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Revista EDUC-Faculdade de Duque de Caxias/Vol. 06-Nº 1/Jan-Jun 2019
INTRODUÇÃO
De acordo com a história do Brasil o negro tinha como sua condição social a
escravidão que resultava em indivíduos sem autonomia e liberdade, apenas pelo quesito
cor da pele, ou seja, a cor negra. Contudo, no Brasil, a escravidão durou mais de 300
anos, suas condições de vida eram deploráveis, passavam por diversas humilhações,
castigo, alojamento promíscuo, além da má alimentação e não tinham direitos
respeitados como frequentar a escola (FIOCRUZ, 2018).
Assim, a liberdade dada aos negros anteriormente é relativa embora não mais
escravizados, nenhuma estrutura que garantisse ascensão social ou a cidadania dos
negros foi oferecida. Alguns negros continuavam trabalhando com seus antigos
senhores de engenho em troca de pouco mais do que eles ganhavam anteriormente. E
com isso eles foram buscar moradia em lugares precários e afastados em bairros centrais
das cidades, a maioria procurava abrigo no Morro da Providência, sendo
marginalizados, pelo fato de ser impedido de atuar as atividades do trabalhador livre,
não tinham fácil acesso ao mercado de trabalho. A falta de políticas no período pós-
abolição que incluíssem está população nos processos produtivos e sociais, assim como
o imaginário sobre sua inferioridade, contribuiu para a continuidade da sua
marginalização na sociedade brasileira (BRASIL, 2013).
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que ainda apresenta índices sociais mais favoráveis do que as demais etnias existentes
no país. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, os negros e
pardos representam a maioria da população brasileira – cerca de 54% da população total
do país, que já superou a quantia de 204 milhões de pessoas (IBGE, 2017).
METODOLOGIA UTILIZADA
O método adotado para este estudo foi a revisão narrativa de literatura. No qual,
caracteriza-se a detalhar o progresso de um assunto específico sob a ótica teórica ou
contextual por intermédio de literatura cientifica já existente (BRUM et al., 2015).
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Por volta de 1850, século XVIII, era abordado o fim da escravidão, como
também, discussões em torno do negro e seu papel no futuro do país (THEODORO,
2013).
Após a abolição da escravidão (1888), não aconteceu e, até hoje, é uma luta
constante em uma sociedade em que a desigualdade racial é enraizada e a tentativa de
apagar a memória da barbárie contra os escravos são permanentes, quer pela eliminação
de documentos, quer pela disseminação do mito da democracia racial (NUNES, 2006).
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profissionalismo para a classe média negra, não compartilha o salário igualitário e sim o
aumento das tarefas a serem cumpridas (NUNES, 2006).
O racismo no Brasil precisa ser enfrentado, pela sociedade, pelo estado e pelo
poder público, pois há uma combinação de ações violentas contra a população negra,
especialmente contra os jovens negros, que são levadas para o Estado através da polícia
e do poder judiciário (DA CRUZ & MONTEIRO, 2015). Segundo Lopes (2005) a
distinção de cor e/ou raça ocorre em sua pluralidade de forma furtiva, devido a sua
proibição por meio de leis.
Ainda que a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra ateste que
situação de vida dessa população é proveniente de processos sociais, culturais e
econômicos históricos do País, a tenacidade de tal cenário é constatada nas elevadas
taxas de mortalidade materna e infantil, no maior predomínio de doenças crônicas
como: a anemia falciforme, hipertensão arterial, diabetes mellitus II, deficiência de
G6PD, miomatose que se tornam mais frequentes na população negra devido a sua
genética. Além disso, encontram-se outros agravos que afetam a essa população como:
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Alguns anos depois nas décadas de 70 e 80, vários grupos são formados com
intuito de unir os jovens negros e denunciar o preconceito. Protestos e atos públicos das
mais diversas formas passam a ser realizados, chamando a atenção da população e
governo para o problema social – como a manifestação no Teatro Municipal de são
Paulo, que resultaria da formação do Movimento Negro Unificado (FRY, 2005).
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Outro programa que passou a adotar o critério racial foi o FIES (Programa de
Financiamento Estudantil), cuja existência é anterior ao atual governo. Inclui o quesito
cor/raça na composição do índice de classificação, aumentando as chances de os
solicitantes negros conseguirem o financiamento. (DE OLIVEIRA & SILVA, 2017)
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Segundo Lopes (2005), quando alerta de que é preciso ir além dos números e
taxas, pois o combate e a erradicação das desigualdades são um grande desafio no
campo das políticas públicas, especialmente quando tais desigualdades são oriundas da
expressão indireta de discriminação étnico-racial.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O racismo traz como problemática, diversos fatores, entre eles, podemos citar: a
desumanização do ser que sofre essa violência, ele inabilita os serviços de saúde e em
consequência disso, faz com que a população negra tenha a sua expectativa de vida
reduzida, onde as taxas de morte materna e infantil são maiores; a violência produz mais
mortes, e mortes mais precoces neste grupo.
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REFERENCIAS
BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. Série Inclusão: antes excluídos, hoje índios e
negros participam ativamente do processo eleitoral. Brasília, 2013.
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CUNHA, EMGP. Infant mortality and race: the differences of inequality. In:
Hogan DJ, org. Population change in Brazil: contemporary
perspectives.Campinas: PopulationStudies Center (NEPO/UNICAMP);
2004.EpidemioLógica, n. 1, Rio de Janeiro: FIOCRUZ/ABRASCO; 1997. p. 219-234.
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http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/handle/1843/BUBD-
ANHQU9/trabalho__04_06_16.pdf?sequence=1 Acesso em: 11 mai/2019.
FRY, P. Ciência social e política “racial” no Brasil. Rio de Janeiro, 2005. Disponível
em: file:///C:/Users/naty_/Downloads/13492-Texto%20do%20artigo-16466-1-10-
20120517.pdf Acesso em: 12 jun. 2019.
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