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MINISTÉRIO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ [ IGREJA METODISTA

SANTA MARTA, PEDRA ROXA E SÃO JOSÉ DO CAPARAÓ]

MATERIAL DE TREINAMENTO PARA


PAIS E TESTEMUNHAS

Abençoando
as crianças
pelo
BATISMO
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Batismo e batismo infantil na Igreja Metodista

Texto Base:
Mateus 19.14

PERGUNTA
I - Qual logomarca identifica você hoje?

T
odas as organizações são reconhecidas por uma marca que as identificam. Pense na
logomarca do colégio e/ou da faculdade em que você estuda ou estudou. Pense na
logomarca da empresa em que você trabalha. Pense na logomarca do time de futebol
para o qual você
torce.

Ao contrário do que se pensa, a cruz não é única marca do cristianismo. Apesar de muitos,
corretamente, identificarem a fé cristã no símbolo da cruz, não é o uso dessa imagem ou
objeto que torna cristã uma pessoa. O que atesta e confirma que alguém é discípulo de Jesus
é o batismo alicerçado na fé e sua comunhão na participação do corpo e sangue de cristo
simbolizado na ceia além da sua integração na família Cristã.

BATISMO
A prática do Batismo é testemunhada por toda a literatura no Novo Testamento, embora,
Jesus não tenha batizado. O Batismo cristão não é, desde os seus primórdios, um auto-
batismo, mas é realizado por alguém que o administra. O que é decisivo no Batismo, é em
que nome se batiza. O Batismo cristão só se recebe uma vez, é um evento irreptível e é feito
no Nome de Jesus (Atos 2.38; 8.16). A atitude de rebatizar pessoas é errada e anti-bíblica.
Quanto ao rito do Batismo, o Novo Testamento não transmite nem uma ordem a ser
observada, apenas testemunha-se o que Deus fez pelo Batismo àquele que é batizado. No
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Batismo cristão, a pessoa é passiva no seu ato, ou seja, ele recebe o Batismo e também o
perdão dos pecados. Ele é a purificação dos pecados anteriores.
Também tem grande ligação com a comunidade. Logo, não havia Batismo para as pessoas
viverem isoladas. Elas desejavam o batismo porque queriam estar juntas, unidas, lutando
pelos mesmos ideais, na doutrina dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão e nas
orações como diz Atos 2.42-47.

FORMAS DE BATISMO
A única certeza que se tem é de que Jesus determinou que se batizasse em nome do Pai, do
Filho e do Espírito Santo (Mateus 28.18-20; Jo 3.5; Atos 8.36-38; 10.47-48) e que esse
Batismo era feito com água. Pelos textos aqui indicados, nota-se que o Batismo era feito,
também, simplesmente “em nome de Jesus” (Atos 10.48). Nada mais há para se estabelecer:
nem que haja necessidade de muita ou de pouca água, nem que a água tenha de ser tratada
de maneira especial. Precisamos ter claro em nossa mente: a água é símbolo e a fórmula
usada “em nome de” não é mágica, só possuindo valor na medida em que se assume a
posição de discípulo em relação ao Senhor dos senhores, o Deus trino, Autor, Senhor e
Sustentador da vida verdadeira e eterna.
Existem os que batizam por imersão ou também por efusão (derramamento). A Igreja
Metodista recomenda-se que seja por aspersão, por sua praticidade. Veja por exemplo: Atos
2.41 – 3 mil pessoas foram batizadas em uma região pobre de água. Atos 9.18 – Paulo foi
batizado dentro da casa, simplesmente ficando em pé. Atos 16.25-33 – o carcereiro, em
serviço, não poderia deixar seu posto e levar dois prisioneiros fora da cidade para receber o
Batismo. Textos como Números 19.4-13; 18-21; Levítico 14.7; Ezequiel 36.25, Hebreus
9.19, mostram a água usada simbolicamente para as cerimônias de purificação; e usadas por
aspersão.

BATISMO INFANTIL
Alguns afirmam que crianças não podem receber este sacramento porque não crêem. Mas,
vemos inúmeras provas na Bíblia que lhes assegura o direito no Reino dos Céus, que uma
criancinha, ao morrer, não será lançada no inferno: “das tais é o Reino dos Céus” (Mateus
19.14). Os contrários a este procedimento afirmam que a criança não crê, então não pode ser
batizada, usando Marcos 16.16. Não podemos usar nenhum versículo isolado, para
firmarmos assim, vamos ter que deixar os bebês morrerem de fome, porque a mesma Bíblia
diz: “aquele que não trabalha, não coma” (2 Tessaloniceses 3.10).
- a circuncisão era aplicada no 8° dia
- Atos 2.39 – a herança é para nós e nossos filhos
- Vários outros textos mostram famílias inteiras sendo batizadas: Atos 10.47-48; 16.15; 1
Coríntios 1.16. Será que em nenhuma dessas casas havia crianças?

