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1ª Semana
Introdução
Entretanto vale ressaltar que a obra redentora de Cristo em favor da raça humana não é
o início e muito menos o fim do verdadeiro propósito estabelecido por Deus para a
humanidade, mas é na verdade a única estrada construída por Deus, através da qual o homem
pode novamente se reconciliar com o Seu Criador e o Seu propósito eterno e, outra vez, ser
conhecido como filho de Deus.
É impossível desvencilhar o propósito que Deus têm para a raça humana, conhecida
como a coroa da criação, do propósito eterno que Ele desenhou para o Seu Reino. Isto significa
que a raça humana e o Reino de Deus estão intimamente ligados, pois um não existirá em
plenitude sem o outro. Ou seja, o Reino do Pai não será estabelecido sem que o homem
primeiro o entenda, o receba, o vivencie, o expanda e, finalmente, o implante sobre a terra.
Talvez alguém pergunte: mas o que isto tem haver com a redenção em Cristo? A
resposta é simples, porém poderosa, TUDO. Dois foram os principais motivos pelos quais o
nosso amado Deus nos criou:
1 – Para reproduzir a Sua Imagem e Sua Semelhança sobre o Seu Reino recém criado
Entretanto, de tudo que Ele havia criado, nada verdadeiramente refletia a Sua essência
e, principalmente, Sua personalidade. Desta forma nasce o homem, da perfeita vontade de
Deus em se fazer representar, sobre a face da terra, através de um ser criado a Sua imagem e
semelhança. “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa
semelhança..... E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e
mulher os criou” Gn 1:26-27. Ter a imagem de Deus significa ser o que Ele é, ou seja: Santo,
Reto e Justo. Em contrapartida, ter a semelhança do Senhor significa fazer o que Deus faz, ou
seja, exercer a autoridade e governo delegados por Ele sobre a terra sem jamais deixar de
manifestar um caráter santo, reto e justo.
Ao chegarmos ao conhecimento deste fato, fica claro que o projeto inicial de Deus não
era que o homem se tornasse um assassino, ou mentiroso, ou adúltero ou viciado, pois Deus
não tem a imagem e semelhança destas coisas e nem mesmo que este homem viesse a morrer,
pois o nosso Deus também não pode morrer. O projeto inicial de Deus era que a raça humana
entendesse, recebesse, vivenciasse e expandisse a imagem e a semelhança Dele sobre o Seu
Reino recém criado e implantado.
* O que representa para você saber que o propósito eterno de Deus é que você seja a Sua
imagem e a Sua semelhança? Pelo que você já conhece sobre Deus, reflita e responda: o
que precisa mudar em sua vida para que você comece a caminhar na direção de se parecer
com Deus?
Uma coisa todos devemos ter certeza acerca de Deus: Ele jamais faz algo sem um
propósito pré-estabelecido por sua onisciência e onipotência (dois dos principais atributos
divinos, que significam que Deus conhece todas as coisas e que tem o poder total sobre todas
elas). Logo, Deus não criou o homem a Sua imagem e semelhança sem um propósito, e este é
imediatamente revelado a Adão após sua criação: “E Deus os abençoou, e Deus lhes disse:
Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e
sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra” Gn 1:28. Este
propósito é dividido em duas etapas:
2ª - Adão deveria sujeitar e dominar todo o Reino criado por Deus, respeitando e
obedecendo somente o próprio Criador e Senhor de sua vida. Devido a esta função de governo,
o próprio Deus discipulava Adão diariamente em como ele deveria ser e agir.
Deus não tem medo de estabelecer autoridade e o fez na vida de Adão, delegando-lhe
total autoridade sobre todo o Reino recém criado na face da terra. Debaixo da cobertura do seu
Criador, Adão deveria viver, se multiplicar e, principalmente, governar em parceria com Deus
o Seu Reino terreno.
* Ao ter conhecimento de que o homem deveria estar governando a terra em parceria com
Deus, qual sua opinião sobre a atual situação da humanidade? Na sua concepção, como
seria uma terra onde Deus governasse em parceria com o homem criado a Sua imagem e
semelhança?
2ª Semana
Na sociedade atual, muito se tem falado sobre liberdade. Sobre a necessidade de tê-la.
De como conquistá-la. De como mantê-la de forma contínua. Bem, esta discussão é lícita e
pode até mesmo ser proveitosa. Contudo, pouco se fala de algo que é inerente a uma liberdade
verdadeira e sadia, que é a responsabilidade. Quem exerce liberdade sem responsabilidade não
a exerce de forma correta.
Poderemos extrair exemplos disto até mesmo em nossa sociedade corrompida e imoral:
Veja o caso de um homem que acha que tem a “liberdade” de fazer sexo com qualquer mulher
que desejar e devido a esta concepção errada de “liberdade” estupra alguma mulher indefesa,
tirando desta mulher sua liberdade de escolha. Ora, automaticamente a lei humana o alcança e
este indivíduo tem sua “liberdade” (que foi exercida sem responsabilidade alguma) cerceada
através de um julgamento e de uma prisão. Ninguém em sã consciência iria defender tal
pessoa.
