirmou.
Sabe-se que ela efetivamente ofereceu um cargo à escolha de
Lula. Até o Ministério da Justiça!!!

A presidente tratou também dos protestos convocados para este


domingo. Segundo ela, manifestações são um momento
importante para o país e que, por isso, “não devem ser
manchadas por atos de violência”.

PMDB ajeita o pós-impeachment

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19/02/2023 12:17 Lava Jato passa a limpo o Brasil - Jornal Opção

O PMDB percebeu que o impeachment ou renúncia de Dilma é


questão de semanas. Na quarta-feira, o presidente do Senado,
Renan Calheiros (AL), e outros senadores peemedebistas
estiveram reunidos com a cúpula do PSDB. Líder do PMDB,
Eunício Oliveira (CE) informou que os dois partidos vão
“caminhar juntos” em busca de “alternativas” para o país.

O encontro ocorreu na casa do senador tucano Tasso Jereissati


(CE), no mesmo dia em que Renan e outros senadores do PMDB
tomaram café da manhã com Lula da Silva. Aqui, um detalhe:
Renan contou aos colegas senadores o que teria ouvido de Lula
pela manhã: “Eu sei que posso ser preso a qualquer momento.”

Voltando ao jantar, Eunício e Jereissati informaram que foram


debatidos “diversos cenários” para a crise política do governo
Dilma Rousseff, entre os quais o impeachment da petista. “Não
podemos ficar paralisados vendo o país derreter. O PMDB e o
PSDB vão caminhar juntos em busca de solução para o país.
Discutimos todos os cenários possíveis: o impeachment, a
cassação da chapa pelo TSE e até a permanência dela [Dilma]”,
falou Eunício.

O líder do PMDB disse, ainda, que outros partidos serão


procurados para aderir ao movimento que discutirá os
“cenários” possíveis pa­ra a crise. Perguntado se o PT seria
chamado a participar, o senador disse: “Se ele quiser
participar…”.

Bem, a alternativa a Dilma renunciada ou “impeachada” é o vice,


Michel Temer assumir a Presidência — pelo menos enquanto o
processo que pede cassação da chapa PT-PMDB no TSE não é
julgado. Para isso, o PSDB é peça fundamental para a
governabilidade. O PMDB sabe que precisa dos tucanos no
cenário pós-impeachment (ou pós-renúncia).

Menos mal para Dilma que peemedebistas que defendem o


rompimento com o governo e a cúpula do partido tenham
acertado, na sexta-feira, acordo para adiar a definição sobre o
descolamento do Palácio do Planalto. O rompimento poderia se
dar no dia seguinte (sábado, 12), na convenção do partido. Ficou
acertado que decisão em relação ao governo petista ficará para
uma reunião do diretório nacional, que será convocado em no
máximo 30 dias para deliberar sobre o assunto.

O adiamento é estratégico, porque permitirá que a decisão do


partido ocorra quando já estiver em curso a análise do
impeachment de Dilma Rousseff pela Câmara dos Deputados. O
partido se concentraria na convenção desse sábado em defender
a unidade do partido e reeleger, por aclamação, o vice-
¬presidente da República, Michel Temer, para mais um mandato
na presidência da legenda.

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PONTO DE PARTIDA

O governo erra cada vez mais


Cezar Santos 05 março 2016 às 19h26

Nomeação de um ministro que não poderia ocupar o cargo mostra que se


aprofunda a fragilidade política da gestão de Dilma Rousseff

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Nomeação de um ministro que não poderia ocupar o cargo
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mesmo, no lugar de José Eduardo Cardozo, que foi para a
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Advocacia Geral da União (AGU).
indica que bolsonaristas
não serão...
A decisão atende a ação popular de autoria do deputado Por Marcos Aurélio Silva

Mendonça Filho (DEM-PE) que alegou que a Constituição não


permite que um membro do Ministério Público assuma um cargo
no Executivo. A decisão liminar foi da juíza Solange Salgado, da
primeira Vara Federal.