PERGUNTA
II - Você sabe realmente o que a Igreja Metodista pensa a respeito do batismo?

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 Batismo da Igreja Metodista de Vila Joaquim Inácio, Campinas, São Paulo. No
dia 21 de dezembro de 2008, 300 pessoas se reuniram para celebrar o batismo,
pelo pastor Marcio Aurélio de Souza Silva. A Igreja Metodista aceita a forma por
imersão, desde que por pedido expresso da pessoa que for batizada. O Bispo
Nelson Luiz Campos Leite alerta que não é a forma que realmente importa no
batismo, mas seu profundo significado.

O batismo é um sacramento, ou seja, um meio de graça instituído por Nosso Senhor Jesus
Cristo, sinal visível de uma graça invisível. Assim nos ensinam os Cânones, os princípios
que fundamentam a missão e organização da Igreja Metodista. O batismo é uma cerimônia
simples, mas de grande valor para a Igreja, desde os primeiros tempos do cristianismo. Pelo
batismo, os(as) cristãos(ãs) testificam o novo nascimento e sua participação no Corpo de
Cristo, a Igreja. O livro de Efésios 4.4-6 diz: (...) "há somente um corpo e um Espírito,
como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação; há um só Senhor, uma
só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de
todos e está em todos". O batismo único a que se refere este texto é o que está relatado no
livro de Mateus 28.19: "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em
nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo". Aí está o que é central no batismo.
Infelizmente, porém, questões secundárias envolvendo o batismo têm dividido as igrejas
cristãs e mesmo membros de uma mesma denominação. Aqui, buscamos esclarecer as
dúvidas mais freqüentes, utilizando como fontes de informação os Cânones, o Ritual da
Igreja Metodista, a Pastoral do Colégio Episcopal sobre Batismo e a consultoria do Bispo
Nelson Luiz Campos Leite.
PERGUNTA
III - Você sabe realmente o que a Igreja Metodista pensa a respeito do batismo
infantil?

a) Minha filha tem apenas dois anos. Não preciso esperar que ela tenha
compreensão da fé para levá-la ao batismo? Diz a Bíblia: "Quem crer e for
batizado será salvo; mas o que não crer será condenado" (Mc 16.16).

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Se você considerar o contexto dessa passagem bíblica, verá que Jesus está se referindo a
adultos que ouvem, entendem e rejeitam o Evangelho. Segundo a Pastoral do Batismo, esse
texto não deve ser aplicado à compreensão da prática do batismo infantil, mas à
incredulidade e dureza do coração de adultos que ouviram os discípulos, mas não creram. O
livro de Marcos 10.13-16 diz o seguinte: "Então lhe trouxeram algumas crianças para que
as tocasse, mas os discípulos os repreendiam. Jesus, porém, vendo isto, indignou-se e disse-
lhes: Deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o Reino de
Deus. Em verdade vos digo: Quem não receber o Reino de Deus como criança, de maneira
nenhuma entrará nele. Então, tomando-as nos braços e impondo-lhes as mãos, as
abençoava". Neste texto Jesus afirma que as crianças são membros do Reino de Deus e,
além disto, padrão para ingresso no Reino de Deus. Por isso, cabe aqui pergunta semelhante
a que Pedro fez aos seus companheiros na casa de Cornélio: "Porventura pode alguém
recusar a água para que sejam batizados estes que, assim como nós, receberam o Espírito
Santo? (Atos 10.47). Ou seja, como negar o símbolo que é o batismo com água, àqueles a
quem Deus já deu a essência que era o próprio Batismo com Espírito Santo? Da mesma
maneira, não há como negar o Batismo às crianças quando Jesus, o Senhor da Igreja,
declara que delas é o Reino. Afinal, não é o Batismo um ritual simbólico de iniciação na
comunidade do Reino de Deus, a Igreja? Sendo assim, que direito nós, os adultos, temos de
impedir o acesso de uma criança ao Batismo, quando Jesus a declara como membro natural
do Reino de Deus? Uma pessoa que tenha sido batizada quando criança na Igreja Metodista
poderá, a partir de oito anos de idade, fazer o ritual de "profissão de fé", por meio do qual
ela confirma o pacto batismal feito em criança e torna-se membro da Igreja Metodista.
O Bispo Nelson alerta que interpretar o batismo infantil à luz do significado do batismo do
adulto "é um grave erro bíblico e teológico". Enquanto o batismo de adultos é sinal de
regeneração, ou de novo nascimento, o sentido do batismo de crianças é a consagração da
criança a Deus, e sua inserção na comunidade de fé.
 Aqui, uma das formas de batismo por
derramamento. A maneira mais
tradicional deste tipo de batismo seria
com a criança semi-submersa na água;
algumas igrejas mantêm pias batismais
onde são colocados os bebês, para que o
sacerdote lhes derrame um pouco de
água sobre a cabeça. Acredita-se que
esta tenha sido a forma do batismo de
Jesus. Com os pés na beira do rio Jordão,
numa parte rasa, João Batista teria
colhido um pouco de água com as mãos
e derramado sobre a cabeça do Mestre.
 
