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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA

ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA:


CONCENTRAÇÃO EM ATENÇÃO BÁSICA / SAÚDE DA FAMÍLIA

PAULO TOMAZ FELICIANO DA SILVA

PRÁTICA DA AURICULOTERAPIA COMO VALORIZAÇÃO DA CLÍNICA


AMPLIADA - PROJETO DE INTERVENÇÃO NA UNIDADE DE SAÚDE DA
FAMÍLIA BANANEIRAS.

ITAETÊ-BA
2023
Paulo Tomaz Feliciano da Silva

PRÁTICA DA AURICULOTERAPIA COMO VALORIZAÇÃO DA CLÍNICA


AMPLIADA - PROJETO DE INTERVENÇÃO NA UNIDADE DE SAÚDE DA
FAMÍLIA BANANEIRAS.

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao


Curso de Especialização em Saúde Coletiva:
Concentração em Atenção Básica / Saúde da
Família, Universidade Federal da Bahia.

Orientadora: Profa. Dra. Yara Oyram Ramos Lima

Itaetê-BA

2023
INTRODUÇÃO

1.1 Revisão da literatura

Segundo Anderson e colaboradores (2005), a Medicina de Família e


Comunidade (MFC):
“Adquiriu relevância na constituição dos novos paradigmas na área da saúde
e, consequentemente, nos campos da formação de recursos humanos e da
pesquisa. Isto porque seus princípios e práticas são centrados na pessoa (e
não na doença), na relação médico-paciente, na interlocução com o indivíduo
contextualizado. Entende que o processo saúde-adoecimento é um fenômeno
complexo, relacionado à interação de fatores de ordem biológica, psicológica
e socioambiental” (ANDERSON et al., 2005).

De acordo com o paradigma científico do sujeito biopsicossocial, a saúde seria:


“O resultado de um processo de produção social que expressa a qualidade de
vida como uma condição de existência dos homens no seu viver cotidiano,
um viver 'desimpedido', um modo de 'andar a vida' prazeroso, seja individual,
seja coletivamente” (PEREIRA, BARROS, AUGUSTO, 2011).

Ainda segundo Anderson (2005), a MFC “possui uma epistemologia bem


definida. Ela não é onisciente ou se define em torno de problemas banais ou de fácil
resolução”. Atentando para o fato que a MCF não pode ser “novidade no Brasil ou no
mundo. Também não significa o simples retorno do 'médico de família' antigo” já que
seria provida de uma “disciplina específica ou mesmo dos avanços modernos da
ciência” (ANDERSON, GUSSO, CASTRO FILHO, 2005).
Essa nova orientação paradigmática encontra sinergia com o conceito da
Clínica Ampliada, que “reconhece a complexidade dos sujeitos, buscando não se
restringir a uma abordagem centrada na doença, mas reconhecendo a individualidade
das pessoas e lidando também com problemas sociais, subjetivos, familiares e
comunitários”.
A Clínica Ampliada consiste na articulação e diálogo de diferentes saberes para
compreensão dos processos de saúde e adoecimento e na necessidade de inclusão
dos usuários como cidadãos participantes das condutas em saúde, inclusive da
elaboração de seu projeto terapêutico (BRASIL, 2009). De caráter marcadamente
político, acontece no entrelaçamento entre clínica e política na busca de uma clínica
do cotidiano, propondo ações que contemplem o sofrimento existencial dos sujeitos e
sua relação com o corpo social (PORTUGAL, 2018).
Nesse contexto, surge o conceito de Saúde Integrativa, “também conhecida
como saúde holística, saúde integral, medicina holística, medicina integrativa, a qual
considera a saúde numa perspectiva em que os seres humanos funcionam como
unidades completas e integradas e não como um agregado de partes separadas ou
fragmentadas” (GIROLDOL, SOARES, 2021). A Medicina Integrativa associa a
Medicina Convencional, ou Ocidental, com a Medicina Alternativa ou Complementar,
onde se inserem as Práticas Integrativas Complementares.
As Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) se configuram
como um conjunto de práticas, produtos e saberes tradicionais que promovem cuidado
em saúde e são baseadas em um modelo de cuidado humanizado, centrado no sujeito
e promotor da autonomia do cuidado, além de atuarem e valorizarem a prevenção,
promoção, manutenção e recuperação da saúde. (MURICY, 2022).
Segundo Tesser et al., (2018), o uso das PICS é uma possibilidade de se
ampliar a abordagem terapêutica para os diversos problemas trazidos pelos usuários.
Dessa forma, as PICS podem ser uma estratégia para se consolidar a prática da
clínica ampliada na APS.
Citando o Ministério da Saúde do Brasil, Schveitzer e colaboradores (2012),
refletem que as Práticas Integrativas Complementares contribuem “para a
implementação do SUS, na medida em que favorece princípios fundamentais como:
“universalidade, acessibilidade, vínculo, continuidade do cuidado, integralidade da
atenção, responsabilização, humanização, equidade e participação social””
(SCHVEITZER, ESPER, SILVA, 2012).