“Em meio a tantas derrotas do governo do PT nos últimos dias, a


derrubada do ministro é a prova de que o governo passou por
cima da Constituição ao nomear para o cargo alguém que não
poderia ocupá-lo”, disse Mendonça.

O governo recorreu, é claro. O ministro da Advocacia Geral da


União, José Eduardo Cardozo, afirmou que a AGU iria recorrer
ainda na sexta-feira para tentar derrubar a liminar que
suspendeu a posse de Wellington César. Cardozo se dizia
confiante na derrubada da liminar sendo que, segunda ele, o
governo apoia-se em atendimento do próprio Conselho Nacional
do Ministério Público (CNMP), que não vê problemas na situação.

https://www.jornalopcao.com.br/colunas-e-blogs/ponto-de-partida/lava-jato-passa-a-limpo-o-brasil-61537/ 9/12
19/02/2023 12:17 Lava Jato passa a limpo o Brasil - Jornal Opção

O governo pode ganhar e Wellington César continuar no cargo.


Mas o fato demonstra que o governo federal entrou no olho do
imenso redemoinho de erros que vem cometendo desde o
primeiro momento. Fazer uma nomeação que suscita dúvida de
inconstitucionalidade, mostra mais que falta de coordenação,
mostra desespero.

Em tais circunstâncias, o nível de cometimento de erros sobe às


alturas. Principalmente em se tratando de um governo que não
acerta uma.
A presidente foi levada a nomear Wellington César pela tremenda
pressão a que sofrendo por parte de Lula da Silva e do PT, que a
acusam de fazer corpo mole em relação às investigações da
Polícia Federal e do Ministério Público Federal sobre a corrupção
deslavada que se cometeu na Petrobrás.

Recursos milionários advindos dessa corrupção, mostram os


fatos até aqui revelados pelas investigações, beneficiaram Lula
pessoalmente, o PT e partidos aliados e à própria Dilma, que teve
campanhas irrigadas com essa dinheirama. A presidente vinha
sendo acusada de não controlar — ou de deixar que o ministro da
Justiça anterior, José Eduardo Cardozo, não controlasse — a
Polícia Federal.

Daí a troca de Cardozo, de quem Lula da Silva não gosta, por


Wellington César, que os petistas esperam que esse, sim, seja um
ministro da Justiça afinado com os interesses do governo e do PT,
e controle a PF.

A saída de Eduardo Cardozo do Ministério da Justiça foi, na


verdade, uma verdadeira intervenção branca de Lula da Silva no
governo Dilma. Lula demitiu Cardozo. Que deixou o cargo por não
suportar mais a pressão que vinha sofrendo para “frear” a PF e o
Ministério Público Federal.

Cardozo até queria cumprir a difícil missão, mas não tinha como.
Os tempos mudaram e agora nem delegados nem procuradores
aceitam esse tipo de ingerência. E a imprensa está de olho.

Circulou na imprensa que, desde a semana passada, avaliando os


riscos e as pressões que vi­nha sofrendo, Eduardo Cardozo
confidenciou a um amigo: “Vou sair antes que aconteça comigo o
que aconteceu com aquele procurador lá da Argentina.”

A referência é a Alberto Nis­man, investigador do atendado


terrorista contra a entidade judaica AMIA, em Buenos Aires no
ano de 1994, que deixou 85 mortos. Durante a investigação, o
procurador acusou formalmente o governo do Irã de dirigir o
ataque, e, depois, a própria presidente Cristina Kirchner e o
chanceler Héctor Timerman de encobrirem o atentado.

Nisman já tinha provas da responsabilidade de Cristina e


Timerman no episódio e estava pronto para oferecer denúncia.
Mas não teve tempo de fazê-lo. Em janeiro do ano passado, o
procurador foi encontrado morto em sua casa.