 

b) Gostaria muito de chamar uma amiga para madrinha do meu filho. Mas ela é
solteira. O padrinho pode ser um outro amigo, que não tenha relação de
parentesco com a madrinha?

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Sim, não é necessário que as testemunhas sejam um casal. Não é necessário nem que sejam
apenas duas pessoas. Os Cânones da Igreja Metodista não determinam a quantidade, sexo
ou estado civil das testemunhas. O que é importante é que haja "a garantia de que entre pais
e testemunhas haja quem possa assumir todas as responsabilidades exigidas pelo cerimonial.
(p. 63 da edição de 2007). O pastor ou pastora metodista, antes de celebrar o batismo de
crianças, orientará os pais (ou responsáveis pela criança) e as testemunhas em curso quanto
às responsabilidades exigidas na ministração do sacramento, destacando os seguintes
pontos, descritos no Ritual:

 O ato de apresentação da criança, quando de sua primeira ida à igreja, não substitui
o ato do batismo.
 O sentido cristão da responsabilidade na educação de crianças.
 O sentido bíblico do batismo de crianças como consagração da criança a Deus, e sua
inserção na comunidade de fé.
 As implicações da responsabilidade dos pais e testemunhas, assumida no ato do
batismo.
 A importância do ato da confirmação do pacto batismal, como profissão de fé em
Jesus Cristo, daqueles que foram batizados na infância.
 O lugar da Igreja e da família na educação cristã da criança.

 O batismo de crianças é algo que


mobiliza toda a família e comunidade.
É um compromisso assumido
coletivamente diante de Deus. 

  Aqui, o batismo da pequena Ellen


Sayuri, na Igreja Metodista do Jardim
Colorado, celebrado pelo
pastor  Oswaldo Oliveira Santos Jr.

c) Nunca consegui fazer com que minha filha e meu genro freqüentassem a Igreja,
mas minha netinha vai comigo à Escola Dominical todos os domingos. Apesar
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de não serem crentes, os pais não se opõem. Minha neta pode ser batizada na
Igreja Metodista, mesmo que os pais não sejam convertidos?
Sim. O batismo de crianças é realizado quando pelo menos um dos pais ou responsáveis for
membro da Igreja Metodista. Se os pais não forem metodistas, pelo menos uma das
testemunhas deve ser membro da Igreja e, consequentemente, assumir a responsabilidade de
continuidade da educação cristã da criança.
d) Assisti a um batismo infantil muito diferente. Além da água, também se usava
mel e óleo como símbolos. Mudou o ritual?
Não, o ritual continua o mesmo. Mais uma vez recorremos aos Cânones: "O Batismo é com
água, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, por aspersão, derramamento ou
imersão" (p.64, da edição de 2007). É um ato simples, mas de profundo significado, descrito
no Ritual da Igreja Metodista. Não há proibição do uso de outros elementos simbólicos na
cerimônia, desde que a água seja o elemento central.
e) Tenho um sobrinho que está gravemente doente. Temo que ele faleça sem
receber o batismo. O pastor pode realizar o batismo na casa dele?
Sim, ele pode, mas é preciso que fique bem claro para os pais (ou responsáveis) e as
testemunhas o significado bíblico do batismo como sacramento: o batismo não salva, mas
anuncia a salvação da qual a criança participa, batizada ou não, conforme o ensino bíblico.
Nós cremos que toda criança nasce salva, é delas o Reino. Ainda que ela faleça sem o
batismo, ela será acolhida com todo o amor pelos braços do Pai.