1.2 Contextualização do município

O município de Itaetê tem hoje uma população estimada de 16,2 mil habitantes,
e em 2010 era de 14,9 mil, sendo que nesse ano 50,35% de homens e 59,65%
mulheres, ainda nesse ano contava com população 41,61% urbana e 58,39% rural.
Dados bastante discrepantes da realidade geral do país quanto à divisão urbana/rural:
população urbana (Brasil) de 84,35% e rural (Brasil): 15,65%. A cidade está dividida
em centro e os povoados, que compreendem as zonas rurais, dentre eles está o
Povoado de Bananeiras, onde está localizada a Unidade de Saúde da Família
Bananeiras (USF Bananeiras).
O Povoado de Bananeiras é um povoado com uma pequena aglomeração de
casas e uma grande área rural no seu entorno. É considerado uma comunidade
quilombola desde 2022. Segundo dados coletados entre enfermeiro e agentes
comunitários de saúde da unidade, existe uma população coberta de 1.378 pessoas,
sendo 429 famílias, com 49 crianças menores de 5 anos, 19 crianças menores de 2
anos, 12 mulheres em gestação, 69 pessoas com 60 anos ou mais. A USF Bananeiras
compreende também o povoado de Bandeira de Mello, assentamento Florestan
Fernandes, assentamento Várzea Dantas e assentamento Florentina, dos quais
população já inclusa nos dados referidos.
Do ponto de vista epidemiológico e de morbimortalidade, o que se visualiza de
dados oficiais para o município reflete no Povoado de Bananeiras e se comprova na
prática diária: aspectos sociais, de moradia, de saúde e doença de população rural e
vulnerável. Ainda segundo dados coletados entre os profissionais da unidade, do total
da população adscrita (1.378) há 41 diabéticos e 237 hipertensos, o que significa uma
prevalência de hipertensão de 171 casos para cada mil habitantes, e prevalência de
diabetes de 29 casos para cada mil habitantes.
Segundo o IBGE, a população itaetense é considerada de muito baixa
concentração de renda, classificada em Classe E (88,0%), e de 93% do total são
Classe E e D. Destaca-se que a composição de renda das classes mais baixas da
cidade tem uma concentração 43,3 pontos percentuais maior que a média estadual,
já as faixas de alta renda possuem participação 15,3 pontos abaixo da média.
Uma consulta ao sistema DATASUS verifica-se que em 2010, de uma população
de 14.837, 1.575 não possuíam qualquer instalação sanitária; 407 utilizam vala e
10.983 utilizam fossa rudimentar. Apenas 1021 eram cobertos por rede geral de
esgoto. Desse quantitativo de pessoas em 2010, 1.575 são cobertos por rede geral de
abastecimento de água. Ainda em 2010, 6.681 pessoas queimam lixo na própria
propriedade.
Dados de mortalidade infantil indicam que Itaetê está melhor do que a média do
estado. Enquanto a Bahia registra uma média de 16,6 mortes por mil nascidos vivos
(2016), Itaetê registra 5,08 nesse ano. Na média geral, 50% da mortalidade infantil em
Itaetê são por mortes evitáveis.
Um dado preocupante é o de percentual de partos de mães adolescentes (até
19 anos), bem acima da média geral da Bahia e do Brasil: no ano de 2018, Itaetê
(24,58%), Bahia (17,9%) e Brasil (15,5%).
Segundo dados do IBGE censo de 2010 (2017-2021), 151% das famílias pobres
são cobertas pelo programa Bolsa Família, maior que a média estadual (Bahia –
112,59%) e nacional (Brasil – 103,97%).
Ainda segundo IBGE, a Bahia tinha a maior taxa de analfabetismo do Brasil em
2019 (13%). Em Itaetê, em 2010, 26,5% das mulheres e 25,% dos homens eram
analfabetos (população de 10 anos ou mais). Ainda nesse ano, 64,1% das crianças
de 0 a 5 anos de idade residiam em domicílios particulares permanentes com
responsável ou cônjuge analfabeto (IBGE). Quase 50% do total de 5.177 mulheres
com 15 anos ou mais eram de “Sem instrução/1º ciclo fundamental incompleto” em
2010.
No que tange a regionalização do SUS, Itaetê faz parte da Região de Saúde de
Itaberaba, pertencente ao Núcleo Regional de Saúde do Centro-Leste da Bahia, tendo
sua sede em Feira de Santana.
Em caso de demanda de baixa complexidade emergencial, pacientes pediátricos
e adultos são encaminhados à princípio para o Hospital Municipal de Itaetê (HMI).
Casos mais graves são encaminhados para o HMI para serem regulados para
hospitais na região de Itaberaba, Feira de Santana e Salvador. A Rede SARAH de
Hospitais de Reabilitação absorve alguns pacientes de Itaetê, porém são poucos em
relação à demanda que existe. Gestantes de baixo risco realizam o parto no HMI com
enfermeira obstetra, enquanto casos mais complexos como gestação de alto risco ou
intercorrências são encaminhados ao Hospital da Mulher (Salvador) e outros serviços
na região de Salvador, Feira de Santana e Itaberaba. Em saúde mental, adultos e
crianças são encaminhadas ao CAPs I de Itaetê,
Cirurgias eletivas como hérnias, fimoses, laqueadura tubária, histerectomia,
incontinência urinaria são realizadas na rede municipal do município de Ruy Barbosa.
Pacientes de CA são geralmente acompanhados pelo Hospital Aristides Maltez em
Salvador.