Este mesmo princípio recaiu sobre a raça humana através da pessoa de Adão, quando
ele decidiu usufruir sua liberdade sem levar em conta a responsabilidade de seus atos. Adão
sabia que sobre seus ombros estava a autoridade delegada por Deus para governar toda a terra
(Gn 1:26-28) e também tinha total conhecimento sobre as condições estabelecidas pelo Seu
Criador e Senhor para que continuasse governando debaixo de Sua cobertura espiritual: “E
disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos, mas do fruto da árvore
que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis para que não
morrais.” . O fruto da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal foi o único fruto de todos
existentes no planeta que foi negado a Adão e esta árvore estava localizada no centro do
Jardim, o que significa que Deus não deixou dúvidas sobre sua vontade a Adão. Esta árvore é a
figura do próprio Deus e era a única prova de submissão e obediência solicitada pelo Criador
ao Seu representante sobre a terra.
Assim como um homem que conhece a lei humana e não a cumpre se torna digno da
punição imposta por esta mesma lei através de um juiz previamente estabelecido, assim
aconteceu com Adão quando, conhecendo a lei (determinação de Seu Criador e Senhor de que
não comece da árvore do Conhecimento do Bem e do Mal), a desobedeceu conscientemente
(I Tm 2:14), e se tornou passível de receber a punição imposta por esta mesma lei (a punição
da morte espiritual e física), através de um juiz previamente estabelecido (o Seu próprio
Criador). Este fato é normalmente conhecido como a queda de Adão.
Neste momento Adão perde a cobertura de Deus sobre sua vida e automaticamente
submete a raça humana a um novo “senhor”: Satanás.
1ª) a raça humana perde o governo sobre a terra, pois este governo é entregue a Satanás
- Lc 4:6-7 “E o diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe num momento de tempo todos
os reinos do mundo. E disse-lhe o diabo: Dar-te-ei a ti todo este poder e a sua glória; porque
a mim me foi entregue, e dou-o a quem quero”. Isto significa que quem governa a terra
atualmente é Satanás, utilizando-se para isso os homens ímpios. Até mesmo Jesus reconheceu
o fato de Satanás exercer o governo neste mundo atual – “Já não falarei muito convosco,
porque se aproxima o príncipe deste mundo, e nada tem em mim” Jo 14:30.
* O que muda em sua forma de ver os acontecimentos no mundo atualmente agora que você
entende que este mundo está sendo governado por Satanás?
2ª) A terra passa a ser amaldiçoada, pois um novo governo havia se estabelecido sobre
ela e este governo é maligno e maldito. “E a Adão disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua
mulher, e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra
por causa de ti” Gn 3:17.
* Reflita e veja se em sua maneira de agir, julgar ou pensar você consegue descobrir alguma
interferência deste sistema de governo maligno que está estabelecido sobre a terra? Se você
se sentir a vontade faça um comentário sobre isso.
3ª) a morte passou a reinar sobre toda a descendência de Adão.”... No suor do teu rosto
comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em
pó te tornarás.” Gn 3:19. Jamais foi propósito de Deus ao criar o homem que este o
desobedecesse e preferisse se submeter à vontade de Satanás. Mas infelizmente foi exatamente
isto que Adão fez. Ele trocou de “senhor” ao preferir ouvir os conselhos de Satanás e
desobedecer ao Deus que o havia criado e amado.
Conclusão:
Ao vermos a terra sendo governada por homens corruptos e que pensam somente em si
mesmos, talvez pensemos que não tenha mais jeito e que somente os ímpios é que continuarão
governando sobre ela.
Mas existe outras duas características em Deus que O impede de nos abandonar a
própria sorte e de permitir que a terra permaneça eternamente sendo governada por Satanás: o
Seu Amor e a Sua Justiça.
Por isso Ele nos enviou o Seu Filho Jesus Cristo, para que através d’Ele o Seu
propósito eterno fosse novamente restaurado, Seu Amor fosse manifesto a raça humana e Sua
Justiça fosse completamente saciada.
3ª Semana
A princípio, podemos afirmar que ela é o resultado da morte expiatória de Jesus Cristo
na cruz do Calvário, que abre novamente o caminho de acesso de Deus ao espírito humano.
Pela morte de Cristo em nosso lugar, a condenação de morte eterna, espiritual e física, que se
instalou na vida do homem pelo pecado de Adão é totalmente cancelada (Ef 1:7 / Ef 2:1).
Desta forma o Amor de Deus é demonstrado sem medida através de Cristo (Jo 3:16) e
a Justiça Divina foi totalmente satisfeita, pois Jesus a saciou quando tomou sobre si as
conseqüências do pecado da humanidade em seu lugar (Rm 3:21-24).