Então, José Eduardo Cardozo teria saído do Ministério da Justiça


com medo de ser “nismanzado”. Ou, “celsodanielizado”, numa
referência ao ex-prefeito petista de Santo André (SP) Celso
Daniel, morto em 2002. Daniel foi assassinado num sombrio
esquema de desvios de recursos de prefeituras para
financiamento de campanhas eleitorais do PT.

https://www.jornalopcao.com.br/colunas-e-blogs/ponto-de-partida/lava-jato-passa-a-limpo-o-brasil-61537/ 10/12
19/02/2023 12:17 Lava Jato passa a limpo o Brasil - Jornal Opção

Para a família do prefeito assassinado, Celso Daniel havia


descoberto o esquema de desvio de recursos e estava disposto a
denunciá-lo. Antes que o fizesse, foi morto. A essa morte
seguiram mais sete ou oito que muitos não têm dúvida: foram
queima de arquivo.

O depoimento de Lula

Na sexta-feira, horas depois do depoimento de Lula da Silva à


Polícia Federal em São Paulo, a presidente Dilma Rousseff fez
pronunciamento público para sair em defesa própria em relação
à delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS). O
detalhe é que ela deixou em segundo plano a operação da PF
contra o ex-presidente.

A “Folha” anotou que em um discurso de cerca de 11 minutos,


Dilma dedicou menos de dois à defesa de seu padrinho. Ela
repetiu termos de nota divulgada à imprensa uma hora antes e
disse estar “inconformada” com a “desnecessária condução
coercitiva” do petista para prestar depoimento em São Paulo.

Os dois minutos de defesa ao padrinho foram uma piscadela à


militância petista, um tanto inflamada com a condução coercitiva
do ídolo à PF. Dilma quer reconquistar o apoio dessa militância,
insatisfeita com a condução da política econômica.

“Quero manifestar meu mais absoluto inconformismo com o fato


do ex-presidente, que por várias vezes compareceu de maneira
voluntária para prestar esclarecimentos às autoridades, seja
submetido agora a uma desnecessária coação coercitiva”,
criticou.

Em resposta à delação premiada de Delcídio do Amaral, Dilma


disse que o petista fez as acusações por um desejo “imoral” e
“mesquinho”. Para ela, as suspeitas tiveram como único objetivo
atingi-la. Ainda classificou como “lamentável” o vazamento do
conteúdo da delação premiada – segundo ela, ilegal.

“É lamentável que ocorra ilegalmente o vazamento de uma


hipotética delação premiada que teve como objetivo único atingir
minha pessoa pelo desejo imoral e mesquinho de vingança de
quem não defendeu quem não poderia ser defendido pelos atos
que praticou”, criticou.

Dilma Rousseff rebateu cada referência feita a ela na delação


premiada do senador petista, mas não refutou as acusações
contra Lula no período que este ocupou o Palácio do Planalto e
que também estão no depoimento de Delcídio.

A presidente ressaltou que, em 2014, o procurador-geral da Re­-


pública, Rodrigo Janot, arquivou investigação pela compra da
refinaria de Pasadena, lembrando que ele afirmou não ter havido
delito por parte do Conselho de Adminis­tração da Petrobrás no
negócio.

Dilma também negou que tenha interferido junto ao Poder


Judiciário para liberar da prisão os empresários Marcelo
Odebrecht e Otávio Azevedo, como acusou o senador petista.
Segundo ela, são “subjetivas” e “insidiosas” as acusações do
senador.

https://www.jornalopcao.com.br/colunas-e-blogs/ponto-de-partida/lava-jato-passa-a-limpo-o-brasil-61537/ 11/12
19/02/2023 12:17 Lava Jato passa a limpo o Brasil - Jornal Opção

“Eu jamais falei com o senador sobre isso. Do ponto de vista


institucional, não teria nenhuma razão de pedir para um senador
falar com o juiz”, afirmou.

A mensagem de Dilma deixa entrever que ela está preocupada em


desatrelar sua imagem a Lula, que no momento é o grande alvo
das investigações e sobre quem há fartas evidências de
enriquecimento ilícito.

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