1.3 Objetivos e metas


Neste trabalho pretende-se criar um Projeto de Intervenção em Saúde na forma
de um grupo de cuidado, utilizando a Auriculoterapia enquanto Práticas Integrativas e
Complementares (PICs) como facilitadora estratégica para adentrar um campo de
promoção de cuidado e geração de autonomia em saúde que respeitem os princípios
da MFC e de uma perspectiva de saúde Ampliada, Integrada, diante de um sujeito
biopsicossocial.

1.4 Análise de viabilidade


Para este projeto serão necessários espaço físico, podendo ser intra ou
extramuros da Unidade de saúde; instrumentos básicos da prática de auriculoterapia,
como pinça, apalpador, sementes de mostarda, esparadrapos, placa de pontos;
usuários do sistema de saúde; e profissionais capacitados para aplicação da prática,
bem como outros profissionais facilitadores.

1.5 Justificativa

Devido a fatores como alívio de sintomas, baixo custo, tratamentos mais


naturais e menos agressivos, entre outros, desde o início do século XXI são realizados
incentivos internacionais por parte da OMS para a criação de políticas de saúde locais
que contemplem as abordagens alternativas, integrativas ou complementares
(VILLELA, ELY, 2022). Sendo assim, além da relevância subjetiva em que usuários
podem ser tocados a refletirem e ressignificarem seu processo de saúde/doença, bem
como questionar conceitos rígidos preestabelecidos fornecidos pela medicina
hegemônica acerca de seus corpos, suas vidas, seus saberes, acresce-se a isso a
importante necessidade e anseios de promover um cuidado que opere não apenas
nas dimensões psicossocial, mas também a nível do biológico, reduzindo dores e
sofrimentos físicos.

