Você está na página 1de 2

Radiação electromagnética

Raio x
Para se classificar a radiação deve-se mensurar a quantidade de energia transportada:

 A Radiação ionizante- que transporta altos níveis de energia suficiente para alterar o
estado físico de átomo, ocasionando-lhe a perda de elétrons e fazendo com que se
torne carregado electricamente (ionizado).
 A Radiação Não-ionizante- que transporta baixos níveis de energia em não é suficiente
para alterar o estado físico de um átomo; desta maneira não separa os elétrons da
órbita externa dos átomos.

Em nível celular, a Radiação Ionizante causa danos às células de forma direta ou indireta. De
forma direta, ela quebra as ligações químicas presentes nas fitas de DNA (ácido
desoxirribonucleico) em apenas um cromossomo. Já na forma indireta, ela cria radicais livres
nas moléculas de H2O, que são as mais atingidas pela radiação.

Lesões provocadas pela radiação são danos a tecidos causados por exposição à radiação
ionizante:

• Grandes doses de radiação ionizante podem causar doença aguda reduzindo a


produção de células sanguíneas e danificando o trato digestivo.

• Uma dose muito grande de radiação ionizante também pode danificar o coração e os
vasos sanguíneos (sistema cardiovascular), o cérebro e a pele.

• As lesões provocadas por radiação devido a doses grandes e muito grandes são
designadas reacção do tecido. A dose necessária para causar lesão visível do tecido varia com o
tipo de tecido.

• A radiação ionizante pode aumentar o risco de cancro.

• A exposição de espermatozóides e óvulos à radiação traz um pequeno aumento do


risco de defeitos genéticos nos descendentes.

• Radiação Ionizante pode afectar crianças que ainda estão na barriga das mães, podem
ocorrer: efeitos letais no embrião; má formação e outras alterações estruturais e de
crescimento; retardo mental; indução de doenças como a leucemia e efeitos hereditários.

Os efeitos da Radiação Ionizante são divididos em:

Termos de tempo de manifestação:

• Efeitos Imediatos – são evidentes através do diagnóstico de síndromes clinicamente


verificadas nos indivíduos.
• Efeitos Tardios – verificados através de estudos epidemiológicos feitos pela observação
do aumento da incidência da doença em uma população.

Termos de dose e forma de resposta:

• Efeitos Estocásticos – mesmo doses pequenas de Radiação, abaixo dos limites


estabelecidos por normas e recomendações de radioprotecção, podem induzir a esses efeitos,
como cancro, por exemplo.

• Efeitos Determinísticos – irradiação total ou localizada de um tecido, gerando um grau


de morte celular não compensado pela reposição ou reparo, com prejuízos detectados no
funcionamento do tecido ou órgão.

Função do nível de dano:

• Efeitos Somáticos – surgem do dano nas células do corpo e o efeito aparece na própria
pessoa irradiada.

• Efeitos Genéticos – se manifestam nos descendentes.

 Curiosidade:

Como o Raio x é uma onda electromagnética altamente energéticos, os raios são capazes de
produzir alterações nas cadeias de DNA das células, fazendo com que elas sofram mutações
genéticas que podem induzir o surgimento de cancro. É por isso que a exposição a esse tipo de
radiação deve ser limitada.

Assim como a descoberta dos Raio X se deu por acidente, a nomenclatura também seguiu o
mesmo caminho. Como ainda não sabia que nome dar à sua descoberta, Wilhelm Conrad
chamou-a de forma temporária de “Raio X”. Isso porque o “X” fazia menção a um símbolo
matemático de algo desconhecido. Contudo, o nome acabou ficando “Raio X”, sendo chamado
esporadicamente de raios Röntgen em países alemães.

Você também pode gostar