Impressões do meu dia na data de Iniciação na Maçonaria
Olá irmãos, tudo bem?
Hoje quero trazer para vocês como foi encantador e gratificante todo o processo de iniciação na Maçonaria dentro da Loja Menotti Garibaldi 208. Acordei apreensivo sem saber o que poderia esperar, com uma certa ansiedade, querendo que chegasse logo o horário da iniciação, visto que já tínhamos alterado a data do dia 02 de Outubro, para o dia 08, em função das eleições. Já havia separado todas as peças de roupa para ocasião e notei que a minha camisa branca não estava tão branca como a ocasião merecia para o meu processo de iniciação, logo fui até uma loja de roupas e comprei uma camisa nova. O combinado era de me encontrar com o meu padrinho, Carlos Alan no posto da Figueira, na RS 040, às 11h da manhã, então fiz contato com o Jefferson, meu novo irmão gêmeo, para irmos juntos, já que ele reside próximo a minha residência. Chegamos cedo, um pouco antes das 11h e avisamos no grupo de iniciação. Esperamos por cerca de 40 minutos e nada do nosso padrinho nos responder ou atender ao telefone. Tentamos entrar em contato com outras pessoas do grupo, mas também não tivemos um retorno rápido, até que nosso padrinho chegou até o posto, perto do meio dia, para nosso alívio. Ele nos contou que não foi de propósito nos deixar aguardando tanto tempo, mas que foi bom este tempo para que eu e o Jefferson, pudéssemos nos conhecer melhor, entender as expectativas de cada um e nos integrar mais. Dentro do carro estava presente também o irmão Emerson que veio tentando nos acalmar com as suas brincadeiras ao longo do caminho. Chegando na Loja, fomos sendo cumprimentados pelos irmãos de forma amigável, mas nos lembrando sempre do compromisso que é fazer parte da ordem. Nos solicitaram que colocássemos a calça preta e a camisa branca, as meias e os sapatos e que ficássemos aguardando as novas instruções. Em seguida fui vendado, perdendo um dos sentidos, que é o da visão, e fui conduzido para um ambiente, que parecia ser isolado das demais pessoas. Não consegui precisar quanto tempo fiquei naquele ambiente vendado, mas deu tempo de pensar em como eu queria muito entrar para a ordem e me dedicar para a minha evolução como pessoa e ser uma figura atuante e protagonista na minha história e na dos irmãos. Depois de certo tempo fomos levados para outra sala, na qual parecia ser um pouco menor e que ficamos sentados a maior parte do tempo. Em seguida veio um irmão e me pediu para assinar um documento e responder algumas perguntas. Naquele momento pude tirar a venda dos olhos e verificar uma sala escura com algumas velas acesas, caveiras e escritas em uma parede preta com frases que ameaçavam cortar a garganta e tirar a língua se de alguma forma revelar os segredos da ordem. Naquele momento e visualizando todas as informações da sala percebi e capturei ainda mais a seriedade das palavras relacionadas ao sigilo da ordem. Não quero ser detalhista demais sobre todos os pontos que passei e senti em todas etapas do processo de iniciação, mas quero destacar alguns pontos em especial: A ponta da lança no coração: logo que entrei no templo senti que fui posicionado de frente para uma lança que ficou no meu peito, me advertindo que a dor da ponta da lança irá me acompanhar se eu for traidor da associação no qual desejo pertencer. A vontade constante em ver a luz: a perca de um sentido como a visão através de uma venda nos deixa com uma imensa vontade de saber logo em que ambiente estamos, quem são as pessoas que estão a nossa volta, como estas pessoas estão reagindo à sua iniciação. O conceito de ver a luz, também não se limita ao sentido da visão, mas ver o mundo de forma diferente. Os desafios para se tornar um Maçom: dentro do processo de iniciação tive que enfrentar alguns desafios como o da terra, agua, fogo que mostram que não é simplesmente querer entrar para a ordem, é preciso merecer e se dedicar. Respostas Abertas: toda vez que fui conduzido dentro do templo e na maioria das respostas, me sentia confortável pelo apoio e acolhimento das pessoas que indicavam o que deveria ser falado ou o que eu deveria fazer. Em um dado momento foi me questionado o que eu entendia por virtudes e por vícios, e mesmo sabendo as respostas ou os significados, eu travei para responder, parece que aguardando uma validação ou um suporte de algum irmão. Foi fundamental dentro da iniciação me sentir com a responsabilidade de falar e pensar a respeito do que estava sendo abordado. Taça doce e taça amarga: me fez pensar muito sobre como o Maçom deve gozar dos prazeres da vida com moderação e sem ostentação quando retomei para a sala de reflexão. Informações de Sinais e entrada no templo: tanto Venerável Mestre quanto o Mestre de Cerimônias deixaram claras algumas informações essenciais de cumprimentos e processos iniciais dentro do templo. Todo o material fornecido para estudo me deixou a compreensão de que é passo a passo que vamos entendendo cada vez mais e evoluindo dentro da maçonaria. Primeiro aprendemos a engatinhar, depois a andar, para depois correr e voar. Cadeia de União: me senti integrado aos irmãos na cadeia de união, juntos todos entrelaçados com as mãos e os pés unidos. Cada dia mais quero contribuir e me integrar mais e este grupo. Por fim, depois de passar todas estas impressões, quero ainda destacar que meu sentimento é de me dedicar à ordem, aprender e compartilhar. TFA