OBJETIVO

2.1 Objetivo geral


 Elaborar um projeto para incorporação das Práticas Integrativas em Saúde
(PICs) para a população assistida na Unidade de Saúde da Família Bananeiras
em Itaetê-BA, com ênfase em auriculoterapia.

2.2 Objetivos específicos


 Implementar ações de promoção da saúde que visem à melhoria da qualidade
de vida;
 Prevenir fatores determinantes e/ou condicionantes de doenças e agravos à
saúde e, consequentemente, reduzir a procura pelos serviços de saúde;
 Realizar atividades de educação em saúde voltadas a população.

METODOLOGIA
Trata-se de uma proposta de intervenção para subsidiar a introdução de
práticas alternativas de saúde na Unidade de Saúde da Família de Bananeiras,
localizada em Itaetê-BA, por meio da identificação de grupos de risco, necessidades
e características que possam ser beneficiadas de alguma forma.
Para atingir o objetivo proposto, é necessário estabelecer uma rota
metodológica suportados por três fases de trabalho:
A primeira etapa aconteceu a partir do levantamento bibliográfico disponível em
acervos on-line (Bireme, Sciello, BVS), as informações de saúde foram coletadas no
período compreendido entre os meses de dezembro de 2022 a fevereiro de 2023,
tendo sido utilizados os relatórios de produção individual e coletiva, e de
procedimentos, registradas no DATASUS, por meio do tabulador TABNET. As
informações gerais do município, em seus aspectos territoriais, demográficos,
econômicos e sociais foram obtidas na página eletrônica do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), assim, foi realizado levantamento dos dados
demográficos e dos indicadores de saúde da população no acervo. Palavras-chave
são usadas para o levantamento: Medicina Alternativa, Práticas/Terapias Alternativas,
Medicina Holística, Complementar e Integrativa, Propostas/Projetos de Intervenção
em Saúde. Não há um padrão de datas de publicação do tema, principalmente pela
limitada produção científica na área e pelas denominações variadas das práticas
integrativas, por vezes descritas como medicina alternativa, holística ou
complementar.
Na segunda etapa, a literatura selecionada foi tríada e então se estabeleceu
correlações entre intervenções propostas e tendências da atualidade, além do estudo
de relatos de experiências na área.
Na terceira etapa, foi elaborada a proposta de intervenção para USF de
Bananeiras considerando a relação com características da população adscrita, análise
demográfica, epidemiológica, além das características dos serviços prestados na
unidade. Nesta etapa foi definido público-alvo (usuários com doenças e agravos não
transmissíveis/doenças crônicas e saúde mental), características do grupo, atividades
de educação em saúde disponibilizadas, bem como local para realização do projeto
(própria unidade) e data de implementação.
Durante a quarta e última etapa foi redigido o projeto em questão estabelecendo
um plano de implementação na USF Bananeiras, com 8 momentos definidos,
sintetizado na tabela 1.
 Momento 1: Determinar técnica de Prática Integrativa (auriculoterapia).
- Selecionar aplicadores da técnica;
- Determinar nuances metodológicas da aplicação da técnica.

 Momento 2: Levantar recursos necessários à prática


- Separar espaço para atividades e ferramentas necessárias a prática;
- Definição de calendário.

 Momento 3: Convite de pacientes e divulgação do grupo.


- Solicitar aos ACS sugestão de pacientes já conhecidos por eles;
- Solicitar aos ACS que levem a informação da criação do grupo e da
abertura de vagas.

 Momento 4: Selecionar facilitadores do grupo.


- Convite para profissionais e membros da comunidade interessados
em facilitar nas atividades do grupo e de educação em saúde.

 Momento 5: Selecionar pacientes para o grupo.


- Fazer uma triagem através da leitura de prontuário e informações
trazidas pelos ACS.