A salvação é um ato da soberana vontade de Deus, que por Seu imenso Amor, em Seu
Filho, reconciliou a raça humana consigo mesmo. II Co 5:18-19 diz: “E tudo isto provém de
Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da
reconciliação; isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes
imputando os seus pecados...”, observe que a salvação é a suprema demonstração do grande
amor de Deus em favor da humanidade, condenada pelo pecado.
Por melhor que uma pessoa seja e por mais que seu caráter seja reto, ela não pode
salvar a si mesmo e, portanto, não tem como se libertar da condenação de morte que há sobre
ela. Pois a Palavra de Deus afirma: “Pois Deus encerrou a todos debaixo do pecado, a fim de
para com todos usar de misericórdia” Rm 11:32 e ainda “Pois é pela graça que sois salvos,
por meio da fé – e isto não vem de vós, é dom de Deus – não das obras, para que ninguém se
glorie” Ef 2:8-9. Portanto, a única forma de ser completamente liberto da condenação eterna é
através da fé na obra redentora de Jesus Cristo.
Assim como o pecado e a morte entraram na vida humana por intermédio de um só ato
de desobediência efetuado por Adão, assim também por um só ato de obediência efetuado por
intermédio de Jesus a salvação se tornou possível a humanidade (I Co 15:22 / Rm 5:18-19).
Nisto vemos claramente a misericórdia de Deus sobre a raça humana, quando Ele
decide julgar o pecado da humanidade não sobre ela mesma, mas sobre o Seu Filho Jesus
Cristo e, por intermédio deste, permitir que o homem, agora restaurado, regressasse ao
propósito inicial da sua criação: ser a imagem e semelhança de Deus e implantar o Seu Reino.
4ª Semana
O fato gerador de nossa redenção já foi totalmente consumado em Jesus, quando por
sua própria vontade Ele se submeteu ao Pai e foi crucificado e morreu por nossos pecados a
mais de 2000 anos atrás – “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também
em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas
esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e,
achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de
cruz. Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o
nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e
debaixo da terra e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o SENHOR, para glória de
Deus Pai.” Fl 2:5-11.
Esta obra é completa e atinge todos os níveis da vida humana: corpo, alma e espírito
(I Ts 5:23). Normalmente para melhor entendê-la, ela é dividida em três etapas: Regeneração,
Justificação e Santificação. As duas primeiras são processadas imediatamente após a conversão
do individuo e a última é um processo contínuo nesta nova vida que a pessoa recebeu.
Vejamos:
1º Regeneração – esta etapa é efetuada diretamente pelo Espírito Santo na vida do recém
convertido. Na verdade ela é um novo princípio de vida gerado no espírito do homem.
Este novo princípio gera uma mudança nos desejos que habitam a alma humana, fazendo
com que este homem passe a desejar as coisas que agradam a Deus. (Tt 3:4-5). A
regeneração também é conhecida como o Novo Nascimento descrito pelas Escrituras (Jo
3 ; Gl 6:15 e Ef 2:1-4).
2º Justificação – esta etapa sela o novo convertido como “justo” diante do Pai. Agora,
quando Deus olha para este homem regenerado, não enxerga mais os seus pecados e a
pena que ele deveria sofrer, mas enxerga a justiça de Seu Filho Jesus Cristo sobre a vida
deste homem. Portanto, agora já não há mais condenação e nem pena a ser imposta, pois
Jesus se fez maldito na cruz para que todo aquele que n’Ele crê seja justificado diante de
Deus “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está
escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro” Gl 3:13.
O Apóstolo Pedro afirmou: “Como filhos obedientes, não vos conformando com as
concupiscências que antes havia em vossa ignorância. Mas, como é santo aquele que vos
chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver. Porquanto está
escrito: Sede santos, porque eu sou santo.” (I Pe 1:14-16). É claro que Jesus sabe que
sozinhos não poderemos chegar a este nível de vida, por isso Ele nos enviou o
Consolador (o Espírito Santo de Deus) para habitar em nós e nos orientar e conduzir
nesta jornada de santificação (Jo 14:26 ; Jo 16:13).
* Alguém poderia testificar de alguma situação em que percebeu nitidamente uma orientação
do Espírito Santo no intuito de evitar algum pecado ou mau testemunho?
Conclusão
O grande projeto de Deus para a humanidade é vê-la vivendo uma vida plena de Sua
presença, manifestando a Sua imagem e semelhança sobre a terra.
A redenção não é um fim em si mesmo, mas um poderoso meio que Deus proveu, em
Cristo, para que o homem fosse resgatado da situação insolúvel em que se encontrava após o
pecado de Adão. Preso ao pecado, escravo em um mundo agora governado por Satanás e
totalmente fora do propósito de Deus. Mas por intermédio do resgate efetuado por Jesus Cristo,
através de sua morte na Cruz do Calvário, a raça humana foi novamente enxertada no
propósito de Deus de ver o Seu Reino estabelecido e completamente povoado por súditos
cheios de Sua presença.
Através da redenção em Cristo, Deus está restaurando um povo que cumprirá todo o
Seu propósito e implantará o Seu Reino eternamente.