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Treinando pais e testemunhas proféticas e
discipuladoras

Texto Base:
Provérbios 22.6

A Palavra de Deus é rica em sabedoria e é poderosa para nos ensinar,


orientar e, se quisermos ter sucesso em uma tarefa,
podemos encontrar nessa palavra, a Luz. O que não podemos esperar é o cumprimento
de promessas sem seguirmos o que a Palavra nos orienta, pois “para cada promessa
de Deus, há um princípio a ser vivido”. É um grande engano esperarmos que nossos
filhos sejam algo sem investimento da nossa parte, esperarmos que sigam os
caminhos do Senhor somente com o ato do batismo. O batismo infantil é um
marco e o compromisso

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que, nós pais, assumimos em fazer deste o primeiro passo da caminhada que nos
propomos a fazer para instruir nossos filhos no caminho do Senhor.
Nossos filhos precisam de Jesus. Essa afirmação precisa estar marcada no coração de
todos aqueles que são responsáveis por uma criança e ainda na infância devem agir em
prol desse objetivo: deixar que as crianças cheguem a Jesus. O grande problema é
que muitos que deviam ensinar e instruir não o fazem ou acreditam que o ensino da fé
vem espontaneamente. Mas, se não nos atentamos para ensinarmos ou não as crianças,
o diabo com certeza as ensinará o erro. Spurgeon, em seu livro Pescadores de Crianças,
afirma: “As crianças podem entender muito bem a doutrina do sacrifício expiatório (...)
Não podemos nos contentar até que nossos pequenos conheçam e confiem no sacrifício
completado por eles. Isso é conhecimento essencial, e a chave para todo ensino
espiritual. Que nossas crianças conheçam a cruz, e já terão começado bem”.
Propomos então aos pais e testemunhas o discipulado como caminho para quem deseja
instruir a criança.

1. SENDO MODELO
Instruir a criança exige de nós pais vida, nova vida, experiência com Deus. Como
ensinaremos se não aprendemos? Como mostraremos o caminho em que ela deve
andar, se não trilhamos esse caminho? Partindo desse princípio, percebemos aqui uma
grande necessidade: testemunho. Nossas vidas, nossas atitudes “gritarão aos ouvidos” de
nossas crianças. Elas “ouvirão” claramente o que fazemos bem mais do que
falamos.
É preciso fazer desse princípio uma prioridade. O sucesso nesse princípio exige dos
adultos entrega total da sua vida a Jesus. Deixe-o conduzir suas atitudes, suas palavras,
suas escolhas. Ele deve ser o centro da sua existência. Precisamos oferecer às crianças o
mesmo Jesus que mudou as nossas vidas, com quem falamos todos os dias, que é
nosso salvador, amigo, Senhor.
Não podemos nos esquecer de que nosso trabalho não é ensinar conceitos teóricos sobre
fé, mas práticas espirituais que só fazem sentido se forem vividas por quem se propõe
ensinar.

