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ITAETÊ-BA
2023
Paulo Tomaz Feliciano da Silva
Itaetê-BA
2023
INTRODUÇÃO
O município de Itaetê tem hoje uma população estimada de 16,2 mil habitantes,
e em 2010 era de 14,9 mil, sendo que nesse ano 50,35% de homens e 59,65%
mulheres, ainda nesse ano contava com população 41,61% urbana e 58,39% rural.
Dados bastante discrepantes da realidade geral do país quanto à divisão urbana/rural:
população urbana (Brasil) de 84,35% e rural (Brasil): 15,65%. A cidade está dividida
em centro e os povoados, que compreendem as zonas rurais, dentre eles está o
Povoado de Bananeiras, onde está localizada a Unidade de Saúde da Família
Bananeiras (USF Bananeiras).
O Povoado de Bananeiras é um povoado com uma pequena aglomeração de
casas e uma grande área rural no seu entorno. É considerado uma comunidade
quilombola desde 2022. Segundo dados coletados entre enfermeiro e agentes
comunitários de saúde da unidade, existe uma população coberta de 1.378 pessoas,
sendo 429 famílias, com 49 crianças menores de 5 anos, 19 crianças menores de 2
anos, 12 mulheres em gestação, 69 pessoas com 60 anos ou mais. A USF Bananeiras
compreende também o povoado de Bandeira de Mello, assentamento Florestan
Fernandes, assentamento Várzea Dantas e assentamento Florentina, dos quais
população já inclusa nos dados referidos.
Do ponto de vista epidemiológico e de morbimortalidade, o que se visualiza de
dados oficiais para o município reflete no Povoado de Bananeiras e se comprova na
prática diária: aspectos sociais, de moradia, de saúde e doença de população rural e
vulnerável. Ainda segundo dados coletados entre os profissionais da unidade, do total
da população adscrita (1.378) há 41 diabéticos e 237 hipertensos, o que significa uma
prevalência de hipertensão de 171 casos para cada mil habitantes, e prevalência de
diabetes de 29 casos para cada mil habitantes.
Segundo o IBGE, a população itaetense é considerada de muito baixa
concentração de renda, classificada em Classe E (88,0%), e de 93% do total são
Classe E e D. Destaca-se que a composição de renda das classes mais baixas da
cidade tem uma concentração 43,3 pontos percentuais maior que a média estadual,
já as faixas de alta renda possuem participação 15,3 pontos abaixo da média.
Uma consulta ao sistema DATASUS verifica-se que em 2010, de uma população
de 14.837, 1.575 não possuíam qualquer instalação sanitária; 407 utilizam vala e
10.983 utilizam fossa rudimentar. Apenas 1021 eram cobertos por rede geral de
esgoto. Desse quantitativo de pessoas em 2010, 1.575 são cobertos por rede geral de
abastecimento de água. Ainda em 2010, 6.681 pessoas queimam lixo na própria
propriedade.
Dados de mortalidade infantil indicam que Itaetê está melhor do que a média do
estado. Enquanto a Bahia registra uma média de 16,6 mortes por mil nascidos vivos
(2016), Itaetê registra 5,08 nesse ano. Na média geral, 50% da mortalidade infantil em
Itaetê são por mortes evitáveis.
Um dado preocupante é o de percentual de partos de mães adolescentes (até
19 anos), bem acima da média geral da Bahia e do Brasil: no ano de 2018, Itaetê
(24,58%), Bahia (17,9%) e Brasil (15,5%).
Segundo dados do IBGE censo de 2010 (2017-2021), 151% das famílias pobres
são cobertas pelo programa Bolsa Família, maior que a média estadual (Bahia –
112,59%) e nacional (Brasil – 103,97%).
Ainda segundo IBGE, a Bahia tinha a maior taxa de analfabetismo do Brasil em
2019 (13%). Em Itaetê, em 2010, 26,5% das mulheres e 25,% dos homens eram
analfabetos (população de 10 anos ou mais). Ainda nesse ano, 64,1% das crianças
de 0 a 5 anos de idade residiam em domicílios particulares permanentes com
responsável ou cônjuge analfabeto (IBGE). Quase 50% do total de 5.177 mulheres
com 15 anos ou mais eram de “Sem instrução/1º ciclo fundamental incompleto” em
2010.