 Momento 6: Apresentação sobre a prática integrativa e proposta do grupo aos


participantes.
- Realizar uma atividade de educação em saúde.

 Momento 7: Iniciar atividades do grupo.


- Realizar atividades de acordo com calendário definido;
- Promover ações de educação em saúde em sintonia com andamento da
prática e demanda dos participantes;
- Colher, organizar e registrar informações sobre as atividades em prontuário
e fichas de registro específicas.

 Momento 8: Encerramento e Feed Back.


- Revisar dados coletados durante as atividades;
- Organizar informações relevantes para feedback com participantes
- Realizar atividade de encerramento do grupo;
- Estimular participantes a contribuírem com suas avaliações e feedbacks.

Tabela 1 – Matriz de programação das ações


Objetivo geral: Desenvolver ações com práticas integrativas em unidade de Atenção Básica
de Saúde
Objetivos específicos Ações/ Responsáveis Recursos Prazos
Momentos

Criar grupo de 1; 2; 3; 5; - Profissional de - Sala com espaço 2


auriculoterapia para saúde aplicador para grupo semanas
pacientes com doenças da técnica - Ferramentas de
aplicação da
crônicas e saúde
auriculoterapia
mental - Material para
registro
- Material para
atividade de
educação em saúde
Realizar atividades de 6; 7; 8 - Facilitador 10
educação em saúde - Profissional de semanas
voltadas a população. saúde
- Membro da
comunidade
Contribuir no cuidado - Profissional de
de portadores de saúde
condições crônicas e - Facilitador
saúde mental

Fonte: elaborado pelo autor do projeto

CONSIDERAÇOES FINAIS

A experiencia através da prática clínica aliada ao estudo da literatura convidam


a concluir que escuta qualificada, as atividades coletivas de educação em saúde, as
práticas integrativas, se mostram efetivos na promoção de cuidado e melhora da
qualidade de vida dos usuários, agindo nos fatores determinantes e condicionantes de
saúde e na prevenção quaternária, facilitando a implementação dos princípios básicos
do SUS. A motivação na elaboração deste projeto se dá em benefício da expansão
acerca do conhecimento das PICs.
Essa expansão visa ampliar o convite a mais profissionais, professores e
comunidade para participar com a clínica ampliada a valorização de práticas que não
estão centradas na prática meramente curativa, mas que possibilitam transcendê-la
através da troca de saberes com a comunidade em intervenções estratégicas.
Portanto, com a concepção de um plano de implementação das Práticas
Integrativas e Complementares, com ênfase em auriculoterapia, envolvendo um grupo
de cuidado e ações em educação em saúde, pretende-se contribuir a curto prazo com
a valorização da clínica ampliada na realidade dos usuários de saúde, bem como a
longo prazo dar um passo a favor do processo de institucionalização dessas práticas
no município de Itaetê-BA. A ausência de legitimação e desconhecimento sobre as
práticas constituem hoje o maior impasse na efetiva implementação das PICS no
cenário nacional, mantendo fragilizada a sua regulamentação e, por consequência, a
instabilidade na continuidade da prestação de serviços.

REFERÊNCIAS

ANDERSON, M. I. P.; GUSSO, G.; CASTRO FILHO, E. D. Medicina de Família e


Comunidade: especialistas em integralidade. Revista APS, v. 8, n. 1, p. 61-67,
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Humanização da Atenção e Gestão do SUS. Humaniza SUS: clínica ampliada e
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MURICY, AL; CORTES, HM; ANTOCCANI, MH; PINHO PH; CORDEIRO, RC.
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SCHVEITZER, M.C., ESPER, M.V., SILVA, M.J.P. Práticas Integrativas e
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TESSER CD, SOUSA IMC, NASCIMENTO MC. Práticas integrativas e
complementares na atenção primária à saúde brasileira. Saúde em Debate.
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VILELA, M. S., & ELY, V. Humanização na ambiência de Práticas Integrativas
e Complementares: significado de bem-estar na perspectiva dos usuários.
Ciência & Saúde Coletiva, 27, 2021.

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