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Para praticar: Pais e testemunhas, é tempo de avaliar como tem sido a caminhada individual e
pessoal com Deus. Nessa proposta de discipulado, não há como mascarar ou disfarçar, é preciso
ser. Se, ao avaliarem, perce- berem que precisam buscar ajuda para determinadas fragilidades,
façam isso. Busque ser discipulado (cuidado) por alguém para que ao cuidar de uma criança
tenham o sucesso que esperam. Comece hoje!
2. TRABALHEM PARA QUE A CRIANÇA VEJA A VIDA CORRETAMENTE
Nossas crianças precisam entender com clareza que a vida não consiste em ter muitos bens.
Muitas crianças se perdem em inúmeros presentes caros, que muitas vezes não precisam e não
acrescentam nada ou quase nada positivamente em suas vidas. Testemunhas de batismo se
sentem na obrigação de encher as crianças de presentes, sendo que Deus deseja usá- los como
intercessores. Ajudem os pais na tarefa de instruir as crianças, mostrando o valor de compartilhar
o que tem, o presente da companhia, o valor de cada pessoa e de caminhar com Deus.
Para que haja uma linguagem clara a criança, todos que são responsáveis devem falar a mesma
língua, ou seja, aplicarem princípios claros amparados numa visão consciente e consistente. Qual
é a visão de mundo que desejam que essa criança tenha? Que valores desejam que ela se
aproprie? Querem que ela valorize o ser ou o ter?
Caminhem juntos, nesse propósito. Alinhem, primeiramente, a visão de vocês sobre esses pontos
e outros que julgarem necessários. Não negligen- ciem essa conversa entre vocês, assim
conseguirão ser mais efetivos na ação e conversas com a criança.
Cada conversa e experiência será uma oportunidade de ensinar a respeito da beleza e da
harmonia dos caminhos de Deus. À medida que a criança amadurece, nosso alvo não deve ser o
manter o controle a qualquer custo, mas sim, sermos a referência e a influência para sua
caminhada. Aproveitem passeios, brincadeiras, dificuldades e desafios para encorajar, ensinar e
discipular. Não tenham medo, nem vejam como desnecessário, pois existem oportunidades que
não voltam.
Para praticar: É essencial nesse ponto mais uma autoavaliação. Qual tem sido a sua prioridade:
ganhar o mundo ou o Reino? Sua resposta sincera a essa pergunta norteará suas ações e
decisões.
3. ENTENDAM A IMPORTÂNCIA DA SEMEADURA E COLHEITA
“Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia
para o Espírito do Espírito colherá vida eterna” (Gl 6.8). O princípio de semeadura e colheita
reflete os resultados e as consequências que Deus estabeleceu para este mundo. Não podemos
semear pensamentos e comportamentos pecaminosos e ceifar algo diferente daquilo que
semeamos. Tenham clareza de que, como pais e testemunhas, precisamos semear com sabedoria
na vida desta criança.
Semear para a natureza pecaminosa traz destruição, mas semear para o Espírito produz paz. Para
semear é preciso dois elementos fundamentais: oração e pastoreio.
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“Não converse com seus filhos aquilo que você conversou pouco com Deus”, portanto dediquem
tempo a oração para que recebam dEle instrução e sabedoria para ensinar. Orem pela criança e
com a criança. Orem por vocês.
Ao falar de pastoreio, Tripp, em seu livro Instruindo o coração da criança, traz o seguinte
ensinamento: “Pastorear a si mesmo é o melhor preparo para a aplicação prática das
consequências em relação aos seus filhos. Deuteronômio 6.6 nos recorda: Essas palavras que,
hoje, te ordeno estarão no teu coração.” É essencial que tenhamos vida para compartilhar vida,
tenhamos fé para compartilhar fé, sejamos modelo do que almejamos para nossos filhos.
A primeira semeadura que vocês poderão fazer é com o testemunho de vida e fé em Deus; a
segunda é aproveitar as oportunidades para ensinar valores e princípios; a terceira forma é
intencionalmente ter tempo de estudo (devocional) em casa e o convívio na igreja.
É comum ouvirmos de alguns adultos: “Não concordo obrigarmos uma criança a seguir uma
religião.” A orientação dada aqui neste material não é obrigarmos uma criança a fazer, mas
trazer essa vivência de forma natural, como brincar, se alimentar, ir à escola. Deus não é algo
externo, distante. É tudo e faz parte de tudo que somos e fazemos.
Partindo desse princípio básico, é preciso dedicarmos (como prioridade) um tempo de
devocional diária na vida da criança e fazer disso um hábito e um princípio inegociável. Para
cada fase da vida de bebê até a vida adulta, existem materiais, livros e Bíblias adequados e com
linguagem apropriada.
Dediquem-se (semeiem) a essa tarefa e desfrutem desse grande privilégio de ensinar. Orar e
ler a Palavra deve ser algo tão natural que essa criança crescerá e não verá a sua vida sem essa
prática.
Finalmente, participar da comunidade de fé: a igreja. Não deixe a criança na igreja. Não
mande com alguém. Vá com ela à igreja. Envolva-se nesta comunidade, valorize e priorize esse
momento. Mostre a ela a importância desse lugar, o que você aprendeu, as pessoas que te
ensinaram e te ajudaram. A criança precisa conhecer e ver a importância de caminhar no corpo
de Cristo. Não tenha dó de acordar a criança para ir à escola dominical. Vale a pena fazer a
seguinte reflexão: Você perguntará a criança se ela quer tomar um medicamento ou você dará?
Você deixará seu filho dormindo e não acordará para ir à escola ou o acordará, pois sabe que é
importante? Será então que todas essas situações são essenciais e a fé não?
Que Deus conduza pais e testemunhas nessa linda tarefa de ensinar e discipular uma criança.
Sejam fiéis e perseverantes. Não desistam, sejam parceiros nesse desafio que certamente Deus é
fiel em cumprir sua promessa “e ainda quando for velho não se desvirará dele”.
Para praticar: Invistam nessa tarefa. Comprem Bíblias, leiam para a criança e com a criança.
Orem com ela e por ela. Frequentem a igreja e participem ativamente desse ambiente de
comunhão e fé.

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