No que tange a regionalização do SUS, Itaetê faz parte da Região de Saúde de
Itaberaba, pertencente ao Núcleo Regional de Saúde do Centro-Leste da Bahia, tendo
sua sede em Feira de Santana.
Em caso de demanda de baixa complexidade emergencial, pacientes pediátricos
e adultos são encaminhados à princípio para o Hospital Municipal de Itaetê (HMI).
Casos mais graves são encaminhados para o HMI para serem regulados para
hospitais na região de Itaberaba, Feira de Santana e Salvador. A Rede SARAH de
Hospitais de Reabilitação absorve alguns pacientes de Itaetê, porém são poucos em
relação à demanda que existe. Gestantes de baixo risco realizam o parto no HMI com
enfermeira obstetra, enquanto casos mais complexos como gestação de alto risco ou
intercorrências são encaminhados ao Hospital da Mulher (Salvador) e outros serviços
na região de Salvador, Feira de Santana e Itaberaba. Em saúde mental, adultos e
crianças são encaminhadas ao CAPs I de Itaetê,
Cirurgias eletivas como hérnias, fimoses, laqueadura tubária, histerectomia,
incontinência urinaria são realizadas na rede municipal do município de Ruy Barbosa.
Pacientes de CA são geralmente acompanhados pelo Hospital Aristides Maltez em
Salvador.
1.5 Justificativa
OBJETIVO
METODOLOGIA
Trata-se de uma proposta de intervenção para subsidiar a introdução de
práticas alternativas de saúde na Unidade de Saúde da Família de Bananeiras,
localizada em Itaetê-BA, por meio da identificação de grupos de risco, necessidades
e características que possam ser beneficiadas de alguma forma.
Para atingir o objetivo proposto, é necessário estabelecer uma rota
metodológica suportados por três fases de trabalho:
A primeira etapa aconteceu a partir do levantamento bibliográfico disponível em
acervos on-line (Bireme, Sciello, BVS), as informações de saúde foram coletadas no
período compreendido entre os meses de dezembro de 2022 a fevereiro de 2023,
tendo sido utilizados os relatórios de produção individual e coletiva, e de
procedimentos, registradas no DATASUS, por meio do tabulador TABNET. As
informações gerais do município, em seus aspectos territoriais, demográficos,
econômicos e sociais foram obtidas na página eletrônica do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), assim, foi realizado levantamento dos dados
demográficos e dos indicadores de saúde da população no acervo. Palavras-chave
são usadas para o levantamento: Medicina Alternativa, Práticas/Terapias Alternativas,
Medicina Holística, Complementar e Integrativa, Propostas/Projetos de Intervenção
em Saúde. Não há um padrão de datas de publicação do tema, principalmente pela
limitada produção científica na área e pelas denominações variadas das práticas
integrativas, por vezes descritas como medicina alternativa, holística ou
complementar.
Na segunda etapa, a literatura selecionada foi tríada e então se estabeleceu
correlações entre intervenções propostas e tendências da atualidade, além do estudo
de relatos de experiências na área.
Na terceira etapa, foi elaborada a proposta de intervenção para USF de
Bananeiras considerando a relação com características da população adscrita, análise
demográfica, epidemiológica, além das características dos serviços prestados na
unidade. Nesta etapa foi definido público-alvo (usuários com doenças e agravos não
transmissíveis/doenças crônicas e saúde mental), características do grupo, atividades
de educação em saúde disponibilizadas, bem como local para realização do projeto
(própria unidade) e data de implementação.
Durante a quarta e última etapa foi redigido o projeto em questão estabelecendo
um plano de implementação na USF Bananeiras, com 8 momentos definidos,
sintetizado na tabela 1.
Momento 1: Determinar técnica de Prática Integrativa (auriculoterapia).
- Selecionar aplicadores da técnica;
- Determinar nuances metodológicas da aplicação da técnica.
CONSIDERAÇOES FINAIS
REFERÊNCIAS